O documento discute a política como vocação segundo Max Weber. Ele define política como o uso da violência física legítima pelo Estado para dominar os cidadãos dentro de um território. A burocracia estatal e os políticos profissionais são características do Estado moderno, no qual muitas pessoas vivem da política através da distribuição de cargos e empregos pelos partidos.
Uma breve introdução...
Denuncia do caráter classista da escola
“A cultura é um privilégio. A escola é um privilégio. E não queremos que seja assim. Todos os jovens deviam ser iguais diante da cultura. O estado não deve pagar com o dinheiro de todos a escola para os medíocres e deficientes, mas filhos dos abastardos, enquanto exclui dela os inteligentes e capazes, porque filhos de proletários.” (Gramsci, Scritti Giovani, apud Manacorda, 2008, p. 33)
“Que não hipoteque o futuro do jovem e não constranja a sua vontade, a sua consciência, a sua inteligência, a mover-se dentro de um trilho com direção pré-fixada.” (Gramsci, Scritti Giovani, apud Manacorda, 2008, p. 33)
O trabalho como princípio educativo
É um princípio que ele retoma da escola humanista, cujo objetivo era o de desenvolver em cada indivíduo a capacidade de saber pensar e dirigir-se na vida. (DORE, 2014)
O estado educador e a escola como instrumento de hegemonia
Estado deve ser entendido, segundo Gramsci, como “educador” na medida em que tende precisamente a criar um outro tipo ou nível de civilização.
O estado é todo conjunto com os quais a classe dirigente justifica e mantém não somente a sua dominação, mas também consegue obter o consenso ativo dos governados. (Gramsci, 1976, p. 87)
O conceito de hegemonia significou, para Gramsci, a relação de domínio de uma classe social sobre o conjunto da sociedade.
A escola como espaço privilegiado para o contato entre os intelectuais e os “simples”
Entre os intelectuais e os ‘simples’ deve haver a mesma unidade entre teoria e prática, ou seja, o contato entre ambos é fundamental, pois nessa interação encontra-se a base para a nova cultura. (GRAMSCI, 2001, p. 100).
“Todo homem exerce algum tipo de atividade intelectual, ele é um “filósofo”, um artista... Ele participa de alguma concepção de mundo, ... por isso contribui para sustentar uma concepção de mundo ou para modificá-la, isto é, para suscitar novos modos de pensar.”
Influência de Gramsci no Brasil
Gramsci foi influente no Brasil a partir dos anos 1970.
Gramsci teve influência na construção da esquerda em nosso país
REFERÊNCIAS
DORE, Rosemary. AFINAL, O QUE SIGNIFICA O TRABALHO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO EM GRAMSCI? Cad. Cedes, Campinas, v. 34, n. 94, p. 297-316, set.-dez., 2014
Módulo I - Aula 6 - Educação na Perspectiva Crítica - Althusser e Gramsci. Prof. Priscila Farfan. 52’38. Publicado em 6 de julho de 2015. Disponível em: <https: />. Acessado em: 16 de maio de 2016.
SIERRA, Vânia. Estado e direito em Gramsci. SlideShare. Disponível em: < http://pt.slideshare.net/vaniamoralessierra/apresentao-gramsci1> 3 de outubro de 2015. Acessado em: 16 de maio de 2016.
Portal Cameraweb CCUEC Aula 9 Antonio Gramsci e a Educação Primeiras Aproximações. Suzy Milhomem. 2”49’42. Publicado em 6 de fevereiro de 2013. Disponível em: <https: />. Acessado em: 16 de maio de 2016.
Uma breve introdução...
Denuncia do caráter classista da escola
“A cultura é um privilégio. A escola é um privilégio. E não queremos que seja assim. Todos os jovens deviam ser iguais diante da cultura. O estado não deve pagar com o dinheiro de todos a escola para os medíocres e deficientes, mas filhos dos abastardos, enquanto exclui dela os inteligentes e capazes, porque filhos de proletários.” (Gramsci, Scritti Giovani, apud Manacorda, 2008, p. 33)
“Que não hipoteque o futuro do jovem e não constranja a sua vontade, a sua consciência, a sua inteligência, a mover-se dentro de um trilho com direção pré-fixada.” (Gramsci, Scritti Giovani, apud Manacorda, 2008, p. 33)
O trabalho como princípio educativo
É um princípio que ele retoma da escola humanista, cujo objetivo era o de desenvolver em cada indivíduo a capacidade de saber pensar e dirigir-se na vida. (DORE, 2014)
O estado educador e a escola como instrumento de hegemonia
Estado deve ser entendido, segundo Gramsci, como “educador” na medida em que tende precisamente a criar um outro tipo ou nível de civilização.
O estado é todo conjunto com os quais a classe dirigente justifica e mantém não somente a sua dominação, mas também consegue obter o consenso ativo dos governados. (Gramsci, 1976, p. 87)
O conceito de hegemonia significou, para Gramsci, a relação de domínio de uma classe social sobre o conjunto da sociedade.
A escola como espaço privilegiado para o contato entre os intelectuais e os “simples”
Entre os intelectuais e os ‘simples’ deve haver a mesma unidade entre teoria e prática, ou seja, o contato entre ambos é fundamental, pois nessa interação encontra-se a base para a nova cultura. (GRAMSCI, 2001, p. 100).
“Todo homem exerce algum tipo de atividade intelectual, ele é um “filósofo”, um artista... Ele participa de alguma concepção de mundo, ... por isso contribui para sustentar uma concepção de mundo ou para modificá-la, isto é, para suscitar novos modos de pensar.”
Influência de Gramsci no Brasil
Gramsci foi influente no Brasil a partir dos anos 1970.
Gramsci teve influência na construção da esquerda em nosso país
REFERÊNCIAS
DORE, Rosemary. AFINAL, O QUE SIGNIFICA O TRABALHO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO EM GRAMSCI? Cad. Cedes, Campinas, v. 34, n. 94, p. 297-316, set.-dez., 2014
Módulo I - Aula 6 - Educação na Perspectiva Crítica - Althusser e Gramsci. Prof. Priscila Farfan. 52’38. Publicado em 6 de julho de 2015. Disponível em: <https: />. Acessado em: 16 de maio de 2016.
SIERRA, Vânia. Estado e direito em Gramsci. SlideShare. Disponível em: < http://pt.slideshare.net/vaniamoralessierra/apresentao-gramsci1> 3 de outubro de 2015. Acessado em: 16 de maio de 2016.
Portal Cameraweb CCUEC Aula 9 Antonio Gramsci e a Educação Primeiras Aproximações. Suzy Milhomem. 2”49’42. Publicado em 6 de fevereiro de 2013. Disponível em: <https: />. Acessado em: 16 de maio de 2016.
Aula 15 - Liberdade e Responsabilidade - Fenomenologia e Existencialismo
Não há separação entre a consciência e as coisas.
Toda consciência é consciência de alguma coisa. (consciência de...)
O mundo e todos os seus entes somente existem porque temos consciência deles.
Aquilo que não temos consciência não existe.
Eu sou consciente dela enquanto ela continua existindo fora de mim.
A consciência não cria os objetos do mundo e também não os percebe como exatamente são.
A consciência é intencional, ela permite que percebamos o significado das coisas.
A consciência opera a partir dos fenômenos que ela observa. Por isso, é importante “educar” a consciência a partir do método.
Max weber-Educação, racionalização e burocratização em WeberIvone Bezerra
1. Max Weber
2. Karl Emil Maximilian Weber
(1864 -1920) foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia.
3. Educação, racionalização e burocratização em Weber
4. EDUCAÇÃO
É o modo pelo qual os homens são preparados para exercer as funções que a transformação causada pela racionalização da vida lhes colocou à disposição.
5. RACIONALIZAÇÃO
Trata-se, portanto, de um desenvolvimento prático, que irá “contaminar” todas as esferas da vida, como religião, direito, arte, ciência, política, economia...
Para Weber, todas as esferas que compõem a vida moderna são cada vez mais organizadas por sobre princípios e procedimentos racionais.
6. BUROCRACIA
É uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos.
7. Sociologia Compreensiva
Weber busca compreender o significado/ sentido subjetivo da ação.
Seu método como ferramenta de análise é o Tipo Ideal/Modelo.
São pontos de referência para análise, servem para tornar compreensíveis certas ações dos agentes sociais.
Estudando a história de um ponto de vista comparativo criou o conceito que existe no plano das ideias sobre os fenômenos e não nos próprios fenômenos.
8. TIPOS IDEAIS DE AÇÃO SOCIAL
Ação racional com relação a fins: é a ação praticada como investimento com o objetivo de obter ganhos.
Ação racional com relação a valores: questão de ordem, de valor, orienta-se pelos valores familiares ou pelo modo como os incorporamos à nossa hierarquia
de valores.
Ação efetiva: tipo de comportamento no
qual somos irracionais.
Ação tradicional: é a ação praticada
cotidianamente.
9. Principal obra(1905)
10. A ética protestante e o espírito do capitalismo
O moderno capitalismo racional baseia-se não só nos meios técnicos de produção, mas também em determinado sistema legal e administrativo orientado por regras formais impessoais.
11. O “espírito do capitalismo” e a educação
12. Segundo Weber
O capitalismo se desenvolve quando passam a predominar as ações do tipo racional com relação a fins que permitem a busca da riqueza.
Por meio de uma “organização capitalista permanente e racional” para a “procura do lucro, de um lucro sempre renovado, da “rentabilidade”, e o seu uso como investimento de capital.
13. Obrigada!!!
14. Exercício
Weber,na sua obra,permite uma abordagem da educação como uma dimensão do processo mais amplo de racionalização que singulariza historicamente a vida moderna no Ocidente.O que Weber entendia sobre a Educação?
Para tentar interpretar ações reais dos indivíduos,Weber criou quatro modelos comparativos,os tipos ideais,para orientar o pesquisador na busca de uma explicação sobre os sentidos dessas a
Aula 15 - Liberdade e Responsabilidade - Fenomenologia e Existencialismo
Não há separação entre a consciência e as coisas.
Toda consciência é consciência de alguma coisa. (consciência de...)
O mundo e todos os seus entes somente existem porque temos consciência deles.
Aquilo que não temos consciência não existe.
Eu sou consciente dela enquanto ela continua existindo fora de mim.
A consciência não cria os objetos do mundo e também não os percebe como exatamente são.
A consciência é intencional, ela permite que percebamos o significado das coisas.
A consciência opera a partir dos fenômenos que ela observa. Por isso, é importante “educar” a consciência a partir do método.
Max weber-Educação, racionalização e burocratização em WeberIvone Bezerra
1. Max Weber
2. Karl Emil Maximilian Weber
(1864 -1920) foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia.
3. Educação, racionalização e burocratização em Weber
4. EDUCAÇÃO
É o modo pelo qual os homens são preparados para exercer as funções que a transformação causada pela racionalização da vida lhes colocou à disposição.
5. RACIONALIZAÇÃO
Trata-se, portanto, de um desenvolvimento prático, que irá “contaminar” todas as esferas da vida, como religião, direito, arte, ciência, política, economia...
Para Weber, todas as esferas que compõem a vida moderna são cada vez mais organizadas por sobre princípios e procedimentos racionais.
6. BUROCRACIA
É uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos.
7. Sociologia Compreensiva
Weber busca compreender o significado/ sentido subjetivo da ação.
Seu método como ferramenta de análise é o Tipo Ideal/Modelo.
São pontos de referência para análise, servem para tornar compreensíveis certas ações dos agentes sociais.
Estudando a história de um ponto de vista comparativo criou o conceito que existe no plano das ideias sobre os fenômenos e não nos próprios fenômenos.
8. TIPOS IDEAIS DE AÇÃO SOCIAL
Ação racional com relação a fins: é a ação praticada como investimento com o objetivo de obter ganhos.
Ação racional com relação a valores: questão de ordem, de valor, orienta-se pelos valores familiares ou pelo modo como os incorporamos à nossa hierarquia
de valores.
Ação efetiva: tipo de comportamento no
qual somos irracionais.
Ação tradicional: é a ação praticada
cotidianamente.
9. Principal obra(1905)
10. A ética protestante e o espírito do capitalismo
O moderno capitalismo racional baseia-se não só nos meios técnicos de produção, mas também em determinado sistema legal e administrativo orientado por regras formais impessoais.
11. O “espírito do capitalismo” e a educação
12. Segundo Weber
O capitalismo se desenvolve quando passam a predominar as ações do tipo racional com relação a fins que permitem a busca da riqueza.
Por meio de uma “organização capitalista permanente e racional” para a “procura do lucro, de um lucro sempre renovado, da “rentabilidade”, e o seu uso como investimento de capital.
13. Obrigada!!!
14. Exercício
Weber,na sua obra,permite uma abordagem da educação como uma dimensão do processo mais amplo de racionalização que singulariza historicamente a vida moderna no Ocidente.O que Weber entendia sobre a Educação?
Para tentar interpretar ações reais dos indivíduos,Weber criou quatro modelos comparativos,os tipos ideais,para orientar o pesquisador na busca de uma explicação sobre os sentidos dessas a
Apresentação sobre os textos 'A Ciência como vocação' e 'O Sentido da “Neutralidade Axiológica” nas Ciências Sociais e Econômicas' de Max Weber, realizada por Felipe Guimarães e Gárdia Rodrigues, mestrandos em Sociologia pela Universidade Federal de Alagoas (PPGS/UFAL).
O Estudo adicional e para as pessoas terem acesso aos trechos dos livros pedido na parte de sexta, da lição da Escola Sabatina.
Quando estes não forem indicados pela lição, então colocarei temas relacionados que utilizo para meu estudo.
Meu desejo é que você tenha uma boa semana, e um ótimo estudo da lição!
Filosofia Política
Poder e força
Estado e legitimidade do poder
A institucionalização de poder
Uma reflexão sobre a democracia
A fragilidade da democracia
O avesso da democracia:totalitarismo e autoritarismo
Regimes totalitários
Nazismo e fascismo
Stalinismo
Regimes autoritários
O equilíbrio instável de forças
Esta 'esquerda' é a tranquilidade da direitaGRAZIA TANTA
Sumário
Uma justificação
1 – A sombria realidade que entra por portas e janelas
2 – O continuado empenho da esquerda institucional na conservação do sistema
3 – Para a multidão em Portugal, a esquerda institucional de pouco tem servido
a) Uma repartição escandalosa do rendimento
b) O salário médio em Portugal e na Europa
c) O salário mínimo em Portugal e na Europa
d) A conflitualidade – o número de greves
e) A conflitualidade – o número de dias de greve
f) A conflitualidade – o número de trabalhadores grevistas
g) Conflitualidade em Portugal (1990/2007)
h) Votação na esquerda institucional em legislativas
4 - A necessidade de reflexão e mudança de paradigma
2. Política
Conceito amplo e abrange todas as espécies de
atividades diretivas autônomas;
Entendemos por política, apenas a direção do
agrupamento político, hoje denominado “Estado” ou
a influência que se exerce em tal sentido. (p.55).
3. Estado
Para Weber, o Estado não se deixa definir
a não ser pelo específico meio que lhe é
peculiar, tal como é peculiar todo outro
agrupamento político, ou seja o uso da
coação física. (p.56)
5. Estado Contemporâneo
Comunidade humana Vive em um
determinado território;
Reivindica o monopólio do uso legítimo da
violência física. (p. 56)
6. Política
Conjunto de esforços feitos com vistas a
participar do poder ou a influenciar a divisão
do poder, seja entre Estados, seja no interior
de um único Estado. (p. 56)
7. Homem Político
Todo homem que se entrega à política,
aspira ao poder – seja porque o considere
como instrumento a serviço da consecução
de outro fim, ideais ou egoístas, seja porque
deseje o poder “pelo poder” para gozar do
sentimento de prestígio que ele confere. (p.
57)
8. Estado
Consiste em uma relação de dominação
do homem sobre o homem, fundado no
instrumento da violência legitima.
(p. 57)
9. Razões que justificam a Dominação:
(Fundamentos da Legitimidade)
1. “Poder Tradicional”:
Donos das terras;
2. “Poder Carismático”:
Exercido pelo profeta ou pelo dirigente guerreiro
eleito;
Soberano escolhido através do plebiscito, pelo
demagogo ou pelo dirigente de um partido político.
10. 3. “ Poder de Legalidade”:
Autoridade fundada na obediência, que reconhece
obrigações conformes ao estatuto estabelecido.
(p. 57-58)
É o poder do “Servidor do Estado” em nossos
dias.
Súditos
Obedecem pelo medo (vingança das potências
mágicas) ou pela esperança (recompensa nesta terra
ou noutro mundo).
11. Formas de Legitimação do Poder:
1. Carisma: Submissão ao carisma do chefe. É
quando os súditos depositam fé e esperança no
líder político. (p. 58).
2. Autoridade: De que modo conseguem, as forças
políticas dominantes, afirmar sua autoridade?
As atividades dos súditos se orientam em
função da obediência devida aos senhores. A
dominação organizada necessita de um Estado
maior administrativo e dos meios materiais de
gestão. (p. 59)
12. Estado Moderno
Tem como característica a burocracia estatal; (p.
61)
Poder centralizado;
É um agrupamento de dominação que apresenta
caráter institucional e que procure monopolizar,
nos limites de um território, a violência física
legítima, como instrumento de domínio e que,
tendo esse objetivo, reúne nas mãos dos dirigentes
os meios materiais de gestão. (p. 62)
13. Políticos profissionais:
Com o Estado moderno surge a classe dos
políticos profissionais – à serviço do príncipe.
(p.62)
Formas de Participação Política:
Voto periódico em candidatos: urnas.
Outros fazem das atividade política a profissão
“secundária” homem de confiança ou de
membros dos partidos políticos. (p. 63) Auxiliares
que só ocasionalmente se dedicam a política.
14. Maneiras de Fazer Política:
Há segundo Weber, duas maneiras de fazer
política. Ou se vive “para” a política, ou se vive
“da” política.
Aquele que vive “da” política, é aquele que vê na
política uma permanente fonte de renda;
Aquele que vive “para” a política é o contrario.
(p. 65)
15. A Política não visa mais o bem comum, mas ao
interesse próprio.
Diz Weber: “As lutas partidárias não são, portanto,
apenas lutas para consecução de metas objetivas, mas
são, a par disso, e sobretudo, rivalidades para controlar
a distribuição de empregos”. (p.68)
A Política virou a preocupação única em
distribuir empregos.
Diz Weber: Na Alemanha, todas as lutas entre as
tendências particularistas e as tendências centralistas
giram em torno deste ponto”. (p.68)
16. Partidos = distribuição de empregos???
Os partidos se irritam muito mais com arranhões ao
direito de distribuição de empregos do que com desvios
de programas. (p. 68)
Se um determinado partido ganhar as eleições em um
município, por exemplo, metade dos eleitores serão
beneficiados com cargos (empregos) ou alguma outra
forma de vantagem. Conseqüentemente, o partido
perdedor, com seu eleitorado minoritário, além de
amargar a derrota ficará sem emprego e sem as
vantagens. Resta-lhes apenas, esperar as próximas
eleições.
17. Weber trata das destruições de empregos em
diversos países – distribuição de cargos e postos
administrativo. (p. 68)
Partido Trampolim Futuro garantido.
“Dessa forma, aos olhos de seus aderentes, os
partidos aparecem, cada vez mais, como uma espécie
de trampolim que lhes permitirá atingir este objetivo
essencial: garantir o futuro”. (p. 69)
18. Demagogo:
Na Grécia: Péricles ocupou a única função
eletiva existente, a de estratégia superior – os
outros postos atribuídos por sorteio. Ele dirigia
a eclesia soberana do demos ateniense.
Na modernidade: O publiscista político
(manqueteiro); jornalista. (p. 80)
19. Os militantes de um determinado partido
esperam obter compensações pessoais:
“Os militantes e, em especial os funcionários e
dirigentes de partidos, esperam naturalmente, que o
triunfo do chefe lhes traga compensação pessoal:
posições ou vantagens outras”. (p. 89)
Muitas pessoas vivem da política dos partidos:
“A máquina exigia grande número de pessoas para seu
funcionamento. Nesse momento, cerca de duas mil
pessoas vivem, na Inglaterra, diretamente da política
dos partidos”. (p. 93)
20. Muitos estão à procura...
“Mais elevado ainda é o número dos que se acham à cata
de uma situação e dos que se mostram ativos em razão de
outros interesses, especialmente no campo da política
municipal”. (p. 93)
Boss (chefe):
Homem dos meios capitalistas que financiam eleições.
Ele só busca o poder, seja como fonte de riquezas, seja
pelo próprio poder...Trabalha na obscuridade; não é
ouvido em público; conserva o silêncio, porém sugere
aos oradores o que convém dizer. (p. 98)
21. Que “alegrias” pode a carreira política
trazer???
Sentimento de poder;
Três qualidades dos homem político:
a) Paixão;
b) Sentimento de responsabilidade;
c) senso de proporção: qualidade psicológica
fundamental do homem político – recolhimento-
calma interior do espírito – manter a distância os
homens e as coisas. (p. 106)
22. Vaidade
É um inimigo vulgar que o homem político deve
dominar a cada dia e a cada hora.
Atinge a todos – não estamos isentos da vaidade.
Nos meios científicos e universitários ela chega a
constituir-se numa espécie de moléstia profissional.
Ethos da Política:
Não cair no erro de justificar-se perante a própria
consciência. Weber dá o exemplo do homem que
abandona sua mulher e justifica-se dizendo que não a
amava...
23. A política é diabólica e o diabo é velho –
envelhecer para conhecê-lo. (p. 121)
A política é um esforço tenaz e energético para
atravessar vigas de madeira: tal esforço exige, a um
tempo, paixão e senso de proporção. (p. 123)
Sobre o Possível e o Impossível:
“É perfeitamente exato dizer – e toda a experiência
histórica o confirma – que não se teria jamais
atingido o possível, se não se houvesse tentado o
impossível. (p. 123)