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A MINERAÇÃO E A ESCRAVATURA DOS NEGROS NO
ESTADO DE GOIÁS NO SEC. XVII
MAUS TRATOS CONTRA
OS NEGROS ESCRAVOS
No século XVII, os bandeirantes paulistas descobriram minas de ouro
no interior do Brasil, primeiramente na região do atual estado de Minas Gerais,
posteriormente nas proximidades da atual cidade de Cuiabá, capital do estado
de Mato Grosso, e por último no Arraial de Sant’Anna, atual Cidade de Goiás,
no estado de Goiás. Essa região de minas, como ficou conhecida, na época da
descoberta do ouro pertencia à Capitania de São Vicente (São Paulo),
entretanto a Capitania de São Vicente foi dividida e criaram-se as Capitanias de
Minas Gerais e Goiás.
Durante a primeira década do século XVIII, um grande número de
pessoas migrou para a região das minas. Entre essas pessoas se encontravam
homens brancos europeus, colonos, africanos escravizados e indígenas e lá
eles desenvolveram vários povoados, arraiais e vilas.
Na mineração, isto é, na extração do ouro nas minas, utilizava-se o
trabalho dos negros escravizados trazidos da África. As minas correspondiam
ao local no qual os escravos eram mais vigiados por seus senhores, que
visavam evitar o contrabando de ouro.
Além da vigilância permanente, o trabalho escravo realizado na
mineração apresentava péssimas condições. Muitos escravos não suportavam
mais do que cinco anos nessa atividade; e rotineiramente aconteciam mortes
prematuras relacionadas às condições de trabalho insalubre e aos acidentes
de trabalho.
Dessa forma, os cativos trabalhavam sob o risco de morrer através de
soterramento ou afogamento causado pelo rompimento das barragens de contenção
das minas – esse era o acidente de trabalho mais comum nas minas e que mais
vitimava os escravos. Além disso, os cativos exerciam o trabalho sob péssimas
condições de salubridade, ficavam dentro da água por muito tempo (expostos a
baixas temperaturas), enquanto outros ficavam muito tempo dentro das minas, nas
cavernas (onde estavam sujeitos à baixa umidade e à falta de oxigênio).
Além das péssimas condições de trabalho, os negros
escravizados enfrentavam carências de alimentação e sucumbiam à
proliferação de várias doenças, ocasionando um grande número de
óbitos.
O trabalho escravo na região das minas não ficou somente
restrito à extração do ouro, pois os escravos realizavam diferentes
funções, como atividades ligadas ao transporte, comércio
(ambulante) e à construção de pontes, ruas e edifícios. O trabalho
nas minas foi considerado a forma de trabalho mais penosa e
pesada desempenhada pelos africanos escravizados no Brasil.
http://www.brasilescola.com/historiab/trabalho-escravo-nas-minas.htm

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  • 1. A MINERAÇÃO E A ESCRAVATURA DOS NEGROS NO ESTADO DE GOIÁS NO SEC. XVII
  • 2.
  • 3. MAUS TRATOS CONTRA OS NEGROS ESCRAVOS
  • 4. No século XVII, os bandeirantes paulistas descobriram minas de ouro no interior do Brasil, primeiramente na região do atual estado de Minas Gerais, posteriormente nas proximidades da atual cidade de Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, e por último no Arraial de Sant’Anna, atual Cidade de Goiás, no estado de Goiás. Essa região de minas, como ficou conhecida, na época da descoberta do ouro pertencia à Capitania de São Vicente (São Paulo), entretanto a Capitania de São Vicente foi dividida e criaram-se as Capitanias de Minas Gerais e Goiás. Durante a primeira década do século XVIII, um grande número de pessoas migrou para a região das minas. Entre essas pessoas se encontravam homens brancos europeus, colonos, africanos escravizados e indígenas e lá eles desenvolveram vários povoados, arraiais e vilas. Na mineração, isto é, na extração do ouro nas minas, utilizava-se o trabalho dos negros escravizados trazidos da África. As minas correspondiam ao local no qual os escravos eram mais vigiados por seus senhores, que visavam evitar o contrabando de ouro. Além da vigilância permanente, o trabalho escravo realizado na mineração apresentava péssimas condições. Muitos escravos não suportavam mais do que cinco anos nessa atividade; e rotineiramente aconteciam mortes prematuras relacionadas às condições de trabalho insalubre e aos acidentes de trabalho. Dessa forma, os cativos trabalhavam sob o risco de morrer através de soterramento ou afogamento causado pelo rompimento das barragens de contenção das minas – esse era o acidente de trabalho mais comum nas minas e que mais vitimava os escravos. Além disso, os cativos exerciam o trabalho sob péssimas condições de salubridade, ficavam dentro da água por muito tempo (expostos a baixas temperaturas), enquanto outros ficavam muito tempo dentro das minas, nas cavernas (onde estavam sujeitos à baixa umidade e à falta de oxigênio).
  • 5. Além das péssimas condições de trabalho, os negros escravizados enfrentavam carências de alimentação e sucumbiam à proliferação de várias doenças, ocasionando um grande número de óbitos. O trabalho escravo na região das minas não ficou somente restrito à extração do ouro, pois os escravos realizavam diferentes funções, como atividades ligadas ao transporte, comércio (ambulante) e à construção de pontes, ruas e edifícios. O trabalho nas minas foi considerado a forma de trabalho mais penosa e pesada desempenhada pelos africanos escravizados no Brasil.