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A LAMA DO DESCASO – O DESASTRE DE MARIANA Página 1 de 2
NOME _______________________________________ Nº ______
Brasília, ____ de _________________ de 2016 – ___ano, turma ____
Professor/a ___________________________________
Enxurrada de lama tira vida dos
ecossistemas
Rejeitos avançam pelo Rio Doce; inventário de prejuízo ambiental deve levar ano
FÁBIO DE CASTRO, BRUNO RIBEIRO, ENVIADO ESPECIAL / MARIANA E MARCO ANTONIO CARVALHO, ENVIADO ESPECIAL / GOVERNADOR VALADARES –
O ESTADO DE S. PAULO - 14 novembro 2015 | 17h 06 - Atualizado: 15 Novembro 2015 | 00h 35
Dez dias depois do rompimento das barragens de rejeitos da mineradora Samarco - de propriedade da
Vale1
e da australiana BHP Billiton2
-, na região de Mariana (MG) o cenário é de devastação e desesperança em toda
a área atingida, que se estende por centenas de quilômetros. O impacto da enxurrada de 62 milhões de m³ de lama
avança rumo ao oceano e deixa um rastro de destruição. O inventário dos prejuízos sociais e ambientais ainda está
apenas começando, mas, de acordo com especialistas, os ecossistemas atingidos estão irreversivelmente
comprometidos.
Embora as empresas responsáveis sejam obrigadas pela Constituição Federal a pagar a recuperação total
dos estragos ambientais, neste momento, nem elas nem o governo ou cientistas sabem como será possível fazê-lo.
Se o impacto ambiental é ainda desconhecido e a recuperação inimaginável, suas consequências são bem
concretas para quem as sente na pele. Em um pequeno pasto na margem do Rio do Carmo em Barra Longa (MG),
Gilson Felipe de Rezende, de 42 anos cuida de aproximadamente 15 cabeças de gado. É uma área de menos de um
hectare, que até então tinha como vantagem justamente o rio, fonte farta de água para o gado. Fica a exatos
71 quilômetros de distância do ponto em que as barragens da mineradora Samarco romperam. E está coberto de
barro.
Mesmo a essa distância, a lama foi capaz de formar ali uma "casca" nas margens e no fundo do rio, que
chega a um metro de espessura - tanto do lado do pasto de Rezende como na margem oposta. O curso d’água em
1
Vale – Vale do Rio Doce - é uma mineradora multinacional brasileira. É a terceira maior empresa de mineração do mundo e também a maior produtora de
minério de ferro, de pelotas e a segunda maior exploradora de níquel. (Wikipédia) Multinacional = estar presente/funcionando em muitas nações.
2
BHP Billiton – BHP Billiton é uma mineradora e petrolífera anglo-australiana (anglo = Inglaterra) multinacional sediada em Melbourne, Austrália.
(Wikipédia). Por ser multinacional, a BHP Billiton tem negócios em vários países, inclusive no Brasil. Ela é dona, junto com a Vale, de uma parte da Samarco
e, por isso, compartilha dessa encrenca em Mariana.
http://infograficosnaeducacao.blogspot.com.br/2015/11/infografico-sobre-algo-triste.html
A LAMA DO DESCASO – O DESASTRE DE MARIANA Página 2 de 2
que, antes, era possível navegar de canoa, virou um rio raso. Nessa crosta de lama, os peixes aparecem aos montes,
grudados no chão, como se fossem fósseis. Toda a região tem um forte cheiro de carniça. [...]
Muitos acham que a recuperação do ecossistema vai demorar uns 10 anos para isso voltar a ser como era
mas, Talvez demore mais. De acordo com Carlos Alfredo Joly, do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), dificilmente será possível reverter o impacto da lama na biodiversidade.
“Os rejeitos que se acumulam nas margens dos rios são feitos de um sedimento fino, que altera a
composição original do solo, tornando-o mais compacto. Com isso, as matas ciliares serão afetadas. A vegetação
perto das margens morrerá e a modificação no solo matará também as árvores que não foram carregadas pela
enxurrada de lama, abrindo grandes clareiras, com impactos em todo o ecossistema”, disse Joly. [...]
Oceano. Segundo Alexander Turra, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), quando
a água poluída do rio chegar ao estuário3
— que normalmente acumula sedimentos finos —, a decantação de um
sedimento diferente do natural terá impacto intenso na fauna marinha.
“Mais turva, a água não deixará passar a luz e impedirá a fotossíntese das algas no fundo, afetando
também o plâncton. Esses organismos são a base da cadeia alimentar e sua perda terá impacto em todos os
organismos marinhos. Os peixes morrerão ou fugirão para outros lugares, afetando severamente a pesca local”,
afirmou.
A areia das praias capixabas4
terá suas características modificadas, de acordo com o pesquisador. "A lama
poderá transformar a cor e a textura das areias das praias capixabas, modificando a sensação de anda sobre ela.
Além do impacto na biodiversidade, teremos consequências graves para o turismo", disse Turra.
Efeito crônico. Segundo ele, cada vez que uma chuva forte atingir o vale do Rio Doce, mais lama endurecida
se dissolverá e escorrerá novamente para o mar. Isso deverá gerar problemas de abastecimento para as cidades
mineiras e capixabas ao longo de anos. “Haverá um efeito crônico, persistente”, disse.
"Além desses prejuízos, essa região é uma das mais biodiversas na costa brasileira – e é uma importante
área de reprodução de tartarugas marinhas. Os ecossistemas formados pelos corais, muito sensíveis, poderão ser
afetados. Não sabemos ainda se a mancha de lama poderá chegar até Abrolhos", declarou Turra. E, mais: “Não
sabemos como isso vai ser recuperado. Não temos tecnologia disponível para enfrentar um impacto dessa
magnitude. Certamente levará muito tempo e custará muito caro resgatar as características funcionais desses rios”,
declarou Tundisi.
3
Estuário – é uma área ao longo da costa onde um rio se junta ao mar. Os estuários são parcialmente fechados, tendo uma conexão livre com o mar aberto,
essa conexão pode ser permanente ou periódica. Nos estuários a água do mar é diluída pela água doce, formando um ambiente salobro.
4
Capixaba – Segundo os estudiosos da língua tupi, capixaba significa roça, roçado, terra limpa para plantação. Os índios que viviam na região de Vitória,
capital do Espírito Santo chamavam de capixaba sua plantação de milho e mandioca. Capixaba também é um adjetivo que indica quem nasce em Vitória.
Para fazer essa contenção,
a mineradora faz uma espécie
de montanha maciça com ma-
terial compactado, formando
por sobre o solo argiloso, re-
jeitos de minério e blocos
de rocha.
Uma barragem de
rejeitos com 70
metros de altura,
como era a de Fundão,
em Mariana, é o
equivalente a um
prédio de mais de 20
metros.

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A lama do descaso

  • 1. A LAMA DO DESCASO – O DESASTRE DE MARIANA Página 1 de 2 NOME _______________________________________ Nº ______ Brasília, ____ de _________________ de 2016 – ___ano, turma ____ Professor/a ___________________________________ Enxurrada de lama tira vida dos ecossistemas Rejeitos avançam pelo Rio Doce; inventário de prejuízo ambiental deve levar ano FÁBIO DE CASTRO, BRUNO RIBEIRO, ENVIADO ESPECIAL / MARIANA E MARCO ANTONIO CARVALHO, ENVIADO ESPECIAL / GOVERNADOR VALADARES – O ESTADO DE S. PAULO - 14 novembro 2015 | 17h 06 - Atualizado: 15 Novembro 2015 | 00h 35 Dez dias depois do rompimento das barragens de rejeitos da mineradora Samarco - de propriedade da Vale1 e da australiana BHP Billiton2 -, na região de Mariana (MG) o cenário é de devastação e desesperança em toda a área atingida, que se estende por centenas de quilômetros. O impacto da enxurrada de 62 milhões de m³ de lama avança rumo ao oceano e deixa um rastro de destruição. O inventário dos prejuízos sociais e ambientais ainda está apenas começando, mas, de acordo com especialistas, os ecossistemas atingidos estão irreversivelmente comprometidos. Embora as empresas responsáveis sejam obrigadas pela Constituição Federal a pagar a recuperação total dos estragos ambientais, neste momento, nem elas nem o governo ou cientistas sabem como será possível fazê-lo. Se o impacto ambiental é ainda desconhecido e a recuperação inimaginável, suas consequências são bem concretas para quem as sente na pele. Em um pequeno pasto na margem do Rio do Carmo em Barra Longa (MG), Gilson Felipe de Rezende, de 42 anos cuida de aproximadamente 15 cabeças de gado. É uma área de menos de um hectare, que até então tinha como vantagem justamente o rio, fonte farta de água para o gado. Fica a exatos 71 quilômetros de distância do ponto em que as barragens da mineradora Samarco romperam. E está coberto de barro. Mesmo a essa distância, a lama foi capaz de formar ali uma "casca" nas margens e no fundo do rio, que chega a um metro de espessura - tanto do lado do pasto de Rezende como na margem oposta. O curso d’água em 1 Vale – Vale do Rio Doce - é uma mineradora multinacional brasileira. É a terceira maior empresa de mineração do mundo e também a maior produtora de minério de ferro, de pelotas e a segunda maior exploradora de níquel. (Wikipédia) Multinacional = estar presente/funcionando em muitas nações. 2 BHP Billiton – BHP Billiton é uma mineradora e petrolífera anglo-australiana (anglo = Inglaterra) multinacional sediada em Melbourne, Austrália. (Wikipédia). Por ser multinacional, a BHP Billiton tem negócios em vários países, inclusive no Brasil. Ela é dona, junto com a Vale, de uma parte da Samarco e, por isso, compartilha dessa encrenca em Mariana. http://infograficosnaeducacao.blogspot.com.br/2015/11/infografico-sobre-algo-triste.html
  • 2. A LAMA DO DESCASO – O DESASTRE DE MARIANA Página 2 de 2 que, antes, era possível navegar de canoa, virou um rio raso. Nessa crosta de lama, os peixes aparecem aos montes, grudados no chão, como se fossem fósseis. Toda a região tem um forte cheiro de carniça. [...] Muitos acham que a recuperação do ecossistema vai demorar uns 10 anos para isso voltar a ser como era mas, Talvez demore mais. De acordo com Carlos Alfredo Joly, do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), dificilmente será possível reverter o impacto da lama na biodiversidade. “Os rejeitos que se acumulam nas margens dos rios são feitos de um sedimento fino, que altera a composição original do solo, tornando-o mais compacto. Com isso, as matas ciliares serão afetadas. A vegetação perto das margens morrerá e a modificação no solo matará também as árvores que não foram carregadas pela enxurrada de lama, abrindo grandes clareiras, com impactos em todo o ecossistema”, disse Joly. [...] Oceano. Segundo Alexander Turra, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), quando a água poluída do rio chegar ao estuário3 — que normalmente acumula sedimentos finos —, a decantação de um sedimento diferente do natural terá impacto intenso na fauna marinha. “Mais turva, a água não deixará passar a luz e impedirá a fotossíntese das algas no fundo, afetando também o plâncton. Esses organismos são a base da cadeia alimentar e sua perda terá impacto em todos os organismos marinhos. Os peixes morrerão ou fugirão para outros lugares, afetando severamente a pesca local”, afirmou. A areia das praias capixabas4 terá suas características modificadas, de acordo com o pesquisador. "A lama poderá transformar a cor e a textura das areias das praias capixabas, modificando a sensação de anda sobre ela. Além do impacto na biodiversidade, teremos consequências graves para o turismo", disse Turra. Efeito crônico. Segundo ele, cada vez que uma chuva forte atingir o vale do Rio Doce, mais lama endurecida se dissolverá e escorrerá novamente para o mar. Isso deverá gerar problemas de abastecimento para as cidades mineiras e capixabas ao longo de anos. “Haverá um efeito crônico, persistente”, disse. "Além desses prejuízos, essa região é uma das mais biodiversas na costa brasileira – e é uma importante área de reprodução de tartarugas marinhas. Os ecossistemas formados pelos corais, muito sensíveis, poderão ser afetados. Não sabemos ainda se a mancha de lama poderá chegar até Abrolhos", declarou Turra. E, mais: “Não sabemos como isso vai ser recuperado. Não temos tecnologia disponível para enfrentar um impacto dessa magnitude. Certamente levará muito tempo e custará muito caro resgatar as características funcionais desses rios”, declarou Tundisi. 3 Estuário – é uma área ao longo da costa onde um rio se junta ao mar. Os estuários são parcialmente fechados, tendo uma conexão livre com o mar aberto, essa conexão pode ser permanente ou periódica. Nos estuários a água do mar é diluída pela água doce, formando um ambiente salobro. 4 Capixaba – Segundo os estudiosos da língua tupi, capixaba significa roça, roçado, terra limpa para plantação. Os índios que viviam na região de Vitória, capital do Espírito Santo chamavam de capixaba sua plantação de milho e mandioca. Capixaba também é um adjetivo que indica quem nasce em Vitória. Para fazer essa contenção, a mineradora faz uma espécie de montanha maciça com ma- terial compactado, formando por sobre o solo argiloso, re- jeitos de minério e blocos de rocha. Uma barragem de rejeitos com 70 metros de altura, como era a de Fundão, em Mariana, é o equivalente a um prédio de mais de 20 metros.