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Internet das Coisas e o futuro conectado

  • 1. A  Internet  das  coisas   2  de  novembro  de  2010,  22:00     De  Ricardo  Murer   Graduado  em  Ciências  da  Computação  (USP)  e  mestre  em  Comunicação  (USP).   Especialista    em  estratégia  digital  e  novas  tecnologias.   Follow  @rdmurer   Desde  seu  início,  a  internet  é  chamada  de  “rede  mundial  de  computadores”.   Felizmente,  ela  é  bem  mais  do  que  computadores  conectados.  Com  o   estabelecimento  das  redes  sociais,  a  internet  começou  a  ser  reconhecida  como  rede   de  “pessoas”  conectadas.  Além  dos  PCs  que  estão  plugados  na  rede  e  os  celulares   (perto  de  1  bilhão),  todos  os  anos  novos  objetos  “entram  na  rede”  por  meio  de   tecnologias  inovadoras,  como  RFID  (Radio-­‐frequency  Identification),  WI-­‐FI  e   Bluetooth,  que  dão  aos  objetos  a  capacidade  de  se  comunicar.  Nos  últimos  anos,   entretanto,  objetos  do  nosso  cotidiano  começaram  a  receber  camadas  de   informação  (software)  e  sensores,  permitindo  que  fossem  além  da  simples   transmissão  de  dados.  Hoje,  esses  “objetos  inteligentes”  “sentem”  e  “reagem”  ao   ambiente  de  forma  independente,  sem  que  tenhamos  que  dar  qualquer  ordem  ou   comando.  Estamos  entrando  na  era  da  “Internet  das  Coisas”.   Conectados  em  rede   Segundo  o  professor  Michael  Nelson  da  Universidade  de  Georgetown   Communication,  Culture  &  Technology  e  Diretor  de  Tecnologia  Internet  da  IBM,   “dentro  de  5  a  10  anos  vamos  ter  mais  de  100  bilhões  de  objetos  conectados  em   rede”.  Segundo  ele,  nossa  dificuldade  em  mensurar  o  tamanho  do  mercado  da   “Internet  das  Coisas”  pode  ser  comparada  à  dificuldade  de  medir  o  mercado  de   plásticos  em  1940.  Naquele  tempo  era  difícil  imaginar  que  o  plástico  poderia  ser   usado  em  praticamente  todas  as  coisas.  O  mesmo  acontece  hoje  em  relação  aos   objetos  sobre  os  quais  estamos  aplicando  uma  camada  de  informação  digital,   processadores  ou  sensores.  Esta  nova  área  tem  sido  chamada  de  “internet  das   coisas”.  Mas,  afinal,  o  que  é  “internet  das  coisas”?  Entre  as  diversas  ideias  e   conceitos,  a  melhor  definição  para  “internet  das  coisas”  seria:  uma  rede  aberta  e   abrangente  de  objetos  inteligentes  que  têm  capacidade  de  se  auto-­‐organizar,   compartilhar  informações,  dados  e  recursos,  reagindo  e  agindo  diante  de  situações  e   mudanças  no  ambiente.   “Blogjects”   Nessa  mesma  linha,  Julian  Bleecker,  fundador  do  Near  Future  Laboratory,  criou  o   termo  “blogjects”  para  descrever  objetos  que  blogam.  Já  o  escritor  Bruce  Sterling   cunhou  o  termo  “spimes”  para  descrever  “um  objeto  de  identificação  única,   consciente  de  sua  localização,  de  seu  ambiente,  que  faz  sua  própria  inicialização,   autodocumentação  e  lança  para  fora  dados  sobre  si  mesmo  e  seu  meio  ambiente  em   grandes  quantidades”.     1  
  • 2. Esse  novo  universo  digital  de  “coisas  conectadas”  redefine  nossa  relação  com  os   objetos  ao  nosso  redor,  pois  ela  não  ocorre  somente  por  utilidade  (como  é  hoje),   mas  também  por  uma  iniciativa  e  vontade  própria  do  objeto.  Uma  relação  que  pode   ser  com  pessoas  ou  com  outros  objetos  inteligentes,  sem  nossa  interferência  ou   comando.  Outra  rede  social  conectada  a  “nossa”  rede  social,  repleta  de  novas   possibilidades,  capaz  de  alterar  significativamente  nossas  vidas,  como  compramos   produtos,  curtimos  nosso  lazer  e  vivemos  em  sociedade.   Mas  imaginar  objetos  conectados  de  forma  invisível,  trocando  informações  entre  si,   não  é  novidade.  Em  1999,  o  professor    Neil  Gershenfeld,  do  MIT,  publicou  seu  livro   “Quando  as  Coisas  Começam  a  Pensar”    (When  Thinks  Start  to  Think),  onde  descrevia   os  princípios  da  “Internet  das  Coisas”.     Além  disso,  uma  das  tecnologias  mais  usadas  hoje  para  conectar  objetos,  a  RFID  não   é  também  algo  novo,  tendo  sido  descoberta  pelo  físico  escocês    Robert  Alexander   Watson-­‐Watt    em  1935  e  usada  durante  a  2ª  Guerra  Mundial.  A  tecnologia  RFID  é   considerada  essencial  para  essa  nova  revolução  na  medida  em  que  permite   adicionar  objetos  sem  qualquer  tipo  de  eletrônica  ou  circuito  digital  à  rede.   No  cotidiano   Isto  já  ocorre,  por  exemplo,  com  livros,  carros  e  roupas.  Ao  cobrirmos  diferentes   áreas  de  nosso  cotidiano  com  rede  sem  fio  e  adicionarmos  “tags”  RFID  aos  objetos,   estamos  promovendo  não  só  o  controle  e  o  monitoramento  deles  nas  cadeias  de   valor  e  estoque,  mas  também  sua  conectividade,  inter-­‐comunicação  e   compartilhamento.   A  proliferação  de  “objetos  inteligentes  em  rede”  está  também  orientando  as  práticas   da  engenharia  civil  e  da  arquitetura  naquilo  que  hoje  é  chamado  de    “prédios   inteligentes”.   Edifícios  com  sensores  e  dispositivos  conectados  por  uma  rede  IP  são  capazes  de   “sentir’  o  ambiente  interno  e  externo,  adaptando  ventilação,  iluminação,  uso  de   água,  escadas  rolantes  e  elevadores  de  acordo  com  parâmetros  sustentáveis  para   consumo  de  energia.  Na  área  de  entretenimento,  já  faz  algum  tempo  que  consoles   Nintendo  DS  e  Sony  PSP  já  podem  acessar  redes  sem  fio  e  um  Kernel  Linux,   permitindo  integrações  com  outros  dispositivos.  Quando  pensamos  na  segurança  de   nossa  casa,  já  podemos  instalar  câmeras  de  vídeo,  áudio  e  detectores  de  movimento   integrados,  capazes  de  enviar  para  nosso  celular  alertas  sobre  invasores  e  notificar   centrais  de  polícia.   Num  futuro  próximo,  o  virtual  e  o  real  coexistirão  numa  versão  mais  sofisticada  do   que  hoje  chamamos  de  realidade  aumentada.  Nesse  novo  espaço  de  interação,   objetos  inteligentes,  agentes  e  avatares  autônomos  serão  nossos  colegas  de   trabalho,  empregados  virtuais  ou  simplesmente  mais  um  amigo  dentro  do  Facebook.   A  “Internet  das  Coisas”  é  a  próxima  rede  social.  E  já  é  uma  realidade.       2