Menção honrosa do concurso de poesia de natal, promovido pela Escola Secundária da Amadora, escola sede do Agrupamento de Escolas Pioneiros da Aviação Portuguesa.

1.
Nês
À espera que o Mundo acorde
em paz
Quando era pequenina
e na casa dos meus avós
punha sapatos e botas
à volta da chaminé …
Pensava que dela descia
o Menino Jesus, à noite
e Ele a sós
sabia o que eu queria …
Era uma surpresa
ao outro dia!
Ficava tão convencida
que nem sequer percebia
que só eu, por ser pequena
tinha aquela “mordomia”…
Mas … cresci …
E quando percebi
que afinal
não havia Menino Jesus
nem o moderno Pai Natal
fiquei desencantada…
Já não há sapatos nem botas
Já não há prendas “a pedido”.
O Natal até fecha as portas
por volta da meia-noite!
E quando, no sarilho dos laços
me chega o sono
e me “desfaço”
penso :
Era lindo, quando acreditava
e quando acordada
era presenteada!
Agora, nada …
Não há surpresas
há troca de prendas …
Mas a lareira arde …
toda a noite
à espera que o Mundo acorde
em Paz!