Este documento discute a cozinha nos terreiros de candomblé como um espaço sagrado. A cozinha é onde as oferendas para os orixás são preparadas através de rituais e preceitos específicos. Ela é vista como um laboratório onde o fogo permite a transformação dos alimentos e a comunicação com os orixás. A cozinha também representa o papel central das mulheres na religião como nutridoras da comunidade.
1) A comida ocupa um lugar fundamental no Candomblé, sendo entendida como força vital e meio de contrato com o sagrado.
2) Na cozinha do terreiro, as comidas dos Orixás seguem prescrições complexas construídas ao longo do tempo.
3) A comida é um sacrifício indispensável para a vida, representando uma troca de força entre o devoto e o Orixá.
1) O documento lista receitas e comidas rituais associadas a vários orixás do candomblé, incluindo acarajé, amalá, e comidas para Exu, Ogum, Iansã e outros.
2) São fornecidos ingredientes e instruções de preparo detalhadas para pratos como farofa de feijão, manjar branco e farofa de carne seca.
3) As comidas rituais são consideradas oferendas aos orixás e acredita-se que absorvam o "axé" depois de preparadas e
(1) O documento discute vários processos de cura tradicionais, incluindo o uso de ervas medicinais. (2) Ele também descreve vários procedimentos rituais que envolvem o uso de folhas para propósitos tanto benéficos quanto maléficos. (3) As folhas podem ser usadas para tratar doenças, proteger contra a morte, aumentar a fertilidade e a sorte, ou até mesmo amaldiçoar ou matar alguém.
O documento discute o conceito de Abiku na tradição iorubá. Abiku são crianças que nascem para morrer, podendo renascer várias vezes na mesma mãe. Rituais como o Sara são realizados para agradar o orixá Aragbo e afastar a morte dessas crianças. O documento também aborda a relação entre Ori, Ifá e o destino individual de acordo com a tradição iorubá.
1) O documento fornece informações sobre um centro de orientação afro-brasileira dedicado ao culto aos orixás no Brasil, incluindo endereço, contatos e informações sobre ensinamentos e rituais como jogo de búzios e oferendas.
2) É descrito que Ifá é um sistema de adivinhação originado na África Ocidental que não é uma divindade em si, mas sim o porta-voz de Orunmilá e outros orixás.
3) Dois sistemas religiosos da Nigéria,
1) A culinária do Candomblé é importante para oferecer comidas sagradas aos Orixás. 2) As comidas oferecidas simbolizam as preferências alimentares dos Orixás quando habitavam a terra. 3) As oferendas de comida transmitem pedidos aos Orixás e ao serem devolvidas à natureza reciclam a energia Axé.
O documento apresenta 6 oferendas para prosperidade no Candomblé, envolvendo o uso de ingredientes como milho, batatas, mel e frutas em rituais para atrair dinheiro, sorte e abundância, realizados em locais sagrados como a mata ou encruzilhadas e direcionados a entidades como Osumare e Exu.
O documento fornece instruções sobre diferentes rituais e oferendas para abrir caminhos, agradar entidades espirituais e aumentar a prosperidade. Inclui receitas para balaio da prosperidade, batata doce para Iansã de Bale e bife para Lodê.
1) A comida ocupa um lugar fundamental no Candomblé, sendo entendida como força vital e meio de contrato com o sagrado.
2) Na cozinha do terreiro, as comidas dos Orixás seguem prescrições complexas construídas ao longo do tempo.
3) A comida é um sacrifício indispensável para a vida, representando uma troca de força entre o devoto e o Orixá.
1) O documento lista receitas e comidas rituais associadas a vários orixás do candomblé, incluindo acarajé, amalá, e comidas para Exu, Ogum, Iansã e outros.
2) São fornecidos ingredientes e instruções de preparo detalhadas para pratos como farofa de feijão, manjar branco e farofa de carne seca.
3) As comidas rituais são consideradas oferendas aos orixás e acredita-se que absorvam o "axé" depois de preparadas e
(1) O documento discute vários processos de cura tradicionais, incluindo o uso de ervas medicinais. (2) Ele também descreve vários procedimentos rituais que envolvem o uso de folhas para propósitos tanto benéficos quanto maléficos. (3) As folhas podem ser usadas para tratar doenças, proteger contra a morte, aumentar a fertilidade e a sorte, ou até mesmo amaldiçoar ou matar alguém.
O documento discute o conceito de Abiku na tradição iorubá. Abiku são crianças que nascem para morrer, podendo renascer várias vezes na mesma mãe. Rituais como o Sara são realizados para agradar o orixá Aragbo e afastar a morte dessas crianças. O documento também aborda a relação entre Ori, Ifá e o destino individual de acordo com a tradição iorubá.
1) O documento fornece informações sobre um centro de orientação afro-brasileira dedicado ao culto aos orixás no Brasil, incluindo endereço, contatos e informações sobre ensinamentos e rituais como jogo de búzios e oferendas.
2) É descrito que Ifá é um sistema de adivinhação originado na África Ocidental que não é uma divindade em si, mas sim o porta-voz de Orunmilá e outros orixás.
3) Dois sistemas religiosos da Nigéria,
1) A culinária do Candomblé é importante para oferecer comidas sagradas aos Orixás. 2) As comidas oferecidas simbolizam as preferências alimentares dos Orixás quando habitavam a terra. 3) As oferendas de comida transmitem pedidos aos Orixás e ao serem devolvidas à natureza reciclam a energia Axé.
O documento apresenta 6 oferendas para prosperidade no Candomblé, envolvendo o uso de ingredientes como milho, batatas, mel e frutas em rituais para atrair dinheiro, sorte e abundância, realizados em locais sagrados como a mata ou encruzilhadas e direcionados a entidades como Osumare e Exu.
O documento fornece instruções sobre diferentes rituais e oferendas para abrir caminhos, agradar entidades espirituais e aumentar a prosperidade. Inclui receitas para balaio da prosperidade, batata doce para Iansã de Bale e bife para Lodê.
O documento fornece instruções para realizar diferentes tipos de ajebós (oferecimentos) para Xangô, o orixá do trovão na religião afro-brasileira Candomblé. Inclui ajebós para abertura profissional, para o amor, para superar dificuldades e limpeza energética. Também fornece um ebó para passar em provas e concursos. Todos requerem quiabos, velas, moedas e outros itens e devem ser preparados em específico de acordo com cada intenção
Este documento fornece um resumo conciso do Oráculo Búzios e sua relação com os Odus. Em três frases ou menos:
1. Apresenta os conceitos-chave do Oráculo Búzios, incluindo Odus, números associados à data de nascimento e sua relação com destino e características.
2. Explica como o Oráculo Búzios pode ser usado para entender desafios e orientações por meio da interpretação dos números de conchas abertas.
3. Fornece um gloss
O documento lista vários tipos de oferendas para orixás, incluindo Akara Okun feito com inhame, milho e camarão para Ogum e Ebó Yaan feito com canjica vermelha e pó de Osun para qualquer Iyágba. Fornece instruções detalhadas sobre os ingredientes e preparo de cada oferenda.
O documento discute a importância de Olódumaré, visto como a base estrutural do Universo e a causa original de todas as causas. Entretanto, é difícil explicar a essência de Olódumaré e Ele só pode ser entendido através de ideias aproximadas, não exatas. O texto reflete sobre a dificuldade do homem em explicar o inexplicável quando se trata da origem do Universo.
Este documento descreve o ritual religioso Sasanha, no qual se cantam as propriedades e usos de diversas plantas e folhas no culto aos orixás. Explica que cada folha tem um canto associado a um orixá específico e possui características próprias. Também fornece exemplos de folhas comumente usadas no ritual e seus significados relacionados a elementos como calma, agitação, terra, água e fogo.
1) O abado é um alimento preferido do orixá Oxossi, feito de feijão torrado e usado em rituais para ele.
2) Segundo a tradição, Oxossi levava abado consigo em longas caçadas na floresta.
3) Oferecer abado a Oxossi trás prosperidade e resolução de problemas.
Este documento fornece mensagens e ebos para 16 odu do merindilogun. Resume as principais mensagens de cada odu, incluindo cuidados com a saúde, espiritualidade, justiça, amizades, inimigos e viagens. Recomenda oferendas para os orixás associados a cada odu.
1. O documento apresenta os segredos do Oráculo de Ifá, deidade da adivinhação na religião iorubá.
2. O primeiro Odu de Ifá, chamado Ejiogbe, é descrito em detalhes, incluindo suas características, prescrições e sacrifícios associados.
3. Informações importantes sobre a prática religiosa de Ifá e os deveres de seus sacerdotes, chamados Babalawos, são fornecidos.
1) O documento apresenta os segredos do Oráculo de Ifá e busca desvendar seus significados para que possam ser compreendidos por todos.
2) Muitos sacerdotes mantinham os conhecimentos secretos de Ifá por insegurança, o que levou à perda de fundamentos religiosos ao longo dos séculos.
3) O objetivo é transmitir os ensinamentos de forma escrita para que não se percam com novas gerações e estejam acessíveis a todos interessados.
1) O documento discute o uso tradicional do Obì na cultura Yoruba, incluindo seu uso em pactos de união, oferendas aos Orisas, remédios caseiros e cerimônias.
2) Conta o mito de como Osanyin, o primeiro herbolário Yoruba, fez um pacto com Orunmila para que o povo reconhecesse o valor do Obì.
3) Explica que o Obì é lançado para determinar se oferendas foram aceitas, venerar os Orisas, consultar conselhos div
Este documento fornece um resumo conciso em 3 frases do documento sobre o Candomblé:
1) O Candomblé é uma religião originária da África trazida pelos escravos que presta culto aos Orixás, deuses da natureza, através de rituais com danças, cantos e oferendas.
2) Cada pessoa tem dois Orixás protetores que marcam sua personalidade de forma visível ou mais sutil e o Candomblé busca o equilíbrio energético entre os seres humanos e as
1) O documento descreve as rezas e preparativos necessários para abrir e realizar um jogo de Ifá, incluindo oferendas aos orixás e invocações para pedir permissão e proteção.
2) São listados os 16 primeiros odús de Ifá e suas características.
3) São transcritas as longas rezas de abertura do jogo, contendo saudações, pedidos e invocações aos orixás.
Este documento fornece instruções para realizar feitiços e rituais maléficos, incluindo como prejudicar ou matar inimigos através de bonecos, velas, enterros e outros métodos. Alguns rituais envolvem fazer pactos com demônios ou entidades.
O documento fornece instruções e receitas para oferendas a vários orixás da religião candomblé. Inclui informações sobre como preparar e apresentar as oferendas corretamente, além de receitas detalhadas para pratos como padê, feijão, amalá e outros.
Este documento fornece uma lista extensa de termos e expressões relacionados à religião Candomblé e à cultura africana. Inclui palavras da língua iorubá e outras influências linguísticas africanas, descrevendo orixás, títulos sacerdotais, comidas, rituais e objetos utilizados no culto. A lista é apresentada em ordem alfabética e contém explicações curtas de significado para muitos termos.
1) O documento descreve os preparativos iniciais para a abertura de um jogo de Ifá, incluindo rezas e oferendas para entidades como Exu e Orunmilá.
2) São listados os 16 Odus de Ifá em ordem, junto com suas características e associações.
3) São transcritas as rezas completas realizadas para abrir o jogo, invocando várias entidades do panteão iorubá e pedindo permissão para realizar consultas.
Este documento contiene instrucciones y rezos para ceremonias dedicadas a los muertos (Eggun). Incluye detalles sobre cómo ofrecer comida, bebida y sacrificios a los Eggun, así como cantos y rezos apropiados. También cubre la consagración de objetos ceremoniales y la enterrar de ofrendas para los Eggun. El documento proporciona información importante sobre las tradiciones y prácticas asociadas con honrar y comunicarse con los antepasados fallecidos en la religión Yoruba.
O documento lista as folhas litúrgicas utilizadas no Candomblé para cada orixá, incluindo Èsù, Ògún, Odé, Akoko, Òsánỵín, Sòngó, Oyá, Òsún, Yemonjà, Òbàlúwàiyé, Nàná, Òòsààlà e as ervas comuns a todos os orixás.
Este documento contiene instrucciones para diversos rituales y ceremonias de Ifá. Describe cómo preparar ofrendas, hacer ebbós y realizar trabajos para tratar problemas de salud, atraer la buena suerte, vencer enemigos y protegerse de fuerzas negativas, entre otros asuntos. El documento proporciona detalles sobre los ingredientes y procedimientos requeridos para cada ritual.
Este documento descreve os 16 resultados possíveis de um jogo de búzios no método da nação do Ketu, indicando o orixá responsável por cada resultado e os significados associados. Os resultados variam de mensagens positivas sobre saúde, felicidade e sucesso a alertas sobre possíveis problemas, doenças e até mesmo a morte.
Este documento fornece informações sobre diversas plantas sagradas utilizadas nos rituais e medicina tradicional do Candomblé. Cada planta lista seu nome em iorubá e português, o orixá associado e usos medicinais e rituais, como banhos, chás, sacudimentos e assentamentos. O documento serve como guia sobre ervas e suas aplicações espirituais e terapêuticas dentro da religião.
O documento fornece instruções para realizar diferentes tipos de ajebós (oferecimentos) para Xangô, o orixá do trovão na religião afro-brasileira Candomblé. Inclui ajebós para abertura profissional, para o amor, para superar dificuldades e limpeza energética. Também fornece um ebó para passar em provas e concursos. Todos requerem quiabos, velas, moedas e outros itens e devem ser preparados em específico de acordo com cada intenção
Este documento fornece um resumo conciso do Oráculo Búzios e sua relação com os Odus. Em três frases ou menos:
1. Apresenta os conceitos-chave do Oráculo Búzios, incluindo Odus, números associados à data de nascimento e sua relação com destino e características.
2. Explica como o Oráculo Búzios pode ser usado para entender desafios e orientações por meio da interpretação dos números de conchas abertas.
3. Fornece um gloss
O documento lista vários tipos de oferendas para orixás, incluindo Akara Okun feito com inhame, milho e camarão para Ogum e Ebó Yaan feito com canjica vermelha e pó de Osun para qualquer Iyágba. Fornece instruções detalhadas sobre os ingredientes e preparo de cada oferenda.
O documento discute a importância de Olódumaré, visto como a base estrutural do Universo e a causa original de todas as causas. Entretanto, é difícil explicar a essência de Olódumaré e Ele só pode ser entendido através de ideias aproximadas, não exatas. O texto reflete sobre a dificuldade do homem em explicar o inexplicável quando se trata da origem do Universo.
Este documento descreve o ritual religioso Sasanha, no qual se cantam as propriedades e usos de diversas plantas e folhas no culto aos orixás. Explica que cada folha tem um canto associado a um orixá específico e possui características próprias. Também fornece exemplos de folhas comumente usadas no ritual e seus significados relacionados a elementos como calma, agitação, terra, água e fogo.
1) O abado é um alimento preferido do orixá Oxossi, feito de feijão torrado e usado em rituais para ele.
2) Segundo a tradição, Oxossi levava abado consigo em longas caçadas na floresta.
3) Oferecer abado a Oxossi trás prosperidade e resolução de problemas.
Este documento fornece mensagens e ebos para 16 odu do merindilogun. Resume as principais mensagens de cada odu, incluindo cuidados com a saúde, espiritualidade, justiça, amizades, inimigos e viagens. Recomenda oferendas para os orixás associados a cada odu.
1. O documento apresenta os segredos do Oráculo de Ifá, deidade da adivinhação na religião iorubá.
2. O primeiro Odu de Ifá, chamado Ejiogbe, é descrito em detalhes, incluindo suas características, prescrições e sacrifícios associados.
3. Informações importantes sobre a prática religiosa de Ifá e os deveres de seus sacerdotes, chamados Babalawos, são fornecidos.
1) O documento apresenta os segredos do Oráculo de Ifá e busca desvendar seus significados para que possam ser compreendidos por todos.
2) Muitos sacerdotes mantinham os conhecimentos secretos de Ifá por insegurança, o que levou à perda de fundamentos religiosos ao longo dos séculos.
3) O objetivo é transmitir os ensinamentos de forma escrita para que não se percam com novas gerações e estejam acessíveis a todos interessados.
1) O documento discute o uso tradicional do Obì na cultura Yoruba, incluindo seu uso em pactos de união, oferendas aos Orisas, remédios caseiros e cerimônias.
2) Conta o mito de como Osanyin, o primeiro herbolário Yoruba, fez um pacto com Orunmila para que o povo reconhecesse o valor do Obì.
3) Explica que o Obì é lançado para determinar se oferendas foram aceitas, venerar os Orisas, consultar conselhos div
Este documento fornece um resumo conciso em 3 frases do documento sobre o Candomblé:
1) O Candomblé é uma religião originária da África trazida pelos escravos que presta culto aos Orixás, deuses da natureza, através de rituais com danças, cantos e oferendas.
2) Cada pessoa tem dois Orixás protetores que marcam sua personalidade de forma visível ou mais sutil e o Candomblé busca o equilíbrio energético entre os seres humanos e as
1) O documento descreve as rezas e preparativos necessários para abrir e realizar um jogo de Ifá, incluindo oferendas aos orixás e invocações para pedir permissão e proteção.
2) São listados os 16 primeiros odús de Ifá e suas características.
3) São transcritas as longas rezas de abertura do jogo, contendo saudações, pedidos e invocações aos orixás.
Este documento fornece instruções para realizar feitiços e rituais maléficos, incluindo como prejudicar ou matar inimigos através de bonecos, velas, enterros e outros métodos. Alguns rituais envolvem fazer pactos com demônios ou entidades.
O documento fornece instruções e receitas para oferendas a vários orixás da religião candomblé. Inclui informações sobre como preparar e apresentar as oferendas corretamente, além de receitas detalhadas para pratos como padê, feijão, amalá e outros.
Este documento fornece uma lista extensa de termos e expressões relacionados à religião Candomblé e à cultura africana. Inclui palavras da língua iorubá e outras influências linguísticas africanas, descrevendo orixás, títulos sacerdotais, comidas, rituais e objetos utilizados no culto. A lista é apresentada em ordem alfabética e contém explicações curtas de significado para muitos termos.
1) O documento descreve os preparativos iniciais para a abertura de um jogo de Ifá, incluindo rezas e oferendas para entidades como Exu e Orunmilá.
2) São listados os 16 Odus de Ifá em ordem, junto com suas características e associações.
3) São transcritas as rezas completas realizadas para abrir o jogo, invocando várias entidades do panteão iorubá e pedindo permissão para realizar consultas.
Este documento contiene instrucciones y rezos para ceremonias dedicadas a los muertos (Eggun). Incluye detalles sobre cómo ofrecer comida, bebida y sacrificios a los Eggun, así como cantos y rezos apropiados. También cubre la consagración de objetos ceremoniales y la enterrar de ofrendas para los Eggun. El documento proporciona información importante sobre las tradiciones y prácticas asociadas con honrar y comunicarse con los antepasados fallecidos en la religión Yoruba.
O documento lista as folhas litúrgicas utilizadas no Candomblé para cada orixá, incluindo Èsù, Ògún, Odé, Akoko, Òsánỵín, Sòngó, Oyá, Òsún, Yemonjà, Òbàlúwàiyé, Nàná, Òòsààlà e as ervas comuns a todos os orixás.
Este documento contiene instrucciones para diversos rituales y ceremonias de Ifá. Describe cómo preparar ofrendas, hacer ebbós y realizar trabajos para tratar problemas de salud, atraer la buena suerte, vencer enemigos y protegerse de fuerzas negativas, entre otros asuntos. El documento proporciona detalles sobre los ingredientes y procedimientos requeridos para cada ritual.
Este documento descreve os 16 resultados possíveis de um jogo de búzios no método da nação do Ketu, indicando o orixá responsável por cada resultado e os significados associados. Os resultados variam de mensagens positivas sobre saúde, felicidade e sucesso a alertas sobre possíveis problemas, doenças e até mesmo a morte.
Este documento fornece informações sobre diversas plantas sagradas utilizadas nos rituais e medicina tradicional do Candomblé. Cada planta lista seu nome em iorubá e português, o orixá associado e usos medicinais e rituais, como banhos, chás, sacudimentos e assentamentos. O documento serve como guia sobre ervas e suas aplicações espirituais e terapêuticas dentro da religião.
1) O documento lista vários feitiços mencionados na série Harry Potter, descrevendo seus usos e aparições.
2) Os feitiços incluem Accio, Alohomora, Avada Kedavra e muitos outros.
3) Muitos feitiços são usados por personagens principais como Harry, Rony e Hermione em situações cruciais.
O documento descreve os conceitos-chave do Candomblé, incluindo suas origens na África, divindades chamadas orixás, e importância da transmissão oral de conhecimentos. Aborda também os diferentes tipos de casas de santo e suas localizações no Brasil.
1. O documento lista diversos ebós (rituais) da religião Candomblé, incluindo ebós para atrair amor, clientes, prosperidade e solucionar problemas.
2. Também fornece informações sobre os amalás (oferendas) de diferentes orixás como Oxalá, Ogum, Ibêji e Yemanjá.
3. O documento traz instruções detalhadas sobre como realizar cada ebó, listando os ingredientes e procedimentos necessários.
O documento fornece instruções sobre diversos assentamentos (ajobós) para Exu em três frases ou menos:
1) Exu Toronibatola requer muitos materiais naturais e sacrifícios de animais para agradar Exu e os orixás associados; 2) Exu Tiriri é feito com objetos de ferro, terra e sacrifícios para honrar Exu, Ogun, Oya e Oxossi; 3) Exu Marabo usa ingredientes da costa e sacrifícios de animais escuros para Sango, Iemanjá e
IORUBÁS E BANTOS: cultura afro-brasileira- Prof. Elvis JohnElvisJohnR
Os slides trabalham as característica gerais dos reinos africanos iorubás e bantos (economia, costumes, formas de governo).
Também retrata suas práticas religiosas que deram origem, no Brasil, à Umbanda, ao Candomblé e ao Tambor de Mina.
Para contatos:
@ELVISHISTORIA
Canal no You Tube: https://www.youtube.com/channel/UCj46dbDuCUR8V0vR9amskjA
Humanas Mais
VÍDEOS SOBRE O TEMA:
https://youtu.be/SjLPbLfLF-E
https://youtu.be/Fpcb5OYaNp8
O documento descreve o Candomblé, uma religião de origem africana trazida pelos escravos para o Brasil. Detalha a estrutura do culto, incluindo os Orixás como forças da natureza, os papéis do Babalorixá e do Axé. Explica também a crença nos mundos físico e espiritual, e a importância dos rituais para manter o equilíbrio entre eles.
O documento discute vários aspectos da magia, incluindo o que representa magia, como funciona o destino, de onde vem o poder da magia e limitações. Também fornece instruções sobre encantamentos, rituais pentagramáticos, feitiços, amuletos e talismãs, explicando seus usos e propósitos.
O documento fornece instruções sobre ebós (oferecimentos) no Candomblé, incluindo o Ebó Iku para afastar a morte, o Ebó Egum para afastar espíritos sofredores e o Bori, um ritual de limpeza espiritual. Ele lista os ingredientes e procedimentos para realizar esses rituais, como cantigas e a ordem de colocar os ingredientes no corpo.
Martiniano e Aninha foram as figuras mais importantes e prestigiosas do candomblé da Bahia na década de 1930. Martiniano era um babalaô muito influente que colaborou com pesquisadores como Nina Rodrigues e presidiu o 2o Congresso Afro-Brasileiro. Aninha era a ialorixá do terreiro de candomblé Opô Afonjá, conhecida por sua força e sabedoria. Ambos eram respeitados e temidos por seu conhecimento e prestígio.
O documento descreve os principais toques de atabaque do Candomblé, incluindo seus significados e usos para homenagear visitantes ou chamar orixás. Também lista os principais pratos rituais oferecidos aos orixás como acarajé para Iansã e amalá para Xangô.
O documento discute as concepções de tempo nas religiões afro-brasileiras, especialmente no Candomblé. Ele explica que essas religiões têm uma noção de tempo circular e não linear, onde as atividades e eventos determinam o tempo em vez de horários fixos. O documento também descreve como os novos adeptos precisam se adaptar a essa concepção diferente de tempo.
O documento apresenta um curso gratuito de introdução ao idioma iorubá ministrado por Vanderson Nogueira, professor e empreendedor da área linguística e cultural afro-brasileira. O curso contém lições básicas sobre o alfabeto, pronúncia, saudações, dias da semana e números em iorubá. O objetivo é despertar o interesse dos alunos e apresentar uma amostra do que é possível aprender sobre a língua e cultura iorubanas.
1) O documento resume o livro "Ewé - O Uso das Plantas na Sociedade Iorubá" de Pierre Fatumbi Verger, destacando sua importância para a religião e cultura Yorubá.
2) Questiona se o livro fornece instruções claras e completas sobre o uso correto das plantas para fins mágicos e medicinais, conforme exigido de um Babalao.
3) Argumenta que a falta de explicações pode tornar o livro perigoso se usado incorretamente, em vez de apenas mostrar a cult
O documento apresenta os 16 Mandamentos de Ifá, que fornecem orientações éticas para sacerdotes. Os mandamentos incluem não enganar os outros, distinguir entre o sagrado e profano, e não dar conselhos errôneos. O documento ressalta a importância da humildade, honestidade e conhecimento para aqueles que servem a religião.
Este documento apresenta um guia sobre o sistema de Ifá, incluindo os princípios dos Odus (signos divinatórios), a interpretação do oráculo de buzios, e recomendações para diferentes situações baseadas nos resultados dos Odus. O autor busca transmitir esses conhecimentos de forma simples e acessível para ajudar as pessoas a compreenderem comportamentos e orientar suas vidas.
This document is a glossary of terms used in Ifá divination. It provides definitions for over 100 Yoruba words commonly used in the rituals, invocations, incantations and recitations of the traditional Yoruba religion. Many of the words have spiritual meanings and resonate with different spiritual forces. The definitions help explain the inner essence and spiritual alignments associated with saying the words. The glossary is meant as a preliminary study to better understand Ifá theology through the language used in the Yoruba scriptures.
O documento apresenta uma dissertação sobre Ìyàmi, a divindade feminina ancestral nos cultos de origem africana no Brasil. O trabalho descreve a mitologia e origens de Ìyàmi na África, sua recepção e importância no Candomblé brasileiro. Ele também apresenta depoimentos de sacerdotes e devotos que descrevem os rituais e símbolos relacionados a Ìyàmi, bem como discussões sobre a identidade feminina e o papel de Ìyàmi como criadora e protetora.
1. O documento apresenta informações sobre a África natal de Rufino no início do século XIX, o reino de Oyó, localizado na região iorubá, que enfrentava desafios internos e externos à sua hegemonia regional.
2. Rufino nasceu nesse contexto de instabilidade em Oyó, em uma família possivelmente muçulmana, dado que seu pai teria sido um alufá, mestre religioso. No entanto, os nomes de seus pais sugerem origem iorubá e possível dev
1) A comida ocupa um lugar fundamental no Candomblé, sendo entendida como força vital e meio de contrato com o sagrado.
2) Na cozinha do terreiro, as comidas dos orixás seguem prescrições complexas construídas ao longo do tempo.
3) A comida é entendida como sacrifício e oferenda para os orixás, estabelecendo relações entre devotos, comunidade e orixás.
Historia geral-das-religioes-karina-bezerraSandra Helena
O documento descreve a religião na pré-história e as principais religiões da África, incluindo as religiões dos egípcios. A religião na pré-história é evidenciada pelo sepultamento com oferendas e pinturas em cavernas. As principais religiões africanas incluem as religiões dos iorubas na África Ocidental, com foco na deusa Onila, e as religiões bantos na África Oriental e Central, que veneram ancestrais. A religião egípcia tinha vários deuses loc
O documento apresenta uma introdução à história da gastronomia, discutindo seu significado e conceito. Apresenta os objetivos do estudo da história e as fontes utilizadas por historiadores. Explora como os hábitos alimentares de uma nação refletem sua história, geografia, clima e crenças, e como o homem ritualizou a alimentação ao longo do tempo.
O documento descreve as principais matrizes religiosas do Brasil e fornece detalhes sobre a religião do Candomblé. As quatro matrizes religiosas do Brasil são: a indígena, a ocidental, a africana e a oriental. O Candomblé é uma religião afro-brasileira que cultua os orixás através de rituais que incluem danças, cantos e oferendas. O documento lista e descreve os principais orixás cultuados no Candomblé.
Nesta lição, Emmanuel conduz os leitores por diversas culturas e épocas para mostrar como a fé sempre esteve presente na vida humana. São abordadas as crenças religiosas de povos como os indígenas, esquimós, maoris, hindus, assírios, gregos, gauleses e hebreus, mostrando a diversidade de concepções sobre a vida após a morte e a conexão com o divino. O objetivo é promover o autoconhecimento e a reflexão sobre a própria fé.
Os Essênios eram uma seita religiosa da Palestina que vivia no deserto perto do Mar Morto entre os séculos II a.C. e I d.C. Eles tinham uma filosofia de respeito à vida, estudo espiritual, vegetarianismo e propriedade comunal. Muitos de seus manuscritos foram encontrados nas cavernas de Qumran e forneceram informações sobre suas crenças e possível influência no início do cristianismo.
O documento descreve as comidas tradicionais oferecidas aos vários orixás nas religiões afro-brasileiras de Umbanda e Candomblé. São detalhados os ingredientes e rituais específicos para preparar as oferendas para Exu, Ogum, Oxóssi e outros orixás, demonstrando a importância cultural e religiosa dos alimentos nessas tradições. A influência dessas comidas de santo é notada na culinária brasileira popular.
O documento discute três tópicos principais:
1) A finitude da vida e como diferentes culturas buscam dar sentido à vida diante da certeza da morte.
2) Como as tradições religiosas fornecem formas de compreender o significado da vida e se há transcendência para além da morte.
3) Como o ser humano busca respostas para grandes questões sobre a existência e encontra sentido para a vida através de religiões e filosofias.
1) O documento descreve uma festa em homenagem à entidade Caboclo Tupi na religião Umbanda, analisando o espaço sagrado da cerimônia e as características do Caboclo Tupi.
2) O Caboclo Tupi é representado com objetos indígenas como arco, flecha e cuias e preserva elementos da religiosidade e cultura indígena.
3) A festa ocorre dentro do terreiro umbandista, transformando o espaço profano em sagrado durante o ritual.
Este documento discute as políticas públicas de nutrição e alimentação no Brasil. Ele fornece um resumo histórico da alimentação humana e no nordeste brasileiro, destacando a importância da agricultura e da educação nutricional. O documento também descreve a metodologia que será usada para educar estudantes sobre alimentação saudável em uma escola em Feira de Santana.
Os essênios eram uma seita judaica que vivia no deserto da Palestina entre os séculos II a.C. e I d.C. Eles tinham uma filosofia de vida baseada no respeito à vida, vegetarianismo, estudo espiritual, pacifismo e comunidade. Muitos de seus ensinamentos influenciaram o Cristianismo primitivo.
1) O documento apresenta um resumo histórico do Candomblé, religião originária da África trazida pelos escravos e que se difundiu no Brasil a partir do século XIX.
2) Ele explica os conceitos centrais do Candomblé como o culto aos orixás, entidades ligadas à natureza, e o axé, força que circula entre os devotos e os orixás durante os rituais.
3) Por fim, descreve a estrutura do terreiro e os papéis do babalorixá e i
Este documento discute a evolução da tecnologia de alimentos ao longo da história, desde os tempos pré-históricos até os dias atuais. Ele descreve como o homem primitivo começou a cozinhar alimentos e desenvolver técnicas de conservação, e como a agricultura e o comércio levaram à introdução de novos alimentos. Também destaca marcos importantes como a invenção da esterilização por Appert e o desenvolvimento da refrigeração industrial.
Este documento descreve os principais métodos de conservação de alimentos utilizados pelos humanos na pré-história, incluindo armazenamento em cavernas frias e úmidas, secagem ao sol, defumação, salga e uso de recipientes de cerâmica. Também discute a divisão do trabalho entre homens e mulheres nas sociedades primitivas.
Os Essênios eram um grupo de judeus que viviam isolados no deserto às margens do Mar Morto entre os séculos III a.C. e I d.C. Eles acreditavam em práticas como o batismo, um repasto litúrgico e a redenção da alma. Manuscritos escritos pelos Essênios foram encontrados em cavernas perto do Mar Morto revelando seus costumes, crenças e estilo de vida comunitário.
Os Essênios eram um grupo de judeus que viviam isolados no deserto às margens do Mar Morto entre os séculos III a.C. e I d.C. Eles guardavam antigos ensinamentos e praticavam o batismo, o compartilhamento de pão e vinho e acreditavam na redenção. Centenas de pergaminhos escritos pelos Essênios foram encontrados em cavernas perto do Mar Morto, fornecendo informações valiosas sobre suas crenças e práticas.
Os Manuscritos do Mar Morto foram encontrados em 11 cavernas perto do Mar Morto entre 1947-1956. Eles datam de entre o século III a.C. até 68 d.C. e incluem textos bíblicos, hinos, regras da seita Essênia e escritos apocalípticos. Os Essênios eram um grupo judaico que vivia em comunidades isoladas no deserto perto do Mar Morto seguindo práticas como o batismo e o compartilhamento de bens.
1) O documento discute a arte da invocação em religiões ao redor do mundo, desde as primeiras civilizações até religiões atuais.
2) Ele explica que a invocação tem o objetivo de comunicar-se com o divino através de orações, mantras e rituais para pedir ajuda ou compartilhar emoções.
3) Exemplos históricos mostram que a invocação tem sido praticada há milhares de anos e evoluiu de formas espontâneas para rituais estruturados ao longo do tempo.
1) Os métodos de conservação de alimentos evoluíram ao longo da história, desde o uso do calor, frio, sal e fumaça pelos homens pré-históricos até métodos modernos como a pasteurização e liofilização.
2) No período Neolítico, os homens começaram a usar regularmente o fogo para cozinhar e conservar alimentos por mais tempo. A salga e secagem também eram métodos comuns de preservação.
3) No século XVIII, Nicolas Appert revolucionou a conservação de alimentos ao
Os Essênios (e as Escrituras do Mar Morto)Sylvio Bazote
Os Manuscritos do Mar Morto foram escritos entre os séculos III a.C. e I d.C. por uma seita judaica chamada essênios e escondidos em cavernas perto do Mar Morto para protegê-los de um ataque romano. Os pergaminhos, que incluíam textos bíblicos e não bíblicos, foram descobertos em 1947 e fornecem informações valiosas sobre as crenças e práticas dos essênios.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e bateria de longa duração. O dispositivo também possui um processador mais rápido e armazenamento expansível. O novo telefone será lançado em outubro por um preço inicial de US$799.
O livro discute o patrimônio histórico, memória, cultura e arte no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Foi escrito por Ângelo Marcos Vieira de Arruda e publicado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul em 2006 na cidade de Campo Grande.
Este documento resume um trabalho de conclusão de curso sobre a criação de cartazes que representam elementos culturais da Bolívia e do Paraguai. O trabalho descreve a história e cultura dos dois países, o processo criativo por trás dos cartazes, e analisa as obras resultantes mostrando o que foi retratado em cada composição de forma complexa. Conclui que o suporte teórico aliado à prática proporcionou grande desenvolvimento da pesquisa e possibilitou estudos futuros.
1) O documento analisa a construção de identidades regionais no antigo estado de Mato Grosso e atual Mato Grosso do Sul, com foco nos movimentos divisionistas da década de 1930.
2) Argumenta que os divisionistas sulistas começaram a construir uma identidade específica para o sul do estado como resposta à identidade promovida pelas elites do norte.
3) Afirma que as elites sulistas abandonaram as ideias de divisão e identidade regional após ascender ao poder estadual.
Um gosto de guavira é bem mato grosso do sul notas para uma leitura critica d...Aline Sesti Cerutti
1) O documento discute a proposta de um projeto de pesquisa sobre regionalismos culturais e literaturas de fronteira no Cone Sul, com foco na região do Pantanal sul-mato-grossense.
2) O autor destaca a importância de estudos críticos para mapear a "região cultural" do Pantanal e delimitar elementos teóricos sobre o regionalismo literário sul-mato-grossense.
3) Exemplos de pesquisas acadêmicas sobre a figura do herói Silvino Jacques ilustram como o
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O direito e a preservação do patrimônio cultural brasileiro a proteção dos be...Aline Sesti Cerutti
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1. 1
A COZINHA NO CANDOMBLÉ – ESPAÇO SAGRADO
ARLETE RODRIGUES VIEIRA DE PAULA – UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
INTRODUÇÃO
No sistema religioso do Candomblé, a comida de santo e todas as ações para seu
preparo e consumo ocupam um lugar de destaque, sendo o centro das oferendas aos
Orixás. Os Orixás precisam ser alimentados. É preciso ofertar algo aos habitantes do Orum.
É necessário que o ritual de troca aconteça para que o Axé possa ser retribuído e distribuído
para todos. Bastide afirma que “o santo que já não cavalga é um santo que está
desaparecendo: diz-se que voltou para a África”1
. As comidas que compõem as oferendas
fortalecem a comunicação entre os fiéis e seus respectivos Orixás.
Toda a comida que é preparada para os Orixás segue preceitos ritualísticos e votivos
de acordo com a tradição do Candomblé. Toda essa atividade culinária acontece na cozinha
dos Terreiros, espaço considerado sagrado dentro do sistema religioso dos Orixás. Nesse
contexto podemos pensar na cozinha do Candomblé como um laboratório sagrado, onde o
fogo, através das ações rituais, permite a criação de um código alimentar que comunica algo
entre os seres humanos e os Orixás num mosaico que entrelaça as forças da natureza, a
herança ancestral e as necessidades humanas da comunidade religiosa do Candomblé.
Nesse espaço sagrado de alimentação e renovação se evidencia o papel da mulher como
nutridora e mantenedora da “família de santo”.
1
BASTIDE, Roger. O candomblé da Bahia: rito nagô. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 231.
2. 2
A Cozinha no Candomblé – Espaço Sagrado
Em seu livro, O Cru e o Cozido, Lévi-Strauss evidencia que a utilização do fogo
para cozinhar os alimentos é um marco do início da civilização. Em sua compreensão, o par
de opostos cru e cozido, enquanto condições naturais dos alimentos, traz para além disso
uma relação entre natureza e cultura. À medida que o ser humano começou a cozinhar os
alimentos, ele se distinguiu do mundo natural, numa alusão ao processo de construção da
cultura pelo ser humano. Estudando os mitos indígenas na América, ele relata que a cocção
dos alimentos é percebida como uma operação mediadora entre os seres humanos e os
deuses, "entre o céu e a terra, a vida e a morte, a natureza e a sociedade"2
.
Começamos, assim, a compreender o lugar realmente essencial que cabe
à culinária na filosofia indígena: ela não marca apenas a passagem da
natureza à cultura; por ela e através dela, a condição humana se define em
todos os seus atributos, inclusive aqueles que – como a mortalidade –
podem parecer os mais indiscutivelmente naturais.3
Para a atual ciência da nutrição, a cocção dos alimentos facilita a posterior etapa
de digestão e assimilação dos nutrientes, que estão presentes nos alimentos. Etapas essas
que acontecem no organismo humano através dos órgãos do aparelho digestivo. A cocção
dos alimentos facilita a mastigação, desativa fatores anti-nutricionais e algumas toxinas
presentes nos alimentos. A cozinha vista como um laboratório permite a transformação dos
alimentos, dando-lhes outra qualidade nutricional. O fogo como agente transformador ocupa
lugar de destaque na culinária dietética bem como o processo de cozinhar os alimentos se
entrelaça com as transformações da cultura na sociedade. Nesse contexto, relatamos o mito
yorubá sobre o Orixá Xangô, um Orixá ligado ao fogo, e o seu ensinamento aos seres
humanos sobre cozinhar os alimentos;
Xangô ensina ao homem fazer fogo para cozinhar
2
LÉVI-STRAUSS, Claude. O cru e o cozido: mitológicos. São Paulo: Brasiliense, 1991. p. 69.
3
Ibidem, p. 163
3. 3
Em épocas remotas, havia um homem
a quem Olorum e Exu ensinaram todos os segredos do mundo,
para que pudesse fazer o bem e o mal, como bem entendesse.
Os deuses que governavam o mundo, Obatalá, Xangô e Ifá,
determinaram que, por ter se tornado feiticeiro tão poderoso,
o homem deveria oferecer uma grande festa para os deuses,
mas eles estavam fartos de comer comida crua e fria.
Queriam coisa diferente:
comida quente, comida cozida.
Mas naquele tempo nenhum homem sabia fazer fogo
e muito menos cozinhar.
Reconhecendo a própria incapacidade de satisfazer os deuses,
o homem foi até a encruzilhada e pediu ajuda a Exu.
Esperou três dias e três noites sem nenhum sinal,
até que ouviu uns estalos na mata.
Eram as árvores que pareciam estar rindo dele,
esfregando seus galhos umas contra as outras.
Ele não gostou nada dessa brincadeira e invocou Xangô,
que o ajudou lançando uma chuva de raios sobre as árvores.
Alguns raios incendiados foram decepados e lançados no chão, onde
queimaram até restarem só as brasas.
O homem apanhou algumas brasas
e as cobriu com gravetos
e abafou tudo, colocando terra por cima.
Algum tempo depois, ao descobrir o montinho,
o homem viu pequenas lascas pretas. Era o carvão.
O homem dispôs os pedaços de carvão entre pedras e os acendeu com a
brasa que restara.
Depois soprou até ver flamejar o fogo.
E no fogo, cozinhou os alimentos.
Assim, inspirado e protegido por Xangô,
o homem inventou o fogão
e pode satisfazer as ordens dos três grandes orixás.
Os orixás comeram comidas cozidas e gostaram muito.
E permitiram ao homem comer delas também.4
Os Orixás se alimentam das oferendas feitas pelos seres humanos. Sem a
alimentação que vem do Aiyê, o Orum não se manifesta. Os Orixás não comem qualquer
coisa, nem preparados de qualquer modo. Bastide afirma:
Cada orixá tem seus pratos preferidos. Os deuses não são apenas
comilões, mas também finos gourmets. Sabem apreciar o que é bom e,
como o comum dos mortais, não comem de tudo.5
O autor distingue dois momentos no ritual religioso do Candomblé: o sacrifício e
a comida. Embora a comida também seja feita com partes dos animais de sacrifício, ela
4
PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 257-258.
5
BASTIDE, Roger. O candomblé da Bahia: rito nagô. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p.
332.
4. 4
demanda atividades que podem durar até vários dias para sua preparação completa. Ações
que vão desde a compra e seleção dos alimentos e ingredientes necessários até o momento
da festa pública onde ela é partilhada com todos6
. Nesse sentido, a cozinha é o local onde
essas ações da culinária ritual acontecem. A cozinha do Terreiro se torna um lugar sagrado,
onde a comida para os Orixás é preparada e onde o Axé circula junto a cheiros, temperos e
sabores. Nas palavras de Santana Rodrigué, a cozinha, na África é conhecida como a casa
do fogo. Para a autora, o ato de cozinhar nos Terreiros simboliza também acender o fogo do
princípio, da origem do mundo e referenciar a ancestralidade. A cozinha dos Terreiros se
torna o altar onde o fogo aceso possibilita a transformação dos ingredientes que são
destinados aos Orixás e aos participantes da comunidade. Durante o preparo das refeições,
o Axé se espalha pelo local. Ainda em sua compreensão, a cozinha é o local privilegiado
para o aprendizado dos segredos e dos ritos da tradição. É um local onde se aprende a
abençoar a vida e os alimentos, um laboratório sacralizado onde ações rituais buscam a
harmonia com os Orixás possibilitando saúde e vida longa aos seres humanos7
.
De dia, o cru vai se transformando em cozido, enquanto o saber vai se
espraiando. Aprender os preceitos - como Iaô8
- é uma possibilidade de
viver a transmissão e o processo de aprendizagem. Esta se dá não só no
cozinhar em si, mas no modo de ser, no jeito nagô de ver o mundo;
cozinhar é um método, se aprende uma cosmologia.9
Na história do Candomblé, a cozinha dos Orixás se mistura com a cozinha das
fazendas escravocratas, onde as escravas negras eram as cozinheiras. Difícil precisar a
fronteira entre a cozinha africana e a cozinha ritual. Através do tempo histórico, a culinária
africana foi se adaptando ao que havia de alimentos e ingredientes no Brasil e ao que era
possível importar da própria África. Com os navios negreiros vieram os africanos e também
plantas que foram sendo cultivadas aqui em solo brasileiro. Sob esse aspecto, Sousa Júnior
6
Ibidem, p. 332.
7
RODRIGUÉ, Maria das Graças de Santana. Orí Àpéré Ó: o ritual das águas de Oxalá. São Paulo:
Summus, 2001. p. 91-95.
8
Iniciadas, filha-de-santo. BASTIDE, Roger. O candomblé da Bahia: rito nagô. São Paulo: Companhia
das Letras, 2001. p. 310.
9
RODRIGUÉ, Maria das Graças de Santana. Orí Àpéré Ó: o ritual das águas de Oxalá. São Paulo:
Summus, 2001. p. 92.
5. 5
salienta que a cozinha africana, dentro dos Terreiros, vai se imbricar com os cardápios dos
Orixás. Para ele, a cozinha dos Terreiros foi se tornando a grande transmissora do
conhecimento ancestral e da energia do Axé através dos ritos consagrados a cada Orixá
na preparação de seus quitutes.10
Completando e reforçando essa idéia, Lody diz que a cozinha, enquanto espaço
sagrado, é um local importante para a continuidade da vida dos Orixás, através dos pratos
votivos e os preceitos rituais é assegurado a renovação do Axé11
. O autor ainda esclarece
que a cozinha é também o espaço onde os utensílios usados nos preparos das comidas-de-
santo são guardados. Esses utensílios são separados dos da cozinha doméstica, são
sacralizados e apesar do uso atual de aparelhos eletrodomésticos, o que predomina são os
vazilhames de madeira, cerâmica e de fibras naturais. Há também vários tipos de fogões,
mas o fogão a lenha é presença quase certa12
.
Sousa Júnior traz mais detalhes mostrando que o preparo da comida de santo
não perdeu seus fundamentos ligados à tradição e ao conhecimento ancestral pela
incorporação dos aparelhos eletrodomésticos usados atualmente. Ao se adaptar ao ritmo
urbano dos habitantes, principalmente, das grandes cidades, com o uso de massa pronta,
industrializada, para fazer acarajé, o fiel não invalida os rituais sagrados que são feitos para
o preparo do prato de Iansã13
.
Seja fazendo o uso de ingredientes nacionais ou de outros vindos do além-
mar, conservando, recriando ou inventando alguns pratos, a africanidade
sugerida pelos pratos que compõem a cozinha-de-santo não se explica
pelos ingredientes que entram na sua composição, mas pelas técnicas,
10
SOUSA JÚNIOR, Vilson Caetano de. A cozinha e os truques: usos e abusos das mulheres de saia
e dos povo do azeite. Práticas Terapêuticas, etnobotânica e comida, Parte III. In: CAROSO, Carlos;
BACELAR, Jeferson (org.). Faces da tradição afro-brasileira: religiosidade, sincretismo, anti-
sincretismo, reafricanização, práticas terapêuticas, etnobotânica e comida. Rio de Janeiro: Pallas;
Salvador: CEAO, 1999. p. 327-328.
11
LODY, Raul. Santo também come. 2. ed. Rio de Janeiro: Pallas, 1998. p. 41.
12
Ibidem, p. 38-42.
13
SOUSA JÚNIOR, Vilson Caetano de. A cozinha e os truques: usos e abusos das mulheres de saia
e dos povo do azeite. Práticas Terapêuticas, etnobotânica e comida, Parte III. In: CAROSO, Carlos;
BACELAR, Jeferson (org.). Faces da tradição afro-brasileira: religiosidade, sincretismo, anti-
sincretismo, reafricanização, práticas terapêuticas, etnobotânica e comida. Rio de Janeiro: Pallas;
Salvador: CEAO, 1999. p. 342-343.
6. 6
maneiras, pelo tratamento recebido por eles. A cozinha é um lugar de
ritual.14
Para além de um espaço doméstico, a cozinha é, em nossa sociedade brasileira,
um espaço essencialmente feminino. Na cozinha ritual estão as mulheres que sabem o
segredo das culinárias votivas. Na cozinha ritual, estão as iabassês, filhas-de-santo que
cozinham para os Orixás.
As refeições: mulher, ritual e preparo
A cozinha é um lugar de mulheres? Em nossa sociedade, cabe à mulher, em
geral, o papel de nutridora do grupo familiar? Acreditamos que sim. Desde os primeiros
cuidados com o recém-nascido, que inclui o aleitamento e todas as atividades relativas à
manutenção e continuidade de sua vida, até a responsabilidade pelas refeições domésticas
no grupo familiar na rotina da vida a mulher ocupa esse lugar de obrigação para com o
preparo dos alimentos e preservação da saúde e da vida. Essa relação se estende em
nossa sociedade ao aspecto de reprodução também. Há um imbricamento entre mulher,
comida e sexualidade. Lévi-Strauss, estudando as populações indígenas nas Américas
relata a relação, percebida nos relatos mitológicos, entre alimentos e sexualidade. Através
da linguagem, esses aspectos estão interligados em que há expressões que significam ao
mesmo tempo copular e comer. "Quando as referências são femininas, o código sexual
passa ao estado latente e se dissimula sob o código alimentar."15
Sob esse aspecto, Da Matta afirma que uma das formas de expressão da
sociedade brasileira mais significativas é feita através do "código da comida" que situa "a
mulher e o feminino no seu sentido talvez mais tradicional". Para ele, a sociedade é
expressa através do binômio comidas e mulheres. O autor cita Lévi-Strauss em sua
oposição cru/cozido ressaltando como estes dois aspectos naturais dos alimentos vão além
14
Ibidem, p. 339.
15
LÉVI-STRAUSS, Claude. O cru e o cozido: mitológicos. São Paulo: Brasiliense, 1991. p. 257.
7. 7
de uma condição de estado biológico para uma dimensão social, "de fato, o cru e o cozido, o
alimento e a comida, o doce e o salgado, ajudam a classificar coisas, pessoas e até mesmo
ações morais importantes no nosso mundo"16
. Ainda em seu entender, há uma relação entre
a mulher e a comida no imaginário brasileiro, bem como ambas, mulher e comida, também
estão interligadas com a sexualidade, "comer" também se refere ao ato sexual17
. O autor
ainda acrescenta que as refeições e a sexualidade são percebidas como essência social e
junto com a comensalidade andam de mãos dadas18
.
Como verdadeiras comunhões onde o encontro transforma as pessoas
nele engajadas porque faz com que todos participem de uma mesma
substância comum, o prato comido ou a pessoa amada que, sabemos, vira
'comida' em nossa sociedade. E as mulheres desempenham, conforme
sabemos, um papel básico nesses dois processos.19
No sistema religioso do Candomblé, como podemos pensar o papel da mulher
na cozinha? No Candomblé, a cozinha sacralizada é também um lugar de mulheres? A esse
propósito Ruth Landes20
em suas notas afirma que na Bahia os homens são minoria na
prática religiosa do Candomblé, sendo que as mulheres ocupam um lugar de destaque na
liderança dos Terreiros, "circunstâncias históricas e culturais da escravidão baiana
favoreceram um matriarcado, bem como outros aspectos especiais da vida do negro."21
Reforçando a sua teoria de um matriarcado no Candomblé, citamos um trecho
de seus diálogos com Mãe Menininha onde a própria diz:
– Minha falecida tia – tornou a tocar o chão – herdou o cargo da mãe dela,
a grande Júlia – tocou de novo o chão – e Júlia fundou o templo depois de
chegar ao Brasil. Primeiro serviu como sacerdotisa no Engenho Velho –
mãe e filha serviam juntas… Sabe como é na Europa, minha senhora. Nós,
as mães, somos como as casas reais, passamos o nosso cargo somente a
pessoas da família, em geral as mulheres – sacudiu a cabeça e suspirou –
Candomblé é uma grande responsabilidade. Às vezes, fico pensando se
16
DA MATTA, Roberto. O que faz o Brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 2001. p. 51.
17
Ibidem, p. 60.
18
Ibidem, p. 62.
19
Ibidem, p. 62.
20
Antropóloga americana, que desenvolveu seu trabalho de campo no Brasil, na Bahia e no Rio de
Janeiro em 1938 e 1939, tendo como guia e colaborador Édison Carneiro.
21
LANDES, Ruth. A cidade das mulheres. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2002. p. 349-350.
8. 8
terei forças para continuar e se tenho o direito de sobrecarregar as minhas
filhas com ela.22
A autora cita que Mãe Menininha não se casou oficialmente para não ficar sob o
poder que é delegado ao marido num país católico de herança latina patriarcal, pois as
mulheres do Candomblé devem se submeter apenas aos seus Orixás23
. Reforçando esse
raciocínio, Landes diz que as sacerdotisas almejavam um amante que lhes fosse útil
financeiramente e fornecessem respeitabilidade social junto a políticos. "O casamento
significa outro mundo, algo assim como ser branco."24
O estudo de Ruth Landes retrata um momento histórico no Candomblé, quando
se estabeleceram as grandes lideranças do sacerdócio baiano, onde a predominância das
mulheres era vista a olhos nus. A liderança se estabelece como matriarcado. "No Brasil, em
relação ao Candomblé, instalou-se um matriarcado importante e bem-vindo o que não
elimina a participação masculina"25
. Mas a cozinha continua sendo um lugar reservado às
mulheres, onde homens não são proibidos, mas são raros. Mantendo-se inclusive o tabu da
menstruação. Mulheres menstruadas não podem cozinhar. A esse propósito citamos
Amaral:
Depois de limpos os bichos, cozinham-se as carnes, separa-se o que cada
orixá deseja, e, no dia seguinte, são preparadas as comidas que serão
servidas à assistência da festa, no ajeun. É preciso lembrar que as
mulheres que cozinham as comidas de santo não podem, sob nenhuma
hipótese estar menstruadas, o que também pode representar um problema
para a casa, que precisa estar ciente das datas de menstruação de suas
filhas antes de marcar qualquer obrigação a que estas devam estar
presentes. Por este motivo, a iabassê quase sempre é uma mulher que já
esteja na menopausa, garantindo-lhe as condições necessárias ao pleno
desempenho de suas funções.26
22
Ibidem, p. 127.
23
Ibidem, p. 200.
24
Ibidem, p. 201.
25
SODRÉ, Jaime. Ialorixá: o poder singular feminino. In: MARTINS, Cleo; LODY, Raul (orgs.).
Faraimará: o caçador traz alegria: Mãe Stella, 60 anos de iniciação. Rio de Janeiro: Pallas, 2000. p.
258-259.
26
AMARAL, Rita de Cássia. Awon Xirê! A festa de candomblé como elemento estruturante da
religião. In: MOURA, Carlos Eugênio Marcondes de (org.). Leopardo dos olhos de fogo: escrito sobre
a religião dos orixás VI. São Paulo: Ateliê Editora, 1998. p. 103.
9. 9
Seguindo com essa abordagem, recorremos mais uma vez ao estudo de Da
Matta sobre a questão da identidade brasileira no qual ele afirma haver em nossa sociedade
uma oposição casa/rua. Onde a rua representa o lugar do trabalho, da luta pela
sobrevivência. A rua representa a realidade dura da vida. Na contramão, a casa representa:
a família, os laços consangüíneos, os valores morais, as tradições mais cultuadas. A casa
em sua compreensão vai além de um espaço físico, se torna um espaço moral.27
Podemos perceber que a casa se torna o lugar tradicionalmente reservado à
mulher. Mesmo nos tempos atuais, em que a mão de obra feminina é significativa como
força de trabalho produtivo, ocupando o espaço "rua", o "espaço casa" ainda é percebido
como de responsabilidade da mulher. Nesse sentido, a mulher que trabalha fora de casa
tem dupla jornada de trabalho, em sua grande maioria. E se além dessa dupla obrigação a
mulher fizer o santo, suas obrigações para com o Terreiro lhe darão uma tripla jornada.
A presença maternal, protetora e de poder da mulher, em especial negra
ou mulata, no candomblé, reserva um espaço propício ao exercício de suas
habilidades intelectuais, místicas e míticas sem esquecer a beleza realçada
pelos parâmetros da estética africana e da sensualidade, valores inclusos
nos ritos afro-brasileiros.28
O autor –- também ogã –- ainda ressalta as responsabilidades da mãe-de-santo,
que inclui abnegação e serviços de amor ao próximo. Para ele, a condição de mãe-de-santo
se enquadra bem na "condição feminina", pela própria natureza da mulher, quanto à
possibilidade da maternidade. Cita também a fertilidade e os seios grandes e generosos da
mulher africana, fazendo a relação das amas de leite no período da escravatura e sua
função como nutridora dos filhos brancos do engenho29
.
Conseqüentemente, cabe, principalmente, à mulher o trabalho de nutrir a família-
de-santo. As iabassês, cozinheiras dos Terreiros, executam as atividades específicas da
cozinha ritual sob o comando da mãe ou do pai-de-santo. Essas atividades culinárias votivas
27
DA MATTA, Roberto. O que faz o Brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 2001. p. 23-29.
28
SODRÉ, Jaime. Ialorixá: o poder singular feminino. In: MARTINS, Cleo; LODY, Raul (orgs.).
Faraimará: o caçador traz alegria: Mãe Stella, 60 anos de iniciação. Rio de Janeiro: Pallas, 2000. p.
259.
29
Ibidem, p. 249-250.
10. 10
podem durar vários dias e se iniciam com a aquisição dos gêneros alimentícios e
ingredientes necessários para a execução dos pratos específicos para cada Orixá.
Após a aquisição do material necessário, seguem-se as operações de limpeza,
de higienização dos ingredientes, seguidas das ações de picar, amassar, misturar, moer,
triturar, deixar de molho e principalmente cozinhar. O fogo transforma os ingredientes em
pratos votivos através do trabalho litúrgico realizado pelas iabassês. Todas essas atividades
são realizadas dentro dos ditames ritualísticos que abrange gestos e comportamentos que
são aprendidos durante o processo de iniciação. Conhecer as receitas, os preceitos
necessários para o preparo da comida de santo, é parte intrínseca do aprendizado ritual do
filho e filha de santo. A cozinha ritual, com seus odores e sabores, recria o cotidiano
alimentar dos filhos de santos e de seus Orixás. As atividades exercidas na “casa do fogo”
sacralizam o ato de comer e a comensalidade no sistema religioso do Candomblé.