1. O documento discute a comunicação visual nas cidades e como a mídia urbana, especialmente jornais, têm ajudado a preservar a memória e cultura das cidades.
2. As imagens visuais se tornaram determinantes para como as cidades se conhecem e se comunicam a partir do século XIX. A linguagem visual é mais direta do que a verbal em muitas situações.
3. Jornais da cidade do Porto, como o Jornal de Notícias, publicam livros e reportagens sobre tradições locais, ajudando
CONSIDERAÇÕES DE: SEMIÓTICA, ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA E MELHORIAS URBANAS.nilton assis
O documento discute semiótica, arquitetura contemporânea e melhorias urbanas. A semiótica estuda os signos e a comunicação entre objetos e seres humanos. A arquitetura contemporânea usa técnicas e materiais modernos de forma funcional. Melhorias urbanas devem melhorar a vivência coletiva e envolver os cidadãos no planejamento da cidade.
A primeira revolução comunicativa foi a Revolução da Escrita, que ocorreu a partir do IV milênio a.C. com a transição da oralidade para a escrita. Isso permitiu a transformação das sociedades de uma temporalidade cíclica para narrativas lineares, armazenamento de conhecimento e surgimento das primeiras cidades como Atenas. A escrita evoluiu de sistemas ideográficos para alfabetos fonéticos que representavam os sons da fala.
O documento apresenta um plano de aula sobre teorias da comunicação, com informações sobre o professor José Geraldo de Oliveira, ementa, objetivos, metodologia, conteúdo programático e avaliações da disciplina.
Apresentacao que sintetiza as principais teorias de comunicação desenvolvidas desde o início do século XX, utilizada em minhas aulas na FEI e em palestras.
O documento discute as visões de Bakhtin e Lévy sobre a cibercultura e a linguagem. Bakhtin via a linguagem como dialógica e polifônica, constituída social e historicamente. Lévy enfatiza a inteligência coletiva emergente na rede. Ambos rejeitam visões objetivistas ou subjetivistas da linguagem.
O documento discute os 3 níveis de mensagens visuais:
1. Representacional - aquilo que vemos e identificamos com base na experiência
2. Simbólico - sistemas de símbolos codificados com significados atribuídos
3. Abstrato - a redução dos fatos visuais aos elementos básicos
Cada nível tem características próprias, mas também interagem e se sobrepõem na criação de mensagens visuais.
O documento discute os conceitos de pós-modernidade e como ela se manifesta na comunicação e cultura. A pós-modernidade é caracterizada pela aceleração tecnológica, multiplicação de imagens, simulações da realidade através da mídia e questionamento dos valores modernos. A mídia passa a ter um papel central na construção de sentidos e realidade coletiva nessa era pós-moderna.
Design Digital I Anatomia da Mensagem Visual respresentação, simbolismo, abst...DESIGN DIGITAL UNIARA 2012
O documento discute os conceitos de representação, simbolismo e abstração na comunicação visual. A representação busca realismo através de fotos e pinturas detalhadas. O simbolismo simplifica a mensagem em ícones reconhecíveis. A abstração generaliza ainda mais através de formas puras desconectadas de referências visuais conhecidas.
CONSIDERAÇÕES DE: SEMIÓTICA, ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA E MELHORIAS URBANAS.nilton assis
O documento discute semiótica, arquitetura contemporânea e melhorias urbanas. A semiótica estuda os signos e a comunicação entre objetos e seres humanos. A arquitetura contemporânea usa técnicas e materiais modernos de forma funcional. Melhorias urbanas devem melhorar a vivência coletiva e envolver os cidadãos no planejamento da cidade.
A primeira revolução comunicativa foi a Revolução da Escrita, que ocorreu a partir do IV milênio a.C. com a transição da oralidade para a escrita. Isso permitiu a transformação das sociedades de uma temporalidade cíclica para narrativas lineares, armazenamento de conhecimento e surgimento das primeiras cidades como Atenas. A escrita evoluiu de sistemas ideográficos para alfabetos fonéticos que representavam os sons da fala.
O documento apresenta um plano de aula sobre teorias da comunicação, com informações sobre o professor José Geraldo de Oliveira, ementa, objetivos, metodologia, conteúdo programático e avaliações da disciplina.
Apresentacao que sintetiza as principais teorias de comunicação desenvolvidas desde o início do século XX, utilizada em minhas aulas na FEI e em palestras.
O documento discute as visões de Bakhtin e Lévy sobre a cibercultura e a linguagem. Bakhtin via a linguagem como dialógica e polifônica, constituída social e historicamente. Lévy enfatiza a inteligência coletiva emergente na rede. Ambos rejeitam visões objetivistas ou subjetivistas da linguagem.
O documento discute os 3 níveis de mensagens visuais:
1. Representacional - aquilo que vemos e identificamos com base na experiência
2. Simbólico - sistemas de símbolos codificados com significados atribuídos
3. Abstrato - a redução dos fatos visuais aos elementos básicos
Cada nível tem características próprias, mas também interagem e se sobrepõem na criação de mensagens visuais.
O documento discute os conceitos de pós-modernidade e como ela se manifesta na comunicação e cultura. A pós-modernidade é caracterizada pela aceleração tecnológica, multiplicação de imagens, simulações da realidade através da mídia e questionamento dos valores modernos. A mídia passa a ter um papel central na construção de sentidos e realidade coletiva nessa era pós-moderna.
Design Digital I Anatomia da Mensagem Visual respresentação, simbolismo, abst...DESIGN DIGITAL UNIARA 2012
O documento discute os conceitos de representação, simbolismo e abstração na comunicação visual. A representação busca realismo através de fotos e pinturas detalhadas. O simbolismo simplifica a mensagem em ícones reconhecíveis. A abstração generaliza ainda mais através de formas puras desconectadas de referências visuais conhecidas.
O documento discute as imagens e imaginários da modernidade em comparação com a pós-modernidade. Na modernidade, as artes visuais buscavam a novidade e a ruptura com o passado, enquanto na pós-modernidade as imagens tendem à ambiguidade e multiplicidade de significados. O documento também analisa como movimentos como o surrealismo representavam o imaginário moderno e como novas culturas da imagem surgem nos meios de comunicação contemporâneos.
O documento discute os conceitos de comunicação de acordo com diferentes perspectivas como etimológica, biológica, pedagógica e histórica. Também aborda os elementos da comunicação, processo comunicacional, semiótica, indústria cultural, tecnologia e conhecimento.
O documento discute os processos metafóricos de emolduração no cinema e nas mídias digitais. Analisa como a moldura e a janela influenciam a produção e consumo de imagens nestes meios, levando em conta as particularidades das perspectivas e percepções de moldura em cada um. Também aborda como a moldura se relaciona com a narrativa como uma função cultural conectada às características do dispositivo.
O documento discute a importância do alfabetismo visual e como a capacidade de ver é central para a experiência humana, mas é frequentemente subestimada. Apesar de ser uma função natural, a visão pode ser aperfeiçoada através de métodos que desenvolvam a capacidade de observar e comunicar visualmente.
1. O documento discute a cultura, comunicação e cotidiano, incluindo como a mídia pode segregar e como a vida cotidiana é invisível.
2. É explorada a noção de sujeito discursivo e formas de vida, além de microsaberes que desafiam visões institucionais.
3. As disjunções cotidianas incluem tensões entre espaço público e mídia e o preconceito contra a invisibilidade da vida cotidiana.
O documento discute como a televisão moderna perdeu o silêncio e os planos longos em favor de um ritmo acelerado e constante de imagens e sons. A prática do "zapping" levou a televisão a evitar pausas para manter a atenção do público. Programas também adotam estruturas repetitivas para compensar a falta de tempo para produção, tornando a improvisação parte de um padrão serializado. Isso demonstra como a lógica comercial da televisão prioriza a minimização de riscos sobre a criatividade.
1. A arquitetura constrói a cidade que se comunica através da mídia, muitas vezes de formas inusitadas, como meios e imagens. 2. A imagem tornou-se a principal forma de comunicação entre a cidade e o usuário, mas tende a distorcer a realidade. 3. Embora a mídia discipline a percepção da cidade, a mediação busca uma compreensão mais crítica do sistema de comunicação urbano.
O documento discute a importância de se expandir o conceito de leitura para além do texto, incluindo a leitura de imagens. Aprender a ler imagens requer entender seus elementos, tipos, funções e desenvolver alfabetismo visual, assim como se desenvolve o alfabetismo verbal. No entanto, a educação ainda dá pouca ênfase ao desenvolvimento dessas habilidades visuais.
Este artigo descreve a evolução da análise da imagem no anúncio publicitário na semiótica francesa ao longo de quase 50 anos. Resgata os modelos propostos por Roland Barthes, Umberto Eco, e outros autores, destacando como a análise da imagem se desenvolveu à medida que a teoria semiótica evoluiu, do pioneirismo de Barthes até o discurso do valor das marcas.
Aula Mestrado PPGC/UFPB walter benjamin - 29 abril 2014 - Claudio C Paivaclaudiocpaiva
AULA DO MESTRADO EM COMUNICAÇÃO e CULTURAS MIDIÁTICAS.
TEORIA DA COMUNICAÇÃO E CULTURA MIDIÁTICA - Terça 29/04
Textos de apoio:
- Walter Benjamin e a Imaginação Cibernética
Cláudio Cardoso de Paiva, 1999. In: BOCC - Biblioteca on line de Ciências da Comunicação. http://migre.me/iYCId
- A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica (1936). In: Walter Benjamin. Obras Escolhidas. vol. 1 [Texto completo em PDF; Disponível em: http://migre.me/iYD12]
Dionísio na idade mídia 1996 - 2016 (versão port)claudiocpaiva
1. O documento discute como a televisão é vista como uma ameaça à realidade e como causa de alienação, apesar de também ter aspectos estéticos e cognitivos valorizados por autores como McLuhan.
2. Analisa o mito de Dionísio e como ele representa aspectos como êxtase, paixões e hedonismo que podem ser vistos na cultura midiática, especialmente na ficção televisiva brasileira.
3. Argumenta que a ficção televisiva produz uma mitologia contemporânea que alimenta o imaginário social de
1277471255 arquivo aimagemdamulhernamidia-definitivo (1)Tharas On Line
O documento discute a representação da mulher na mídia impressa brasileira e como ela é idealizada na cultura. Analisa como a publicidade usa a imagem feminina para vender produtos, vinculando-a a padrões de beleza e erotismo. Também aborda como essa idealização constrói modos de ver a mulher e sentimentos de inadequação em muitas mulheres.
“Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época das redes”.Or...Luca Toledo
A cultura humanista encontra a sua origem no V século a.C. no pensamento socrático que, na leitura de Platão, desloca o interesse da filosofia da natureza (φυσις) para o humano, os seus problemas e a percepção de si mesmo – esta éuma mudança importante que encontrará novos argumentos e contribuições no século XV e que marcará profundamente o pensamento e a filosofia ocidental.
Por humanismo se entende a virada histórica do olhar e do pensamento que, no século XV, criou – na Itália antes e, logo depois, na Europa inteira – um renovado interesse pelo humano que inspirou a re-leitura dos clássicos gregos a partir de uma concepção mais racional e materialista e, portanto, distante das categorias metafísicas medievais.
Nesse período assistimos à difusão de uma cultura que direcionou os seus interesses sobre o homem e as suas atividades: a arte laica, livre e experimental, a política, o conhecimento e a razão cientifica começaram a tomar, na época, a forma moderna que se consolidou na Renascença, chegando até o Iluminismo e ao Século da Razão. A centralidade do humano e do seu ponto de vista sobre a natureza e o universo, tomou assim, aos poucos, dimensões universais, consolidando uma concepção antropocêntrica e difundindo o mito da autoformação do humano (antro-poiética).
A imagem do homem vitruviano é o símbolo dessa concepção que fez do homem a medida de todas as coisas.
O conjunto de inovações tecnológicas e comunicativas que se difunde em nossa contemporaneidade redefine e altera o nosso cotidiano e os nossos sentidos, mostrando-nos a inadequação e os limites dessa percepção histórica e nos obrigando a repensar o absolutismo do princípio de autoformação e autodeterminação do humano.
Desde a medicina, a biologia, a economia, a política, até a comunicação, os elementos tecno-comunicativos nos permitem hoje o desenvolvimento de funções e atividades – anteriormente impossíveis – que são a evidência do surgimento de uma nova relação (não mais definível em termos instrumentais) entre o orgânico e o inorgânico, entre o sujeito e o território, e que está contribuindo de forma qualitativa para a redefinição da nossa condição humana.
A abordagem de um pensamento além do humanismo torna-se necessária, não somente para a compreensão plena da nossa condição contemporânea, mas também para repensar, a partir de um ponto de vista histórico mais amplo, a relação entre o homem e o mundo ao seu redor.
Afinal, provavelmente, a nossa condição jamais foi apenas humana.
- O livro “Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época
das redes” foi organizado por Massimo Di Felice, sociólogo e doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo e Mario Pireddu formado em Ciências da Comunicação pela Università La Sapienza Di Roma e doutor em Teoria da Informação e da Comunicação.
O documento discute como a cantora Rihanna usa sua conta no Instagram para se aproximar de seus fãs e construir uma imagem performática. Ela posta fotos diárias de sua vida que humanizam sua imagem e permitem que os fãs acompanhem sua vida em tempo real, criando fortes laços afetivos com ela. Os fãs passam a ver Rihanna como uma divindade e se inspiram em sua imagem, buscando absorver suas características através das fotos.
O documento analisa a qualidade de dois filmes que abordam temas semelhantes: "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" e "A Corrente do Bem". Embora ambos tratem da capacidade de pequenos atos de bondade influenciarem positivamente a vida das pessoas, "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" é considerado artisticamente superior devido à sua natureza mais independente e criativa, enquanto "A Corrente do Bem" depende mais de estrelas famosas e exige menos do espectador.
O documento discute a influência da tecnologia na arte e na comunicação. A revolução tecnológica alterou nossa percepção e forçou nossa adaptação a novas formas de interação. Muitas obras de arte contemporâneas foram influenciadas por novas tecnologias e linguagens midiáticas, tornando difícil distinguir arte de comunicação. A cibercultura possibilitou nossa imersão em ambientes virtuais de informação.
Jean Baudrillard era um sociólogo e filósofo francês que analisou como a comunicação e tecnologia modernas influenciam a sociedade. Ele argumentou que vivemos em uma hiper-realidade criada pelos meios de comunicação, onde sinais e simulações se tornaram mais reais do que a realidade. Baudrillard também discutiu como a informação excessiva ("infoxicação") afeta as pessoas e como a simulação substitui a representação do mundo real.
Introdução à analise da Imagem (Joly, Martine)Juliana Lofego
Este documento apresenta uma introdução à análise da imagem escrita por Martine Joly. Resume os principais pontos teóricos abordados pela autora, incluindo a definição de imagem na perspectiva semiótica de Peirce e Barthes, as funções comunicativas da imagem, e a metodologia proposta para análise de imagens baseada na retórica visual. A autora parte da abordagem semiótica e destaca a importância do contexto na interpretação das imagens.
O documento discute o analfabetismo visual nas empresas de tecnologia e a importância da alfabetização visual. Ele apresenta alguns conceitos básicos da linguagem visual como linha, superfície, volume, luz e cor. Também discute as leis da Gestalt que explicam como formas visuais são percebidas.
Este documento discute a teoria da imagem e como as imagens são usadas na comunicação contemporânea. Aborda como as imagens podem ocultar ou distorcer a realidade, e a necessidade de analisar o número e o impacto das imagens nas pessoas. Também explora como as imagens podem ter diferentes interpretações dependendo do observador, e a importância de distinguir a denotação e conotação ao analisar imagens.
Este documento discute a importância de ensinar pessoas, especialmente estudantes, a ler e interpretar imagens de forma crítica. Argumenta que as imagens não são inocentes e que aprender a analisá-las ajuda as pessoas a serem menos manipuladas e consumistas. Também defende que museus devem preparar professores para ensinar estas habilidades visuais e contribuir para o desenvolvimento de sociedades democráticas.
Este documento discute a importância de ensinar pessoas, especialmente estudantes, a ler e interpretar imagens de forma crítica. Argumenta que vivemos em um mundo dominado por imagens e que é essencial que sejamos capazes de decodificar mensagens e intenções por trás delas para não sermos meros consumidores passivos. Defende que museus devem preparar professores para ensinar estas habilidades visuais e contribuir para o desenvolvimento de cidadãos mais conscientes e democracias mais sólidas.
O documento discute as imagens e imaginários da modernidade em comparação com a pós-modernidade. Na modernidade, as artes visuais buscavam a novidade e a ruptura com o passado, enquanto na pós-modernidade as imagens tendem à ambiguidade e multiplicidade de significados. O documento também analisa como movimentos como o surrealismo representavam o imaginário moderno e como novas culturas da imagem surgem nos meios de comunicação contemporâneos.
O documento discute os conceitos de comunicação de acordo com diferentes perspectivas como etimológica, biológica, pedagógica e histórica. Também aborda os elementos da comunicação, processo comunicacional, semiótica, indústria cultural, tecnologia e conhecimento.
O documento discute os processos metafóricos de emolduração no cinema e nas mídias digitais. Analisa como a moldura e a janela influenciam a produção e consumo de imagens nestes meios, levando em conta as particularidades das perspectivas e percepções de moldura em cada um. Também aborda como a moldura se relaciona com a narrativa como uma função cultural conectada às características do dispositivo.
O documento discute a importância do alfabetismo visual e como a capacidade de ver é central para a experiência humana, mas é frequentemente subestimada. Apesar de ser uma função natural, a visão pode ser aperfeiçoada através de métodos que desenvolvam a capacidade de observar e comunicar visualmente.
1. O documento discute a cultura, comunicação e cotidiano, incluindo como a mídia pode segregar e como a vida cotidiana é invisível.
2. É explorada a noção de sujeito discursivo e formas de vida, além de microsaberes que desafiam visões institucionais.
3. As disjunções cotidianas incluem tensões entre espaço público e mídia e o preconceito contra a invisibilidade da vida cotidiana.
O documento discute como a televisão moderna perdeu o silêncio e os planos longos em favor de um ritmo acelerado e constante de imagens e sons. A prática do "zapping" levou a televisão a evitar pausas para manter a atenção do público. Programas também adotam estruturas repetitivas para compensar a falta de tempo para produção, tornando a improvisação parte de um padrão serializado. Isso demonstra como a lógica comercial da televisão prioriza a minimização de riscos sobre a criatividade.
1. A arquitetura constrói a cidade que se comunica através da mídia, muitas vezes de formas inusitadas, como meios e imagens. 2. A imagem tornou-se a principal forma de comunicação entre a cidade e o usuário, mas tende a distorcer a realidade. 3. Embora a mídia discipline a percepção da cidade, a mediação busca uma compreensão mais crítica do sistema de comunicação urbano.
O documento discute a importância de se expandir o conceito de leitura para além do texto, incluindo a leitura de imagens. Aprender a ler imagens requer entender seus elementos, tipos, funções e desenvolver alfabetismo visual, assim como se desenvolve o alfabetismo verbal. No entanto, a educação ainda dá pouca ênfase ao desenvolvimento dessas habilidades visuais.
Este artigo descreve a evolução da análise da imagem no anúncio publicitário na semiótica francesa ao longo de quase 50 anos. Resgata os modelos propostos por Roland Barthes, Umberto Eco, e outros autores, destacando como a análise da imagem se desenvolveu à medida que a teoria semiótica evoluiu, do pioneirismo de Barthes até o discurso do valor das marcas.
Aula Mestrado PPGC/UFPB walter benjamin - 29 abril 2014 - Claudio C Paivaclaudiocpaiva
AULA DO MESTRADO EM COMUNICAÇÃO e CULTURAS MIDIÁTICAS.
TEORIA DA COMUNICAÇÃO E CULTURA MIDIÁTICA - Terça 29/04
Textos de apoio:
- Walter Benjamin e a Imaginação Cibernética
Cláudio Cardoso de Paiva, 1999. In: BOCC - Biblioteca on line de Ciências da Comunicação. http://migre.me/iYCId
- A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica (1936). In: Walter Benjamin. Obras Escolhidas. vol. 1 [Texto completo em PDF; Disponível em: http://migre.me/iYD12]
Dionísio na idade mídia 1996 - 2016 (versão port)claudiocpaiva
1. O documento discute como a televisão é vista como uma ameaça à realidade e como causa de alienação, apesar de também ter aspectos estéticos e cognitivos valorizados por autores como McLuhan.
2. Analisa o mito de Dionísio e como ele representa aspectos como êxtase, paixões e hedonismo que podem ser vistos na cultura midiática, especialmente na ficção televisiva brasileira.
3. Argumenta que a ficção televisiva produz uma mitologia contemporânea que alimenta o imaginário social de
1277471255 arquivo aimagemdamulhernamidia-definitivo (1)Tharas On Line
O documento discute a representação da mulher na mídia impressa brasileira e como ela é idealizada na cultura. Analisa como a publicidade usa a imagem feminina para vender produtos, vinculando-a a padrões de beleza e erotismo. Também aborda como essa idealização constrói modos de ver a mulher e sentimentos de inadequação em muitas mulheres.
“Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época das redes”.Or...Luca Toledo
A cultura humanista encontra a sua origem no V século a.C. no pensamento socrático que, na leitura de Platão, desloca o interesse da filosofia da natureza (φυσις) para o humano, os seus problemas e a percepção de si mesmo – esta éuma mudança importante que encontrará novos argumentos e contribuições no século XV e que marcará profundamente o pensamento e a filosofia ocidental.
Por humanismo se entende a virada histórica do olhar e do pensamento que, no século XV, criou – na Itália antes e, logo depois, na Europa inteira – um renovado interesse pelo humano que inspirou a re-leitura dos clássicos gregos a partir de uma concepção mais racional e materialista e, portanto, distante das categorias metafísicas medievais.
Nesse período assistimos à difusão de uma cultura que direcionou os seus interesses sobre o homem e as suas atividades: a arte laica, livre e experimental, a política, o conhecimento e a razão cientifica começaram a tomar, na época, a forma moderna que se consolidou na Renascença, chegando até o Iluminismo e ao Século da Razão. A centralidade do humano e do seu ponto de vista sobre a natureza e o universo, tomou assim, aos poucos, dimensões universais, consolidando uma concepção antropocêntrica e difundindo o mito da autoformação do humano (antro-poiética).
A imagem do homem vitruviano é o símbolo dessa concepção que fez do homem a medida de todas as coisas.
O conjunto de inovações tecnológicas e comunicativas que se difunde em nossa contemporaneidade redefine e altera o nosso cotidiano e os nossos sentidos, mostrando-nos a inadequação e os limites dessa percepção histórica e nos obrigando a repensar o absolutismo do princípio de autoformação e autodeterminação do humano.
Desde a medicina, a biologia, a economia, a política, até a comunicação, os elementos tecno-comunicativos nos permitem hoje o desenvolvimento de funções e atividades – anteriormente impossíveis – que são a evidência do surgimento de uma nova relação (não mais definível em termos instrumentais) entre o orgânico e o inorgânico, entre o sujeito e o território, e que está contribuindo de forma qualitativa para a redefinição da nossa condição humana.
A abordagem de um pensamento além do humanismo torna-se necessária, não somente para a compreensão plena da nossa condição contemporânea, mas também para repensar, a partir de um ponto de vista histórico mais amplo, a relação entre o homem e o mundo ao seu redor.
Afinal, provavelmente, a nossa condição jamais foi apenas humana.
- O livro “Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época
das redes” foi organizado por Massimo Di Felice, sociólogo e doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo e Mario Pireddu formado em Ciências da Comunicação pela Università La Sapienza Di Roma e doutor em Teoria da Informação e da Comunicação.
O documento discute como a cantora Rihanna usa sua conta no Instagram para se aproximar de seus fãs e construir uma imagem performática. Ela posta fotos diárias de sua vida que humanizam sua imagem e permitem que os fãs acompanhem sua vida em tempo real, criando fortes laços afetivos com ela. Os fãs passam a ver Rihanna como uma divindade e se inspiram em sua imagem, buscando absorver suas características através das fotos.
O documento analisa a qualidade de dois filmes que abordam temas semelhantes: "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" e "A Corrente do Bem". Embora ambos tratem da capacidade de pequenos atos de bondade influenciarem positivamente a vida das pessoas, "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" é considerado artisticamente superior devido à sua natureza mais independente e criativa, enquanto "A Corrente do Bem" depende mais de estrelas famosas e exige menos do espectador.
O documento discute a influência da tecnologia na arte e na comunicação. A revolução tecnológica alterou nossa percepção e forçou nossa adaptação a novas formas de interação. Muitas obras de arte contemporâneas foram influenciadas por novas tecnologias e linguagens midiáticas, tornando difícil distinguir arte de comunicação. A cibercultura possibilitou nossa imersão em ambientes virtuais de informação.
Jean Baudrillard era um sociólogo e filósofo francês que analisou como a comunicação e tecnologia modernas influenciam a sociedade. Ele argumentou que vivemos em uma hiper-realidade criada pelos meios de comunicação, onde sinais e simulações se tornaram mais reais do que a realidade. Baudrillard também discutiu como a informação excessiva ("infoxicação") afeta as pessoas e como a simulação substitui a representação do mundo real.
Introdução à analise da Imagem (Joly, Martine)Juliana Lofego
Este documento apresenta uma introdução à análise da imagem escrita por Martine Joly. Resume os principais pontos teóricos abordados pela autora, incluindo a definição de imagem na perspectiva semiótica de Peirce e Barthes, as funções comunicativas da imagem, e a metodologia proposta para análise de imagens baseada na retórica visual. A autora parte da abordagem semiótica e destaca a importância do contexto na interpretação das imagens.
O documento discute o analfabetismo visual nas empresas de tecnologia e a importância da alfabetização visual. Ele apresenta alguns conceitos básicos da linguagem visual como linha, superfície, volume, luz e cor. Também discute as leis da Gestalt que explicam como formas visuais são percebidas.
Este documento discute a teoria da imagem e como as imagens são usadas na comunicação contemporânea. Aborda como as imagens podem ocultar ou distorcer a realidade, e a necessidade de analisar o número e o impacto das imagens nas pessoas. Também explora como as imagens podem ter diferentes interpretações dependendo do observador, e a importância de distinguir a denotação e conotação ao analisar imagens.
Este documento discute a importância de ensinar pessoas, especialmente estudantes, a ler e interpretar imagens de forma crítica. Argumenta que as imagens não são inocentes e que aprender a analisá-las ajuda as pessoas a serem menos manipuladas e consumistas. Também defende que museus devem preparar professores para ensinar estas habilidades visuais e contribuir para o desenvolvimento de sociedades democráticas.
Este documento discute a importância de ensinar pessoas, especialmente estudantes, a ler e interpretar imagens de forma crítica. Argumenta que vivemos em um mundo dominado por imagens e que é essencial que sejamos capazes de decodificar mensagens e intenções por trás delas para não sermos meros consumidores passivos. Defende que museus devem preparar professores para ensinar estas habilidades visuais e contribuir para o desenvolvimento de cidadãos mais conscientes e democracias mais sólidas.
Este documento discute a necessidade de alfabetismo visual universal em uma era de comunicação visual, à medida que a fotografia, cinema, televisão e computação gráfica se tornam onipresentes. Ele argumenta que assim como o desenvolvimento da escrita levou ao alfabetismo verbal, o desenvolvimento das artes visuais requer alfabetismo visual. O documento também discute como a estrutura básica da linguagem escrita pode servir como modelo para o desenvolvimento de uma sintaxe visual.
LINGUAGEM VISUAL | ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO VISUALAndrea Dalforno
O documento discute como conteúdo e forma são componentes básicos da comunicação visual. A mensagem depende da interação entre o conteúdo, a informação transmitida, e a forma, o meio e a estrutura usados. A forma é afetada pelo conteúdo e o conteúdo é afetado pela forma, e a mensagem final emerge da interação entre os dois.
O imaginário e a hipostasia da comunicaçãoJorge Miklos
1) O documento discute os limites e alcance da noção de imaginário e simbólico dentro da pesquisa em comunicação.
2) A comunicação tem dificuldades em estudar a produção de imagens simbólicas nos fenômenos comunicacionais devido à inadequação de um modelo de emissor-mensagem-receptor e à suposta autoevidência do imaginário e simbólico na linguagem.
3) Isso resulta em uma redução do imaginário aos seus sintomas sociais em vez de compreendê-lo como perspectiva heur
Lago jbsf o marketing e a imagem nos jogos dos sítios de redes sociaisJoao Baptista SF Lago
1. O documento discute o uso da imagem no marketing em jogos sociais em sites de redes sociais como o Facebook.
2. Por meio de observação participante, o autor analisou a dinâmica entre jogadores em diferentes países e concluiu que esses jogos são eficientes para mapear novas necessidades de consumo e comunicar com consumidores.
3. A imagem ocupa um espaço cada vez mais relevante nesses jogos e sites, sendo usada pelo marketing de forma consciente e inconsciente para influenciar os usuários.
Este texto discute como o espaço e a comunicação não-verbal moldam as relações interpessoais. Aponta que a proximidade física em ambientes lotados causa mais estresse, especialmente para homens, e que o contato corporal contribui significativamente para esse estresse. No entanto, a exposição repetida a outros reduz os níveis de estresse com o tempo.
1. O documento discute a necessidade de alfabetismo visual universal diante do avanço de novas tecnologias visuais como cinema, TV e computadores.
2. A linguagem visual é complexa como a linguagem verbal e requer o entendimento de elementos, técnicas e meios visuais para a criação e compreensão de mensagens.
3. O livro pretende examinar os componentes básicos da linguagem visual para ampliar a compreensão e uso da expressão visual, de forma análoga ao desenvolvimento do alfabetismo verbal.
O documento discute a comunicação humana em suas diferentes formas ao longo da história. Aborda a evolução da comunicação desde as expressões corporais dos primeiros humanos até a comunicação eletrônica moderna, passando pela comunicação oral, escrita, impressa e de massa. Também classifica os tipos de comunicação de acordo com critérios como finalidade, órgão sensorial, quantidade de pessoas envolvidas e direcionalidade.
O documento discute a importância da alfabetização imagética no contexto atual dominado por imagens. Propõe que a alfabetização deve incluir não apenas a leitura de palavras, mas também a leitura e decodificação de imagens em diferentes suportes. Duas turmas de educação de jovens e adultos analisaram imagens sobre assuntos do cotidiano para discuti-las, interpretá-las e construir cidadania. Isso revelou que a alfabetização imagética pode ser uma forma de inclusão.
[1] O documento discute os símbolos de informação pública nos setores de lazer e turismo e apresenta os resultados de uma pesquisa empírica sobre o assunto.
[2] É destacada a importância dos pictogramas como meio de comunicação para superar barreiras linguísticas, especialmente em locais com pessoas de diferentes nacionalidades.
[3] A pesquisa analisou oitenta e dois símbolos de informação pública presentes em publicações sobre sistemas de sinalização de diversos países.
O documento discute a necessidade de alfabetismo visual universal à luz da invenção da câmera e das novas tecnologias visuais. Argumenta-se que da mesma forma que a invenção da imprensa levou ao desenvolvimento da linguagem escrita, as novas mídias visuais requerem o desenvolvimento de uma sintaxe visual para controlar seu potencial. O livro pretende explorar os elementos, técnicas e meios visuais básicos para promover o entendimento e uso da expressão visual.
1) O documento discute as representações sociais da escola na perspectiva de pais de alunos do ensino fundamental do Distrito Federal.
2) As representações sociais são conhecimentos construídos socialmente através da experiência e comunicação. Elas refletem como os sujeitos sociais entendem fatos da vida cotidiana.
3) A pesquisa objetiva analisar as representações sociais da escola de acordo com pais de alunos, verificando suas perspectivas e argumentos sobre a instituição escolar.
Influência dos meios de comunicação- Eloy BezerraEloy Bezerra
O documento discute a influência dos meios de comunicação de massa na sociedade em três aspectos. Primeiro, analisa como esses meios influenciam o comportamento infantil e como as crianças tendem a imitar seus personagens favoritos. Segundo, discute como a indústria da informação usa esses meios para organizar a sociedade em torno do consumo. Terceiro, reconhece que esses meios podem tanto divulgar novas ideias quanto silenciar outras, concentrando poder sobre a opinião pública.
Este documento discute a importância de ensinar estudantes a ler e interpretar imagens de forma crítica para que não sejam facilmente manipulados. Ele argumenta que aprender a analisar imagens de forma literal e conotativa ajuda a construir uma compreensão cultural mais profunda e uma cidadania mais ativa. Também sugere que escolas devem ensinar alunos a "ver o mundo com outros olhos" para serem menos dependentes do consumismo.
Leitura de Imagens 2 - Maria de Lourdes RiobomJoão Lima
O documento discute a importância de ensinar pessoas a ler e interpretar imagens de forma crítica. Primeiro, destaca que vivemos em um mundo onde somos bombardeados com imagens e que é essencial educar cidadãos capazes de analisar imagens de forma a não serem facilmente manipulados. Também ressalta que museus podem desempenhar um papel importante nesse processo de formação ao ensinar diferentes formas de analisar e interpretar obras de arte. Finalmente, conclui que ao aprender a ver imagens de maneira consc
Este documento discute conceitos de comunicação e informações gerais sobre propaganda. A primeira seção aborda definições de comunicação de diferentes perspectivas como biológica, histórica e sociológica. A segunda seção discute tipos de comunicação, elementos da comunicação humana e conceitos relacionados como semiótica.
Este documento discute como as mudanças nas comunicações afetaram as comunidades e a mobilização social. 1) A comunicação moderna desafiou a noção tradicional de comunidade local, à medida que as pessoas podem se conectar em escala global. 2) Novas tecnologias como rádio, TV e internet permitiram que as causas sociais transcendam o âmbito local. 3) Isso exige novas estratégias comunicativas para mobilizar as pessoas e alcançar cooperação mais ampla.
1. 1
A CIDADE NO JORNALISMO ACTUAL
Prof. Dr. Miquel Tresserras i Majó
97.05.23
Universidade Pontifícia de SALAMANCA
Curso Doctorado en Ciencias de la Información
Trabalho de Rui Manuel Estrela Ribeiro de Melo
Doutorando do 1º Ano
2. 2
1. INTRODUÇÃO - COMUNICAÇÃO E SOCIEDADE
Qualquer grupo social tende, no seu processo de adaptação (transformação)
ao meio, a conhecer, de maneira adequada, a realidade. Tal conhecimento,
porém, não pode ultrapassar um limite compatível com a quantidade de
informação acumulada ao longo da sua existência.
Para além desse limite, as novas informações recebidas só podem passar,
se se transformar a estrutura do grupo. Exactamente como no caso dos
obstáculos individuais, em que os conhecimentos não podem ser
assimilados, se não se transformar a estrutura psicológica do indivíduo.
Para passar, isto é, ser entendida, a informação não pode, portanto, ser
ambígua ou excessiva, já que necessita de ser captada rápida e
correctamente e integrada num campo de conhecimento dos indivíduos,
altamente dependente de um universo de valores acumulados que os torna
(ou aos grupos) permeáveis (ou não) à inovação. A legibilidade da maior
parte das informações que recebemos conscientemente, depende da
existência de conotações iguais (ou aproximadas) para todos os que
recebem as mensagens. A síntese, ou seja, a eliminação das partes
desnecessárias a uma correcta e acessível transmissão de conhecimentos,
ideais e experiências, torna essencial, na medida em que facilita a
compreensão da mensagem, veiculada através de uma linguagem (verbal,
sonora, visual e, em menor grau, gestual e olfactiva).
A linguagem é, assim, um simples recurso comunicativo com que o homem
conta naturalmente, e evolui desde as suas formas primitivas e puras até à
leitura e à escrita.
A gestualidade, os diversos sinais de natureza não verbal, as imagens visuais
dos diferentes meios de comunicação, são outras tantas linguagens. E estas
últimas acabarão por ser determinantes, a partir de meados do século XIX,
para a cidade conhecer o social e para este conhecer a cidade.
2. - A COMUNICAÇÃO VISUAL DAS CIDADES
3. 3
O provérbio chinês "uma imagem é melhor que mil palavras" continua a ser
verdadeiro no nosso tempo.
Surge neste contexto a importância das formas de comunicação não verbal e,
destas, a comunicação visual, como meios de informação e conhecimento,
paralelos, alternativos e, em determinados casos, supletivos da comunicação
assente na palavra.
A linguagem visual é, certamente, mais limitada do que a verbal no plano das
relações interpessoais, onde esta permanece como veículo essencial da
comunicação e desenvolvimento humanos. Mas aquela linguagem é
inegavelmente mais directa e acessível do que a verbal, num sem número de
situações da vida comunitária.
As imagens visuais normalmente associadas às artes plásticas, à TV, ao
cinema, à fotografia, etc., não ficam, no entanto, limitadas a estes meios.
Ambientes, objectos, espectáculos e cenários, instrumentos publicitários,
formas de vestuário, adornos, ilustrações, etc., em graus mais ou menos
intensos, utilizam a criação de símbolos destinados fundamentalmente a
estimular a percepção visual dos espectadores. A aptidão icónica supera
rapidamente a observação facultada pelos restantes sentidos. No
comportamento humano, não é difícil detectar uma propensão para entender,
manipular e utilizar a comunicação visual como a forma mais expedita de
comunicação em sociedade.
Mas, para ser eficaz, a comunicação visual deve possuir um valor objectivo.
Na verdade, as imagens ou são arbitrárias em relação à realidade, ou são
equivalentes dela. Para o grande público, a eficácia de uma imagem
depende da medida em que ela seja fiel ou signifique a entidade, a partir de
traços que a identifiquem facilmente.
À imagem têm de estar inerentes qualidades como a dimensão, a ubiquidade
e a cor, que favorecem a sua leitura.
Uma só imagem pode ter interpretações distintas conforme os observadores.
Isto é óbvio. Daí que a imagem quando é simples, quando expressa um
equivalente objectivo do modelo, percebe-se mais facilmente.
Desde a mais remota antiguidade, as imagens têm sido insubstituíveis
ferramentas de relacionamento humano.
A vida social impõe processos claros e efectivos de criação de símbolos,
predominantemente de carácter visual.
No que respeita aos símbolos de comunicação visual, graficamente criados,
é evidente que, quanto mais semelhantes forem à imagem que pretendem
representar, mais reconhecíveis se tornam para o público e, por isso, mais
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facilmente serão aprendidos e aceites. Simplicidade, objectividade e clareza
são, em última análise, os atributos básicos para que a criação de um
símbolo corresponda àquele propósito.
3. - UMA FORMA VISUAL DE DIZER AS COISAS
Reflectindo condições sociais e económicas que definem necessidades e
solicitações concretas de expressão e comunicação, existe na cultura popular
uma área de criação de símbolos visuais.
As formas visuais de linguagem, erudita e popular, podem examinar-se sob
dois aspectos fundamentais: o da informação prática em que a componente
estética é secundária (sinais de trânsito, p. ex.) e o da informação estética,
envolvendo linhas, cores, texturas que determinam formas em superfície, e
ainda as componentes volumétricas, que corporizam formas tridimensionais.
A intencionalidade aqui é determinante.
As artes populares são rigorosamente funcionais e úteis para a vida das
populações que as praticam.
A comunicação visual criada por artesãos espontâneos, e frequentemente
ingénuos no manuseamento dos ingredientes dos símbolos, é-o também no
mais pleno sentido. Há nela, aliás, uma tendência permanente para o
funcionalismo.
A mensagem informativa a transmitir pretende ser sempre directa, objectiva,
não deixando grandes margens para dúvidas interpretativas ou conotações
que apartem o observador do significado efectivo da ideia apresentada.
Os elementos gráficos que suportam a mensagem desprezam, nas
manifestações populares, o "decorativismo", os efeitos sintéticos e as
preocupações estéticas que não cumpram as necessidades específicas da
comunicação. A simplificação formal é, aqui, um produto da clareza e da
essencialidade e não da elaboração que conduz à síntese e, de maneira
ainda mais depurada, à abstracção.
O designer popular sabe, por tradição, por instinto , pela sua prática social,
que os símbolos gráficos análogos à imagem que referem, por semelhança,
os objectos e as situações são a resposta mais lógica para a necessidade
de informações operatórias.
Em zonas geográficas limitadas, em períodos históricos definidos e para um
público culturalmente caracterizado no contexto em que a comunicação visual
popular se manifesta, a criação simbólica representando as coisas -
pretensamente como o são - raramente é arbitrária, raramente expressa a
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ideia e o conceito. Os homens, os animais, os objectos, as formas realistas
da natureza são largamente utilizados. Frequentemente, é o próprio artefacto
ou a forma natural autênticos que assumem a mensagem que de si próprios
comunicam.
Não vivendo o criador da comunicação popular num estrato social submetido
aos padrões de consumo e às regras de economia (competitiva) do
mercado, é, talvez, paradoxalmente, no campo dos símbolos da publicidade
comercial, do anúncio e promoção dos produtos e dos serviços, que a sua
linguagem visual com maior variedade de expressões e mais força criativa se
manifesta.
A observação da qualidade intrínseca dos materiais, recolhidos ao acaso no
ambiente caseiro ou próximo, pode inspirar, a quem os recolheu, um sem
número de associações criadoras de novas funções e novos desenhos. Estes
surgem quando os objectos são usados dentro de contextos visuais
diferentes daqueles para que foram originariamente pensados. A imaginação
do "artista" transforma os objectos e as suas formas inúteis em componentes
úteis de meios de comunicação, contendo uma óbvia funcionalidade
representativa ou decorativa. A simbologia visual define um autêntico diálogo
com o invisível, num plano em que, por vezes, a superstição utiliza a lógica
com o pragmatismo de quem comunica para obter uma contrapartida.
Nesta breve aproximação à comunicação visual popular, é de destacar a
criação de símbolos intencionalmente afectivos e subjectivamente lúdicos.
Através deles, as pessoas jogam com os elementos plásticos para
expressarem a outrem a amizade, a ternura, a paixão ou a ironia, o desprezo
e a indiferença.
Atitudes humanas que caracterizam, noutros géneros, um aspecto
considerável e profundo da nossa cultura, estão na base da simbologia de
carácter amoroso ou com intenções de crítica social ou maldizer pessoal, de
que muitas espontâneas inscrições em paredes são exemplo.
SENTIDOS CORPORAIS
Os sentidos corporais são cinco, a saber:
Primeiro - que é ver as coisas que mais desejo;
quando passo à tua porta, sempre
penso que te vejo.
Segundo - que é ouvir: eu de ti não ouço nada;
e quando dizem alguma coisa, até
o coração se me abrasa.
Terceiro - que é cheirar um raminho de alecrim;
peço-te, amor da minha alma, que
não te esqueças de mim.
Quarto - que é gostar: que gosto poderei ter?
Estar ausente do amor, mais me
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valia morrer.
Quinto - que é apalpar: ofício que nunca usei;
se me concede licença, consigo aprenderei.
Pinelo (Vimioso)
(poeta popular)
4. - O Jornalismo na Cidade
À medida que a construção se desenvolve, normalizada pelos modernos
processos tecnológicos e pressionada pelas premências de habitação, o
homem altera cada vez mais profundamente o seu envolvimento natural,
adaptando-o às suas necessidades.
No século XX, a intervenção do homem, maciçamente apoiada pela máquina,
tornou-se radical. É na cidade que encontramos o somatório de praticamente
todas as formas de actuação criativa (construtiva e destrutiva) praticadas pelo
homem sobre o ambiente.
O conceito de "cidade-máquina", segundo o qual o fundamento da sua
existência é o de conceder aos habitantes espaços funcionais para viverem e
trabalharem, está em conflito com os valores mais profundos da cultura
popular e da própria vida.
Tal perspectiva conduz ainda (e a história recente prova-o) à destruição
irreversível dos valores culturais, pois a preservação do património
arquitectónico, etnográfico, industrial, etc., torna os problemas de construção
urbana muito mais difíceis de resolver, em aglomerados de onde os homens
foram afastados e onde a vivência colectiva das culturas locais se
desagregou.
Por estes interstícios têm penetrado os media da cidade do Porto, por forma
a que a memória da urbe se não perdesse. São vários os jornalistas a
publicarem livros alusivos às tradições do Porto a par de presenças regulares
nas páginas dos jornais de investigadores, arquitectos, urbanistas e autarcas.
É um caleidoscópio de intervenções, que alargam à rádio e à televisão, e que
têm constituído um revitalizador da consciência de ser, de estar, de viver, de
sentir o Porto e de não deixar perder a sua memória. Explicar o Porto aos
portuenses tem-se colocado como desempenho prioritário de jornalistas e
dos media em que se expressam.
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Cada urbe tem por conteúdo uma convivência, uma simultaneidade. A cidade
do Porto não foge à regra. Surgem questões como a coordenação de
diferentes funções, tanto para harmonizar actividades as mais diversas, como
para as organizar com critérios técnico-estéticos em áreas de diferentes
procedências, idades, qualidades artísticas, densidades, etc.. Procura-se
compensar terapeuticamente os desníveis e fricções funcionais. E até se
alinda o que está feio, ajustando as peças do espaço visual, valorizando
factores monumentais, articulando perspectivas, remendando e compondo
aqui e ali de uma forma mais ou menos acertada...
A "doença do dinamismo" (como alguém denominou) parece-se
urbanisticamente com tudo quanto há de imprevisível na coincidência de
diferentes níveis generativos que se vão renovando segundo constantes
mudanças de signo e de composição. Como se irão operar as interacções
entre os grupos e os estratos humanos, e a anatomia e a fisiologia dos
organismos urbanísticos? O que se passará nos domínios da ciência e da
técnica?
Perante esta "doença incurável", sem outro remédio que não seja a
contenção do processo, urbanistas, arquitectos e sociólogos tenderão a
conhecer resultados pobres com as providências que possam tomar. Mas a
"doença incurável" pode converter-se num processo regido por normas
diferentes, noutra doença distinta cujas irremediáveis imperfeições e
descompensações podem renovar-se, mas num contexto novo e rodeado de
esperança. E para abrir caminho à cura do que parecia mortal, os media
portuenses têm constituído um forum importante para o confronto de ideias,
para o levantar de problemas e, como consequência, para o encontro de
várias soluções. E a cidade tem-no sentido e retribui com a fidelidade da sua
audiência. Não é por acaso que um jornal do Porto, o Jornal de Notícias, é o
de maior audiência em todo o país. E nem é tablóide, nem recorre às
primeiras páginas de sangue e não tem espaço para as “pin-ups”. O seu
sentir as populações através de inúmeras reportagens que faz para o
levantamento de problemas e respectiva difusão, aproximam o jornal das
pessoas que fazem da sua leitura um hábito com muitos anos.
4.1. CIDADES - TRADIÇÃO DE MUDANÇA
Na última metade do século XIX, durante um período de um relativo
desenvolvimento industrial de algumas regiões, a urbanização e o
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crescimento do Porto, e de outros aglomerados, operou-se num ritmo cada
vez maior, que a expansão dos transportes veio também promover.
Depois tornou-se num foco de atracção, até pela sua situação junto ao litoral.
O declínio da agricultura e o progresso e concentração das indústrias e
serviços fazem com que as pessoas abandonem o campo.
Muitas delas transportaram para o novo ambiente as suas crenças, tradições,
hábitos que, entretanto, ou se foram perdendo, ou se enquistaram noutros
corpos sociais, um tanto desenraizados da sua origem, ou se
desmultiplicaram em formas modernas de criação cultural.
Uma aglomeração humana pode formar-se e expandir-se de duas maneiras:
ou pela integração no desenvolvimento natural, crescendo harmoniosamente
nele e com ele (como aconteceu normalmente na construção urbana limitada;
ou rebentando os limites desse envolvimento, causando a sua destruição ou
degradação (como acontece a algum urbanismo "moderno" prevalecente nas
nossas cidades).
De acordo com as mais recentes perspectivas de intervenção neste campo,
foram sendo construídos objectivos de uma política de reconstrução,
conservação, protecção ou renovação dos conjuntos urbanos significativos de
uma determinada herança cultural, num contexto humano que lhe é próprio:
a) Foram elaborados projectos para planificar, construir ou renovar um
envolvimento e considerá-lo, de forma completa e integrada, como essencial
ao aumento da qualidade do viver das populações (no seu sentido mais
amplo), com os menores custos materiais e sociais e em íntima colaboração
e contacto com elas;
b) Foram assegurados, tanto quanto possível, a manutenção das
tradições mais representativas (religiosas, festivas, artesanais, comerciais,
de recreio e associativismo, etc.) das características que definiam a
identidade comunitária e das suas relações históricas com as áreas e
comunidades circundantes, sem rupturas ou soluções de continuidade;
c) Foram realojados, nos mesmos locais após as obras de
conservação ou renovação, alguns dos habitantes que neles viviam,
respeitando os laços familiares e de vizinhança, os relacionamentos e
contactos que definiam os padrões, usos e modos de vida ali existentes, que
se pretendia não fossem quebrados ou agredidos (por várias razões este
propósito ficará sempre por completar);
d) Tem-se vindo a explorar (estética, cultural e urbanisticamente) o
carácter físico dos locais, especialmente a sua relação com o ambiente
natural e a paisagem circundante, valorizando o mais possível a fisionomia
que melhor caracterize a sua individualidade histórica.
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Convém, a propósito, referir uma situação concreta que nos ajude a reflectir
sobre o que fica dito.
Assim, o que dá carácter e coerência aos núcleos urbanos antigos (Miragaia,
S. Nicolau e Vitória, no Porto; Alfama, Madragoa, Belem, a Costa do Castelo,
em Lisboa; Guimarães, a baixa Coimbrã, Viana do Castelo, Évora, etc.) ?
Talvez o acordo, a conjugação do ambiente construído, com o envolvimento
primitivo. Talvez o sentido da proporção e da dimensão humanizadas (o que
não exclui, por vezes, certa grandeza) das construções. Talvez a facilidade da
comunicação interpessoal, pela relação dos espaços com os habitantes e
destes entre si. E, também, a qualidade estética dos conjuntos e edifícios
isolados, baseada na simplicidade, clareza e depuração de um desenho
despido de factores aleatórios, mas provido de grande eficácia estrutural
relativamente às funções a que se destina e à adequação ao contexto físico a
que se subordinou.
Qualquer intervenção, particular ou oficial, susceptível de provocar alterações
em tecidos e padrões arquitectónicos tão habilmente construídos, tem sido
maduramente estudada e tecnicamente planificada e fundamentada, de
maneira a salvaguardar o significado histórico e cultural de tais conjuntos. O
que não inviabiliza, nem contradiz, pelo contrário, a possibilidade e a
necessidade da modernização e reconversão dos equipamentos
habitacionais, de modo a assegurar às populações o conforto e a dignidade
cívica que os processos de desenvolvimento não podem ignorar.
Para que as recuperações começassem a ser encaradas e, posteriormente
executadas, dois factores se apresentaram como determinantes: o
ressurgimento do municipalismo em Portugal e a consciencialização dos
media face aos problemas sociais que afectavam a cidade. Sobretudo a
imprensa usou a imagem para mostrar zonas degradadas, fez reportagens,
entrevistou políticos, confrontou especialistas. O ambiente impôs-se como
tema obrigatório dos media. Sacudiu os políticos, deu outro ânimo e
responsabilidade aos técnicos e consciencializou populações.
O trabalho dos media está apenas no início. Os desequilíbrios são frequentes
e renovam-se em subterfúgios.
A "civilização do automóvel", o envenenamento atmosférico, a ruptura de uma
ecologia normal e razoavelmente de acordo com a natureza humana, incidem
de modo implacável sobre a vida da cidade. O mundo técnico não se limita a
enquadrar a existência no modo de vida urbano, dado que pretende ainda
que as formas urbanizadas de existir mudem o tipo de vida. O homem, ser
social, transformando-se em partícula multitudinária e numérica. Como
qualquer espécie animal, evolui sempre que o meio ambiente se transforma.
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A multiplicidade e a velocidade dos transportes, a quantidade e a rapidez das
informações, a capacidade de crescimento e mudança, instituem um novo
ambiente natural que criou uma humanidade cada vez mais ajustada ao clima
tecnológico.
Os aspectos negativos desta situação "urbanizada", são bem conhecidos.
Mas também existem vertentes positivas, uma vez que a vida se apresenta
com maior quantidade de estímulos, as informações são mais acessíveis e
mais amplas certas possibilidades fundamentais como a instrução e o
transporte. Naturalmente, há defesas contra o que é negativo, formas de
intensificar o que é positivo, embora as nossas sociedades, tão dinâmicas e
mutáveis em certos aspectos, propendam a estabilizar as situações
humanas, os enquadramentos em classes, níveis e grupos sociais.
5. CONCLUSÃO
Vale a pena cultivar a ideia de tentar uma rectificação ou uma reorganização
que devolva aos homens uma liberdade completa ante as coacções implícitas
no meio técnico. Mas como tentar isso sem uma oposição à realidade e sem
cair em utopias?
Cidade de intelectuais com trabalho e prestígio reconhecidos além fronteiras,
como José Augusto Seabra, ensaísta e o maior estudioso de Fernando
Pessoa, Agustina Bessa-Luís, a melhor romancista portuguesa, Eugénio
Andrade, o maior de todos os poetas vivos, Óscar Lopes, crítico literário de
referência e o grande historiador da literatura portuguesa, dos Arquitectos
Siza Vieira e Alcindo Soutinho, dos pintores Júlio Resende e António
Quadros, dos escultores Gustavo Bastos e Laureano e do filósofo da “aporia”,
Delfim dos Santos.
Espaço de liberdade criado e desenvolvido pela Faculdade de Letras da
Universidade do Porto e pela Escola de Belas Artes. No Porto germinam
ideias e projectam-se na diáspora, numa tradição de liberdade de quem fez
nascer Portus Cale para o Portugal do mundo. A cidade venera os seus
intelectuais e faz da Universidade a sua referência de renovação de ideias
numa entranhada tradição de liberdade.
No mundo das ideias, também os meios de comunicação social, ao
constituírem um dos múltiplos campos autónomos das sociedades modernas,
11. 11
podem projectar e ser eco daqueles e de outros estímulos à interactividade
de ideias.
Sabemos que, tal como os restantes campos sociais, os media são uma
instituição delimitada pela sua própria esfera de legitimidade na definição, na
imposição e na defesa de uma determinada hierarquia de valores, na
regulação do seu mercado, na sua transcrição em formas simbólicas que se
impõem socialmente ao conjunto dos campos sociais como relativamente
indiscutíveis. A questão está em não singularizar a sua acção e, pelo
contrário, fazer do pluralismo o “quid” que abre debates, rompe perspectivas,
alarga o círculo e os círculos, liberta espaço para o voo do pensamento e
alimenta o confronto de ideias.
Mas, ao contrário dos restantes campos sociais, a instituição dos media
distingue-se pela natureza dos seus valores legítimos, pelo modo de
regulação do seu mercado, pela forma dos seus símbolos e pelos processos
de definição e de defesa da sua ordem legítima. Questão axiológica que
aparece como fulcral para dar sentido à vida da cidade e dos homens no seu
viver social.
De facto, o campo dos media institucionaliza-se a partir do processo de
autonomização da prática social discursiva numa legitimidade que é,
simultaneamente, derivada e distinta. É esta contradição que alimenta a
natureza complexa das relações da comunicação social com os restantes
campos sociais.
E então podemos vislumbrar que os efeitos de sentido constituem a natureza
específica da legitimidade do campo dos media. Facilmente se reconhecem
escolhos, se confundem interesses, se levantam barreiras. Mas também se
descobrem outros caminhos, se clarificam ideias e se saltam as barreiras.
O Professor Adriano Duarte Rodrigues formula uma reflexão, situando a
questão das relações entre os media e a sociedade a três níveis.
“1. Os media constituem uma instituição social à parte, autónoma das outras
instituições sociais. Como tal, ocupa um corpo distinto da legitimidade social,
assente numa ordem específica de dominação, a dominação discursiva, garante da
sua hierarquia de valores, manifestada por todo um conjunto de formas simbólicas,
desde as figuras retóricas da titulagem da imprensa escrita, radiofónica e televisiva,
até às modas de vestir ou à desenvoltura dos gestos dos profissionais.
A forma objectivante do seu discurso traduz-se na camuflagem do sujeito da
enunciação, criando uma autêntica mais-valia simbólica de credibilidade do
enunciado, pela anulação do lugar de onde se fala, universalizando e naturalizando
aquilo que se diz.
2. Os media recebem toda a legitimidade das outras instituições sociais. O
seu lugar institucional é derivado das outras instituições.
(...)É o espelho de todos os outros campos sociais.
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3. A forma especular e espectacular do campo dos media é o resultado lógico
da sua autonomia, como o reverso da sua autonomia em relação aos restantes
campos sociais.
É o limite da conquista da liberdade de expressão, do processo de autonomização
de um campo à parte das múltiplas ordens discursivas. Cortado hoje de qualquer
referência, o campo dos media torna-se puro processo de produção de modelos,
maquinaria de fabrico de imagens, no sentido de imagens de marca de produtos, de
serviços, de programas políticos.
Os media, na sua modalidade mais genuína de funcionamento, acabam por
valorizar não importa o quê, até os seus próprios modelos puros, isto é , sem
referente, vazios, tais como o próprio tempo de antena ou o seu papel impresso.”
Não acompanho o pessimismo de uniformizar os media pela bitola dos
“cortados de qualquer referência” e de “valorizar não importa o quê”. O facto
de neste momento histórico a tendência ser generalizante neste domínio,
também é verdade que ainda há inúmeros meios identificados com valores e
referências de uma forma muito clara. E vão ser estes com que a cidade vai
poder contar. Porque também ela precisa de valores para não perder as suas
referências.
6. Bibliografia
Carvalho, C., "Comunicação e Informação", Ed. Areal, Porto, 1994.
Cebrián Herreros, M., “Información Audiovisual”, Ed. Sintesis, Madrid, 1995.
Jeoffroy-Faggianelli, P. e Plazolles, R., "Techniques de l'expression et de la
communication", Jeoffroy-Faggianelli, P. e Plazolles, R., Ed. Université Informacio-
Formation, Paris, 1980.
Pacheco, H.,"Portugal - Património Cultural Popular", Ed. Areal, Porto, 1985.
Rubio Royo, E. e Ocón Carreras, A., “Novas Tecnologias da Informação” VV. AA.
“Manual de Periodismo”, Universidade de Las Palmas de Gran Canaria, 1995.
Valbuena de La Fuente, F., “La Comunicación como negociación”, VV. AA. “Manual
de Periodismo”, Universidade de Las Palmas de Gran Canaria, 1995.
Williams, F., Strover S., Grant, A. E. (University of Texas at Austin), “Aspectos Sociais
das tecnologias dos novos media”, in “Los efectos de los medios de comunicación”,
Ed. Paidós, Barcelona, 1996.
13. 13
ÍNDICE
1. Introdução
2. A comunicação visual das cidades
3. Uma forma visual de dizer as coisas
4. - O Jornalismo na Cidade
5. Conclusão
6. Bibliografia
14. 14
Rui Manuel Estrela Ribeiro de Melo
Doutorando do 1º Ano
Curso de Doctorado en Ciencias de la Información