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“A AIA”
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Foi um espanto, uma aclamação. Quem o salvara? Quem?… Lá estava junto do berço
de marfim vazio, muda e hirta, aquela que o salvara! Serva sublimemente leal! Fora ela
que, para conservar a vida ao seu príncipe, mandara à morte o seu filho… Então, só
então, a mãe ditosa, emergindo da sua alegria extática, abraçou apaixonadamente a mãe
dolorosa, e a beijou, e lhe chamou irmã do seu coração… E de entre aquela multidão
que se apertava na galeria veio uma nova, ardente aclamação,com súplicas de que fosse
recompensada,magnificamente, a serva admirável que salvara o rei e o reino.
Eça de Queirós, Contos, Livros do Brasil, 2004
Após lerem o conto «A aia», a Mariana e o Tiago fizeram os comentários seguintes.
Mariana: Na minha opinião, a palavra que melhor caracteriza a atitude da aia perante
a sua condição de escrava é humildade.
Tiago: Quanto a mim, a palavra que melhorcaracteriza a atitude da aia perante a sua
condição de escrava é resignação.
Escreve um texto de opinião, com um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras, em que,
de entre os dois comentários, defendas aquele que te parece mais adequado ao sentido do conto.
O teu texto deve incluir uma parte de introdução, uma parte de desenvolvimento e uma parte de
conclusão.
Organiza a informação da forma que considerares mais pertinente, tratando os tópicos
apresentados a seguir:
• Indicação do comentário que, na tua opinião, é mais adequado ao sentido do texto.
• Justificação da escolha desse comentário, através da transcrição de uma expressão que
evidencie o caráter da aia.
• Descrição da atitude da aia e explicitação da sua intenção.
• Referência a duas características psicológicas da aia.
• Identificação de um recurso expressivo presente no excerto e explicitação do seu
significado.
• Apresentação do teu ponto de vista sobre a opção da aia, e respetiva justificação.
filho no
berço magnífico do príncipe e o herdeiro do reino no berço pobre de verga do
Por exemplo: a interrogação retórica «Quem o salvara? Quem?…» que transmite o
espanto da população
2.1. A consequênciade ordemsentimentalé adesolaçãodaRainha,nãosó porter ficado
viúva,como tambémpeloseufilhoterficado órfão.A consequênciade ordempolíticaé
o reinoficardesprotegido.2.2.O recursoestilísticoutilizadoé acomparação. 2.2.1. O tio
é apresentadocomoum “lobo faminto”cruel,pronto a atacar a presa indefesa,ouseja,
o Principezinho.2.3.1.A frase que transmite aideiadorei sera representaçãoterrenada
divindade é:“Orei seuamo,decerto,já estariaagorareinandoemoutroreino,paraalém
das nuvens,abundante tambémemsearase cidades.”(linhas19-20) 2.3.2 A Aia acredita
que a vidada terra continuano céu. Assim, entregaoseu filhoà morte,porque acredita
que ele continuará a viver no céu. Posteriormente, suicida-se, uma vez que crê que, só
dessa forma, poderá continuar a cuidar do filho e a desempenhar o seu papel de mãe.
Parte B 1. 1.1.O excerto corresponde ao final das peripécias e ao desenlace. 1.2.
Fisicamente, a Aia tem uma “face de mármore”, ou seja, está sem expressão e os olhos
estãosecos,mas brilhantes.Psicologicamente,sente-se amargurada,permanecendoem
silêncio, e mostra-se leal e decidida. 1.3.Três referências temporais presentes no texto
são: “a luz da madrugada”, “já o Sol se erguia” e “o céu, onde subiamos primeirosraios
do Sol”. (Outrasreferênciastemporaispossíveis:“aquele céuque […] se tingiade rosa e
de oiro” e “céu fresco de madrugada”. 1.4. Um exemplode dupla adjetivação é “clara e
rósea”(linha8).(Outrosexemplosde duplaadjetivação:“maravilhosoe faiscante”(linha
9), “lento e maravilhado” (linhas 12-13) e “brilhantes e secos” (linhas 1415)). 1.5. No
segmento, podemos encontrar a gradação com a utilização dos verbos “reluziam,
cintilavam, refulgiam”; a enumeração “os escudos de ouro, as armas marchetadas, os
montõesde diamantes,aspilhasde moedas,oslongosfiosde pérolas,todasasriquezas”
e a hipérbole “acumuladas por cem reis durante vinte séculos.”.Todos estes recursos
estilísticos realçam a riqueza e a opulência da câmara dos tesour
“A Aia”, Eça de Queirós
1. Resumo da Ação
Um rei jovem e valente partira a batalhar por terras distantes, deixando só e triste
a rainha e um filho pequeno. Desafortunadamente o rei perdeu a vida numa das batalhas
e foi chorado por sua esposa. Sendo herdeiro natural do trono, o bebé estava sujeito aos
ataques de inimigos, dos quais se destacava o seu tio, irmão bastardo do rei morto que
vivia num castelo sobre os montes, com uma horda de rebeldes. O pequeno príncipe era
amamentado por uma aia, mãe de um bebé também pequeno. Alimentava os dois com
igual carinho pois um era seu filho e outro viria a ser seu rei. A escrava mostrava uma
lealdade sem limites.
Ora, como se esperava, o bastardo desceu da serra com a sua horda e começou
uma matança sem tréguas. A defesa estava fragilizada pois a rainha não sabia como
fomentá-la, limitando-se a temer e a chorar a sua fraqueza de viúva sobre o berço de seu
filho. Uma noite, a aia pressentiu uma movimentação estranha, verificando a presença de
homens no palácio. Rapidamente se apercebeu do que iria passar-se e trocou, sem hesitar,
as crianças dos respetivos berços. Nesse instante, um homem enorme entrou na câmara,
arrebatou do berço de marfim o pequeno corpo que ali descansava e partiu furiosamente.
A rainha, que entretanto invadira a câmara, parecia louca ao verificar as roupas
desmanchadas e o berço vazio. A aia mostrou-lhe, então, o berço de verga e o jovem
príncipe que ali dormia.
Entretanto, o capitão dos guardas veio avisar que o bastardo havia sido vencido,
mas infelizmente o corpo do príncipe tinha também perecido. A rainha mostrou, então, o
bebé e, identificando a sua salvadora, abraçou-a e beijou-a, chamando-lhe irmã do seu
coração. Todos a aclamaram, exigindo que fosse recompensada. A rainha levou-a ao
tesouro real, para que pudesse escolher a jóia que mais lhe agradasse. A ama, olhando o
céu, onde decerto estava o seu menino, pegou num punhal e cravou-o no seu coração,
dizendo que agora que tinha salvado o seu príncipe tinha de ir dar de mamar ao seu filho.
2. Estrutura da Ação
Introdução
(dois primeiros parágrafos)
Apresentação do rei e do seu reino. Partida do rei,
deixando sozinhos a rainha, o filho e o reino.
Desenvolvimento
(de "A rainha chorou magnificamente
o rei ..." até " Era um punhal de um
velho rei (...) e que valia uma
província.")
Comportamento das personagens aquando da morte
do rei: a aia troca as crianças quando pressente o
ataque ao palácio pelo ambicioso tio e a sua horda;
morte do tio e do escravozinho; reação das
personagens à morte do suposto principezinho.
Conclusão
(três últimos parágrafos)
Por amor ao filho, a aia suicida-se.
Da conclusãoinfere-seque se considerarmosahistóriadaaia,estamosperante uma narrativa
fechada,poisapresentaumdesenlace irreversível.
A articulaçãodas sequênciasnarrativas(momentosde avanço) faz-se porencadeamento.Os
momentosde pausaabreme fechama narrativae interrompem,porvezes,anarração com
descrições(espaço,objetos,personagens).
3. Símbolos
Ao longo da ação há inúmeras referências ao ouro, material precioso e incorruptível,
símbolo de perfeição. Para além do seu valor material, simboliza a salvação, a elevação
de uma forma superior de vida, mais espiritual. O príncipe, frágil e inocente, tem cabelos
louros e dormia no seu berço com o seu guizo de ouro fechado na mão. Na câmara dos
tesouros todos os objectos cintilavam e até o céu se tingia de ouro. E era no céu, que se
encontrava o escravo, salvo dos perigos e era junto dele que a aia desejou estar.
Por outro lado, a presença da escuridão, da noite ao longo da ação, acentua o caráter
trágico da mesma. Os cabelos negros do escravo, em contraste com os cabelos louros do
príncipe são referências à morte do primeiro versus a salvação do segundo.
4. O Espaço
A ação é localizadanumreinogrande e rico,edecorre numpalácio,erguidonumreinopróspero
«abundante emcidadese searas».Todaaçãodecorre nesse espaço,sendoque algunsrecantos
do paláciosão sobrevalorizadosporoposiçãoa outros,por exemplo,acâmara onde o príncipe
e o filho da escrava dormiam e a câmara dos tesouros.
No entanto, alguns espaços exteriores adquirem alguma importância: o primeiro é o
espaço onde se efetiva a derrota do rei e consequente morte que vai deixar a rainha viúva,
o filho órfão e o povo sem rei; o segundo acaba por ser um elemento caracterizador do
vilão do conto: «vivia num castelo, à maneira de um lobo, que entre a sua alcateia, espera
a presa». Através desta apresentação, o leitor fica na expectativa do que irá acontecer,
visto que ela é indicadora de confrontação e de tragédia. É também determinante no clima
que se vive no palácio, que denota temor e insegurança.
O espaço é descrito do geral para o particular, do exterior para o interior.
Primeiramente,é-nosapresentado«umreinoabundante emcidadese searas»,onde se situa
um palácio, habitado por um príncipe frágil que é protegido no seu berço pela sua ama. À
medida que se desenrolam os acontecimentos, o espaço vai-se concentrando cada vez mais,
acabando a aia por se suicidar na câmara dos tesouros.
No exterior, no alto, encontramos um «castelo sobre os montes», «o cimo das serras»,
povoado pelo tio bastardo e a sua horda, que vigiam a presa – o príncipe que vivia no
palácio. Cá em baixo, «na planície, às portas da cidade» existe um palácio, onde a
população e o príncipe estão desprotegidos e são presa fácil. No interior da «casa real»
há uma câmara com um berço, um pátio, a galeria de mármore, a câmara dos tesouros,
onde estão a rainha, a aia, o príncipe e o escravo.
Quanto ao espaço social, é descrito o ambiente da corte – palácio, rei, rainha, aias,
guardas.
5. O Tempo
Não há referências a datas ou locais que permitam localizar a acção no tempo. Há apenas
algumas expressões referentes ao tempo: «lua cheia», «começava a minguar», «noite de
Verão», «noite de silêncio», «luz da madrugada».
É à noite que acontecem os principais acontecimentos desta história – a morte do rei, o
nascimento do príncipe e do escravo, o ataque ao palácio, a troca das crianças, As mortes
do escravo, do tio e da sua horda. No entanto, a acção culmina com a morte da aia, de
madrugada.
O núcleo central da acção centra-se numa noite. A Condensação de um tempo da história
tão longo, numa narrativa curta (conto) implica a utilização sistemática de sumários ou
resumos (processo pelo qual o tempo do discurso é menor do que o tempo da história).
É possível também identificar no texto um outro processo de redução do tempo da
história, que é a elipse (eliminação, do discurso, de períodos mais ou menos longos da
história). Na parte inicial da acção, «a lua cheia que o vira (o rei) marchar» começava a
minguar, quando um dos seus cavaleiros aparece trazendo a notícia da sua morte.
Quanto à ordenação dos acontecimentos, predomina o respeito pela sequência
cronológica.
6. AS PERSONAGENS
Neste texto, ressalta uma ambivalência de temor que envolve as personagens nobres,
habitantes de um palácio.
Ao longo do texto está presente o processo de caracterização direta, visto que as
informações são-nos dadas pelo narrador. No entanto, há também informações que são
deduzidas a partir do comportamento das personagens (caracterização indireta).
Deste quadro de personagens, destaca-se, obviamente, aquela que dá nome ao conto
- a Aia, personagem principal, tornando-se modelada, no fim do conto, porque adquire
uma densidade psicológica significativa.
Mulher de uma dedicação desmesurada ao filho, ao príncipe e aos reis prova, com
o gesto da troca das crianças, uma grandeza de alma que não pode ser compreendida por
nenhum humano e que, por consequência, não tem nenhuma recompensa ou pagamento
material. A crença espiritual que alimenta o seu gesto demonstra uma linearidade e uma
simplicidade de pensamento que coloca o dever acima de tudo: o dever de escrava e o
dever de mãe. O desejo da aia de provar que a cobiça e a ambição podem estar arredadas
de um coração leal, fez com que ela escolhesse um punhal para pôr termo à sua vida.
Trata-se de um objecto pequeno, certeiro que remete para o carácter decidido da
personagem e que era o maior tesouro que aquela mulher ambicionava, pois, esse objecto
lhe abriria caminho para o encontro com o seu filho, para cumprir o seu dever de mãe,
dando-lhe de mamar.
O rei, a rainha, o tio, o príncipe e o escravo são personagens secundárias e planas. Não
são identificadas por um nome próprio uma vez que remetem para a intemporalidade da
história. As crianças estão, no conto, marcadas pela sua posição social: uma dorme em
berço de ouro entre brocados, a outra, num berço pobre e de verga. À hora da morte é por
essa marca que o inimigo vai identificar o futuro rei. O príncipe não intervém diretamente
na ação, mas é o centro das atenções de todas as personagens. A personagem escravo
existe para salvar a vida do príncipe.
A Aia", de Eça de Queirós - Comentários
No estudo do conto "A Aia" de Eça de Queirós, pediu-se ao alunos que elaborassem uma
ficha de leitura do mesmo. Da estrutura da ficha de leitura proposta, os alunos devem
fazer um comentário. Esse trabalho é orientado através de uma lista de tópicos que
poderão / deverão ser usados pelos alunos.
O conto “A Aia” começa pela morte do rei, logo no segundo parágrafo. A partir daí,
passamos a ter o conhecimento de um inimigo da família real, o irmão bastardo do rei, no
quarto parágrafo. Também ficamos a saber, com a leitura do quinto parágrafo, que
existem dois bebés no palácio: o príncipe e um escravo.
A aia mata-se, de modo a poder ir tomar conta do seu filho; o príncipe fica a salvo, graças
à brilhante ideia da aia, de trocar o escravo e o príncipe de berços; o tio bastardo morre
esmagado, ao fugir do palácio. Com a apresentação de todos estes pontos, pode concluir-
se que a delimitação da ação é fechada. Tudo fica resolvido e a história tem um fim bem
definido.
Existem algumas personagens (como por exemplo: o homem que leva o príncipe quando
o castelo está a ser assaltado, o cavaleiro que anuncia a morte do rei e o velho que sugere
a recompensa para a escrava) no texto que não são suficientemente importantes no
decorrer da história para serem aqui descritas. Ou seja, estas personagens são apenas
figurantes. O rei acaba por ser uma personagem secundária: tudo gira em volta da sua
morte, mas ele não participa diretamente na ação. Existem personagens mais importantes
(mas ainda não principais) como: a rainha, o pequeno escravo, o príncipe e o tio. Na
minha opinião, a personagem principal é a aia. Em primeiro lugar, porque o título do
conto é “A Aia”. Como é a aia que salva o príncipe, isso confere-lhe uma grande
importância em toda esta narrativa.
Toda a ação decorre no castelo de um reino, onde habita a família real. Quanto ao meio
social, este é um meio de riqueza, pois é descrita a corte real.
Em nenhuma parte é especificado o tempo histórico da história. Mas sabe-se que esta se
desenrola num tempo passado, em que ainda existiam escravos, guerras entre reis e reinos
e tesouros bastante valiosos. No texto, existem várias provas disso, como é exemplo: “Era
uma vez um rei… que partira a batalhar por terras distantes…”, “Mas este era um
escravozinho, filho da bela e robusta escrava que amamentava o príncipe.” e “… que ela
fosse levada ao tesouro real, e escolhesse de entre essas riquezas, que eram as maiores da
Índia…”.
O narrador é não participante, e é também subjetivo pois faz alguns comentários a certas
situações. Uma frase que o comprova é: “Ai! a presa agora era aquela criancinha, rei de
mama, senhor de tantas províncias, e que dormia no seu berço com o seu guizo de ouro
fechado na mão!”.
A aia, ao sujeitar o seu filho à morte, teve uma atitude corajosa e talvez surpreendente,
porque não se está à espera que uma mãe entregue o seu filho apenas para proteger o filho
de outra pessoa. Quanto à morte da aia, também foi um desfecho inesperado para a
história, pois ao aparecer a oportunidade de ficar com diversas riquezas da família real, a
escrava só queria saber do seu querido e amado filho. Um título que eu acho que também
se encaixaria nesta história era “Um Amor Eterno”, porque a ama quer continuar a cuidar
do seu filho no tempo depois da vida (eternidade).
Madalena Castro, 9ºC
O conto “A Aia” é um texto narrativo que se divide em três partes bem distintas:
introdução (1º e 2º parágrafos), desenvolvimento (do 3º ao 17º parágrafo) e conclusão (do
18º ao 20º parágrafo). A narrativa é fechada, pois a ação é solucionada até ao pormenor e
dão-nos a conhecer o que aconteceu a cada uma das personagens principais e secundárias.
A personagem principal deste conto é a Aia. Ela era bela, robusta, corajosa, leal e cristã.
A rainha, o rei, o seu irmão bastardo, o príncipe e o escravo são personagens secundárias.
A rainha estava solitária, triste, chorosa e desventurosa. O rei era moço, formoso, rico,
valente e alegre. O irmão bastardo do rei, tio do pequeno príncipe, tinha uma face escura,
era temeroso, corrupto, agressivo e cruel. O príncipe tinha o cabelo louro, fino e era frágil.
O escravo possuía cabelo negro, crespo, vivia seguro, era simples e livre. Os olhos de
ambas as crianças brilhavam como pedras preciosas.
A ação decorre num palácio situado num reino abundante em cidades e searas.
As câmaras (onde o príncipe e o escravo dormiam e a dos tesouros) são os locais centrais
desse castelo. O espaço social desta história é um palácio habitado pela rainha, por
senhores, pelas aias, pelos homens de armas e outros servos.
Ao longo do conto, são apresentadas várias marcas do tempo cronológico, como por
exemplo: “A Lua cheia… começava a minguar” (l. 5 e 6), “Ora uma noite, noite de
silêncio e de escuridão” (l. 83) e “…a luz da madrugada, já clara e rósea…” (l. 152).
Nesta história, não existem datas específicas que nos facilitem a localização da mesma
no tempo histórico. Como é referido no 15º parágrafo do texto, existiam grandes riquezas
da Índia na câmara dos tesouros do palácio real. Podemos assim supor que esta narrativa
decorreu durante a época dos Descobrimentos.
Quanto à presença, o narrador é não participante, pois utiliza verbos como “vira”,
“apareceu”, “chorou”, “seria” e “era”, ou seja, narra na 3ª pessoa. A sua posição é
subjetiva, porque o narrador narra os acontecimentos, declarando ou sugerindo o seu
ponto de vista, tal como podemos confirmar com a seguinte frase do texto: “Todavia
também ela tremia pelo seu principezinho!” (l. 50).
No meu ponto de vista, a atitude da Aia foi muito corajosa e surpreendente. Ela mostrou
que adorava a família real, não por aquilo que possuía, mas sim por aquilo que era por
dentro, o que, hoje em dia, é raro acontecer. A escrava era uma verdadeira católica, pois
não é qualquer pessoa que, sabendo que não existem provas de que a vida continua no
céu, abdica da sua vida, muito menos de a dum filho, a fim de salvar alguém.
Este texto poderia ser designado “A Salvação de um Reino”, porque a Aia salvou o
pequeno príncipe; o futuro rei de um reino abundante em cidades e searas.
Inês Cordeiro, 9ºC
O conto “A Aia” baseia-se na história de uma escrava, a personagem principal, que faria
qualquer coisa pelo bem do seu reino. A aia acredita que existe vida depois da morte, por
isso, quando o seu senhor morre, ela chora a sua morte, mas além disso acredita que o vai
servir noutro mundo. Desta forma, as outras personagens da história são: o seu filho, um
simples e livre escravozinho; o rico principezinho, de quem a aia tomava conta; o rei que
morrera numa batalha; a rainha, que chorou desalmadamente a morte do pai do seu filho;
o irmão bastardo do rei, que iria fazer de tudo para conseguir a realeza, ou seja, era o
grande inimigo do príncipe que agora não tinha o seu pai para o defender. As personagens
referidas anteriormente são personagens secundárias, isto é, não têm tanta importância na
história como a aia.
Tudo isto se passa num palácio de um reino abundante em cidades e searas. Palácio esse
que passou a ser reinado por uma mulher entre mulheres, o que fez com que faltasse
disciplina viril. Deste modo, ao ler este conto, ficamos a saber qual era o ambiente na
corte, isto é o espaço social. Assim, a corte é constituída pelos seus reis, príncipes, aias e
guardas. Os reis são muitas vezes invejados, daí se causarem várias guerras pelo seu
poder.
Quando a aia salva o principezinho de cair nas mãos do seu temeroso tio sacrificando a
vida do seu próprio filho, sugeriram que “ela fosse levada ao tesouro real, e escolhesse de
entre essas riquezas, que eram as maiores da Índia, todas as que o seu desejo
apetecesse…”. Segundo esta frase do texto, podemos concluir que o conto decorre ao
longo da época das descobertas. Contudo, no texto existe referência a cavaleiros, tochas,
métodos de batalha mais antiquados como o uso de flechas, entre outros o que faz com
que possamos deduzir que o texto se passou na Idade Média, isto é, o tempo histórico
deste conto. Quanto ao tempo cronológico, não existem datas apresentadas no texto, mas
existem marcas do tempo, como por exemplo: “nesse céu fresco de madrugada”, “ora
uma noite, noite de silêncio e de escuridão”, “noite de Verão” e “a Lua cheia que o vira
marchar… começava a minguar”.
O narrador d”A Aia” tem uma posição subjetiva, pois defende uma opinião face ao que
conta, leva-se em conta com as emoções e os sentimentos envolvidos na história e faz
pequenos comentários, como o seguinte: “Ai! a presa agora era aquela criancinha, rei de
mama, senhor de tantas províncias, e que dormia no seu berço com o seu guizo de ouro
fechado na mão!”. Desta forma, demonstra uma pequena preocupação com o futuro do
pequeno príncipe. O narrador também demonstra as suas preferências através da
utilização de recursos estilísticos, como por exemplo: “Quantas vezes, com ele pendurado
do peito, pensava na sua fragilidade, na sua longa infância, nos anos lentos que correriam
antes que ele fosse ao menos do tamanho de uma espada…” (metáfora). No entanto, o
narrador é não participante, porque não participa na história e limita-se apenas a narrá-la.
No final do conto, a Aia pegara num punhal e cravara no seu coração, pois iria ter com o
seu filho ao céu. Assim, podemos concluir que o conto é uma narrativa fechada, pois se
conhece o definitivo fim da história e o destino das personagens. A história ficou
solucionada.
O conto divide-se em três partes, conforme a sua estrutura: a introdução, nos dois
primeiros parágrafos; o desenvolvimento, do terceiro parágrafo ao 16º parágrafo; a
conclusão, nos três últimos parágrafos. Deste modo, as partes essenciais da ação foram
nos parágrafos do desenvolvimento, pois é quando a ação de desenrola.
Para concluir, achei a atitude da aia de uma grande coragem e amor. A aia renunciou ao
seu prémio para ir ter com o seu verdadeiro tesouro, o seu filho, ao Céu. Para mim, a aia
agiu de uma forma que poucas pessoas o fariam, pois não iriam perder aquela imensidão
de ouro e tesouros por nada deste mundo. Visto que a pobre escrava era tão verdadeira e
no meio de tanta tristeza por não ter o seu filho, mesmo salvando o seu rei, acho que agiu
de acordo com o seu coração, mesmo não tendo sido o que eu inicialmente esperava na
conclusão do conto. Desta forma, achava que este conto poderia ter como título “O amor
pelo próximo”, pois transmite uma forte mensagem de amor.
Margarida Pinheiro, 9ºC
Neste conto, a introdução localiza-se entre o primeiro e o terceiro parágrafo,
o desenvolvimento desenrola-se entre o quarto e o décimo sexto parágrafo e a conclusão
corresponde aos últimos quatro parágrafos. A ação é fechada porque é solucionada até
ao pormenor.
Na história, cada personagem tem a sua importância, por isso: a Aia é a principal; o rei, a
rainha, o tio bastardo, o príncipe e o escravozinho são as secundárias e o mensageiro, o
capitão das guardas, a legião de archeiros, a horda, a multidão e os guerreiros que lutaram
contra o rei são os figurantes.
O espaço físico onde se deslocam as personagens é o palácio e o espaço social é a corte
(pertencem à nobreza).
A ação é passada de noite (tempo cronológico), tal como está descrito na expressão da
primeira linha do nono parágrafo “Ora uma noite, noite de silêncio e de escuridão”.
O tempo histórico é a Idade Média, uma vez que o conto fala da vida na corte, do rei e de
batalhas.
O narrador é não participante, pois o discurso é feito na terceira pessoa. Quanto à sua
posição, pode ser classificado como subjetivo, uma vez que, nas três últimas linhas do
quarto parágrafo, ele declara a sua posição em relação aos acontecimentos.
Na minha opinião, a Aia teve uma atitude nobre, ao abdicar da vida do seu filho para
salvar o principezinho, pois só uma pessoa com um grande coração e bondade é capaz de
fazer o que ela fez.
Em conclusão, considero que o conto tem o título indicado, pois representa a personagem
que teve a atitude mais importante da história (A Aia). Assim sendo, não escolheria outro
para o substituir.
Maria Inês Oliveira, 9ºD
O conto “A Aia” é uma narrativa fechada, porque todas as ações são solucionadas até ao
pormenor.
As partes essenciais desta história encontram-se no primeiro parágrafo (introdução) que
nos diz que o rei parte para a batalha, é também derrotado e acaba por morrer; a partir do
quinto parágrafo (desenvolvimento), com o aparecimento do tio malvado que manda
atacar o palácio e onde ainda acontece a troca de berços; e ainda nos últimos três
parágrafos (conclusão), quando a aia, por amor ao filho crava o punhal no coração.
As personagens são seis, sendo elas: o rei, o tio, a rainha, o príncipe, o escravo e a aia.
O rei era um jovem moço e valente, adorado pelo reino que batalhava por terras, deixando
o trono, a rainha e o seu filho recém-nascido sozinhos. O tio é uma personagem cruel,
ambiciosa e temerosa que surge com o objetivo de alcançar o reino para poder governá-
lo. A rainha é uma majestade chorosa, triste e angustiada, quando sabe que o rei morreu
na batalha, quando pensa que o seu filho foi levado a mando do tio e ainda grata quando
sabe que a aia o salvou. O príncipe é o bebé herdeiro ao trono, com cabelo louro e olhos
reluzentes, protegido principalmente pela aia e por sua mãe. O escravo, também recém-
nascido, tem cabelo negro e tal como o príncipe, olhos reluzentes, é um bebé simples e
seguro.
Por fim, a aia, a corajosa mãe que sacrifica o próprio filho para proteger o herdeiro ao
trono a que sempre foi fiel. Sofredora, dedicada, decidida e perspicaz, assim a podemos
descrever.
As personagens principais são: a aia, o escravo e o principezinho, todas as outras são
secundárias.
As principais ações deste conto passam-se num grande reino “abundante em cidades e
searas”, mas a morte do rei passa-se na batalha onde é derrotado (espaço físico). Todas
as ações decorrem numa família real (espaço social).
Não são referidas datas no texto, mas existem algumas expressões como “lua cheia”,
“noite de silêncio” e “uma noite”, que nos fazem pensar que os acontecimentos mais
importantes aconteceram durante a noite. No entanto, é de madrugada que a aia decide ir
ter com o filho, suicidando-se. Se quisermos classificar este conto em tempo histórico,
podemos dizer que aconteceu em tempo medieval, graças à existência de batalhas e
reinos.
O narrador é um narrador não participante, ou seja, não entra nas ações narradas. A
posição que assume é subjetiva, porque apesar de não entrar nas ações que narra, é parcial.
Na minha opinião, a atitude da aia foi surpreendente. Não foi apenas uma aia daquele
trono, foi uma mulher fiel, que sacrificou a vida do próprio filho para proteger o
principezinho. Acima de tudo era uma pessoa muito decidida e com uma grande coragem
para fazer o que Eça de Queirós nos conta.
“A mulher que sacrificou um filho por um reino”, seria este o título que eu sugeria para
este conto, pelas razões referidas anteriormente.
Damiana Mateus, 9ºD
Eça de Queirós, A Aia
Eça de Queirós escreveu este conto sobre a relação de lealdade de uma aia ao seu rei e
ao seu reino. Através dos textos que se seguem, poderás conhecer melhor esta
extraordinária personagem.
Neste conto, a personagem principal, a Aia, entrega o seu filho a uma morte horrenda,
para salvar o seu futuro rei.
Na minha opinião, a atitude da aia foi de patriotismo. Patriotismo significa o sentimento
de orgulho, amor e devoção à pátria.
Para ela, salvar o principezinho era como uma recompensa, porque, no fundo, este era
um filho para ela. Também tinha uma grande consideração pelo rei que partiu e, afinal,
era o seu filho quem um dia mais tarde o iria suceder. A escrava acreditava na vida depois
da morte e isso ajudou-a a ultrapassar a dor. Se ela não o salvasse, o que seria do Reino?
Nada! Como podemos ler no conto, a aia amava tanto o seu futuro rei como o seu próprio
filho - “cercava de carinho igual, porque se um era seu filho, o outro seria seu rei”.
Para mim, foi mesmo uma atitude de patriotismo, pois o bebé seria seu rei, já que o seu
pai, por quem ela tinha uma grande admiração e consideração, partira e sem ele não
voltaria a haver rei. Se ela o fez, foi porque era preciso, amor de mãe é único e não se
pode julgar.
Autora: Sofia Costa, 9.ºA
No conto A Aia, de Eça de Queirós, a atitude patriota da personagem principal, a aia, é
bem clara com a sua decisão de trocar os bebés de berço, com o fim de proteger a vida do
principezinho, seu futuro rei, mas, com isso, tirando a vida ao seu filho.
Com esta atitude da personagem, pode-se ver o seu patriotismo, ou seja, o seu
sentimento de amor e de devoção à pátria.
Esse patriotismo está muito bem explícito na expressão “sem uma vacilação, uma
dúvida, arrebatou o príncipe do seu berço de marfim, atirou-o para o pobre berço de verga
– e tirando o seu filho do berço servil, (…) deitou-o no berço real”, pois mostra que ela
não pensou duas vezes em salvar o príncipe. Expressões como “também ela tremia pelo
seu principezinho”, “Serva sublimemente leal” e “Fora ela que, para conservar a vida ao
seu príncipe mandara à morte o seu filho”, são outras que mostram o seu amor ao príncipe
e a sua lealdade.
Esta atitude patriota da aia mostra como ela era leal ao seu reino e que faria de tudo
para o proteger, mesmo que fosse matar o seu próprio filho.
Autora: Maria Caldeira, 9.º A
Pessoalmente, eu não concordo com a atitude da aia, achando-a incorreta e cruel, embora
tenha sido para salvar o futuro do seu reino.
Eu não concordo com a sua atitude, pois penso que não existe nenhum laço mais forte
que o de uma mãe e o seu filho. Embora a aia acreditasse na vida para além da morte, que
seria o melhor para o seu reino e que ainda poderia ir ter com o seu filho após a sua morte,
eu não acredito que a rainha fizesse o mesmo pela aia. Apesar desses factos, acho que foi
muito corajoso o seu ato e não duvido do seu amor pelo filho.
Se eu estivesse na pele da aia durante o momento em que o Tio bastardo invadiu o
castelo, teria tentado lutar pela vida do príncipe, mas nunca a teria posto em primeiro
lugar, prejudicando o meu filho.
Autor: João Fontaínhas, 9.ºA
A decisão da aia, neste conto, foi uma manifestação de patriotismo e heroísmo, ao trocar
o seu filho pelo príncipe, para salvaguardar o reino e para que a hierarquia continuasse.
Podemos afirmar que a aia agiu de forma patriota, devido ao seu amor pela pátria e à
sua servidão “sublimemente leal”. A personagem também mostra o seu patriotismo e
heroísmo, através do seu comportamento violento na troca dos bebés para assegurar o
reino - “(…) arrebatou o príncipe do seu berço de marfim, atirou-o para o pobre berço de
verga…”. O que consolava a sua dor era a crença na vida para além da morte. Por isso,
no final, decidiu suicidar-se, para poder continuar a amamentar o seu filho.
A decisão da aia foi, sem dúvida, um exemplo de amor à sua nação, pois teve a
coragem de sacrificar o seu filho para salvar o reino.
Autor: Ivo Teixeira, 9.º A

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A Lealdade da Aia

  • 1. “A AIA” 1 5 Foi um espanto, uma aclamação. Quem o salvara? Quem?… Lá estava junto do berço de marfim vazio, muda e hirta, aquela que o salvara! Serva sublimemente leal! Fora ela que, para conservar a vida ao seu príncipe, mandara à morte o seu filho… Então, só então, a mãe ditosa, emergindo da sua alegria extática, abraçou apaixonadamente a mãe dolorosa, e a beijou, e lhe chamou irmã do seu coração… E de entre aquela multidão que se apertava na galeria veio uma nova, ardente aclamação,com súplicas de que fosse recompensada,magnificamente, a serva admirável que salvara o rei e o reino. Eça de Queirós, Contos, Livros do Brasil, 2004 Após lerem o conto «A aia», a Mariana e o Tiago fizeram os comentários seguintes. Mariana: Na minha opinião, a palavra que melhor caracteriza a atitude da aia perante a sua condição de escrava é humildade. Tiago: Quanto a mim, a palavra que melhorcaracteriza a atitude da aia perante a sua condição de escrava é resignação. Escreve um texto de opinião, com um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras, em que, de entre os dois comentários, defendas aquele que te parece mais adequado ao sentido do conto. O teu texto deve incluir uma parte de introdução, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão. Organiza a informação da forma que considerares mais pertinente, tratando os tópicos apresentados a seguir: • Indicação do comentário que, na tua opinião, é mais adequado ao sentido do texto. • Justificação da escolha desse comentário, através da transcrição de uma expressão que evidencie o caráter da aia. • Descrição da atitude da aia e explicitação da sua intenção. • Referência a duas características psicológicas da aia. • Identificação de um recurso expressivo presente no excerto e explicitação do seu significado. • Apresentação do teu ponto de vista sobre a opção da aia, e respetiva justificação. filho no berço magnífico do príncipe e o herdeiro do reino no berço pobre de verga do Por exemplo: a interrogação retórica «Quem o salvara? Quem?…» que transmite o espanto da população 2.1. A consequênciade ordemsentimentalé adesolaçãodaRainha,nãosó porter ficado viúva,como tambémpeloseufilhoterficado órfão.A consequênciade ordempolíticaé o reinoficardesprotegido.2.2.O recursoestilísticoutilizadoé acomparação. 2.2.1. O tio é apresentadocomoum “lobo faminto”cruel,pronto a atacar a presa indefesa,ouseja, o Principezinho.2.3.1.A frase que transmite aideiadorei sera representaçãoterrenada divindade é:“Orei seuamo,decerto,já estariaagorareinandoemoutroreino,paraalém das nuvens,abundante tambémemsearase cidades.”(linhas19-20) 2.3.2 A Aia acredita que a vidada terra continuano céu. Assim, entregaoseu filhoà morte,porque acredita que ele continuará a viver no céu. Posteriormente, suicida-se, uma vez que crê que, só dessa forma, poderá continuar a cuidar do filho e a desempenhar o seu papel de mãe. Parte B 1. 1.1.O excerto corresponde ao final das peripécias e ao desenlace. 1.2.
  • 2. Fisicamente, a Aia tem uma “face de mármore”, ou seja, está sem expressão e os olhos estãosecos,mas brilhantes.Psicologicamente,sente-se amargurada,permanecendoem silêncio, e mostra-se leal e decidida. 1.3.Três referências temporais presentes no texto são: “a luz da madrugada”, “já o Sol se erguia” e “o céu, onde subiamos primeirosraios do Sol”. (Outrasreferênciastemporaispossíveis:“aquele céuque […] se tingiade rosa e de oiro” e “céu fresco de madrugada”. 1.4. Um exemplode dupla adjetivação é “clara e rósea”(linha8).(Outrosexemplosde duplaadjetivação:“maravilhosoe faiscante”(linha 9), “lento e maravilhado” (linhas 12-13) e “brilhantes e secos” (linhas 1415)). 1.5. No segmento, podemos encontrar a gradação com a utilização dos verbos “reluziam, cintilavam, refulgiam”; a enumeração “os escudos de ouro, as armas marchetadas, os montõesde diamantes,aspilhasde moedas,oslongosfiosde pérolas,todasasriquezas” e a hipérbole “acumuladas por cem reis durante vinte séculos.”.Todos estes recursos estilísticos realçam a riqueza e a opulência da câmara dos tesour “A Aia”, Eça de Queirós 1. Resumo da Ação Um rei jovem e valente partira a batalhar por terras distantes, deixando só e triste a rainha e um filho pequeno. Desafortunadamente o rei perdeu a vida numa das batalhas e foi chorado por sua esposa. Sendo herdeiro natural do trono, o bebé estava sujeito aos ataques de inimigos, dos quais se destacava o seu tio, irmão bastardo do rei morto que vivia num castelo sobre os montes, com uma horda de rebeldes. O pequeno príncipe era amamentado por uma aia, mãe de um bebé também pequeno. Alimentava os dois com igual carinho pois um era seu filho e outro viria a ser seu rei. A escrava mostrava uma lealdade sem limites. Ora, como se esperava, o bastardo desceu da serra com a sua horda e começou uma matança sem tréguas. A defesa estava fragilizada pois a rainha não sabia como fomentá-la, limitando-se a temer e a chorar a sua fraqueza de viúva sobre o berço de seu filho. Uma noite, a aia pressentiu uma movimentação estranha, verificando a presença de homens no palácio. Rapidamente se apercebeu do que iria passar-se e trocou, sem hesitar, as crianças dos respetivos berços. Nesse instante, um homem enorme entrou na câmara, arrebatou do berço de marfim o pequeno corpo que ali descansava e partiu furiosamente. A rainha, que entretanto invadira a câmara, parecia louca ao verificar as roupas desmanchadas e o berço vazio. A aia mostrou-lhe, então, o berço de verga e o jovem príncipe que ali dormia. Entretanto, o capitão dos guardas veio avisar que o bastardo havia sido vencido, mas infelizmente o corpo do príncipe tinha também perecido. A rainha mostrou, então, o
  • 3. bebé e, identificando a sua salvadora, abraçou-a e beijou-a, chamando-lhe irmã do seu coração. Todos a aclamaram, exigindo que fosse recompensada. A rainha levou-a ao tesouro real, para que pudesse escolher a jóia que mais lhe agradasse. A ama, olhando o céu, onde decerto estava o seu menino, pegou num punhal e cravou-o no seu coração, dizendo que agora que tinha salvado o seu príncipe tinha de ir dar de mamar ao seu filho. 2. Estrutura da Ação Introdução (dois primeiros parágrafos) Apresentação do rei e do seu reino. Partida do rei, deixando sozinhos a rainha, o filho e o reino. Desenvolvimento (de "A rainha chorou magnificamente o rei ..." até " Era um punhal de um velho rei (...) e que valia uma província.") Comportamento das personagens aquando da morte do rei: a aia troca as crianças quando pressente o ataque ao palácio pelo ambicioso tio e a sua horda; morte do tio e do escravozinho; reação das personagens à morte do suposto principezinho. Conclusão (três últimos parágrafos) Por amor ao filho, a aia suicida-se. Da conclusãoinfere-seque se considerarmosahistóriadaaia,estamosperante uma narrativa fechada,poisapresentaumdesenlace irreversível. A articulaçãodas sequênciasnarrativas(momentosde avanço) faz-se porencadeamento.Os momentosde pausaabreme fechama narrativae interrompem,porvezes,anarração com descrições(espaço,objetos,personagens). 3. Símbolos Ao longo da ação há inúmeras referências ao ouro, material precioso e incorruptível, símbolo de perfeição. Para além do seu valor material, simboliza a salvação, a elevação de uma forma superior de vida, mais espiritual. O príncipe, frágil e inocente, tem cabelos louros e dormia no seu berço com o seu guizo de ouro fechado na mão. Na câmara dos tesouros todos os objectos cintilavam e até o céu se tingia de ouro. E era no céu, que se encontrava o escravo, salvo dos perigos e era junto dele que a aia desejou estar. Por outro lado, a presença da escuridão, da noite ao longo da ação, acentua o caráter trágico da mesma. Os cabelos negros do escravo, em contraste com os cabelos louros do príncipe são referências à morte do primeiro versus a salvação do segundo. 4. O Espaço
  • 4. A ação é localizadanumreinogrande e rico,edecorre numpalácio,erguidonumreinopróspero «abundante emcidadese searas».Todaaçãodecorre nesse espaço,sendoque algunsrecantos do paláciosão sobrevalorizadosporoposiçãoa outros,por exemplo,acâmara onde o príncipe e o filho da escrava dormiam e a câmara dos tesouros. No entanto, alguns espaços exteriores adquirem alguma importância: o primeiro é o espaço onde se efetiva a derrota do rei e consequente morte que vai deixar a rainha viúva, o filho órfão e o povo sem rei; o segundo acaba por ser um elemento caracterizador do vilão do conto: «vivia num castelo, à maneira de um lobo, que entre a sua alcateia, espera a presa». Através desta apresentação, o leitor fica na expectativa do que irá acontecer, visto que ela é indicadora de confrontação e de tragédia. É também determinante no clima que se vive no palácio, que denota temor e insegurança. O espaço é descrito do geral para o particular, do exterior para o interior. Primeiramente,é-nosapresentado«umreinoabundante emcidadese searas»,onde se situa um palácio, habitado por um príncipe frágil que é protegido no seu berço pela sua ama. À medida que se desenrolam os acontecimentos, o espaço vai-se concentrando cada vez mais, acabando a aia por se suicidar na câmara dos tesouros. No exterior, no alto, encontramos um «castelo sobre os montes», «o cimo das serras», povoado pelo tio bastardo e a sua horda, que vigiam a presa – o príncipe que vivia no palácio. Cá em baixo, «na planície, às portas da cidade» existe um palácio, onde a população e o príncipe estão desprotegidos e são presa fácil. No interior da «casa real» há uma câmara com um berço, um pátio, a galeria de mármore, a câmara dos tesouros, onde estão a rainha, a aia, o príncipe e o escravo. Quanto ao espaço social, é descrito o ambiente da corte – palácio, rei, rainha, aias, guardas. 5. O Tempo Não há referências a datas ou locais que permitam localizar a acção no tempo. Há apenas algumas expressões referentes ao tempo: «lua cheia», «começava a minguar», «noite de Verão», «noite de silêncio», «luz da madrugada». É à noite que acontecem os principais acontecimentos desta história – a morte do rei, o nascimento do príncipe e do escravo, o ataque ao palácio, a troca das crianças, As mortes do escravo, do tio e da sua horda. No entanto, a acção culmina com a morte da aia, de madrugada. O núcleo central da acção centra-se numa noite. A Condensação de um tempo da história tão longo, numa narrativa curta (conto) implica a utilização sistemática de sumários ou resumos (processo pelo qual o tempo do discurso é menor do que o tempo da história). É possível também identificar no texto um outro processo de redução do tempo da história, que é a elipse (eliminação, do discurso, de períodos mais ou menos longos da história). Na parte inicial da acção, «a lua cheia que o vira (o rei) marchar» começava a minguar, quando um dos seus cavaleiros aparece trazendo a notícia da sua morte.
  • 5. Quanto à ordenação dos acontecimentos, predomina o respeito pela sequência cronológica. 6. AS PERSONAGENS Neste texto, ressalta uma ambivalência de temor que envolve as personagens nobres, habitantes de um palácio. Ao longo do texto está presente o processo de caracterização direta, visto que as informações são-nos dadas pelo narrador. No entanto, há também informações que são deduzidas a partir do comportamento das personagens (caracterização indireta). Deste quadro de personagens, destaca-se, obviamente, aquela que dá nome ao conto - a Aia, personagem principal, tornando-se modelada, no fim do conto, porque adquire uma densidade psicológica significativa. Mulher de uma dedicação desmesurada ao filho, ao príncipe e aos reis prova, com o gesto da troca das crianças, uma grandeza de alma que não pode ser compreendida por nenhum humano e que, por consequência, não tem nenhuma recompensa ou pagamento
  • 6. material. A crença espiritual que alimenta o seu gesto demonstra uma linearidade e uma simplicidade de pensamento que coloca o dever acima de tudo: o dever de escrava e o dever de mãe. O desejo da aia de provar que a cobiça e a ambição podem estar arredadas de um coração leal, fez com que ela escolhesse um punhal para pôr termo à sua vida. Trata-se de um objecto pequeno, certeiro que remete para o carácter decidido da personagem e que era o maior tesouro que aquela mulher ambicionava, pois, esse objecto lhe abriria caminho para o encontro com o seu filho, para cumprir o seu dever de mãe, dando-lhe de mamar. O rei, a rainha, o tio, o príncipe e o escravo são personagens secundárias e planas. Não são identificadas por um nome próprio uma vez que remetem para a intemporalidade da história. As crianças estão, no conto, marcadas pela sua posição social: uma dorme em berço de ouro entre brocados, a outra, num berço pobre e de verga. À hora da morte é por essa marca que o inimigo vai identificar o futuro rei. O príncipe não intervém diretamente na ação, mas é o centro das atenções de todas as personagens. A personagem escravo existe para salvar a vida do príncipe. A Aia", de Eça de Queirós - Comentários No estudo do conto "A Aia" de Eça de Queirós, pediu-se ao alunos que elaborassem uma ficha de leitura do mesmo. Da estrutura da ficha de leitura proposta, os alunos devem fazer um comentário. Esse trabalho é orientado através de uma lista de tópicos que poderão / deverão ser usados pelos alunos. O conto “A Aia” começa pela morte do rei, logo no segundo parágrafo. A partir daí, passamos a ter o conhecimento de um inimigo da família real, o irmão bastardo do rei, no quarto parágrafo. Também ficamos a saber, com a leitura do quinto parágrafo, que existem dois bebés no palácio: o príncipe e um escravo. A aia mata-se, de modo a poder ir tomar conta do seu filho; o príncipe fica a salvo, graças à brilhante ideia da aia, de trocar o escravo e o príncipe de berços; o tio bastardo morre esmagado, ao fugir do palácio. Com a apresentação de todos estes pontos, pode concluir- se que a delimitação da ação é fechada. Tudo fica resolvido e a história tem um fim bem definido. Existem algumas personagens (como por exemplo: o homem que leva o príncipe quando o castelo está a ser assaltado, o cavaleiro que anuncia a morte do rei e o velho que sugere a recompensa para a escrava) no texto que não são suficientemente importantes no decorrer da história para serem aqui descritas. Ou seja, estas personagens são apenas figurantes. O rei acaba por ser uma personagem secundária: tudo gira em volta da sua morte, mas ele não participa diretamente na ação. Existem personagens mais importantes (mas ainda não principais) como: a rainha, o pequeno escravo, o príncipe e o tio. Na
  • 7. minha opinião, a personagem principal é a aia. Em primeiro lugar, porque o título do conto é “A Aia”. Como é a aia que salva o príncipe, isso confere-lhe uma grande importância em toda esta narrativa. Toda a ação decorre no castelo de um reino, onde habita a família real. Quanto ao meio social, este é um meio de riqueza, pois é descrita a corte real. Em nenhuma parte é especificado o tempo histórico da história. Mas sabe-se que esta se desenrola num tempo passado, em que ainda existiam escravos, guerras entre reis e reinos e tesouros bastante valiosos. No texto, existem várias provas disso, como é exemplo: “Era uma vez um rei… que partira a batalhar por terras distantes…”, “Mas este era um escravozinho, filho da bela e robusta escrava que amamentava o príncipe.” e “… que ela fosse levada ao tesouro real, e escolhesse de entre essas riquezas, que eram as maiores da Índia…”. O narrador é não participante, e é também subjetivo pois faz alguns comentários a certas situações. Uma frase que o comprova é: “Ai! a presa agora era aquela criancinha, rei de mama, senhor de tantas províncias, e que dormia no seu berço com o seu guizo de ouro fechado na mão!”. A aia, ao sujeitar o seu filho à morte, teve uma atitude corajosa e talvez surpreendente, porque não se está à espera que uma mãe entregue o seu filho apenas para proteger o filho de outra pessoa. Quanto à morte da aia, também foi um desfecho inesperado para a história, pois ao aparecer a oportunidade de ficar com diversas riquezas da família real, a escrava só queria saber do seu querido e amado filho. Um título que eu acho que também se encaixaria nesta história era “Um Amor Eterno”, porque a ama quer continuar a cuidar do seu filho no tempo depois da vida (eternidade). Madalena Castro, 9ºC O conto “A Aia” é um texto narrativo que se divide em três partes bem distintas: introdução (1º e 2º parágrafos), desenvolvimento (do 3º ao 17º parágrafo) e conclusão (do 18º ao 20º parágrafo). A narrativa é fechada, pois a ação é solucionada até ao pormenor e dão-nos a conhecer o que aconteceu a cada uma das personagens principais e secundárias. A personagem principal deste conto é a Aia. Ela era bela, robusta, corajosa, leal e cristã. A rainha, o rei, o seu irmão bastardo, o príncipe e o escravo são personagens secundárias. A rainha estava solitária, triste, chorosa e desventurosa. O rei era moço, formoso, rico, valente e alegre. O irmão bastardo do rei, tio do pequeno príncipe, tinha uma face escura, era temeroso, corrupto, agressivo e cruel. O príncipe tinha o cabelo louro, fino e era frágil. O escravo possuía cabelo negro, crespo, vivia seguro, era simples e livre. Os olhos de ambas as crianças brilhavam como pedras preciosas. A ação decorre num palácio situado num reino abundante em cidades e searas. As câmaras (onde o príncipe e o escravo dormiam e a dos tesouros) são os locais centrais desse castelo. O espaço social desta história é um palácio habitado pela rainha, por senhores, pelas aias, pelos homens de armas e outros servos. Ao longo do conto, são apresentadas várias marcas do tempo cronológico, como por exemplo: “A Lua cheia… começava a minguar” (l. 5 e 6), “Ora uma noite, noite de silêncio e de escuridão” (l. 83) e “…a luz da madrugada, já clara e rósea…” (l. 152). Nesta história, não existem datas específicas que nos facilitem a localização da mesma no tempo histórico. Como é referido no 15º parágrafo do texto, existiam grandes riquezas da Índia na câmara dos tesouros do palácio real. Podemos assim supor que esta narrativa decorreu durante a época dos Descobrimentos. Quanto à presença, o narrador é não participante, pois utiliza verbos como “vira”, “apareceu”, “chorou”, “seria” e “era”, ou seja, narra na 3ª pessoa. A sua posição é subjetiva, porque o narrador narra os acontecimentos, declarando ou sugerindo o seu
  • 8. ponto de vista, tal como podemos confirmar com a seguinte frase do texto: “Todavia também ela tremia pelo seu principezinho!” (l. 50). No meu ponto de vista, a atitude da Aia foi muito corajosa e surpreendente. Ela mostrou que adorava a família real, não por aquilo que possuía, mas sim por aquilo que era por dentro, o que, hoje em dia, é raro acontecer. A escrava era uma verdadeira católica, pois não é qualquer pessoa que, sabendo que não existem provas de que a vida continua no céu, abdica da sua vida, muito menos de a dum filho, a fim de salvar alguém. Este texto poderia ser designado “A Salvação de um Reino”, porque a Aia salvou o pequeno príncipe; o futuro rei de um reino abundante em cidades e searas. Inês Cordeiro, 9ºC O conto “A Aia” baseia-se na história de uma escrava, a personagem principal, que faria qualquer coisa pelo bem do seu reino. A aia acredita que existe vida depois da morte, por isso, quando o seu senhor morre, ela chora a sua morte, mas além disso acredita que o vai servir noutro mundo. Desta forma, as outras personagens da história são: o seu filho, um simples e livre escravozinho; o rico principezinho, de quem a aia tomava conta; o rei que morrera numa batalha; a rainha, que chorou desalmadamente a morte do pai do seu filho; o irmão bastardo do rei, que iria fazer de tudo para conseguir a realeza, ou seja, era o grande inimigo do príncipe que agora não tinha o seu pai para o defender. As personagens referidas anteriormente são personagens secundárias, isto é, não têm tanta importância na história como a aia. Tudo isto se passa num palácio de um reino abundante em cidades e searas. Palácio esse que passou a ser reinado por uma mulher entre mulheres, o que fez com que faltasse disciplina viril. Deste modo, ao ler este conto, ficamos a saber qual era o ambiente na corte, isto é o espaço social. Assim, a corte é constituída pelos seus reis, príncipes, aias e guardas. Os reis são muitas vezes invejados, daí se causarem várias guerras pelo seu poder. Quando a aia salva o principezinho de cair nas mãos do seu temeroso tio sacrificando a vida do seu próprio filho, sugeriram que “ela fosse levada ao tesouro real, e escolhesse de entre essas riquezas, que eram as maiores da Índia, todas as que o seu desejo apetecesse…”. Segundo esta frase do texto, podemos concluir que o conto decorre ao longo da época das descobertas. Contudo, no texto existe referência a cavaleiros, tochas, métodos de batalha mais antiquados como o uso de flechas, entre outros o que faz com que possamos deduzir que o texto se passou na Idade Média, isto é, o tempo histórico deste conto. Quanto ao tempo cronológico, não existem datas apresentadas no texto, mas existem marcas do tempo, como por exemplo: “nesse céu fresco de madrugada”, “ora uma noite, noite de silêncio e de escuridão”, “noite de Verão” e “a Lua cheia que o vira marchar… começava a minguar”. O narrador d”A Aia” tem uma posição subjetiva, pois defende uma opinião face ao que conta, leva-se em conta com as emoções e os sentimentos envolvidos na história e faz pequenos comentários, como o seguinte: “Ai! a presa agora era aquela criancinha, rei de mama, senhor de tantas províncias, e que dormia no seu berço com o seu guizo de ouro fechado na mão!”. Desta forma, demonstra uma pequena preocupação com o futuro do pequeno príncipe. O narrador também demonstra as suas preferências através da utilização de recursos estilísticos, como por exemplo: “Quantas vezes, com ele pendurado do peito, pensava na sua fragilidade, na sua longa infância, nos anos lentos que correriam antes que ele fosse ao menos do tamanho de uma espada…” (metáfora). No entanto, o narrador é não participante, porque não participa na história e limita-se apenas a narrá-la. No final do conto, a Aia pegara num punhal e cravara no seu coração, pois iria ter com o seu filho ao céu. Assim, podemos concluir que o conto é uma narrativa fechada, pois se
  • 9. conhece o definitivo fim da história e o destino das personagens. A história ficou solucionada. O conto divide-se em três partes, conforme a sua estrutura: a introdução, nos dois primeiros parágrafos; o desenvolvimento, do terceiro parágrafo ao 16º parágrafo; a conclusão, nos três últimos parágrafos. Deste modo, as partes essenciais da ação foram nos parágrafos do desenvolvimento, pois é quando a ação de desenrola. Para concluir, achei a atitude da aia de uma grande coragem e amor. A aia renunciou ao seu prémio para ir ter com o seu verdadeiro tesouro, o seu filho, ao Céu. Para mim, a aia agiu de uma forma que poucas pessoas o fariam, pois não iriam perder aquela imensidão de ouro e tesouros por nada deste mundo. Visto que a pobre escrava era tão verdadeira e no meio de tanta tristeza por não ter o seu filho, mesmo salvando o seu rei, acho que agiu de acordo com o seu coração, mesmo não tendo sido o que eu inicialmente esperava na conclusão do conto. Desta forma, achava que este conto poderia ter como título “O amor pelo próximo”, pois transmite uma forte mensagem de amor. Margarida Pinheiro, 9ºC Neste conto, a introdução localiza-se entre o primeiro e o terceiro parágrafo, o desenvolvimento desenrola-se entre o quarto e o décimo sexto parágrafo e a conclusão corresponde aos últimos quatro parágrafos. A ação é fechada porque é solucionada até ao pormenor. Na história, cada personagem tem a sua importância, por isso: a Aia é a principal; o rei, a rainha, o tio bastardo, o príncipe e o escravozinho são as secundárias e o mensageiro, o capitão das guardas, a legião de archeiros, a horda, a multidão e os guerreiros que lutaram contra o rei são os figurantes. O espaço físico onde se deslocam as personagens é o palácio e o espaço social é a corte (pertencem à nobreza). A ação é passada de noite (tempo cronológico), tal como está descrito na expressão da primeira linha do nono parágrafo “Ora uma noite, noite de silêncio e de escuridão”. O tempo histórico é a Idade Média, uma vez que o conto fala da vida na corte, do rei e de batalhas. O narrador é não participante, pois o discurso é feito na terceira pessoa. Quanto à sua posição, pode ser classificado como subjetivo, uma vez que, nas três últimas linhas do quarto parágrafo, ele declara a sua posição em relação aos acontecimentos. Na minha opinião, a Aia teve uma atitude nobre, ao abdicar da vida do seu filho para salvar o principezinho, pois só uma pessoa com um grande coração e bondade é capaz de fazer o que ela fez. Em conclusão, considero que o conto tem o título indicado, pois representa a personagem que teve a atitude mais importante da história (A Aia). Assim sendo, não escolheria outro para o substituir. Maria Inês Oliveira, 9ºD O conto “A Aia” é uma narrativa fechada, porque todas as ações são solucionadas até ao pormenor. As partes essenciais desta história encontram-se no primeiro parágrafo (introdução) que nos diz que o rei parte para a batalha, é também derrotado e acaba por morrer; a partir do quinto parágrafo (desenvolvimento), com o aparecimento do tio malvado que manda atacar o palácio e onde ainda acontece a troca de berços; e ainda nos últimos três parágrafos (conclusão), quando a aia, por amor ao filho crava o punhal no coração.
  • 10. As personagens são seis, sendo elas: o rei, o tio, a rainha, o príncipe, o escravo e a aia. O rei era um jovem moço e valente, adorado pelo reino que batalhava por terras, deixando o trono, a rainha e o seu filho recém-nascido sozinhos. O tio é uma personagem cruel, ambiciosa e temerosa que surge com o objetivo de alcançar o reino para poder governá- lo. A rainha é uma majestade chorosa, triste e angustiada, quando sabe que o rei morreu na batalha, quando pensa que o seu filho foi levado a mando do tio e ainda grata quando sabe que a aia o salvou. O príncipe é o bebé herdeiro ao trono, com cabelo louro e olhos reluzentes, protegido principalmente pela aia e por sua mãe. O escravo, também recém- nascido, tem cabelo negro e tal como o príncipe, olhos reluzentes, é um bebé simples e seguro. Por fim, a aia, a corajosa mãe que sacrifica o próprio filho para proteger o herdeiro ao trono a que sempre foi fiel. Sofredora, dedicada, decidida e perspicaz, assim a podemos descrever. As personagens principais são: a aia, o escravo e o principezinho, todas as outras são secundárias. As principais ações deste conto passam-se num grande reino “abundante em cidades e searas”, mas a morte do rei passa-se na batalha onde é derrotado (espaço físico). Todas as ações decorrem numa família real (espaço social). Não são referidas datas no texto, mas existem algumas expressões como “lua cheia”, “noite de silêncio” e “uma noite”, que nos fazem pensar que os acontecimentos mais importantes aconteceram durante a noite. No entanto, é de madrugada que a aia decide ir ter com o filho, suicidando-se. Se quisermos classificar este conto em tempo histórico, podemos dizer que aconteceu em tempo medieval, graças à existência de batalhas e reinos. O narrador é um narrador não participante, ou seja, não entra nas ações narradas. A posição que assume é subjetiva, porque apesar de não entrar nas ações que narra, é parcial. Na minha opinião, a atitude da aia foi surpreendente. Não foi apenas uma aia daquele trono, foi uma mulher fiel, que sacrificou a vida do próprio filho para proteger o principezinho. Acima de tudo era uma pessoa muito decidida e com uma grande coragem para fazer o que Eça de Queirós nos conta. “A mulher que sacrificou um filho por um reino”, seria este o título que eu sugeria para este conto, pelas razões referidas anteriormente. Damiana Mateus, 9ºD Eça de Queirós, A Aia Eça de Queirós escreveu este conto sobre a relação de lealdade de uma aia ao seu rei e ao seu reino. Através dos textos que se seguem, poderás conhecer melhor esta extraordinária personagem. Neste conto, a personagem principal, a Aia, entrega o seu filho a uma morte horrenda, para salvar o seu futuro rei. Na minha opinião, a atitude da aia foi de patriotismo. Patriotismo significa o sentimento de orgulho, amor e devoção à pátria.
  • 11. Para ela, salvar o principezinho era como uma recompensa, porque, no fundo, este era um filho para ela. Também tinha uma grande consideração pelo rei que partiu e, afinal, era o seu filho quem um dia mais tarde o iria suceder. A escrava acreditava na vida depois da morte e isso ajudou-a a ultrapassar a dor. Se ela não o salvasse, o que seria do Reino? Nada! Como podemos ler no conto, a aia amava tanto o seu futuro rei como o seu próprio filho - “cercava de carinho igual, porque se um era seu filho, o outro seria seu rei”. Para mim, foi mesmo uma atitude de patriotismo, pois o bebé seria seu rei, já que o seu pai, por quem ela tinha uma grande admiração e consideração, partira e sem ele não voltaria a haver rei. Se ela o fez, foi porque era preciso, amor de mãe é único e não se pode julgar. Autora: Sofia Costa, 9.ºA No conto A Aia, de Eça de Queirós, a atitude patriota da personagem principal, a aia, é bem clara com a sua decisão de trocar os bebés de berço, com o fim de proteger a vida do principezinho, seu futuro rei, mas, com isso, tirando a vida ao seu filho. Com esta atitude da personagem, pode-se ver o seu patriotismo, ou seja, o seu sentimento de amor e de devoção à pátria. Esse patriotismo está muito bem explícito na expressão “sem uma vacilação, uma dúvida, arrebatou o príncipe do seu berço de marfim, atirou-o para o pobre berço de verga – e tirando o seu filho do berço servil, (…) deitou-o no berço real”, pois mostra que ela não pensou duas vezes em salvar o príncipe. Expressões como “também ela tremia pelo seu principezinho”, “Serva sublimemente leal” e “Fora ela que, para conservar a vida ao seu príncipe mandara à morte o seu filho”, são outras que mostram o seu amor ao príncipe e a sua lealdade. Esta atitude patriota da aia mostra como ela era leal ao seu reino e que faria de tudo para o proteger, mesmo que fosse matar o seu próprio filho. Autora: Maria Caldeira, 9.º A Pessoalmente, eu não concordo com a atitude da aia, achando-a incorreta e cruel, embora tenha sido para salvar o futuro do seu reino. Eu não concordo com a sua atitude, pois penso que não existe nenhum laço mais forte que o de uma mãe e o seu filho. Embora a aia acreditasse na vida para além da morte, que seria o melhor para o seu reino e que ainda poderia ir ter com o seu filho após a sua morte, eu não acredito que a rainha fizesse o mesmo pela aia. Apesar desses factos, acho que foi muito corajoso o seu ato e não duvido do seu amor pelo filho. Se eu estivesse na pele da aia durante o momento em que o Tio bastardo invadiu o castelo, teria tentado lutar pela vida do príncipe, mas nunca a teria posto em primeiro lugar, prejudicando o meu filho. Autor: João Fontaínhas, 9.ºA A decisão da aia, neste conto, foi uma manifestação de patriotismo e heroísmo, ao trocar o seu filho pelo príncipe, para salvaguardar o reino e para que a hierarquia continuasse. Podemos afirmar que a aia agiu de forma patriota, devido ao seu amor pela pátria e à sua servidão “sublimemente leal”. A personagem também mostra o seu patriotismo e
  • 12. heroísmo, através do seu comportamento violento na troca dos bebés para assegurar o reino - “(…) arrebatou o príncipe do seu berço de marfim, atirou-o para o pobre berço de verga…”. O que consolava a sua dor era a crença na vida para além da morte. Por isso, no final, decidiu suicidar-se, para poder continuar a amamentar o seu filho. A decisão da aia foi, sem dúvida, um exemplo de amor à sua nação, pois teve a coragem de sacrificar o seu filho para salvar o reino. Autor: Ivo Teixeira, 9.º A