O documento discute a importância de elaborar materiais didáticos apropriados para o ensino de arte e propõe que os cursos de formação de professores incluam um laboratório-ateliê para treinar a elaboração destes materiais. O laboratório-ateliê oferece um ambiente artístico-pedagógico propício para desenvolver ideias, pesquisas e experimentar diferentes materiais didáticos. Um exemplo dado é de um projeto em que alunos surdos construíram cenas sequenciais usando desenho e modelagem para aprender sobre
A AVALIAÇÃO EM ARTES VISUAIS: Considerações Preliminares Vis-UAB
Este documento discute a avaliação em artes visuais na educação básica. Primeiramente, aborda a importância da formação continuada dos professores e como a avaliação deve ser um processo contínuo que melhore o ensino e a aprendizagem. Também destaca que a avaliação em artes deve considerar o contexto cultural dos alunos e não apenas padrões estéticos. Por fim, propõe uma avaliação para o 9o ano do ensino fundamental baseada nos referenciais curriculares de arte.
Estágio Supervisionado em Artes Visuais-3Suzy Nobre
Galeria de fotos do estágio das alunas Eleni Souza (EE Alceu Gomes da Silva) e Suzy Nobre (EE Profª Maria Elisa de Oliveira) cumprido no 6º semestre do curso de Licenciatura em Artes Visuais.
Este documento resume as principais orientações para o ensino de artes nas escolas contidas no volume 1 de "Orientações curriculares para o ensino médio". A arte é vista como forma de expressão ligada à linguagem e à aprendizagem significativa. Discutem-se diferentes abordagens históricas do ensino artístico e a importância da diversidade cultural. Defende-se que os professores devem seguir as orientações, mas também ter liberdade para incorporar sua criatividade.
Este documento descreve uma sequência didática de 5 aulas para o ensino médio sobre questões sociais utilizando histórias em quadrinhos criadas no programa Hagáquê. Os alunos serão divididos em equipes para escolher um tema social, desenvolver a história e diálogos, inserir imagens, e finalmente montar a história no Hagáquê. O objetivo é que os alunos aprendam sobre o gênero HQ e expressem questões sociais de forma criativa.
ATIVIDADES PRÁTICAS NA DISCIPLINA DE ARTES VISUAIS NO ENSINO MÉDIO Um modo de...Vis-UAB
1. O documento discute a importância de atividades práticas na disciplina de artes visuais no ensino médio.
2. Ele propõe o uso da técnica da colagem, inspirada no movimento dadaísta, para despertar o interesse dos alunos e melhorar o ensino e aprendizagem.
3. O autor argumenta que as atividades práticas podem ser uma forma mais efetiva de avaliar os alunos do que provas tradicionais.
O documento discute a influência da mídia visual na educação e como a arte pode ser usada de forma libertadora. Ele propõe uma atividade pedagógica inspirada em Van Gogh para desenvolver a percepção e expressão dos alunos de forma crítica.
O documento discute a importância da comunicação corporal na educação e apresenta uma atividade realizada com alunos do 2o ano do ensino fundamental baseada em uma lenda africana. A atividade envolveu dança, música, teatro e artes visuais e demonstrou o alto engajamento dos estudantes ao abordar o tema de forma interdisciplinar e contextualizada à sua cultura.
1. O documento descreve duas atividades realizadas com turmas do segundo ano do ensino fundamental que visavam ensinar conceitos de arte de forma mais contextualizada e humana.
2. As atividades incluíram a reprodução da obra "O Mestiço" de Cândido Portinari e o estudo da obra de Van Gogh, explorando sentimentos que as obras poderiam provocar.
3. O resumo conclui que atividades como essas que consideram todos os aspectos da aprendizagem da criança, como proposto nos documentos brasile
A AVALIAÇÃO EM ARTES VISUAIS: Considerações Preliminares Vis-UAB
Este documento discute a avaliação em artes visuais na educação básica. Primeiramente, aborda a importância da formação continuada dos professores e como a avaliação deve ser um processo contínuo que melhore o ensino e a aprendizagem. Também destaca que a avaliação em artes deve considerar o contexto cultural dos alunos e não apenas padrões estéticos. Por fim, propõe uma avaliação para o 9o ano do ensino fundamental baseada nos referenciais curriculares de arte.
Estágio Supervisionado em Artes Visuais-3Suzy Nobre
Galeria de fotos do estágio das alunas Eleni Souza (EE Alceu Gomes da Silva) e Suzy Nobre (EE Profª Maria Elisa de Oliveira) cumprido no 6º semestre do curso de Licenciatura em Artes Visuais.
Este documento resume as principais orientações para o ensino de artes nas escolas contidas no volume 1 de "Orientações curriculares para o ensino médio". A arte é vista como forma de expressão ligada à linguagem e à aprendizagem significativa. Discutem-se diferentes abordagens históricas do ensino artístico e a importância da diversidade cultural. Defende-se que os professores devem seguir as orientações, mas também ter liberdade para incorporar sua criatividade.
Este documento descreve uma sequência didática de 5 aulas para o ensino médio sobre questões sociais utilizando histórias em quadrinhos criadas no programa Hagáquê. Os alunos serão divididos em equipes para escolher um tema social, desenvolver a história e diálogos, inserir imagens, e finalmente montar a história no Hagáquê. O objetivo é que os alunos aprendam sobre o gênero HQ e expressem questões sociais de forma criativa.
ATIVIDADES PRÁTICAS NA DISCIPLINA DE ARTES VISUAIS NO ENSINO MÉDIO Um modo de...Vis-UAB
1. O documento discute a importância de atividades práticas na disciplina de artes visuais no ensino médio.
2. Ele propõe o uso da técnica da colagem, inspirada no movimento dadaísta, para despertar o interesse dos alunos e melhorar o ensino e aprendizagem.
3. O autor argumenta que as atividades práticas podem ser uma forma mais efetiva de avaliar os alunos do que provas tradicionais.
O documento discute a influência da mídia visual na educação e como a arte pode ser usada de forma libertadora. Ele propõe uma atividade pedagógica inspirada em Van Gogh para desenvolver a percepção e expressão dos alunos de forma crítica.
O documento discute a importância da comunicação corporal na educação e apresenta uma atividade realizada com alunos do 2o ano do ensino fundamental baseada em uma lenda africana. A atividade envolveu dança, música, teatro e artes visuais e demonstrou o alto engajamento dos estudantes ao abordar o tema de forma interdisciplinar e contextualizada à sua cultura.
1. O documento descreve duas atividades realizadas com turmas do segundo ano do ensino fundamental que visavam ensinar conceitos de arte de forma mais contextualizada e humana.
2. As atividades incluíram a reprodução da obra "O Mestiço" de Cândido Portinari e o estudo da obra de Van Gogh, explorando sentimentos que as obras poderiam provocar.
3. O resumo conclui que atividades como essas que consideram todos os aspectos da aprendizagem da criança, como proposto nos documentos brasile
O ENSINO DAS ARTES VISUAIS EM TARAUACÁ: REFLEXÕES E PROPOSIÇÕES.Vis-UAB
O documento discute a relevância da arte no contexto escolar. Apresenta que a arte sempre esteve presente na história da humanidade e no desenvolvimento cultural, sendo fundamental no ensino. Destaca que a arte desempenha papel indispensável na vida das pessoas e sociedade, influenciando na estruturação do senso cultural dos indivíduos. Também ressalta que a arte se manifesta através de atividades criativas e da interação com o mundo, provocando emoções nos seres humanos.
O presente trabalho pretende descrever um estudo sobre a prática pedagógica
de estágio profissional no ensino das artes visuais. A convicção da importância das
artes na expressão pessoal, social e cultural dos alunos como competências essenciais
a desenvolver através da articulação de várias formas do saber, bem como, a
constatação da atual prática no ensino das artes visuais apenas centrado no fazer,
conduziu-nos à implementação de uma proposta de modelo de intervenção
pedagógica, na disciplina de Educação Visual. Neste sentido, aprofundamos algumas
ideias e conceitos sobre a cultura visual como recurso pedagógico no ensino das artes
visuais através do uso de imagens de obras de arte em contexto de sala de aula. Como
proposta metodológica, foram explorados alguns métodos pedagógicos propostos
pelos seguintes teóricos: A “Proposta Triangular” de Ana Mae Barbosa (1991), O
“Primeiro – Olhar” de João Pedro Fróis (2000), e os “Estádios de desenvolvimento
Estético” de Abigail Housen (2000) que serviram de referência à implementação da
prática pedagógica.
Este documento apresenta uma introdução sobre a pesquisa realizada com artistas/professores na cidade de Senhor do Bonfim. O objetivo foi analisar como esses professores que são também artistas desenvolvem suas práticas pedagógicas dentro das escolas. O documento é estruturado em quatro capítulos que abordam a problematização, fundamentação teórica, metodologia e resultados da pesquisa.
Arte o elo de interação na interdisciplinaridade - plácido suaresPlácido Suares
Este documento discute a importância da arte na interdisciplinaridade. Foi realizada uma pesquisa com professores de diversas áreas por meio de entrevistas para analisar como a arte pode ser usada como suporte para os conteúdos das diferentes disciplinas. A conclusão é que a arte ajuda no desenvolvimento de competências estéticas dos alunos e na aprendizagem de conteúdos de forma interdisciplinar.
A Gravura no Ensino Fundamental em Sena Madureira-AC Modificando a visão em a...Vis-UAB
1. O documento apresenta uma proposta de atividade com gravura nas séries finais do ensino fundamental em Sena Madureira-AC, desenvolvida através de observação de aulas de arte.
2. A observação detectou a necessidade de envolver os estudantes em atividades práticas e experiências cotidianas, então foi proposta a introdução de atividades de gravura para despertar habilidades artísticas.
3. A metodologia considerou valorizar as experiências dos estudantes como fonte para o desenvolvimento das atividades, com apresentações teó
Os benefícios do ensino de artes visuais para a educação especial do ensino f...Vis-UAB
Este documento discute os benefícios do ensino de artes visuais para a educação especial no ensino fundamental em Sena Madureira-AC. A pesquisa mostra que as artes visuais podem contribuir para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, psicomotoras e afetivas dos alunos. No entanto, há falta de professores habilitados em artes visuais e de escolas especializadas, o que afeta a qualidade do ensino especial. Uma proposta pedagógica em artes visuais é apresentada para melhorar o atend
Este documento discute o papel das artes visuais na educação de alunos surdos. A autora argumenta que as artes visuais podem ajudar alunos surdos a se expressarem e comunicarem de maneiras que não dependem da audição. Ela propõe o uso de histórias em quadrinhos em sala de aula como uma atividade que pode estimular a criatividade dos alunos e ajudá-los a compreender melhor as lições. A autora também discute como as artes visuais podem ajudar a incluir alunos sur
Este documento apresenta um trabalho de conclusão de curso sobre a linguagem da arte no contexto educativo. Ele discute como as atividades artísticas podem ser aplicadas em sala de aula para promover a inclusão social, a integração e a autoestima dos alunos. O documento também aborda o conceito de arteterapia e como ela pode ser aplicada no ambiente escolar.
ARTE CONTEMPORÂNEA, EXPERIÊNCIAS DE ACUMULAÇÃO NO 9° ANO DO ENSINO FUNDAMENTALProfessorPrincipiante
Este documento descreve uma experiência educativa em arte contemporânea com alunos do 9o ano do ensino fundamental. O autor apresenta o contexto da escola, as discussões com os alunos sobre conceitos de arte contemporânea e exemplos históricos. O projeto teve como objetivo promover o conhecimento e a criticidade dos alunos por meio da exploração de temas e técnicas da arte contemporânea.
O USO DA FOTOGRAFIA DO COTIDIANO NO ENSINO DE ARTES VISUAIS.Vis-UAB
Este documento discute o uso da fotografia do cotidiano no ensino de artes visuais no ensino médio. Primeiro, aborda a importância do olhar no ensino das artes e como a fotografia e a cultura visual fazem parte do cotidiano dos estudantes. Em seguida, descreve uma pesquisa realizada em uma escola onde os estudantes fotografaram aspectos do seu cotidiano e da escola para analisar em sala de aula. O documento defende que abordar temas do cotidiano dos estudantes pode contextualizar melhor
Pacto nacional pela alfabetização na idade certaCida Nenê Leite
Este documento contém o portfólio de atividades de uma professora alfabetizadora do 3o ano do ensino fundamental. O portfólio descreve 6 unidades didáticas abordadas ao longo do ano letivo com o objetivo de consolidar os conhecimentos dos alunos em alfabetização. Cada unidade contém explicações sobre os objetivos, conteúdos e atividades desenvolvidas em sala de aula, com foco em desenvolver diferentes habilidades linguísticas por meio de projetos, sequências didáticas e exploração de gêneros
Carecterizacao de arte do 1º ao 5ºano simone helen drumondSimoneHelenDrumond
[1] O documento discute a caracterização da área de arte no ensino fundamental, com foco nos anos iniciais de 1o ao 5o ano.
[2] Ele destaca a importância de se considerar a subjetividade e cultura individual de cada aluno e de se criar expectativas positivas para motivar o desenvolvimento nas aulas de arte.
[3] A organização das tarefas pelos professores e a participação consciente dos alunos nas atividades são elementos-chave para o desenvolvimento da autonomia e do interesse dos estudantes pela arte.
O PENSAR DOCENTE SOBRE A ARTE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS / THE THINK ABO...Gustavo Araújo
O documento discute as concepções de uma professora de arte sobre a disciplina e sua prática pedagógica em uma turma de Educação de Jovens e Adultos. A professora acredita que a arte não é apenas expressão de sentimentos, mas também conhecimento e criação humana. Ela busca aplicar esses conceitos aos alunos por meio de textos e atividades visuais, enfatizando a leitura do mundo por meio da arte.
Este documento discute os desafios da alfabetização e da avaliação na perspectiva da inclusão. Apresenta exemplos históricos que ilustram como métodos e conteúdos de alfabetização inadequados podem levar crianças ao fracasso ou evasão escolar. Defende uma abordagem contextualizada e que considere as particularidades de cada aluno.
O documento descreve a experiência de estágio de uma estudante de biologia em uma escola secundária. Ela detalha sua preparação para as aulas, incluindo o desenvolvimento de atividades interativas com vídeos e experimentos. A estudante também apresenta os desafios de lecionar em uma sala com equipamentos defeituosos e a boa recepção de seus alunos, apesar das dificuldades iniciais.
Este documento resume as atividades realizadas pelo coletivo Arte Ambiente Alteridade no ano de 2017. O coletivo é formado por professoras e alunas do curso de Pedagogia da UERJ e da escola parceira CIEP 411, e realizou oficinas, publicações, plantios, eventos e participações acadêmicas com foco em formação inventiva de professores e estudantes.
Este documento discute a arte na educação básica. Ele resume a legislação brasileira sobre arte na escola, como a LDB e os PCN, e destaca a abordagem triangular de Ana Mae Barbosa para ensinar arte de forma contextualizada. Também discute a importância de se ensinar arte na educação infantil de forma lúdica e criativa para desenvolver a sensibilidade das crianças.
Apresentação de seminário de docência VI 2013 1melynha
Este documento resume uma prática docente realizada por uma estudante de pedagogia em uma turma de 5o ano do ensino fundamental. A prática incluiu duas atividades com foco na preservação ambiental: um jogo cooperativo com balões que não funcionou bem e a confecção de um jogo de tabuleiro com materiais reciclados que os alunos apreciaram. A estudante também reflete sobre o que aprendeu com a experiência.
2012 debora cristinejorgegarcia adaptações para alunos surdos artes visuaisRaquel Teixeira
Este documento discute a importância da adequação do ensino de arte para salas regulares com alunos surdos. Apresenta informações sobre a surdez, incluindo singularidades linguísticas e culturais dos surdos e conquistas legais na educação de surdos. Realizou pesquisa de campo com professores, alunos surdos e intérpretes para analisar as aulas de arte em salas inclusivas e sugere o uso da imagem como recurso para a aprendizagem.
Este documento discute a trajetória de 50 anos dos cursos de Pedagogia e Artes Visuais da Universidade Feevale, apresentando artigos que abordam temas como inclusão escolar, ensino de história e geografia, identidade docente, uso de tecnologias na educação, formação de gestores educacionais e trajetória do curso de Artes Visuais.
O documento discute orientações didáticas e metodologias para o ensino de arte no 1o ao 5o ano do ensino fundamental. Ele descreve a importância de considerar as culturas e motivações dos alunos, e de explicitar o objetivo das tarefas. Também enfatiza usar conteúdos do cotidiano dos estudantes e avaliar os alunos ao longo do processo de aprendizagem, não apenas formalmente.
O ENSINO DAS ARTES VISUAIS EM TARAUACÁ: REFLEXÕES E PROPOSIÇÕES.Vis-UAB
O documento discute a relevância da arte no contexto escolar. Apresenta que a arte sempre esteve presente na história da humanidade e no desenvolvimento cultural, sendo fundamental no ensino. Destaca que a arte desempenha papel indispensável na vida das pessoas e sociedade, influenciando na estruturação do senso cultural dos indivíduos. Também ressalta que a arte se manifesta através de atividades criativas e da interação com o mundo, provocando emoções nos seres humanos.
O presente trabalho pretende descrever um estudo sobre a prática pedagógica
de estágio profissional no ensino das artes visuais. A convicção da importância das
artes na expressão pessoal, social e cultural dos alunos como competências essenciais
a desenvolver através da articulação de várias formas do saber, bem como, a
constatação da atual prática no ensino das artes visuais apenas centrado no fazer,
conduziu-nos à implementação de uma proposta de modelo de intervenção
pedagógica, na disciplina de Educação Visual. Neste sentido, aprofundamos algumas
ideias e conceitos sobre a cultura visual como recurso pedagógico no ensino das artes
visuais através do uso de imagens de obras de arte em contexto de sala de aula. Como
proposta metodológica, foram explorados alguns métodos pedagógicos propostos
pelos seguintes teóricos: A “Proposta Triangular” de Ana Mae Barbosa (1991), O
“Primeiro – Olhar” de João Pedro Fróis (2000), e os “Estádios de desenvolvimento
Estético” de Abigail Housen (2000) que serviram de referência à implementação da
prática pedagógica.
Este documento apresenta uma introdução sobre a pesquisa realizada com artistas/professores na cidade de Senhor do Bonfim. O objetivo foi analisar como esses professores que são também artistas desenvolvem suas práticas pedagógicas dentro das escolas. O documento é estruturado em quatro capítulos que abordam a problematização, fundamentação teórica, metodologia e resultados da pesquisa.
Arte o elo de interação na interdisciplinaridade - plácido suaresPlácido Suares
Este documento discute a importância da arte na interdisciplinaridade. Foi realizada uma pesquisa com professores de diversas áreas por meio de entrevistas para analisar como a arte pode ser usada como suporte para os conteúdos das diferentes disciplinas. A conclusão é que a arte ajuda no desenvolvimento de competências estéticas dos alunos e na aprendizagem de conteúdos de forma interdisciplinar.
A Gravura no Ensino Fundamental em Sena Madureira-AC Modificando a visão em a...Vis-UAB
1. O documento apresenta uma proposta de atividade com gravura nas séries finais do ensino fundamental em Sena Madureira-AC, desenvolvida através de observação de aulas de arte.
2. A observação detectou a necessidade de envolver os estudantes em atividades práticas e experiências cotidianas, então foi proposta a introdução de atividades de gravura para despertar habilidades artísticas.
3. A metodologia considerou valorizar as experiências dos estudantes como fonte para o desenvolvimento das atividades, com apresentações teó
Os benefícios do ensino de artes visuais para a educação especial do ensino f...Vis-UAB
Este documento discute os benefícios do ensino de artes visuais para a educação especial no ensino fundamental em Sena Madureira-AC. A pesquisa mostra que as artes visuais podem contribuir para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, psicomotoras e afetivas dos alunos. No entanto, há falta de professores habilitados em artes visuais e de escolas especializadas, o que afeta a qualidade do ensino especial. Uma proposta pedagógica em artes visuais é apresentada para melhorar o atend
Este documento discute o papel das artes visuais na educação de alunos surdos. A autora argumenta que as artes visuais podem ajudar alunos surdos a se expressarem e comunicarem de maneiras que não dependem da audição. Ela propõe o uso de histórias em quadrinhos em sala de aula como uma atividade que pode estimular a criatividade dos alunos e ajudá-los a compreender melhor as lições. A autora também discute como as artes visuais podem ajudar a incluir alunos sur
Este documento apresenta um trabalho de conclusão de curso sobre a linguagem da arte no contexto educativo. Ele discute como as atividades artísticas podem ser aplicadas em sala de aula para promover a inclusão social, a integração e a autoestima dos alunos. O documento também aborda o conceito de arteterapia e como ela pode ser aplicada no ambiente escolar.
ARTE CONTEMPORÂNEA, EXPERIÊNCIAS DE ACUMULAÇÃO NO 9° ANO DO ENSINO FUNDAMENTALProfessorPrincipiante
Este documento descreve uma experiência educativa em arte contemporânea com alunos do 9o ano do ensino fundamental. O autor apresenta o contexto da escola, as discussões com os alunos sobre conceitos de arte contemporânea e exemplos históricos. O projeto teve como objetivo promover o conhecimento e a criticidade dos alunos por meio da exploração de temas e técnicas da arte contemporânea.
O USO DA FOTOGRAFIA DO COTIDIANO NO ENSINO DE ARTES VISUAIS.Vis-UAB
Este documento discute o uso da fotografia do cotidiano no ensino de artes visuais no ensino médio. Primeiro, aborda a importância do olhar no ensino das artes e como a fotografia e a cultura visual fazem parte do cotidiano dos estudantes. Em seguida, descreve uma pesquisa realizada em uma escola onde os estudantes fotografaram aspectos do seu cotidiano e da escola para analisar em sala de aula. O documento defende que abordar temas do cotidiano dos estudantes pode contextualizar melhor
Pacto nacional pela alfabetização na idade certaCida Nenê Leite
Este documento contém o portfólio de atividades de uma professora alfabetizadora do 3o ano do ensino fundamental. O portfólio descreve 6 unidades didáticas abordadas ao longo do ano letivo com o objetivo de consolidar os conhecimentos dos alunos em alfabetização. Cada unidade contém explicações sobre os objetivos, conteúdos e atividades desenvolvidas em sala de aula, com foco em desenvolver diferentes habilidades linguísticas por meio de projetos, sequências didáticas e exploração de gêneros
Carecterizacao de arte do 1º ao 5ºano simone helen drumondSimoneHelenDrumond
[1] O documento discute a caracterização da área de arte no ensino fundamental, com foco nos anos iniciais de 1o ao 5o ano.
[2] Ele destaca a importância de se considerar a subjetividade e cultura individual de cada aluno e de se criar expectativas positivas para motivar o desenvolvimento nas aulas de arte.
[3] A organização das tarefas pelos professores e a participação consciente dos alunos nas atividades são elementos-chave para o desenvolvimento da autonomia e do interesse dos estudantes pela arte.
O PENSAR DOCENTE SOBRE A ARTE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS / THE THINK ABO...Gustavo Araújo
O documento discute as concepções de uma professora de arte sobre a disciplina e sua prática pedagógica em uma turma de Educação de Jovens e Adultos. A professora acredita que a arte não é apenas expressão de sentimentos, mas também conhecimento e criação humana. Ela busca aplicar esses conceitos aos alunos por meio de textos e atividades visuais, enfatizando a leitura do mundo por meio da arte.
Este documento discute os desafios da alfabetização e da avaliação na perspectiva da inclusão. Apresenta exemplos históricos que ilustram como métodos e conteúdos de alfabetização inadequados podem levar crianças ao fracasso ou evasão escolar. Defende uma abordagem contextualizada e que considere as particularidades de cada aluno.
O documento descreve a experiência de estágio de uma estudante de biologia em uma escola secundária. Ela detalha sua preparação para as aulas, incluindo o desenvolvimento de atividades interativas com vídeos e experimentos. A estudante também apresenta os desafios de lecionar em uma sala com equipamentos defeituosos e a boa recepção de seus alunos, apesar das dificuldades iniciais.
Este documento resume as atividades realizadas pelo coletivo Arte Ambiente Alteridade no ano de 2017. O coletivo é formado por professoras e alunas do curso de Pedagogia da UERJ e da escola parceira CIEP 411, e realizou oficinas, publicações, plantios, eventos e participações acadêmicas com foco em formação inventiva de professores e estudantes.
Este documento discute a arte na educação básica. Ele resume a legislação brasileira sobre arte na escola, como a LDB e os PCN, e destaca a abordagem triangular de Ana Mae Barbosa para ensinar arte de forma contextualizada. Também discute a importância de se ensinar arte na educação infantil de forma lúdica e criativa para desenvolver a sensibilidade das crianças.
Apresentação de seminário de docência VI 2013 1melynha
Este documento resume uma prática docente realizada por uma estudante de pedagogia em uma turma de 5o ano do ensino fundamental. A prática incluiu duas atividades com foco na preservação ambiental: um jogo cooperativo com balões que não funcionou bem e a confecção de um jogo de tabuleiro com materiais reciclados que os alunos apreciaram. A estudante também reflete sobre o que aprendeu com a experiência.
2012 debora cristinejorgegarcia adaptações para alunos surdos artes visuaisRaquel Teixeira
Este documento discute a importância da adequação do ensino de arte para salas regulares com alunos surdos. Apresenta informações sobre a surdez, incluindo singularidades linguísticas e culturais dos surdos e conquistas legais na educação de surdos. Realizou pesquisa de campo com professores, alunos surdos e intérpretes para analisar as aulas de arte em salas inclusivas e sugere o uso da imagem como recurso para a aprendizagem.
Este documento discute a trajetória de 50 anos dos cursos de Pedagogia e Artes Visuais da Universidade Feevale, apresentando artigos que abordam temas como inclusão escolar, ensino de história e geografia, identidade docente, uso de tecnologias na educação, formação de gestores educacionais e trajetória do curso de Artes Visuais.
O documento discute orientações didáticas e metodologias para o ensino de arte no 1o ao 5o ano do ensino fundamental. Ele descreve a importância de considerar as culturas e motivações dos alunos, e de explicitar o objetivo das tarefas. Também enfatiza usar conteúdos do cotidiano dos estudantes e avaliar os alunos ao longo do processo de aprendizagem, não apenas formalmente.
O documento descreve um projeto de alunos da licenciatura em artes para contar a história de quarenta anos da Escola Dr. Paulo Ribeiro Campos em Montenegro através de ações artísticas em uma sala desativada da escola. O projeto visa promover a interdisciplinaridade entre as quatro áreas das artes e envolver a comunidade escolar. Os alunos receberam permissão da direção da escola para usar uma das salas e agora precisam planejar as ações e como obter recursos para realizar o projeto.
Este documento apresenta uma proposta de material didático sobre o estudo das cores no contexto escolar. Ele discute referenciais teóricos e poéticos sobre cor, identifica experiências bem-sucedidas em arte-educação e propõe uma metodologia e estrutura para o material, que será apresentado em ambiente virtual. O objetivo é despertar o interesse dos alunos pelo estudo mais aprofundado das cores e suas aplicações.
O documento discute a formação de professores de arte no Brasil. Argumenta que os professores precisam conhecer abordagens alternativas de ensino que promovam reflexão sobre as obras de arte e a cultura. Também destaca a importância de usar recursos locais como forma de enriquecer o aprendizado artístico dos alunos.
Este documento apresenta propostas de atividades para as aulas de Artes Visuais nas 5a e 6a séries do ensino fundamental. As atividades se baseiam na análise de duas obras do artista Iberê Camargo e abordam temas como figuração, abstração e a relação entre forma e conteúdo. Os alunos serão estimulados a refletir sobre suas próprias memórias e produzir desenhos inspirados em objetos de sua infância.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: oficina de arte com jornal no desenvolvimento do traba...Wecsley Oliveira
Este documento descreve uma oficina de arte com jornal realizada com estudantes de pedagogia para promover o desenvolvimento do trabalho em equipe. A oficina utilizou técnicas artísticas com papel jornal reciclado e envolveu etapas como contextualização, preparação de materiais, planejamento e elaboração da expressão artística em grupo. Seu objetivo foi contribuir para a compreensão das fases e funções do trabalho em equipe através da prática da arte.
O documento discute os critérios de avaliação em artes, incluindo analisar não só a aprendizagem do estudante mas também a forma de ensinar do professor. Ele lista vários critérios como desenvolver sensibilidade artística, apreciar trabalhos de arte, e valorizar fontes bibliográficas. A avaliação deve levar em conta os objetivos, conteúdos e estilos de aprendizagem dos estudantes.
Este artigo descreve um projeto educativo na Galeria da Escola Guignard que oferece experiências para estudantes de Educação Artística e Artes Plásticas. O projeto permite que os alunos vivenciem os processos de montagem de exposições e planejamento de atividades educativas em arte, preparando-os para o mercado de trabalho. Professores e alunos refletem sobre como o projeto contribui para a formação profissional de forma interdisciplinar.
O documento descreve o Caderno do Aluno, que serve como um registro para que os estudantes pensem e escrevam sobre arte. Ele contém questões para estimular a reflexão dos alunos sobre arte, atividades expressivas, apreciação de obras e pesquisas. O objetivo é ampliar o repertório cultural dos alunos sobre diferentes linguagens artísticas.
A criança com DI é perfeitamente capaz de aprender a leitura e escrita. No entanto, o professor precisa saber que ela precisa de um tempo maior para a alfabetização.
Dessa forma, ela nunca deverá ser comparada com os colegas em relação ao seu desenvolvimento.
O professor precisa adequar a sua prática pedagógica ao nível em que se encontra seu aluno com DI.
Isso porque uma aprendizagem depende da outra, há uma hierarquia, sem a experiência da percepção, não se forma a imagem.
A alfabetização depende da imagem mental e a sua formação se refere às informações e sensações já percebidas, já aprendidas e está relacionada à memória.
O professor deve construir estratégias que atendam às necessidades dos seus alunos, criando situações de aprendizagem num contexto educativo.
[1] O documento apresenta um planejamento curricular para a disciplina de Arte do 6o ano do Ensino Fundamental. [2] O planejamento descreve os objetivos, conteúdos, atividades e formas de avaliação para cada um dos quatro bimestres. [3] O documento fornece detalhes sobre os elementos da linguagem artística, os processos de criação, as habilidades que serão desenvolvidas e os recursos que serão utilizados.
Este documento apresenta uma Unidade Didática sobre o estudo das máscaras da Commedia dell'Arte no 9o ano do Ensino Fundamental. A proposta aborda o gênero teatral da Commedia dell'Arte e as máscaras, além de sugerir atividades práticas como oficinas de confecção de máscaras e jogos teatrais. O objetivo é fomentar o espírito crítico dos estudantes em relação a esta estética teatral fundamental para o teatro contemporâneo.
Ateliê: uma análise sobre a relevância da sala ambiente para a prática das ar...Vis-UAB
Este documento discute a relevância de um espaço adequado para a prática das artes visuais nas escolas públicas de Tarauacá. A autora realizou estágios em duas escolas onde observou a falta de um ateliê e a necessidade de um local apropriado para as atividades práticas. O documento defende que um ateliê nas escolas pode melhorar o ensino das artes visuais, desenvolvendo a criatividade e potencialidades dos alunos.
1) Os professores participaram numa formação sobre como usar obras de arte em museus para ensinar história de forma criativa.
2) Os participantes visitaram um museu e identificaram elementos em obras de arte para contar uma história, discutindo depois conceitos históricos.
3) A formação foi elogiada por motivar uma nova perspectiva de ensinar história de forma envolvente e criativa nos museus e nas salas de aula.
O documento apresenta uma proposta de produção textual interdisciplinar individual para estudantes de pedagogia. Os alunos devem elaborar um projeto interdisciplinar para a realização de uma Semana Cultural com alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, considerando aspectos culturais, artísticos e a interdisciplinaridade. O projeto deve contemplar objetivos, metodologia, recursos e avaliação.
Projeto a arte de ler e as práticas relaciondas à literaturapibiduergsmontenegro
O documento descreve uma pesquisa sobre práticas de leitura em uma escola em Montenegro, RS. A pesquisa visa investigar como a literatura é trabalhada em sala de aula e identificar estratégias para promover a leitura. Até o momento, os achados indicam que o trabalho com literatura na escola é precário, devido à falta de acervo, bibliotecária e orientação dos professores.
A reunião discutiu: (1) a organização de seminários e oficinas sobre arte e educação; (2) o
acompanhamento de projetos nas escolas; (3) a elaboração de relatórios e cadernos de campo sobre
as atividades do grupo.
➢ O documento fornece uma introdução ao formato MARC 21, descrevendo seus principais componentes como o líder, diretório e campos variáveis. Explica conceitos como campos fixos e variáveis, etiquetas, repetitividade e níveis de catalogação no MARC 21.
1) O documento apresenta um curso de formação para auxiliares de biblioteca, abordando conceitos básicos sobre biblioteconomia.
2) É descrito o papel do auxiliar de biblioteca e as qualidades necessárias, assim como os principais setores e serviços de uma biblioteca.
3) As etapas do processo de seleção, aquisição, catalogação e disponibilização de acervos para usuários são explicadas.
O documento descreve as estratégias e atividades de uma biblioteca escolar dinâmica, incluindo: promover a leitura e o acesso a diversos recursos; organizar atividades culturais para estudantes e comunidade; e apoiar os objetivos educativos da escola.
Este documento discute conceitos de validade, integridade e monitoramento de doenças. Define termos como integridade, validação e porcentagem de concordância. Explica como o índice Kappa é usado para avaliar a integridade entre observadores, corrigindo pela concordância devido ao acaso. Discute como sensibilidade, especificidade e valores previstos são usados para avaliar testes diagnósticos.
Este documento apresenta um guia sobre radiologia industrial, abordando os princípios e fundamentos da radiografia, equipamentos, parâmetros radiográficos, técnicas de exposição, interpretação de resultados e critérios de aceitação. O objetivo é fornecer um material didático para profissionais e estudantes que utilizam a radiografia para inspeção de materiais.
O documento discute o uso da radiação em agroindústrias, incluindo traçadores radioativos para estudar o metabolismo de plantas, esterilização de insetos, irradiação de alimentos para conservação, e princípios de proteção radiológica.
O documento discute a irradiação de alimentos como um método de preservação seguro e eficaz. A irradiação usa raios gama, raios X ou feixes de elétrons para matar microrganismos em alimentos, aumentando sua segurança e durabilidade. Embora não seja um "milagre", a irradiação pode complementar outras técnicas e reduzir doenças transmitidas por alimentos.
Here is a 193-word summary of the document in 3 sentences:
[SUMMARY] The document discusses the effects of low doses of gamma radiation and the use of irradiated and non-irradiated sodium alginate on the germination and growth of bean seeds (Phaseolus vulgaris L.). It aims to apply irradiation techniques to verify stimulation and/or inhibition of seed growth, applying the technique to an accelerating growth agent (sodium alginate) and directly to the seeds, which were cultivated hydroponically for 14 days. Initial irradiation of seeds at doses from 0-450 Gy found greatest growth under 150 Gy, so new doses from 0-150 Gy were tested alongside alginated treated and untreated with radiation
Este manual descreve os passos para atualizar o firmware de um Samsung TV de 2012 através de uma memória USB ou via internet. O processo envolve copiar o arquivo de firmware para uma memória USB e inseri-la no TV, ou conectar o TV à internet para baixar uma atualização. O TV reiniciará automaticamente após a conclusão da atualização.
1. 96
O LABORATÓRIO-ATELIÊ:
ELABORAÇÃO DE
MATERIAIS DIDÁTICOS
PARA O
ENSINO/APRENDIZAGEM
EM ARTE
Geraldo Freire Loyola
Escola de Belas Artes – Universidade Federal de Minas Gerais
geraldoloyola@gmail.com
Lucia Gouvêa Pimentel
Escola de Belas Artes – Universidade Federal de Minas Gerais
luciagpi@gmail.com
RESUMO
Os materiais didáticos para o ensino/aprendizagem em Arte são complexos e devem levar
em consideração condições inerentes tanto à sua qualidade estética quanto às diversas
contextualizações culturais e aos diferentes suportes. É necessário que o professor de Arte
saiba elaborar materiais didáticos apropriados para seu grupo de alunos e, para tanto, faz-
se necessário que os cursos de formação de professores de Arte tenham em seu currículo
um espaço para a aprendizagem de elaboração de materiais didáticos. Considera-se que o
Laboratório-Ateliê é o espaço propício para isso, levando-se em conta haver nele a
ambiência artístico-pedagógica adequada.
Palavras-chave: Ensino/aprendizagem em Arte; Materiais didáticos; Laboratório-Ateliê.
LOYOLA, Geraldo Freire; PIMENTEL, Lucia Gouvêa. O Laboratório-Ateliê: elaboração de materiais
didáticos para o ensino/aprendizagem em Arte.
PÓS:Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG. v.7, n.14: nov.2017
Disponível em <https://eba.ufmg.br/revistapos>
2. 97
ABSTRACT
Teaching materials for art education are complex and should take into consideration not
only the subject's inherent aesthetic aspects but also its various cultural contexts and
mediums. Art teachers need to be able to prepare appropriate teaching materials for their
students and therefore it is necessary for teacher-training courses to include a space for
training in such preparation. It is suggested that the studio-laboratory is the space that
offers the most appropriate environment, from an artistic and pedagogical point of view,
for that training.
Key words: Teaching/learning in Art; Teaching materials; Studio-laboratory.
O trabalho com Arte, tanto nos processos de criação quanto nos de ensino/aprendizagem, que são
confluentes, demanda reflexões e especificidades que se apresentam quase sempre complexos. No
ensino/aprendizagem, a construção de conhecimentos a partir dos exercícios de experimentação e
de estímulo à criação configuram-se como componentes fundamentais dos modos de procedi-
mentos. Assim sendo, as concepções de ideias, ações e materiais didáticos devem contemplar
sempre essas especificidades.
Em Arte1
nem sempre é possível uma abordagem sequencial, com um roteiro passo a passo, uma
vez que os processos de abordagem e os resultados não são coincidentes, porque transitam,
também e essencialmente, pelos campos da autoexpressão, da criação, da cultura e da subje-
tividade. Além disso, há que se levar em consideração a imprevisibilidade da experiência de criação
artística. Isso não significa descartar as várias possibilidades de abordar a história da arte e de criar
métodos e metodologias conjugados com os exercícios e experimentações artísticas com os
alunos.
Em função das diversidades e especificidades dessa área de conhecimento, nem sempre é fácil
conceber materiais didáticos para o componente curricular Arte. Como exemplo, podem ser
citados os livros didáticos presentes no mercado, que trazem toda a sorte de equívocos ou
unicidade de processo, o que contraria uma característica fundamental de Arte, que é fomentar o
pensamento crítico e divergente. Somente a partir de 2015 o Ministério da Educação – MEC, através
do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), incluiu em seu Edital a chamada para livros
didáticos para Arte no ensino médio e, nos anos subsequentes, para os anos iniciais e os anos finais
LOYOLA, Geraldo Freire; PIMENTEL, Lucia Gouvêa. O Laboratório-Ateliê: elaboração de materiais
didáticos para o ensino/aprendizagem em Arte.
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3. 98
do ensino fundamental da educação básica. A tentativa de incluir, junto aos livros impressos,
materiais digitais mostrou-se inócua, uma vez que a qualidade do material enviado não contribuía
para um ensino/aprendizagem significativo em Arte.
Os conteúdos dos livros didáticos para Arte nem sempre podem ser abordados e tratados de forma
linear, mas esses conteúdos podem provocar ideias e ações a serem exploradas e adaptadas,
considerando as estruturas de cada escola e perfis dos alunos e turmas, para que sejam estabele-
cidas e criadas conexões entre os conteúdos sugeridos nos livros e a realidade de cada grupo de
estudantes. Nesse sentido, é o professor de Arte quem deve estar sempre atento para estabelecer
pontes entre o que propõem os livros didáticos e as maneiras de enfocar e conduzir as experiências
com os alunos.
Outros tipos de material didático para o ensino/aprendizagem em Arte vêm sendo elaborados e
disponibilizados, principalmente, na internet, mas a tarefa de selecionar os que apresentam
conceitos corretos e têm como foco a aprendizagem em Arte exige tempo e disponibilidade de
acesso.
Quais são as maneiras de, nos cursos de formação de professores, estimular a incumbência de
proposição do próprio material didático? Que abordagens teóricas do ensino/aprendizagem
facilitam aproximar o pensamento artístico das proposições e ações didáticas pensadas pelo
professor no cotidiano da sala de aula? Diante do avanço tecnológico, quais conceitos, dispositivos,
instrumentos e ambientes de comunicação são mais apropriados para provocar nos professores a
ampliação do pensamento e interesse para pensar suas ações didáticas, tanto na educação
presencial quanto a distância? Se em Arte o roteiro passo a passo pensado como material didático
nem sempre é concebível, quais são as ideias e contribuições de professores artistas para a
formação de futuros professores de Arte?
LABORATÓRIO-ATELIÊ
Em arte, o espaço ambiente de elaboração artística possui importância fundamental, sendo um dos
fatores provocadores de ideias e soluções. Quando se relaciona à elaboração de material didático,
deve ter tanto a infraestrutura material para a produção, quanto propiciar a possibilidade de visual-
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ização do que está sendo feito. No caso de formação de professores, seja na formação inicial ou na
formação continuada, o espaço ambiente é parte da ambiência propícia e essa elaboração,
composta também pelos estudantes, artistas, pesquisadores e professores que nela atuam.
Considera-se que o laboratório-ateliê seja a ambiência propícia para que as ações de elaboração do
material didático aconteçam. Entende-se que essas ações são tanto de ordem das ideias, das
pesquisas e dos estudos quanto do desenvolvimento e experimentação dos materiais..
O laboratório-ateliê é, portanto, uma ambiência multifacetada, que comporta equipamentos e
pessoas de origem e especialidade diversas, com a maior diversidade possível de finalidades, tanto
em produção individual quanto coletiva. Quando a finalidade é elaborar materiais didáticos de arte
que possam se adequar tanto à formação de professores quanto às ações docentes em situação de
ensino/aprendizagem em Arte, a diversidade de especialização da equipe é fator primordial para
que haja harmonização entre os aspectos técnicos e tecnológicos, os aspectos formais e de
conteúdo.
Uma das pesquisas feitas diz respeito à aprendizagem de sequenciamento por crianças surdas. A
demanda foi feita pela aluna Alexsandra de Oliveira, da Licenciatura da EBA/UFMG, que buscou
auxílio com a professora Cristina Guimarães, do Departamento de Psicologia da FAFICH/UFMG,
para conhecer melhor o que ocorria e como poderíamos elaborar um material pedagógico que
auxiliasse o entendimento do que é sequência.
Alexsandra dava aulas de Arte em uma escola para crianças e jovens surdos em Divinópolis – MG, e
tinha experiência de que os alunos gostavam muito de trabalhar com desenho e pintura. Elabo-
ramos uma proposta pedagógica que incluía trabalhos com desenho, material tridimensional e uso
do programa Animator, àquela época (1999) uma novidade.
Na primeira atividade pedimos que os estudantes desenhassem cenas de como era o percurso
deles de casa até a escola. Verificamos que os registros eram de duas cenas: uma saindo de casa e
outra chegando à escola.
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Tendo como material papelão, massa de modelar, tinta guache e pincéis, fizemos a proposta de
que eles confeccionassem personagens e objetos que fariam parte de cenários, com a massa de
modelar. O desenho das cenas seriam a referência para a confecção dos elementos das cenas.
Montamos espaços para quatro cenários com o papelão. Como base fizemos um círculo e
dividimos com duas diagonais, o que gerou quatro espaços internos. A ideia era de que
pudéssemos girar a base e observar as cenas em sequência, após a construção das mesmas.
A construção das cenas foi muito instigante, pois dissemos que não poderia haver espaço vazio,
que eles tinham que construir uma cena em cada espaço considerando o que vinha antes e o que
vinha depois. Passamos, portanto, de duas cenas no desenho para quatro cenas no objeto tridi-
mensional. Durante esta etapa, foram ensinados conceitos de espaço, tempo, teoria da cor, mistura
de cores, composição, luz e sombra.
Terminada esta etapa, pedimos que eles fizessem outro desenho, a partir da referência do objeto
tridimensional. Não era para desenhar o que estava nas cenas, mas para pensar uma sequência a
partir do que fizeram nas cenas. O número de cenas aumentou.
Escaneamos os desenhos de cada aluno e colocamos no Animator. O programa permite que sejam
colocados quadros em branco entre os quadros com desenho, o que foi feito para cada trabalho.
Imprimimos folhas com esse registro e fizemos uma sessão onde mostramos as produções e
comentamos sobre como estava difícil saber o que aconteceu na história somente com as cenas já
desenhadas. Entregamos as folhas impressas, pedindo para que completassem os quadros em
branco com as cenas que faltavam.
O resultado foi o aumento de quadros nesse trabalho e em outros trabalhos similares, que foram
propostos posteriormente. Além disso, professores de outros componentes curriculares relataram
melhora no entendimento de textos e na escrita dos alunos.
Todas as etapas foram discutidas no Laboratório-Ateliê com outros alunos da Licenciatura e do
Bacharelado em Artes Visuais.
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didáticos para o ensino/aprendizagem em Arte.
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MATERIAL DIDÁTICO
Entende-se por material didático todos os objetos elaborados com a intenção de proporcionar
aprendizagens. Podem ser nos mais diversos formatos, como livros impressos, softwares, jogos,
audiovisuais ou outras formas digitais ou não.
O material didático é um componente indispensável em Arte, porém, considerando que o
ensino/aprendizagem não acontece de forma linear e os recursos didáticos não funcionam como
receita pronta, é fundamental o respeito aos diferentes contextos culturais, à diversidade de formas
de como cada pessoa percebe o mundo e se expressa no mundo e com o mundo.
Na perspectiva do professor, também são fundamentais o estímulo à reflexão e à construção e
ampliação do pensamento artístico, à experimentação, no sentido de pensar novas ideias e de criar
condições e ambiências para pensar e fazer arte, e na criação de metodologias para condução das
experiências e ações.
Nem sempre um material didático de Arte produzido para uma modalidade ou ano de ensino
poderá ser abordado de forma semelhante em todas as escolas, em função da diversidade de
culturas, da proposição estética de cada abordagem, do perfil dos alunos, das estruturas físicas de
cada lugar, das demandas sociais, costumes etc. Por isso, o professor é a pessoa mais indicada a
pensar, pesquisar e produzir o material didático específico para suas aulas, articulando-o com os já
existentes, de acordo com conteúdos, metodologias e contextos dos alunos e do ambiente.
A noção de material didático remete a conceitos muito amplos e abrangentes como livro didático,
instrumentos ou objetos de aprendizagem etc.; em Arte envolve fenômenos peculiares e especí-
ficos, inerentes ao processo de criação e formação artística. Portanto, é importante que o material
didático seja pensado, além dos instrumentos e coisas, como um conjunto de possibilidades de
pensamentos que levem à reflexão do que seja ensinar/aprender Arte como conhecimento e como
experiência de vida, e à produção significativa de outros materiais, ações e ideias adequados ao
contexto de cada escola e de cada grupo de alunos.
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didáticos para o ensino/aprendizagem em Arte.
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É preciso pensar, ainda, em materiais que visibilizem culturas diversas, como as dos povos
indígenas, do campo, de outros continentes que tradicionalmente não têm sua arte divulgada –
Ásia, África e Oceania –, pois é a partir do conhecimento e reconhecimento da diversidade que se
constrói o respeito ao diverso.
ENSINO/APRENDIZAGEM EM ARTE
O que ensinar/aprender relaciona-se estreitamente com como ensinar/aprender. Parte-se do
princípio que ensinar/aprender não são duas faces de mesma ação, mas é uma ação imbricada. Ou
seja, não há ensino se não há aprendizagem e não há aprendizagem sem que haja ensino. Não se
está considerando os dois termos em suas concepções tradicionais, mas sim na concomitância de
ações que se inter-relacionam em diversas direções. Os processos e procedimentos usados proposi-
talmente para que outro alguém aprenda – o que comumente se denomina ensino – partem do
princípio de como quem ensina aprendeu e como considera serem eficientes esses processos e
procedimentos a partir de sua própria ação.
Em um curso de formação de professores de Arte, a reflexão constante de ‘como eu aprendi como
posso ensinar’ é fundamental. Esse ‘como eu aprendi’ engloba tanto os aspectos metodológicos do
ensino quanto as relações feitas entre aprendizagens, ou seja, entre os enfoques teóricos e práticos
da aprendizagem. Esses enfoques estão interligados, mas, por vezes, são considerados em
separado, o que resulta em unilateralidade de investimento em métodos ou conteúdos que não
resultam em aprendizagem.
Na interação prática/teoria, são vários os fatores que interferem na aprendizagem, inclusive
aspectos de relações pessoais e entre aprendiz e material didático.
TECNOLOGIAS E PENSAMENTO ARTISTICO: A SÉRIE PROFESSOR
ARTISTA
Com o surgimento e avanço contínuo da tecnologia, as formas de viver, relacionar e construir
conhecimentos são cada vez mais reconfiguradas e o ensino/aprendizagem em Arte não é excluído
desse processo. Portanto, são dispositivos tecnológicos e ambientes que fazem parte do dia a dia
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dos alunos e devem ser apropriados para o ensino/aprendizagem, mas ressalta-se que são somente
meios para promover ações de conhecimento e o foco deve estar sempre nas ideias estéticas de
cada proposição e na confluência dos pensamentos artístico e tecnológico.
Novas possibilidades de concepção e promoção do conhecimento surgiram como, por exemplo,
plataformas para o ensino a distância. E é para essa modalidade de ensino que foi concebida a série
Professor Artista2
, com filmes com duração aproximada de 15 minutos, apresentando professores
artistas e suas concepções de trabalho nos dois campos.
Um dos principais objetivos da série é levar aos alunos e professores de Arte imagens, processos de
criação e reflexões estéticas de professores artistas contemporâneos, nas suas poéticas de criação e
nas ações de ensino e, com isso, apresentar aos alunos parte da produção de artistas contem-
porâneos como possibilidade de ampliação do repertório de imagens, de abordagens e exper-
iências artísticas, e como reflexão e estímulo ao pensamento crítico e à geração de novas ideias.
Muitos alunos do Curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais da Escola de Belas Artes da
UFMG – CEEAV/EBA/UFMG não fizeram graduação em Artes e, portanto, nem todos tiveram/têm a
arte como componente estético da própria vida e, após a conclusão do curso, vários deles passam a
ministrar o componente curricular Arte em escolas da educação básica, em diversas regiões do
estado de Minas Gerais e também em outros estados.
Nesse sentido, a produção da série Professor Artista3
abarca as reflexões propostas neste artigo,
acerca do entendimento e concepção de materiais didáticos e modos de ensinar/aprender Arte.
As diversas modalidades e expressões com as quais cada um trabalha criam condições para
ampliação de ideias para pensar, criar e ensinar Arte. Desenho, cerâmica, gravura, pintura, inter-
venção urbana, tecnologias contemporâneas, experiências corpóreas, teatro de bonecos etc. são
algumas dessas modalidades e o propósito é que o aluno e/ou professor possam assistir aos filmes,
e estabelecer conexões com o perfil dos alunos e ambientes de trabalho. A partir dessas conexões,
o professor pode pensar ações didáticas para cada contexto, criando ambiência favorável à apren-
dizagem.
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O propósito de focalizar professores artistas remete também à ideia e importância de se praticar
arte em concomitância com o processo de ensino/aprendizagem. O fato de experimentar, criar,
errar e refazer ações e exercícios artísticos pressupõe a ampliação de possibilidades na condução e
acertos nas experiências com os alunos.
Os professores artistas da série trazem essa percepção e corroboram o pensamento de que é
imprescindível para o professor a prática da arte, como meio inclusive de condução e diálogos
sobre a experiência do fazer artístico. Muitas ideias de criação e produção autoral nascem das
experiências em sala de aula, assim como muitos exercícios e experimentações propostas para o
ensino/aprendizagem nascem de experimentações nas produções de ateliê. Mesmo que o
professor não possua formação inicial específica, embora atue como professor de Arte, tem que
investir na produção em ateliê. Isso porque se ele tiver uma produção artística em ateliê, se praticar
arte e for envolvido com/pela arte, indo a exposições, espetáculos e eventos de manifestações
artísticas, terá uma contribuição significativa para concepções de propostas de ensino e de
condução das experiências com os alunos.
Em um dos vídeos da série Professor Artista, Eugênio Pacceli Horta fala da importância do professor
ter nele a experiência a experiência do fazer artístico, para não ficar uma relação artificial entre o
que faz e o que se propõe a ensinar. Esse “ser artista” se dá no sentido que de todo professor de
Arte tem que ser um artista, tem que produzir arte. Não no sentido de ser um artista pop star, de ser
consagrado pelas mídias, mas de
ser um artista que produz, que reflete e que pensa arte. Então eu acho que não
pode ser desvinculado. Assim como também aquela pessoa que vá dar aula, que se
sente um artista e que entende aquele ato ali do compartilhamento de conheci-
mentos em ensino como coisa menor, porque existe isso também. O que é uma
grande bobagem porque se a gente pensa nos grandes artistas, no Paul Klee, que é
um artista reconhecido, no Kandinsky, que é um artista reconhecido, nos próprios
artistas do período renascentista, Michelangelo, eles foram grandes professores!
(Depoimento série Professor Artista).
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As proposições dos coletivos de arte podem também contribuir para essa reflexão, uma vez
que o conceito de autoria nesse campo ganha outros contornos, como considera Brígida Campbell:
A obra de arte está muito conectada à ideia de autoria, mas quando você trabalha
coletivamente essa autoria se dissolve. Alguns artistas têm muita dificuldade de
lidar com isso justamente por que têm uma espécie de endeusamento do fazer
artístico, endeusamento do artista, e quando você está num coletivo não. É meu, é
seu também, é dele também, se tiver quinze pessoas são quinze autores. Mesmo
que você é que tenha tido a ideia e os outros tenham executado. (Depoimento série
Professor Artista).
Brígida Campbell considera que esses sistemas de relações tensionam o lugar do artista gênio e o
coloca no lugar do artista propositor. Quando se trabalha no coletivo, há uma soma de talentos e
vontades: um fotografa bem, outro desenha bem e o outro sabe diagramar, então juntos podem
fazer um livro.
A perspectiva do professor artista propositor é fundamentalmente válida para ações no
ensino/aprendizagem e, além das proposições estéticas de concepções e atuações artísticas,
Brígida fala de ações de trabalho do coletivo de arte do qual é membro, o Grupo Poro, que podem
ser apropriadas e exploradas por professores em escolas de cidades e lugares diversos. Dá como
exemplo a cidade como campo de atuação, espaço de múltiplas referências, memórias, possibili-
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Figura 1: Frame do filme de Eugênio Paccelli Horta. Série Professor Artista (2013).
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dades e movimentos, e desse espaço comum como lugar de conexão com a coletividade. Assim,
são várias cidades dentro de uma cidade e dentre as múltiplas referências o que não falta é assunto
para arte.
Como a gente queria fugir um pouco dessa estrutura "cubo branco”, foi natural
assim o desejo de ir para os espaços que a podemos chamar de não institucionais.
Olhar para a cidade, pensar as intervenções na cidade, a gente adora aqueles “baixo
centro”, lugares muito ricos, em termos de referências imagéticas, simbólicas,
estéticas e daí então começamos a coletar coisas e a ter vontade de desenvolver
alguns projetos específicos para certas situações e espaços da cidade (Depoimento
série Professor Artista).
Além das imagens e registros de processos de criação, os depoimentos dos professores artistas
trazem reflexões acerca de relações entre arte e pensamento crítico, político, além de fenômenos
constituintes dos processos de criação artística como a experiência, a imaginação e a metáfora.
A série Professor Artista busca, portanto, apresentar, a partir das imagens, depoimentos e
proposições estéticas dos professores artistas focalizados, possibilidades de concepções de novas
ideias, de criação e de proposições e explorações em ações didáticas - sem didatismos - pelos
professores de Arte, de um modo geral.
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Figura 2: Frame do filme de Brígida Campbell. Série Professor Artista (2013).
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
O Laboratório-Ateliê, como espaço de pessoas com o estabelecimento e fundação de ideias, pensa-
mentos e conexões para conceber novas ideias e proposições, é uma das possibilidades de
formação inicial de professores de Arte para a ampliação da capacidade de pensar e elaborar
materiais didáticos apropriados para seu trabalho docente.
A apropriação crítica de equipamentos e ambientes de tecnologias em favor de proposições
estéticas precisa ser pensada como uma das formas de exercer a arte no contexto educativo. A
vivência artística nessa ambiência também faz parte do processo de criação que, mesmo não
sendo voltada para uma exposição ou mostra de arte, visa à elaboração de algo que será publi-
cizado e terá repercussão na aprendizagem em Arte.
Há que ser criativo para relacionar o que se sabe enquanto professor com o que se quer que seja
aprendido e apreendido em Arte por parte dos alunos, considerando que essa aprendizagem não
se refere somente a técnicas, denominações de estilos ou fatos da biografia de artistas, mas sim de
pensamentos artísticos contextualizados social e politicamente, que reverberarão em atitudes
comportamentais personalizadas estética e culturalmente.
A finalidade do material didático não é facilitar a vida do professor, é permitir que ele pense critica-
mente acerca de qual ensino/aprendizagem significativo ele poderá proporcionar aos alunos com
seu uso. Mais que um instrumento, é um meio de referência e desafio ao pensamento artístico.
REFERÊNCIAS
FILMOGRAFIA - SÉRIE PROFESSOR ARTISTA
Brígida Campbell, 2013. 19min56s. Dir.: Geraldo Loyola, Maurício Gino, Sérgio Vilaça. Brasil. Série
Professor Artista. Curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais (CEEAV/EBA/UFMG).
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8x5bL9nZO1g (Acesso em 10/06/2017).
Eugênio Paccelli Horta, 2013. 17min52s. Dir.: Geraldo Loyola, Sérgio Vilaça. Brasil. Série Professor
Artista. Curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais (CEEAV/EBA/UFMG).
LOYOLA, Geraldo Freire; PIMENTEL, Lucia Gouvêa. O Laboratório-Ateliê: elaboração de materiais
didáticos para o ensino/aprendizagem em Arte.
PÓS:Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG. v.7, n.14: nov.2017
Disponível em <https://eba.ufmg.br/revistapos>
13. NOTAS
1 Arte - no singular e grafada com inicial maiúscula - se refere ao componente curricular; arte - grafada no
singular e com inicial minúscula - se refere ao campo artístico de modo geral; Artes – com inicial maiúscula e
no plural – se refere à área de conhecimento.
2 A série Professor Artista é produzida para o Curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais (CEEAV),
modalidade EaD, que faz parte do Programa de Pós-Graduação da Escola de Belas Artes da UFMG, com o
apoio do Innovatio - Laboratório de Arte e Tecnologias para a Educação, também vinculado à Escola de Belas
Artes da UFMG,
3 A série Professor Artista é tema de pesquisa na tese PROFESSOR-ARTISTA-PROFESSOR: Materiais
didático-pedagógicos e ensino-aprendizagem em Arte, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Artes da Escola de Belas da Universidade Federal de Minas Gerais em 2016. Disponível em:
https://goo.gl/sCB9Zm (Acesso em: 10/06/2017).
Artigo Recebido em: 11 de Junho de 2017
Aceito para publicação em: 20 de Agosto de 2017