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Determinantes Socioculturais
As práticas educativas, assim como as outras áreas de conhecimento, surgem de
mobilizações políticas, sociais, pedagógicas, filosóficas, e, no caso de arte, também de
teorias e preposições artísticas e estéticas Quando aprofundamos nossos conhecimentos
sobre essas articulações, em cada momento histórico, certamente aprendemos a
compreender melhor a questão do processo educacional e sua relação com nossa vida.
No Brasil, por exemplo, foram importantes os movimentos culturais na
correlação entre arte e educação desde o século 19. A fundação de centros artísticos
como a Escola de Belas-Artes no Rio de Janeiro, o Conservatório Dramático em Salvador, e
a presença da Missão Francesa e de artista europeus de renome, definiram nessa ocasião
a formação de profissionais de arte ao nível institucional. No século 20, foram muitos os
fatores sociais, educacionais e culturais a influir no ensino artístico. O inicio de
movimentos modernista como a semana de 22”, a criação de universidades(30 anos), a
manifestação das bienais de São Paulo a partir de 1951, dos movimentos universitários
ligados à cultura popular(anos 50/60), da contracultura(anos 70), a introdução da pós
graduação em ensino de arte (anos 70), a organização profissional e a criação de
associações de arte-educadora (a partir dos anos 80), entre outros, acompanharam o
ensino de arte em sua expansão na educação formal e outras experiências(em museus
,centros culturais,escolas de artes, conservatórios etc.)Desde o final do século passado, o
debate mais eloqüente é o da globalização, o desenvolvimento tecnológico influenciando
a educação, e as teorias da recepção e da crítica cultural. Conseqüentemente, as novas
orientações educativas, incluindo a arte, estão conectadas com as mudanças, propondo
encaminhamento que consideram o ser humano em seus aspectos singulares e múltiplos,
consciente de sua condição como cidadão do planeta,mas também preparado para as
transformações e para ser transformador e integrado em sua cultura.
Isto nos faz ver que as correlações dos movimentos culturais com a arte com a
educação em arte não acontecem no vazio, nem desenraizadas das práticas sociais vividas
pela sociedade como um todo. As mudançasque ocorrem são caracterizadas pela
dinâmica social que interfere, modificando ou conservando as práticas vigentes. A
preocupação com a educação em arte tem mobilizado pesquisadores, professores, estetas
e artista, que procuram fundamentar e intervir nessas práticas educativas.No Brasil desde
o final dos anos 80 têm-se divulgado inúmeros trabalhos desta ordem, tanto aqueles
elaborados aqui quanto os de outros países. São propostas que refletem atuações em
artes e são baseadas:
Nas necessidades psicológicas dos alunos ou em suas necessidades e problemas ‘
ambientais, comunitários e sociais;. No ensino e aprendizagem
pensados a partir da própria arte, como um sistema de conhecimento do mundo;
no conhecimento da arte advindo do fazer artístico e também da apreciação e
história da arte;
Nas articulações dos atos perceptivos e de verbalização dos alunos com base da
experiência estética.
Nos alcances e limites da interdisciplinaridade e entre os diversos métodos de
ensinar e aprender os conhecimentos de arte.
Nas necessidades de mudanças de formação do (a) professor de arte, visando à
melhoria da qualidade de escolarização desde a infância.
A história que estamos considerando, portanto, é aquela que está sendo construída
por professores e alunos eu suas práticas e teorias pedagógicas. E, observando a história
do ensino artístico, percebemos o quanto nossas ações também estão demarcadas pelas
concepções de cada época.
A “pedagogia Tradicional” e as aulas de arte
Nas primeiras décadas do século 20, o ensino de arte, mais especialmente o
desenho, apresentava-se impregnado do sentido utilitário de preparação técnica para o
trabalho, iniciado no século anterior. Na prática, o ensino do desenho nas escolas
primárias e secundárias valorizava o traço, o contorno, a configuração, e era voltado sobre
tudo para o aprimoramento do conhecimento técnico e estética neoclássica. Daí ser muito
reconhecida a habilidade de saber copiar as figuras, objetos ou outros desenhos que eram
apresentados pelo professor.
A “pedagogia Nova” e as aulas de Arte
Na escola nova, a ênfase é a expressão como um dado subjetivo e individual que os
alunos manifestam em todas as atividades, as quais passam de aspectos intelectuais para
efetivos. A preocupação com o método, com o aluno, seus interesses, sua espontaneidade
e o processo do trabalho caracterizam uma pedagogia essencialmente experimental,
fundamentada em novos estudos pedagógicos, filosóficos. Foram importantes no
desenrolar desse movimento as reflexões assentadas nos trabalhos de psicanálise,
psicologia cognitiva e gestalt.

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Determinantes socioculturais

  • 1. Determinantes Socioculturais As práticas educativas, assim como as outras áreas de conhecimento, surgem de mobilizações políticas, sociais, pedagógicas, filosóficas, e, no caso de arte, também de teorias e preposições artísticas e estéticas Quando aprofundamos nossos conhecimentos sobre essas articulações, em cada momento histórico, certamente aprendemos a compreender melhor a questão do processo educacional e sua relação com nossa vida. No Brasil, por exemplo, foram importantes os movimentos culturais na correlação entre arte e educação desde o século 19. A fundação de centros artísticos como a Escola de Belas-Artes no Rio de Janeiro, o Conservatório Dramático em Salvador, e a presença da Missão Francesa e de artista europeus de renome, definiram nessa ocasião a formação de profissionais de arte ao nível institucional. No século 20, foram muitos os fatores sociais, educacionais e culturais a influir no ensino artístico. O inicio de movimentos modernista como a semana de 22”, a criação de universidades(30 anos), a manifestação das bienais de São Paulo a partir de 1951, dos movimentos universitários ligados à cultura popular(anos 50/60), da contracultura(anos 70), a introdução da pós graduação em ensino de arte (anos 70), a organização profissional e a criação de associações de arte-educadora (a partir dos anos 80), entre outros, acompanharam o ensino de arte em sua expansão na educação formal e outras experiências(em museus ,centros culturais,escolas de artes, conservatórios etc.)Desde o final do século passado, o debate mais eloqüente é o da globalização, o desenvolvimento tecnológico influenciando a educação, e as teorias da recepção e da crítica cultural. Conseqüentemente, as novas orientações educativas, incluindo a arte, estão conectadas com as mudanças, propondo encaminhamento que consideram o ser humano em seus aspectos singulares e múltiplos, consciente de sua condição como cidadão do planeta,mas também preparado para as transformações e para ser transformador e integrado em sua cultura. Isto nos faz ver que as correlações dos movimentos culturais com a arte com a educação em arte não acontecem no vazio, nem desenraizadas das práticas sociais vividas pela sociedade como um todo. As mudançasque ocorrem são caracterizadas pela dinâmica social que interfere, modificando ou conservando as práticas vigentes. A preocupação com a educação em arte tem mobilizado pesquisadores, professores, estetas e artista, que procuram fundamentar e intervir nessas práticas educativas.No Brasil desde o final dos anos 80 têm-se divulgado inúmeros trabalhos desta ordem, tanto aqueles elaborados aqui quanto os de outros países. São propostas que refletem atuações em artes e são baseadas:
  • 2. Nas necessidades psicológicas dos alunos ou em suas necessidades e problemas ‘ ambientais, comunitários e sociais;. No ensino e aprendizagem pensados a partir da própria arte, como um sistema de conhecimento do mundo; no conhecimento da arte advindo do fazer artístico e também da apreciação e história da arte; Nas articulações dos atos perceptivos e de verbalização dos alunos com base da experiência estética. Nos alcances e limites da interdisciplinaridade e entre os diversos métodos de ensinar e aprender os conhecimentos de arte. Nas necessidades de mudanças de formação do (a) professor de arte, visando à melhoria da qualidade de escolarização desde a infância. A história que estamos considerando, portanto, é aquela que está sendo construída por professores e alunos eu suas práticas e teorias pedagógicas. E, observando a história do ensino artístico, percebemos o quanto nossas ações também estão demarcadas pelas concepções de cada época. A “pedagogia Tradicional” e as aulas de arte Nas primeiras décadas do século 20, o ensino de arte, mais especialmente o desenho, apresentava-se impregnado do sentido utilitário de preparação técnica para o trabalho, iniciado no século anterior. Na prática, o ensino do desenho nas escolas primárias e secundárias valorizava o traço, o contorno, a configuração, e era voltado sobre tudo para o aprimoramento do conhecimento técnico e estética neoclássica. Daí ser muito reconhecida a habilidade de saber copiar as figuras, objetos ou outros desenhos que eram apresentados pelo professor. A “pedagogia Nova” e as aulas de Arte Na escola nova, a ênfase é a expressão como um dado subjetivo e individual que os alunos manifestam em todas as atividades, as quais passam de aspectos intelectuais para efetivos. A preocupação com o método, com o aluno, seus interesses, sua espontaneidade e o processo do trabalho caracterizam uma pedagogia essencialmente experimental, fundamentada em novos estudos pedagógicos, filosóficos. Foram importantes no desenrolar desse movimento as reflexões assentadas nos trabalhos de psicanálise, psicologia cognitiva e gestalt.