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Escola EB/S Vieira de Araújo
                                      Ano lectivo 2010/2011
                                        Área de Projecto




Docente:
• Miguel Costa
Discentes:
•   Adriano Freitas, nº 1, 12º A     •   Mariana Vieira, nº15, 12ºA
•   Joana Sequeira, nº 7, 12ºA       •   Solange Oliveira, nº21, 12ºA
•   Joana Rodrigues, nº 8, 12º A     •   Tânia Lopes, nº22, 12ºA
A entrevista é uma técnica de investigação não documental e
permite recolher dados e informações através de comunicação não
verbal.
 Durante a apresentação do trabalho, irá constar uma entrevista
escrita, feita pelo Marcelo Vaz, leitor da revista fórum, ao Psicólogo e
professor Jorge Senos e uma entrevista audiovisual realizada por
Conceição Lino a Rosa Pereira, vitima de um acidente, no programa
“Boa Tarde” transmitido na SIC.
Irão ser abordados os seguintes conceitos, ao longo do trabalho:


          Dados pessoais do entrevistador;
         Comunicação não verbal do mesmo ao longo da entrevista;
         Tipo de entrevista;
         Questões técnicas.
Realizada por Marcelo Vez, 17 anos, aluno da
Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho
(Lisboa) ao psicólogo e professor Jorge Senos.
Fig.1 – Professor, vice-reitor e psicólogo Jorge Senos.


 Jorge Senos é psicólogo e vice-reitor do instituto Superior de
psicologia aplicada e já foi professor do ensino básico.
FORUM :” Como se interessou pela área da Psicologia? Pode falar-nos um pouco
sobre o seu percurso académico?”
Professor Jorge Senos : “A minha experiência pessoal não é uma experiência típica,
porque eu comecei como Professor de Ensino Básico. A formação inicial que tinha era
uma boa formação técnica, mas sempre me interessou aprofundar a formação na
área da Psicologia e da Pedagogia. A dada altura decidi, quando um miúdo que tinha
11 anos me diz “o stôr não tem paciência para as crianças!”     e eu pensei que havia
qualquer coisa que eu devia estar a fazer de errado. A ideia da Psicologia surgiu daí.
(…)”
FORUM :” Tendo em conta que a minha geração, a dita geração do polegar e das
novas tecnologias, é acusada de ser a geração também do ‘copy e paste’. Como vê a
evolução dos métodos de estudo dos alunos?”
Prof. JS : “Aquilo que eu vejo hoje, aquilo de que eu me apercebo, é que

os adolescentes me surpreendem cada vez mais e não tanto pelo método de estudo.
Eles (os estudantes) têm uma dimensão muito importante, que é a dimensão do
conhecimento e das relações sociais que ganharam com as novas tecnologias, uma
dimensão extraordinária – eu tenho uma filha adolescente que todos os dias conversa
em inglês com amigos que tem na Irlanda, País de Gales, EUA… São realidades
completamente diferentes, são interesses diferentes e culturas diferentes e a matriz
que ela vai construindo com base nesta possibilidade que as novas tecnologias
trouxeram está bem para lá da escola e elevou extraordinariamente a sua capacidade
de crítica.”
FORUM : ” Qual a importância de haver psicólogos nas escolas secundárias
                            portuguesas?”


Prof. JS: “Em 1991 foram criados os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO) nas
escolas, neste processo de reforma que se iniciou em 1986, com a Lei de Bases do
Sistema Educativo.(…) Basicamente havia 3 vertentes de intervenção, que tinham a
ver com a dinamização da própria comunidade educativa, isto é: elevar a própria
participação dos pais, dos professores e dos estudantes (tinha esta dimensão mais
macro); depois tinha uma intervenção mais associada àquilo que vulgarmente se
chamam dificuldades de aprendizagem, devido à organização perante o estudo; e
havia uma outra vertente de ajudar os estudantes a construírem o seu próprio
percurso, ajudá-los à realização de escolhas - a chamada orientação nas vertentes
escolar e profissional. Portanto, havia uma matriz de intervenção do psicólogo
educacional, numa realidade que era a realidade criada por aquele diploma.
Aqueles serviços eram interdisciplinares e incluíam, além de psicólogos, um técnico de
serviço social e um professor especializado, dependendo do nível, variava a área de
especialização, sendo que o psicólogo tinha um papel preponderante, que assentava
basicamente em várias ideias, e uma tinha a ver com a tarefa de desenvolvimento no
plano social.”
FORUM : “Qual a mensagem para os actuais alunos do 12º ano que pensam em seguir
áreas relacionadas com a área da Psicologia e estão com medo das saídas
                               profissionais?”

Professor Jorge Senos : “O que eu diria é o seguinte: na Europa a expansão desta
área profissional é enorme. Por várias razões que são facilmente entendidas: as
populações envelhecem e abre-se uma nova área de intervenção fundamental com
pessoas idosas; as populações são cada vez mais competitivas e pode não parecer
mas, de facto, a competição lança fundamentos de isolamento, de solidão e de
desespero e isso acaba por criar uma necessidade cada vez mais presente da
Psicologia. Já para não falar da educação – hoje nós já não temos 1/10 das
necessidades          respondidas        na        área        da         Psicologia.
Do ponto de vista das saídas profissionais, o que eu diria é que a Psicologia é uma
das áreas, neste momento, potencialmente mais expansiva ao nível da formação
universitária (…) Nós vivemos numa sociedade que exclui por aí, o que é uma coisa
difícil de entender, excluir alguém por causa das suas opções íntimas. É difícil de
entender isso, mas o sofrimento que esse processo de exclusão
(homofobia, racismo…) gera é uma agressão à dignidade das pessoas. Eu diria que a
Psicologia não tem outro remédio se não expandir-se, porque a necessidade vai cada
vez adensar-se. A quem está no 12º ano e pensa em Psicologia e pensa no que a
Psicologia lhe pode fazer enquanto pessoa e cidadão mas se assusta com medo de
não ter emprego, eu diria que é um susto que eu percebo, porque hoje por todo o lado
há desemprego, mas não é sustentável a prazo, porque hoje o que nós vemos são
sinais de necessidade a esse nível.”
A entrevista enquadra-se no tema do nosso grupo, uma vez que
pretendemos perceber qual o papel da psicologia nas escolas.


  A entrevista aborda temas de grande interesse, nomeadamente, a
importância ou o papel fundamental que um psicólogo desempenha num
ambiente escolar.




                      Fig.2 – Símbolo da psicologia.
A entrevista que seleccionamos é semidirectiva ou
semiestruturada da qual podemos salientar as seguintes
características:


         Orientada por um guião;
         Abordada livremente sem uma ordem definida;
         Vantagens de descobrir novas áreas de interesse
         sem fugir ao tema.
Realizada por Conceição Lino a Rosa
Pereira, transmitida pelo canal SIC,
no programa “Boa Tarde”.




                                   Fig.3 – Conceição Lino, apresentadora da SIC.
Conceição Lino fez um curso de Comunicação Social, é uma
das fundadoras da SIC;
  Revelou-se com a sua estreia na SIC em 1992, trabalhando
com Júlia Pinheiro;
  Trabalhou na Rádio Comercial, apresentou notícias e a partir
de Janeiro de 1995 começou a apresentar um programa com
Paulo Varanda, “Praça Pública”;
  Até Dezembro de 1999 coordenou e apresentou “Casos de
Polícia”;
   Em 2002 e 2003 apresentou diversos programas de
informação;
   Em 2007 começa a apresentar o “Nós por Cá” e em 2010 passa
a ser apresentadora do programa “Boa tarde”.

                                   Fig.4 – Conceição Lino, quando apresentava o
                                   “Nós por cá”
A entrevista enquadra-se num dos objectos de estudo do grupo,
nomeadamente, perceber se as pessoas vitimas de algum tipo de acidente
procuram ou estão disponíveis para receber ajuda psicológica;


  Esta entrevista dá a percepção de que nem todos os psicólogos são eficientes e
profissionais.


  Nesta entrevista é visível o transtorno que Rosa Pereira acarreta já há um ano e
meio. Esta procurou ajuda psicológica, no entanto sem sucesso devido à falta de
profissionalidade da psicóloga em questão. Actualmente Rosa Pereira recebe ajuda
de outro psicólogo.
O entrevistador estabelece um contacto visual permanente com o
entrevistado;

Durante breves momentos da entrevista, o entrevistador interrompe o
entrevistado impedindo-o de falar;

O entrevistador mexe muito as mãos mas permanece com elas ocupadas com
os cartões que continham as perguntas. A comunicação verbal é a mais
predominante, visto que, muitas das vezes o entrevistador teve a necessidade
de interromper as declarações do entrevistado.

Para os espectadores surdos, a comunicação verbal é feita por uma pessoa que
por linguagem gestual relata a entrevista e que se encontra no canto inferior
esquerdo;
Esta entrevista é realizada no mínimo com quatro câmaras;


  São utilizados microfones para salientar o som de quem fala;


   Não há efeito de contra luz o que evita que a cara da pessoa que é filmada
fique escurecida.
A entrevista que seleccionamos é semidirectiva ou
semiestrururada uma vez que o entrevistador tem um
conjunto de perguntas previamente escolhidas que vão
ser abordadas sem uma ordem determinada;


Vantagens de descobrir novas áreas de interesse sem
fugir ao tema.
Este trabalho permitiu-nos adquirir mais conhecimento acerca de como elaborar
uma entrevista, que é a nossa próxima actividade.
Na entrevista escrita, retiramos ideias para elaboração das perguntas relativas ao
nosso tema - Acidente ocorrido em Caniçada no dia 4 de Dezembro de 1990.
Em relação à entrevista audiovisual, permite ao grupo ter uma visão geral de
como preparar as filmagens, de modo a que as condições auditivas e visuais
sejam de boa qualidade, assim como, a interacção entre entrevistador e
entrevistado.
Sic     Online      -     http://sic.sapo.pt/online/video/programas/boa-
tarde/2011/1/atropelada-por-uma-cisterna05-01-2011-181849.htm
Revista Fórum - http://forum.pt/estudantes/noticias/367-psicologia-uma-
boa-aposta?start=3
Monteiro, M. M. (2008). ÁREA de PROJECTO – Guia do Aluno 12.º ano.
Porto: Porto Editora.
Entrevistas sobre Psicologia nas Escolas

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  • 1.
  • 2. Escola EB/S Vieira de Araújo Ano lectivo 2010/2011 Área de Projecto Docente: • Miguel Costa Discentes: • Adriano Freitas, nº 1, 12º A • Mariana Vieira, nº15, 12ºA • Joana Sequeira, nº 7, 12ºA • Solange Oliveira, nº21, 12ºA • Joana Rodrigues, nº 8, 12º A • Tânia Lopes, nº22, 12ºA
  • 3.
  • 4. A entrevista é uma técnica de investigação não documental e permite recolher dados e informações através de comunicação não verbal. Durante a apresentação do trabalho, irá constar uma entrevista escrita, feita pelo Marcelo Vaz, leitor da revista fórum, ao Psicólogo e professor Jorge Senos e uma entrevista audiovisual realizada por Conceição Lino a Rosa Pereira, vitima de um acidente, no programa “Boa Tarde” transmitido na SIC. Irão ser abordados os seguintes conceitos, ao longo do trabalho: Dados pessoais do entrevistador; Comunicação não verbal do mesmo ao longo da entrevista; Tipo de entrevista; Questões técnicas.
  • 5. Realizada por Marcelo Vez, 17 anos, aluno da Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho (Lisboa) ao psicólogo e professor Jorge Senos.
  • 6. Fig.1 – Professor, vice-reitor e psicólogo Jorge Senos. Jorge Senos é psicólogo e vice-reitor do instituto Superior de psicologia aplicada e já foi professor do ensino básico.
  • 7. FORUM :” Como se interessou pela área da Psicologia? Pode falar-nos um pouco sobre o seu percurso académico?” Professor Jorge Senos : “A minha experiência pessoal não é uma experiência típica, porque eu comecei como Professor de Ensino Básico. A formação inicial que tinha era uma boa formação técnica, mas sempre me interessou aprofundar a formação na área da Psicologia e da Pedagogia. A dada altura decidi, quando um miúdo que tinha 11 anos me diz “o stôr não tem paciência para as crianças!” e eu pensei que havia qualquer coisa que eu devia estar a fazer de errado. A ideia da Psicologia surgiu daí. (…)”
  • 8. FORUM :” Tendo em conta que a minha geração, a dita geração do polegar e das novas tecnologias, é acusada de ser a geração também do ‘copy e paste’. Como vê a evolução dos métodos de estudo dos alunos?” Prof. JS : “Aquilo que eu vejo hoje, aquilo de que eu me apercebo, é que os adolescentes me surpreendem cada vez mais e não tanto pelo método de estudo. Eles (os estudantes) têm uma dimensão muito importante, que é a dimensão do conhecimento e das relações sociais que ganharam com as novas tecnologias, uma dimensão extraordinária – eu tenho uma filha adolescente que todos os dias conversa em inglês com amigos que tem na Irlanda, País de Gales, EUA… São realidades completamente diferentes, são interesses diferentes e culturas diferentes e a matriz que ela vai construindo com base nesta possibilidade que as novas tecnologias trouxeram está bem para lá da escola e elevou extraordinariamente a sua capacidade de crítica.”
  • 9. FORUM : ” Qual a importância de haver psicólogos nas escolas secundárias portuguesas?” Prof. JS: “Em 1991 foram criados os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO) nas escolas, neste processo de reforma que se iniciou em 1986, com a Lei de Bases do Sistema Educativo.(…) Basicamente havia 3 vertentes de intervenção, que tinham a ver com a dinamização da própria comunidade educativa, isto é: elevar a própria participação dos pais, dos professores e dos estudantes (tinha esta dimensão mais macro); depois tinha uma intervenção mais associada àquilo que vulgarmente se chamam dificuldades de aprendizagem, devido à organização perante o estudo; e havia uma outra vertente de ajudar os estudantes a construírem o seu próprio percurso, ajudá-los à realização de escolhas - a chamada orientação nas vertentes escolar e profissional. Portanto, havia uma matriz de intervenção do psicólogo educacional, numa realidade que era a realidade criada por aquele diploma. Aqueles serviços eram interdisciplinares e incluíam, além de psicólogos, um técnico de serviço social e um professor especializado, dependendo do nível, variava a área de especialização, sendo que o psicólogo tinha um papel preponderante, que assentava basicamente em várias ideias, e uma tinha a ver com a tarefa de desenvolvimento no plano social.”
  • 10. FORUM : “Qual a mensagem para os actuais alunos do 12º ano que pensam em seguir áreas relacionadas com a área da Psicologia e estão com medo das saídas profissionais?” Professor Jorge Senos : “O que eu diria é o seguinte: na Europa a expansão desta área profissional é enorme. Por várias razões que são facilmente entendidas: as populações envelhecem e abre-se uma nova área de intervenção fundamental com pessoas idosas; as populações são cada vez mais competitivas e pode não parecer mas, de facto, a competição lança fundamentos de isolamento, de solidão e de desespero e isso acaba por criar uma necessidade cada vez mais presente da Psicologia. Já para não falar da educação – hoje nós já não temos 1/10 das necessidades respondidas na área da Psicologia. Do ponto de vista das saídas profissionais, o que eu diria é que a Psicologia é uma das áreas, neste momento, potencialmente mais expansiva ao nível da formação universitária (…) Nós vivemos numa sociedade que exclui por aí, o que é uma coisa difícil de entender, excluir alguém por causa das suas opções íntimas. É difícil de entender isso, mas o sofrimento que esse processo de exclusão (homofobia, racismo…) gera é uma agressão à dignidade das pessoas. Eu diria que a Psicologia não tem outro remédio se não expandir-se, porque a necessidade vai cada vez adensar-se. A quem está no 12º ano e pensa em Psicologia e pensa no que a Psicologia lhe pode fazer enquanto pessoa e cidadão mas se assusta com medo de não ter emprego, eu diria que é um susto que eu percebo, porque hoje por todo o lado há desemprego, mas não é sustentável a prazo, porque hoje o que nós vemos são sinais de necessidade a esse nível.”
  • 11. A entrevista enquadra-se no tema do nosso grupo, uma vez que pretendemos perceber qual o papel da psicologia nas escolas. A entrevista aborda temas de grande interesse, nomeadamente, a importância ou o papel fundamental que um psicólogo desempenha num ambiente escolar. Fig.2 – Símbolo da psicologia.
  • 12. A entrevista que seleccionamos é semidirectiva ou semiestruturada da qual podemos salientar as seguintes características: Orientada por um guião; Abordada livremente sem uma ordem definida; Vantagens de descobrir novas áreas de interesse sem fugir ao tema.
  • 13. Realizada por Conceição Lino a Rosa Pereira, transmitida pelo canal SIC, no programa “Boa Tarde”. Fig.3 – Conceição Lino, apresentadora da SIC.
  • 14. Conceição Lino fez um curso de Comunicação Social, é uma das fundadoras da SIC; Revelou-se com a sua estreia na SIC em 1992, trabalhando com Júlia Pinheiro; Trabalhou na Rádio Comercial, apresentou notícias e a partir de Janeiro de 1995 começou a apresentar um programa com Paulo Varanda, “Praça Pública”; Até Dezembro de 1999 coordenou e apresentou “Casos de Polícia”; Em 2002 e 2003 apresentou diversos programas de informação; Em 2007 começa a apresentar o “Nós por Cá” e em 2010 passa a ser apresentadora do programa “Boa tarde”. Fig.4 – Conceição Lino, quando apresentava o “Nós por cá”
  • 15.
  • 16. A entrevista enquadra-se num dos objectos de estudo do grupo, nomeadamente, perceber se as pessoas vitimas de algum tipo de acidente procuram ou estão disponíveis para receber ajuda psicológica; Esta entrevista dá a percepção de que nem todos os psicólogos são eficientes e profissionais. Nesta entrevista é visível o transtorno que Rosa Pereira acarreta já há um ano e meio. Esta procurou ajuda psicológica, no entanto sem sucesso devido à falta de profissionalidade da psicóloga em questão. Actualmente Rosa Pereira recebe ajuda de outro psicólogo.
  • 17. O entrevistador estabelece um contacto visual permanente com o entrevistado; Durante breves momentos da entrevista, o entrevistador interrompe o entrevistado impedindo-o de falar; O entrevistador mexe muito as mãos mas permanece com elas ocupadas com os cartões que continham as perguntas. A comunicação verbal é a mais predominante, visto que, muitas das vezes o entrevistador teve a necessidade de interromper as declarações do entrevistado. Para os espectadores surdos, a comunicação verbal é feita por uma pessoa que por linguagem gestual relata a entrevista e que se encontra no canto inferior esquerdo;
  • 18. Esta entrevista é realizada no mínimo com quatro câmaras; São utilizados microfones para salientar o som de quem fala; Não há efeito de contra luz o que evita que a cara da pessoa que é filmada fique escurecida.
  • 19. A entrevista que seleccionamos é semidirectiva ou semiestrururada uma vez que o entrevistador tem um conjunto de perguntas previamente escolhidas que vão ser abordadas sem uma ordem determinada; Vantagens de descobrir novas áreas de interesse sem fugir ao tema.
  • 20. Este trabalho permitiu-nos adquirir mais conhecimento acerca de como elaborar uma entrevista, que é a nossa próxima actividade. Na entrevista escrita, retiramos ideias para elaboração das perguntas relativas ao nosso tema - Acidente ocorrido em Caniçada no dia 4 de Dezembro de 1990. Em relação à entrevista audiovisual, permite ao grupo ter uma visão geral de como preparar as filmagens, de modo a que as condições auditivas e visuais sejam de boa qualidade, assim como, a interacção entre entrevistador e entrevistado.
  • 21. Sic Online - http://sic.sapo.pt/online/video/programas/boa- tarde/2011/1/atropelada-por-uma-cisterna05-01-2011-181849.htm Revista Fórum - http://forum.pt/estudantes/noticias/367-psicologia-uma- boa-aposta?start=3 Monteiro, M. M. (2008). ÁREA de PROJECTO – Guia do Aluno 12.º ano. Porto: Porto Editora.