Este artigo destaca a contribuição do sociólogo Max Weber para os estudos educacionais. Apresenta a tipologia de Weber das formas de educação (carismática, especializada e humanística) e sua visão da evolução histórica da educação como um progressivo processo de racionalização no qual a educação assume um aspecto cada vez mais técnico.
O documento discute a história da educação ao longo dos tempos, desde as sociedades primitivas até a antiguidade greco-romana. Apresenta as características da educação em cada período histórico, destacando a natureza informal e coletiva na educação primitiva, o caráter elitista e dualista nas sociedades antigas, e o ideal da paidéia e os debates entre sofistas, Sócrates e Isócrates na Grécia Clássica.
O documento discute a relação entre educação, trabalho e novas tecnologias. Inicialmente, o trabalho era o princípio educativo, mas com a propriedade privada surgiu a escola para a classe dominante. Hoje, as novas tecnologias transferem funções intelectuais para as máquinas, exigindo educação mais abrangente. A escola deve preparar as pessoas para dominar ciências universais e desenvolver seu potencial.
(1) Teodor Adorno nasceu na Alemanha no início do século XX e estudou filosofia, música e sociologia. (2) Sua filosofia critica o iluminismo e a cultura de massa moderna, defendendo uma educação capaz de evitar a repetição da barbárie do nazismo. (3) Para Adorno, a educação deve promover a autocrítica e a consciência dos limites do sujeito para combater tendências autoritárias.
Os educadores precisam refletir filosoficamente sobre seu trabalho em meio a um período de rápidas mudanças. A filosofia da educação fornece um contexto maior para entender os objetivos educacionais e como alcançá-los, embora não existam certezas absolutas. A tarefa filosófica continua sendo a busca da sabedoria através do debate inclusivo.
O documento descreve a história da educação no Brasil desde a chegada dos portugueses, passando pelos períodos colonial, imperial e republicano até os dias atuais. Destaca-se a influência dos jesuítas, a vinda da família real, as tentativas de reforma e a situação atual do sistema educacional brasileiro.
As propostas que apareceram por todo o país, pregando o fim da "doutrinação" nas escolas, apresenta-se como um oportunidade de discutir temas mais relevantes. O problema é mesmo a ideologização? Há realmente uma "doutrinação" em curso. Existe a possibilidade de uma educação sem ideologias?
Paulo Freire teve sua primeira alfabetização no quintal de sua casa no Recife. Ele desenvolveu um método revolucionário de alfabetização de adultos na década de 1960 que usava a realidade do aluno como ponto de partida. Freire acreditava que educação e política estavam interligadas e que a educação deveria promover a autonomia e liberdade do ser humano. Seu método problematizador envolvia aluno e professor em um processo dialógico de aprendizagem.
Anísio Teixeira foi um educador brasileiro que reformou os sistemas educacionais da Bahia e do Rio de Janeiro no início do século XX. Ele difundiu os princípios da escola nova, enfatizando o desenvolvimento intelectual em vez da memorização. Foi um dos signatários do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932 e idealizador da Universidade de Brasília. Sua morte em 1971 permanece cercada de mistério.
O documento discute a história da educação ao longo dos tempos, desde as sociedades primitivas até a antiguidade greco-romana. Apresenta as características da educação em cada período histórico, destacando a natureza informal e coletiva na educação primitiva, o caráter elitista e dualista nas sociedades antigas, e o ideal da paidéia e os debates entre sofistas, Sócrates e Isócrates na Grécia Clássica.
O documento discute a relação entre educação, trabalho e novas tecnologias. Inicialmente, o trabalho era o princípio educativo, mas com a propriedade privada surgiu a escola para a classe dominante. Hoje, as novas tecnologias transferem funções intelectuais para as máquinas, exigindo educação mais abrangente. A escola deve preparar as pessoas para dominar ciências universais e desenvolver seu potencial.
(1) Teodor Adorno nasceu na Alemanha no início do século XX e estudou filosofia, música e sociologia. (2) Sua filosofia critica o iluminismo e a cultura de massa moderna, defendendo uma educação capaz de evitar a repetição da barbárie do nazismo. (3) Para Adorno, a educação deve promover a autocrítica e a consciência dos limites do sujeito para combater tendências autoritárias.
Os educadores precisam refletir filosoficamente sobre seu trabalho em meio a um período de rápidas mudanças. A filosofia da educação fornece um contexto maior para entender os objetivos educacionais e como alcançá-los, embora não existam certezas absolutas. A tarefa filosófica continua sendo a busca da sabedoria através do debate inclusivo.
O documento descreve a história da educação no Brasil desde a chegada dos portugueses, passando pelos períodos colonial, imperial e republicano até os dias atuais. Destaca-se a influência dos jesuítas, a vinda da família real, as tentativas de reforma e a situação atual do sistema educacional brasileiro.
As propostas que apareceram por todo o país, pregando o fim da "doutrinação" nas escolas, apresenta-se como um oportunidade de discutir temas mais relevantes. O problema é mesmo a ideologização? Há realmente uma "doutrinação" em curso. Existe a possibilidade de uma educação sem ideologias?
Paulo Freire teve sua primeira alfabetização no quintal de sua casa no Recife. Ele desenvolveu um método revolucionário de alfabetização de adultos na década de 1960 que usava a realidade do aluno como ponto de partida. Freire acreditava que educação e política estavam interligadas e que a educação deveria promover a autonomia e liberdade do ser humano. Seu método problematizador envolvia aluno e professor em um processo dialógico de aprendizagem.
Anísio Teixeira foi um educador brasileiro que reformou os sistemas educacionais da Bahia e do Rio de Janeiro no início do século XX. Ele difundiu os princípios da escola nova, enfatizando o desenvolvimento intelectual em vez da memorização. Foi um dos signatários do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932 e idealizador da Universidade de Brasília. Sua morte em 1971 permanece cercada de mistério.
O documento discute estratégias de leitura e produção textual, abordando tópicos como leitura, compreensão, resumo e redação. Apresenta diretrizes para a aplicação de técnicas de leitura antes, durante e depois da leitura de um texto, além de instruções sobre a apresentação visual e produção de redações.
O documento discute a história da educação no Brasil desde a chegada dos jesuítas até o século XVI. Os jesuítas estabeleceram o primeiro sistema educacional no Brasil com escolas, seminários e colégios que ensinavam os filhos da elite. Eles usaram o Ratio Studiorum, um plano de ensino rígido com foco na memorização. Os jesuítas tiveram forte influência na sociedade brasileira, especialmente na formação da burguesia.
O documento discute a história da educação na Idade Moderna, especificamente no século XVII. Ele descreve o contexto histórico de implantação do capitalismo e mercantilismo, além do poder absoluto dos reis. Também discute pensadores como Descartes, Bacon, Locke e Galileu e suas contribuições para o pensamento moderno. Finalmente, apresenta alguns dos principais representantes da educação na época, como Comenius e Locke, e os diferentes tipos de instituições educacionais como escolas religiosas e públicas.
O documento discute a filosofia da educação, abordando conceitos como: (1) a origem da filosofia na Grécia antiga e seu objetivo de compreender o mundo de forma racional; (2) como a filosofia questiona valores e interpretações e deu origem às ciências; (3) a reflexão filosófica examina o pensamento humano e suas relações com o mundo.
O documento discute a origem da Sociologia da Educação no século 19 como resposta às Revoluções Industrial e Francesa. Também apresenta os principais pensadores da área, incluindo Auguste Comte, Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx, e como cada um abordou o papel da educação e da escola na sociedade.
O documento discute a didática e o papel do professor. A didática é mais do que técnica de ensinar, é também aprender a ensinar os conhecimentos produzidos historicamente. Um professor tem o poder de mudar uma sociedade e fazer a diferença como formador de opinião. A didática ajuda a organizar o pensamento do educador e encontrar o melhor método de ensino.
O documento discute a relação entre ética, violência e justiça de acordo com Paul Ricoeur. A ética, para Ricoeur, envolve a estima de si e a solicitude pelo outro vivendo bem em instituições justas. A justiça deve equilibrar o legal e o bom, e a pessoa agredida é mais do que a lei violada.
O documento discute como a educação está ligada à sociedade e ao trabalho. A educação forma os indivíduos para desempenharem seus papéis na produção capitalista e aceitarem as regras da sociedade. Há uma luta pela hegemonia entre a burguesia, que usa a escola para passar seus valores, e o proletariado, que busca a formação de consciências a favor da transformação social.
O documento apresenta os principais conceitos de Max Weber sobre ação social e tipos ideais de ação. A ação social é definida como uma conduta dotada de sentido voltada para outras pessoas. São descritos quatro tipos ideais de ação: racional com relação a fins, racional orientada por valores, afetiva e tradicional.
O documento discute a evolução do ensino de história no Brasil. Inicialmente, a história era ensinada com foco na memorização de fatos e datas, sem conexão com a realidade dos alunos. Mais recentemente, passou-se a enfatizar o desenvolvimento do senso crítico dos estudantes e a compreensão dos acontecimentos no contexto do presente e do passado. Os alunos devem ser capazes de identificar mudanças e permanências culturais e reconhecer a diversidade.
1) O documento descreve o contexto histórico da Idade Moderna entre os séculos XV e XVIII, incluindo o Renascimento, a Reforma Protestante e a Contra-Reforma Católica. 2) Discutiu o nascimento do colégio no século XVI e as características da educação jesuítica, protestante e secular na Europa. 3) Também menciona a Revolução Científica do século XVII e figuras como Galileu Galilei.
Max Weber, Sociologia Compreensiva e Legado WeberianoLuiz1123
Max Weber foi um importante sociólogo alemão conhecido por seu trabalho na sociologia compreensiva e estudos sobre religião, economia e burocracia. Ele acreditava que os indivíduos tomam ações racionais que constroem a sociedade e que o papel do sociólogo é compreender essas ações sem julgamento. Sua abordagem influenciou o estudo sociológico moderno.
O documento discute os gêneros textuais no ensino de Língua Portuguesa, definindo gêneros textuais como diferentes espécies de textos escritos ou falados que circulam na sociedade. Aborda a diferença entre gêneros e tipos textuais, e como os gêneros textuais devem ser trabalhados funcionalmente na sala de aula para que os alunos aprendam a lê-los e escrevê-los de acordo com seu contexto social. Também discute os domínios discursivos e suportes
O documento discute a relação entre cibercultura e sistemas de informação. Apresenta definições de ciberespaço e cibercultura e como novas tecnologias digitais geraram novos fenômenos culturais e sociais. Também reflete sobre como a internet revolucionou a sociedade de forma semelhante à Revolução Industrial e sobre como as tecnologias digitais integraram o mundo físico e virtual.
O positivismo foi uma corrente filosófica iniciada por Augusto Comte que defendia que o conhecimento deve se basear apenas nos fatos observáveis, rejeitando especulações metafísicas. Comte acreditava que a humanidade passou por estágios teológico, metafísico e positivo e que a ciência é cumulativa. Ele sistematizou as ciências em uma escala que vai da astronomia à sociologia, que ele considerava a mais complexa.
O documento discute a linguagem como um instrumento para pensar e comunicar ideias. Apresenta os tipos de signos linguísticos e suas funções na comunicação e no pensamento de acordo com teóricos como Pierce, Kant, Piaget e Vygotsky. Explica que a linguagem é crucial para o desenvolvimento do pensamento social e cognitivo da criança.
Neste capítulo são apresentados os principais conceitos de Estado, poder e política. Segundo as correntes liberal e marxista, o Estado surgiu com a divisão social do trabalho e é a instituição que detém o monopólio do uso da força, exercendo funções atribuídas pelas classes dominantes. Já o poder político é a forma pela qual a classe dominante garante seus interesses. A política surge dos conflitos entre classes e é mediada pelo Estado.
O documento discute o conceito de Indústria Cultural desenvolvido por Adorno e Horkheimer. A Indústria Cultural refere-se à capacidade do capitalismo de produzir bens culturais em larga escala como mercadoria. Ela leva à uniformização do sujeito e manipulação de sua autonomia através da produção em massa de produtos culturais como rádio, TV, cinema e música.
1) O documento discute o conceito de multiculturalismo e sua importância para o ensino da sociologia.
2) Multiculturalismo refere-se à existência de muitas culturas em uma localidade sem uma dominante, porém separadas geograficamente.
3) As políticas multiculturalistas visam resistir à homogeneidade cultural e valorizar a diversidade étnica e cultural.
O texto explica que a coruja se tornou símbolo da filosofia por influência da mitologia grega, já que Atena, deusa da sabedoria, tinha uma coruja como mascote. Na Grécia antiga, a noite era associada ao pensamento filosófico e a coruja, por ser uma ave noturna, passou a representar a busca pelo saber. Além disso, a coruja também era vista como símbolo da feiúra. Embora em outras culturas não tenha sido adotada como símbolo de inteligência,
Max Weber foi um sociólogo, jurista, historiador e economista alemão considerado um dos fundadores da sociologia moderna. Ele contribuiu para todas as áreas das ciências sociais exceto a antropologia e desenvolveu conceitos fundamentais como os tipos de ação social e as formas de dominação. Sua obra mais famosa foi A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, onde analisou como o protestantismo influenciou o desenvolvimento do capitalismo.
Max Weber's sociological thought is summarized in 3 sentences:
1) Max Weber analyzes the origins and development of capitalism in society and how it rationalizes and alienates humans.
2) He proposes that social action shapes society and leads to the emergence of social classes as humans seek power and accumulation of wealth.
3) Weber argues that under capitalism, humans become commodified and divided into two main classes - the bourgeoisie class that owns capital and the proletariat class that sells their labor.
O documento discute estratégias de leitura e produção textual, abordando tópicos como leitura, compreensão, resumo e redação. Apresenta diretrizes para a aplicação de técnicas de leitura antes, durante e depois da leitura de um texto, além de instruções sobre a apresentação visual e produção de redações.
O documento discute a história da educação no Brasil desde a chegada dos jesuítas até o século XVI. Os jesuítas estabeleceram o primeiro sistema educacional no Brasil com escolas, seminários e colégios que ensinavam os filhos da elite. Eles usaram o Ratio Studiorum, um plano de ensino rígido com foco na memorização. Os jesuítas tiveram forte influência na sociedade brasileira, especialmente na formação da burguesia.
O documento discute a história da educação na Idade Moderna, especificamente no século XVII. Ele descreve o contexto histórico de implantação do capitalismo e mercantilismo, além do poder absoluto dos reis. Também discute pensadores como Descartes, Bacon, Locke e Galileu e suas contribuições para o pensamento moderno. Finalmente, apresenta alguns dos principais representantes da educação na época, como Comenius e Locke, e os diferentes tipos de instituições educacionais como escolas religiosas e públicas.
O documento discute a filosofia da educação, abordando conceitos como: (1) a origem da filosofia na Grécia antiga e seu objetivo de compreender o mundo de forma racional; (2) como a filosofia questiona valores e interpretações e deu origem às ciências; (3) a reflexão filosófica examina o pensamento humano e suas relações com o mundo.
O documento discute a origem da Sociologia da Educação no século 19 como resposta às Revoluções Industrial e Francesa. Também apresenta os principais pensadores da área, incluindo Auguste Comte, Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx, e como cada um abordou o papel da educação e da escola na sociedade.
O documento discute a didática e o papel do professor. A didática é mais do que técnica de ensinar, é também aprender a ensinar os conhecimentos produzidos historicamente. Um professor tem o poder de mudar uma sociedade e fazer a diferença como formador de opinião. A didática ajuda a organizar o pensamento do educador e encontrar o melhor método de ensino.
O documento discute a relação entre ética, violência e justiça de acordo com Paul Ricoeur. A ética, para Ricoeur, envolve a estima de si e a solicitude pelo outro vivendo bem em instituições justas. A justiça deve equilibrar o legal e o bom, e a pessoa agredida é mais do que a lei violada.
O documento discute como a educação está ligada à sociedade e ao trabalho. A educação forma os indivíduos para desempenharem seus papéis na produção capitalista e aceitarem as regras da sociedade. Há uma luta pela hegemonia entre a burguesia, que usa a escola para passar seus valores, e o proletariado, que busca a formação de consciências a favor da transformação social.
O documento apresenta os principais conceitos de Max Weber sobre ação social e tipos ideais de ação. A ação social é definida como uma conduta dotada de sentido voltada para outras pessoas. São descritos quatro tipos ideais de ação: racional com relação a fins, racional orientada por valores, afetiva e tradicional.
O documento discute a evolução do ensino de história no Brasil. Inicialmente, a história era ensinada com foco na memorização de fatos e datas, sem conexão com a realidade dos alunos. Mais recentemente, passou-se a enfatizar o desenvolvimento do senso crítico dos estudantes e a compreensão dos acontecimentos no contexto do presente e do passado. Os alunos devem ser capazes de identificar mudanças e permanências culturais e reconhecer a diversidade.
1) O documento descreve o contexto histórico da Idade Moderna entre os séculos XV e XVIII, incluindo o Renascimento, a Reforma Protestante e a Contra-Reforma Católica. 2) Discutiu o nascimento do colégio no século XVI e as características da educação jesuítica, protestante e secular na Europa. 3) Também menciona a Revolução Científica do século XVII e figuras como Galileu Galilei.
Max Weber, Sociologia Compreensiva e Legado WeberianoLuiz1123
Max Weber foi um importante sociólogo alemão conhecido por seu trabalho na sociologia compreensiva e estudos sobre religião, economia e burocracia. Ele acreditava que os indivíduos tomam ações racionais que constroem a sociedade e que o papel do sociólogo é compreender essas ações sem julgamento. Sua abordagem influenciou o estudo sociológico moderno.
O documento discute os gêneros textuais no ensino de Língua Portuguesa, definindo gêneros textuais como diferentes espécies de textos escritos ou falados que circulam na sociedade. Aborda a diferença entre gêneros e tipos textuais, e como os gêneros textuais devem ser trabalhados funcionalmente na sala de aula para que os alunos aprendam a lê-los e escrevê-los de acordo com seu contexto social. Também discute os domínios discursivos e suportes
O documento discute a relação entre cibercultura e sistemas de informação. Apresenta definições de ciberespaço e cibercultura e como novas tecnologias digitais geraram novos fenômenos culturais e sociais. Também reflete sobre como a internet revolucionou a sociedade de forma semelhante à Revolução Industrial e sobre como as tecnologias digitais integraram o mundo físico e virtual.
O positivismo foi uma corrente filosófica iniciada por Augusto Comte que defendia que o conhecimento deve se basear apenas nos fatos observáveis, rejeitando especulações metafísicas. Comte acreditava que a humanidade passou por estágios teológico, metafísico e positivo e que a ciência é cumulativa. Ele sistematizou as ciências em uma escala que vai da astronomia à sociologia, que ele considerava a mais complexa.
O documento discute a linguagem como um instrumento para pensar e comunicar ideias. Apresenta os tipos de signos linguísticos e suas funções na comunicação e no pensamento de acordo com teóricos como Pierce, Kant, Piaget e Vygotsky. Explica que a linguagem é crucial para o desenvolvimento do pensamento social e cognitivo da criança.
Neste capítulo são apresentados os principais conceitos de Estado, poder e política. Segundo as correntes liberal e marxista, o Estado surgiu com a divisão social do trabalho e é a instituição que detém o monopólio do uso da força, exercendo funções atribuídas pelas classes dominantes. Já o poder político é a forma pela qual a classe dominante garante seus interesses. A política surge dos conflitos entre classes e é mediada pelo Estado.
O documento discute o conceito de Indústria Cultural desenvolvido por Adorno e Horkheimer. A Indústria Cultural refere-se à capacidade do capitalismo de produzir bens culturais em larga escala como mercadoria. Ela leva à uniformização do sujeito e manipulação de sua autonomia através da produção em massa de produtos culturais como rádio, TV, cinema e música.
1) O documento discute o conceito de multiculturalismo e sua importância para o ensino da sociologia.
2) Multiculturalismo refere-se à existência de muitas culturas em uma localidade sem uma dominante, porém separadas geograficamente.
3) As políticas multiculturalistas visam resistir à homogeneidade cultural e valorizar a diversidade étnica e cultural.
O texto explica que a coruja se tornou símbolo da filosofia por influência da mitologia grega, já que Atena, deusa da sabedoria, tinha uma coruja como mascote. Na Grécia antiga, a noite era associada ao pensamento filosófico e a coruja, por ser uma ave noturna, passou a representar a busca pelo saber. Além disso, a coruja também era vista como símbolo da feiúra. Embora em outras culturas não tenha sido adotada como símbolo de inteligência,
Max Weber foi um sociólogo, jurista, historiador e economista alemão considerado um dos fundadores da sociologia moderna. Ele contribuiu para todas as áreas das ciências sociais exceto a antropologia e desenvolveu conceitos fundamentais como os tipos de ação social e as formas de dominação. Sua obra mais famosa foi A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, onde analisou como o protestantismo influenciou o desenvolvimento do capitalismo.
Max Weber's sociological thought is summarized in 3 sentences:
1) Max Weber analyzes the origins and development of capitalism in society and how it rationalizes and alienates humans.
2) He proposes that social action shapes society and leads to the emergence of social classes as humans seek power and accumulation of wealth.
3) Weber argues that under capitalism, humans become commodified and divided into two main classes - the bourgeoisie class that owns capital and the proletariat class that sells their labor.
Este documento apresenta um resumo da disciplina Sociologia da Educação, com objetivos de analisar a contribuição de autores clássicos para o surgimento da Sociologia e compreender a importância do trabalho e do Estado na sociedade. Além disso, busca discutir como o contexto social influencia a educação e o trabalho docente.
Max Weber contribuiu para a sociologia alemã enfatizando a importância da perspectiva histórica e da compreensão dos contextos sociais específicos. Ele defendia que as ações sociais só fazem sentido quando compreendidas à luz dos motivos e valores dos indivíduos. A racionalização da vida social é um processo central da modernidade.
1) Max Weber desenvolveu o conceito de "tipo ideal" para analisar fragmentos da realidade social de forma sistemática.
2) Weber definia ação social como comportamentos cuja origem depende da reação ou expectativa de outras pessoas.
3) Weber identificou quatro tipos de ação social: racional com relação a valores, emocional/afetiva, tradicional e racional com relação a fins.
El documento resume la biografía y obra del sociólogo alemán Max Weber. Detalla sus estudios universitarios en derecho, historia y economía y sus principales libros como Ética protestante y espíritu del capitalismo y Economía y sociedad. Explica que Weber propuso un método comprensivo para las ciencias sociales basado en la interpretación para entender las acciones humanas. También define conceptos clave como hermenéutica, tradición y racionalidad defendidos por Weber.
Max Weber (1864-1920) foi um sociólogo alemão que estudou as interações sociais e tipos de ação social. Ele definiu a sociologia como o estudo das interações significativas entre indivíduos e desenvolveu conceitos como status social e tipos ideais de ação para analisar a conduta humana. Sua esposa Marianne também foi uma pioneira no campo acadêmico.
A Sociologia da Educação entre o Funcionalismo e o Pós-Modernismo: os Temas e os Problemas de uma Tradição discute três principais perspectivas de análise na Sociologia da Educação: 1) A perspectiva funcionalista que vê a educação como contribuindo para a manutenção da ordem social existente, 2) A perspectiva crítica influenciada por Marx que enfatiza o papel da educação na reprodução das desigualdades de classe através da manipulação das consciências, 3) Perspectivas pós-modernas que re
O desafio do conhecimento pesquisa qualitativa em saúderegianesobrinho
1) O livro discute pesquisa qualitativa em saúde, abordando conceitos, correntes de pensamento e métodos.
2) A autora analisa positivismo, sociologia compreensiva, marxismo e pensamento sistêmico, defendendo uma abordagem que una objetividade e subjetividade.
3) O livro fornece detalhes sobre técnicas de pesquisa qualitativa como observação, entrevistas e análise de dados, visando ajudar pesquisadores a compreender e aplicar melhor esses métodos.
O documento discute a sociologia de Max Weber, que se opôs ao positivismo e enfatizou a importância da pesquisa histórica para compreender as sociedades. Weber via a ação social como seu objeto de estudo, focando no sentido dado pelos indivíduos às suas ações. Ele desenvolveu tipos ideais de ação para analisar comportamentos sociais.
O documento resume os principais conceitos da sociologia de Max Weber, incluindo sua abordagem histórica e compreensiva das sociedades, seu foco na ação social dotada de sentido e na compreensão do sentido dado pelos atores às suas ações, e sua noção de tipos ideais para analisar a realidade social.
Este documento discute a sociologia de Max Weber e como ele abordou o estudo das sociedades de uma perspectiva histórica, enfatizando a compreensão em vez de explicação. Weber viu a ação social como tendo um sentido subjetivo e procurou compreender os tipos ideais de ação. Ele também analisou como valores como a ética protestante influenciaram o surgimento do capitalismo moderno.
Nova teoria-dos-movimentos-sociais---maria-da-gloria-gohnRosane Domingues
Neste livro, a autora mapeia as novas teorias dos movimentos sociais que surgiram nos últimos dez anos. Ela discute como as teorias contemporâneas analisam as ações coletivas e foca nas novas categorias de análise, como identidade, território e desigualdade social. A autora também destaca a contribuição do sociólogo Alain Touraine para o estudo dos movimentos sociais.
Max Weber foi um sociólogo alemão influente do século XX. Sua biografia inclui estudos em várias áreas e trabalho como professor universitário. Ele desenvolveu uma abordagem interpretativa para compreender a ação social e tipos ideais para analisar a sociedade. Sua obra analisou como a ética protestante influenciou o surgimento do capitalismo moderno e como a racionalização mudou o mundo.
Este artigo apresenta três conceitos fundamentais de Vigotski: 1) o desenvolvimento humano ocorre através da interação social e da apropriação cultural; 2) as funções psicológicas superiores surgem por meio da mediação social e 3) essas funções se organizam em um sistema de nexos interdependentes.
1. O documento discute as raízes marxistas do pensamento de Vigotski e como o marxismo influenciou seu desenvolvimento da psicologia histórico-cultural.
2. Vigotski incorporou métodos e princípios marxistas como o materialismo histórico-dialético e a noção de mediação por ferramentas e signos.
3. Tentativas de separar Vigotski do marxismo subestimam suas escolhas metodológicas e desrespeitam suas convicções teóricas.
O documento é uma recensão crítica da primeira parte do livro "Subsídios breves para o debate de princípios e valores na formação política do (a) Educador (a) Social". Resume os principais pontos abordados no livro sobre ideologias políticas modernas. Discute como a autora analisa conceitos de ideologia e apresenta diferentes ideologias como liberalismo, conservadorismo e socialismo.
O documento discute as visões de história de positivistas e de Weber. Os positivistas viam a história como um processo evolutivo universal com estágios sucessivos, enquanto Weber via a história como única para cada sociedade, resultante de fatores políticos, culturais e religiosos além de econômicos.
O QUE É SOCIOLOGIA? A sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório, materializado da seguinte maneira:
Para uns ela representa uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes.
Para outros trata-se de uma teoria dos movimentos revolucionários.
1) O documento discute as visões de história de Weber e dos positivistas como Durkheim; 2) Enquanto os positivistas viam a história como um processo evolutivo universal, Weber enfatizava as diferenças entre sociedades devido a suas origens únicas; 3) Weber acreditava que o conhecimento histórico era essencial para entender as particularidades de cada sociedade no presente.
Critical Introduction to the history of sociological thought.pdfPeter R Beck
Este documento apresenta uma introdução crítica aos pensamentos sociológicos de Marx, Durkheim e Weber, discutindo suas raízes filosóficas e influências no pensamento sociológico moderno. O texto defende que (1) entender a sociologia requer analisar seus fundamentos filosóficos, notadamente as duas vertentes da filosofia do Iluminismo e como foram recebidas na filosofia pós-Iluminista; (2) revisões curriculares que negligenciam esta análise correm o risco de reduzir a
Sociedade alemã a contribuição de max weberViviane Guerra
O documento descreve a contribuição do sociólogo alemão Max Weber para o desenvolvimento da sociologia, especialmente sua análise da ação social e do tipo ideal. O texto fornece detalhes sobre a vida e obra de Weber, incluindo sua principal obra "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo".
1) O documento discute as contribuições de Vigotski para a compreensão do psiquismo humano, especificamente sua concepção das Funções Psicológicas Superiores como um sistema de nexos.
2) Vigotski via o desenvolvimento humano como um processo revolucionário mediado culturalmente, no qual as funções psicológicas passam de natural a cultural através da atividade e interação social.
3) As Funções Psicológicas Superiores como memória, pensamento, fala, entre outras, formam um sistema psicológico complex
Este documento discute a aplicação do método dialético no ensino de sociologia no ensino médio. Primeiro, explica os conceitos e fundamentos do método dialético de acordo com Marx. Segundo, analisa as diretrizes curriculares nacionais de sociologia para o ensino médio. Por fim, sugere duas temáticas - neoliberalismo e educação ambiental - que podem ser ensinadas usando o método dialético.
[1] O documento discute a evolução da Sociologia como ciência, desde seus fundadores como Comte e Durkheim até teóricos contemporâneos como Wallerstein. [2] Apresenta as principais abordagens teóricas da Sociologia, como o funcionalismo de Comte e Durkheim, a compreensão de Weber e o materialismo dialético de Marx. [3] Destaca a teoria do sistema-mundo de Wallerstein, que propõe analisar a sociedade globalmente ao invés de apenas os Estados-nação.
Este documento discute as contribuições da filosofia para a educação. A filosofia pode contribuir de três maneiras principais: 1) Fornecendo uma reflexão crítica sobre a educação que ajuda a esclarecer seus objetivos e relação com outras áreas; 2) Atuando como vigilância crítica sobre a prática educacional para evitar desvios burocráticos; 3) Dando acesso aos pensamentos clássicos que formulam soluções conceituais para os grandes problemas de cada época.
Livro de pedagogia universal - uma persctivaJaineSoares6
O documento descreve os principais pensadores e correntes que influenciaram o desenvolvimento da sociologia, incluindo Auguste Comte, Karl Marx, o positivismo e o materialismo histórico. Aborda como a sociologia surgiu para compreender a sociedade moderna e como foi sistematizada por Auguste Comte como uma ciência que estuda a estrutura e o funcionamento das sociedades humanas.
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Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
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Slideshare Lição 10, Betel, Ordenança para buscar a paz e fazer o bem, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
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Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
4 weber e a educacao
1. Contrapontos - ano 2 - n. 5 - p. 237-250 - Itajaí, maio/ago. 2002 207
1
Mestre em sociologia
política. Doutorando em
sociologia política (UFSC).
Professor do curso de
pedagogia da FEBE
(Fundação Educacional de
Brusque) e do mestrado
profissionalizante de gestão
em políticas públicas da
Univali. E-mail:
carlos@febe.edu.br
ResumoResumoResumoResumoResumo
Este artigo destaca a contribuição do sociólogo Max Weber para os estudos
educacionais, destacando sua tipologia das formas de educação(educação
carismática, especializada e humanística) e sua visão da evolução histórica das
formas de educação, caracterizada como um progressivo processo de
racionalização, na qual a educação assume cada vez mais um aspecto técnico.
AbstractAbstractAbstractAbstractAbstract
This article highlights the contribution of the sociologist Max Weber to the
educational studies, presenting its typology of education forms(charismatic,
specialized and humanistic education) and his view of the historic evolution of
the education forms, characterized as a progressive process of rationalization, in
which the education assumes always more a technical aspect.
PPPPPalavrasalavrasalavrasalavrasalavras-----chave:chave:chave:chave:chave:
Max Weber, sociologia da educação, tipologia das formas de educação,
racionalização social.
Key-words:Key-words:Key-words:Key-words:Key-words:
Max Weber, sociology of education, typology of the education forms, social
rationalization.
MAX WEBER E AMAX WEBER E AMAX WEBER E AMAX WEBER E AMAX WEBER E A
SOCIOLSOCIOLSOCIOLSOCIOLSOCIOLOGIA DOGIA DOGIA DOGIA DOGIA DAAAAA
EDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃO
Carlos Eduardo Sell1
2. 208 Waldir Lourenço Gonçalves - UMA CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE À
EDUCAÇÃO: o desenraizamento e o multiculturalismo
Ao contrário do que ocorre na teoria social, Max Weber (1864-1920) é um
autor pouco conhecido nos estudos sobre educação. Situação curiosa, tendo em
vista que ao lado de Émile Durkheim (1858-1917) e Karl Marx (1818-1883)
este pensador é considerado um dos pais fundadores da sociologia2
. Mas, enquanto
os dois pensadores acima mencionados influenciaram consideravelmente a
sociologia da educação, legando-nos as já conhecidas abordagens funcionalista
e marxista da educação, existem raras tentativas de construção de uma abordagem
weberiana sobre os fenômenos educacionais3
.
Partindo desta constatação, o objetivo deste breve ensaio é destacar algumas
categorias da obra weberiana que poderiam enriquecer o repertório da sociologia
da educação na sua tentativa de explicar o fenômeno educativo como
comportamento social. O artigo divide-se em três partes. Primeiramente,
apresentam-se os principais elementos teóricos e metodológicos da sociologia
weberiana. Na segunda parte, utilizamo-nos da teoria weberiana dos tipos ideais
para apresentar a tipologia das formas de educação exposta pelo autor no texto
“A religião da China”. Na terceira parte, por sua vez, utilizamo-nos da teoria
weberiana da racionalização social para desenhar um quadro de evolução
histórica da educação no Ocidente. Em nossas considerações finais destacamos
em que medida um aproche weberiano da educação ajuda a superar alguns limites
das abordagens tradicionais sobre o assunto.
2
Para uma abordagem
introdutória a respeito dos
clássicos da sociologia,
vide o texto de Sell
(2002).
3
Uma notável exceção
são as referências
desenvolvidas por
Rodrigues (2000).
Sociologia weberianaSociologia weberianaSociologia weberianaSociologia weberianaSociologia weberiana
Neste tópico apresentamos ao leitor não familiarizado com a teoria sociológica
alguns elementos para entender – em seus traços globais – a sociologia de Max
Weber. Por outro lado este tópico também nos permitirá desenvolver os pontos
seguintes, nos quais retomaremos alguns dos conceitos que serão expostos a
seguir para pensar os fenômenos educacionais.
Do ponto de vista metodológico Weber deixou sua marca na sociologia por
romper com os pressupostos teóricos do positivismo e do funcionalismo,
inaugurando uma nova forma de abordar a realidade social. Em primeiro lugar,
Weber salienta que as ciências sociais distinguem-se das ciências da natureza
pelo seu caráter interpretativo ou hermenêutico4
. Em segundo lugar, o ponto de
partida da análise sociológica, segundo este autor, reside no indivíduo, e não nas
estruturas sociais. Weber inaugura, assim, o chamado “individualismo
metodológico” que parte da premissa de que as estruturas sociais são explicadas
a partir do sentido conferido pelos indivíduos ao seu comportamento. Por isso,
a sociologia parte da análise da “ação social” que Weber divide em 4 tipos
principais: ação racional com relação a fins, ação racional com relação a valores,
ação afetiva e ação tradicional5
.
4
Uma apresentação
bastante cuidadosa dos
aspectos metodológicos
da obra de Weber pode
ser encontrada em Saint-
Pierre (1994). Os textos
de Weber que tratam do
assunto estão reunidos na
obra “Metodologia das
Ciências Sociais (1992 e
1995).
5
A tipologia das formas
de ação é apresentada por
Weber em sua obra
Economia e Sociedade
(1994, p. 15-16).
3. Contrapontos - ano 2 - n. 5 - p. 237-250 - Itajaí, maio/ago. 2002 209
Todavia, não é somente pelas suas análises teóricas que Weber é conhecido na
sociologia. Neste autor encontramos uma das mais primorosas análises do
nascimento e do desenvolvimento da sociedade moderna. Tomando como fio
condutor o estudo das religiões, este teórico de Heidelberg vai afirmar que a
marca específica da civilização ocidental é a RACIONALIZAÇÃO6
, como ele
mesmo deixa claro em sua “Introdução à ética econômica das religiões mundiais”
que abre o volume um de seus “Ensaios de Sociologia da Religião”:
“Racionalizaçõestemexistidoemtodasasculturas,nosmaisdiversossetores
edostiposmaisdiferentes.Paracaracterizarsuadiferençadopontodevista
da história da cultura, deve-se primeiro ver em que esfera e direção elas
ocorrem. Por isso, surge novamente o problema de reconhecer a
peculiaridadeespecíficadoracionalismoocidentale,dentrodestemoderno
racionalismoocidental,odeesclarecerasuaorigem.”(1996,p.11).
Os estudos de sociologia da religião de Max Weber podem ser divididos em dois
momentos. Na primeira fase de sua obra Weber analisa a realidade ocidental e
busca verificar em que medida a ética de vida do protestantismo ascético teria
sido uma das principais causas da origem do moderno capitalismo ocidental7
.
Na segunda fase, seus estudos se deslocam do Ocidente para o Oriente, para
analisar a ligação entre economia e religião na China (confucionismo e taoísmo)
e na India (hinduísmo e budismo), sem esquecer ainda do judaísmo e até do
islamismo.
Portanto, é estudando de forma comparativa as grandes religiões mundiais que
este pensador busca entender os processos de evolução ou transformação social.
De acordo com esta abordagem, o processo de transformação social caracteriza-
se por um longo processo mediante o qual as forças da razão (a ciência e a
técnica) vão substituindo as forças da religião. Deste modo, a sociologia da
racionalização de Weber desemboca em uma teoria da secularização, ou, para
utilizar uma expressão célebre na obra do autor, em uma teoria do
“desencantamento do mundo8
”.
Todavia, longe de aderir aos ideais iluministas e positivistas de exaltação da
razão, Weber também enxerga as contradições envolvidas neste processo9
. Para
ele, a expansão do Estado (burocracia) e do mercado (capitalismo), ou seja, as
grandes forças racionalizadoras da sociedade moderna, trazem como conseqüência
a perda de sentido e a perda de liberdade, como ele mesmo demonstra neste
trecho célebre, no qual o pensador refere-se explicitamente ao capitalismo:
“O puritano queria tornar-se um profissional, e todos tiveram que
segui-lo. Pois, quando o ascetismo foi levado para fora dos mosteiros
e transferido para a vida profissional, fê-lo contribuindo
poderosamente para a formação da moderna ordem econômica e
técnica ligada à produção em série da máquina, que atualmente
determina de maneira violenta o estilo de vida de todo o indivíduo
nascido sob este sistema (...), e quem sabe o determinará até que a
última tonelada de combustível tiver sido gasta”(1996, p. 131).
6
Para uma abordagem
introdutória ao assunto,
conferir o excelente texto
de Jessé de Souza (2000,
p. 19-42).
7
Pertencem a esta fase as
seguintes obras de Weber:
“As seitas protestantes e o
espírito do
capitalismo”(1904) e o seu
texto mais famoso “A
ética protestante e o
espírito do capitalismo “
(1905).
9
Embora, sob certo
aspecto, Weber seja um
crítico do racionalismo
ocidental, isto não
enquadra o autor dentro
das teorias pós-modernas.
Maiores esclarecimentos,
vide a obra de Souza
(1997, p. 59-74).
8
Para uma discussão
crítica sobre o conceito de
secularização, ver o texto
de Pierucci (1998).
4. 210 Waldir Lourenço Gonçalves - UMA CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE À
EDUCAÇÃO: o desenraizamento e o multiculturalismo
TTTTTipologia das formasipologia das formasipologia das formasipologia das formasipologia das formas
de educaçãode educaçãode educaçãode educaçãode educação
Mas, além de falar da modernidade como um todo, teria Weber se dedicado a
analisar especificamente o fenômeno da educação? De fato, este tema nunca foi
exaustivamente desenvolvido pelo autor. Todavia, no texto conhecido como
“A religião da China”, quando Weber trata do papel dos letrados ou mandarins
chineses naquela sociedade, encontramos uma explícita menção do pensador a
diferentes tipos ideais de educação.
Mas, antes de entrar diretamente no assunto, é preciso esclarecer que a expressão
“tipos ideais” possui um significado bem preciso na teoria weberiana. Através
desta categoria – que é de ordem epistemológica – Weber chama a atenção para
o fato de que a construção de conceitos sociológicos implica em um processo de
abstração e recorte da realidade a partir de um ângulo específico. Portanto, os
conceitos serão sempre tipos ideais na medida em que nunca se acham de forma
pura na realidade. Ou, dito de outra forma, todo conceito é apenas uma construção
teórica elaborada pelo sociólogo que organiza a realidade social conforme
determinadas categorias, como explica o próprio autor:
“Obtém-se um tipo ideal mediante a acentuação unilateral de um ou
váriospontosdevista,emedianteoencadeamentodegrandequantidade
de fenômenos isolados dados, difusos e discretos, que se podem dar em
maioroumenornúmerooumesmofaltarporcompleto,equeseordenam
segundoospontosdevistaunilateralmenteacentuados,afimdeseformar
um quadro homogêneo de pensamento” (1991, p. 106).
No texto que estamos examinado, Weber é muito claro e logo adverte que “na
verdade, não podemos, aqui, de passagem, dar uma tipologia sociológica dos
fins e meios pedagógicos, mas talvez possamos fazer algumas observações” (1982,
p. 482). A seguir, aparecem então três tipos ideais de educação:
“Historicamente, os dois pólos opostos no campo das finalidades
educacionais são: despertar o carisma, isto é, qualidades heróicas ou
donsmágicos;etransmitiroconhecimentoespecializado(...).Sãoporém
pólos opostos dos tipos de educação e formam os contrastes radicais.
Entre eles estão aqueles tipos que pretendem preparar o aluno para
umacondutadevida,sejadecarátermundanooureligioso.Dequalquer
modo, a conduta de vida é a conduta do estamento” (idem, p. 482).
A primeira observação a fazer é que esta tipologia das formas de educação segue
de perto a tão famosa tipologia dos tipos de dominação de Weber, a saber: a
dominação carismática, a dominação racional-legal e a dominação tradicional10
.
Aliás, é o próprio Weber que confirma isto: “o primeiro tipo corresponde à
estrutura carismática do domínio; o segundo corresponde à estrutura (moderna)
de domínio, racional e burocrático” (ide m, p. 482).
10
Os tipos de dominação
são apresentados por
Weber em sua obra
Economia e Sociedade
(1994, p. 33).
5. Contrapontos - ano 2 - n. 5 - p. 237-250 - Itajaí, maio/ago. 2002 211
Resumindo, podemos apresentar os tipos ideais de educação de Max Weber da
seguinte forma:
a) educação carismática: conforme explica Weber “isto significa que eles [os
educadores] simplesmente desejavam despertar e testar uma capacidade
considerada como um dom de graça exclusivamente pessoal, pois não se pode
ensinar nem preparar um carisma” (idem, p. 482). Entre os exemplos citados por
Weber estão os mágicos (ou feiticeiros) e os heróis guerreiros.
b) educação especializada: de acordo com a explicação de Weber trata-se das
“tentativas especializadas de treinar o aluno para finalidades úteis à administração
– na organização das autoridades públicas, escritórios, oficinas, laboratórios
industriais, exércitos disciplinados” (idem, p. 482). Weber esclarece ainda que
este treinamento pode ser realizado com qualquer pessoa.
c) educação humanística:retomandoostermosweberianostemosque“apedagogia
docultivo,finalmenteprocuraeducarumtipodehomem,cujanaturezadependedo
ideal de cultura da respectiva camada decisiva. E isto significa educar um homem
para certo comportamento interior e exterior” (idem, p. 483). Entre os exemplos
citados pelo autor está a camada dos guerreiros no Japão, no qual “a educação visará
afazerdoalunoumcavalheiroeumcortesãoestilizado,quedesprezaoshomensque
usam a pena, tal como os samurais japoneses os desprezaram” (idem, p. 483).
Depois destas definições conceituais Weber se dirige para a realidade,
perguntando-se pelo caráter da educação chinesa: “o importante, no caso, é
definir a posição da educação chinesa em termos dessas formas” (idem, p. 482).
Partindo dos seus tipos ideais Weber assinala que a educação chinesa não se
tratava de uma educação carismática nem especializada: “os chineses não
comprovavam habilitações especiais, como os nossos modernos e racionais exames
burocráticosparajuristas,médicos,técnicos.Nemcomprovavamosexameschineses
apossedecarismas,comoofazemos“julgamentos”típicosdosmágicosedasligasde
solteiros” (idem, p. 483-484). Logo, a educação chinesa faz parte do terceiro tipo
ideal (educação para uma conduta de vida): “os exames da China comprovavam se
amentedocandidatoestavaembebidadeliteraturaeseelepossuíaounãoosmodos
depensaradequadosaumhomemcultoeresultantesdoconhecimentodaliteratura
(...). Era uma educação literária altamente exclusiva e livresca” (idem, p. 484).
Entre os outros traços importantes da educação chinesa, Weber esclarece que a
literatura chinesa tratava especialmente de hinos, contos épicos e casuística
em ritual e cerimônia. Portanto, ela quase não possuía um caráter técnico.
Outro dado importante é que a escrita chinesa era (e ainda é) essencialmente
visual ou pictórica. Isso impediu que o pensamento chinês evoluísse para
uma filosofia racional, como aconteceu com o pensamento helênico: “apesar
das qualidades lógicas da língua, o pensamento chinês continuou apegado
ao pictórico e descritivo. O poder do lógos, da definição e raciocínio, não
foi acessível aos chineses” (idem, p. 487). Além disso, Weber lembra ainda
6. 212 Waldir Lourenço Gonçalves - UMA CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE À
EDUCAÇÃO: o desenraizamento e o multiculturalismo
que o objetivo da educação chinesa era formar quadros burocráticos para o
Estado Chinês. Assim, ainda que esta educação desconhecesse o cálculo, isto
determinou o caráter mundano do sistema educacional chinês, embora os
mandarins fossem vistos pelo povo de forma mágico-carismática.
Educação eEducação eEducação eEducação eEducação e
racionalização socialracionalização socialracionalização socialracionalização socialracionalização social
No texto que estamos utilizando, Weber também faz várias referências à educação
ocidental,mostrandosuasdiferençasparacomaeducaçãochinesa.Mas,comoestas
menções de Weber são feitas sempre de modo casual e assistemático, pretendemos
interpretar estes fragmentos à luz da teoria weberiana da racionalização.
Importa destacar que, de forma geral, as teorias sociológicas da educação
costumam adotar um procedimento semelhante. Ou seja, a maioria dos estudiosos
buscam deduzir da teoria social dos clássicos da sociologia (especialmente
Durkheim e Marx) elementos para pensar o processo educativo. Assim, sob a
ótica funcionalista, a escola desenvolve-se no decorrer do processo de
diferenciação social tendo como função social específica reproduzir a ordem
social. Já sob a ótica marxista, a educação é interpretada a luz da luta de classes,
ora como elemento de dominação ideológica, ora como elemento de
transformação social (neste caso, destacam-se especialmente os estudos inspirados
em Gramsci)11
. Neste tópico, adotamos uma estratégia semelhante, destacando
como a tese da racionalização (que foi exposta em tópico anterior) pode nos
fornecer uma nova perspectiva para pensar a evolução sócio-histórica da
educação ocidental.
Comecemos pelas referências de Weber à educação helênica. O autor destaca
que, de forma semelhante à educação chinesa, o processo educativo entre os
gregos também era de caráter essencialmente literário. Mas, ao contrário de
outras civilizações, onde a educação estava na mão de sacerdotes ou clérigos, a
educação literária grega era realizada por camadas leigas:
“O caráter literário da educação na Índia, judaísmo, cristianismo
e islã, resultou do fato de que estava completamente nas mãos dos
brâmanes e rabinos dotados de conhecimentos literários, ou de
clérigos ou monges de religiões livrescas, profissionalmente
treinados em literatura. Enquanto a educação foi helênica, e não
“helenística”, o homem de cultura helênica era, e continuou sendo,
principalmente, efebo e hoplita”. (idem, p. 484).
Outro traço da educação helênica foi seu caráter racionalista, principalmente
por causa das características da língua grega, que adotou a formulação silábica:
“(...) a língua chinesa foi incapaz de oferecer seus serviços à poesia ou ao
11
Entre os exemplos de
manuais que adotam ou
discutem estas
perspectivas, podemos
mencionar Meksenas
(1993) e Petitat (1994).
7. Contrapontos - ano 2 - n. 5 - p. 237-250 - Itajaí, maio/ago. 2002 213
pensamento sistemático (...). Isto contrasta acentuadamente com o helenismo,
para o qual a conversação significava tudo, e a tradução no estilo do diálogo era
a forma adequada de toda experiência e contemplação” (idem, p. 486).
Assim, tanto a camada social que se dedicava à educação na Grécia (leigos) como
a forma lingüística adotada por este povo são alguns dos fatores que explicam
porque a Grécia conheceu o aparecimento de uma forma de filosofia racional,
como podemos ver pelas referências que Weber (idem, p. 489) faz ao assunto:
“A própria filosofia chinesa não tem um caráter especulativo,
sistemático, como a filosofia helênica, em sentido diferente, o
ensino teológico indiano e ocidental (...) A filosofia chinesa não
deu origem ao escolasticismo porque não se dedicava
profissionalmente à lógica, como as filosofias do ocidente e do
oriente médio, ambas baseadas no pensamento helenista (...). Isto
significa que os problemas básicos a toda filosofia ocidental
continuaram desconhecidos da filosofia chinesa (...)”.
Outro modelo histórico de educação mencionado várias vezes por Weber é a
educação medieval. Embora as universidade medievais fossem dominadas pelos
clérigos católicos, elas se caracterizavam pelas suas preocupações práticas, seja
no sentido de desenvolver uma doutrina jurídica, seja no sentido de desenvolver
uma teologia racional: “as universidades cristãs da Idade Média originaram-se da
necessidade,práticaeideal,deumadoutrinajurídicaracional,mundanaeeclesiástica,
e de uma teologia racional (dialética)” (idem, p. 488). Além disso, preocupações
práticas também caracterizavam a educação dos cavaleiros e dos nobres: “na Idade
Média, a educação militar do cavaleiro, e mais tarde a educação nobre do salão da
Renascença, proporcionaram um suplemente correspondente, embora socialmente
diferente, à educação transmitida pelos livros, sacerdotes e monges” (idem, p. 484).
Finalmente, falando da educação moderna, Weber toma como exemplo o caso
da Alemanha, e constata o conflito entre uma concepção humanista de educação
uma concepção técnica de educação:
“NaAlemanha,essaeducação[trata-sedaeducaçãohumanista]foi,até
recentemente e de forma quase exclusiva, uma condição preliminar
paraacarreiraoficialquelevaaposiçõesdecomandonaadministração
civil e militar. Ao mesmo tempo, essa educação humanista marcou os
alunos que se preparavam para tais carreiras, como pertencendo
socialmente ao estamento culto. Na Alemanha porém – e trata-se de
uma diferença muito importante entre a China e o Ocidente – o
treinamentoracionaleespecializadofoiacrescentadoaessaqualificação
educacional honorífica, que substituiu em parte” (idem, p. 483).
Portanto, todas as vezes em que discorre sobre a educação ocidental (helênica,
medieval e moderna), Weber insiste nas características racionais desta última.
Na Grécia, pelo seu caráter leigo e filosófico; na Idade Média pelo seu caráter
prático e; finalmente, na idade moderna pelo seu caráter técnico. Em suma, o
processo histórico de desenvolvimento da educação no Ocidente também é
8. 214 Waldir Lourenço Gonçalves - UMA CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE À
EDUCAÇÃO: o desenraizamento e o multiculturalismo
pensado por Weber em termos de um “processo de racionalização”. Além disso,
a vitória da educação técnica sobre a educação humanística na Alemanha
também demonstra como a força avassaladora do processo de “desencantamento”
e “secularização do mundo” atinge todas as esferas da vida social, inclusive a
educação.
Considerações FConsiderações FConsiderações FConsiderações FConsiderações Finaisinaisinaisinaisinais
Uma análise retrospectica destes elementos gerais para a construção de uma
“sociologia weberiana da educação” demonstra claramente que Weber é um
autor extremamente fecundo para pensar sociologicamente os fenômenos
educacionais. Neste autor encontramos tanto uma formulação teórica (os tipos
ideais de educação) quanto uma formulação empírica(educação chinesa e
educação ocidental) dos processos educativos.
Assim, de um ponto de vista teórico, a tipologia das formas de
educação(educação carismática, especializada e humanista) proposta por Weber
representa um poderoso instrumento para pensar as características que definem
diferentes espaços e formas de ensino-aprendizagem. Já do ponto de vista empírico,
Weber nos mostra como a educação ocidental vai sendo cada vez mais
racionalizada e secularizada, perdendo aos poucos seus fundamentos religioso-
metafísicos. Com o seu olhar crítico, Weber aponta para o fato de que se ganha
em especialização e produtividade, mas perde-se o conteúdo ético e valorativo
da educação.
Desta forma, os teóricos da sociologia da educação ganhariam bem mais se
deixassem de lado a abordagem dualista e dicotômica que costuma ser
apresentada nos manuais de sociologia da educação e extraíssem de Max Weber
uma sociologia da educação que reúne o que há de melhor na sociologia clássica:
uma profunda análise teórica, empírica e crítica.
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______. Max Weber e a singularidade da cultura ocidental. A modernização seletiva.
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