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NESTA AULA
 Marx: vida e obra;
 Materialismo Histórico;
 Modos de Produção;
 Formação Social.
“O principal objetivo dele
era desmontar e
refazer tudo”.
Engels
- Burguesa;
- Anarquistas;
- Exploração de classe
A realidade não é natural, não é sagrada,
não é eterna... Tudo parece fora do lugar
Karl Marx:
 1841 (23 anos): defende o doutorado.
 1843 (25): casa-se e vai para a França.
 1844 (26): O jovem Marx se posiciona.
- CRÍTICA DA FILOSOFIA DO DIREITO DE HEGEL.
- QUESTÃO JUDAICA.
- MANUSCRITOS ECONÔMICOS E FILOSÓFICOS.
- A SAGRADA FAMÍLIA.
 1845 (27): Marx se torna Marxista. É
expulso da França. Vai para Bruxelas.
- TESES SOBRE FEUERBACH.
- A IDEOLOGIA ALEMÃ
[1818-1883] = 65 anos
“Nunca alguém
falou tanto em
capital sem ter
nada no bolso”.
1867 (49) – O Capital: "Revelar a LEI
ECONÔMICA do movimento da sociedade
moderna".
1883 (65 anos): Morre Marx (14 de março).
- 1894 – Engels publica o 3º Tomo de O Capital;
- 1895 – Engels morre.
1848 (30):
- O MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA
“Um espectro ronda a Europa, todas as velhas
potências se unem para conjurá-lo”.
“O proletariado tem a missão de não somente
eliminar o explorado, mas por fim a exploração”.
1849 – Marx migra para Londres.
1850 – Marx se encontrava em miséria total.
 1849 (31): Marx migra para LONDRES.
1850-51 (32):
Marx e sua família caem numa miséria total. Dois de
seus filhos morrem (dois recém nascidos). Alimentava-
se de pão e batata. Não teve como pagar o aluguel foi
despejado. Foi morar num lugarejo insalubre, adquiriu
furúnculos. Preocupação diária com o que havia de
comer. Por vezes, foi morar na casa de Engels.
 1857 (39)
FORMAÇÕES ECONÔMICAS PRÉ-CAPITALISTAS.
CONTRIBUIÇÃO À CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA
“Estou tão
atormentado
quanto Jó,
embora não seja
tão temente a
Deus”.
MATERIALISMO
HISTÓRICO
DIALÉTICO
“As premissas de que
partimos não são
arbitrárias, dogmas; são
bases reais [...] são os
indivíduos reais, sua
ação e suas condições
materiais de existência
[...] Essas bases são
verificáveis por via
puramente empíricas”.
Marx e Engels.A Ideologia
Alemã.
MATERIALISMO
HISTÓRICO DIALÉTICO
Socialismo
Francês
Filosofia
Alemã Economia
Inglesa
Materialismo
e Dialética
Crítica à
Propriedade
Privada
Trabalho =
Riqueza
MATERIALISMO: a matéria é incriada e,
portanto, é a substância primeira. O social
parte do biológico.
HISTÓRICO: os fenômenos econômicos tem
primazia sobre os outros fenômenos.
DIALÉTICO: o movimento oriundo das
contradições internas da matéria.
“A tese fundamental do
materialismo histórico
consiste em explicar o
conjunto dos processos
históricos produzidos
numa sociedade a partir
de uma infraestrutura
na qual se combinam
diferentes relações de
produção”.
“Esta concepção da
história, portanto,
tem por base o
desenvolvimento
do processo real da
produção, e isso
partindo da
produção material
da vida imediata”.
“Todos os homens devem ter condições de
viver para poder fazer a história. Mas para
viver, é preciso antes de tudo beber, comer,
morar, vestir-se e algumas outras coisas mais.
O primeiro fato histórico é, portanto, a
produção dos meios que permitem satisfazer
essas necessidades, a produção da própria
vida material. E isso constitui um fato
histórico”.
Marx e Engels.A Ideologia Alemã.
“Não é a consciência do homem que
determina o seu ser, mas, pelo
contrário, o seu ser social é que
determina a sua consciência [...]
Não podemos julgar um indivíduo
pelo que ele pensa de si mesmo, não
podemos tampouco julgar estas
épocas de revolução pela sua
consciência, mas, pelo contrário, é
necessário explicar esta consciência
pelas contradições da vida material,
pelo conflito existente entre as
forças produtivas sociais e as
relações de produção”
“Indivíduos determinados, com atividade produtiva
segundo um modo determinado, entram em
relações sociais e políticas determinadas.
Em cada caso isolado, a observação empírica deve
mostrar nos fatos, e sem nenhuma especulação, nem
mistificação, a ligação entre a estrutura social e
política e a produção [...]
A produção das idéias, das representações e da
consciência está, a princípio, direta e intimamente
ligada à atividade material”
Marx & Engels.A Ideologia Alemã.
“Ela não explica a prática segundo a idéia, explica a
formação das idéias segundo a prática material.
Chega-se ao resultado de que todas as formas e
produtos da consciência podem ser resolvidos não
por meio da crítica intelectual [...] mas unicamente
pela derrubada efetiva das relações sociais concretas
de onde surgiram essas baboseiras idealistas.
A Revolução e não a crítica é a verdadeira
força motriz da história”
Marx e Engels. A Ideologia Alemã.
“Assim como não se julga um
indivíduo pela idéia que ele
faz de si mesmo, não se
poderá julgar uma época de
transformação pelo que ela
teve de si. É preciso, pelo
contrário, explicar esta
consciência pelas
contradições da vida material,
pelo conflito que existe entre
as forças produtivas sociais e
as relações de produção”.
(Cap. O Método da Economia Política).
“A anatomia do homem é a chave da
anatomia do macaco... a economia
burguesa nos dá a chave da
economia antiga”
O Método da
Economia Política.
“Ainda que Hegel desfigure a
dialética com o misticismo, não deixa
de ser ele, por outro lado, quem pela
primeira vez expõe o seu movimento
de conjunto. No seu caso, a
dialética estava apoiada sobre a
cabeça; basta, agora, recolocá-la
sobre os pés para lhe dar uma
fisionomia racional”.
Posfácio da Segunda edição alemã de O Capital,1873.
(cf.: MARX, O Capital, Livro I, tomo 1)
"O meu método dialético não só
difere pela base do método de Hegel,
como é também o seu exato
oposto. Para Hegel o movimento do
pensamento que ele personifica no
nome de idéia, é o demiurgo da
realidade, a qual é apenas a forma
fenomenal da idéia. Para mim, pelo
contrário, o movimento do
pensamento é apenas a reflexão
do movimento real, transportado
e transposto no cérebro do
homem [...]”
(Posfácio da Segunda edição alemã
de O Capital 1873)
"A história de todas as sociedades
existentes até hoje é a história
das lutas de classe. Homem
livre e escravo, patrício e plebeu,
barão e servo, mestre de
corporação e companheiro, numa
palavra, opressores e oprimidos,
em constante oposição, têm
vivido numa guerra ininterrupta,
ora franca, ora disfarçada; uma
guerra que terminou sempre, ou
por uma transformação
revolucionária da sociedade
inteira, ou pela destruição das
duas classes em luta”.O Manifesto do
Partido Comunista
Segundo a concepção materialista, o fator determinante da
história é, em última análise, a produção e a reprodução da
vida real. Nem Marx, nem eu alguma vez afirmamos outra
coisa. Se alguém pretender deformar esta frase, até levar a
dizer que o fator econômico é o único determinante,
transforma-a em uma proposição vazia, abstrata, absurda.
A situação econômica é a base, mas os diversos
elementos da superestrutura – as formas políticas da
luta de classes e os seus resultados, (...) exercem
também ação no curso das lutas históricas, e em
muitos casos determinam-lhes a forma de modo
preponderante. Há ação e reação de todos esses
fatores, no seio dos quais o movimento econômico
acaba necessariamente por abrir caminho, através
da multidão infinita de acasos.
ENGELS, Friedrich.“Carta a Joseph Bloch de setembro de 1890” in Sobre a
literatura e a arte. Lisboa, Editorial Estampa, 1974. p. 38.
MODOS DE
PRODUÇÃO
PREFÁCIO:
“Os pontos decisivos da
nossa concepção foram
expostos pela primeira vez,
cientificamente [...]
Este esboço sobre a
trajetória dos meus estudos
no campo da economia
política tende
simplesmente a demonstrar
que as minhas idéias [...]
são o fruto de longos anos
de conscienciosa
investigação.
“Adiantar resultados que vão ser
demonstrados, seria antes um estorvo,
e o leitor que queria realmente
acompanhar-me deverá estar disposto
a seguir do particular para o geral [...]
A minha investigação desembocava no
resultado de que tanto as relações
jurídicas como as formas de Estado
não podem ser compreendidas por si
mesmas nem pela chamada evolução
geral do espírito humano, mas se
baseiam, pelo contrário, nas
condições materiais de vida”
“Ao chegar a uma determinada fase de
desenvolvimento, as forças produtivas materiais da
sociedade se chocam com as relações de produção
existentes, ou, o que não é senão a sua expressão
jurídica, com as relações de propriedade dentro das
quais se desenvolveram até ali [...]
estas relações se convertem em obstáculos a elas. E
se abre, assim, uma época de revolução social.
Ao mudar a base econômica, revoluciona-se,
mais ou menos rapidamente, toda a imensa
superestrutura erigida sobre ela”.
“Podemos designar como outras
tantas épocas de progresso, na
formação econômica da
sociedade, o modo de
produção asiático, o antigo, o
feudal e o moderno burguês [...]
As relações burguesas de
produção são a última forma
antagônica do processo social de
produção”
PREFÁCIO:
“Os diversos estágios de
desenvolvimento da divisão
do trabalho representam
outras tantas formas
diferentes da propriedade
[...] a 1º forma de
propriedade é a tribal [...] a
2º forma é a comunal e
propriedade do Estado
(escravidão) [...] a 3º forma é
a propriedade feudal [...]”
Marx e Engels.A Ideologia Alemã.
“O resultado geral a que cheguei e
que, uma vez obtido, serviu de fio
condutor aos meus estudos,
pode resumir-se assim: na
produção social da sua vida, os
homens contraem determinadas
relações necessárias e
independentes da sua vontade,
relações de produção que
correspondem a uma determinada
fase de desenvolvimento das suas
forças produtivas materiais”.
 OBJETO DE TRABALHO: são as coisas úteis encontradas
na natureza e manipuladastrabalhadas pelo homem.
 MEIOS DE TRABALHO: são os instrumentos utilizados
pelos homens para trabalhar os objetos.
“Força de trabalho é a
capacidade de realizar
trabalho útil que aumenta o
valor da mercadoria. É a sua
força de trabalho que os
operários vendem aos
capitalistas em troca de um
salário em dinheiro.
A força de trabalho deve
ser diferenciada do trabalho,
que é o próprio exercício
efetivo da capacidade
produtiva humana de alterar o
valor de uso das mercadorias
e de acrescentar-lhes valor”
(Tom Bottomore. Dicionário do
Pensamento Marxista).
 Modo de Produção é uma determinada etapa
de desenvolvimento das forças produtivas e das
relações de produção. Há um momento em
que as duas entram em contradição.
 Modo de Produção é um termo classificatório
de sociedades, a partir da evolução das FP.
“O desenvolvimento das
forças produtivas
compreende, portanto,
fenômenos históricos como
o desenvolvimento da
maquinaria e outras
modificações do processo
de trabalho, a descoberta e
exploração de novas
fontes de energia e a
educação do proletariado”
(Tom Bottomore. Dicionário do
Pensamento Marxista).
“O conjunto dessas relações
de produção forma a
estrutura econômica da
sociedade, a base real sobre a
qual se levanta a
superestrutura jurídica e
política e à qual correspondem
determinadas formas de
consciência social.
O modo de produção da
vida material condiciona o
processo da vida social,
política e espiritual em geral”.
Ideológico
Jurídico
Político
Cultural
“A produção econômica constituem em cada época a
base da história política e intelectual dessa época”
(Engels. Introdução do Manifesto do Partido Comunista).
DIALÉTICA
SUPERESTRUTURA
FormaçãoSocial
Luta de
Classes
A base material ou econômica constitui a
"INFRAESTRUTURA" da sociedade,
que exerce influência direta na "SUPER-
ESTRUTURA“ - as instituições jurídicas,
políticas (as leis, o Estado) e ideológicas
(as artes, a religião, a moral) da época.
INFRA-ESTRUTURA
“O modo de produção
não determina a
superestrutura de
maneira direta e
automática como Marx
parecia pensar [...]
existem talvez
circunstâncias nas quais
a superestrutura
poderia determinar”.
a) As forças
produtivas?
b) As relações de
produção: luta de
classes?
Quem é o motor
da História?
FORMAÇÃO
SOCIAL
“Toda Formação Social é resultado de um
Modo de Produção Dominante”
Althusser.
- O MODO DE PRODUÇÃO refere-se a
um objeto abstrato, uma totalidade social
pura, ideal, na qual a produção coletiva
de bens materiais é efetuada de forma
homogênea.
- É bom que se diga que na maioria das
sociedades, a produção não é efetuada de
uma forma homogênea. Há diversas
formas de relações de produção.
 Quando tentaram aplicar a teoria à diversas
realidades sociais surgiram problemas. Os
casos concretos não condiziam com os
modelos. Portanto, passaram dar ênfase ao
conceito de Formação Social.
 Uma Formação Social (sociedade)poderia
abrigar vários Modos de Produção.
 OBS: Uma coisa é o modelo, outra é a
realidade. Marx teria teorizado sobre um
capitalismo abstrato!?
 OBS: Formação Econômico-Social (evita o
determinismo).
“Modo de Produção é um
conceito teórico que abarca a
totalidade social
(política/jurídica/ideológica)
abstrata [...] Formação Social
é uma realidade concreta
historicamente determinada,
em que predomina certo modo
de produção sobre outros”.
“O presente texto rejeita a
pertinência do conceito de
modo de produção [...] Os
conceitos de formações
sociais proporcionam uma
teorização das formas e
condições nas quais a
produção e a distribuição, as
lutas de classe e as práticas
políticas são efetivas”
“Quando o conceito de modo de produção é
substituído, então os conceitos de relações de
produção e de formações sociais ganham em
importância teórica [...] os argumentos acima
esboçados são possíveis devido à rejeição da
noção de apropriação do concreto pelo
pensamento [...]
O que rejeitamos é a categoria de concreto
como objeto de conhecimento. É a relação de
apropriação ou de correspondência do
conhecimento com seus objetos, que nos
opomos”
“É perfeitamente inútil repetir e
ilustrar piedosamente o já dito
por Marx: é ao não dito que é
preciso enfrentar [...]
a base econômica observável
numa sociedade dada
consiste, em regra geral, em
um sistema de vários modos
de produção, imbricados sob
a predominância de um deles
”
“Valer-nos-emos dos conceitos contidos na matriz
teórica materialista da história, não como produto
acabado [...] Sabemos que isso implica riscos
exorbitantes. Pois toda pretensão a uma leitura
nova de Marx costuma provocar barragens de vozes
iradas: uns denunciando a importação de ideologias
exóticas e perniciosas; outros reclamando fidelidade
e pureza estritas.
Não consideramos, todavia, que os textos de
Marx contenham um saber definitivo”
Marx: materialismo histórico e modos de produção
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Marx: materialismo histórico e modos de produção

  • 1.
  • 2. NESTA AULA  Marx: vida e obra;  Materialismo Histórico;  Modos de Produção;  Formação Social. “O principal objetivo dele era desmontar e refazer tudo”. Engels
  • 3. - Burguesa; - Anarquistas; - Exploração de classe A realidade não é natural, não é sagrada, não é eterna... Tudo parece fora do lugar
  • 4. Karl Marx:  1841 (23 anos): defende o doutorado.  1843 (25): casa-se e vai para a França.  1844 (26): O jovem Marx se posiciona. - CRÍTICA DA FILOSOFIA DO DIREITO DE HEGEL. - QUESTÃO JUDAICA. - MANUSCRITOS ECONÔMICOS E FILOSÓFICOS. - A SAGRADA FAMÍLIA.  1845 (27): Marx se torna Marxista. É expulso da França. Vai para Bruxelas. - TESES SOBRE FEUERBACH. - A IDEOLOGIA ALEMÃ [1818-1883] = 65 anos “Nunca alguém falou tanto em capital sem ter nada no bolso”.
  • 5.
  • 6. 1867 (49) – O Capital: "Revelar a LEI ECONÔMICA do movimento da sociedade moderna". 1883 (65 anos): Morre Marx (14 de março). - 1894 – Engels publica o 3º Tomo de O Capital; - 1895 – Engels morre. 1848 (30): - O MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA “Um espectro ronda a Europa, todas as velhas potências se unem para conjurá-lo”. “O proletariado tem a missão de não somente eliminar o explorado, mas por fim a exploração”. 1849 – Marx migra para Londres. 1850 – Marx se encontrava em miséria total.
  • 7.  1849 (31): Marx migra para LONDRES. 1850-51 (32): Marx e sua família caem numa miséria total. Dois de seus filhos morrem (dois recém nascidos). Alimentava- se de pão e batata. Não teve como pagar o aluguel foi despejado. Foi morar num lugarejo insalubre, adquiriu furúnculos. Preocupação diária com o que havia de comer. Por vezes, foi morar na casa de Engels.  1857 (39) FORMAÇÕES ECONÔMICAS PRÉ-CAPITALISTAS. CONTRIBUIÇÃO À CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA “Estou tão atormentado quanto Jó, embora não seja tão temente a Deus”.
  • 8.
  • 10. “As premissas de que partimos não são arbitrárias, dogmas; são bases reais [...] são os indivíduos reais, sua ação e suas condições materiais de existência [...] Essas bases são verificáveis por via puramente empíricas”. Marx e Engels.A Ideologia Alemã.
  • 12. MATERIALISMO: a matéria é incriada e, portanto, é a substância primeira. O social parte do biológico. HISTÓRICO: os fenômenos econômicos tem primazia sobre os outros fenômenos. DIALÉTICO: o movimento oriundo das contradições internas da matéria.
  • 13. “A tese fundamental do materialismo histórico consiste em explicar o conjunto dos processos históricos produzidos numa sociedade a partir de uma infraestrutura na qual se combinam diferentes relações de produção”.
  • 14. “Esta concepção da história, portanto, tem por base o desenvolvimento do processo real da produção, e isso partindo da produção material da vida imediata”.
  • 15. “Todos os homens devem ter condições de viver para poder fazer a história. Mas para viver, é preciso antes de tudo beber, comer, morar, vestir-se e algumas outras coisas mais. O primeiro fato histórico é, portanto, a produção dos meios que permitem satisfazer essas necessidades, a produção da própria vida material. E isso constitui um fato histórico”. Marx e Engels.A Ideologia Alemã.
  • 16. “Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência [...] Não podemos julgar um indivíduo pelo que ele pensa de si mesmo, não podemos tampouco julgar estas épocas de revolução pela sua consciência, mas, pelo contrário, é necessário explicar esta consciência pelas contradições da vida material, pelo conflito existente entre as forças produtivas sociais e as relações de produção”
  • 17. “Indivíduos determinados, com atividade produtiva segundo um modo determinado, entram em relações sociais e políticas determinadas. Em cada caso isolado, a observação empírica deve mostrar nos fatos, e sem nenhuma especulação, nem mistificação, a ligação entre a estrutura social e política e a produção [...] A produção das idéias, das representações e da consciência está, a princípio, direta e intimamente ligada à atividade material” Marx & Engels.A Ideologia Alemã.
  • 18. “Ela não explica a prática segundo a idéia, explica a formação das idéias segundo a prática material. Chega-se ao resultado de que todas as formas e produtos da consciência podem ser resolvidos não por meio da crítica intelectual [...] mas unicamente pela derrubada efetiva das relações sociais concretas de onde surgiram essas baboseiras idealistas. A Revolução e não a crítica é a verdadeira força motriz da história” Marx e Engels. A Ideologia Alemã.
  • 19. “Assim como não se julga um indivíduo pela idéia que ele faz de si mesmo, não se poderá julgar uma época de transformação pelo que ela teve de si. É preciso, pelo contrário, explicar esta consciência pelas contradições da vida material, pelo conflito que existe entre as forças produtivas sociais e as relações de produção”. (Cap. O Método da Economia Política).
  • 20. “A anatomia do homem é a chave da anatomia do macaco... a economia burguesa nos dá a chave da economia antiga” O Método da Economia Política.
  • 21. “Ainda que Hegel desfigure a dialética com o misticismo, não deixa de ser ele, por outro lado, quem pela primeira vez expõe o seu movimento de conjunto. No seu caso, a dialética estava apoiada sobre a cabeça; basta, agora, recolocá-la sobre os pés para lhe dar uma fisionomia racional”. Posfácio da Segunda edição alemã de O Capital,1873. (cf.: MARX, O Capital, Livro I, tomo 1)
  • 22. "O meu método dialético não só difere pela base do método de Hegel, como é também o seu exato oposto. Para Hegel o movimento do pensamento que ele personifica no nome de idéia, é o demiurgo da realidade, a qual é apenas a forma fenomenal da idéia. Para mim, pelo contrário, o movimento do pensamento é apenas a reflexão do movimento real, transportado e transposto no cérebro do homem [...]” (Posfácio da Segunda edição alemã de O Capital 1873)
  • 23. "A história de todas as sociedades existentes até hoje é a história das lutas de classe. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta”.O Manifesto do Partido Comunista
  • 24. Segundo a concepção materialista, o fator determinante da história é, em última análise, a produção e a reprodução da vida real. Nem Marx, nem eu alguma vez afirmamos outra coisa. Se alguém pretender deformar esta frase, até levar a dizer que o fator econômico é o único determinante, transforma-a em uma proposição vazia, abstrata, absurda. A situação econômica é a base, mas os diversos elementos da superestrutura – as formas políticas da luta de classes e os seus resultados, (...) exercem também ação no curso das lutas históricas, e em muitos casos determinam-lhes a forma de modo preponderante. Há ação e reação de todos esses fatores, no seio dos quais o movimento econômico acaba necessariamente por abrir caminho, através da multidão infinita de acasos. ENGELS, Friedrich.“Carta a Joseph Bloch de setembro de 1890” in Sobre a literatura e a arte. Lisboa, Editorial Estampa, 1974. p. 38.
  • 26. PREFÁCIO: “Os pontos decisivos da nossa concepção foram expostos pela primeira vez, cientificamente [...] Este esboço sobre a trajetória dos meus estudos no campo da economia política tende simplesmente a demonstrar que as minhas idéias [...] são o fruto de longos anos de conscienciosa investigação.
  • 27. “Adiantar resultados que vão ser demonstrados, seria antes um estorvo, e o leitor que queria realmente acompanhar-me deverá estar disposto a seguir do particular para o geral [...] A minha investigação desembocava no resultado de que tanto as relações jurídicas como as formas de Estado não podem ser compreendidas por si mesmas nem pela chamada evolução geral do espírito humano, mas se baseiam, pelo contrário, nas condições materiais de vida”
  • 28. “Ao chegar a uma determinada fase de desenvolvimento, as forças produtivas materiais da sociedade se chocam com as relações de produção existentes, ou, o que não é senão a sua expressão jurídica, com as relações de propriedade dentro das quais se desenvolveram até ali [...] estas relações se convertem em obstáculos a elas. E se abre, assim, uma época de revolução social. Ao mudar a base econômica, revoluciona-se, mais ou menos rapidamente, toda a imensa superestrutura erigida sobre ela”.
  • 29. “Podemos designar como outras tantas épocas de progresso, na formação econômica da sociedade, o modo de produção asiático, o antigo, o feudal e o moderno burguês [...] As relações burguesas de produção são a última forma antagônica do processo social de produção” PREFÁCIO:
  • 30. “Os diversos estágios de desenvolvimento da divisão do trabalho representam outras tantas formas diferentes da propriedade [...] a 1º forma de propriedade é a tribal [...] a 2º forma é a comunal e propriedade do Estado (escravidão) [...] a 3º forma é a propriedade feudal [...]” Marx e Engels.A Ideologia Alemã.
  • 31. “O resultado geral a que cheguei e que, uma vez obtido, serviu de fio condutor aos meus estudos, pode resumir-se assim: na produção social da sua vida, os homens contraem determinadas relações necessárias e independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a uma determinada fase de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais”.
  • 32.  OBJETO DE TRABALHO: são as coisas úteis encontradas na natureza e manipuladastrabalhadas pelo homem.  MEIOS DE TRABALHO: são os instrumentos utilizados pelos homens para trabalhar os objetos.
  • 33.
  • 34. “Força de trabalho é a capacidade de realizar trabalho útil que aumenta o valor da mercadoria. É a sua força de trabalho que os operários vendem aos capitalistas em troca de um salário em dinheiro. A força de trabalho deve ser diferenciada do trabalho, que é o próprio exercício efetivo da capacidade produtiva humana de alterar o valor de uso das mercadorias e de acrescentar-lhes valor” (Tom Bottomore. Dicionário do Pensamento Marxista).
  • 35.  Modo de Produção é uma determinada etapa de desenvolvimento das forças produtivas e das relações de produção. Há um momento em que as duas entram em contradição.  Modo de Produção é um termo classificatório de sociedades, a partir da evolução das FP.
  • 36. “O desenvolvimento das forças produtivas compreende, portanto, fenômenos históricos como o desenvolvimento da maquinaria e outras modificações do processo de trabalho, a descoberta e exploração de novas fontes de energia e a educação do proletariado” (Tom Bottomore. Dicionário do Pensamento Marxista).
  • 37. “O conjunto dessas relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta a superestrutura jurídica e política e à qual correspondem determinadas formas de consciência social. O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral”.
  • 38. Ideológico Jurídico Político Cultural “A produção econômica constituem em cada época a base da história política e intelectual dessa época” (Engels. Introdução do Manifesto do Partido Comunista).
  • 40. A base material ou econômica constitui a "INFRAESTRUTURA" da sociedade, que exerce influência direta na "SUPER- ESTRUTURA“ - as instituições jurídicas, políticas (as leis, o Estado) e ideológicas (as artes, a religião, a moral) da época.
  • 42. “O modo de produção não determina a superestrutura de maneira direta e automática como Marx parecia pensar [...] existem talvez circunstâncias nas quais a superestrutura poderia determinar”.
  • 43. a) As forças produtivas? b) As relações de produção: luta de classes? Quem é o motor da História?
  • 44. FORMAÇÃO SOCIAL “Toda Formação Social é resultado de um Modo de Produção Dominante” Althusser.
  • 45.
  • 46. - O MODO DE PRODUÇÃO refere-se a um objeto abstrato, uma totalidade social pura, ideal, na qual a produção coletiva de bens materiais é efetuada de forma homogênea. - É bom que se diga que na maioria das sociedades, a produção não é efetuada de uma forma homogênea. Há diversas formas de relações de produção.
  • 47.  Quando tentaram aplicar a teoria à diversas realidades sociais surgiram problemas. Os casos concretos não condiziam com os modelos. Portanto, passaram dar ênfase ao conceito de Formação Social.  Uma Formação Social (sociedade)poderia abrigar vários Modos de Produção.  OBS: Uma coisa é o modelo, outra é a realidade. Marx teria teorizado sobre um capitalismo abstrato!?  OBS: Formação Econômico-Social (evita o determinismo).
  • 48. “Modo de Produção é um conceito teórico que abarca a totalidade social (política/jurídica/ideológica) abstrata [...] Formação Social é uma realidade concreta historicamente determinada, em que predomina certo modo de produção sobre outros”.
  • 49. “O presente texto rejeita a pertinência do conceito de modo de produção [...] Os conceitos de formações sociais proporcionam uma teorização das formas e condições nas quais a produção e a distribuição, as lutas de classe e as práticas políticas são efetivas”
  • 50. “Quando o conceito de modo de produção é substituído, então os conceitos de relações de produção e de formações sociais ganham em importância teórica [...] os argumentos acima esboçados são possíveis devido à rejeição da noção de apropriação do concreto pelo pensamento [...] O que rejeitamos é a categoria de concreto como objeto de conhecimento. É a relação de apropriação ou de correspondência do conhecimento com seus objetos, que nos opomos”
  • 51. “É perfeitamente inútil repetir e ilustrar piedosamente o já dito por Marx: é ao não dito que é preciso enfrentar [...] a base econômica observável numa sociedade dada consiste, em regra geral, em um sistema de vários modos de produção, imbricados sob a predominância de um deles ”
  • 52. “Valer-nos-emos dos conceitos contidos na matriz teórica materialista da história, não como produto acabado [...] Sabemos que isso implica riscos exorbitantes. Pois toda pretensão a uma leitura nova de Marx costuma provocar barragens de vozes iradas: uns denunciando a importação de ideologias exóticas e perniciosas; outros reclamando fidelidade e pureza estritas. Não consideramos, todavia, que os textos de Marx contenham um saber definitivo”