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A UA U L A
     L A

    30
 30
              Calibração de relógios
              comparadores

Um problema                                   N   as aulas anteriores, vimos como se faz a
              calibração de paquímetros e micrômetros. Nesta, vamos saber como solucionar
              os problemas de calibração de relógios comparadores.

                  Introdução

                  A NBR 6388/1983 é a norma brasileira que regulamenta procedimentos,
              tolerâncias e demais condições para a calibração dos relógios comparadores.
              Temos, a seguir, alguns itens referentes à calibração desse instrumento.
                   A repetibilidade do relógio é definida como sua capacidade de repetir as
              leituras, para o comprimento medido, dentro das seguintes condições normais
              de uso:
              1. acionamento da haste móvel várias vezes, sucessivamente, em velocidades
                   diferentes, numa placa fixa de metal duro e indeformável;
              2. movimento da placa ou cilindro em qualquer direção, num plano perpen-
                   dicular ao eixo da haste móvel, e retornando ao mesmo ponto;
              3. medição de pequenos deslocamentos da ordem de 25 mm;
              4. levar o ponteiro devagar, sobre a mesma divisão da escala várias vezes,
                   primeiro num sentido e depois noutro.




                  Quando o relógio é usado em qualquer das condições descritas, o erro de
              repetição não deve exceder a 3 mm.
                  Esses ensaios devem ser executados no mínimo cinco vezes para cada ponto
              de intervalo controlado. Tais ensaios precisam ser executados no início, no meio
              e no fim do curso útil da haste móvel.
A exatidão do relógio comparador é definida como sua capacidade de,                   A U L A
dentro de intervalos específicos, dar leituras cujos erros estejam dentro dos
desvios dados na tabela a seguir, e que deve ser aplicada para qualquer ponto
de sua capacidade de medição.                                                             30
                  TABELA    - DESVIOS TOTAIS PERMISSÍVEIS (em mm)
                                Desvios permissíveis
 qualquer 0,1 volta     qualquer 0,5 volta qualquer 2,0 voltas qualquer intervalo maior
        5                      10                 15                      20

    Com essa tabela é possível identificar os desvios em 0,1; 0,5 e 2,0 voltas ou
em intervalos maiores, considerando-se erros acima de 20 mm.


    Calibração

    De acordo com a NBR6165/1980, todas as medições devem basear-se na
temperatura de 20ºC. Trata-se, no caso, de medição de exatidão e repetição. Para
isso, o relógio comparador deve ser montado num suporte suficientemente
rígido, para evitar que a falta de estabilidade do relógio possa afetar as leituras.
    Deve-se ter certeza de que os requisitos de teste sejam atendidos em
qualquer que seja o posicionamento da haste móvel do relógio em relação à
direção da gravidade.
    Para calibrar um relógio comparador é necessário que a calibração seja feita
por meio de um dispositivo específico, de modo que o relógio possa ser montado
perpendicularmente, em oposição à cabeça de um micrômetro. A leitura pode ir
de 0,001 mm até à medida superior desejada.
    Pode-se fazer uma série de leituras a intervalos espaçados adequadamente.
As leituras são feitas no comprimento total do curso útil do relógio comparador,
observando-se, no princípio, cada décimo de volta feita no relógio.
    Após as leituras, os resultados obtidos podem ser melhor analisados por meio
de um gráfico, que deve apresentar todos os desvios observados nos relógios
comparadores. Os desvios são assinalados nas ordenadas e as posições da haste
móvel, identificadas ao longo de seu curso útil, são marcadas nas abcissas.
    A figura a seguir representa um dispositivo de calibração do relógio
comparador. Observe que o relógio está assentado sobre um suporte rígido que
lhe dá estabilidade. O cabeçote do micrômetro está perpendicularmente oposto
ao relógio montado.




                      dispositivo de calibração de relógio comparador
A U L A       Erros do relógio comparador


30            A análise de todos os desvios observados no relógio comparador permite
          identificar os possíveis erros. Esses erros variam, e vão desde os mínimos até os
          máximos, o que pode fornecer parâmetros para o estabelecimento de erros
          aceitáveis, uma vez que dificilmente se obtém uma medição isenta de erros.
              Os erros do relógio comparador podem ser representados graficamente,
          como exemplificado no diagrama abaixo, facilitando a visualização e a análise do
          comportamento dos erros ao longo do curso do instrumento.




              Para facilitar a visualização e análise dos erros obtidos na primeira volta do
          relógio, pode ser utilizado outro diagrama, somente para esse deslocamento.




             Teste sua aprendizagem. Faça os exercícios a seguir e confira suas respostas
          com as do gabarito.
Marque com X a resposta correta.                                              Exercícios
                                                                                   A U L A

Exercício 1
   A norma brasileira que orienta a aferição dos relógios comparadores é a:       30
   a) ( ) ISO 9000;
   b) ( ) NBR 9001;
   c) ( ) NBR 6388;
   d) ( ) NBR 9002.

Exercício 2
   A capacidade que o relógio comparador tem para repetir leituras denomina-se:
   a) ( ) rotatividade;
   b) ( ) relatividade;
   c) ( ) circularidade;
   d) ( ) repetibilidade;

Exercício 3
   Para o relógio comparador repetir leituras é preciso que a haste móvel seja
   acionada do seguinte modo:
   a) ( ) uma vez, com uma velocidade estabelecida;
   b) ( ) várias vezes, em velocidades diferentes;
   c) ( ) em velocidade normal, contínua;
   d) ( ) durante um tempo determinado.

Exercício 4
   Na aferição, o relógio comparador deve ser montado em suporte:
   a) ( ) flexível;
   b) ( ) maleável;
   c) ( ) rígido;
   d) ( ) leve.

Exercício 5
   Para identificar desvios totais permissíveis, usa-se:
   a) ( ) diagrama;
   b) ( ) tabela;
   c) ( ) organograma;
   d) ( ) fluxograma.

Exercício 6
   Os erros do relógio comparador podem ser identificados em:
   a) ( ) fluxogramas;
   b) ( ) tabelas;
   c) ( ) registros;
   d) ( ) diagramas.

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30. calibração de relógios comparadores

  • 1. A UA U L A L A 30 30 Calibração de relógios comparadores Um problema N as aulas anteriores, vimos como se faz a calibração de paquímetros e micrômetros. Nesta, vamos saber como solucionar os problemas de calibração de relógios comparadores. Introdução A NBR 6388/1983 é a norma brasileira que regulamenta procedimentos, tolerâncias e demais condições para a calibração dos relógios comparadores. Temos, a seguir, alguns itens referentes à calibração desse instrumento. A repetibilidade do relógio é definida como sua capacidade de repetir as leituras, para o comprimento medido, dentro das seguintes condições normais de uso: 1. acionamento da haste móvel várias vezes, sucessivamente, em velocidades diferentes, numa placa fixa de metal duro e indeformável; 2. movimento da placa ou cilindro em qualquer direção, num plano perpen- dicular ao eixo da haste móvel, e retornando ao mesmo ponto; 3. medição de pequenos deslocamentos da ordem de 25 mm; 4. levar o ponteiro devagar, sobre a mesma divisão da escala várias vezes, primeiro num sentido e depois noutro. Quando o relógio é usado em qualquer das condições descritas, o erro de repetição não deve exceder a 3 mm. Esses ensaios devem ser executados no mínimo cinco vezes para cada ponto de intervalo controlado. Tais ensaios precisam ser executados no início, no meio e no fim do curso útil da haste móvel.
  • 2. A exatidão do relógio comparador é definida como sua capacidade de, A U L A dentro de intervalos específicos, dar leituras cujos erros estejam dentro dos desvios dados na tabela a seguir, e que deve ser aplicada para qualquer ponto de sua capacidade de medição. 30 TABELA - DESVIOS TOTAIS PERMISSÍVEIS (em mm) Desvios permissíveis qualquer 0,1 volta qualquer 0,5 volta qualquer 2,0 voltas qualquer intervalo maior 5 10 15 20 Com essa tabela é possível identificar os desvios em 0,1; 0,5 e 2,0 voltas ou em intervalos maiores, considerando-se erros acima de 20 mm. Calibração De acordo com a NBR6165/1980, todas as medições devem basear-se na temperatura de 20ºC. Trata-se, no caso, de medição de exatidão e repetição. Para isso, o relógio comparador deve ser montado num suporte suficientemente rígido, para evitar que a falta de estabilidade do relógio possa afetar as leituras. Deve-se ter certeza de que os requisitos de teste sejam atendidos em qualquer que seja o posicionamento da haste móvel do relógio em relação à direção da gravidade. Para calibrar um relógio comparador é necessário que a calibração seja feita por meio de um dispositivo específico, de modo que o relógio possa ser montado perpendicularmente, em oposição à cabeça de um micrômetro. A leitura pode ir de 0,001 mm até à medida superior desejada. Pode-se fazer uma série de leituras a intervalos espaçados adequadamente. As leituras são feitas no comprimento total do curso útil do relógio comparador, observando-se, no princípio, cada décimo de volta feita no relógio. Após as leituras, os resultados obtidos podem ser melhor analisados por meio de um gráfico, que deve apresentar todos os desvios observados nos relógios comparadores. Os desvios são assinalados nas ordenadas e as posições da haste móvel, identificadas ao longo de seu curso útil, são marcadas nas abcissas. A figura a seguir representa um dispositivo de calibração do relógio comparador. Observe que o relógio está assentado sobre um suporte rígido que lhe dá estabilidade. O cabeçote do micrômetro está perpendicularmente oposto ao relógio montado. dispositivo de calibração de relógio comparador
  • 3. A U L A Erros do relógio comparador 30 A análise de todos os desvios observados no relógio comparador permite identificar os possíveis erros. Esses erros variam, e vão desde os mínimos até os máximos, o que pode fornecer parâmetros para o estabelecimento de erros aceitáveis, uma vez que dificilmente se obtém uma medição isenta de erros. Os erros do relógio comparador podem ser representados graficamente, como exemplificado no diagrama abaixo, facilitando a visualização e a análise do comportamento dos erros ao longo do curso do instrumento. Para facilitar a visualização e análise dos erros obtidos na primeira volta do relógio, pode ser utilizado outro diagrama, somente para esse deslocamento. Teste sua aprendizagem. Faça os exercícios a seguir e confira suas respostas com as do gabarito.
  • 4. Marque com X a resposta correta. Exercícios A U L A Exercício 1 A norma brasileira que orienta a aferição dos relógios comparadores é a: 30 a) ( ) ISO 9000; b) ( ) NBR 9001; c) ( ) NBR 6388; d) ( ) NBR 9002. Exercício 2 A capacidade que o relógio comparador tem para repetir leituras denomina-se: a) ( ) rotatividade; b) ( ) relatividade; c) ( ) circularidade; d) ( ) repetibilidade; Exercício 3 Para o relógio comparador repetir leituras é preciso que a haste móvel seja acionada do seguinte modo: a) ( ) uma vez, com uma velocidade estabelecida; b) ( ) várias vezes, em velocidades diferentes; c) ( ) em velocidade normal, contínua; d) ( ) durante um tempo determinado. Exercício 4 Na aferição, o relógio comparador deve ser montado em suporte: a) ( ) flexível; b) ( ) maleável; c) ( ) rígido; d) ( ) leve. Exercício 5 Para identificar desvios totais permissíveis, usa-se: a) ( ) diagrama; b) ( ) tabela; c) ( ) organograma; d) ( ) fluxograma. Exercício 6 Os erros do relógio comparador podem ser identificados em: a) ( ) fluxogramas; b) ( ) tabelas; c) ( ) registros; d) ( ) diagramas.