Estudo dos PGs da PIB Araruama, onde iniciamos um novo ciclo de estudos no Evangelho de Marcos. Esta lição conta o surgimento de João Batista como preparação para o ministério de Jesus.

1. Estudo PGs 10/03/2016
Tema: O evangelho de Jesus segundo Marcos
Estudo 1: A voz do deserto
O ensino
Princípio do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
Conforme está escrito no profeta Isaías: "Enviarei à tua frente o meu
mensageiro; ele preparará o teu caminho"— "voz do que clama no deserto:
‘Preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele’ ".
Assim surgiu João, batizando no deserto e pregando um batismo de
arrependimento para o perdão dos pecados. A ele vinha toda a região da
Judéia e todo o povo de Jerusalém. Confessando os seus pecados, eram
batizados por ele no rio Jordão. João vestia roupas feitas de pêlos de camelo,
usava um cinto de couro e comia gafanhotos e mel silvestre.
E esta era a sua mensagem: "Depois de mim vem alguém mais poderoso do
que eu, tanto que não sou digno nem de curvar-me e desamarrar as correias
das suas sandálias. Eu os batizo com água, mas ele os batizará com o Espírito
Santo".
Marcos 1:1-8
Entendendo o texto bíblico
Todos os evangelhos iniciam apresentando João Batista como a figura
que abriu o caminho para o ministério de Jesus. Sua vinda havia sido prevista
pelo profeta Isaías e tinha como objetivo alertar o povo de Israel da
necessidade de se arrependerem de seus pecados para receberem o perdão
de Deus. Na prática judaica, a purificação ritual e a oferta de sacrifícios
expiatórios eram comuns, porém o ministério de João Batista nos denuncia que
a prática havia se tornado ritualista e, provavelmente, não havia uma real
mudança de mentalidade e postura de vida, algo que Jesus Cristo criticaria ao
longo de seu ministério, em seus embates com os fariseus.
O ministério de João Batista teve um impacto estrondoso, pois alcançou
as pessoas da Judeia e de Jerusalém, o centro da religiosidade judaica. O
batismo realizado, pelo termo original no grego, era por imersão, transmitindo a
ideia de uma lavagem profunda e total na vida da pessoa, e não apenas uma
mudança momentânea. Sua vestimenta era humilde para contrastar com a
forma como os fariseus e principais da religião judaica se vestiam, de forma a
transparecer, de longe, sua posição social.
O mais importante da mensagem de João Batista, porém, é que seu
ministério não era um fim em si mesmo. Como previsto por Isaías, João iniciara
um movimento de contestação do status quo religioso que prepararia o terreno
para a mensagem de Jesus Cristo. Em sua afirmação no v. 8, ele mostra que
outra pessoa, mais poderosa, viria e batizaria as pessoas no (ou com) o

2. Espírito Santo, dando ao arrependimento do pecador uma consequência divina
e perene.
O ensinamento em nossas vidas
1. A vida espiritual vai além dos rituais. Algumas pessoas vão à igreja
todo domingo, cantam louvores ou entregam seus dízimos de forma
mecânica e ritualística, meramente para cumprir obrigações religiosas e
aplacar a ira de Deus. A mensagem de João e, posteriormente, de
Jesus, nos mostra que a vida espiritual transcende os rituais, dá sentido
a eles e não se restringe a eles. Acima dos rituais, devemos
compreender e aprender os princípios de uma vida sincera com Deus.
2. Arrependimento e conversão. João quebrou um paradigma religioso
ao enfatizar que o arrependimento pelos pecados deveria envolver uma
total transformação de vida, e não apenas um remorso momentâneo. O
sentido do batismo por imersão é de uma lavagem completa, que
transforma o ser da pessoa, que morre para o pecado. O
arrependimento gera a conversão, ou a mudança radical na direção de
nossas vidas, saindo da direção das trevas para o caminho da luz.
3. Humildade no serviço. Mesmo alcançando tanto sucesso e tendo
tanto impacto em sua região, João foi humilde ao reconhecer que seu
ministério era apenas uma preparação para o que estava por vir. Seu
exemplo de vida deve nos orientar como líderes, seja em que grupo
social estivermos agindo. Quando trabalhamos, devemos agir
preparando o caminho para a ação do Espírito Santo, evitando tomar
para nós a glória que é devida ao Senhor.
Próximo estudo: O batismo de Jesus