2. Mata reduzida a carvão, Félix Émile Taunay, óleo sobre tela, 135 x 195 cm, c.
1830, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. Félix veio para o Brasil com
a família, junto com a Missão Artística Francesa. Em 1834 assumiu a diretoria da
Academia Imperial de Belas Artes. Este quadro mostra a natureza em toda a sua
força e beleza, tema caro aos pintores românticos. Para ressaltar a grandeza da
floresta, Félix colocou dois personagens que aparecem minúsculos, na tela. É
difícil saber se o autor expressou alguma preocupação ecológica. Provavelmente,
quis mostrar que a ação do homem destrói a harmonia da floresta. A obra foi
acusada de ser simples registro botânico, o que é desmentido pela sua competente
execução. O quadro passou a fazer parte da Pinacoteca Imperial.
3. O fotógrafo mineiro Pedro David levou um susto quando se deparou com a
cena de uma árvore nativa “presa” em uma floresta de eucaliptos. Ele não
sabia, mas estava diante de uma situação procurada há mais de 10 anos.
Ali, numa floresta no norte de Minas Gerais, David encontrou o resumo da
angústia sentida toda vez que se deparava com uma plantação de
eucaliptos. Não foi apenas uma coincidência — claro, não há milhares de
árvores nativas “encarceradas” por espécies devastadoras plantadas pelo
homem —, mas uma junção do ato de compreender e de enxergar. Ainda
durante aquela viagem, o fotógrafo encontrou outras 10 plantas na mesma
situação. Fotografou todas e construiu o ensaio Sufocamento.
4. Autorretrato probabilístico (1967) são obras que se voltam para a fotografia como
registro privado da identidade.
Ele executa a partir de um retrato de si mesmo. Subdividida em três planos sucessivos,
ela disponibiliza o único ponto de vista a partir do qual a imagem de Cordeiro pode ser
recomposta a vista de sua completude. Qualquer outro resulta numa identidade
esfacelada. É o próprio retrato autocrítico do artista, na alternância continua entre
integração e desintegração. Estabelece um jogo entre identidade e desidentificação,
transparência e opacidade, ordem e desordem.
Ela faz referência a certos fenômenos da comunicação – como a relação entre verbal e
visual – e a determinados tipos de raciocínios – expressos no sistema binário e no
cálculo das probabilidades que nos apontam para as conexões entre a pesquisa
semântica de Cordeiro e o seu interesse pela cibernética.
5. Apolo e Dafne é uma das esculturas mais famosas de Bernini, retrata o
momento em que Dafne torna-se árvore loureiro. A lenda conta que Apolo, o
mais belo deus do Olimpo, autoconfiante com seu arco de prata, irrita o
cupido com sua arrogância. Assim, o Cupido teria lançado duas flechas,
uma de amor em Apolo e outra de chumbo na ninfa Dafne, filha do rio-deus
pneu, que afastava o amor. Os gestos e os rostos das personagens revelam
emoções violentas e atingem uma dramaticidade desconhecida no
Renascimento.
Apolo e Dafne. Bernini
6. Assistir ao vídeo: Visita à Krajcberg – Encontros
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10730/frans-krajcberg
7. Assistir ao vídeo: Visita à Krajcberg – Encontros
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