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Crise e Queda da Monarquia: A Agonia do Regime Monárquico
O Ultimato e a Impopularidade da Monarquia Existia então um grande descontentamento do operariado e da burguesia. A falta de popularidade da Monarquia acentuou-se ainda mais com o Ultimato Inglês de 1890. Grande parte do País culpava o Rei e os seus colaboradores por terem cedido às ameaças Britânicas.
Estouraram manifestações de repúdio contra os Ingleses e contra a Monarquia. Ao mesmo tempo tentava-se levantar o orgulho nacional que estava gravemente ferido. Foi nessa altura que foi composta a marcha patriótica, A PORTUGUESA, que mais tarde viria a ser adoptada como HINO NACIONAL.
1890 Versão Original Letra: Henrique Lopes de MendonçaMúsica: Alfredo Keil IHerois do mar, nobre povo,Nação valente, imortal,Levantai hoje de novoO esplendor de Portugal!Entre as brumas da memoria,Oh patria sente-se a voz       Dos teus egrégios avós,Que há-de guiar-te à vitória!Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,Às armas, às armas!Pela patria lutar!Contra os Bretões marchar, marchar! Data: 1890 (com alterações de 1957)Letra: Henrique Lopes de MendonçaMúsica: Alfredo Keil IHeróis do mar, nobre povo,Nação valente, imortal,Levantai hoje de novoO esplendor de Portugal!Entre as brumas da memória,Ó Pátria sente-se a vozDos teus egrégios avós,Que há-de guiar-te à vitória!Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,Às armas, às armas!Pela Pátria lutarContra os canhões marchar, marchar!
IIDesfralda a invicta bandeira,À luz viva do teu céo!Brade a Europa á terra inteira:Portugal não pereceu!Beija o teu sólo jucundoO Oceano, a rugir de amor;E o teu braço vencedorDeu mundos novos ao mundo!Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,Às armas, às armas!Pela patria lutar!Contra os Bretões marchar! IIDesfralda a invicta Bandeira,À luz viva do teu céu!Brade a Europa à terra inteira:Portugal não pereceuBeija o solo teu jucundoO oceano, a rugir d'amor,E o teu braço vencedorDeu mundos novos ao Mundo!Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,Às armas, às armas!Pela Pátria lutarContra os canhões marchar, marchar!
IIISaudai o sol que despontaSobre um ridente porvir;Seja o eco de uma afrontaO sinal do resurgir.Raios dessa aurora forteSão como beijos de mãe,Que nos guardam, nos sustêm,Contra as injurias da sorte.Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,Às armas, às armas!Pela patria lutar!Contra os Bretões marchar!! IIISaudai o Sol que despontaSobre um ridente porvir;Seja o eco de uma afrontaO sinal do ressurgir.Raios dessa aurora forteSão como beijos de mãe,Que nos guardam, nos sustêm,Contra as injúrias da sorte.Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,Ás armas, às armas!Pela Pátria lutarContra os canhões marchar, marchar!
A Ofensiva Republicana O Partido Republicano aproveitou este descontentamento proveniente do Ultimato Inglês. A 31 de Janeiro de 1891, rebentava no Porto a primeira revolta republicana. Apesar de não ter vingado, foi a primeira ameaça directa ao regime Monárquico.
A causa Republicana era cada vez mais popular. Tinham o apoio dos principais jornais de Lisboa e Porto, que faziam uma verdadeira campanha de descrédito da Monarquia. Contavam ainda com a colaboração de algumas organizações perigosas, a Maçonaria e a Carbonária.
Maçonaria – Organização semi-secreta, com rituais próprios, defensora da fraternidade e da liberdade. Tinha principalmente elementos da Burguesia. Carbonária – Organização secreta, defendiam a queda da Monarquia, considerando todos os meios, até os mais violentos.
Regicídio e o Fim da Monarquia Em 1907 o rei D.Carlos tentou uma solução à força para acabar com estas ondas de descontentamento. Dissolveu o Parlamento e entregou a chefia do Governo a João Franco, que passou a governar em Ditadura.
Foi estabelecida a Censura à imprensa e alguns presos políticos foram condenados a penas de degredo, para as colónias. Em 1908 o regime atingiu o máximo de violência, com o Regicídio.
Em Fevereiro de 1908, o Rei D.Carlos e o Príncipe Herdeiro( Luís Filipe Duque de Bragança), quando voltavam de Vila Viçosa, foram mortos. O atentado deu-se por extremistas Republicanos, no Terreiro do Paço, em Lisboa.
Luis Filipe Dona Amélia de Õrleães
Os extremistas eram Manuel Buiça e Alfredo Costa, pertencentes talvez à Carbonária.
Após o Regicídio, subiu ao trono o filho mais novo de D. Carlos, D. Manuel II, que tinha apenas 19 anos. A principal decisão foi demitir João Franco, considerando-o o principal culpado da situação.
Chegada Parlamento Para tentar acalmar a agitação que se vivia resolveu restabelecer todas as instituições democráticas que existiam. A Monarquia cada vez mais isolada, tinha os seus dias contados.

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2º Crise e Queda da Monarquia: A Agonia do Regime Monárquico

  • 1. Crise e Queda da Monarquia: A Agonia do Regime Monárquico
  • 2. O Ultimato e a Impopularidade da Monarquia Existia então um grande descontentamento do operariado e da burguesia. A falta de popularidade da Monarquia acentuou-se ainda mais com o Ultimato Inglês de 1890. Grande parte do País culpava o Rei e os seus colaboradores por terem cedido às ameaças Britânicas.
  • 3. Estouraram manifestações de repúdio contra os Ingleses e contra a Monarquia. Ao mesmo tempo tentava-se levantar o orgulho nacional que estava gravemente ferido. Foi nessa altura que foi composta a marcha patriótica, A PORTUGUESA, que mais tarde viria a ser adoptada como HINO NACIONAL.
  • 4. 1890 Versão Original Letra: Henrique Lopes de MendonçaMúsica: Alfredo Keil IHerois do mar, nobre povo,Nação valente, imortal,Levantai hoje de novoO esplendor de Portugal!Entre as brumas da memoria,Oh patria sente-se a voz Dos teus egrégios avós,Que há-de guiar-te à vitória!Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,Às armas, às armas!Pela patria lutar!Contra os Bretões marchar, marchar! Data: 1890 (com alterações de 1957)Letra: Henrique Lopes de MendonçaMúsica: Alfredo Keil IHeróis do mar, nobre povo,Nação valente, imortal,Levantai hoje de novoO esplendor de Portugal!Entre as brumas da memória,Ó Pátria sente-se a vozDos teus egrégios avós,Que há-de guiar-te à vitória!Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,Às armas, às armas!Pela Pátria lutarContra os canhões marchar, marchar!
  • 5. IIDesfralda a invicta bandeira,À luz viva do teu céo!Brade a Europa á terra inteira:Portugal não pereceu!Beija o teu sólo jucundoO Oceano, a rugir de amor;E o teu braço vencedorDeu mundos novos ao mundo!Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,Às armas, às armas!Pela patria lutar!Contra os Bretões marchar! IIDesfralda a invicta Bandeira,À luz viva do teu céu!Brade a Europa à terra inteira:Portugal não pereceuBeija o solo teu jucundoO oceano, a rugir d'amor,E o teu braço vencedorDeu mundos novos ao Mundo!Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,Às armas, às armas!Pela Pátria lutarContra os canhões marchar, marchar!
  • 6. IIISaudai o sol que despontaSobre um ridente porvir;Seja o eco de uma afrontaO sinal do resurgir.Raios dessa aurora forteSão como beijos de mãe,Que nos guardam, nos sustêm,Contra as injurias da sorte.Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,Às armas, às armas!Pela patria lutar!Contra os Bretões marchar!! IIISaudai o Sol que despontaSobre um ridente porvir;Seja o eco de uma afrontaO sinal do ressurgir.Raios dessa aurora forteSão como beijos de mãe,Que nos guardam, nos sustêm,Contra as injúrias da sorte.Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,Ás armas, às armas!Pela Pátria lutarContra os canhões marchar, marchar!
  • 7.
  • 8. A Ofensiva Republicana O Partido Republicano aproveitou este descontentamento proveniente do Ultimato Inglês. A 31 de Janeiro de 1891, rebentava no Porto a primeira revolta republicana. Apesar de não ter vingado, foi a primeira ameaça directa ao regime Monárquico.
  • 9. A causa Republicana era cada vez mais popular. Tinham o apoio dos principais jornais de Lisboa e Porto, que faziam uma verdadeira campanha de descrédito da Monarquia. Contavam ainda com a colaboração de algumas organizações perigosas, a Maçonaria e a Carbonária.
  • 10. Maçonaria – Organização semi-secreta, com rituais próprios, defensora da fraternidade e da liberdade. Tinha principalmente elementos da Burguesia. Carbonária – Organização secreta, defendiam a queda da Monarquia, considerando todos os meios, até os mais violentos.
  • 11. Regicídio e o Fim da Monarquia Em 1907 o rei D.Carlos tentou uma solução à força para acabar com estas ondas de descontentamento. Dissolveu o Parlamento e entregou a chefia do Governo a João Franco, que passou a governar em Ditadura.
  • 12. Foi estabelecida a Censura à imprensa e alguns presos políticos foram condenados a penas de degredo, para as colónias. Em 1908 o regime atingiu o máximo de violência, com o Regicídio.
  • 13.
  • 14. Em Fevereiro de 1908, o Rei D.Carlos e o Príncipe Herdeiro( Luís Filipe Duque de Bragança), quando voltavam de Vila Viçosa, foram mortos. O atentado deu-se por extremistas Republicanos, no Terreiro do Paço, em Lisboa.
  • 15. Luis Filipe Dona Amélia de Õrleães
  • 16.
  • 17. Os extremistas eram Manuel Buiça e Alfredo Costa, pertencentes talvez à Carbonária.
  • 18.
  • 19. Após o Regicídio, subiu ao trono o filho mais novo de D. Carlos, D. Manuel II, que tinha apenas 19 anos. A principal decisão foi demitir João Franco, considerando-o o principal culpado da situação.
  • 20. Chegada Parlamento Para tentar acalmar a agitação que se vivia resolveu restabelecer todas as instituições democráticas que existiam. A Monarquia cada vez mais isolada, tinha os seus dias contados.