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Instituto Formação
Curso Técnico em Agricultura
Tiago Sizilio
Engenheiro Agrônomo
Barra da Estiva, abril de 2017.
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
❖ CONSUMO DE ALIMENTOS
❖ Brasileiro – 2,0 kg
❖ Chinês – 2,1 kg
❖ Americano – 2,9 kg
❖ Esses três países juntos, consumirão somente hoje 4 milhões de toneladas de alimentos.
❖ 2011 – 7 bilhões de pessoas – 3 refeições diárias – 21 bilhões de refeições
❖ 1940 – 1 produtor alimentava 19 pessoas
❖ 1970 – 1 produtor alimentava 73 pessoas
❖ 2010 – 1 produtor alimentava 155 pessoas
❖ 2050 – precisará produzir 70% a mais .
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
❖ AGRICULTURA MUNDIAL E BRASILEIRA
• Até século XIX – fácil aumento de produtividade
• A partir do século XX – Mecanização – irrigação – controle de pragas e doenças
• Produtividade ultimas 4 décadas – 2,1 a 3,8 % a.a.
• 925 milhões de famintos em 2010 (FAO, 2011).
• 90% - Ásia e África
• Desafio – produzir + alimentos com - impactos.
❖ BRASIL
3º maior produtor agrícola mundial
Maior produtor mundial de 
(FAO, 2009)
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
❖ Evolução da produtividade
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
HISTÓRICO
❖ Idade média – castigo
❖ 2500 a.C. – enxofre e piretro
❖ Século XVIII – desenvolvimento da agricultura Flores de Chrysanthemum cinerariaefolium
❖ No final do século XIX e início do século XX – inseticidas orgânicos sintéticos
❖ 2ª guerra mundial
❖ DDT (dicloro-difenil-tricloroetano)
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
HISTÓRICO
❖ DDT - Organoclorado
❖ Insolubilidade em água
❖ Solubilidade em óleos e gorduras
❖ Acumulo em tecido adiposo
❖ Alta estabilidade
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
• DDT
• Extinguiu tifo da Europa
• 1970 – Erradicação da malária
• 1955 - Acabou com a dengue e a febre amarela no Brasil.
• 1967 – Retorno do Aedes aegypti – Combate pelo DDT no Brasil
• 1962 – Livro Silent Spring (apelidando o DDT de Elixir da morte)
• 1969 – Suíça bane uso de DDT
• 1972 – EUA proíbe uso de DDT
• 1989 – Brasil proíbe uso de DDT
• 2009 – Lula sanciona a Lei de nº 11.936, proibindo a fabricação, importação, manutenção em estoque,
comercialização e o uso do DDT em todo território brasileiro.
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
HISTÓRICO
• Organofosforados – 1940
• Carbamatos
• Piretróides
❖ REVOLUÇÃO VERDE
• Pacote tecnológico
• 1950 a 1985 – produção de cereais passou de 700 milhões
para 1,8 bilhão de toneladas.
• Novas pragas – (1958 = 193 pragas – 1976 = 593 pragas)
• Monocultura
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
❖ IMPORTANCIA DOS DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
• Pestes ou pragas são organismos biológicos considerados nocivos ao interferir na
atividade humana, competindo por alimentos, disseminando doenças ou prejudicando
colheitas, alimentos e ecossistemas (NATIONAL RESEARCH COUNCIL, 2000). São
classificados como:
Ervas Daninhas Insetos
Organismos
Patogênicos
Vertebrados
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
❖ O QUE SÃO DEFENSIVOS AGRÍCOLAS?
Os agrotóxicos, também conhecidos como agroquímicos são definidos, segundo o art. 1º do Decreto
nº4.074/2002:
IV – Agrotóxicos e afins – produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados
ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas
pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes
urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição
da fauna e da flora, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos
considerados nocivos (...)
Acaricidas
Bactericidas
Fungicidas
Herbicidas
Inseticidas
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
❖ FAVORECIMENTO DAS PRAGAS
• Local sem inimigos naturais
• Mudanças genéticas em plantas
• Redução no processo de RC
• Desequilíbrio ecológico
❖ MECANISMOS PARA CONTROLE DAS PRAGAS E DOENÇAS
• Rotação de Culturas
• Parasitas naturais
• Variedades resistentes
• Defensivos naturais
• Produtos químicos
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
❖ ACARICIDAS
• Eliminar ácaros
Ácaro vermelho (Oligonychus ilicis) Ácaro rajado (Tetranychus urticae)
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
❖ BACTERICIDAS
• Eliminar bactérias
Teste do copo - Ralstonia solanacearum
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
❖ FUNGICIDAS
• Eliminar fungos
Ferrugem (Hemileia vastatrix) Mofo Cinzento (Botrytis cinerea)
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
❖ HERBICIDAS
• Eliminar ervas daninhas
Picão-preto (Bidens pilosa) Buva (Conyza bonariensis)
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
❖ INSETICIDAS
• Eliminar insetos
Mosca-branca (Bemisia tabaci) Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
❖ NEMATICIDAS
• Eliminar nematoides
Cenoura (Pratylenchus penetrans) Soja (Meloidogyne javanica)
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
❖ AGENTES BIOLÓGICOS
• Eliminar outros organismos vivos
Baculovirus anticarsia Bacillus thurigiensis
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
❖ SEMIOQUIMICOS
• Armadilhas
Armadilha para mosca-das-frutas (Ceratitis capitata)
Formulação dos defensivos
❖ FORMULAÇÃO – O QUE É
❖ COMPONENTES DE UM PRODUTO FORMULADO
❖ Ingrediente ativo I.A.
❖ Inertes
❖ Adjuvantes
❖ CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FORMA DE USO (MATUO, 1990)
❖ Formulação pré-mistura
❖ Formulação de pronto uso
Formulação dos
defensivos
FORMULAÇÃO DE PRONTO USO
❖ PÓ SECO (P)
• Restringe-se ao controle de formigas e de insetos em grãos armazenados
• Exposição do aplicador e deriva acentuadas
• Distribuição heterogênea na área (produto
disperso por uma fonte de ar)
• Aplicadores (POLVILHADORAS)
Formulação dos
defensivos
FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA
❖ PÓ MOLHÁVEL (PM, WP)
• Diluição em agua
• Custo baixo
• Deixa resíduos visíveis nas plantas tratadas
• Podem promover entupimentos
• Necessita de agitação constante
Formulação dos
defensivos
FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA
❖ PÓ SOLÚVEL (PS, SP)
• Formulação pouco comum
• Resulta em uma solução verdadeira
• Não há necessidade de agitação constante
Formulação dos
defensivos
FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA
❖ CONCENTRADO SOLÚVEL (CS, SL)
• Formulação liquida
• Dissolve-se prontamente
• Não necessita agitação no tanque
• Pouco abrasiva
Formulação dos
defensivos
FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA
❖ CONCENTRADO EMULSIONÁVEL (CE, EC, EW)
• Formulação liquida (I.A. + aditivos + óleo)
• Insolúveis em agua (necessita surfactante)
• Necessita agitação em tanque
• Maior fitotoxidade
• Abrasiva
Formulação dos
defensivos
FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA
❖ SUSPENSÃO CONCENTRADA (SC, F)
• Conhecida com “Flowable”
• Liquida (I.A. + líquido)
• Pode apresentar problemas durante armazenamento
• Necessita agitação no tanque
• Residual visível sobre as folhas
• Não abrasiva. Pouco entupimento
Formulação dos
defensivos
FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA
❖ GRANULADO DISPERSÍVEL (WG, GD, DW)
• PM convertido a SC e desidratado
• Dissolve facilmente
• Maior facilidade de manuseio
• Requer agitação constante no tanque
Formulação dos
defensivos
ORDEM DE MISTURA DE FORMULAÇÕES
1. GRANULADO DISPERSÍVEL (WG)
2. PO SOLÚVEL (PS)
3. PÓ MOLHÁVEL (PM)
4. SUSPENSÃO CONCENTRADA (SC)
5. CONCENTRADO EMULSIONÁVEL (CE)
6. ADJUVANTES
Modo de ação dos defensivos
Contato Ingestão Profundidade
Fumigante Sistêmico Erradicante
Modo de ação dos
defensivos
❖ CONTATO
• Inseticida - Absorvido pelo tegumento do inseto.
• Herbicida - Age como dessecante.
Modo de ação dos
defensivos
❖ INGESTÃO
• Penetra por via oral.
• Controle de insetos mastigadores.
Modo de ação dos
defensivos
❖ PROFUNDIDADE
• Translaminar.
• Atravessar a folha ou penetrar no fruto.
Modo de ação dos
defensivos
❖ FUMIGANTE
• Penetra em forma de vapor.
• Vias respiratórias.
Modo de ação dos
defensivos
❖ SISTÊMICO
• Absorvido pela planta.
• Controle de insetos sugadores.
• Controle de insetos mastigadores - fase inicial.
Modo de ação dos
defensivos
❖ ERRADICANTE
• Tratamento de semente.
• Tratamento de solo.
• Diminuição do potencial de inóculo primário.
USO DE AGROTÓXICOS – VANTAGENS E DESVANTAGENS
❖ VANTAGENS
• produção de alimentos em grande
escala a um custo mais baixo;
• Redução de perdas na agricultura;
• ·Pesticidas mais recentes são mais
seguros e eficazes do que muitos
antigos
❖ DESVANTAGENS
• Uso intensivo gera degradação dos
recursos naturais;
• Prejudica a saúde humana;
• Aceleram o desenvolvimento de
resistência genética;
• Matam predadores e inimigos naturais;
• Seus efeitos nocivos superam seus
benefícios. (MULLER, 2007).
❖ LIMITE MÁXICO OU TOLERÂNCIA – quantidade máxima de resíduo de
agrotóxico legalmente aceita em alimentos.
❖ INTERVALO DE SEGURANÇA OU PERÍODO DE CARÊNCIA – intervalo de
tempo entre a ultima aplicação e a colheita.
❖ DEPÓSITO – camada do produto depositada sobre as superfícies tratadas.
❖ RESÍDUO – quantidade do defensivo encontrado no produto tratado após
passado um longo período da aplicação.
RESIDUO DE AGROTÓXICOS
❖ DOSE LETAL 50 (DL 50)
Dose necessária de uma dada substância para matar 50% de uma população em teste
(normalmente medida em miligramas de substância por quilograma de massa corporal
dos indivíduos testados).
CLASSE TOXICOLÓGICA DOS DEFENSIVOS
CLASSES DOSE CAPAZ DE MATAR
TOXICOLÓGICAS UMA PESSOA ADULTA
I - EXTREMAMENTE menor 5mg/kg 1 pitada - algumas gotas
II - ALTAMENTE 5 - 50mg/kg alg. gotas - 1 colher chá
III - MEDIANAMENTE 50 - 500mg/kg 1 colher chá - 2 col. sopa
IV - POUCO TÓXICO 500 - 5000mg/kg 2 colher sopa - 1 copo
IV - MUITO POUCO mais 5000mg/kg 1 copo - 1 litro
DL50
CLASSE TOXICOLÓGICA DOS DEFENSIVOS
Consiste na classificação dos produtos técnicos e das formulações levando em
consideração os seus aspectos toxicológicos
CLASSE TOXICOLÓGICA DOS DEFENSIVOS
❖ VIAS DE ABSORÇÃO
• Dérmica – absorção pela pele e mucosa.
• Respiratória – provocam sintomas específicos.
• Digestiva – ingestão de alimentos contaminados.
• Ocular – pode provocar cegueira.
❖ VIA DIRETA
❖ VIA INDIRETA
FORMAS DE INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS
❖ Leve
Dor de cabeça, irritação
cutaneomucosa, náusea e
discreta tontura.
Queimadura causada por Roundup.
❖ Severa
Hipertensão, arritmia cardíaca,
insuficiência respiratória,
convulsões, alterações da
consciência, coma, podendo
evoluir para óbito.
❖ Moderada
Dor de cabeça intensa, náusea,
vomito, tonturas mais intensas,
fraqueza e sudorese aumentada.
AGUDA – exposição a altas doses em um curto espaço de tempo
Intoxicação por
agrotóxicos
❖ CONSEQUENCIAS Criança tomando agua em embalagem de agrotóxico.
• Distúrbio de sonos;
• Sintomas alérgicos;
• Abortos;
• Danos do desenvolvimento do feto;
• Câncer.
Deformação causada por contato com agrotóxico na gravidez.
CRÔNICA – exposição a doses menores mas por período prolongado.
Intoxicação por
agrotóxicos
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
INSETICIDAS
INSETICIDAS
❖ CONCEITO
• Inseticida são compostos químicos que aplicado direta ou indiretamente sobre os
insetos, em concentrações adequadas provocam a sua morte.
• FORMULAÇÕES
• INERTES
• AÇÃO TRANSLAMINAR
• INGESTÃO
• FUMIGAÇÃO
INSETICIDAS
• AÇÃO SISTEMICA
• Vantagem – menor desequilibro biológico;
• ação quase que exclusiva sobre sugadores;
• sem necessidade de cobertura total.
• AÇÃO DE CONTATO
• AÇÃO RESIDUAL
• AÇÃO DE CHOQUE
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS
CORPO DOS INSETOS
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS
NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam na transmissão sináptica
Acetilcolina
Acetilcolinesterase
NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam na transmissão sináptica
• Organofosforados e Carbamatos
• Atuam ligando a enzima acetilcolinesterase
• Hiperexcitabilidade
• Tremores, convulsões e, eventualmente,
colapso do SNC e morte.
• Carbamato – reversível
• Organofosforado – irreversível
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
Clorpirifós Metomil
CARBAMATO ORGANOFOSFORADO
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam nos receptores de Acetilcolina
Acetilcolina
Acetilcolinesterase
NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam nos receptores de Acetilcolina
• Neonicotinóides
• Atuam como agonistas (análogo) da acetilcolina
• Modo distinto dos Carbamatos e Organofosforados, sintomas resultantes são
semelhantes.
• Hiperexcitabilidade
• Tremores, convulsões e, eventualmente,
colapso do SNC e morte.
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
Imidacloprido Acetamiprido
NEONICOTINÓIDES
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam nos receptores GABA
Ácido-Gama-Amino-Butírico
Agonista do GABA – Calmante
Antagonista do GABA - Excitante
NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam nos receptores GABA
• Fenilpirazol
• Atuam como antagonistas do GABA
• Aumentam a transmissão nos impulsos nervoso.
• Semelhança ao fosforados e carbamatos.
• Hiperexcitação do SNC.
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
Fipronil
FENILPIRAZOL
NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam nos receptores GABA
• Avermectinas e Milbemicinas
• Atuam como agonistas (análogo) do GABA.
• Bloqueio da transmissão do estimulo nervoso.
• Imobilização, paralisia e morte.
• Efeito calmante.
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
Abamectina Milbemectina
AVERMECTINAS MILBEMICINAS
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam na transmissão axônica
Canais de Na+
Canais de K+
NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam na transmissão axônica
• Piretróides
• Atuam como moduladores dos canais de Na+ (Sódio)
• Mantem os canais de Na abertos
• Transmissão de impulsos descontrolados
• Hiperexcitabilidade
• Paralisia e morte.
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
Alfa cipermetrina Deltametrina
PIRETROIDE
NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam na transmissão axônica
• Oxadiazinas
• Atuam como bloqueadores dos canais de Na+ (Sódio)
• Mantem os canais de Na fechados
• Bloqueia a transmissão de impulsos
• Imobilização, paralisia e morte.
• Efeito calmante
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
Indoxacarbe
OXADIAZINAS
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
NEUROTÓXICOS
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
REGULADORES DE CRESCIMENTO
HOLOMETABOLIA
Metamorfose completa
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
REGULADORES DE CRESCIMENTO
HEMIMETABOLIA
Metamorfose parcial
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
REGULADORES DE CRESCIMENTO
Quitina – principal componente do exoesqueleto
Sintases – sintetizam quitina
Quitinases – degradam quitina
REGULADORES DE CRESCIMENTO
Inseticidas que atuam no crescimento dos insetos
• Juvenóides
• Agonistas do hormônio juvenil
• Ação mais forte no ultimo instar
• Impede a progressão para a fase adulta.
• Interrompe reprodução e desenvolvimento.
• Morte.
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
Piriproxifen
ÉTER PIRIDILOXIPROPÍLICO
REGULADORES DE CRESCIMENTO
Inseticidas que atuam no crescimento dos insetos
• Agonistas da ecdisona (Hormônio de crescimento e muda)
• Provocam aceleração da ecdise
• Insetos deformados
• Interrupção do desenvolvimento
• Morte
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
metoxifenozida
HIDRAZINA
REGULADORES DE CRESCIMENTO
Inseticidas que atuam no crescimento dos insetos
• Benzoilfeniluréias ou Benzoiluréias
• Atuam como inibidores da síntese de quitina
• Inibe a formação do exoesqueleto
• Inseto não se liberta do antigo exoesqueleto
• Inseto desseca por perda de umidade
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
Teflubenzuron Buprofezina
BENZOILUREIA TIADIAZINONA
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
• ATP – Adenosina Trifosfato
• Fosforilação oxidativa – liberam eletros para formação de ATP
• O fluxo de elétrons libera energia livre suficiente para a síntese
de ATP.
INIBIDORES DE ATP
Inseticidas que atuam na inibição de energia
INIBIDORES DE ATP
Inseticidas que atuam na inibição de energia
• Hidramethilona
• Atual como inibidores da síntese de ATP
• Causa redução de Oxigênio
• Lenta intoxicação
• Perda da coordenação muscular
• Inatividade, paralisia e morte.
CLASSIFICAÇÃO DOS
INSETICIDAS
Clorfenapir
ANÁLOGO DE PIRAZOL
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
INSETICIDAS
NATURAIS
ALTERNATIVAS NO
CONTROLE DE PRAGAS
AGRÍCOLAS
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
INSETICIDAS
NATURAIS
INSETICIDAS DE ORIGEM
VEGETAL
• IMPORTANCIA
• VANTAGENS
• Oferecem alternativas aos inseticidas químicos sintéticos, uma vez que podem
ser empregados com o mesmo proposito;
• Podem ser facilmente preparados a partir de varias espécies vegetais
conhecidamente eficientes, por meio artesanal, semi-industrial e industrial;
• São facilmente biodegradados, pela sua natureza orgânica, o que contribui para
a diminuição da contaminação ambiental;
INSETICIDAS
ALTERNATIVOS
• VANTAGENS
• Contribuem para a segurança alimentar, melhorando a qualidade de vida e
protegendo a saúde dos trabalhadores e consumidores;
• Por conterem mais de um principio ativo, são menos propensos a promover
resistência ou tolerância em pragas e patógenos;
• São mais econômicos que os agrotóxicos sintéticos;
• São compatíveis com o MIP e com o sistema de manejo orgânico.
INSETICIDAS
ALTERNATIVOS
• DESVANTAGENS
• Quase sempre são menos eficientes que os inseticidas químicos;
• Os resultados nem sempre são imediatos;
• Em geral, são necessários um maior numero de aplicações, devido a baixa persistência;
• Normalmente, não são encontrados nas lojas agropecuárias;
• Geralmente, requerem o cultivo de da espécie destinada a este fim, que também exigira
atenções culturais.
INSETICIDAS
ALTERNATIVOS
• TRITURAÇÃO
• Material seco
• Moagem para transformar o material em pó
INSETICIDAS
ALTERNATIVOS
Métodos artesanais para extração dos princípios ativos
(ESCALONA et. al 1998)
• MACERAÇÃO
• Realizado à temperatura ambiente;
• Material seco e triturado ou fresco e
picado;
• Solvente extrator;
• Agua, álcool etílico, mistura hidro-
alcoólica;
• Tempo de extração – varia de horas até
dias.
INSETICIDAS
ALTERNATIVOS
• COZIMENTO
• Semelhante ao anterior, mas com o
emprego de calor;
• Solvente extrator;
• Agua, álcool etílico, mistura hidro-
alcoólica;
• Tempo de extração – 15 a 60 minutos.
• INFUSÃO
• Material seco e triturado ou fresco e
picado;
• Solvente extrator fervente;
• Tempo de extração – varia de 5 a 10
minutos;
• Método semelhante ao preparo de
chá.
INSETICIDAS
ALTERNATIVOS
• ESTRAÇÃO DO SUMO
• Utiliza-se partes suculentas;
• Prensa mecânica ou moagem;
• Semelhante a extração de garapa de
cana-de-açúcar.
• INDICAÇÃO
• Formigas (Sauvas e quenquéns)
• Moer 5 folhas medias de sisal e deixar de
molho por 2 dias em 5 litros de agua.
• Aplicar 2 litros desta solução no olheiro do
formigueiro e tapar os depois para que as
formigas não fujam.
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
AGAVE, PITEIRA OU SISAL (Agave sisalana)
RECEITA 01
INDICAÇÃO
• Repelente de insetos, bactérias, fungos e nematoides.
• 3 cabeças de alho;
• 1 colher grande de sabão de coco picado;
• 2 colheres de parafina liquida.
• Amassar as cabeças de alho misturado a parafina liquida. Diluir esse preparo em 10 litros de
agua com sabão. Pulverizado logo em seguida.
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
ALHO (Allium sativum)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
ARRUDA (Ruta graveolens)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
CEBOLA (Allium cepa) ou CEBOLINHA VERDE (Allium fistolusum)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
CHUCHU (Sechium edule)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
CRAVO-DE-DEFUNTO (Tageres minuta)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
CRAVO-DE-DEFUNTO (Tageres minuta)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
FUMO (Nicotiana tabacum)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
FUMO (Nicotiana tabacum)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
FUMO (Nicotiana tabacum)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
FUMO (Nicotiana tabacum)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
MAMÃO (Carica papaya)
INDICAÇÕES
• Mosca-branca, Tripes, Pulgões, Traça do
tomateiro, Ácaro verde da mandioca,
Mosca minadora, Nematóides, Mosca
domestica, Lagarta do cartucho, Lagarta
curuquerê, Lagarta rosca.
• OBS: mais de 418 espécies de pragas são
afetadas pelo extrato de nim (ABREU
JUNIOR, 1998; MARTINEZ, 2002).
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
NIM (Azadirachta indica)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
NIM (Azadirachta indica)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
NIM (Azadirachta indica)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
NIM (Azadirachta indica)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
NIM (Azadirachta indica)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
NIM (Azadirachta indica)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
NIM (Azadirachta indica)
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
PIMENTA (Capsicum spp.)
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
INSETICIDAS NATURAIS
INSETICIDAS DE
ORIGEM ANIMAL
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
LEITE
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
URINA DE VACA
• Possui diversas substancias que, reunidas, aumentam a resistência das plantas a
pragas e doenças.
• VANTAGENS
• Não é tóxico;
• Diminui a utilização de agrotóxicos;
• Praticamente não tem custo;
• Substitui o adubo químico;
• Aproveita um produto que normalmente é jogado fora;
• Está pronto para uso, bastando acrescentar agua;
• Aumenta a produção;
• O efeito é rápido;
• Pode ser utilizado em todas as culturas.
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
URINA DE VACA
• Nitrogênio – aumenta o desenvolvimento das plantas, tornando-as mais
verdes;
• Cloro – aumenta a retenção de agua pelas plantas e impede de modo
significativo para o aparecimento de algumas doenças;
• Enxofre – aumenta a produção de proteínas, deixando as plantas mais
nutritivas;
• Fenóis – aumenta a resistência da planta a ataques de doenças.
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
URINA DE VACA
• Coleta da urina
• Armazenagem de urina
• Preparo da calda
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
INSETICIDAS NATURAIS
OUTROS INSETICIDAS
OU MÉTODOS
ALTERNTIVOS DE
CONTROLE
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
CALDA BORDALESA
• VANTAGENS
• Protetor das folhas;
• Forma camada protetora contra doenças e pragas;
• Alta resistência à lavagem pela chuva;
• Aumenta a resistência da planta à insolação;
• Fornecedor de nutrientes essenciais;
• Cobre – ativador de metabolismo, aumento de vigor;
• Cálcio – fortalece e dá resistência aos tecidos;
• enxofre – promove o aproveitamento do nitrogênio;
• Melhora a qualidade dos frutos.
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
CALDA BORDALESA
• VANTAGENS
• Protetor das folhas;
• Forma camada protetora contra doenças e pragas;
• Alta resistência à lavagem pela chuva;
• Aumenta a resistência da planta à insolação;
• Fornecedor de nutrientes essenciais;
• Cobre – ativador de metabolismo, aumento de vigor;
• Cálcio – fortalece e dá resistência aos tecidos;
• enxofre – promove o aproveitamento do nitrogênio;
• Melhora a qualidade dos frutos.
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
CALDA BORDALESA
• PREPARO
• DISSOLUÇÃO DO COBRE
• Colocado em um saco de algodão e mantido imerso em um balde com 20 litros
de agua.
• DISSOLUÇÃO DA CAL VIRGEM
• 100 gr/ 10 litro de agua.
• TESTE DA FACA
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS
CALDA SULFOCÁLCICA
• Efeito tóxico sobre insetos sugadores e ácaros.
• Fungicida protetor. Curativo contra oídios e ferrugens.
• RECOMENDAÇÕES
• 1 litro da calda/ 30 a 100 litros de agua.
• PREPARO
• 10 litros de calda
• 2,5 kg de enxofre
• 1,250 kg de cal virgem
• 7,0 litros de agua.
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
MÉTODOS DE
CONTROLE DE
PRAGAS
METODOS DE CONTROLE
DE PRAGAS
• Comum atribuir aparecimentos de pragas ao uso de inseticidas;
• Agentes biológicos ocorrem naturalmente em condições ideais;
• Aparecimento cíclico.
METODOS DE CONTROLE
DE PRAGAS
MÉTODOS CULTURAIS
A- Cultural: Emprego de
práticas agrícolas
normalmente utilizadas no
cultivo das plantas objetivando
o controle de pragas.
METODOS DE CONTROLE
DE PRAGAS
• ROTAÇÃO DE CULTURA
• Plantio de culturas de forma intercalada
• Plantas comerciais + produtoras de massa verde
• Vantagem
• Produção diversificada
• Diminui inóculos
MÉTODOS CULTURAIS
METODOS DE CONTROLE
DE PRAGAS
• ARAÇÃO DO SOLO
Revolvimento do solo
• Objetivo
Expor pragas a raios solares
MÉTODOS CULTURAIS
METODOS DE CONTROLE
DE PRAGAS
• EPOCA DE PLANTIO E COLHEITA
• antecipar ou atrasar o plantio ou colheita
• Escape da praga
MÉTODOS CULTURAIS
colheita
vegetação
floração
semeadura
colheita
vegetação
floração
METODOS DE CONTROLE
DE PRAGAS
DESTRUIÇÃO DE RESTOS CULTURAIS
Partes da planta sevem como abrigo de
pragas.
MÉTODOS CULTURAIS
PODA
Eliminação de partes atacadas
METODOS DE CONTROLE
DE PRAGAS
• ADUBAÇÃO
• Uma planta desequilibrada nutricionalmente
torna-se mais suscetível a pragas e patógenos.
• Plantas com boa nutrição possuem melhor sanidade
• Adubação equilibrada – uso adequado do nitrogênio
MÉTODOS CULTURAIS
METODOS DE CONTROLE
DE PRAGAS
• DECRETOS E PORTARIAS
• QUARENTENA – 40 dias de observação
• MAPA, ADAB
• Suspeita = material destruído
• Material exportado também é averiguado
• Pais exportador é responsabilizado por
inoculação de pestes.
MÉTODOS LEGISLATIVOS
METODOS DE CONTROLE
DE PRAGAS
• Utilização de barreiras ou destruição direta do problema
• CATAÇÃO MANUAL
• ARMADILHAS
• CERCA VIVA PARA INTERCEPTAÇÃO DO VÔO
• CAPINA
MÉTODO MECÂNICO
METODOS DE CONTROLE
DE PRAGAS
• Utilização de barreiras ou destruição direta do problema
• CATAÇÃO MANUAL
• ARMADILHAS
• CERCA VIVA PARA INTERCEPTAÇÃO DO VÔO
• CAPINA
MÉTODO MECÂNICO
METODOS DE CONTROLE
DE PRAGAS
• FOGO
• Controla pragas, mas mata os benéficos
• INUNDAÇÃO
• Pragas com fase de desenvolvimento
no solo
• TEMPERATURA
• Influência no desenvolvimento do inseto
MÉTODO FÍSICO
METODOS DE CONTROLE
DE PRAGAS
• PREDADORES
• alimenta-se de várias presas
para se desenvolver
• alimenta-se externamente
• normalmente é maior que a
presa
MÉTODO BIOLÓGICO
Uso de um ser vivo para regular a população de outro ser vivo
• PARASITÓIDES
• consomem um hospedeiro
por indivíduo
• alimentam-se externa ou
internamente.
• mata o hospedeiro no final do
ciclo, não imediatamente é
menor que o hospedeiro
– Vespas
– Moscas
• BACTERIAS E FUNGOS
• causam doenças nos insetos
• atrasam seu desenvolvimento
ou matam
✓Bactérias
✓Vírus
✓Fungos
✓nematoides
METODOS DE CONTROLE
DE PRAGAS
• GRAUS DE RESISTENCIA
• Imunidade – quando a planta não sofre nenhum dano
• Moderada – quando o dano é menor do que o dano causado nas variedades
em geral;
• Suscetível – quando ao dano é igual ao dano médio causado nas variedades
em geral.
• Evasão – momento de susceptibilidade em ausência da praga.
MÉTODO GENÉTICO
METODOS DE CONTROLE
DE PRAGAS
MÉTODO QUIMICO
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
RESISTENCIA À INSETICIDAS
Estratégias, desafios e perspectivas no
controle de insetos
RESISTENCIA A
INSETICIDAS
• 1º) EUA em 1908 – enxofre
• Até final da década de 90 – mais de 540 pragas
• Quase todos os grupos inseticidas
EVOLUÇÃO DA RESISTENCIA - CONSEQUENCIAS
Comprometimento do MIP.
Misturas indevidas
Aumento da dose
Aplicação mais frequente de inseticidas
“O desempenho de um produto
“O desempenho de um produto
aplicado não foi satisfatório no
aplicado não foi satisfatório no
controle de uma determinada praga”.
controle de uma determinada praga”.
Trata-se de um caso de resistência?
Trata-se de um caso de resistência?
R
B
C
A
R
I -
COMITÊ BR ASILEIR O DE AÇÃ OA RESISTÊNC IAA INSETICI DAS
• Qualidade da aplicação
• Produto (formulação e dosagem)
• Densidade populacional da praga
• Condições climáticas
• Tolerância
• Resistência
POSSIVEIS EXPLICAÇÕES PARA O INSUCESSO NO CONTROLE
RESISTENCIA A
INSETICIDAS
- Tolerância – resposta diminuída na ação do produto, devido ao uso repetitivo da
substancia. Adaptação do sistema do inseto.
- Resistencia – capacidade do organismo em suportar doses de inseticidas que
normalmente seriam letais para a maioria da população (suscetível) da mesma espécie.
- Não se cria insetos resistentes, mas se cria insetos tolerantes.
- Resistencia – hereditária.
RESISTÊNCIA X TOLERÂNCIA
RESISTENCIA A
INSETICIDAS
DESENVOLVIMENTO
DE RESISTENCIA S
S
S
S S
S
S
S
S
S
S
S
S S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S S
S
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S
S
S
S
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S
S
S
S
S
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S
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S
R R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R R
R
R
R R
R
Produto do Grupo A
Produto do Grupo A
Produto do Grupo A
Produto do Grupo A
Produto do Grupo A
Produto do Grupo A
Após a
Após a
Pulverização
Pulverização
Após a
Após a
Pulverização
Pulverização
Após a
Após a
Pulverização
Pulverização
S = Indivíduo Susceptível
R = Indivíduo Resistente a Produtos do Grupo A
R
B
C
A
R
I -
COMITÊ BRASILEIRO DE AÇÃO A RESISTÊNCI A AINSETICID AS
RESISTENCIA A
INSETICIDAS
• Resistencia cruzada – Um único mecanismo de defesa
confere resistência a dois ou mais compostos químicos. Ex.
resistência a Lambda-Cialotrina e a Cipermetrina.
• Resistencia múltipla – Pelo menos dois mecanismos de
defesa conferem resistência a dois ou mais compostos
químicos. Ex. resistência a Lambda-cialotrina e a
Clorpirifós.
RESISTENCIA CRUZADA X RESISTENCIA MUTIPLA
RESISTENCIA A
INSETICIDAS
• Redução da penetração cuticular –
recebe menor quantidade de toxico no
interior do organismo.
• Aumento da destoxificação metabólica –
individuo capaz de degradas moléculas.
• Redução da sensibilidade do sitio de
ação – alteração do sitio de ação,
mostrando menos sensibilidade ao produto.
MECANISMOS DE RESISTENCIA
• Manejo por moderação – reduzir o
uso de produtos químicos.
• Aplicação menos frequente;
• Controle em reboleiras;
• Manutenção de área não tratada;
• Aplicação no estágio mais
vulnerável da praga.
MANEJO DE RESISTENCIA
RESISTENCIA A
INSETICIDAS
• Manejo por saturação – reduzir as
vantagens adaptativas dos indivíduos.
• Altas dosagens
• Manejo por ataque múltiplo – uso
de produtos em rotação ou misturas.
• A resistência ao produto (A) diminui
com o emprego do produto (B)
MANEJO DE RESISTENCIA
RESISTENCIA A
INSETICIDAS
S
S
S
S S
S
S
S
S
S
S
S
S S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
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S
S S
S
S
S
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S
S
S
S
S
S
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S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
R
R R
R
S
R
R
R
R
R
R
S
S
S
S
S
S
R
R
R
Produto do
Produto do
Grupo A
Grupo A
Produto do
Produto do
Grupo B
Grupo B
Produto
Produto
do Grupo C
do Grupo C
Após a
Após a
Pulverização
Pulverização
Após a
Após a
Pulverização
Pulverização
Após a
Após a
Pulverização
Pulverização
S = Susceptível
R = Resistente a Produtos do Grupo A
R = Resistente a Produtos do Grupo B
R = Resistente a Produtos do Grupo C
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
B
C
A
R
I -
COMITÊ BR ASILEIR O DE AÇÃ OA RESISTÊNC IAA INSETICI DAS
Rotação de Produtos
Rotação de Produtos
“Naturalmente
temos
indivíduos
resistentes
a todos os grupos de
produtos”
Os indivíduos
resistência ao
produto A,
serão
controlados
pelo produto B.
Os indivíduos
resistência ao
produto B,
serão
controlados
pelo produto A.
RESISTENCIA A
INSETICIDAS
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
RESISTENCIA À FUNGICIDAS
Estratégias, desafios e perspectivas no
controle de doenças
• É uma alteração herdável e estável em um fungo em resposta à aplicação de
um fungicida, resultando numa redução da sensibilidade ao produto.
• Fungos – organismos geneticamente variáveis.
RESISTENCIA A
FUNGICIDAS
• erros de dosagem devido à calibragem de equipamentos de
pulverização
• condições climáticas desfavoráveis
• erros no diagnóstico da doença,
• época de aplicação incorreta,
• formulação inadequada,
• problemas no armazenamento do produto,
• desequilíbrios devido à eliminação de organismos benéficos
RESISTENCIA A
FUNGICIDAS
• Decréscimo de permeabilidade – não atinge o local de ação.
• Aumento da desintoxicação – degradação metabólica (perda de ação)
• Alteração bioquímica do sitio alvo – produto absorvido sem ser
metabolizado.
• Desenvolvimento de via metabólica alternativa – adaptação mediante
bloqueio de um determinado sitio de ação.
MECANISMOS DE RESISTENCIA
RESISTENCIA A
FUNGICIDAS
Exemplos de casos de resistência
MECANISMOS DE RESISTENCIA
RESISTENCIA A
FUNGICIDAS
• DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO DE SELEÇÃO
1) restringindo a aplicação de fungicidas com alto risco de resistência;
2) alternância dos modos de ação em programas de controle;
3) Escolhendo um método de aplicação que minimize a duração da exposição do patógeno
ao fungicida;
4) jamais aplicar de forma erradicante;
5) Usando dois fungicidas específicos em sequência e não em mistura, quando a
adaptabilidade da forma resistente é menor do que a da sensível;
6) associar o produto químico com o manejo integrado de doenças.
MANEJO ANTI-RESISTENCIA
RESISTENCIA A
FUNGICIDAS
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
FUNGICIDAS
FUNGICIDAS
❖ ASPECTOS GERAIS
• FUNGICIDA - São substâncias químicas, de origem natural ou sintética que quando
aplicadas às plantas protegem-nas da penetração e/ou do posterior desenvolvimento de
fungos patogênicos em seus tecidos.
❖ Fungicida não precisa matar o fungo
❖ CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS
• Ser letal ao patógeno;
• Não ser fitotóxico;
• Ser inócuo ao homem, meio ambiente e animais – não tóxico;
• Ser inócuo a organismos benéficos – ex. Rhizobium
Fungistáticos e antiesporulantes
FUNGICIDAS
❖ CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS
• Solubilidade – de acordo com a formulação e o tipo de fungicida;
Fung. Protetores – relativamente insolúveis;
Fung. Sistemicos – alta solubilidade
• Tenacidade – resistência a intempéries (persistência);
• Redistribuição – redistribuir sobre a folha tratada;
• Compatibilidade;
FUNGICIDAS
❖ CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS
• Aderência e cobertura - depende da superfície da planta, da formulação e do
equipamento de aplicação;
• Estabilidade – permanecer ativo;
• Facilidade de aplicação – evitar sedimentação;
• Não ser corrosivo;
• Especificidade;
• Ser econômico.
FUNGICIDAS
❖ USO DOS FUNGICIDAS
• Tratamento de sementes -
• Tratamento de solo –
• Tratamento da folhagem ou partes superiores da planta -
Aplic. sequenciais = substituir fung. degradado.
Eliminar os patógenos presentes na semente e/ou
proteger as plântulas.
Fonte primaria de inóculos.
Doenças foliares
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS
• QUANTO A MOBILIDADE NA PLANTA
• Tópicos, imóveis ou protetores – permanece na superfície onde é depositado
• Móveis ou sistêmico – após aplicado é translocado pelo sistema vascular da
planta.
• Mesostêmico – translaminar e episistêmico
Azoxistrobina (Amistar WG); Cresoxim metílico (Stroby); Piraclostrobina (Comet)
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS
QUANTO AS SUBFACES DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
• Fase da infecção onde o fungicida atuará
Preventivo Curativo Erradicante
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS
QUANTO A NATUREZA QUIMICA DO PRODUTO
• INORGÂNICO
Cupricos e sulfonados
• ORGÂNICOS
Benzimidazóis, triazois, estrubilurinas
• ANTIBIÓTICOS
Kasugamicina, estreptomicina, terramicina.
MODO DE AÇÃO DOS FUNGICIDAS
ATUAÇÃO DOS FUNGICIDAS
MODO DE AÇÃO DOS
FUNGICIDAS
Modo de ação dos fungicidas segundo classificação do Fungicide Resistance Action
Committee (FRAC, 2013)
MODO DE AÇÃO DOS
FUNGICIDAS
NÚCLEO
A - Síntese de ácido nucléico
• Atua inibindo a síntese de DNA e RNA.
• Compostos responsáveis pela informação genética.
• Impede o desenvolvimento do fungo.
• Morte.
REPRESENTANTES
Metalaxil M Cymoxanil
ACILALANINAS ACETAMIDAS
MODO DE AÇÃO DOS
FUNGICIDAS
NÚCLEO
B – Divisão celular e mitose
• Atua inibindo a multiplicação celular
• Impede o crescimento e desenvolvimento
• Interferência causa morte da célula
• Morte
REPRESENTANTES
Carbendazim Tiofanato Metílico
BENZIMIDAZOL BENZIMIDAZOL
MODO DE AÇÃO DOS
FUNGICIDAS
MITOCÔNDRIA
C – Respiração
• Atua impedindo a produção de ATP
• Morte do fungo
REPRESENTANTES
Boscalida Cyazofamida Azoxistrobina
ANILIDAS IMIDAZOL ESTROBILURINAS
MODO DE AÇÃO DOS
FUNGICIDAS
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO
D – Síntese de aminoácidos
• Impede a formação de proteínas
• Inibe penetração de esporos e crescimento micelial
REPRESENTANTES
Kasugamicina
ANTIBIÓTICO
MODO DE AÇÃO DOS
FUNGICIDAS
COMPLEXO DE GOLGI
F – Síntese de lipídios e membrana
• Impede a síntese de lipídios e membranas
• Causa desorganização celular
• Morte
REPRESENTANTES
Procimidona
DICARBOXIMIDA
MODO DE AÇÃO DOS
FUNGICIDAS
MEMBRANA PLASMÁTICA
G – Síntese de esteróis da membrana
• Atua inibindo a biossíntese de esteróis
• Dimetilação – produção de ergosterol
• Inibe a produção de compostos dimetilados e produz compostos metilados.
• Desequilíbrio entre membranas.
REPRESENTANTES
Epoxiconazol
TRIAZOL
MODO DE AÇÃO DOS
FUNGICIDAS
COMPLEXO DE GOLGI
H – Biossíntese da parece celular
• Atua inibindo a biossíntese da parece celular
• Fungicidas – mesostêmicos, protetores curativos e antiesporulantes.
REPRESENTANTES
Dimetomorfe
MORFOLINA
Apesar do bom efeito antiesporulante, é
recomendada a aplicação preventiva,
devido a alta taxa de desenvolvimento e
consequente dificuldade de controle após a
doença estabelecida.
MODO DE AÇÃO DOS
FUNGICIDAS
PARECE CELULAR
I – Síntese de melanina da parede celular
• Atua inibindo a produção de melanina
• Desfavorece a infecção no hospedeiro
• Bloqueia o desenvolvimento das hifas
• Perde capacidade de causar doenças
REPRESENTANTES
Triciclazol
BENZOTIAZOL
MODO DE AÇÃO DOS
FUNGICIDAS
DEFESAS NATURAIS
P – Resistencia sistêmica adquirida
• Atua induzido as defesas da planta hospedeira
• Não possui efeito sobre o patógeno
• Induz formação de compostos de defesa
• Ação limitada – patógenos resistentes
REPRESENTANTES
Acibenzolar-S-metil
BENZOTIADIAZOL
MODO DE AÇÃO DOS
FUNGICIDAS
MULTI SITIOS
• Atua dois ou mais sítios
• Fungicidas de contato
• Necessita de boa cobertura
REPRESENTANTES
Mancozebe Clorotalonil
DITHIOCARBAMATO ISOFTALONITRILA

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Jornada da Sustentabilidade - Encontro ESG - SETCESP
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  • 1.
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  • 3. Instituto Formação Curso Técnico em Agricultura Tiago Sizilio Engenheiro Agrônomo Barra da Estiva, abril de 2017. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
  • 4. ❖ CONSUMO DE ALIMENTOS ❖ Brasileiro – 2,0 kg ❖ Chinês – 2,1 kg ❖ Americano – 2,9 kg ❖ Esses três países juntos, consumirão somente hoje 4 milhões de toneladas de alimentos. ❖ 2011 – 7 bilhões de pessoas – 3 refeições diárias – 21 bilhões de refeições ❖ 1940 – 1 produtor alimentava 19 pessoas ❖ 1970 – 1 produtor alimentava 73 pessoas ❖ 2010 – 1 produtor alimentava 155 pessoas ❖ 2050 – precisará produzir 70% a mais .
  • 5. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS ❖ AGRICULTURA MUNDIAL E BRASILEIRA • Até século XIX – fácil aumento de produtividade • A partir do século XX – Mecanização – irrigação – controle de pragas e doenças • Produtividade ultimas 4 décadas – 2,1 a 3,8 % a.a. • 925 milhões de famintos em 2010 (FAO, 2011). • 90% - Ásia e África • Desafio – produzir + alimentos com - impactos. ❖ BRASIL 3º maior produtor agrícola mundial Maior produtor mundial de  (FAO, 2009)
  • 7. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS HISTÓRICO ❖ Idade média – castigo ❖ 2500 a.C. – enxofre e piretro ❖ Século XVIII – desenvolvimento da agricultura Flores de Chrysanthemum cinerariaefolium ❖ No final do século XIX e início do século XX – inseticidas orgânicos sintéticos ❖ 2ª guerra mundial ❖ DDT (dicloro-difenil-tricloroetano)
  • 8. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS HISTÓRICO ❖ DDT - Organoclorado ❖ Insolubilidade em água ❖ Solubilidade em óleos e gorduras ❖ Acumulo em tecido adiposo ❖ Alta estabilidade
  • 9. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS • DDT • Extinguiu tifo da Europa • 1970 – Erradicação da malária • 1955 - Acabou com a dengue e a febre amarela no Brasil. • 1967 – Retorno do Aedes aegypti – Combate pelo DDT no Brasil • 1962 – Livro Silent Spring (apelidando o DDT de Elixir da morte) • 1969 – Suíça bane uso de DDT • 1972 – EUA proíbe uso de DDT • 1989 – Brasil proíbe uso de DDT • 2009 – Lula sanciona a Lei de nº 11.936, proibindo a fabricação, importação, manutenção em estoque, comercialização e o uso do DDT em todo território brasileiro.
  • 10. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS HISTÓRICO • Organofosforados – 1940 • Carbamatos • Piretróides ❖ REVOLUÇÃO VERDE • Pacote tecnológico • 1950 a 1985 – produção de cereais passou de 700 milhões para 1,8 bilhão de toneladas. • Novas pragas – (1958 = 193 pragas – 1976 = 593 pragas) • Monocultura
  • 11. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS ❖ IMPORTANCIA DOS DEFENSIVOS AGRÍCOLAS • Pestes ou pragas são organismos biológicos considerados nocivos ao interferir na atividade humana, competindo por alimentos, disseminando doenças ou prejudicando colheitas, alimentos e ecossistemas (NATIONAL RESEARCH COUNCIL, 2000). São classificados como: Ervas Daninhas Insetos Organismos Patogênicos Vertebrados
  • 12. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS ❖ O QUE SÃO DEFENSIVOS AGRÍCOLAS? Os agrotóxicos, também conhecidos como agroquímicos são definidos, segundo o art. 1º do Decreto nº4.074/2002: IV – Agrotóxicos e afins – produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da fauna e da flora, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos (...) Acaricidas Bactericidas Fungicidas Herbicidas Inseticidas
  • 13. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS ❖ FAVORECIMENTO DAS PRAGAS • Local sem inimigos naturais • Mudanças genéticas em plantas • Redução no processo de RC • Desequilíbrio ecológico ❖ MECANISMOS PARA CONTROLE DAS PRAGAS E DOENÇAS • Rotação de Culturas • Parasitas naturais • Variedades resistentes • Defensivos naturais • Produtos químicos
  • 14. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS ❖ ACARICIDAS • Eliminar ácaros Ácaro vermelho (Oligonychus ilicis) Ácaro rajado (Tetranychus urticae)
  • 15. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS ❖ BACTERICIDAS • Eliminar bactérias Teste do copo - Ralstonia solanacearum
  • 16. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS ❖ FUNGICIDAS • Eliminar fungos Ferrugem (Hemileia vastatrix) Mofo Cinzento (Botrytis cinerea)
  • 17. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS ❖ HERBICIDAS • Eliminar ervas daninhas Picão-preto (Bidens pilosa) Buva (Conyza bonariensis)
  • 18. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS ❖ INSETICIDAS • Eliminar insetos Mosca-branca (Bemisia tabaci) Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)
  • 19. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS ❖ NEMATICIDAS • Eliminar nematoides Cenoura (Pratylenchus penetrans) Soja (Meloidogyne javanica)
  • 20. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS ❖ AGENTES BIOLÓGICOS • Eliminar outros organismos vivos Baculovirus anticarsia Bacillus thurigiensis
  • 21. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS ❖ SEMIOQUIMICOS • Armadilhas Armadilha para mosca-das-frutas (Ceratitis capitata)
  • 22. Formulação dos defensivos ❖ FORMULAÇÃO – O QUE É ❖ COMPONENTES DE UM PRODUTO FORMULADO ❖ Ingrediente ativo I.A. ❖ Inertes ❖ Adjuvantes ❖ CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FORMA DE USO (MATUO, 1990) ❖ Formulação pré-mistura ❖ Formulação de pronto uso
  • 23. Formulação dos defensivos FORMULAÇÃO DE PRONTO USO ❖ PÓ SECO (P) • Restringe-se ao controle de formigas e de insetos em grãos armazenados • Exposição do aplicador e deriva acentuadas • Distribuição heterogênea na área (produto disperso por uma fonte de ar) • Aplicadores (POLVILHADORAS)
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  • 25. Formulação dos defensivos FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA ❖ PÓ MOLHÁVEL (PM, WP) • Diluição em agua • Custo baixo • Deixa resíduos visíveis nas plantas tratadas • Podem promover entupimentos • Necessita de agitação constante
  • 26. Formulação dos defensivos FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA ❖ PÓ SOLÚVEL (PS, SP) • Formulação pouco comum • Resulta em uma solução verdadeira • Não há necessidade de agitação constante
  • 27. Formulação dos defensivos FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA ❖ CONCENTRADO SOLÚVEL (CS, SL) • Formulação liquida • Dissolve-se prontamente • Não necessita agitação no tanque • Pouco abrasiva
  • 28. Formulação dos defensivos FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA ❖ CONCENTRADO EMULSIONÁVEL (CE, EC, EW) • Formulação liquida (I.A. + aditivos + óleo) • Insolúveis em agua (necessita surfactante) • Necessita agitação em tanque • Maior fitotoxidade • Abrasiva
  • 29. Formulação dos defensivos FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA ❖ SUSPENSÃO CONCENTRADA (SC, F) • Conhecida com “Flowable” • Liquida (I.A. + líquido) • Pode apresentar problemas durante armazenamento • Necessita agitação no tanque • Residual visível sobre as folhas • Não abrasiva. Pouco entupimento
  • 30. Formulação dos defensivos FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA ❖ GRANULADO DISPERSÍVEL (WG, GD, DW) • PM convertido a SC e desidratado • Dissolve facilmente • Maior facilidade de manuseio • Requer agitação constante no tanque
  • 31. Formulação dos defensivos ORDEM DE MISTURA DE FORMULAÇÕES 1. GRANULADO DISPERSÍVEL (WG) 2. PO SOLÚVEL (PS) 3. PÓ MOLHÁVEL (PM) 4. SUSPENSÃO CONCENTRADA (SC) 5. CONCENTRADO EMULSIONÁVEL (CE) 6. ADJUVANTES
  • 32. Modo de ação dos defensivos Contato Ingestão Profundidade Fumigante Sistêmico Erradicante
  • 33. Modo de ação dos defensivos ❖ CONTATO • Inseticida - Absorvido pelo tegumento do inseto. • Herbicida - Age como dessecante.
  • 34. Modo de ação dos defensivos ❖ INGESTÃO • Penetra por via oral. • Controle de insetos mastigadores.
  • 35. Modo de ação dos defensivos ❖ PROFUNDIDADE • Translaminar. • Atravessar a folha ou penetrar no fruto.
  • 36. Modo de ação dos defensivos ❖ FUMIGANTE • Penetra em forma de vapor. • Vias respiratórias.
  • 37. Modo de ação dos defensivos ❖ SISTÊMICO • Absorvido pela planta. • Controle de insetos sugadores. • Controle de insetos mastigadores - fase inicial.
  • 38. Modo de ação dos defensivos ❖ ERRADICANTE • Tratamento de semente. • Tratamento de solo. • Diminuição do potencial de inóculo primário.
  • 39. USO DE AGROTÓXICOS – VANTAGENS E DESVANTAGENS ❖ VANTAGENS • produção de alimentos em grande escala a um custo mais baixo; • Redução de perdas na agricultura; • ·Pesticidas mais recentes são mais seguros e eficazes do que muitos antigos ❖ DESVANTAGENS • Uso intensivo gera degradação dos recursos naturais; • Prejudica a saúde humana; • Aceleram o desenvolvimento de resistência genética; • Matam predadores e inimigos naturais; • Seus efeitos nocivos superam seus benefícios. (MULLER, 2007).
  • 40. ❖ LIMITE MÁXICO OU TOLERÂNCIA – quantidade máxima de resíduo de agrotóxico legalmente aceita em alimentos. ❖ INTERVALO DE SEGURANÇA OU PERÍODO DE CARÊNCIA – intervalo de tempo entre a ultima aplicação e a colheita. ❖ DEPÓSITO – camada do produto depositada sobre as superfícies tratadas. ❖ RESÍDUO – quantidade do defensivo encontrado no produto tratado após passado um longo período da aplicação. RESIDUO DE AGROTÓXICOS
  • 41. ❖ DOSE LETAL 50 (DL 50) Dose necessária de uma dada substância para matar 50% de uma população em teste (normalmente medida em miligramas de substância por quilograma de massa corporal dos indivíduos testados). CLASSE TOXICOLÓGICA DOS DEFENSIVOS CLASSES DOSE CAPAZ DE MATAR TOXICOLÓGICAS UMA PESSOA ADULTA I - EXTREMAMENTE menor 5mg/kg 1 pitada - algumas gotas II - ALTAMENTE 5 - 50mg/kg alg. gotas - 1 colher chá III - MEDIANAMENTE 50 - 500mg/kg 1 colher chá - 2 col. sopa IV - POUCO TÓXICO 500 - 5000mg/kg 2 colher sopa - 1 copo IV - MUITO POUCO mais 5000mg/kg 1 copo - 1 litro DL50
  • 42. CLASSE TOXICOLÓGICA DOS DEFENSIVOS Consiste na classificação dos produtos técnicos e das formulações levando em consideração os seus aspectos toxicológicos
  • 43. CLASSE TOXICOLÓGICA DOS DEFENSIVOS ❖ VIAS DE ABSORÇÃO • Dérmica – absorção pela pele e mucosa. • Respiratória – provocam sintomas específicos. • Digestiva – ingestão de alimentos contaminados. • Ocular – pode provocar cegueira. ❖ VIA DIRETA ❖ VIA INDIRETA
  • 44. FORMAS DE INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS ❖ Leve Dor de cabeça, irritação cutaneomucosa, náusea e discreta tontura. Queimadura causada por Roundup. ❖ Severa Hipertensão, arritmia cardíaca, insuficiência respiratória, convulsões, alterações da consciência, coma, podendo evoluir para óbito. ❖ Moderada Dor de cabeça intensa, náusea, vomito, tonturas mais intensas, fraqueza e sudorese aumentada. AGUDA – exposição a altas doses em um curto espaço de tempo
  • 45. Intoxicação por agrotóxicos ❖ CONSEQUENCIAS Criança tomando agua em embalagem de agrotóxico. • Distúrbio de sonos; • Sintomas alérgicos; • Abortos; • Danos do desenvolvimento do feto; • Câncer. Deformação causada por contato com agrotóxico na gravidez. CRÔNICA – exposição a doses menores mas por período prolongado.
  • 48. INSETICIDAS ❖ CONCEITO • Inseticida são compostos químicos que aplicado direta ou indiretamente sobre os insetos, em concentrações adequadas provocam a sua morte. • FORMULAÇÕES • INERTES • AÇÃO TRANSLAMINAR • INGESTÃO • FUMIGAÇÃO
  • 49. INSETICIDAS • AÇÃO SISTEMICA • Vantagem – menor desequilibro biológico; • ação quase que exclusiva sobre sugadores; • sem necessidade de cobertura total. • AÇÃO DE CONTATO • AÇÃO RESIDUAL • AÇÃO DE CHOQUE
  • 51. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS NEUROTÓXICOS Inseticidas que atuam na transmissão sináptica Acetilcolina Acetilcolinesterase
  • 52. NEUROTÓXICOS Inseticidas que atuam na transmissão sináptica • Organofosforados e Carbamatos • Atuam ligando a enzima acetilcolinesterase • Hiperexcitabilidade • Tremores, convulsões e, eventualmente, colapso do SNC e morte. • Carbamato – reversível • Organofosforado – irreversível CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS Clorpirifós Metomil CARBAMATO ORGANOFOSFORADO
  • 53. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS NEUROTÓXICOS Inseticidas que atuam nos receptores de Acetilcolina Acetilcolina Acetilcolinesterase
  • 54. NEUROTÓXICOS Inseticidas que atuam nos receptores de Acetilcolina • Neonicotinóides • Atuam como agonistas (análogo) da acetilcolina • Modo distinto dos Carbamatos e Organofosforados, sintomas resultantes são semelhantes. • Hiperexcitabilidade • Tremores, convulsões e, eventualmente, colapso do SNC e morte. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS Imidacloprido Acetamiprido NEONICOTINÓIDES
  • 55. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS NEUROTÓXICOS Inseticidas que atuam nos receptores GABA Ácido-Gama-Amino-Butírico Agonista do GABA – Calmante Antagonista do GABA - Excitante
  • 56. NEUROTÓXICOS Inseticidas que atuam nos receptores GABA • Fenilpirazol • Atuam como antagonistas do GABA • Aumentam a transmissão nos impulsos nervoso. • Semelhança ao fosforados e carbamatos. • Hiperexcitação do SNC. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS Fipronil FENILPIRAZOL
  • 57. NEUROTÓXICOS Inseticidas que atuam nos receptores GABA • Avermectinas e Milbemicinas • Atuam como agonistas (análogo) do GABA. • Bloqueio da transmissão do estimulo nervoso. • Imobilização, paralisia e morte. • Efeito calmante. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS Abamectina Milbemectina AVERMECTINAS MILBEMICINAS
  • 58. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS NEUROTÓXICOS Inseticidas que atuam na transmissão axônica Canais de Na+ Canais de K+
  • 59. NEUROTÓXICOS Inseticidas que atuam na transmissão axônica • Piretróides • Atuam como moduladores dos canais de Na+ (Sódio) • Mantem os canais de Na abertos • Transmissão de impulsos descontrolados • Hiperexcitabilidade • Paralisia e morte. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS Alfa cipermetrina Deltametrina PIRETROIDE
  • 60. NEUROTÓXICOS Inseticidas que atuam na transmissão axônica • Oxadiazinas • Atuam como bloqueadores dos canais de Na+ (Sódio) • Mantem os canais de Na fechados • Bloqueia a transmissão de impulsos • Imobilização, paralisia e morte. • Efeito calmante CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS Indoxacarbe OXADIAZINAS
  • 62. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS REGULADORES DE CRESCIMENTO HOLOMETABOLIA Metamorfose completa
  • 63. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS REGULADORES DE CRESCIMENTO HEMIMETABOLIA Metamorfose parcial
  • 64. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS REGULADORES DE CRESCIMENTO Quitina – principal componente do exoesqueleto Sintases – sintetizam quitina Quitinases – degradam quitina
  • 65. REGULADORES DE CRESCIMENTO Inseticidas que atuam no crescimento dos insetos • Juvenóides • Agonistas do hormônio juvenil • Ação mais forte no ultimo instar • Impede a progressão para a fase adulta. • Interrompe reprodução e desenvolvimento. • Morte. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS Piriproxifen ÉTER PIRIDILOXIPROPÍLICO
  • 66. REGULADORES DE CRESCIMENTO Inseticidas que atuam no crescimento dos insetos • Agonistas da ecdisona (Hormônio de crescimento e muda) • Provocam aceleração da ecdise • Insetos deformados • Interrupção do desenvolvimento • Morte CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS metoxifenozida HIDRAZINA
  • 67. REGULADORES DE CRESCIMENTO Inseticidas que atuam no crescimento dos insetos • Benzoilfeniluréias ou Benzoiluréias • Atuam como inibidores da síntese de quitina • Inibe a formação do exoesqueleto • Inseto não se liberta do antigo exoesqueleto • Inseto desseca por perda de umidade CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS Teflubenzuron Buprofezina BENZOILUREIA TIADIAZINONA
  • 68. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS • ATP – Adenosina Trifosfato • Fosforilação oxidativa – liberam eletros para formação de ATP • O fluxo de elétrons libera energia livre suficiente para a síntese de ATP. INIBIDORES DE ATP Inseticidas que atuam na inibição de energia
  • 69. INIBIDORES DE ATP Inseticidas que atuam na inibição de energia • Hidramethilona • Atual como inibidores da síntese de ATP • Causa redução de Oxigênio • Lenta intoxicação • Perda da coordenação muscular • Inatividade, paralisia e morte. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS Clorfenapir ANÁLOGO DE PIRAZOL
  • 70.
  • 73. • IMPORTANCIA • VANTAGENS • Oferecem alternativas aos inseticidas químicos sintéticos, uma vez que podem ser empregados com o mesmo proposito; • Podem ser facilmente preparados a partir de varias espécies vegetais conhecidamente eficientes, por meio artesanal, semi-industrial e industrial; • São facilmente biodegradados, pela sua natureza orgânica, o que contribui para a diminuição da contaminação ambiental; INSETICIDAS ALTERNATIVOS
  • 74. • VANTAGENS • Contribuem para a segurança alimentar, melhorando a qualidade de vida e protegendo a saúde dos trabalhadores e consumidores; • Por conterem mais de um principio ativo, são menos propensos a promover resistência ou tolerância em pragas e patógenos; • São mais econômicos que os agrotóxicos sintéticos; • São compatíveis com o MIP e com o sistema de manejo orgânico. INSETICIDAS ALTERNATIVOS
  • 75. • DESVANTAGENS • Quase sempre são menos eficientes que os inseticidas químicos; • Os resultados nem sempre são imediatos; • Em geral, são necessários um maior numero de aplicações, devido a baixa persistência; • Normalmente, não são encontrados nas lojas agropecuárias; • Geralmente, requerem o cultivo de da espécie destinada a este fim, que também exigira atenções culturais. INSETICIDAS ALTERNATIVOS
  • 76. • TRITURAÇÃO • Material seco • Moagem para transformar o material em pó INSETICIDAS ALTERNATIVOS Métodos artesanais para extração dos princípios ativos (ESCALONA et. al 1998)
  • 77. • MACERAÇÃO • Realizado à temperatura ambiente; • Material seco e triturado ou fresco e picado; • Solvente extrator; • Agua, álcool etílico, mistura hidro- alcoólica; • Tempo de extração – varia de horas até dias. INSETICIDAS ALTERNATIVOS • COZIMENTO • Semelhante ao anterior, mas com o emprego de calor; • Solvente extrator; • Agua, álcool etílico, mistura hidro- alcoólica; • Tempo de extração – 15 a 60 minutos.
  • 78. • INFUSÃO • Material seco e triturado ou fresco e picado; • Solvente extrator fervente; • Tempo de extração – varia de 5 a 10 minutos; • Método semelhante ao preparo de chá. INSETICIDAS ALTERNATIVOS • ESTRAÇÃO DO SUMO • Utiliza-se partes suculentas; • Prensa mecânica ou moagem; • Semelhante a extração de garapa de cana-de-açúcar.
  • 79. • INDICAÇÃO • Formigas (Sauvas e quenquéns) • Moer 5 folhas medias de sisal e deixar de molho por 2 dias em 5 litros de agua. • Aplicar 2 litros desta solução no olheiro do formigueiro e tapar os depois para que as formigas não fujam. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS AGAVE, PITEIRA OU SISAL (Agave sisalana)
  • 80. RECEITA 01 INDICAÇÃO • Repelente de insetos, bactérias, fungos e nematoides. • 3 cabeças de alho; • 1 colher grande de sabão de coco picado; • 2 colheres de parafina liquida. • Amassar as cabeças de alho misturado a parafina liquida. Diluir esse preparo em 10 litros de agua com sabão. Pulverizado logo em seguida. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS ALHO (Allium sativum)
  • 82. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS CEBOLA (Allium cepa) ou CEBOLINHA VERDE (Allium fistolusum)
  • 91. INDICAÇÕES • Mosca-branca, Tripes, Pulgões, Traça do tomateiro, Ácaro verde da mandioca, Mosca minadora, Nematóides, Mosca domestica, Lagarta do cartucho, Lagarta curuquerê, Lagarta rosca. • OBS: mais de 418 espécies de pragas são afetadas pelo extrato de nim (ABREU JUNIOR, 1998; MARTINEZ, 2002). RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS NIM (Azadirachta indica)
  • 92. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS NIM (Azadirachta indica)
  • 93. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS NIM (Azadirachta indica)
  • 94. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS NIM (Azadirachta indica)
  • 95. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS NIM (Azadirachta indica)
  • 96. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS NIM (Azadirachta indica)
  • 97. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS NIM (Azadirachta indica)
  • 101. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS URINA DE VACA • Possui diversas substancias que, reunidas, aumentam a resistência das plantas a pragas e doenças. • VANTAGENS • Não é tóxico; • Diminui a utilização de agrotóxicos; • Praticamente não tem custo; • Substitui o adubo químico; • Aproveita um produto que normalmente é jogado fora; • Está pronto para uso, bastando acrescentar agua; • Aumenta a produção; • O efeito é rápido; • Pode ser utilizado em todas as culturas.
  • 102. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS URINA DE VACA • Nitrogênio – aumenta o desenvolvimento das plantas, tornando-as mais verdes; • Cloro – aumenta a retenção de agua pelas plantas e impede de modo significativo para o aparecimento de algumas doenças; • Enxofre – aumenta a produção de proteínas, deixando as plantas mais nutritivas; • Fenóis – aumenta a resistência da planta a ataques de doenças.
  • 103. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS URINA DE VACA • Coleta da urina • Armazenagem de urina • Preparo da calda
  • 104. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS INSETICIDAS NATURAIS OUTROS INSETICIDAS OU MÉTODOS ALTERNTIVOS DE CONTROLE
  • 105. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS CALDA BORDALESA • VANTAGENS • Protetor das folhas; • Forma camada protetora contra doenças e pragas; • Alta resistência à lavagem pela chuva; • Aumenta a resistência da planta à insolação; • Fornecedor de nutrientes essenciais; • Cobre – ativador de metabolismo, aumento de vigor; • Cálcio – fortalece e dá resistência aos tecidos; • enxofre – promove o aproveitamento do nitrogênio; • Melhora a qualidade dos frutos.
  • 106. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS CALDA BORDALESA • VANTAGENS • Protetor das folhas; • Forma camada protetora contra doenças e pragas; • Alta resistência à lavagem pela chuva; • Aumenta a resistência da planta à insolação; • Fornecedor de nutrientes essenciais; • Cobre – ativador de metabolismo, aumento de vigor; • Cálcio – fortalece e dá resistência aos tecidos; • enxofre – promove o aproveitamento do nitrogênio; • Melhora a qualidade dos frutos.
  • 107. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS CALDA BORDALESA • PREPARO • DISSOLUÇÃO DO COBRE • Colocado em um saco de algodão e mantido imerso em um balde com 20 litros de agua. • DISSOLUÇÃO DA CAL VIRGEM • 100 gr/ 10 litro de agua. • TESTE DA FACA
  • 108. RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS CALDA SULFOCÁLCICA • Efeito tóxico sobre insetos sugadores e ácaros. • Fungicida protetor. Curativo contra oídios e ferrugens. • RECOMENDAÇÕES • 1 litro da calda/ 30 a 100 litros de agua. • PREPARO • 10 litros de calda • 2,5 kg de enxofre • 1,250 kg de cal virgem • 7,0 litros de agua.
  • 109.
  • 111. METODOS DE CONTROLE DE PRAGAS • Comum atribuir aparecimentos de pragas ao uso de inseticidas; • Agentes biológicos ocorrem naturalmente em condições ideais; • Aparecimento cíclico.
  • 112. METODOS DE CONTROLE DE PRAGAS MÉTODOS CULTURAIS A- Cultural: Emprego de práticas agrícolas normalmente utilizadas no cultivo das plantas objetivando o controle de pragas.
  • 113. METODOS DE CONTROLE DE PRAGAS • ROTAÇÃO DE CULTURA • Plantio de culturas de forma intercalada • Plantas comerciais + produtoras de massa verde • Vantagem • Produção diversificada • Diminui inóculos MÉTODOS CULTURAIS
  • 114. METODOS DE CONTROLE DE PRAGAS • ARAÇÃO DO SOLO Revolvimento do solo • Objetivo Expor pragas a raios solares MÉTODOS CULTURAIS
  • 115. METODOS DE CONTROLE DE PRAGAS • EPOCA DE PLANTIO E COLHEITA • antecipar ou atrasar o plantio ou colheita • Escape da praga MÉTODOS CULTURAIS colheita vegetação floração semeadura colheita vegetação floração
  • 116. METODOS DE CONTROLE DE PRAGAS DESTRUIÇÃO DE RESTOS CULTURAIS Partes da planta sevem como abrigo de pragas. MÉTODOS CULTURAIS PODA Eliminação de partes atacadas
  • 117. METODOS DE CONTROLE DE PRAGAS • ADUBAÇÃO • Uma planta desequilibrada nutricionalmente torna-se mais suscetível a pragas e patógenos. • Plantas com boa nutrição possuem melhor sanidade • Adubação equilibrada – uso adequado do nitrogênio MÉTODOS CULTURAIS
  • 118. METODOS DE CONTROLE DE PRAGAS • DECRETOS E PORTARIAS • QUARENTENA – 40 dias de observação • MAPA, ADAB • Suspeita = material destruído • Material exportado também é averiguado • Pais exportador é responsabilizado por inoculação de pestes. MÉTODOS LEGISLATIVOS
  • 119. METODOS DE CONTROLE DE PRAGAS • Utilização de barreiras ou destruição direta do problema • CATAÇÃO MANUAL • ARMADILHAS • CERCA VIVA PARA INTERCEPTAÇÃO DO VÔO • CAPINA MÉTODO MECÂNICO
  • 120. METODOS DE CONTROLE DE PRAGAS • Utilização de barreiras ou destruição direta do problema • CATAÇÃO MANUAL • ARMADILHAS • CERCA VIVA PARA INTERCEPTAÇÃO DO VÔO • CAPINA MÉTODO MECÂNICO
  • 121. METODOS DE CONTROLE DE PRAGAS • FOGO • Controla pragas, mas mata os benéficos • INUNDAÇÃO • Pragas com fase de desenvolvimento no solo • TEMPERATURA • Influência no desenvolvimento do inseto MÉTODO FÍSICO
  • 122. METODOS DE CONTROLE DE PRAGAS • PREDADORES • alimenta-se de várias presas para se desenvolver • alimenta-se externamente • normalmente é maior que a presa MÉTODO BIOLÓGICO Uso de um ser vivo para regular a população de outro ser vivo • PARASITÓIDES • consomem um hospedeiro por indivíduo • alimentam-se externa ou internamente. • mata o hospedeiro no final do ciclo, não imediatamente é menor que o hospedeiro – Vespas – Moscas • BACTERIAS E FUNGOS • causam doenças nos insetos • atrasam seu desenvolvimento ou matam ✓Bactérias ✓Vírus ✓Fungos ✓nematoides
  • 123. METODOS DE CONTROLE DE PRAGAS • GRAUS DE RESISTENCIA • Imunidade – quando a planta não sofre nenhum dano • Moderada – quando o dano é menor do que o dano causado nas variedades em geral; • Suscetível – quando ao dano é igual ao dano médio causado nas variedades em geral. • Evasão – momento de susceptibilidade em ausência da praga. MÉTODO GENÉTICO
  • 124. METODOS DE CONTROLE DE PRAGAS MÉTODO QUIMICO
  • 125. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS RESISTENCIA À INSETICIDAS Estratégias, desafios e perspectivas no controle de insetos
  • 126. RESISTENCIA A INSETICIDAS • 1º) EUA em 1908 – enxofre • Até final da década de 90 – mais de 540 pragas • Quase todos os grupos inseticidas EVOLUÇÃO DA RESISTENCIA - CONSEQUENCIAS Comprometimento do MIP. Misturas indevidas Aumento da dose Aplicação mais frequente de inseticidas
  • 127. “O desempenho de um produto “O desempenho de um produto aplicado não foi satisfatório no aplicado não foi satisfatório no controle de uma determinada praga”. controle de uma determinada praga”. Trata-se de um caso de resistência? Trata-se de um caso de resistência? R B C A R I - COMITÊ BR ASILEIR O DE AÇÃ OA RESISTÊNC IAA INSETICI DAS
  • 128. • Qualidade da aplicação • Produto (formulação e dosagem) • Densidade populacional da praga • Condições climáticas • Tolerância • Resistência POSSIVEIS EXPLICAÇÕES PARA O INSUCESSO NO CONTROLE RESISTENCIA A INSETICIDAS
  • 129. - Tolerância – resposta diminuída na ação do produto, devido ao uso repetitivo da substancia. Adaptação do sistema do inseto. - Resistencia – capacidade do organismo em suportar doses de inseticidas que normalmente seriam letais para a maioria da população (suscetível) da mesma espécie. - Não se cria insetos resistentes, mas se cria insetos tolerantes. - Resistencia – hereditária. RESISTÊNCIA X TOLERÂNCIA RESISTENCIA A INSETICIDAS
  • 130. DESENVOLVIMENTO DE RESISTENCIA S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R Produto do Grupo A Produto do Grupo A Produto do Grupo A Produto do Grupo A Produto do Grupo A Produto do Grupo A Após a Após a Pulverização Pulverização Após a Após a Pulverização Pulverização Após a Após a Pulverização Pulverização S = Indivíduo Susceptível R = Indivíduo Resistente a Produtos do Grupo A R B C A R I - COMITÊ BRASILEIRO DE AÇÃO A RESISTÊNCI A AINSETICID AS RESISTENCIA A INSETICIDAS
  • 131. • Resistencia cruzada – Um único mecanismo de defesa confere resistência a dois ou mais compostos químicos. Ex. resistência a Lambda-Cialotrina e a Cipermetrina. • Resistencia múltipla – Pelo menos dois mecanismos de defesa conferem resistência a dois ou mais compostos químicos. Ex. resistência a Lambda-cialotrina e a Clorpirifós. RESISTENCIA CRUZADA X RESISTENCIA MUTIPLA RESISTENCIA A INSETICIDAS
  • 132. • Redução da penetração cuticular – recebe menor quantidade de toxico no interior do organismo. • Aumento da destoxificação metabólica – individuo capaz de degradas moléculas. • Redução da sensibilidade do sitio de ação – alteração do sitio de ação, mostrando menos sensibilidade ao produto. MECANISMOS DE RESISTENCIA • Manejo por moderação – reduzir o uso de produtos químicos. • Aplicação menos frequente; • Controle em reboleiras; • Manutenção de área não tratada; • Aplicação no estágio mais vulnerável da praga. MANEJO DE RESISTENCIA RESISTENCIA A INSETICIDAS
  • 133. • Manejo por saturação – reduzir as vantagens adaptativas dos indivíduos. • Altas dosagens • Manejo por ataque múltiplo – uso de produtos em rotação ou misturas. • A resistência ao produto (A) diminui com o emprego do produto (B) MANEJO DE RESISTENCIA RESISTENCIA A INSETICIDAS
  • 134. S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S R R R R S R R R R R R S S S S S S R R R Produto do Produto do Grupo A Grupo A Produto do Produto do Grupo B Grupo B Produto Produto do Grupo C do Grupo C Após a Após a Pulverização Pulverização Após a Após a Pulverização Pulverização Após a Após a Pulverização Pulverização S = Susceptível R = Resistente a Produtos do Grupo A R = Resistente a Produtos do Grupo B R = Resistente a Produtos do Grupo C R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R B C A R I - COMITÊ BR ASILEIR O DE AÇÃ OA RESISTÊNC IAA INSETICI DAS Rotação de Produtos Rotação de Produtos “Naturalmente temos indivíduos resistentes a todos os grupos de produtos” Os indivíduos resistência ao produto A, serão controlados pelo produto B. Os indivíduos resistência ao produto B, serão controlados pelo produto A. RESISTENCIA A INSETICIDAS
  • 135. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS RESISTENCIA À FUNGICIDAS Estratégias, desafios e perspectivas no controle de doenças
  • 136. • É uma alteração herdável e estável em um fungo em resposta à aplicação de um fungicida, resultando numa redução da sensibilidade ao produto. • Fungos – organismos geneticamente variáveis. RESISTENCIA A FUNGICIDAS • erros de dosagem devido à calibragem de equipamentos de pulverização • condições climáticas desfavoráveis • erros no diagnóstico da doença, • época de aplicação incorreta, • formulação inadequada, • problemas no armazenamento do produto, • desequilíbrios devido à eliminação de organismos benéficos
  • 138. • Decréscimo de permeabilidade – não atinge o local de ação. • Aumento da desintoxicação – degradação metabólica (perda de ação) • Alteração bioquímica do sitio alvo – produto absorvido sem ser metabolizado. • Desenvolvimento de via metabólica alternativa – adaptação mediante bloqueio de um determinado sitio de ação. MECANISMOS DE RESISTENCIA RESISTENCIA A FUNGICIDAS
  • 139. Exemplos de casos de resistência MECANISMOS DE RESISTENCIA RESISTENCIA A FUNGICIDAS
  • 140. • DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO DE SELEÇÃO 1) restringindo a aplicação de fungicidas com alto risco de resistência; 2) alternância dos modos de ação em programas de controle; 3) Escolhendo um método de aplicação que minimize a duração da exposição do patógeno ao fungicida; 4) jamais aplicar de forma erradicante; 5) Usando dois fungicidas específicos em sequência e não em mistura, quando a adaptabilidade da forma resistente é menor do que a da sensível; 6) associar o produto químico com o manejo integrado de doenças. MANEJO ANTI-RESISTENCIA RESISTENCIA A FUNGICIDAS
  • 141.
  • 143. FUNGICIDAS ❖ ASPECTOS GERAIS • FUNGICIDA - São substâncias químicas, de origem natural ou sintética que quando aplicadas às plantas protegem-nas da penetração e/ou do posterior desenvolvimento de fungos patogênicos em seus tecidos. ❖ Fungicida não precisa matar o fungo ❖ CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS • Ser letal ao patógeno; • Não ser fitotóxico; • Ser inócuo ao homem, meio ambiente e animais – não tóxico; • Ser inócuo a organismos benéficos – ex. Rhizobium Fungistáticos e antiesporulantes
  • 144. FUNGICIDAS ❖ CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS • Solubilidade – de acordo com a formulação e o tipo de fungicida; Fung. Protetores – relativamente insolúveis; Fung. Sistemicos – alta solubilidade • Tenacidade – resistência a intempéries (persistência); • Redistribuição – redistribuir sobre a folha tratada; • Compatibilidade;
  • 145. FUNGICIDAS ❖ CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS • Aderência e cobertura - depende da superfície da planta, da formulação e do equipamento de aplicação; • Estabilidade – permanecer ativo; • Facilidade de aplicação – evitar sedimentação; • Não ser corrosivo; • Especificidade; • Ser econômico.
  • 146. FUNGICIDAS ❖ USO DOS FUNGICIDAS • Tratamento de sementes - • Tratamento de solo – • Tratamento da folhagem ou partes superiores da planta - Aplic. sequenciais = substituir fung. degradado. Eliminar os patógenos presentes na semente e/ou proteger as plântulas. Fonte primaria de inóculos. Doenças foliares
  • 147. CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS • QUANTO A MOBILIDADE NA PLANTA • Tópicos, imóveis ou protetores – permanece na superfície onde é depositado • Móveis ou sistêmico – após aplicado é translocado pelo sistema vascular da planta. • Mesostêmico – translaminar e episistêmico Azoxistrobina (Amistar WG); Cresoxim metílico (Stroby); Piraclostrobina (Comet)
  • 148. CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS QUANTO AS SUBFACES DOS PROCESSOS INFECCIOSOS • Fase da infecção onde o fungicida atuará Preventivo Curativo Erradicante
  • 151. CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS QUANTO A NATUREZA QUIMICA DO PRODUTO • INORGÂNICO Cupricos e sulfonados • ORGÂNICOS Benzimidazóis, triazois, estrubilurinas • ANTIBIÓTICOS Kasugamicina, estreptomicina, terramicina.
  • 152. MODO DE AÇÃO DOS FUNGICIDAS ATUAÇÃO DOS FUNGICIDAS
  • 153. MODO DE AÇÃO DOS FUNGICIDAS Modo de ação dos fungicidas segundo classificação do Fungicide Resistance Action Committee (FRAC, 2013)
  • 154. MODO DE AÇÃO DOS FUNGICIDAS NÚCLEO A - Síntese de ácido nucléico • Atua inibindo a síntese de DNA e RNA. • Compostos responsáveis pela informação genética. • Impede o desenvolvimento do fungo. • Morte. REPRESENTANTES Metalaxil M Cymoxanil ACILALANINAS ACETAMIDAS
  • 155. MODO DE AÇÃO DOS FUNGICIDAS NÚCLEO B – Divisão celular e mitose • Atua inibindo a multiplicação celular • Impede o crescimento e desenvolvimento • Interferência causa morte da célula • Morte REPRESENTANTES Carbendazim Tiofanato Metílico BENZIMIDAZOL BENZIMIDAZOL
  • 156. MODO DE AÇÃO DOS FUNGICIDAS MITOCÔNDRIA C – Respiração • Atua impedindo a produção de ATP • Morte do fungo REPRESENTANTES Boscalida Cyazofamida Azoxistrobina ANILIDAS IMIDAZOL ESTROBILURINAS
  • 157. MODO DE AÇÃO DOS FUNGICIDAS RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO D – Síntese de aminoácidos • Impede a formação de proteínas • Inibe penetração de esporos e crescimento micelial REPRESENTANTES Kasugamicina ANTIBIÓTICO
  • 158. MODO DE AÇÃO DOS FUNGICIDAS COMPLEXO DE GOLGI F – Síntese de lipídios e membrana • Impede a síntese de lipídios e membranas • Causa desorganização celular • Morte REPRESENTANTES Procimidona DICARBOXIMIDA
  • 159. MODO DE AÇÃO DOS FUNGICIDAS MEMBRANA PLASMÁTICA G – Síntese de esteróis da membrana • Atua inibindo a biossíntese de esteróis • Dimetilação – produção de ergosterol • Inibe a produção de compostos dimetilados e produz compostos metilados. • Desequilíbrio entre membranas. REPRESENTANTES Epoxiconazol TRIAZOL
  • 160. MODO DE AÇÃO DOS FUNGICIDAS COMPLEXO DE GOLGI H – Biossíntese da parece celular • Atua inibindo a biossíntese da parece celular • Fungicidas – mesostêmicos, protetores curativos e antiesporulantes. REPRESENTANTES Dimetomorfe MORFOLINA Apesar do bom efeito antiesporulante, é recomendada a aplicação preventiva, devido a alta taxa de desenvolvimento e consequente dificuldade de controle após a doença estabelecida.
  • 161. MODO DE AÇÃO DOS FUNGICIDAS PARECE CELULAR I – Síntese de melanina da parede celular • Atua inibindo a produção de melanina • Desfavorece a infecção no hospedeiro • Bloqueia o desenvolvimento das hifas • Perde capacidade de causar doenças REPRESENTANTES Triciclazol BENZOTIAZOL
  • 162. MODO DE AÇÃO DOS FUNGICIDAS DEFESAS NATURAIS P – Resistencia sistêmica adquirida • Atua induzido as defesas da planta hospedeira • Não possui efeito sobre o patógeno • Induz formação de compostos de defesa • Ação limitada – patógenos resistentes REPRESENTANTES Acibenzolar-S-metil BENZOTIADIAZOL
  • 163. MODO DE AÇÃO DOS FUNGICIDAS MULTI SITIOS • Atua dois ou mais sítios • Fungicidas de contato • Necessita de boa cobertura REPRESENTANTES Mancozebe Clorotalonil DITHIOCARBAMATO ISOFTALONITRILA