Foraseq é um medicamento para inalação contendo formoterol e budesonida usado no tratamento da asma. Contém cápsulas de formoterol, um broncodilatador de ação rápida, e cápsulas de budesonida, um corticosteroide que reduz inflamação. O uso sequencial das cápsulas melhora o controle da asma ao aumentar a deposição de budesonida nas vias aéreas.
A palavra PSICOSSOMATICA tem como raiz as palavras gregas: Psico (alma, mente), somática (corpo).
É a parte da medicina que estuda os efeitos da mente sobre o corpo.
Pessoas desajustadas emocionalmente tendem a ficarem mais doentes.
Exemplo do efeito da mente sobre o corpo: uma pessoa recebe uma notícia da morte de um parente. O choque emocional é muitas vezes tão forte que o cérebro desarma o "disjuntor" e a pessoa desmaia. Em alguns casos a descarga de hormônios e adrenalina no coração é tão forte que a pessoa morre na hora ao receber uma notícia terrível.
O que entra na sua mente ou coração pode em um instante te matar.
Maus sentimentos de rancor e mágoa podem envenenar o organismo lentamente.
A medicina psicossomática é uma concepção “holística” da medicina pluricausal que tem como objetivo estudar não a doença isolada, mas o homem doente, que é o paciente humanizado na sua mais completa perspectiva nosológica e ecológica. Numerosos argumentos parecem indicar a realidade das ligações clínicas e experimentais entre a vida emocional, os problemas psíquicos e o disfuncionamento de órgãos ou o aparecimento de lesões viscerais. Os estudos anatómicos e fisiológicos desempenham um papel capital ao nível do hipotálamo, do sistema límbico e dos diferentes sistemas neuroendocrinológicos (hipófise, corticoadrenal e medulloadrenal). No nível experimental, além de limitar as úlceras obtidas por diferentes técnicas no rato de laboratório, deve-se insistir nos experimentos de Weiss que mostraram que as úlceras pépticas do rato, sob certas condições, dependem de duas variáveis: o número de estímulos que o animal deve enfrentar e os feedbacks informativos mais ou menos úteis que recebe em troca. As investigações realizadas no doente mostram a importância dos problemas funcionais em relação às anomalias do sistema nervoso autônomo ou às anomalias dos gânglios intramurais, o que talvez explique a noção de órgãos-alvo dos problemas. Considerando os conceitos mais recentes que valorizam o papel dos fatores genéticos na determinação das doenças psicossomáticas, pode-se conceber que os determinantes psicológicos, afetivos ou ambientais, são cofatores que se integram a fatores somáticos, genéticos, constitucionais e nutricionais para produzir o quadro mórbido final.
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdfHELLEN CRISTINA
Trabalho em equipe, comunicação e escrita.
Pensamento crítico, científico e criativo.
Análise crítica de dados e informações.
Atitude ética.
Bibliografia
B1 MORAES, Márcia Vilma Gonçalvez de. Enfermagem do Trabalho - Programas,
Procedimentos e Técnicas. São Paulo: IÁTRIA, 2012. E-book. ISBN 9788576140825
B2 LUCAS, Alexandre Juan. O Processo de Enfermagem do Trabalho. São Paulo:
IÁTRIA, 2004. E-book. ISBN 9788576140832
B3 CHIRMICI, Anderson; OLIVEIRA, Eduardo Augusto Rocha de. Introdução à
Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. E-book.
ISBN 9788527730600
C1 CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho: NRs 1 a 37
Comentadas e Descomplicadas. Rio de Janeiro: Método, 2022. E-book. ISBN
9786559645893
C2 OGUISSO, Taka; ZOBOLI, Elma Lourdes Campos Pavone. Ética e bioética: desafios
para a enfermagem e a saúde. Barueri: Manole, 2017. E-book. ISBN 9788520455333
C3 KURCGANT, Paulina. Gerenciamento em Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016. E-book. ISBN 9788527730198
C4 GUIMARÃES, Raphael Mendonça; MESQUITA, Selma Cristina de Jesus. GPS - Guia
Prático de Saúde - Enfermagem. Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2015. E-book.
ISBN 978-85-8114-321-7
C5 BECKER, Bruna; OLIVEIRA, Simone Machado Kühn de. Gestão em enfermagem na
atenção básica. Porto Alegre: SAGAH, 2019. E-book. ISBN 9788595029637
1. Hilos pulmonares
Gustavo de Souza Portes Meirelles1
1 – Doutor em Radiologia pela Escola Paulista de Medicina – UNIFESP
1 – Introdução
Os hilos pulmonares são compostos pelas artérias pulmonares e seus ramos principais, linfáticos, brônquios
principais e veias pulmonares. As dimensões hilares variam de pessoa para pessoa, não existindo um “valor
normal” para os hilos. Algumas condições promovem alteração da densidade e/ou das dimensões hilares e
exemplos delas serão demonstrados neste capítulo.
2 – Os hilos normais
Apesar de compostos por artérias, veias, brônquios e linfáticos, as principais estruturas responsáveis pelas
imagens hilares na radiografia de tórax são as vasculares, especialmente as artérias pulmonares (figuras 1
e 2).
Figura 1. Hilos normais na radiografia de tórax em PA (setas).
Curso PneumoAtual de Radiologia – aula 10
1
2. Figura 2. Hilos normais na radiografia em perfil. APE = artéria pulmonar esquerda;
APD = artéria pulmonar direita; BLSE = brônquio para o lobo superior esquerdo.
3 – Aumento hilar
Várias são as causas de aumento hilar. A primeira informação a ser obtida é se o aumento é uni ou bilateral.
Caso seja unilateral, as principais causas de aumento hilar são as neoplasias pulmonares centrais,
aneurismas vasculares, estenose da valva pulmonar (geralmente cursa com aumento da artéria pulmonar
esquerda, pela diferença de direção do fluxo sanguíneo), linfonodomegalias. Caso o aumento seja bilateral,
devem-se considerar as possibilidades de linfonodomegalias (sarcoidose é sempre uma causa a ser
lembrada) e alterações vasculares, geralmente cursando com hipertensão pulmonar. Algumas dessas
condições estão exemplificadas nas figuras de 3 a 8.
Figura 3. Paciente com tuberculose pulmonar no lobo médio e aumento acentuado
do hilo direito, por comprometimento dos linfáticos desta topografia.
Curso PneumoAtual de Radiologia – aula 10
2
3. Figura 4. Novamente aumento do hilo direito, mas desta vez decorrente
de carcinoma pulmonar epidermóide central.
Figura 5. Massa periférica no pulmão direito associada a aumento
do tamanho e da densidade do hilo ipsilateral.
Adenocarcinoma pulmonar com linfonodomegalia hilar.
Caso gentilmente cedido pelo Dr. Jorge Kavakama (in memoriam)
Curso PneumoAtual de Radiologia – aula 10
3
4. Figura 6. Paciente jovem com aumento do hilo direito e opacidade amorfa
na base pulmonar ipsilateral, associada a estruturas tubulares
dirigindo-se para o hilo. Malformação arteriovenosa pulmonar.
Figura 7. Paciente com múltiplas alterações intersticiais bilaterais, caracterizadas por
opacidades reticulares de predomínio basal e espessamento do feixe peribroncovascular,
associadas a aumento hilar bilateral, tanto em tamanho quanto em densidade. A radiografia
em perfil demonstra com clareza o aumento dos hilos. Sarcoidose pulmonar e linfonodal.
Curso PneumoAtual de Radiologia – aula 10
4
5. Figura 8. Aumento dos hilos pulmonares em paciente com sarcoidose linfonodal.
Reparar no clássico aspecto de “hilos em batata”.
Figura 9. Paciente com hipertensão pulmonar por esquistossomose, cursando
com abaulamento do tronco arterial pulmonar e aumento hilar bilateral,
decorrente de dilatação das artérias pulmonares principais.
4 – Redução hilar
Redução bilateral dos hilos pode ser encontrada em doença cardíaca congênita, principalmente nas formas
cianóticas associadas com estenose pulmonar, tais como tetralogia de Fallot e transposição dos grandes
vasos. Caso a redução seja unilateral, devem-se considerar as possibilidades de agenesia ou hipoplasia de
uma artéria pulmonar ou embolia pulmonar (figura 10).
Curso PneumoAtual de Radiologia – aula 10
5
6. Figura 10. Redução do hilo pulmonar direito, que se apresenta com alta
densidade, decorrente de opacidades lineares seguindo o trajeto dos feixes
broncovasculares. A paciente apresentava dispnéia e relatava ter sido submetida a
vertebroplastia recentemente. Embolia pulmonar pelo cimento da vertebroplastia.
5 – Leitura recomendada
Felson B. Chest Roentgenology. WB Saunders, Philadelphia, PA, 1973: 574p.
McLoud TC. Thoracic Radiology: The Requisites. Mosby, 1998, 512p.
Muller NL, Webb WR. Radiographic imaging of the pulmonary hila. Invest Radiol 1985;20:661-671.
Curso PneumoAtual de Radiologia – aula 10
6
7. Foraseq™
Fumarato de formoterol - Budesonida - Uso adulto e pediátrico (crianças a partir de 5 anos de idade)
Forma farmacêutica e apresentações — Cápsula contendo pó seco para inalação: Tratamento 1: Cápsula
contendo fumarato de formoterol micronizado para inalação de 12 mcg. Tratamento 2: Cápsula contendo
budesonida para inalação, de 200 ou 400 mcg. Embalagens com 60 cápsulas de fumarato de formoterol +
60 cápsulas de budesonida e um inalador.
Composição — Tratamento 1: Cada cápsula com pó para inalação contém: Fumarato de formoterol 12
mcg. Excipiente: Lactose. Tratamento 2: Cada cápsula com pó para inalação contém: 200 mcg ou 400
mcg de budesonida. Excipiente: Lactose.
Informações ao paciente — Ação esperada do medicamento: FORASEQ contém cápsulas de formoterol,
que tem ação broncodilatadora e cápsulas de budesonida que tem ação na redução da inflamação das
vias aéreas dos pulmões. O uso seqüencial de um broncodilatador (com início de ação imediata) e um
esteróide faz com que aumente a deposição deste nas vias aéreas e conseqüente melhora do controle da
asma. Cuidados de armazenamento: FORASEQ deve ser protegido do calor (manter abaixo de 30°C) e da
umidade. Prazo de validade: A data de validade está impressa no cartucho. Não utilizar o produto após a
data de validade. Gravidez e lactação: Informe ao seu médico sobre a ocorrência de gravidez na vigência
do tratamento ou após o seu término. O formoterol pode inibir o trabalho de parto, por seu efeito relaxante
sobre a musculatura lisa do útero. Informe ao seu médico se está amamentando. Cuidados de
administração: Antes de inalar o medicamento, leia atentamente estas instruções, pois elas contêm
informações importantes sobre o produto. Em caso de dúvida, peça orientação ao seu médico. Siga a
orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. As
cápsulas só devem ser retiradas do blister imediatamente antes do uso. As cápsulas não podem ser
ingeridas: elas devem ser utilizadas somente com o tipo de inalador fornecido na embalagem. Não utilize
outro tipo de inalador. Se houver esquecimento de uma dose, aguarde para tomar a próxima no horário
usual. A dose não deve ser dobrada. Como usar as cápsulas com o inalador: Atenção: Não engolir as
cápsulas. Usar exclusivamente para inalação. Para assegurar uma administração adequada, o paciente
deve ser informado sobre como usar adequadamente o inalador pelo médico ou por outro profissional de
saúde. FORASEQ é utilizado no tratamento de doenças respiratórias, portanto a sua administração
incorreta não produzirá o efeito desejado. Para usar o inalador, proceda do seguinte modo:
1. Retire a tampa do inalador. - 2. Segure firmemente a base do inalador e, para abri-lo, gire o bocal na
direção indicada pela seta. - 3. Coloque a cápsula de formoterol no compartimento adequado, na base do
inalador. É importante que a cápsula somente seja retirada do blister imediatamente antes do uso. - 4.
Volte o bocal para a posição fechada. - 5. Pressione os botões laterais completamente só uma vez,
mantendo o inalador em posição vertical. Solte os botões. Obs.: A cápsula pode partir-se em pequenos
fragmentos de gelatina que podem atingir a sua boca ou a garganta. A gelatina é comestível e, portanto,
não é prejudicial. Para minimizar a tendência de ocorrer isso, não perfure a cápsula mais de uma vez.
Siga as instruções de armazenamento e não retire a cápsula do blister até o momento de usá-la. - 6.
Expire o máximo possível. - 7. Coloque o bocal do inalador na boca e feche os lábios ao redor dele.
Inspire, pela boca, de maneira rápida e o mais profundamente possível. Você deve ouvir um som de
vibração, como se a cápsula girasse na câmara do inalador com a dispersão do produto.
Se não ouvir esse ruído, a cápsula pode estar grudada em seu compartimento; se isso ocorrer, faça
pequenos movimentos sobre o inalador a fim de desgrudar a cápsula do mesmo. Gire ou balance
levemente o inalador (na posição vertical), a fim de desprender a cápsula. NÃO tente desprender a
cápsula, apertando repetidamente os botões. 8. Quando ouvir o som de vibração, segure a respiração
pelo maior tempo que você confortavelmente conseguir (aproximadamente 10 segundos); enquanto isso
retire o inalador da boca. Em seguida, respire normalmente. Abra o inalador e verifique se ainda há
resíduo de pó na cápsula. Se ainda restar pó na cápsula, repita os passos de 6 a 8. Obs.: Caso o seu
médico tenha recomendado o uso de 2 cápsulas (24 mcg) de formoterol, repita os passos de 3 a 8. Nunca
coloque duas cápsulas no inalador ao mesmo tempo. 9. Aguarde pelo menos 1 minuto. 10. Repita os
passos de 3 a 8, agora utilizando 1 cápsula de budesonida. Obs.: Caso o seu médico tenha recomendado
o uso de 2 cápsulas de budesonida, repita o passo 10. Nunca coloque 2 cápsulas no inalador ao mesmo
tempo. 11. Após o uso, abra o inalador, remova a cápsula vazia, feche o bocal e recoloque a tampa.
Limpeza do inalador: Para remoção do preparado, limpe o bocal e o compartimento da cápsula com um
pano seco. Alternadamente, pode-se utilizar uma escova macia e limpa. Se o alívio na dificuldade de
respiração não for adequado ou se perdurar por períodos menores do que o usual, informe ao seu médico
o mais breve possível. Interrupção do tratamento: Não interromper o tratamento sem o conhecimento do
seu médico. Reações adversas: Com FORASEQ, ocasionalmente podem ocorrer as seguintes reações:
tremor, aceleração e irregularidade do batimento do coração ou dores de cabeça; raramente, ocorrem
cãibras e dores musculares, agitação, tonturas, nervosismo ou cansaço, dificuldade para dormir, irritação
na boca ou na garganta e broncoespasmo. Alguns desses efeitos desaparecem no decorrer do tratamento.
Em alguns casos isolados, observaram-se reações alérgicas, com redução acentuada da pressão arterial
e inchaço na face, pálpebras e lábios. Informe ao seu médico sobre o aparecimento de reações
desagradáveis. Ingestão concomitante com outras substâncias: Informe ao seu médico sobre qualquer
medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento. Contra-indicações e
precauções: O uso de FORASEQ é contra-indicado a pacientes com alergia à budesonida e/ou formoterol
ou à lactose. A budesonida também é contra-indicada em pacientes com tuberculose pulmonar ativa. As
cápsulas de pó para inalação de FORASEQ são adequadas para crianças a partir de 5 anos de idade,
desde que estas possam usar o inalador corretamente, contando com a ajuda de um adulto (ver Como
usar as cápsulas com o inalador). FORASEQ é também adequado para pacientes idosos. Informe ao seu
médico caso você sofra de alguma doença do coração, de diabetes ou se tem problemas de tireóide.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Não tome remédio sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Informações técnicas
Formoterol
Farmacodinâmica — O formoterol é um potente estimulante seletivo beta -adrenérgico. Exerce efeito
broncodilatador em pacientes com obstrução reversível das vias aéreas. O efeito inicia-se rapidamente
(em 1 a 3 minutos), permanecendo ainda significativo 12 horas após a inalação. Com as doses
terapêuticas, os efeitos cardiovasculares são pequenos e ocorrem apenas ocasionalmente. O formoterol
inibe a liberação de histamina e dos leucotrienos do pulmão humano sensibilizado passivamente. Algumas
propriedades antiinflamatórias, tais como inibição de edema e do acúmulo de células inflamatórias, têm
sido observadas em experimentos com animais. No homem, tem-se demonstrado que formoterol é eficaz
na prevenção do broncoespasmo induzido por alérgenos inalados, exercícios, ar frio, histamina ou
metacolina.
Farmacocinética — Absorção: Assim como relatado para outros fármacos inalados, é provável que cerca
de 90% do formoterol administrado por um inalador sejam deglutidos e então absorvidos a partir do trato
gastrintestinal. Isto significa que as características farmacocinéticas da formulação oral se aplicam em
grande parte ao pó para inalação. As doses orais de até 300 mcg de fumarato de formoterol são
rapidamente absorvidas no trato gastrintestinal. Os picos de concentração plasmática da substância
inalterada são atingidos de 1/2 hora a 1 hora após a administração. A absorção de dose oral de 80 mcg é
de 65% ou mais. A farmacocinética do formoterol demonstra-se linear na faixa de dosagem investigada,
isto é, 20 a 300 mcg. A administração oral repetida de doses diárias de 40 a 160 mcg não leva a acúmulo
significativo do fármaco. Após a inalação de doses terapêuticas, não é possível detectar o formoterol no
plasma, pelos métodos analíticos correntes; entretanto, a análise das taxas de excreção urinária sugere
que o formoterol seja rapidamente absorvido. A taxa de excreção máxima após administração de 12 a 96
mcg é atingida em 1 a 2 horas após a inalação. A excreção urinária cumulativa do formoterol, após
administração do pó inalado (12 a 24 mcg) e duas formulações diferentes de aerossol (12-96 mcg),
demonstrou que a proporção de formoterol disponível na circulação aumenta proporcionalmente à dose.
Distribuição: A ligação do formoterol às proteínas plasmáticas é de 61%-64% (34% principalmente à
albumina). Não há saturação dos sítios de ligação na faixa de concentração atingida com doses
terapêuticas. Biotransformação: O formoterol é eliminado principalmente pelo metabolismo, sendo a
glicuronização direta a principal via de biotransformação. A o-demetilação seguida de glicuronização é
outra via. Eliminação: A eliminação do formoterol da circulação parece ser polifásica; a meia-vida aparente
depende do intervalo de tempo considerado. Baseando-se nas concentrações no plasma ou no sangue
até 6, 8 ou 12 horas após a administração oral, foi determinada uma meia-vida de eliminação de
aproximadamente 2-3 horas. A partir das taxas de excreção urinária, entre 3 e 16 horas após
administração, foi calculada uma meia-vida de cerca de 5 horas. O fármaco e seus metabólitos são
completamente eliminados do organismo; aproximadamente 2/3 de uma dose oral aparecem na urina e
1/3 nas fezes. Após a inalação, cerca de 6%-9% da dose, em média, são excretados inalterados na urina.
O clearance (depuração) renal do formoterol é de 150 ml/min.
Budesonida
Farmacodinâmica — A budesonida é um corticosteróide com ação tópica marcante, mas praticamente
desprovido de ação sistêmica no ser humano. Quando utilizado como cápsulas para inalação por
pacientes que se beneficiam da terapia com corticosteróide, pode ocasionar o controle da asma
geralmente dentro de 10 dias após o início do tratamento. O uso regular da budesonida reduz a
inflamação crônica das vias aéreas de pacientes asmáticos. Deste modo, budesonida melhora a função
pulmonar e os sintomas da asma, reduz a hiper-reatividade brônquica e previne as exacerbações da asma.
Farmacocinética — Absorção: A quantidade de budesonida depositada nos pulmões é rápida e
completamente absorvida. O pico de concentração plasmática é atingido imediatamente após a
administração. Após correção para a dose depositada na orofaringe, a biodisponibilidade absoluta é de
73%; porém, por via oral é de cerca de 10%. Distribuição: O volume de distribuição da budesonida é de
cerca de 300 litros. Em experimentos com animais foram observadas altas concentrações no baço e nas
glândulas linfáticas, no timo, no córtex da supra-renal, nos órgãos reprodutivos e nos brônquios. A
budesonida atravessa a barreira placentária em camundongos. Não se sabe se passa para o leite materno.
Metabolismo: A budesonida não é metabolizada no pulmão. Após a absorção, é metabolizada no fígado,
originando vários metabólitos inativos, inclusive 6-beta-hidroxi-budesonida e 16-alfa-hidroxiprednisolona.
O clearance (depuração) é de 84 litros/hora, com meia-vida plasmática curta de 2,8 horas. Excreção: Após
a inalação, 32% da dose absorvida são recuperados na urina e 15%, nas fezes.
Dados de segurança pré-clínicos — Formoterol: Mutagenicidade: Foram conduzidos testes de
mutagenicidade cobrindo uma ampla faixa de parâmetros. Não foi encontrado efeito genotóxico em
qualquer dos testes efetuados in vitro ou in vivo. Carcinogenicidade: Estudos de 2 anos em ratos e
2
camundongos não indicaram qualquer potencial carcinogênico. Camundongos machos tratados com níveis de
dosagem bastante altos demonstraram uma incidência ligeiramente maior de tumor benigno de célula
subcapsular adrenal, o que se considera reflexo de alteração no processo fisiológico de envelhecimento. Dois
estudos em ratos, com diferentes faixas de dosagem, demonstraram um aumento de leiomiomas mesovarianos.
Esses neoplasmas benignos são tipicamente associados, em tratamentos prolongados de ratos, com altas
dosagens de fármacos beta -adrenérgicos. Um aumento na incidência de cistos ovarianos e células tumorais
benignas da teca e da granulosa foi também observado; são conhecidos os efeitos dos beta-agonistas em ovário
de ratas, sendo os mesmos específicos de roedores. Alguns outros tipos de tumores observados no primeiro
estudo com altas dosagens estavam de acordo com a incidência do controle histórico da população e não foram
observados no ensaio de doses menores. Nenhuma das incidências de tumores aumentou a uma extensão
estatisticamente significativa nas doses mais baixas do segundo estudo, dose esta que levou a uma exposição
sistêmica 10 vezes maior do que a esperada com a dosagem máxima recomendada de formoterol. Baseando-se
nas conclusões dos estudos e na ausência de potencial mutagênico, conclui-se que o uso de formoterol em
doses terapêuticas não apresenta risco carcinogênico. Toxicidade sobre a reprodução: Testes em animais não
demonstraram potencial teratogênico. Após administração oral, o formoterol foi excretado no leite de ratas
lactantes. Budesonida: Não foram estabelecidos.
Indicações — Formoterol (tratamento 1): É indicado para profilaxia e tratamento das broncoconstrições em
pacientes com doença obstrutiva reversível das vias aéreas, tais como asma brônquica e bronquite crônica, com
ou sem enfisema. Profilaxia de broncoespasmo induzido por alérgenos inalados, ar frio ou exercício. Como o
efeito broncodilatador de formoterol é ainda significativo 12 horas após a inalação, a terapia de manutenção de 2
vezes ao dia pode controlar, na maioria dos casos, a broncoconstrição associada a condições crônicas, tanto
durante o dia como à noite. Budesonida (tratamento 2): É indicado para asma brônquica, para controle da
inflamação das vias aéreas.
Contra-indicações — Hipersensibilidade ao formoterol e/ou à budesonida ou a qualquer um dos componentes da
formulação. Budesonida é também contra-indicado em pacientes com tuberculose pulmonar ativa
Precauções e advertências — Formoterol: Condições concomitantes: Cuidado especial e supervisão, com ênfase
particular nos limites de dosagem, são necessários em pacientes tratados com formoterol, quando coexistirem as
seguintes condições: doença cardíaca isquêmica, arritmias cardíacas, especialmente bloqueio atrioventricular de
terceiro grau, descompensação cardíaca grave, estenose subvalvular aórtica idiopática, cardiomiopatia obstrutiva
hipertrófica, tireotoxicose, prolongamento suspeito ou conhecido do intervalo QT (QTc > 0,44 seg; ver Interações
medicamentosas). Pelo efeito hiperglicêmico dos beta -estimulantes, recomenda-se controle adicional de glicose
sangüínea em pacientes diabéticos. Hipopotassemia: Hipopotassemia potencialmente grave pode resultar da
terapia com beta -agonistas. Recomenda-se cuidado especial em asma grave, já que esse efeito pode ser
potencializado por hipoxia e tratamento concomitante (ver Interações medicamentosas). Recomenda-se que os
níveis de potássio sérico sejam monitorizados em tais situações. Broncoespasmo paradoxal: Assim como em
outras terapias por inalação, o potencial para broncoespasmo paradoxal deve ser considerado. Se isso ocorrer, o
medicamento deve ser imediatamente descontinuado e substituído por terapia alternativa. Budesonida: Os
pacientes devem ter conhecimento da natureza profilática do tratamento com budesonida e da necessidade de
ser administrado regularmente, mesmo quando não estiverem apresentando sintomas. Budesonida não produz
alívio do broncoespasmo agudo, nem é adequado para o tratamento primário do estado asmático ou de outros
episódios agudos de asma. São necessários cuidados especiais em pacientes com tuberculose latente, infecções
fúngicas e virais das vias aéreas. Deve-se ter cautela ao tratar pacientes com distúrbios pulmonares, como
bronquiectasias e pneumoconiose, em vista da possibilidade de infecções fúngicas. Durante as exacerbações
agudas da asma pode ser necessário um aumento na dose de budesonida ou tratamento complementar com
corticosteróides orais por um curto período de tempo e/ou antibióticos, caso ocorra infecção. Pacientes nãodependentes de corticosteróides sistêmicos: Normalmente, obtém-se efeito terapêutico em 10 dias. Em pacientes
com secreção brônquica excessiva, pode-se administrar inicialmente um esquema curto adicional com
corticosteróide oral (cerca de 2 semanas). Pacientes dependentes de corticosteróides sistêmicos: A transição de
corticosteróides orais para budesonida deve preferencialmente ocorrer em pacientes com asma estável. Uma
dose alta de budesonida é dada em combinação com a dose de corticosteróide oral previamente utilizada pelo
paciente por pelo menos 10 dias. Após esta fase, a dose de corticosteróide oral deve ser gradualmente reduzida
(por exemplo, 2,5 mg de prednisolona ou equivalente cada mês) até a maior redução possível. O tratamento com
corticosteróides sistêmicos ou com budesonida não deve ser suspenso abruptamente. Uma precaução especial
deve ser observada durante os primeiros meses em que se está havendo a troca de corticosteróide oral para a
budesonida, a fim de garantir que a reserva adrenocortical destes pacientes é adequada para contornar situações
como trauma, cirurgias ou infecções graves, visto que estes pacientes podem desenvolver quadro agudo de
insuficiência adrenal. A função adrenocortical deve ser monitorizada regularmente. Alguns pacientes necessitam
uma dose extra de corticosteróides nessas circunstâncias; estes devem ser aconselhados a carregar um cartão
com a descrição desta combinação. A substituição de corticosteróides sistêmicos por budesonida pode revelar
alergias anteriormente suprimidas por corticosteróides sistêmicos, como rinite alérgica ou eczema (dermatite
atópica). Essas alergias devem ser tratadas de maneira adequada com anti-histamínicos ou corticosteróides de
uso local. É possível a ocorrência de broncoespasmo paradoxal. Nesse caso, deve-se descontinuar budesonida e
introduzir uma terapia alternativa.
Gravidez e lactação — Formoterol: A segurança de formoterol durante a gravidez e a lactação não foi ainda
estabelecida. Seu uso durante a gravidez deve ser evitado, a não ser que não exista alternativa mais segura.
Como outros estimulantes beta -adrenérgicos, o formoterol pode inibir o trabalho de parto, por seu efeito relaxante
na musculatura lisa uterina. Não se sabe se o formoterol passa para o leite materno. O fármaco foi detectado no
leite de ratas lactantes. As mães em tratamento com formoterol não devem amamentar. Budesonida: A
administração de corticosteróides em animais prenhas resultou em anormalidades no desenvolvimento fetal. A
relevância destes achados no homem ainda não está estabelecida. A administração durante a gravidez deve ser
evitada; se o tratamento com corticosteróides durante a gravidez for imperativo, corticosteróides inalados devem
ser preferidos, pois apresentam menor incidência de efeitos sistêmicos quando comparados com doses
equipotentes de corticosteróides orais. Não há informação disponível sobre a passagem de budesonida para o
leite materno.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas — Não existe nenhum dado que demonstre
alteração na habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas.
Interações medicamentosas — Formoterol: Fármacos como quinidina, disopiramida, procainamida, fenotiazínicos,
anti-histamínicos e antidepressivos tricíclicos podem ser associados com prolongamento do intervalo QT e com
aumento do risco de arritmia ventricular (ver Precauções e advertências). A administração concomitante de outros
agentes simpatomiméticos pode potencializar os efeitos não desejados de formoterol. A administração de
formoterol a pacientes em tratamento com inibidores da monoaminoxidase ou antidepressivos tricíclicos deve ser
conduzida com cautela, já que a ação de estimulantes beta -adrenérgicos no sistema cardiovascular pode ser
potencializada. O tratamento concomitante com derivados xantínicos, esteróides ou diuréticos pode potencializar
um possível efeito hipocalêmico dos beta -agonistas. A hipopotassemia pode aumentar a suscetibilidade a
arritmias cardíacas em pacientes tratados com digitálicos (ver Precauções e advertências). Os bloqueadores
beta-adrenérgicos podem diminuir ou antagonizar o efeito de formoterol. Portanto, formoterol não deve ser
administrado juntamente com bloqueadores beta-adrenérgicos (inclusive colírios), a não ser que existam razões
que obriguem a seu uso. Budesonida: Não foram estabelecidas.
Reações adversas — Formoterol: Sistema musculoesquelético: Ocasionais: tremores; raras: mialgias ou cãibras
musculares. Sistema cardiovascular: Ocasionais: palpitações; rara: taquicardia. Sistema nervoso central:
Ocasional: cefaléia; raros: agitação, vertigem, ansiedade, nervosismo e insônia. Trato respiratório: Raro:
agravamento do broncoespasmo. Irritação local: Rara: irritação da orofaringe. Outras: Reações de
hipersensibilidade como hipotensão grave, urticária, angioedema, prurido e exantema. Edemas periféricos,
alteração do paladar e náuseas. Budesonida: Pode ocorrer uma leve irritação na garganta. Foram relatados
casos de candidíase na orofaringe; é recomendado aos pacientes que enxágüem a boca e que escovem seus
dentes após cada uso de budesonida. Na maioria dos casos, esta condição responde ao tratamento com
antifúngico tópico sem a necessidade de descontinuar budesonida. Rouquidão pode ocorrer; este desconforto é
reversível e desaparece após cessar-se a terapia ou redução da dose e/ou descanso vocal. Reações cutâneas
como rash (erupção) podem ocorrer, mesmo que raramente. Assim como outras terapias inalatórias,
broncoespasmo paradoxal pode ocorrer; acontecendo, o tratamento com budesonida deve ser suspenso e uma
terapia alternativa deve ser instituída. Broncoespasmo paradoxal responde a broncodilatadores de rápido início
de ação. Foram descritos distúrbios de comportamento em crianças.
Posologia e forma de administração — Para uso em adultos e em crianças a partir de cinco anos de idade.
Inalação de 1 a 2 cápsulas (12-24 mcg) de formoterol, 2 vezes ao dia, e 1 a 2 cápsulas de budesonida de 200 ou
400 mcg, 2 vezes ao dia. A cápsula de budesonida deve ser inalada pelo menos 1 minuto após a inalação da
cápsula de formoterol. Se necessário, 1-2 cápsulas de formoterol, adicionalmente às requeridas para terapia de
manutenção, podem ser usadas cada dia para o alívio de sintomas. Se a necessidade de dose adicional for mais
do que ocasional (por exemplo, em mais de 2 dias por semana), nova consulta médica deve ser feita e a terapia
reavaliada, já que isso pode indicar uma deterioração da condição subjacente. FORASEQ não é recomendado a
crianças com menos de 5 anos de idade.
Superdosagem — Formoterol: Sintomas: A superdosagem com formoterol provavelmente conduzirá aos efeitos
típicos de estimulantes beta -adrenérgicos, a saber: náusea, vômitos, cefaléia, tremores, sonolência, palpitação,
taquicardia, arritmia ventricular, acidose metabólica, hipopotassemia e hiperglicemia. Tratamento: São indicados
tratamentos sintomático e de suporte. Os casos graves devem ser hospitalizados. Deve ser avaliado o uso de
betabloqueador cardiosseletivo, mas apenas sujeito a extremo cuidado, já que o uso de medicação bloqueadora
beta-adrenérgica pode provocar broncoespasmo. Budesonida: A toxicidade aguda da budesonida é baixa. O
único efeito prejudicial que pode ocorrer após a inalação de uma grande quantidade de medicação em um curto
período de tempo é a supressão do eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal (HHA). Não há necessidade de
nenhuma ação emergencial. O tratamento com budesonida deve continuar com a dosagem recomendada para o
controle da asma.
Atenção — Este produto é um novo medicamento e, embora as pesquisas realizadas tenham indicado eficácia e
segurança quando corretamente indicado, podem ocorrer reações adversas imprevisíveis ainda não descritas ou
conhecidas. Em caso de suspeita de reação adversa, o médico responsável deve ser notificado.
Venda Sob Prescrição Médica.
Budesonida: Fabricado por Pharmachemie, Holanda. Embalado por Novartis, Inglaterra.
Formoterol: Fabricado por Novartis Pharma AG, Suíça.
Única concessionária no Brasil de Novartis AG, Suíça; resultante da fusão de Ciba-Geigy e Sandoz.
™ Marca depositada de Novartis AG, Basiléia, Suíça.
Serviço de Informações ao Cliente: 0800-8883003. - Registro no M.S. 1.0068.0156.
Distribuído por NOVARTIS Biociências S/A.
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