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- História da Termologia
- Processos de transmissão de calor
- Estudo dos gases
- Transformações gasosas
- Mistura de gases ideias
- Termodinâmica e máquinas térmicas
- 1ª lei da Termodinâmica
- 2ª lei da Termodinâmica
- Claussius e a entropia
Noelia Janina Alves Alderete
Módulo 4
Física
Termodinâmica
1
Primeiras explicações para o fogo
― Ideia inicial:
•
• matéria composta por 4 elementos;
•
• defendida por: Empédocles (492-432 a.C.), Platão (ca. 427-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.).
― Atomismo:
•
• tudo que havia na Terra era formado por átomos e vazios (linha de pensamento cuja formação é atribuída a Demócrito (460-
370 a.C.);
•
• para Demócrito, o calor surgia do movimento dos átomos nos espaços vazios entre eles.
História da Termologia
toloczko.
2021.
Digital.
2
Teoria do flogístico 2
•
• Os materiais eram formados pela combinação de uma
matéria terrosa chamada de cal, diferente para cada
material, e do flogístico, comum a todos os materiais.
•
• A teoria do flogístico tornou-se a primeira a reunir em um
único modelo explicativo o fenômeno da combustão.
Johann Joachim
Becher (1635-1682)
O calor como uma espécie de fluido.
Teoria retomada pelo alquimista alemão Georg Ernst Stahl (1660-1734).
Disseminada pela França no século XVIII por
Guillaume François Rouelle (1703-1770).
©Wikimedia
Commons/Biblioteca
Herzog
August
©Shutterstock/Historia
©Wikimedia
Commons/Wellcome
Library
3
Sai o flogístico, entra o calórico
― Influenciado por Black, Lavoisier adotou a teoria do calórico e o descreveu como “matéria do fogo”.
― Todos os corpos tinham o calórico e, quando ele fluía para fora dos corpos, a temperatura do corpo
diminuía e vice-versa.
3
Evandro
Marenda.
2021.
Digital.
4
©Shutterstock/Everett
Historical
Temperatura e calor
― No início da Revolução Industrial, o estudo do calor começou a despertar o interesse de
vários setores da Física.
― A teoria do calórico logo foi abandonada frente à hipótese de que a temperatura de um corpo
(intimamente ligada ao calor) era resultado da agitação das partículas constituintes da
matéria.
― Calor e trabalho não eram mais do
que duas faces de um mesmo
fenômeno, que mais tarde ganharia
o nome de energia.
4
Esse conceito inovador ganhou o nome
de princípio da conservação de energia.
5
Processos de transmissão de calor
temperatura
MATÉRIA
partículas
em constante
movimento
energias de ligação
energia térmica
é formada por
ligadas por
somadas
aumentam
que
apresentam
aumenta
logo
aumenta
ao
receber
energia interna
energia cinética
6
Temperatura
É uma propriedade de todo corpo,
que está relacionada com a energia
cinética média das partículas que o
constituem.
Calor
Indica a quantidade de energia
transferida espontaneamente de
um corpo de maior temperatura
para outro de menor, até que
as temperaturas dos corpos se
igualem, o que chamamos de
equilíbrio térmico.
5
7
Condução térmica
A condução é um processo de transferência de calor por contato
direto entre os corpos, em que a energia é transferida de partícula para
partícula. Portanto, a condução depende de um meio material.
©Shutterstock/Osweetnature
6
8
Fluxo de calor
A condução é um processo de transferência de calor por contato
direto entre os corpos, em que a energia é transferida de partícula
para partícula. A quantidade de calor transferida depende do meio
material (em J/m • K • s), da área de contato (em m2
), da diferença de
temperatura (em K), do comprimento ou espessura (em m), bem como
do intervalo de tempo (em s).
7
9
Convecção térmica
A convecção térmica acontece nos fluidos e é um processo pelo qual a
propagação do calor se dá acompanhando o deslocamento do próprio
fluido aquecido. Esse movimento do fluido, provocado pela diferença
de temperatura, é denominado de corrente de convecção.
O fluido aquecido tende a subir,
pois fica menos denso. Como
consequência, o fluido mais frio,
que está acima, desce, gerando uma
corrente de convecção.
©Shutterstock/Vectormine
10
Radiação total = refletida + transmitida + absorvida
ou
Qtotal= QR + Qtran + Qa
Irradiação térmica
O calor pode ainda ser transferido através de ondas eletromagnéticas,
radiação. Parte desta radiação é absorvida, enquanto outra parcela pode
ser refletida e, por fim, certo percentual pode ainda ser transmitido.
A radiação incidente sofre
três fenômenos: reflexão,
transmissão e absorção.
©Shutterstock/Osweetnature
11
Corpo negro
Uma definição importante em Física é a de corpo negro
– um corpo ideal que absorve toda energia radiante
incidente sobre ele, ou seja, sua taxa de refletividade é
iR
= 0 e sua taxa de absorção iA
= 1 (100%).
8
12
A taxa com que um corpo emite energia térmica
é diretamente proporcional à quarta potência da
temperatura (T4) e à área (A) da superfície do corpo
exposta ao ambiente. O corpo negro seria, então, o
emissor ideal, cuja potência é máxima e dada pela
expressão:
Pot
= σ • A • T
4
A potência líquida de um corpo negro a uma temperatura T em um
ambiente, cuja temperatura é Ta, é dada por:
Potlíquda
= σ • A • (Ta
4
– T
4
)
13
Estudo dos gases
trata-se
de um
que
apresentam
ocupam
maior do
que a
Definição de gases
devido à
alta
GASES
conjunto numeroso
de partículas
dispersas
energia de ligação
energia cinética
todo o volume
disponível
14
9
Variáveis de um gás
Quantidade de matéria (número de Avogadro):
cada conjunto que usaremos de referência será definido
como quantidade de matéria (n) e conterá 6,02 · 1023
partículas, definida por:
15
Variáveis de um gás
Temperatura: relacionada com o grau de agitação médio das partículas.
Associa-se ainda com a energia de ligação dessas partículas e com a
energia interna do gás. No Sistema Internacional, a unidade de medida da
temperatura é o kelvin (K).
Volume: considerando o grau de liberdade das partículas que compõem
o gás (relacionada à temperatura), elas ocupam todo o espaço disponível
no recipiente, de modo que o volume do gás coincide com o volume do
recipiente. No SI, a unidade de volume é m3
.
16
Variáveis de um gás
Pressão: resulta da colisão das moléculas entre si e com as paredes
do recipiente devido às altas energias cinéticas. Pode ser expressa
como a força aplicada em determinada superfície:
©Shutterstock/Vara.Art
Visão microscópica de um gás
Pressão
(Pa)
A
17
Gases ideais
Definição
I. O gás é formado por um conjunto de moléculas muito pequenas comparadas ao volume
que as contém, de modo que poderemos ignorar o volume ocupado por elas.
II. As moléculas do gás não interagem umas com as outras ou com as paredes do
recipiente por forças intermoleculares, mas apenas pelas colisões, que são sempre
elásticas, isto é, a energia cinética é sempre conservada.
18
Transformações gasosas
É impossível, para um gás, alterar apenas uma variável de estado, pois, quando uma
dessas grandezas varia, pelo menos mais uma grandeza também vai variar.
As grandezas envolvidas são: pressão, volume, temperatura e número de moléculas.
©Shutterstock/Lukas
Jonaitis
Na formação das nuvens ocorre a expansão de massas de gases
com a queda da temperatura e da pressão.
19
Transformação isobárica – lei de Charles
Numa transformação isobárica, pressão constante,
o volume de uma massa de gás aumenta com o
aumento da temperatura.
Transformação isovolumétrica – lei de Gay-Lussac
Quando uma massa de gás sofre uma transformação
isovolumétrica, a temperatura absoluta e a pressão desse
gás variam, mantendo uma proporção direta.
1 2
1 2
V V
T T
=
1 2
1 2
p p
T T
=
toloczko.
2021.
Digital.
toloczko.
2021.
Digital.
V3
V2
V1
20
Transformação isotérmica – lei de Boyle
Quando uma massa de gás ideal sofre uma transformação
isotérmica, a pressão e o volume desse gás variam de
forma inversamente proporcional.
p1
. V1
= p2
. V2
toloczko.
2021.
Digital.
T2
T3
T1
Para cada temperatura
diferente, a transformação
isotérmica apresenta um
ramo de hipérbole no
diagrama p × V.
21
Equação de Clayperon
O físico-químico e engenheiro francês Benoit Paul Emile
Clapeyron (1799-1864), mediante estudos, estabeleceu que
a combinação entre as variáveis de estado de um gás ideal,
p, V e T, é diretamente proporcional à quantidade de matéria
n desse gás. Podemos, então, escrever assim a equação de
Clapeyron:
p
n
V
T
R
⋅
= ⋅
Constante de proporcionalidade.
R é uma constante universal!
22
Mistura de gases ideais
Lei de Dalton das pressões parciais
A pressão total exercida por uma mistura de gases é a
soma da pressão que cada gás exerce individualmente (ou
pressões parciais).
pmistura
= pgás 1
+ pgás 2
+ ... + pgás x
Difusão
Quando misturamos gases, eles tendem a
se espalhar e tornar a mistura homogênea.
Efusão
Ocorre quando o tamanho das moléculas de um
gás é tão pequeno que elas também conseguem
atravessar pequenas aberturas e membranas.
23
Termodinâmica e máquinas térmicas 10
.
.
.
.
.
24
Trabalho em processos termodinâmicos
Trabalho de um gás
Ao estudarmos uma máquina térmica, precisamos
considerar, além da quantidade de calor Q trocado entre o
sistema e o ambiente, o trabalho de uma forca, τF
, realizado
pelo gás ou pelo ambiente externo sobre o gás.
Trabalho de uma força e potência
Chamamos de potência a taxa temporal com que o trabalho
de uma força é realizado, ou seja, potência é a quantidade de
trabalho de uma força τF
realizada em relação à variação de
tempo ∆t:
!f = p " V
Volume
(m3)
Pressão
(Pa)
Trabalho (J)
F
ot
P
t
=
τ
Δ
Expressão para o trabalho realizado pelo
gás a pressão constante
∆t
25
Processos cíclicos: a máquina térmica
Rendimento
Clapeyron realizou estudos sobre o que poderia ser feito para
tornar as máquinas mais eficientes. Parte desses estudos
resultou em uma equação que relaciona o calor recebido
pela máquina e o trabalho executado por ela para determinar
seu rendimento.
Máquinas térmicas
A máquina térmica é uma máquina que transforma calor em
trabalho útil e, durante o ciclo, há, portanto, trocas de calor
entre o gás e o meio externo. Num processo cíclico, o calor
total trocado pelo gás e o ambiente é dado pela soma dos
calores trocados em cada etapa, ou seja:
Q = QAB
+ QBC
+ QCD
+ QDA
Rendimento de uma máquina térmica
F
Q
η =
τ
26
11
Processos adiabáticos
Trata-se de uma transformação que ocorre sem que haja
troca de calor entre o gás e o meio externo, ou seja,
Q = 0. Na prática, um processo adiabático ocorre quando o
sistema está termicamente isolado e sem nenhuma fonte de
energia térmica ou quando há uma variação muito rápida do
volume do gás.
©Shutterstock/Goir
27
Ciclo de Carnot
Em seu trabalho de 1824, Carnot também afirmou que uma
máquina térmica operando em ciclos deve trabalhar com
temperaturas diferentes, e o rendimento máximo dessa máquina
depende da diferença dessas temperaturas.
Q
F
T
1
T
η = −
toloczko.
2021.
Digital.
toloczko.
2021.
Digital.
28
1ª
.lei da Termodinâmica 12
Energias trocadas na forma de calor e trabalho podem
provocar variação da energia interna.
Q = !F + "U,
onde ΔU = # n # R # "T
A energia interna é a soma das energias
cinéticas de translação dos átomos
do gás e só depende da temperatura
absoluta desse gás.
3
2
29
Transformações termodinâmicas 13
Nome da
transformação
gasosa
Caracterização
Equação da
1ª. lei da
Termodinâmic
a
aplicada
Isométrica
Não há variação de volume, o gás não
realiza trabalho.
Q = !U
Isotérmica
A temperatura permanece constante.
Logo, não há variação de energia interna.
Q = "F
Isobárica
Ocorre à pressão constante; portanto,
vale a expressão "F = p # !V para o
trabalho realizado pelo gás, ou sobre o
gás.
Q = "F + !U
Adiabática
É aquela em que não há troca de
calor entre o gás e o ambiente.
!U = –"F
1a
.
Nome da
transformação
gasosa
Caracterização
Equação da
1ª. lei da
Termodinâmic
a
aplicada
Isométrica
Não há variação de volume, o gás não
realiza trabalho.
Q = !U
Isotérmica
A temperatura permanece constante.
Logo, não há variação de energia interna.
Q = "F
Isobárica
Ocorre à pressão constante; portanto,
vale a expressão "F = p # !V para o
trabalho realizado pelo gás, ou sobre o
gás.
Q = "F + !U
Adiabática
É aquela em que não há troca de
calor entre o gás e o ambiente.
!U = –"F
Nome da
transformação
gasosa
Caracterização
Equação da
1ª. lei da
Termodinâmic
a
aplicada
Isométrica
Não há variação de volume, o gás não
realiza trabalho.
Q = !U
Isotérmica
A temperatura permanece constante.
Logo, não há variação de energia interna.
Q = "F
Isobárica
Ocorre à pressão constante; portanto,
vale a expressão "F = p # !V para o
trabalho realizado pelo gás, ou sobre o
gás.
Q = "F + !U
Adiabática
É aquela em que não há troca de
calor entre o gás e o ambiente.
!U = –"F
Nome da
transformação
gasosa
Caracterização
Equação da
1ª. lei da
Termodinâmic
a
aplicada
Isométrica
Não há variação de volume, o gás não
realiza trabalho.
Q = !U
Isotérmica
A temperatura permanece constante.
Logo, não há variação de energia interna.
Q = "F
Isobárica
Ocorre à pressão constante; portanto,
vale a expressão "F = p # !V para o
trabalho realizado pelo gás, ou sobre o
gás.
Q = "F + !U
Adiabática
É aquela em que não há troca de
calor entre o gás e o ambiente.
!U = –"F
30
Motor a combustão 14
Nesses motores, uma reação de combustão
produz a queima do combustível e os gases
aquecidos se expandem, empurrando os pistões
e convertendo energia térmica em energia
mecânica.
Em 1867 o engenheiro
alemão Nikolaus
August Otto (1832-
1891) descobriu que era
necessário adicionar
uma proporção de ar ao
combustível na fase de
compressão. Com essa
modificação, ele pôde
construir um motor a
combustão eficiente.
©Shutterstock/Dkn0049
Diagrama p × V do ciclo de Otto ideal
31
2ª
. lei da Termodinâmica 15
Enunciado de Kelvin-Planck:
É impossível construir uma máquina termodinâmica que retire calor de
uma fonte e transforme esse calor integralmente em trabalho. (Motor)
É impossível construir uma máquina termodinâmica que retire calor
de uma fonte fria e o envie para a fonte quente espontaneamente.
(Refrigerador)
32
16
Refrigeradores
Um refrigerador é uma máquina térmica funcionando no
sentindo reverso. Isto é, pela ação de uma fonte externa de
energia mecânica que realiza um trabalho τF
sobre o sistema,
o calor (Qf
) é extraído da fonte fria e rejeitado para a fonte
quente (QQ
).
toloczko.
2021.
Digital.
TQ
Tf
33
17
Classius e a entropia
ENTROPIA
sistemas reversíveis
sistemas
irreversíveis
34
1 Espera-se que neste primeiro momento os alunos consigam vislumbrar a maneira como o conceito de calor evoluiu, deixando claro que não se
trata de um processo linear e que segue em desenvolvimento. Se achar interessante, o professor pode promover uma mesa redonda discutindo
as principais teorias que buscaram explicar a natureza do calor.
2 Espera-se que neste primeiro momento os alunos consigam vislumbrar a maneira como o conceito de calor evoluiu, deixando claro que não se
trata de um processo linear e que segue em desenvolvimento. Se achar interessante, o professor pode promover uma mesa redonda discutindo
as principais teorias que buscaram explicar a natureza do calor.
3 Espera-se que neste primeiro momento os alunos consigam vislumbrar a maneira como o conceito de calor evoluiu, deixando claro que não se
trata de um processo linear e que segue em desenvolvimento. Se achar interessante, o professor pode promover uma mesa redonda discutindo
as principais teorias que buscaram explicar a natureza do calor.
4 Espera-se que neste primeiro momento os alunos consigam vislumbrar a maneira como o conceito de calor evoluiu, deixando claro que não se
trata de um processo linear e que segue em desenvolvimento. Se achar interessante, o professor pode promover uma mesa redonda discutindo
as principais teorias que buscaram explicar a natureza do calor.
5 Destacar a definição de calor enquanto energia em movimento e associar a temperatura ao grau de agitação média das moléculas.
6 É interessante a proposição de experimentos que ilustram os processos de transmissão de calor. Caso esteja em regime remoto, pode-se
sugerir que os alunos gravem vídeos com experimentos simples.
7 Destacar a importância da definição dos pontos de gelo e de vapor para definição de uma escala termométrica.
Também comentar com os alunos que a escolha dos pontos de gelo e de vapor da água está relacionada com a reprodutibilidade da experiência
(em razão da abundância de água no planeta e da fácil obtenção experimental de gelo em fusão e água em ebulição).
O coeficiente de condutibilidade térmica é uma constante característica de cada material. Se ele for alto, o material é considerado um bom
condutor térmico. Se for baixo, o material é chamado de isolante térmico.
Orientações metodológicas
36
8 Após a definição do corpo negro é possível aprofundar o estudo apresentando simulações disponíveis na Internet. Uma delas é a simulação
Espectro do corpo negro produzido pelo Phet.
9 Ao iniciar o estudo de gases, se adota um modelo ideal e, assim, pode-se discutir suas limitações em relação a situações reais e, de maneira
mais abrangente, o processo de desenvolvimento da ciência.
10 Falar sobre máquinas térmicas é uma excelente oportunidade para discutir a relação entre ciência, tecnologia e sociedade. Dessa maneira, uma
abordagem CTS torna-se bastante interessante, possibilitando desconstruir concepções prévias sobre o desenvolvimento científico e sobre os
próprios cientistas. Ainda, o professor pode realizar uma proposta interdisciplinar com o professor de História discutindo como a Revolução
Industrial contribuiu para o desenvolvimento da Termodinâmica e vice-versa. Para a discussão a respeito de máquinas de moto-perpétuo,
sugere-se a leitura do capítulo 9, Comoção perpétua, do livro Os Simpsons e a ciência: O que eles podem nos ensinar sobre Física, Robótica,
vida e Universo. O capítulo em questão discute, à luz da teoria da Termodinâmica, as razões pelas quais o moto perpétuo não é um mecanismo
viável, tendo como ponto de partida um episódio da animação Os Simpsons.
11 Deve ficar claro para os alunos que este tipo de transformação ocorre rapidamente.
12 Discuta com os alunos o sinal atribuído a cada uma dessas grandezas, haja vista as trocas ocorridas na transformação, convencionando o sinal
negativo para demonstrar a diminuição do volume do gás, de sua temperatura e a perda de calor. O livro didático apresenta as contribuições de
Julius Robert Von Mayer, destacando o cálculo equivalente mecânico do calor.
13 Para avaliar a aplicação da equação da 1.
ª lei da Termodinâmica, é possível, novamente, avaliar as simulações das transformações gasosas,
uma vez que elas nos permitem visualizar como varáveis do gás se comportam em cada transformação.
14 É necessário ressaltar que na prática o ciclo de Carnot real é um pouco diferente, uma vez que há interferências internas. Após a leitura do livro
didático pode ser indicado o vídeo “Entenda de uma vez como funciona o motor de um carro”, no qual, com o auxílio de um motor didático,
o Iberê Tenório discute os ciclos do motor de quatro tempo de maneira bastante didática. Considerando a duração do vídeo, ele pode ser
recomendado para ser visto em casa. Podem ser organizadas algumas questões norteadoras para direcionar a discussão.
37
15 Uma outra maneira de definir a 2.
ª lei da Termodinâmica: “é impossível, por meio de um agente material inanimado, derivar efeito mecânico
de qualquer parte da matéria resfriando-a abaixo da temperatura do objeto mais frio dos arredores”, conforme foi proposto por Lord Kelvin. A
partir dessa definição pode-se introduzir a discussão a respeito dos refrigeradores, máquinas térmicas capazes de, a partir de trabalho externo,
remover calor de um ambiente frio para um ambiente quente. Podem ser propostos seminários aos alunos para que eles pesquisem outras
contribuições do Lord Kelvin e de Max Planck, ou, ainda, seminários versando sobre cientistas que contribuíram para o desenvolvimento dos
estudos da termodinâmica, mas que foram esquecidos.
16 Nos refrigeradores determinamos a quantidade de calor retirada da fonte fria em função do trabalho realizado. Tal grandeza é denominada
eficiência do refrigerador. Para que os alunos possam compreender melhor o funcionamento dos refrigeradores, é proposta a utilização do
seguinte simulador frigorífico, disponibilizado no QR code do slide. Na simulação, é possível ver o fluxo de calor e é de extrema importância que
fique claro para os alunos que tal sentido só é possível porque há a realização de um trabalho externo.
17 Para discutir o conceito de entropia, o professor pode citar o exemplo das cartas de baralho.
38

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  • 1. © S h u t t e r s t o c k / E v e r e t t H i s t o r i c a l - História da Termologia - Processos de transmissão de calor - Estudo dos gases - Transformações gasosas - Mistura de gases ideias - Termodinâmica e máquinas térmicas - 1ª lei da Termodinâmica - 2ª lei da Termodinâmica - Claussius e a entropia Noelia Janina Alves Alderete Módulo 4 Física Termodinâmica
  • 2. 1 Primeiras explicações para o fogo ― Ideia inicial: • • matéria composta por 4 elementos; • • defendida por: Empédocles (492-432 a.C.), Platão (ca. 427-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.). ― Atomismo: • • tudo que havia na Terra era formado por átomos e vazios (linha de pensamento cuja formação é atribuída a Demócrito (460- 370 a.C.); • • para Demócrito, o calor surgia do movimento dos átomos nos espaços vazios entre eles. História da Termologia toloczko. 2021. Digital. 2
  • 3. Teoria do flogístico 2 • • Os materiais eram formados pela combinação de uma matéria terrosa chamada de cal, diferente para cada material, e do flogístico, comum a todos os materiais. • • A teoria do flogístico tornou-se a primeira a reunir em um único modelo explicativo o fenômeno da combustão. Johann Joachim Becher (1635-1682) O calor como uma espécie de fluido. Teoria retomada pelo alquimista alemão Georg Ernst Stahl (1660-1734). Disseminada pela França no século XVIII por Guillaume François Rouelle (1703-1770). ©Wikimedia Commons/Biblioteca Herzog August ©Shutterstock/Historia ©Wikimedia Commons/Wellcome Library 3
  • 4. Sai o flogístico, entra o calórico ― Influenciado por Black, Lavoisier adotou a teoria do calórico e o descreveu como “matéria do fogo”. ― Todos os corpos tinham o calórico e, quando ele fluía para fora dos corpos, a temperatura do corpo diminuía e vice-versa. 3 Evandro Marenda. 2021. Digital. 4
  • 5. ©Shutterstock/Everett Historical Temperatura e calor ― No início da Revolução Industrial, o estudo do calor começou a despertar o interesse de vários setores da Física. ― A teoria do calórico logo foi abandonada frente à hipótese de que a temperatura de um corpo (intimamente ligada ao calor) era resultado da agitação das partículas constituintes da matéria. ― Calor e trabalho não eram mais do que duas faces de um mesmo fenômeno, que mais tarde ganharia o nome de energia. 4 Esse conceito inovador ganhou o nome de princípio da conservação de energia. 5
  • 6. Processos de transmissão de calor temperatura MATÉRIA partículas em constante movimento energias de ligação energia térmica é formada por ligadas por somadas aumentam que apresentam aumenta logo aumenta ao receber energia interna energia cinética 6
  • 7. Temperatura É uma propriedade de todo corpo, que está relacionada com a energia cinética média das partículas que o constituem. Calor Indica a quantidade de energia transferida espontaneamente de um corpo de maior temperatura para outro de menor, até que as temperaturas dos corpos se igualem, o que chamamos de equilíbrio térmico. 5 7
  • 8. Condução térmica A condução é um processo de transferência de calor por contato direto entre os corpos, em que a energia é transferida de partícula para partícula. Portanto, a condução depende de um meio material. ©Shutterstock/Osweetnature 6 8
  • 9. Fluxo de calor A condução é um processo de transferência de calor por contato direto entre os corpos, em que a energia é transferida de partícula para partícula. A quantidade de calor transferida depende do meio material (em J/m • K • s), da área de contato (em m2 ), da diferença de temperatura (em K), do comprimento ou espessura (em m), bem como do intervalo de tempo (em s). 7 9
  • 10. Convecção térmica A convecção térmica acontece nos fluidos e é um processo pelo qual a propagação do calor se dá acompanhando o deslocamento do próprio fluido aquecido. Esse movimento do fluido, provocado pela diferença de temperatura, é denominado de corrente de convecção. O fluido aquecido tende a subir, pois fica menos denso. Como consequência, o fluido mais frio, que está acima, desce, gerando uma corrente de convecção. ©Shutterstock/Vectormine 10
  • 11. Radiação total = refletida + transmitida + absorvida ou Qtotal= QR + Qtran + Qa Irradiação térmica O calor pode ainda ser transferido através de ondas eletromagnéticas, radiação. Parte desta radiação é absorvida, enquanto outra parcela pode ser refletida e, por fim, certo percentual pode ainda ser transmitido. A radiação incidente sofre três fenômenos: reflexão, transmissão e absorção. ©Shutterstock/Osweetnature 11
  • 12. Corpo negro Uma definição importante em Física é a de corpo negro – um corpo ideal que absorve toda energia radiante incidente sobre ele, ou seja, sua taxa de refletividade é iR = 0 e sua taxa de absorção iA = 1 (100%). 8 12
  • 13. A taxa com que um corpo emite energia térmica é diretamente proporcional à quarta potência da temperatura (T4) e à área (A) da superfície do corpo exposta ao ambiente. O corpo negro seria, então, o emissor ideal, cuja potência é máxima e dada pela expressão: Pot = σ • A • T 4 A potência líquida de um corpo negro a uma temperatura T em um ambiente, cuja temperatura é Ta, é dada por: Potlíquda = σ • A • (Ta 4 – T 4 ) 13
  • 14. Estudo dos gases trata-se de um que apresentam ocupam maior do que a Definição de gases devido à alta GASES conjunto numeroso de partículas dispersas energia de ligação energia cinética todo o volume disponível 14
  • 15. 9 Variáveis de um gás Quantidade de matéria (número de Avogadro): cada conjunto que usaremos de referência será definido como quantidade de matéria (n) e conterá 6,02 · 1023 partículas, definida por: 15
  • 16. Variáveis de um gás Temperatura: relacionada com o grau de agitação médio das partículas. Associa-se ainda com a energia de ligação dessas partículas e com a energia interna do gás. No Sistema Internacional, a unidade de medida da temperatura é o kelvin (K). Volume: considerando o grau de liberdade das partículas que compõem o gás (relacionada à temperatura), elas ocupam todo o espaço disponível no recipiente, de modo que o volume do gás coincide com o volume do recipiente. No SI, a unidade de volume é m3 . 16
  • 17. Variáveis de um gás Pressão: resulta da colisão das moléculas entre si e com as paredes do recipiente devido às altas energias cinéticas. Pode ser expressa como a força aplicada em determinada superfície: ©Shutterstock/Vara.Art Visão microscópica de um gás Pressão (Pa) A 17
  • 18. Gases ideais Definição I. O gás é formado por um conjunto de moléculas muito pequenas comparadas ao volume que as contém, de modo que poderemos ignorar o volume ocupado por elas. II. As moléculas do gás não interagem umas com as outras ou com as paredes do recipiente por forças intermoleculares, mas apenas pelas colisões, que são sempre elásticas, isto é, a energia cinética é sempre conservada. 18
  • 19. Transformações gasosas É impossível, para um gás, alterar apenas uma variável de estado, pois, quando uma dessas grandezas varia, pelo menos mais uma grandeza também vai variar. As grandezas envolvidas são: pressão, volume, temperatura e número de moléculas. ©Shutterstock/Lukas Jonaitis Na formação das nuvens ocorre a expansão de massas de gases com a queda da temperatura e da pressão. 19
  • 20. Transformação isobárica – lei de Charles Numa transformação isobárica, pressão constante, o volume de uma massa de gás aumenta com o aumento da temperatura. Transformação isovolumétrica – lei de Gay-Lussac Quando uma massa de gás sofre uma transformação isovolumétrica, a temperatura absoluta e a pressão desse gás variam, mantendo uma proporção direta. 1 2 1 2 V V T T = 1 2 1 2 p p T T = toloczko. 2021. Digital. toloczko. 2021. Digital. V3 V2 V1 20
  • 21. Transformação isotérmica – lei de Boyle Quando uma massa de gás ideal sofre uma transformação isotérmica, a pressão e o volume desse gás variam de forma inversamente proporcional. p1 . V1 = p2 . V2 toloczko. 2021. Digital. T2 T3 T1 Para cada temperatura diferente, a transformação isotérmica apresenta um ramo de hipérbole no diagrama p × V. 21
  • 22. Equação de Clayperon O físico-químico e engenheiro francês Benoit Paul Emile Clapeyron (1799-1864), mediante estudos, estabeleceu que a combinação entre as variáveis de estado de um gás ideal, p, V e T, é diretamente proporcional à quantidade de matéria n desse gás. Podemos, então, escrever assim a equação de Clapeyron: p n V T R ⋅ = ⋅ Constante de proporcionalidade. R é uma constante universal! 22
  • 23. Mistura de gases ideais Lei de Dalton das pressões parciais A pressão total exercida por uma mistura de gases é a soma da pressão que cada gás exerce individualmente (ou pressões parciais). pmistura = pgás 1 + pgás 2 + ... + pgás x Difusão Quando misturamos gases, eles tendem a se espalhar e tornar a mistura homogênea. Efusão Ocorre quando o tamanho das moléculas de um gás é tão pequeno que elas também conseguem atravessar pequenas aberturas e membranas. 23
  • 24. Termodinâmica e máquinas térmicas 10 . . . . . 24
  • 25. Trabalho em processos termodinâmicos Trabalho de um gás Ao estudarmos uma máquina térmica, precisamos considerar, além da quantidade de calor Q trocado entre o sistema e o ambiente, o trabalho de uma forca, τF , realizado pelo gás ou pelo ambiente externo sobre o gás. Trabalho de uma força e potência Chamamos de potência a taxa temporal com que o trabalho de uma força é realizado, ou seja, potência é a quantidade de trabalho de uma força τF realizada em relação à variação de tempo ∆t: !f = p " V Volume (m3) Pressão (Pa) Trabalho (J) F ot P t = τ Δ Expressão para o trabalho realizado pelo gás a pressão constante ∆t 25
  • 26. Processos cíclicos: a máquina térmica Rendimento Clapeyron realizou estudos sobre o que poderia ser feito para tornar as máquinas mais eficientes. Parte desses estudos resultou em uma equação que relaciona o calor recebido pela máquina e o trabalho executado por ela para determinar seu rendimento. Máquinas térmicas A máquina térmica é uma máquina que transforma calor em trabalho útil e, durante o ciclo, há, portanto, trocas de calor entre o gás e o meio externo. Num processo cíclico, o calor total trocado pelo gás e o ambiente é dado pela soma dos calores trocados em cada etapa, ou seja: Q = QAB + QBC + QCD + QDA Rendimento de uma máquina térmica F Q η = τ 26
  • 27. 11 Processos adiabáticos Trata-se de uma transformação que ocorre sem que haja troca de calor entre o gás e o meio externo, ou seja, Q = 0. Na prática, um processo adiabático ocorre quando o sistema está termicamente isolado e sem nenhuma fonte de energia térmica ou quando há uma variação muito rápida do volume do gás. ©Shutterstock/Goir 27
  • 28. Ciclo de Carnot Em seu trabalho de 1824, Carnot também afirmou que uma máquina térmica operando em ciclos deve trabalhar com temperaturas diferentes, e o rendimento máximo dessa máquina depende da diferença dessas temperaturas. Q F T 1 T η = − toloczko. 2021. Digital. toloczko. 2021. Digital. 28
  • 29. 1ª .lei da Termodinâmica 12 Energias trocadas na forma de calor e trabalho podem provocar variação da energia interna. Q = !F + "U, onde ΔU = # n # R # "T A energia interna é a soma das energias cinéticas de translação dos átomos do gás e só depende da temperatura absoluta desse gás. 3 2 29
  • 30. Transformações termodinâmicas 13 Nome da transformação gasosa Caracterização Equação da 1ª. lei da Termodinâmic a aplicada Isométrica Não há variação de volume, o gás não realiza trabalho. Q = !U Isotérmica A temperatura permanece constante. Logo, não há variação de energia interna. Q = "F Isobárica Ocorre à pressão constante; portanto, vale a expressão "F = p # !V para o trabalho realizado pelo gás, ou sobre o gás. Q = "F + !U Adiabática É aquela em que não há troca de calor entre o gás e o ambiente. !U = –"F 1a . Nome da transformação gasosa Caracterização Equação da 1ª. lei da Termodinâmic a aplicada Isométrica Não há variação de volume, o gás não realiza trabalho. Q = !U Isotérmica A temperatura permanece constante. Logo, não há variação de energia interna. Q = "F Isobárica Ocorre à pressão constante; portanto, vale a expressão "F = p # !V para o trabalho realizado pelo gás, ou sobre o gás. Q = "F + !U Adiabática É aquela em que não há troca de calor entre o gás e o ambiente. !U = –"F Nome da transformação gasosa Caracterização Equação da 1ª. lei da Termodinâmic a aplicada Isométrica Não há variação de volume, o gás não realiza trabalho. Q = !U Isotérmica A temperatura permanece constante. Logo, não há variação de energia interna. Q = "F Isobárica Ocorre à pressão constante; portanto, vale a expressão "F = p # !V para o trabalho realizado pelo gás, ou sobre o gás. Q = "F + !U Adiabática É aquela em que não há troca de calor entre o gás e o ambiente. !U = –"F Nome da transformação gasosa Caracterização Equação da 1ª. lei da Termodinâmic a aplicada Isométrica Não há variação de volume, o gás não realiza trabalho. Q = !U Isotérmica A temperatura permanece constante. Logo, não há variação de energia interna. Q = "F Isobárica Ocorre à pressão constante; portanto, vale a expressão "F = p # !V para o trabalho realizado pelo gás, ou sobre o gás. Q = "F + !U Adiabática É aquela em que não há troca de calor entre o gás e o ambiente. !U = –"F 30
  • 31. Motor a combustão 14 Nesses motores, uma reação de combustão produz a queima do combustível e os gases aquecidos se expandem, empurrando os pistões e convertendo energia térmica em energia mecânica. Em 1867 o engenheiro alemão Nikolaus August Otto (1832- 1891) descobriu que era necessário adicionar uma proporção de ar ao combustível na fase de compressão. Com essa modificação, ele pôde construir um motor a combustão eficiente. ©Shutterstock/Dkn0049 Diagrama p × V do ciclo de Otto ideal 31
  • 32. 2ª . lei da Termodinâmica 15 Enunciado de Kelvin-Planck: É impossível construir uma máquina termodinâmica que retire calor de uma fonte e transforme esse calor integralmente em trabalho. (Motor) É impossível construir uma máquina termodinâmica que retire calor de uma fonte fria e o envie para a fonte quente espontaneamente. (Refrigerador) 32
  • 33. 16 Refrigeradores Um refrigerador é uma máquina térmica funcionando no sentindo reverso. Isto é, pela ação de uma fonte externa de energia mecânica que realiza um trabalho τF sobre o sistema, o calor (Qf ) é extraído da fonte fria e rejeitado para a fonte quente (QQ ). toloczko. 2021. Digital. TQ Tf 33
  • 34. 17 Classius e a entropia ENTROPIA sistemas reversíveis sistemas irreversíveis 34
  • 35.
  • 36. 1 Espera-se que neste primeiro momento os alunos consigam vislumbrar a maneira como o conceito de calor evoluiu, deixando claro que não se trata de um processo linear e que segue em desenvolvimento. Se achar interessante, o professor pode promover uma mesa redonda discutindo as principais teorias que buscaram explicar a natureza do calor. 2 Espera-se que neste primeiro momento os alunos consigam vislumbrar a maneira como o conceito de calor evoluiu, deixando claro que não se trata de um processo linear e que segue em desenvolvimento. Se achar interessante, o professor pode promover uma mesa redonda discutindo as principais teorias que buscaram explicar a natureza do calor. 3 Espera-se que neste primeiro momento os alunos consigam vislumbrar a maneira como o conceito de calor evoluiu, deixando claro que não se trata de um processo linear e que segue em desenvolvimento. Se achar interessante, o professor pode promover uma mesa redonda discutindo as principais teorias que buscaram explicar a natureza do calor. 4 Espera-se que neste primeiro momento os alunos consigam vislumbrar a maneira como o conceito de calor evoluiu, deixando claro que não se trata de um processo linear e que segue em desenvolvimento. Se achar interessante, o professor pode promover uma mesa redonda discutindo as principais teorias que buscaram explicar a natureza do calor. 5 Destacar a definição de calor enquanto energia em movimento e associar a temperatura ao grau de agitação média das moléculas. 6 É interessante a proposição de experimentos que ilustram os processos de transmissão de calor. Caso esteja em regime remoto, pode-se sugerir que os alunos gravem vídeos com experimentos simples. 7 Destacar a importância da definição dos pontos de gelo e de vapor para definição de uma escala termométrica. Também comentar com os alunos que a escolha dos pontos de gelo e de vapor da água está relacionada com a reprodutibilidade da experiência (em razão da abundância de água no planeta e da fácil obtenção experimental de gelo em fusão e água em ebulição). O coeficiente de condutibilidade térmica é uma constante característica de cada material. Se ele for alto, o material é considerado um bom condutor térmico. Se for baixo, o material é chamado de isolante térmico. Orientações metodológicas 36
  • 37. 8 Após a definição do corpo negro é possível aprofundar o estudo apresentando simulações disponíveis na Internet. Uma delas é a simulação Espectro do corpo negro produzido pelo Phet. 9 Ao iniciar o estudo de gases, se adota um modelo ideal e, assim, pode-se discutir suas limitações em relação a situações reais e, de maneira mais abrangente, o processo de desenvolvimento da ciência. 10 Falar sobre máquinas térmicas é uma excelente oportunidade para discutir a relação entre ciência, tecnologia e sociedade. Dessa maneira, uma abordagem CTS torna-se bastante interessante, possibilitando desconstruir concepções prévias sobre o desenvolvimento científico e sobre os próprios cientistas. Ainda, o professor pode realizar uma proposta interdisciplinar com o professor de História discutindo como a Revolução Industrial contribuiu para o desenvolvimento da Termodinâmica e vice-versa. Para a discussão a respeito de máquinas de moto-perpétuo, sugere-se a leitura do capítulo 9, Comoção perpétua, do livro Os Simpsons e a ciência: O que eles podem nos ensinar sobre Física, Robótica, vida e Universo. O capítulo em questão discute, à luz da teoria da Termodinâmica, as razões pelas quais o moto perpétuo não é um mecanismo viável, tendo como ponto de partida um episódio da animação Os Simpsons. 11 Deve ficar claro para os alunos que este tipo de transformação ocorre rapidamente. 12 Discuta com os alunos o sinal atribuído a cada uma dessas grandezas, haja vista as trocas ocorridas na transformação, convencionando o sinal negativo para demonstrar a diminuição do volume do gás, de sua temperatura e a perda de calor. O livro didático apresenta as contribuições de Julius Robert Von Mayer, destacando o cálculo equivalente mecânico do calor. 13 Para avaliar a aplicação da equação da 1. ª lei da Termodinâmica, é possível, novamente, avaliar as simulações das transformações gasosas, uma vez que elas nos permitem visualizar como varáveis do gás se comportam em cada transformação. 14 É necessário ressaltar que na prática o ciclo de Carnot real é um pouco diferente, uma vez que há interferências internas. Após a leitura do livro didático pode ser indicado o vídeo “Entenda de uma vez como funciona o motor de um carro”, no qual, com o auxílio de um motor didático, o Iberê Tenório discute os ciclos do motor de quatro tempo de maneira bastante didática. Considerando a duração do vídeo, ele pode ser recomendado para ser visto em casa. Podem ser organizadas algumas questões norteadoras para direcionar a discussão. 37
  • 38. 15 Uma outra maneira de definir a 2. ª lei da Termodinâmica: “é impossível, por meio de um agente material inanimado, derivar efeito mecânico de qualquer parte da matéria resfriando-a abaixo da temperatura do objeto mais frio dos arredores”, conforme foi proposto por Lord Kelvin. A partir dessa definição pode-se introduzir a discussão a respeito dos refrigeradores, máquinas térmicas capazes de, a partir de trabalho externo, remover calor de um ambiente frio para um ambiente quente. Podem ser propostos seminários aos alunos para que eles pesquisem outras contribuições do Lord Kelvin e de Max Planck, ou, ainda, seminários versando sobre cientistas que contribuíram para o desenvolvimento dos estudos da termodinâmica, mas que foram esquecidos. 16 Nos refrigeradores determinamos a quantidade de calor retirada da fonte fria em função do trabalho realizado. Tal grandeza é denominada eficiência do refrigerador. Para que os alunos possam compreender melhor o funcionamento dos refrigeradores, é proposta a utilização do seguinte simulador frigorífico, disponibilizado no QR code do slide. Na simulação, é possível ver o fluxo de calor e é de extrema importância que fique claro para os alunos que tal sentido só é possível porque há a realização de um trabalho externo. 17 Para discutir o conceito de entropia, o professor pode citar o exemplo das cartas de baralho. 38