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DIRECÇÃO-GERAL DA SAÚDE | Alameda D. Afonso Henriques, 45 - 1049-005 Lisboa | Tel: 218 430 500 | Fax: 218 430 530 | E-mail: geral@dgs.pt | www.dgs.pt
NÚMERO: 001/2011
DATA: 07/01/2011
ASSUNTO: Terapêutica da Diabetes Mellitus tipo 2: metformina
PALAVRA-CHAVE: Metformina
PARA: Médicos do Serviço Nacional de Saúde
CONTACTOS: Departamento da Qualidade na Saúde (dqs@dgs.pt) - Programa Nacional
de Prevenção e Controlo da Diabetes (diabetes@dgs.pt)
Nos termos da alínea c) do n.º 2 do artigo 2.º do Decreto Regulamentar n.º 66/2007, de 29
de Maio, na redacção dada pelo Decreto Regulamentar n.º 21/2008, de 2 de Dezembro,
emite-se a Norma seguinte:
1. No tratamento farmacológico da diabetes tipo 2, a metformina é o fármaco de
eleição, em especial nas pessoas com obesidade ou com sobrecarga ponderal.
2. Nas pessoas com diabetes tipo 2 mas sem excesso de peso, a metformina também
é considerada uma opção no seu tratamento.
3. A prescrição da dose de metformina é gradual e progressiva, de modo a minimizar
os efeitos adversos, principalmente gastrointestinais.
4. A dose de metformina deve ser individualizada, com base na eficácia e na
tolerabilidade demonstradas e ajustada de acordo com os valores da glicemia.
5. A metformina deve ser descontinuada:
a) na mulher ou no homem, com uma taxa de filtração glomerular < 60
ml/minuto/1.73m2
;
b) nas situações clínicas capazes de alterarem a função renal;
c) nas situações clínicas favorecedoras de hipoxia tecidual, como a insuficiência
cardíaca e a insuficiência respiratória;
d) em caso de intolerância.
6. Nos adultos, a metformina deve ser utilizada inicialmente em monoterapia.
7. Nos adultos, quando não se atingirem os objectivos terapêuticos individualizados,
a metformina pode ser usada em associação com outros antidiabéticos orais e/ou
com insulina.
8. Toda a prescrição é devidamente registada no processo clínico, devendo ser
fundamentada no processo clínico qualquer alteração à presente Norma.
CRITÉRIOS
a) O tratamento da diabetes tipo 2 deve ter como objectivo principal o controlo da
hiperglicemia, atingindo um valor de hemoglobina glicosilada (HbA1C) < 6,5 %.
b) O nível de HbA1C sugerido para o controlo da maioria das pessoas com diabetes
deve ser ajustado individualmente.
c) A determinação do objectivo individual deve ser estabelecida tendo em conta,
entre outros factores, a esperança de vida, os anos de diabetes, o risco de
hipoglicemia e a presença de doença cardiovascular e/ou de outras co-
morbilidades.
Francisco
Henrique
Moura George
Digitally signed by Francisco
Henrique Moura George
DN: c=PT, o=Ministério da
Saúde, ou=Direcção-Geral da
Saúde, cn=Francisco Henrique
Moura George
Date: 2011.03.14 13:21:50 Z
2
d) Depois de implementadas e avaliadas todas as medidas de modificação de estilos
de vida, a escolha de um fármaco ou grupo farmacológico antidiabético oral deve
ter em conta: a sua efectividade terapêutica no controlo da glicemia, os eventuais
efeitos extraglicémicos capazes de modularem a longo prazo a história natural da
diabetes e as suas complicações, macro e microvasculares, o seu perfil de
segurança, a tolerabilidade, a facilidade de administração e os custos do
tratamento.
e) A eficácia terapêutica de cada antidiabético oral depende, entre outros factores:
i. das características intrínsecas individuais;
ii. das características farmacodinâmicas e farmacocinéticas;
iii. da duração da diabetes;
iv. do valor basal inicial da glicemia;
v. das terapêuticas anteriores.
f) A dose inicial de metformina é de 500 a 1000 mg, 1 a 2 vezes ao dia. A dose
máxima habitual é de 2 g/dia, dividida em 2 a 3 tomas diárias, podendo ser, em
alguns casos, aumentada até os 3 g/dia.
g) Deve considerar-se a opção por um secretagogo da insulina ou de outro
sensibilizador de insulina, nas pessoas com diabetes tipo 2 com intolerância ou
contra-indicação explícita para o uso de metformina.
h) Deve considerar-se a associação com outros antidiabéticos orais e/ou insulina
quando não se atingirem os objectivos terapêuticos individualizados.
i) A associação de metformina a uma sulfonilureia pode ser ponderada se o controlo
da glicemia continuar inadequado ou se o controlo metabólico se deteriorar.
j) Em caso de se manter hiperglicemia pós-prandial, a prescrição de acarbose ou de
nateglinida pode ser adequada.
k) Deve considerar-se o uso de pioglitazona, como insulinosensibilizador, em caso de
intolerância à metformina ou em associação, se existir insulinoresistência marcada.
l) Considerar a associação de um inibidor da dipeptidil peptidase 4 (DPP-4) à
metformina em casos de, como exemplos:
i. risco significativo de hipoglicemia;
ii. risco de ganho ponderal;
iii. contra-indicação a sulfonilureia.
m) Considerar o uso preferencial de um inibidor da DPP-4 (saxagliptina, sitagliptina ou
vildagliptina) em vez da pioglitazona, como terapêutica de 2ª linha da diabetes tipo
2, nas seguintes situações:
i. aumento marcado de peso ;
ii. insuficiência cardíaca;
iii. não resposta terapêutica à glitazona;
iv. intolerância à glitazona;
v. contra-indicação ao uso de glitazona.
n) A associação tripla de antidiabéticos orais é de considerar se o controlo da glicemia
persiste inadequado, devendo, no entanto, ser equacionado o início de
insulinoterapia.
3
AVALIAÇÃO
a) A avaliação da implementação da presente Norma é contínua, executada a nível
local, regional e nacional.
b) A parametrização dos sistemas de informação para a monitorização e avaliação da
implementação e impacte da presente Norma é da responsabilidade das
administrações regionais de saúde.
c) A efectividade da implementação da presente Norma nos cuidados de saúde
primários e a emissão de directivas e instruções para o seu cumprimento é da
responsabilidade dos conselhos clínicos dos agrupamentos de centros de saúde.
d) A Direcção-Geral da Saúde, através do Departamento da Qualidade na Saúde e do
Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes, elabora e divulga
relatórios de progresso de monitorização.
e) A implementação da presente Norma é monitorizada e avaliada através dos
seguintes indicadores:
i. % pessoas com diabetes em terapêutica com antidiabéticos orais
ii. % pessoas com diabetes vigiada com prescrição exclusiva de metformina
iii. % pessoas com diabetes vigiada com prescrição de antidiabéticos orais sem
utilização de metformina
iv. % pessoas com diabetes vigiada com prescrição de associação dupla de
antidiabéticos orais, incluindo a metformina
v. % pessoas com diabetes vigiada com prescrição de associação tripla de
antidiabéticos orais, incluindo a metformina
vi. % pessoas com diabetes vigiada com prescrição de insulina e metformina
vii. Custo médio com antidiabéticos orais facturados por pessoa com
diagnóstico de diabetes
viii. % consumo de antidiabéticos orais genéricos, em valor, no total de
antidiabéticos orais facturados
f) Os indicadores de avaliação da implementação da presente Norma, possuem
bilhetes de identidade a ela anexos e que dela fazem parte integrante.
FUNDAMENTAÇÃO
As medidas de modificação de estilos de vida, de controlo ponderal e de actividade física
são estruturantes e centrais na prevenção e tratamento da diabetes tipo 2.
No entanto, reconhece-se que, de forma iterada e uniforme, mais cedo ou mais tarde, a
maioria das pessoas com diabetes necessita de intervenção farmacológica.
As mudanças de estilo de vida, o diagnóstico precoce e o início programado da terapêutica
farmacológica, numa fase precoce das alterações metabólicas da diabetes, parecem ser a
forma mais eficaz de minorar o desenvolvimento, a médio e longo prazo, das
complicações da doença.
A intervenção terapêutica na diabetes tem como objectivos a ausência de sintomas de
descompensação aguda, a diminuição de complicações tardias micro e macrovasculares e
a melhoria ou manutenção da qualidade de vida.
4
Esta intervenção compreende, pelo menos, a terapêutica anti-hiperglicemica, anti-
hipertensiva e anti-dislipidemica1
para diminuição significativa das complicações
vasculares e das taxas de mortalidade de qualquer causa e, também, por causas
cardiovasculares nas pessoas com diabetes tipo 2 e consideradas de risco para doença
macrovascular.
Como noutras situações de doença, os objectivos terapêuticos têm que ser
individualizados e adaptados às características individuais da pessoa com diabetes,
incluindo idade, tempo de evolução de doença, existência de complicações tardias
associadas a diabetes, percepção e tratamento de hipoglicemias e existência de outras
comorbilidades.
Um bom exemplo é a definição de diferentes valores-alvo de HbA1c que a American
Diabetes Association (ADA) recomenda para as idades pediátricas2
.
A ADA recomenda, por outro lado, como objectivo para a HbA1c para populações adultas
com diabetes, sem distinguir entre o tipo1 ou tipo2, o valor < 7%3
com evidência clínica
significativa de redução de doença macrovascular.
Este mesmo consenso refere, no entanto, que valores de HbA1c mais perto do não
diabético traduzirão um benefício adicional na diminuição de complicações
microvasculares. Aponta, pois, que para pessoas com diabetes com maior esperança de
vida, menos anos de evolução, sem doença cardiovascular e sem hipoglicemias
significativas ou outros efeitos adversos associados ao tratamento, poderão ser tentados
valores de HbA1c inferiores a 7%. Na mesma linha, aponta que para pessoas com
esperança de vida mais curta, com comorbilidades ou complicações micro e
macrovasculares avançadas, deverão ser tidos em consideração valores alvo de HbA1c
mais elevados.
As recomendações da Sociedade Portuguesa de Diabetologia4
apontam um valor alvo de
HbA1c < 6.5%, em consonância com as recomendações da International Diabetes
Federation e da European Association for the Study of Diabetes / European Society of
Cardiology.
Baseados numa meta-análise publicada em 20095
, que contabiliza eventos coronários, a
Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos e o Colégio Americano de Cardiologia
mantiveram a sua recomendação geral de objectivo de HbA1c = 6.5%6
. Por outro lado, o
National Institute for Health and Clinical Excellence não alterou o objectivo de HbA1c =
6.5%7
.
1
Cf. Estudo Steno-2 (N Engl J Med 2008;358:580-91)
2
Cf. Diabetes Care, Volume 34, Supplement 1, January 2011
3
Ibidem
4
Cf. Revista Portuguesa de Diabetes. 2007; 2 (4) Suppl: 5-18
5
Cf. Lancet 373:1765-1772; 2009
6
Cf. Endocrine Practice 15:540-559; 2009
7
Cf. CG66NICEGuideline
5
Em conclusão:
a) a utilização de HbA1c = 7%, como valor alvo, levará a médias populacionais de
HbA1c significativamente mais altas, com consequente maior prevalência de
complicações;
b) a HbA1c < 6,5 é um alvo terapêutico para a maioria dos diabéticos, devendo,
contudo, haver uma individualização dos objectivos para os doentes idosos, com
deficiência na percepção das hipoglicemias e nos com doença cardiovascular
prévia.
APOIO CIENTÍFICO
José Manuel Boavida (Coordenador), Davide de Carvalho, João Filipe Raposo, Pedro
Marques da Silva, Rui Duarte
BIBLIOGRAFIA
 ACCORD Study Group, New England Journal of Medicine 2008, 358:2545-2559
 ADVANCE Collaborative Group, New England Journal of Medicine 2008, 358:2560-2572
 VADT Study Results ADA Scientific Session San Francisco, 2008 In Press, Diabetes Obesity and
Metabolism, 2008
 American Diabetes Association, Clinical Pratice Recomendations. Diabetes Care, 2010
 Current Antihyperglycemic Treatment Guidelines and Algorithms for Patients with Type 2 Diabetes
Mellitus Lawrence Blonde, MD, FACP, FACE. The American Journal of Medicine (2010) 123, S12–S18
 Diabetes Care, Volume 34, Supplement 1, January 2011
 Endocrine Practice 15:540-559; 2009
 Gami AS, Witt BJ, Howard DE et al. Metabolic Syndrome and Risk of Incident Cardiovascular Events
and Death A Systematic Review and Meta-Analysis of Longitudinal Studies. J Am Coll Cardiol 2007;
49:403–14
 Gerstein HG. More insights on the dysglycaemia–cardiovascular connection. Lancet 2010; 375: 2215–
22
 International Diabetes Federation (IDF) Guidelines, 2007
 Ray KK, Seshasai SRK, Wijusuriya S, et al. Effect of intensive control of glucose on cardiovascular
outcomes and death in patients with diabetes mellitus: a meta-analysis of randomised controlled
trials. The Lancet 373:1765-1772; 2009
 National Collaborating Centre for Chronic Conditions. Type 2 diabetes: national clinical guideline for
management in primary and secondary care (update). London: Royal College of Physicians, 2008
 Nice, Management of type 2 diabetes (CG 66, May 2008)
 Nice, Management of type 2 diabetes (CG 87, May 2009)
 Oluf Pedersen et al. Estudo Steno-2. New England Journal of Medicine 2008;358:580-91
 Recomendações da Sociedade Portuguesa de Diabetologia. Revista Portuguesa de Diabetes, 2007;2
(4) supl:5-18
 Roth M. Glycated hemoglobin not glycosslated or glycosilated. Clin Chem 1983; 29: 1991.
 The Emerging Risk Factors Collaboration. Diabetes mellitus, fasting blood glucose concentration, and
risk of vascular disease: a collaborative meta-analysis of 102 prospective studies. Lancet 2010; 375:
2215–22
Francisco George
Director-Geral da Saúde
6
BILHETES DE IDENTIDADE DOS INDICADORES
Designação
Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES
Tipo de falha Período aplicável Ano
Objectivo
Descrição do Indicador
Frequência de
monitorização
Unidade de medida Percentagem
Fórmula A / B x 100
Output Percentagem de utentes
Prazo Entrega Reporting Valor de Referência 100%
Órgão fiscalizador Meta 100%
Critérios de inclusão
Observações
Factor crítico
Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida
A - Numerador SI USF/UCSP Nº de Utilizadores
B - Denominador SI USF/UCSP Nº de Utilizadores
Responsável pela
monitorização
ACES/ ARS
Dia 25 do mês n+1
ARS
Numerador:
- Denominador;
- Ter registo de prescrição de antidiabéticos orais, no período em análise.
Denominador:
- Ter diagnóstico sinalizado de diabetes como problema activo, no período em análise;
- Ter inscrição no ACES no período em análise.
Definição
Número de utilizadores
com prescrição de antidiabéticos
orais
Número de utilizadores com diagnóstico de
diabetes
Indicador que exprime a adequação da prescrição
Percentagem de pessoas com diabetes em terapêutica com antidiabéticos orais
QUALIDADE TÉCNICA / EFECTIVIDADE
Monitorizar a adequação da prescrição de antidiabéticos orais e a aplicação da presente Norma da DGS
Mensal
7
Designação
Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES
Tipo de falha Período aplicável Ano
Objectivo
Descrição do Indicador
Frequência de
monitorização
Unidade de medida Percentagem
Fórmula A / B x 100
Output Percentagem de utentes
Prazo Entrega Reporting Valor de Referência
a definir ao fim de um ano de aplicação da
norma
Órgão fiscalizador Meta
a definir ao fim de um ano de aplicação da
norma
Critérios de inclusão
Observações
Factor crítico
Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida
A - Numerador SI USF/UCSP N.º de utilzadores
B - Denominador SI USF/UCSP N.º de utilzadores
Responsável pela
monitorização
ACES/ ARS
Dia 25 do mês n+1
ARS
Numerador:
- Denominador;
- Ter de registo de prescrição de metformina, no período em análise;
- Não ter de registo de prescrição de outros antidiabéticos orais, no período em análise.
Denominador:
- Ter de registo de prescrição de antidiabéticos orais no período em análise;
- Ter diagnóstico sinalizado de diabetes como problema activo, no período em análise;
- Ter compromisso de vigilância no programa de Diabetes.
Número de pessoas com diabetes
com prescrição exclusiva de metformina
Número de pessoas com diabetes vigiada
com prescrição de antidiabéticos orais
Definição
Indicador que exprime a adequação da prescrição
Percentagem de pessoas com diabetes vigiada com prescrição exclusiva de metformina
QUALIDADE TÉCNICA / EFECTIVIDADE
Monitorizar a adequação da prescrição de antidiabéticos orais e a aplicação da presente Norma da DGS
No tratamento farmacológico da Diabetes Mellitus tipo 2, a metformina é o fármaco de eleição.
Mensal
8
Designação
Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES
Tipo de falha Período aplicável Ano
Objectivo
Descrição do Indicador
Frequência de
monitorização
Unidade de medida Percentagem
Fórmula A / B x 100
Output Percentagem de utentes
Prazo Entrega Reporting Valor de Referência
a definir ao fim de um ano de aplicação da
norma
Órgão fiscalizador Meta
a definir ao fim de um ano de aplicação da
norma
Critérios de inclusão
Observações
Factor crítico
Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida
A - Numerador SI USF/UCSP N.º de utilzadores
B - Denominador SI USF/UCSP N.º de utilzadores
No tratamento farmacológico da Diabetes Mellitus tipo 2, a metformina é o fármaco de eleição.
Definição
Número de pessoas com diabetes vigiada
com prescrição de antidiabéticos orais que
não a metformina
Número de pessoas com diabetes vigiada
com prescrição de antidiabéticos orais
Responsável pela
monitorização
ACES/ ARS
Dia 25 do mês n+1
ARS
Numerador:
- Denominador;
- Ter registo de prescrição de antidiabéticos orais que não a metformina, no período em análise .
Denominador:
- Ter registo de prescrição de antidiabéticos orais no período em análise;
- Ter diagnóstico sinalizado de diabetes como problema activo, no período em análise;
- Ter compromisso de vigilância no programa de Diabetes.
Mensal
Percentagem de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de antidiabéticos orais sem utilização de
metformina
QUALIDADE TÉCNICA / EFECTIVIDADE
Monitorizar a adequação da prescrição de antidiabéticos orais e a aplicação da presente Norma da DGS
Indicador que exprime a adequação da prescrição
9
Designação
Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES
Tipo de falha Período aplicável Ano
Objectivo
Descrição do Indicador
Frequência de
monitorização
Unidade de medida Percentagem
Fórmula A / B x 100
Output Percentagem de utentes
Prazo Entrega Reporting Valor de Referência
a definir ao fim de um ano de aplicação da
norma
Órgão fiscalizador Meta
a definir ao fim de um ano de aplicação da
norma
Critérios de inclusão
Observações
Factor crítico
Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida
A - Numerador SI USF/UCSP N.º de utilzadores
B - Denominador SI USF/UCSP N.º de utilzadores
No tratamento farmacológico da Diabetes Mellitus tipo 2, a metformina é o fármaco de eleição.
Nos adultos, a metformina pode ser utilizada primordialmente em monoterapia. Em casos específicos pode ser
associada a outros antidiabéticos orais e/ou a insulina.
Definição
Número de pessoas com diabetes vigiada
com prescrição de associação dupla de
antidiabéticos orais, incluindo metformina
Número de pessoas com diabetes vigiada
com prescrição de antidiabéticos orais
Responsável pela
monitorização
ACES/ ARS
Dia 25 do mês n+1
ARS
Numerador:
- Denominador;
- Ter registo de prescrição de dois antidiabéticos orais, no período em análise;
- Ter registo de prescrição de metformina.
Denominador:
- Ter registo de prescrição de antidiabéticos orais no período em análise;
- Ter diagnóstico sinalizado de diabetes como problema activo, no período em análise;
- Ter compromisso de vigilância no programa de Diabetes.
Mensal
Percentagem de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de associação dupla de antidiabéticos
orais, incluindo a metformina
QUALIDADE TÉCNICA / EFECTIVIDADE
Monitorizar a adequação da prescrição de antidiabéticos orais e a aplicação da presente Norma da DGS
Indicador que exprime a adequação da prescrição
10
Designação
Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES
Tipo de falha Período aplicável Ano
Objectivo
Descrição do Indicador
Frequência de
monitorização
Unidade de medida Percentagem
Fórmula A / B x 100
Output Percentagem de utentes
Prazo Entrega Reporting Valor de Referência
a definir ao fim de um ano de aplicação da
norma
Órgão fiscalizador Meta
a definir ao fim de um ano de aplicação da
norma
Critérios de inclusão
Observações
Factor crítico
Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida
A - Numerador SI USF/UCSP N.º de utilzadores
B - Denominador SI USF/UCSP N.º de utilzadores
No tratamento farmacológico da Diabetes Mellitus tipo 2, a metformina é o fármaco de eleição.
Nos adultos, a metformina pode ser utilizada primordialmente em monoterapia. Em casos específicos pode ser
associada a outros antidiabéticos orais e/ou a insulina.
Definição
Número de pessoas com diabetes vigiada
com prescrição de associação tripla de
antidiabéticos orais, incluindo a metformina
Número de pessoas com diabetes vigiada
com prescrição de antidiabéticos orais
Responsável pela
monitorização
ACES/ ARS
Dia 25 do mês n+1
ARS
Numerador:
- Denominador;
- Ter registo de prescrição de três antidiabéticos orais, no período em análise;
- Ter registo de prescrição de metformina.
Denominador:
- Ter registo de prescrição de antidiabéticos orais no período em análise;
- Ter diagnóstico sinalizado de diabetes como problema activo, no período em análise;
- Ter compromisso de vigilância no programa de Diabetes.
Mensal
Percentagem de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de associação tripla de antidiabéticos
orais, incluindo a metformina
QUALIDADE TÉCNICA / EFECTIVIDADE
Monitorizar a adequação da prescrição de antidiabéticos orais e a aplicação da presente Norma da DGS
Indicador que exprime a adequação da prescrição
11
Designação
Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES
Tipo de falha Período aplicável Ano
Objectivo
Descrição do Indicador
Frequência de
monitorização
Unidade de medida Percentagem
Fórmula A / B x 100
Output Percentagem de utentes
Prazo Entrega Reporting Valor de Referência
a definir ao fim de um ano de aplicação da
norma
Órgão fiscalizador Meta
a definir ao fim de um ano de aplicação da
norma
Critérios de inclusão
Observações
Factor crítico
Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida
A - Numerador SI USF/UCSP N.º de utilzadores
B - Denominador SI USF/UCSP N.º de utilzadores
Definição
Número de pessoas com diabetes vigiada
com prescrição de insulina e de metformina
Número de pessoas com diabetes vigiada
Responsável pela
monitorização
ACES/ ARS
Dia 25 do mês n+1
ARS
Numerador:
- Denominador;
- Ter registo de prescrição de insulina e de metformina no período em análise.
Denominador:
- Ter diagnóstico sinalizado de diabetes como problema activo, no período em análise;
- Ter compromisso de vigilância no programa de Diabetes.
Mensal
Percentagem de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de insulina e metformina
QUALIDADE TÉCNICA / EFECTIVIDADE
Monitorizar a adequação da prescrição de antidiabéticos orais e a aplicação da presente Norma da DGS
Indicador que exprime a adequação da prescrição
12
Designação
Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES
Tipo de falha Período aplicável Ano
Objectivo
Descrição do Indicador
Frequência de
monitorização
Unidade de medida €/ pessoa com diagnóstico de diabetes
Fórmula A / B
Output Custo Médio
Prazo Entrega Reporting Valor de Referência
a definir ao fim de um ano de aplicação da
norma
Órgão fiscalizador Meta
a definir ao fim de um ano de aplicação da
norma
Critérios de inclusão
Observações
Factor crítico
Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida
A - Numerador CCF €
B - Denominador SI ACES Número de pessoas com diabetes
Responsável pela
monitorização
ACES/ ARS
Dia 25 do mês n+1
ARS
Numerador:
- Custo com antidiabéticos orais (PVP), cuja facturação tenha sido efectuada no intervalo de tempo em análise.
Denominador:
- Número de utilizadores com diagnóstico de diabetes, no período em análise.
Definição
Custo com antidiabéticos orais (PVP)
Número de pessoas com diagnóstico de
diabetes, no período em análise.
Indicador que exprime o custo médio com antidiabéticos orais
Custo médio com antidiabéticos orais facturados por pessoa com diagnóstico de diabetes
EFICIÊNCIA
Monitorizar o custo com a prescrição de antidiabéticos orais e a aplicação da presente Norma da DGS
Trimestral
13
Designação
Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES/ Hospitais/ ULS
Tipo de falha Período aplicável Ano
Objectivo
Descrição do Indicador
Frequência de
monitorização
Unidade de medida Percentagem
Fórmula A / B x 100
Output Percentagem de genéricos em valor
Prazo Entrega Reporting Valor de Referência
a definir ao fim de um ano de aplicação da
norma
Órgão fiscalizador Meta
a definir ao fim de um ano de aplicação da
norma
Critérios de inclusão
Observações
Factor crítico
Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida
A - Numerador CCF €
B - Denominador CCF €
Definição
Custo para o SNS com antidiabéticos orais
genéricos
Custo para o SNS com antidiabéticos orais
Responsável pela
monitorização
ACES/ Hospitais/ ULS/ ARS
Dia 25 do mês n+1
ARS
Numerador:
- Custo para o SNS com antidiabéticos orais genéricos, cuja facturação tenha sido efectuada no intervalo de tempo em
análise.
Denominador:
- Custo para o SNS com antidiabéticos orais, cuja facturação tenha sido efectuada no intervalo de tempo em análise.
Percentagem de consumo de antidibéticos orais genéricos, em valor, no total de antidiabéticos
orais facturados
EFICIÊNCIA
Monitorizar a utilização de medicamentos genéricos.
Indicador que exprime a utilização de genéricos
Trimestral

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1 2011 terapeutica_de_diabetes_mellitus_tipo_2__metformina

  • 1. DIRECÇÃO-GERAL DA SAÚDE | Alameda D. Afonso Henriques, 45 - 1049-005 Lisboa | Tel: 218 430 500 | Fax: 218 430 530 | E-mail: geral@dgs.pt | www.dgs.pt NÚMERO: 001/2011 DATA: 07/01/2011 ASSUNTO: Terapêutica da Diabetes Mellitus tipo 2: metformina PALAVRA-CHAVE: Metformina PARA: Médicos do Serviço Nacional de Saúde CONTACTOS: Departamento da Qualidade na Saúde (dqs@dgs.pt) - Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes (diabetes@dgs.pt) Nos termos da alínea c) do n.º 2 do artigo 2.º do Decreto Regulamentar n.º 66/2007, de 29 de Maio, na redacção dada pelo Decreto Regulamentar n.º 21/2008, de 2 de Dezembro, emite-se a Norma seguinte: 1. No tratamento farmacológico da diabetes tipo 2, a metformina é o fármaco de eleição, em especial nas pessoas com obesidade ou com sobrecarga ponderal. 2. Nas pessoas com diabetes tipo 2 mas sem excesso de peso, a metformina também é considerada uma opção no seu tratamento. 3. A prescrição da dose de metformina é gradual e progressiva, de modo a minimizar os efeitos adversos, principalmente gastrointestinais. 4. A dose de metformina deve ser individualizada, com base na eficácia e na tolerabilidade demonstradas e ajustada de acordo com os valores da glicemia. 5. A metformina deve ser descontinuada: a) na mulher ou no homem, com uma taxa de filtração glomerular < 60 ml/minuto/1.73m2 ; b) nas situações clínicas capazes de alterarem a função renal; c) nas situações clínicas favorecedoras de hipoxia tecidual, como a insuficiência cardíaca e a insuficiência respiratória; d) em caso de intolerância. 6. Nos adultos, a metformina deve ser utilizada inicialmente em monoterapia. 7. Nos adultos, quando não se atingirem os objectivos terapêuticos individualizados, a metformina pode ser usada em associação com outros antidiabéticos orais e/ou com insulina. 8. Toda a prescrição é devidamente registada no processo clínico, devendo ser fundamentada no processo clínico qualquer alteração à presente Norma. CRITÉRIOS a) O tratamento da diabetes tipo 2 deve ter como objectivo principal o controlo da hiperglicemia, atingindo um valor de hemoglobina glicosilada (HbA1C) < 6,5 %. b) O nível de HbA1C sugerido para o controlo da maioria das pessoas com diabetes deve ser ajustado individualmente. c) A determinação do objectivo individual deve ser estabelecida tendo em conta, entre outros factores, a esperança de vida, os anos de diabetes, o risco de hipoglicemia e a presença de doença cardiovascular e/ou de outras co- morbilidades. Francisco Henrique Moura George Digitally signed by Francisco Henrique Moura George DN: c=PT, o=Ministério da Saúde, ou=Direcção-Geral da Saúde, cn=Francisco Henrique Moura George Date: 2011.03.14 13:21:50 Z
  • 2. 2 d) Depois de implementadas e avaliadas todas as medidas de modificação de estilos de vida, a escolha de um fármaco ou grupo farmacológico antidiabético oral deve ter em conta: a sua efectividade terapêutica no controlo da glicemia, os eventuais efeitos extraglicémicos capazes de modularem a longo prazo a história natural da diabetes e as suas complicações, macro e microvasculares, o seu perfil de segurança, a tolerabilidade, a facilidade de administração e os custos do tratamento. e) A eficácia terapêutica de cada antidiabético oral depende, entre outros factores: i. das características intrínsecas individuais; ii. das características farmacodinâmicas e farmacocinéticas; iii. da duração da diabetes; iv. do valor basal inicial da glicemia; v. das terapêuticas anteriores. f) A dose inicial de metformina é de 500 a 1000 mg, 1 a 2 vezes ao dia. A dose máxima habitual é de 2 g/dia, dividida em 2 a 3 tomas diárias, podendo ser, em alguns casos, aumentada até os 3 g/dia. g) Deve considerar-se a opção por um secretagogo da insulina ou de outro sensibilizador de insulina, nas pessoas com diabetes tipo 2 com intolerância ou contra-indicação explícita para o uso de metformina. h) Deve considerar-se a associação com outros antidiabéticos orais e/ou insulina quando não se atingirem os objectivos terapêuticos individualizados. i) A associação de metformina a uma sulfonilureia pode ser ponderada se o controlo da glicemia continuar inadequado ou se o controlo metabólico se deteriorar. j) Em caso de se manter hiperglicemia pós-prandial, a prescrição de acarbose ou de nateglinida pode ser adequada. k) Deve considerar-se o uso de pioglitazona, como insulinosensibilizador, em caso de intolerância à metformina ou em associação, se existir insulinoresistência marcada. l) Considerar a associação de um inibidor da dipeptidil peptidase 4 (DPP-4) à metformina em casos de, como exemplos: i. risco significativo de hipoglicemia; ii. risco de ganho ponderal; iii. contra-indicação a sulfonilureia. m) Considerar o uso preferencial de um inibidor da DPP-4 (saxagliptina, sitagliptina ou vildagliptina) em vez da pioglitazona, como terapêutica de 2ª linha da diabetes tipo 2, nas seguintes situações: i. aumento marcado de peso ; ii. insuficiência cardíaca; iii. não resposta terapêutica à glitazona; iv. intolerância à glitazona; v. contra-indicação ao uso de glitazona. n) A associação tripla de antidiabéticos orais é de considerar se o controlo da glicemia persiste inadequado, devendo, no entanto, ser equacionado o início de insulinoterapia.
  • 3. 3 AVALIAÇÃO a) A avaliação da implementação da presente Norma é contínua, executada a nível local, regional e nacional. b) A parametrização dos sistemas de informação para a monitorização e avaliação da implementação e impacte da presente Norma é da responsabilidade das administrações regionais de saúde. c) A efectividade da implementação da presente Norma nos cuidados de saúde primários e a emissão de directivas e instruções para o seu cumprimento é da responsabilidade dos conselhos clínicos dos agrupamentos de centros de saúde. d) A Direcção-Geral da Saúde, através do Departamento da Qualidade na Saúde e do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes, elabora e divulga relatórios de progresso de monitorização. e) A implementação da presente Norma é monitorizada e avaliada através dos seguintes indicadores: i. % pessoas com diabetes em terapêutica com antidiabéticos orais ii. % pessoas com diabetes vigiada com prescrição exclusiva de metformina iii. % pessoas com diabetes vigiada com prescrição de antidiabéticos orais sem utilização de metformina iv. % pessoas com diabetes vigiada com prescrição de associação dupla de antidiabéticos orais, incluindo a metformina v. % pessoas com diabetes vigiada com prescrição de associação tripla de antidiabéticos orais, incluindo a metformina vi. % pessoas com diabetes vigiada com prescrição de insulina e metformina vii. Custo médio com antidiabéticos orais facturados por pessoa com diagnóstico de diabetes viii. % consumo de antidiabéticos orais genéricos, em valor, no total de antidiabéticos orais facturados f) Os indicadores de avaliação da implementação da presente Norma, possuem bilhetes de identidade a ela anexos e que dela fazem parte integrante. FUNDAMENTAÇÃO As medidas de modificação de estilos de vida, de controlo ponderal e de actividade física são estruturantes e centrais na prevenção e tratamento da diabetes tipo 2. No entanto, reconhece-se que, de forma iterada e uniforme, mais cedo ou mais tarde, a maioria das pessoas com diabetes necessita de intervenção farmacológica. As mudanças de estilo de vida, o diagnóstico precoce e o início programado da terapêutica farmacológica, numa fase precoce das alterações metabólicas da diabetes, parecem ser a forma mais eficaz de minorar o desenvolvimento, a médio e longo prazo, das complicações da doença. A intervenção terapêutica na diabetes tem como objectivos a ausência de sintomas de descompensação aguda, a diminuição de complicações tardias micro e macrovasculares e a melhoria ou manutenção da qualidade de vida.
  • 4. 4 Esta intervenção compreende, pelo menos, a terapêutica anti-hiperglicemica, anti- hipertensiva e anti-dislipidemica1 para diminuição significativa das complicações vasculares e das taxas de mortalidade de qualquer causa e, também, por causas cardiovasculares nas pessoas com diabetes tipo 2 e consideradas de risco para doença macrovascular. Como noutras situações de doença, os objectivos terapêuticos têm que ser individualizados e adaptados às características individuais da pessoa com diabetes, incluindo idade, tempo de evolução de doença, existência de complicações tardias associadas a diabetes, percepção e tratamento de hipoglicemias e existência de outras comorbilidades. Um bom exemplo é a definição de diferentes valores-alvo de HbA1c que a American Diabetes Association (ADA) recomenda para as idades pediátricas2 . A ADA recomenda, por outro lado, como objectivo para a HbA1c para populações adultas com diabetes, sem distinguir entre o tipo1 ou tipo2, o valor < 7%3 com evidência clínica significativa de redução de doença macrovascular. Este mesmo consenso refere, no entanto, que valores de HbA1c mais perto do não diabético traduzirão um benefício adicional na diminuição de complicações microvasculares. Aponta, pois, que para pessoas com diabetes com maior esperança de vida, menos anos de evolução, sem doença cardiovascular e sem hipoglicemias significativas ou outros efeitos adversos associados ao tratamento, poderão ser tentados valores de HbA1c inferiores a 7%. Na mesma linha, aponta que para pessoas com esperança de vida mais curta, com comorbilidades ou complicações micro e macrovasculares avançadas, deverão ser tidos em consideração valores alvo de HbA1c mais elevados. As recomendações da Sociedade Portuguesa de Diabetologia4 apontam um valor alvo de HbA1c < 6.5%, em consonância com as recomendações da International Diabetes Federation e da European Association for the Study of Diabetes / European Society of Cardiology. Baseados numa meta-análise publicada em 20095 , que contabiliza eventos coronários, a Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos e o Colégio Americano de Cardiologia mantiveram a sua recomendação geral de objectivo de HbA1c = 6.5%6 . Por outro lado, o National Institute for Health and Clinical Excellence não alterou o objectivo de HbA1c = 6.5%7 . 1 Cf. Estudo Steno-2 (N Engl J Med 2008;358:580-91) 2 Cf. Diabetes Care, Volume 34, Supplement 1, January 2011 3 Ibidem 4 Cf. Revista Portuguesa de Diabetes. 2007; 2 (4) Suppl: 5-18 5 Cf. Lancet 373:1765-1772; 2009 6 Cf. Endocrine Practice 15:540-559; 2009 7 Cf. CG66NICEGuideline
  • 5. 5 Em conclusão: a) a utilização de HbA1c = 7%, como valor alvo, levará a médias populacionais de HbA1c significativamente mais altas, com consequente maior prevalência de complicações; b) a HbA1c < 6,5 é um alvo terapêutico para a maioria dos diabéticos, devendo, contudo, haver uma individualização dos objectivos para os doentes idosos, com deficiência na percepção das hipoglicemias e nos com doença cardiovascular prévia. APOIO CIENTÍFICO José Manuel Boavida (Coordenador), Davide de Carvalho, João Filipe Raposo, Pedro Marques da Silva, Rui Duarte BIBLIOGRAFIA  ACCORD Study Group, New England Journal of Medicine 2008, 358:2545-2559  ADVANCE Collaborative Group, New England Journal of Medicine 2008, 358:2560-2572  VADT Study Results ADA Scientific Session San Francisco, 2008 In Press, Diabetes Obesity and Metabolism, 2008  American Diabetes Association, Clinical Pratice Recomendations. Diabetes Care, 2010  Current Antihyperglycemic Treatment Guidelines and Algorithms for Patients with Type 2 Diabetes Mellitus Lawrence Blonde, MD, FACP, FACE. The American Journal of Medicine (2010) 123, S12–S18  Diabetes Care, Volume 34, Supplement 1, January 2011  Endocrine Practice 15:540-559; 2009  Gami AS, Witt BJ, Howard DE et al. Metabolic Syndrome and Risk of Incident Cardiovascular Events and Death A Systematic Review and Meta-Analysis of Longitudinal Studies. J Am Coll Cardiol 2007; 49:403–14  Gerstein HG. More insights on the dysglycaemia–cardiovascular connection. Lancet 2010; 375: 2215– 22  International Diabetes Federation (IDF) Guidelines, 2007  Ray KK, Seshasai SRK, Wijusuriya S, et al. Effect of intensive control of glucose on cardiovascular outcomes and death in patients with diabetes mellitus: a meta-analysis of randomised controlled trials. The Lancet 373:1765-1772; 2009  National Collaborating Centre for Chronic Conditions. Type 2 diabetes: national clinical guideline for management in primary and secondary care (update). London: Royal College of Physicians, 2008  Nice, Management of type 2 diabetes (CG 66, May 2008)  Nice, Management of type 2 diabetes (CG 87, May 2009)  Oluf Pedersen et al. Estudo Steno-2. New England Journal of Medicine 2008;358:580-91  Recomendações da Sociedade Portuguesa de Diabetologia. Revista Portuguesa de Diabetes, 2007;2 (4) supl:5-18  Roth M. Glycated hemoglobin not glycosslated or glycosilated. Clin Chem 1983; 29: 1991.  The Emerging Risk Factors Collaboration. Diabetes mellitus, fasting blood glucose concentration, and risk of vascular disease: a collaborative meta-analysis of 102 prospective studies. Lancet 2010; 375: 2215–22 Francisco George Director-Geral da Saúde
  • 6. 6 BILHETES DE IDENTIDADE DOS INDICADORES Designação Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES Tipo de falha Período aplicável Ano Objectivo Descrição do Indicador Frequência de monitorização Unidade de medida Percentagem Fórmula A / B x 100 Output Percentagem de utentes Prazo Entrega Reporting Valor de Referência 100% Órgão fiscalizador Meta 100% Critérios de inclusão Observações Factor crítico Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida A - Numerador SI USF/UCSP Nº de Utilizadores B - Denominador SI USF/UCSP Nº de Utilizadores Responsável pela monitorização ACES/ ARS Dia 25 do mês n+1 ARS Numerador: - Denominador; - Ter registo de prescrição de antidiabéticos orais, no período em análise. Denominador: - Ter diagnóstico sinalizado de diabetes como problema activo, no período em análise; - Ter inscrição no ACES no período em análise. Definição Número de utilizadores com prescrição de antidiabéticos orais Número de utilizadores com diagnóstico de diabetes Indicador que exprime a adequação da prescrição Percentagem de pessoas com diabetes em terapêutica com antidiabéticos orais QUALIDADE TÉCNICA / EFECTIVIDADE Monitorizar a adequação da prescrição de antidiabéticos orais e a aplicação da presente Norma da DGS Mensal
  • 7. 7 Designação Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES Tipo de falha Período aplicável Ano Objectivo Descrição do Indicador Frequência de monitorização Unidade de medida Percentagem Fórmula A / B x 100 Output Percentagem de utentes Prazo Entrega Reporting Valor de Referência a definir ao fim de um ano de aplicação da norma Órgão fiscalizador Meta a definir ao fim de um ano de aplicação da norma Critérios de inclusão Observações Factor crítico Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida A - Numerador SI USF/UCSP N.º de utilzadores B - Denominador SI USF/UCSP N.º de utilzadores Responsável pela monitorização ACES/ ARS Dia 25 do mês n+1 ARS Numerador: - Denominador; - Ter de registo de prescrição de metformina, no período em análise; - Não ter de registo de prescrição de outros antidiabéticos orais, no período em análise. Denominador: - Ter de registo de prescrição de antidiabéticos orais no período em análise; - Ter diagnóstico sinalizado de diabetes como problema activo, no período em análise; - Ter compromisso de vigilância no programa de Diabetes. Número de pessoas com diabetes com prescrição exclusiva de metformina Número de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de antidiabéticos orais Definição Indicador que exprime a adequação da prescrição Percentagem de pessoas com diabetes vigiada com prescrição exclusiva de metformina QUALIDADE TÉCNICA / EFECTIVIDADE Monitorizar a adequação da prescrição de antidiabéticos orais e a aplicação da presente Norma da DGS No tratamento farmacológico da Diabetes Mellitus tipo 2, a metformina é o fármaco de eleição. Mensal
  • 8. 8 Designação Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES Tipo de falha Período aplicável Ano Objectivo Descrição do Indicador Frequência de monitorização Unidade de medida Percentagem Fórmula A / B x 100 Output Percentagem de utentes Prazo Entrega Reporting Valor de Referência a definir ao fim de um ano de aplicação da norma Órgão fiscalizador Meta a definir ao fim de um ano de aplicação da norma Critérios de inclusão Observações Factor crítico Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida A - Numerador SI USF/UCSP N.º de utilzadores B - Denominador SI USF/UCSP N.º de utilzadores No tratamento farmacológico da Diabetes Mellitus tipo 2, a metformina é o fármaco de eleição. Definição Número de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de antidiabéticos orais que não a metformina Número de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de antidiabéticos orais Responsável pela monitorização ACES/ ARS Dia 25 do mês n+1 ARS Numerador: - Denominador; - Ter registo de prescrição de antidiabéticos orais que não a metformina, no período em análise . Denominador: - Ter registo de prescrição de antidiabéticos orais no período em análise; - Ter diagnóstico sinalizado de diabetes como problema activo, no período em análise; - Ter compromisso de vigilância no programa de Diabetes. Mensal Percentagem de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de antidiabéticos orais sem utilização de metformina QUALIDADE TÉCNICA / EFECTIVIDADE Monitorizar a adequação da prescrição de antidiabéticos orais e a aplicação da presente Norma da DGS Indicador que exprime a adequação da prescrição
  • 9. 9 Designação Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES Tipo de falha Período aplicável Ano Objectivo Descrição do Indicador Frequência de monitorização Unidade de medida Percentagem Fórmula A / B x 100 Output Percentagem de utentes Prazo Entrega Reporting Valor de Referência a definir ao fim de um ano de aplicação da norma Órgão fiscalizador Meta a definir ao fim de um ano de aplicação da norma Critérios de inclusão Observações Factor crítico Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida A - Numerador SI USF/UCSP N.º de utilzadores B - Denominador SI USF/UCSP N.º de utilzadores No tratamento farmacológico da Diabetes Mellitus tipo 2, a metformina é o fármaco de eleição. Nos adultos, a metformina pode ser utilizada primordialmente em monoterapia. Em casos específicos pode ser associada a outros antidiabéticos orais e/ou a insulina. Definição Número de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de associação dupla de antidiabéticos orais, incluindo metformina Número de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de antidiabéticos orais Responsável pela monitorização ACES/ ARS Dia 25 do mês n+1 ARS Numerador: - Denominador; - Ter registo de prescrição de dois antidiabéticos orais, no período em análise; - Ter registo de prescrição de metformina. Denominador: - Ter registo de prescrição de antidiabéticos orais no período em análise; - Ter diagnóstico sinalizado de diabetes como problema activo, no período em análise; - Ter compromisso de vigilância no programa de Diabetes. Mensal Percentagem de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de associação dupla de antidiabéticos orais, incluindo a metformina QUALIDADE TÉCNICA / EFECTIVIDADE Monitorizar a adequação da prescrição de antidiabéticos orais e a aplicação da presente Norma da DGS Indicador que exprime a adequação da prescrição
  • 10. 10 Designação Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES Tipo de falha Período aplicável Ano Objectivo Descrição do Indicador Frequência de monitorização Unidade de medida Percentagem Fórmula A / B x 100 Output Percentagem de utentes Prazo Entrega Reporting Valor de Referência a definir ao fim de um ano de aplicação da norma Órgão fiscalizador Meta a definir ao fim de um ano de aplicação da norma Critérios de inclusão Observações Factor crítico Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida A - Numerador SI USF/UCSP N.º de utilzadores B - Denominador SI USF/UCSP N.º de utilzadores No tratamento farmacológico da Diabetes Mellitus tipo 2, a metformina é o fármaco de eleição. Nos adultos, a metformina pode ser utilizada primordialmente em monoterapia. Em casos específicos pode ser associada a outros antidiabéticos orais e/ou a insulina. Definição Número de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de associação tripla de antidiabéticos orais, incluindo a metformina Número de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de antidiabéticos orais Responsável pela monitorização ACES/ ARS Dia 25 do mês n+1 ARS Numerador: - Denominador; - Ter registo de prescrição de três antidiabéticos orais, no período em análise; - Ter registo de prescrição de metformina. Denominador: - Ter registo de prescrição de antidiabéticos orais no período em análise; - Ter diagnóstico sinalizado de diabetes como problema activo, no período em análise; - Ter compromisso de vigilância no programa de Diabetes. Mensal Percentagem de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de associação tripla de antidiabéticos orais, incluindo a metformina QUALIDADE TÉCNICA / EFECTIVIDADE Monitorizar a adequação da prescrição de antidiabéticos orais e a aplicação da presente Norma da DGS Indicador que exprime a adequação da prescrição
  • 11. 11 Designação Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES Tipo de falha Período aplicável Ano Objectivo Descrição do Indicador Frequência de monitorização Unidade de medida Percentagem Fórmula A / B x 100 Output Percentagem de utentes Prazo Entrega Reporting Valor de Referência a definir ao fim de um ano de aplicação da norma Órgão fiscalizador Meta a definir ao fim de um ano de aplicação da norma Critérios de inclusão Observações Factor crítico Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida A - Numerador SI USF/UCSP N.º de utilzadores B - Denominador SI USF/UCSP N.º de utilzadores Definição Número de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de insulina e de metformina Número de pessoas com diabetes vigiada Responsável pela monitorização ACES/ ARS Dia 25 do mês n+1 ARS Numerador: - Denominador; - Ter registo de prescrição de insulina e de metformina no período em análise. Denominador: - Ter diagnóstico sinalizado de diabetes como problema activo, no período em análise; - Ter compromisso de vigilância no programa de Diabetes. Mensal Percentagem de pessoas com diabetes vigiada com prescrição de insulina e metformina QUALIDADE TÉCNICA / EFECTIVIDADE Monitorizar a adequação da prescrição de antidiabéticos orais e a aplicação da presente Norma da DGS Indicador que exprime a adequação da prescrição
  • 12. 12 Designação Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES Tipo de falha Período aplicável Ano Objectivo Descrição do Indicador Frequência de monitorização Unidade de medida €/ pessoa com diagnóstico de diabetes Fórmula A / B Output Custo Médio Prazo Entrega Reporting Valor de Referência a definir ao fim de um ano de aplicação da norma Órgão fiscalizador Meta a definir ao fim de um ano de aplicação da norma Critérios de inclusão Observações Factor crítico Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida A - Numerador CCF € B - Denominador SI ACES Número de pessoas com diabetes Responsável pela monitorização ACES/ ARS Dia 25 do mês n+1 ARS Numerador: - Custo com antidiabéticos orais (PVP), cuja facturação tenha sido efectuada no intervalo de tempo em análise. Denominador: - Número de utilizadores com diagnóstico de diabetes, no período em análise. Definição Custo com antidiabéticos orais (PVP) Número de pessoas com diagnóstico de diabetes, no período em análise. Indicador que exprime o custo médio com antidiabéticos orais Custo médio com antidiabéticos orais facturados por pessoa com diagnóstico de diabetes EFICIÊNCIA Monitorizar o custo com a prescrição de antidiabéticos orais e a aplicação da presente Norma da DGS Trimestral
  • 13. 13 Designação Tipo de Indicador Entidade Gestora ACES/ Hospitais/ ULS Tipo de falha Período aplicável Ano Objectivo Descrição do Indicador Frequência de monitorização Unidade de medida Percentagem Fórmula A / B x 100 Output Percentagem de genéricos em valor Prazo Entrega Reporting Valor de Referência a definir ao fim de um ano de aplicação da norma Órgão fiscalizador Meta a definir ao fim de um ano de aplicação da norma Critérios de inclusão Observações Factor crítico Variáveis Fonte Informação/ SI Unidade de medida A - Numerador CCF € B - Denominador CCF € Definição Custo para o SNS com antidiabéticos orais genéricos Custo para o SNS com antidiabéticos orais Responsável pela monitorização ACES/ Hospitais/ ULS/ ARS Dia 25 do mês n+1 ARS Numerador: - Custo para o SNS com antidiabéticos orais genéricos, cuja facturação tenha sido efectuada no intervalo de tempo em análise. Denominador: - Custo para o SNS com antidiabéticos orais, cuja facturação tenha sido efectuada no intervalo de tempo em análise. Percentagem de consumo de antidibéticos orais genéricos, em valor, no total de antidiabéticos orais facturados EFICIÊNCIA Monitorizar a utilização de medicamentos genéricos. Indicador que exprime a utilização de genéricos Trimestral