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-
' L '
TORNEIRO MECÂNICO
( 1 FASE)
MINISTÉRIO DA EDUCAÇAO E CULTURA-DIRETORIA D O ENSINO INDUSTRIAL
h
Coordenação de:
AGNELO CORRFA VIANNA
HELI MENEGALE
JOAO B. SALLES DA SILVA
LUIZ GONZAGA FERREIRA
Elaboração de:
HELIO NAVES -MEC -Goiânia
HERCULANO LEONARDO SOBRINt
LEOLINO DE SOUZA MATTA -SE
NICOLINO TIANI - SENAI - São
SÉRGIO RIBEIRO - SENAI - São
DEUSDEDIT CÂMARA - SENAI -
SILVIO DE TOLEDO SALLES - SEh
i0 -
iNAI -
Paula
Paulo
Mina!
IA1 -
5 G
Mii
SíMBOLOS DAS FERRAMENTAS
Algarismos de aco
Alargadores cõnicos
Alicate universal
Arco de serra
Broca de centrar
Contra molde
Cossinete - Tarraxa -
Desandador
&
Compasso de ferreiro (i!
Compasso de centrar
R
Compasso de pontas /4
Contra - estampo cEE
-Escala de ferreiro
SíMBOLOS DAS FERRAMENTAS
Ferro de soldar
Graminho
Estampo para rebites
CI
Limas rnurças * b @e a d ;
Limas bastardas s i 4 @
f i o 4
Macete 0'3
Macho p-
Malho L+
Mandril para brocas
aMartelo
tT
Molde
Morsa de mão
w
Mandril - manivela
Punção de bico
Porca calibre
Verificador de rosca
Fresa escatel
TORNEIRO
I TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO
I FÔLHA DE
I MEC*NICO NA PLACA UNIVERSAL
OPERACÃO
O torneamento cilíndrico é uma das da é quando a peça está prêsa na placa uni-
operaçóes básicas da profissão de torneiro me- versal ou na de castanhas independentes.
cânico. Trata-se de uma operação muito exe- Para abrir uma rosca ou para ajustar
cutada em quase todos os trabalhos de tor- um eixo num mancal, numa polia, numa
nearia. engrenagem, etc., faz-se o torneamento cilín-
A maneira mais simples de ser efetua- drico.
FASES DE EXECUGÃO
I -- DESBASTAR
l.a Fase
Deixe para fora da placa um compri-
mento maior do que a parte a ser usinada
(fig. 1.)
2.a Fase
PRENDAA FERRAMENTA de desbastar,
verificando:
a) O alinhamento (fig 1). A ferramenta de-
verá ficar perpendicular à superfície a ser
torneada.
b) (3 balanço b, que deverá ser o menor pos-
sível.
c) A altura. A ponta da ferramenta deverá
ficar na altura do centro da peqa. Para
acertar essa altura, toma-se como referên=
cia a contraponta (fig. 2).
Fig. 1
Fig. 2
3.a Fase
ção, afaste o instrumento usado, ligue o tôr-
MARQUEO COMPRIMENTO a ser tornea- no e aproxime a ferramenta até que ela faça
do, usando o compasso (fig. 3), a escala (fig. um risco que vai servir de referência durante
4) ou o paquímetro (fig. 5). Para a marca- o torneamento.
Escala
Fig. 3 Fig. 4 Fig. 5
MEC - 1965 - 15.000
TORNEIR0 TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO FOLHA DE
- MECÂNICO NA PLACA UNIVERSAL OPERACÃO 1.2
I
I -. -
O~SERVASÃO: 6.a Fase
Consulte a tabela de velocidade de AVANCE1mm E TORNEIE,mais ou me-
corte e determine o numero de rotações por nos, 3 mm de comprimento, com avanço ma-
minuto (r.p.m.) antes de ligar o torno. nual, conforme figuras 8 e 9.
4.a Fase 7.a Fase IAPROXIMEA FERRAMENTA até tomar
contato com o material (fig. 6).
Fig. 6
1- 5.a Fase
DESLOQUEA FERRAMENTA para a di-
reita e tome referência no anel graduado
Ifig. 7), marcando o ponto zero.
_C
Fig. 7
I
Fis: 8 Fig. 9
DESLOQUEA FERRAMÉNTA, pare o torno
e tome a medida (fig. 10).
Determine quanto pode tirar ainda e
quantos passes deve dar.
Fig. I0
h, Comprimento do peço
Fig. I 1
Fase
- DÊ PASSES, em todo o comprimento
(fig. 11), até que o diâmetro fique na medida
30
I
MEC - 1965 - 15.000
desejada e pare o torno. No fim de cada c) Se tiver que dar acabamento, deixe 0,5 a
passe, afaste a ferramenta e volte com ela ao 1 mm a mais no diâmetro.
TORNEIR0
MECÂNICO
ponto de partida para iniciar novo corte.
OBSERVA$~ES: a) Atenção para o sentido de giro da inani-
vela, quando afastar a ferramenta.
a) Antes de parar a máquina, afaste a ferra- b) Não abandone o torno nem desvie a aten-
menta da peça e desengate o avanço auto- ção, enquanto êle estiver em movimento.
mático. c) Cuidado com cavacos quentes e cortantes.
L
TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO
NA PLACA UNIVERSAL
b) Para o torneamento automático, determi- d) Não use mangas compridas, pois são mui-
ne o avanço, consultando a tabela. to perigosas para trabalhar em torno.
I1 - DAR ACABAMENTO
FÔLHA DE
OPERACÃO
1.a. Fase
1.3
SIJBSTITUAA FERRAMENTA de desbastar
pela de alisar.
2.a Fase
LIMPEE LUBRIFIQUE as guias do barra-
mento usando escova, estôpa e almotolia
(fig. '12).
OBSERVA~ÃO:
Verifique se a ponta está bem arre-
dondada e a aresta cortante b,em aguçada.
Se necessário. retoque a mesma com pedra
Fig. 12
de afiar.
3.a Fase
REPITAA 4.a E 5.a FASES da parte I
e dê um passe na ,extremidade (fig. 13).
MEC - 1965 - 15.000 31
PAREO TORNO e verifique as medidas
(fig. 10 ou 14).
TORNEIR8
MECÂblICO
5.a Fase
CALCULEQUANTO DEVE TIRAR AINDA,
regule a ferramenta até atingir a medida,
ligue o torno e complete o torneamento, com
avanço automático.
I
TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO
NA PLACA UNIVERSAL
a) Mantenha-se ligeiramente afastado do tôr-
no e atencioso durante o passe.
b). Se usar fluido de corte, não deixe que se
interrompa o jato.
FOLHA DE
OPERAÇÃO
QUESTIONÁRIO
1.4
1) Para que se torneia cilíndrico?
OBSERVAÇÃO: c) Quando tornear latão, use óculos prote-
tores para os olhos ou uma rêde metálica
Determine a r. p. m. e o avanço. Con- ou plástica sobre a ferramenta.
sulte a tabela.
d) Proteja, limpe e lubrifique as guias do
torno constantemente, quando trabalhar
com ferro fundido.4.a Fase
Fig. 14
2) Como pode ser marcado o comprimento a ser torneado? I
3) Que se usa para medir um eixo desbastado: micrômetro, paquímetro ou compasso?
Por quê?
I4) Por. que não se deve usar roupa com mangas compridas, quando se está torneando?
5) Ao se prender o material na placa, quanto deve ser deixado para fora da mesma?
6) Que deve ser observado ao se prender a ferramenta?
7) No desbaste, quanto se deve deixar de. material a mais para dar acabamento?
8) Que precaução deve ser tomada em relação às guias do torno, quando se torneia ferro
fundido?
I
12 MEC - 1965 - 15.000
.--- - - - -- .-- . .- . ..
TORNEIR0 TORNO MECÂNICO HORIZONT.4L FOLHA DE
INFORMAÇÁO
MECÂNICO (NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS) TECNOLOGICA
1.1
O Tôrno mecânico horizontal é uma rotajão, por meio de uma ferramenta de corte
máquina que executa trabalhos de tornea- que se desloca continuamente, com sua aresta
mento destinados a remover material da cortante pressionada contra a superfície da
superfície de urna peça em movimento de =
peça.
Fig. I - Tôrno mecânico horizontal. Vista de fvente.
Fig. 2
Tdrno mecânico horirontal com transmissão
extel-na. Vista lateral.
Fig. 3
Tôrno mecânico horizon-
tal com transmissão inter-
na. Vista lateral.
NOMENCLATURA
As figs. 1 e 2 representam um rôrno torno, no qual o niotor e a transmissão se
mecânico harizontal do tipo clássico, com acham na caixa do pé, não havendo assim
motor elétrico e transmissão dispostos exter- polias ou .partes móveis salientes, que cons-
namente. tituem perigo para o operador.
A fig. 3 mostra a vista lateral de outro
I IMEC - 1965 - 15.000 33
T~RNEIRO TORNO MECÂNICO HORIZONTAL F6LHA DE
MECÂNICO
INFORMAÇÁO 1.2
(NOMENCLATURA E CARACTERISTICAS) TECNOLóGICA
J
Os tornos modernos tendem a se tor- pondente (fig. 4). Apresentam um aspecto
nar cada vez mais blindados, com a quase compacto de linhas simples e de arestas mais
totalidade do mecanismo alojada no interior acentuadas.
das estruturas do cabegote fixo e do pé corres-
~ ~ ~ ~ r n ~O- MnC~ctrnwnpabtM
I
Vista de frente Vista lateral
Fig. 4 - Tôrno mecânico horizontal
CARACTERíSTICAS DO T6RNQ HORIZONTAL
São consideradas características mais importantes as seguintes:
1) Distância máxima entrepontas (D, na fig. 4).
2) Altura das pontas em relação ao barramento (A, na fig. 4).
3) Altura da ponta em relação ao fundo da cava.
4) Altura da ponta em relação à mesa do carro.
5) Diâmetro do furo da árvore.
6) Passo do fuso roscado ou número de fios por 1" do mesmo
7) Número de avanços automáticos do carro.
8) Roscas de passos em milímetros (caixa Norton).
9) Roscas de passos em polegadas (caixa Norton).
10) Roscas módulo e diametral Pitch (caixa Norton).
11) Número de-velocidades da árvore.
12) Potência do motor em HP.
QUESTIONAR10
1) No aspecto externo, em que diferem os tornos modernos dos antigos? Qual a vanta-
gem principal, quanto ao novo aspecto externo?
2) Diga as características principais de um tôrno mecânico horizontal.
3) Em que consiste a operação de tornear?
-
34 MEC - 1965 - 15.000
ESCALA
I F6LHA .DE
INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
O mecânico usa a escala para tomar medidas lineares, quando não há exigência.
de grande rigor ou precisão.
A escala (fig. l), ou régua graduada, é um instrumento de aço que apresenta, em
geral, graduações do sistema métrico (decímetro, centímetro e milímetro) e graduações do
sistema inglês (,polegada e subdivisões).
Fig. I
As menores divisõ~s,que pe~mitemclara leitura nas gradua~õesda escala, são as
de milímetro e 1/32 da polegada. Mas estas últimas, quase sempre, sòmente existem em
parte da escala, que se apresenta em tamanhos diversos, sendo mais comuns as de 6"
(152,4 mm) e 12" (304,8 mm).
No caso das figs. 3 e 4, coincide-se o traço de 1cm com o extremo da dimensão
a medir. Da leitura, subtrai-se depois 1cm. No indicado pela fig. 3, deve-se ter o cui-
dado para não inclinar a escala. No indicado pela fig. 4, gira-se a escala nos sentidos
indicados pelas flechas, até encontrar a maior medida.
Quando se faz a medição em polegada, deve-se coincidir o traço de 1".
IMEC - 1965 - 15.000
USOS DA ESCALA
As figs. 2, 3 e 4 mostram alguns exemplos.
Mede-se, neste caso, a partir do encosto da
escala. Êste d e ~ eser bem ajustado na face do
ressalto da peça. Esta face deve estar bem
limpa.
Fig. 2 - Medição de compri-
mento com face de referêincia.
Fig. 3 - Medição dk comprimento
sem encôsto de reférência.
Fig. 4 -Medição de didnzet~o.
As figs. 5, 6 e 7 mostram três tipos de escalas para fins especiais.
Fig. 5 -Escala de emcôsto interno.
TORNEIRO
MECÂNICO
V
Fig. 6 - Esca2a de profundidade.
F6LHA DE
INFORMAÇÃO
TECNOL6GICA
ESCALA .
L.o* 1"lM"nJ
Fig. 7 - Escala de dois encostos (usada pelo ferreiro).
1-4
Fig. 8 -Medição de comprimento
com face interna de referência.
Fig. 9 - M'edição de pro-
fundidade de rasgo.
Fig. 10 - Medição de profun-
d i d a h de furo não vazado.
CARACTERISTICAS DA BOA ESCALA
1) Ser, de preferência, de aço inoxidável.
2) Ter graduação uniforme.
3) Apresentar traços bem finos, profundos e
salientados em prêto.
As graduações de i/2 milímetro e de 1/64
da polegada na escala são de leitura mais
difícil.
CONSERVAÇÃO DA ESCALA
1) Evite quedas e o contacto da escala com 4) Náo flexione a escala, para que não se
ferramentas comuns de trabalho. empene e não se quebre.
2) Não bata com a mesma. 5) Limpe, após o uso, para remover o suor e
3) Evite arranhaduras ou entalhes que preju- as sujeiras.
diquem a graduação. 6) Aplique ligeira camada de óleo fino na
escala, antes de guardá-la.
QUESTIONARIO
1) Quais são as graduações bem visíveis da escala do mecânico?
2) Quais são as características de uma boa escala?
3) Em que casos o mecânico usa escala?
4) Quais são os cuidados a tomar para a conservação de uma escala?
5) Quais são os comprimentos mais comuns da escala (mm e polegada)?
I
36
I
MEC - 1965 - 15.000
TORNEIRO
I PAQUf METRO
I FGLHA DE
I MECÃNICO
NOMENCLATURA-LEITiiRA-CARACTERf STICAS INFOR*<*CAo 11 5 1CONSERVAÇÃO TECNOLBGICA
I MECANICO PAQUfMETRO FÔLHA DE
TORNEIRO
NOMENCLATURA-LEITURA-CARACTERÍSTICAS INFORMACÃO
CONSERVAÇÃO TECNOLÓGICA
1.b
I
1) O contacto dos encostos com as superfícies bem correta. Qualquer inc1inaçã.o dêste,
da peça deve ser suave. Não se deve fazer altera a medida.
pressão exagerada no impulsor OU no para- 3) Antes da medição, limpe bem as superfí-
fuso de chamada. cies dos encostos e as faces de contacto da
2) Contacto cuidadoso dos encostos com a Peça.
peça, mantendo 0 paquímetro em posição 4) Meça a peça na temperatura nor'mal. O
calor dilata a mesma e altera a medida.
i0 COM PAÇ.UÍM1- -_3
Podem resultar: 2) De quem mede (êrro devido a pressão ou
contactos inadequados, leitura desatenta,
1) De construção defeituosa ou má conserva- descuido na verificação da coincidência de
$50 do paquíinetro (graduação não uni- traços, posição incorreta do paquímetro,
forme, traços grossos ou imprecisos, folgas deficiência de visão, visada incorreta do
do cursor, arranhaduras). vernier e da escala).
I UUIVI PAQU
1) Ser de aço inoxidável. 5) Encostos bem ajustados. Quando juntos,
2) Ter graduação uniforme. não deixam qualquer fresta.
3) Apresentar traços bem finos, profundos e
salientados em prêto. Qualquer empeno do paquimetro, por
4) Cursor bem ajustado, correndo suave- menor que seja, pode prejudicar 0 rigor da
mente ao longo da haste. medição.
1) Deve ser manejado com todo o cuidado, 5) Dê completa limpeza após o uso, lubrifi-
evitando-se quedas. que com óleo fino.
2) Evite quaisquer choques. O paquímetro 6) Não pressione o cursor, ao fazer uma me-
não deve ficar em contacto com as ferra- dição.
mentas usuais de trabalho mecânico. 7) De vez em vez, afira o paquímetro, isto é,
3) Evite arranhaduras ou entalhes, que pre- compare sua medida com outra medida
judicam a graduação. padrão rigorosa ou precisa.
4) O paquímetro deve ser guardado em estojo
próprio.
1) Cite os erros de-medição que podem resultar sòmente do paquímetro.
2).Para que serve o impulsor do paquímetro?
3) Indique as condições para que uma medida seja bem tomada.
4) Cite os erros que podem resultar sòmente da pessoa que mede.
5) Quais são as características de um bom paquímetro?
6) Quais são os cuidados na conservação de um paquímetro?
7) Que é a aferição de um paquímetro?
38 MEC - 1965 - 15
TORNEIRO
I I ..LHA DE
1 ,.7 1I MECiNICO
RECOMENDAÇõES SOBRE O USO DO TORNO INFORMAÇÁO
TECNOL6GICA
Tratando-se de máquina de grande pre-
cisão, de mecanismo complexo, de constante
emprêgo na oficina e de custo elevado, todos
os cuidados devem ser adotados pelo opera-
dor a fim de manter o torno sempre em or-
dem e bem conservado, assim como para usá-
10, convenientemente, conforme as técnicas de
trabalho mais adequadas e as indispensáveis
normas de segurança.
Algumas regras gerais, consagradas pela
prática, são dadas em seguida, para orienta-
ção dos principiantes.
1) Aprenda bem as funções dos seus diver-
I sos órgãos.
2) Mantenha-o convenientemente lubrifica-
do.
3) Conserve-olimpo e em ordem. A máqui-
na suja não é adequada a um trabalho.
4) Compreenda e planifique completamente
a tarefa, antes de iniciá-la.
5) Observe se o torno está bem equipado e,
em seguida, trabalhe com prudência, e
de modo ordenado.
6) Conserve afiadas as ferramentas de cor-
te. As ferramentas embotadas ou "cegas"
atrasam a produção; dão mau acabamen-
to e impõem ao tôrno um injustificado
ou desnecessário esforço.
7) Execute um corte que possa ser bem su-
portado pela máquina, pela peça e pela
ferramenta de corte. Várias sucessões de
cortes leves desperdiçam tempo, obrigan-
do o operador a trabalho desnecessário.
8) Tome interêsse pelo seu trabalho. Utilize
i
a máquina como se estivesse trabalhando
para si próprio,
9) Afie, na pedra com óleo, os gumes das
ferramentas de corte, depois que tenham
sido esmerilhados, o que aumenta a du-
ração dos mesmos.
10) Aprenda a ter responsabilidade. Isso é um
requisito indispensávelpara que uma pes-
soa possa trabalhar.
11) Concentre-se em seu trabalho. Uma falha
de atenção pode causar sério acidente.
12) Nunca deixe a chave de apêrto encaixada
na placa de castanhas.
13) Não tome desordenadamente as medidas
da peça. Os detalhes dos desenhos ou dos
esboços são dimensionados visando a fins
determinados. Execute-os dentro dos li-
mites especificados.
14) Não desperdice tempo trabalhando com
precisão ou cuidado maiores do que os
exigidos pelo desenho ou pelo esboço.
15) Não procure justificar-se quando inutili-
zar uma peça. Assuma a responsabilidade,
e procure executar peça melhor da próxi-
ma vez.
16) Não manobre qualquer alavanca nem gire
qualquer manípulo do torno, senão de-
pois que,conheça os resultados da mano-
bra.
17) Não deixe que os cavacos ou aparas se acu-
mulem em tôrno da ferramenta de corte.
Quebre-os com um gancho. Melhor ain-
da é, em certos casos, esmerilhar a ferra-
menta, dando-lhe um "quebra-cavaco"
(rebaixo de forma adequada).
18) Não trabalhe no torno com camisa de
mangas compridas. Mantenha-as enrola-
das acima do cotovelo.
19) Não use paletó ou avental folgados, quan-
do trabalhar no torno.
20) Não use também gravatas longas ou anéis.
21) Não trabalhe no torno e converse ao mes-
mo tempo. Se você precisa falar, pare a
máquina.
22) Não deixe de usar óculos de proteção,
quando tornear peças cujos cavacos sal-
tem. ,
23) Não tente verificar um furo, sem antes
proteger-se da ferramenta, a fim de evi-
tar ferimentos no braço ou na mão.
24) Ao limar uma peça no torno, não o faça
arqueando o braço esquerdo sobre a pla-
ca.
25) Nunca coloque a mão ou os dedos em uma
pesa ou ferramenta que esteja girando.
L
MEC - 1965 - 15.000
26) Não saia deixando o torno em movimen- Não deixe também peças ou ferramentas
to. Se for obrigado a afastar-se da máqui- sobre o barramento do torno.
na, desligue-a antes. 28) Não torneie com o carro transversal e a
27) Não deixe cair ou chocar-se a placa de cas- espera muito salientes em relação à cor-
tanhas, a placa lisa ou a placa de arrasto rediça da sua base.
contra as guias do barramento do torno.
TORNEIRO F6LHA DE
MECÂNICO
RECOMENDAÇÕES SOBRE O USO DO TORNO INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
Um hábito que se deve adotar, ao apren-
der o manejo do torno, é o de certificar-se de
que o carro se move livremente ao longo das
guias do barramento, antes de pôr a máquina
1.8
TES PRECl
TRABAL
, INICIAR O
1) a porca do carro não está engrenada no
fuso;
2) as alavancas de avanço não estão ligadas;
em rotação.
A primeira medida que o mecânico ex-
perimentado deve tomar, quando vai traba-
lhar em um tôrno, é mover o carro ao longo
das guias, manualmente, para assegurar-se de .
que:
3) a trava do carro não está,apertada;
4) as guias do barramento estão lubrificadas;
5) a peça passará livre pelo carro, quando em
rotação.
NOTA: AS recomendações e precauções, enunciadas acima foram traduzidas dos livros:
- "Machine Shop Theory and Prac- - "Machine Too1 Operation", de Hen-
tice", de Albert M. Wagener e Har- ry D. Burghardt e Aaron Axebrod
lon R Arthur - Edit. D. Van Nos- - Edit. Mc. Graw Hill Book Co.
trand Co. Inc. Inc.
TORNEIR0 UTILIDADE DO TORNO MECÂNICO E FOLHA DE
' INFORMAÇÁO
OPERAÇõES QUE REALIZA TECNOLÓGICA
1.9
MECÂNICO
0 torno mecânico é máquina-ferramen- 5) 'J ornas de platô, em geral de eixo hori-
ta de muita utilidade nas oficinas mecânicas, zontal. Servem para tornear peças curtas,
não sòmente porque se presta à execução de mas de grandes diâmetros, como aros de
grande variedade de trabalhos, mas também rodas de locomotivas e vagões.
porque a sua ferramenta de corte é relativa-
mente simples e, na maioria dos casos, pode 6) Tornos automáticos e semi-automáticos,
ser preparada na própria oficina. que possuem mudança automática de ali-
Determinadas operações, que normal-
mente se fazem em outras máquinas, tais
I
como a furadeira, a fresadora e a retifitadora,
também se podem executar no tôrno, com
adaptações relativamente simples.
O tôrno é uma verdadeira máquina
universal, porque pode substituir, até certo
ponto, outras máquinas-ferramentas.
mentação e emprêgo automático, em uma
ordem determinada, das ferramentas ne-
cessárias a cada operação. Nos tornos dêste
tipo, que servem para a grande produção
seriada, o material das peças a tornear
tem movimentos de rotação e avanço de
alimentação.
De um modo geral, são comuns a todos
os tipos de tornos, com as variações de dis-
I
positivos ou dimensões exigidas em cada caso,
Os tornos mecânicos podem ser classi-
os seguintes mecanismos e partes:
'
ficados nos seguintes tipos:
1) Partes que suportam ou alojam os dife-
1 ) Tornos horizontais, de árvore horizontal e
rentes mecanismos (barramento, pés, ca-
barramento horizontal.
beçotes, caixas).
2) Tornos verticais, com árvore vertical. 2) Mecanismos, que transmitem e transfor-
mam o movimento de rotação da árvore
3) Tornos-revólver, no qual várias ferramen- (polias, engrenagens, redutores).
tas, montadas em porta-ferramentas ade-
quado~atacam a Peça sucessivamente, em 3) Mecanismos que possibilitam o desloca-
operações diversas, pelo acionamento de mento da ferramenta ou da peça, em di-
certos comandos rápidos. São tornos para ferentes velocidades (engrenagens, caixa
trabalhos em série, de grande produção. de câmbio, inversor de marcha, fuso, va-
ra, etc.).
4) Tornos copiadores -São os que produzem
uin movimento combinado, obrigando a 4) Partes de fixação da ferramenta e da peça
ferramenta a cortar-um perfil na peça, a tornear.
que acompanha, por meio de uma guia,
um outro semelhante tomado como mo- 5) Comandos dos movimentos e das veloci-
dades.dêlo.
IMEC - 1965 - 15.000
I
-- -
TORNEIR0 UTILIDADE DE TORNO MECÂNICO E FBLHA DE
MECÂNICO
INFORMAÇAO 1.10
OPERAÇõES QUE REALIZA TECNOLóGICA
OPERAGõES QUE O TORNO REALIZA
A feramenta de corte, conforme a sua posição ou a sua forma, pode ataczr a peça
externa ou internamente.
1) Operações em que se dá deslocamento da ferramenta paralelamente ao eixo de rotação
da peça. Eis alguns exemplos, em operações externas (figs. 1 a 3).
Desbaste cilindrico Alisamento cili~zdrico Rôsca cilindrica
externo. externo. externa.
Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3
2) Operações em que se dá deslocamento da ferramenta perpendicularmente ao eixo de
rotação da peça. Exemplos em ooperações externas.(figs. 4 a 6).
Faceamento d esquerda.
Fig. 4
Faceamento à direita.
Fig. 5
Sangramento.
Fig. 6
Torneamento rô~lico. Tor?zeameirto de perfil.
Pig. 7 Fig. 8
3) Operações com deslocamento oblíquo em relação ao eixo de rotação da peça (fig. 7).
4) Operações com deslocamentos combinados, em direções diferentes (fig. 8).
I
Torneamento cilindrico
interno.
Fig. 9
Faceamento interno.
Fig. 10
Torneamento conico Torneamento
interno. de perfil
Fig. 11 int~rno.
Fig. 12
Qualquer dos quatro tipos gerais de operações citados pode ser também executado
internamente, em furos. Exemplos (figs. 9 a 12).
QUESTIONARIO
1) Por que o torno mecânico é uma das máquinas-ferramentas de
maior utilidade?
2) Cite os mecanismos e partes que, em geral, são comuns a todos os
tipos de tornos.
3) Indique e caracterize seis tipos de tornos mecânicos.
4) Cite os nomes de diversas operações externas e internas que o
torno realiza indicando os deslocamentos da peça e da ferramenta.
I I
42 MEC - 1965 - 15.000
I
TORNEIR0 FIX&ÃO DA FERRAMENTA DE CORTE FOLHA DE
MECÂNICO
INFORMACÃO 1.11
(NORMAS GERAIS) TECNOLÓGICA
1
A fixação da ferramenta de corte no importância, pois influem no rendimento e
porta-ferramenta do torno e sua posição cor- na qualidade do trabalho, assim como na du-
reta em relação à peça a tornear são de grande ração do corte da própria ferramenta.
POSIÇÃO DA FERRAMENTA EM RELAGÃO A PEGA
A ponta da ferramenta deve ficar à trabalho se torna defeituoso. Oferece, tam-
Altzlra do Eixo Geométrico (ou do centro) bém, o perigo da ferramenta "enterrar-se" no
da Peça (fig. 1). Então, os ângulos f (formado material, quebrando-se ou arrancando a peça.
na frente), c (ângulo da cunha ou do gume Admite-se que, em operação de corte
da ferramenta) e s (formado na parte supe- pesado (grandes cavacos), a ponta da ferra-
rior), nas ferramentas bem afiadas, terão .os menta fique ligeiramente acima do centro
valôres capazes de produzirem bom rendi- (cêrca de 1/40 do diâmetro da peqa, até um
mento para o corte.
Fig. 1
Para se obter a altura desejada, em máximo de 2 mm), para que na0 se dê flexão
cada fixação de ferramenta, é usual o em- da ferramenta e pressão exagerada sobre O
prêgo de um ou mais calços de aço, entre a carro do torno.
parte inferior da ferramenta e a base do Quanto ao ângulo do eixo longitudinal
porta-ferramenta (fig. 2). da ferramenta com o eixo longitudinal da
Se a ponta da ferramenta fica abaixo peça, o valor é variável, conforme o tipo de
do centro da peça, a aresta cortante tem maior trabalho. Por exemplo, reto (900) na opera~ão
penetração, a ferramenta fica forçada, o metal de desbastar (fig. 3) e pouco inferior a 90°
é arrancado, os cavacos têm saída difícil e o na operação de facear (fig. 4).
!
.
Fig. 4
MEC - 1965 - 15.000 43
Fig. 2
TORNEIRO
I FIXAÇÃO DA FERKAMENTA DE CORTE
I F6LHA DE
INFORMAÇAO 1 12
MECÂNICO (NORMAS GERAIS) TECNOL6GlCA I
TIPOS DE PORTA-FERRAMENTA
São usuais os indicados nas figs. 5, 6 e 7: o de poste (fig. 5), o de placa ajustável
(fig. 6) e a torre quadrada (fig. 7).
14Fig. 5
Fig. 6
-Fig. 7
Os dois primeiros se prestam à fixação último, mais reforçado, serve para trabalhos
da ferramenta de corte em trabalhos leves. O pesados, nos quais é grande o esfôrço de corte.
Para que a ferramenta conserve bem tato superior no porta-ferramenta (figs. 9
seu corte, produza trabalho de bom acaba- e 10). No exemplo da fig. 9, a placa de
mento e não trepide, deve ser rígida, isto é, apêrto deve estar bem nivelada, para que
não deve flexionar, por pouco que seja, em se dê completo contato entre sua face in-
virtude da pressão de corte. ferior e a face superior da ferramenta de
corte.
Fig. 8
Para que uina ferramenta de corte fi-
que rígida, são necessários:
1) ter seção proporcional ao esforço de corte.
Se êste fôr grande, usa-se ferramenta ro-
busta. Se fôr pequeno, não há inconve-
niente no uso de uma seção estreita;
2) ter o mínimo possível de saliência em re-
lação ao porta-ferramenta (figs.8 e 10),isto
é, o balanço b deve ser o menor possível;
3) ser enèrgicamente apertada, com as maio-
res superfícies possíveis de apoio e de con-
Fig. 9
Fig. 10
4 MEC - 1965 - 15.00
TORNEIRO FACEAK NO TORNO
FOLHA DE
MECÂbl.(ICO OPERACÃO
2.1
A operação de facear externo normal- de referência, a fim de se poder marcar um
mente é executada antes tle se fazer outra ope- comprimento (iig. 1) ou, ainda, para permi-
ração na peça. Serve para preparar uma face tir furação sem o desvio da broca.
FASES DE EXECUÇÃO
l.a Fase
PRENDAA PEÇA na placa (fig. 2).
OBSERVAÇÃO:
Deixe para fora da placa uni compri-
mento L, menor ou igual ao diâmetro 1) do
material.
2.a Fase
PRENDAA FEKKAMENTA de facear adc-
quada (fig. 3).
OBSERVAÇ~ES:
a) Deixe a aresta cortarite da ferramenta em
ângulo com a face da peça (fig. 5) e na
altura do centro (figs. 4 e 5).
I)) O balariço 6 deverá ser o menor possível.
Fig. 4
C) Quando, iiu taceamento de pecas não fu-
radas, a ferramenta é prêsa aciina ou
I abaixo do ceiitro (figs. 6 e 7j, ela deixa
um resto de corte H que provoca a rup-
Fig. 5
tura da ponta cortante. No caso de ser
ferra~nentade carbonêto, ela quebra-se
ainda com maior facilidade.
Fig. 6 Fig. 7 Fig. 8. Fig. 9
MEC - 1965 - 15.000 47
3.' Fase
LIGUEO TORNO,aproxime, cuidadosa-
mente, a ferramenta do ponto mais saliente
da peça (fig. 8) e fixe o carro principal.
1
OBSERVAÇÃO:
Consulte a tabela de velocidade de
corte e determine a r.p.m.
TORNEIRO
MECÂNICO
I
1 4.' Fase
TOMEREFERÊNCIA no anel graduado
da espera (fig. 9).
FACEAR N O TORNO
DESLOQUEA FERRAMENTA para o cen-
tro da peça (fig. 10), avance meio milímetro
e corte do centro para fora.
d
1 6.a Fase
-
FOLHA DE
OPERAÇÃO
REPITAA 5.a FASE até que a face da
peça fique completamente lisa.
2.2
OBSERVA~~ES:
a) Verifique se a peGa deve ser faceada nos
dois lados e divida o material excedente
pelas duas faces.
b) Faça o movimento das mãos lento e uni-
forme, para obter uma superfície bem
acabada. Habitue-se a trocar de mão sem
parar o deslocamento da ferramenta.
c) O último passe deve ser bem fino (I a 2
décimos de milímetro).
d) Sempre que possível, faceie usando o au-
tomático do torno. Neste caso, consulte a
tabela de avanços.
Não deixe a ferramenta avanqar além
do centro da peça (faceplana sem furo), pois
isto prejudica o corte e pode quebrar a ponta.
NOTAS:
a) O faceamento no torno pode ser, também
feito em peças prêsas:
- entrepontas, com a contraponta rebai-
xada para permitir o faceamento total
(fig. 11).
- em mandril paralelo (fig. 12).
- em placa lisa com cantoneira (fig. 13).
b) A ferramenta de facear deve ser escolhida
conforme o caso (figs. 14, 15 e 16).
c) Faceando entrepontas, use lubrificante na
contraponta.
d) Cuidado para que a ferramenta não toque
a contraponta.
Fig. 10
Fig. 11
pzno
Fig. 12
CEAMENTO
Fig. 14 - Faceamento de peça
pequena, presa na placa uni-
versal.
Fig. 15 - Faceamento da peça
entmpontas.
Fig. 16 -Faceamento de peça
grande, prêsa na placa de cas-
tanlzas independentes.
8
I
MEC - 1965 - 15.000
USO DA PLACA UNIVERSAL DE
MECÂNICO TRÊS CASTANHAS I TECNOLÓGICA.OLHA DE 1 2*1 1INFORMACÃO
A placa universal de três castanhas é
muito usada na oficina mecânica, pois permite
centragem rápida da peça; apresenta, entre-
tanto, os seguintes inconvenientes:
1) não serve para a fixação e centragem de
peças de qualquer forma, mas sòmente
para peças cilíndricas ou hexagonais;
2) depois de certo tempo de uso, devido ao
desgaste no seu complicado mecanismo,
não oferece centragem precisa;
3) exige cuidados na lubrificação. A ranhura
não deve ser lubrificada, para evitar que
os cavacos e sujeiras a ela adiram, influin-
do -na precisão da centragem ou danifica-
cando a placa.
I
Quando é necessário muita precisão na
centragem de uma peça na placa, não convém
usar a placa universal, mas a placa de casta-
nhas que se movem independentemente umas
das outras.
MONTAGEM DA PLACA UNIVERSAL
NA ARVORE DO TaRNO
i Cuidados a tomar:
1) Coloque a placa sôbre um calço de madeira apropriado, no barramento do torno,
como mostra a fig. 1.
-
Fig. 1
2) Limpe e lubrifique cuidadosamente a rôs- 4) Ajuste a placa contra o topo da árvore,
ca da árvore e a face do flange. Qualquer com a mão direita, e, com a esquerda, gire
sujeira ou rebarba nessa face pode tornar lentamente o torno, até que o encosto da
defeituosa a centragem da peça. placa fique apertado na face do flange.
3) Limpe a rosca da placa com grampo pró- Nunca se deve montar a placa com o torno
prio (fig. 2). em movimento.
DESMONTAGEM DA PLACA UNIVERSAL DA ARVORE
1) Ligue as engrenagens de redução da mar-
cha do tôrno.
da fig. 1, que impedirá qualquer choque
da placa contra as guias do barramento.
2) Coloque um calço de madeira entre uma
das castanhas e (as guias posteriores do
barramento (fig. 3).
-
3) Gire manualmente a árvore no sentido in-
dicado pela seta (fig. 3), para afrouxar o
apêrto.
4) Desatarraxe a placa à mão, colocando an-
tes sobre o barramento a peça de madeira Fig. 3
IMEC - 1965 - 15.000 49
5 ) Uma vez desmoiltada, deite a placa apoia-
da sobre as castanhas. Coii~isso se evita
que os cavacos, por acaso caídos no inte-
TORNEIR0 USO DA PLACA IJNIVERSAL DE
MECÃNICO TRÊS CASTANHAS
rior da placa, possaui concorrer para eni-
perrar o seu mecanismo.
CLJTDADOS COM A PI.XGt1 I!NIVEKSAI.
FQLHA DE
INFORMACÁO
TECNOLÓGICA
1) Não prenda na placa peças fundidas em
bruto ou barras em bruto, com laininação
defeituosa.
2) Não introduza canos no inanípulo da cha-
ve de manobra com a finalidade de aumen-
tar o braço de alavanca e tornar mais enér-
gico o apêrto.
3) Para tornar melhor o apêrto da peça,
basta usar a chave de manobra nos três
encaixes dos pinhões da placa.
2.2
4) Lubrifique com graxa os pinhões e a coroa
dentada da placa. N5o convém lubrificar a
ranhura espiral, a fim de evitar a aderên-
cia de sujeira ou cavacos.
5) De vez em quando, ou se houver alguma
anormalidade no funcionamento da placa,
desmonte-a e limpe cuidadosamente todas
as peças do seu mecanismo.
RECOMENDAC$3ES SBIIRE A FIXACiÃO DE PECAS
NA PLACA CNIVERSAL
1) No caso de peças de grandes diâmetros, 3) Não fixe peças cônicas na placa, pois não
prenda-as nos últimos degraus, evitando há possibilidade de mantê-las firmes.
que as castanhas fiquem muito salientes, 4) A peça bruta, com empenanlento ou irre-
ou seja, com pequeno encaixe nas ranhu- gularidade, não deve ser fixada na placa
ras (fig. 4). universal. Esta só é usada para a centragem
2) A parte saliente da peça (figs. 5 e 6) não de peças bem uniformes.
deverá, em regra geral, ser superior a três
vêzes o diâmetro da peça (A 1 3 d).
Fig. 5 Fig. 6
(Representação esquemática).
1) Quais são os incoi-i~enientesquanto ao uso da placa universal?
2) Quais as fases da inontagein da placa universal na árvore do torno?
3) Quais as fases e os cuidados na desmontagem da placa da árvore?
4) Quais os cuidados para conservacão da placa universal?
5) Indique algumas regras relativas à fixacão na placa universal.
I
1 =O
IMEC - 1965 - 15.000
Para remover certa espessura de mate-
rial, ou seja, "dar um passe", o torneiro ne-
cessita fazer avançar a ferramenta contra a
peça, na medida determinada. A fim de que
o trabalho se execute de modo preciso, a me-
dida da espessura a remover deve ser fixada
e garantida por um mecanismo que, além de
produzir o avanço, permita o exato e cuida-
doso controle dêste avanço.
O torno mecânico possui mecanismos
que atendem a tais condições:
1,o) no carro transversal, cujo deslocamento é
sempre perpendicular ao eixo da peça ou
à linha de centros do torno;
2.3
2.O) na espera, onde se situa o porta-ferra-
menta, que pode ser inclinada a qual-
quer ângulo, pois sua base é rotativa e
dispõe de graduação angular.
FOLHA DE
INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
TORNEIR0
MECÃNICO
0
Fig. 1
OS ANÉIS GRADUADOS DO T O R N O
o carro, fazendo-o avanqar ou recuar, confor-
me o 'sentido da rotação do parafuso (fig. 1).
Os dois mecanismos possibilitam o O controle dos avanços, em qualquer
avanço da ferramenta por meio de um sistema dos carros, se faz por meio de graduações cir-
parafuso-porca. O parafuso gira entre buchas culares existentes ein torno de buchas oii
fixas, pela rotação de um volante ou de ma- anéis cilíndricos solidários com os eixos dos
nivela. Com o giro do parafuso, a porca (que parafusos de movimento, e junto aos volantes
é prêsa à base do carro) desloca-se e arrasta ou às manivelas (fig. 1).
OS ANÊIS GR.4DUaDOS
Os anéis graduados, também chamados
colares micrométricos, são os dispositivos cir-
culares, que determinam e controlam as me-
didas de que devem avanqar os carros, mesmo
que os avanços tenham de ser muito peque-
nos.
Sobretudo nos trabalhos de acabamen-
to e de execução de roscas (nos quais são ne-
cessários pequenos passes de espessuras pre-
cisas) o emprêgo do anel graduado evita difi-
culdades ou erros. O torneiro pode garantir
um determinado! avanço da ferramenta, gi-
rando o anel graduado de um certo número
de divisões, a partir de uma referência fixa.
Nas tarefas de tornearia, principalmen-
te na execução de roscas, os anéis graduados
podem servir às seguintes finalidades:
1) Graduar a penetração da ferramenta, na
operação de roscar.
2) Dar a penetração à ferramenta, para uma
determinada medida.
3) Permitir um ponto de referência para
acertar novamente a posição de uma fer-
ramenta que tenha sido deslocada durante
a operação.
ANEL GRADUADO PAR.4 PROFUNDIDADES DE CORTE EM
VIZLCIKES MÉTRICOS
Para explicar coino se controla a pene- duado tenha 80 divisões iguais, conforme a
tração, admitamos que o parafuso do carro figura 2.
tenha o passo p = 4 mm e que o anel gra-
Nestas condições, uma volta completa
do anel graduado fará com que a porca, e por-
tanto a ferramenta montada no carro, avance
- -
de 4 mm.
Se for feito o deslocamento de apenas
uma divisão do anel, o avanço a ou penetra-
ção da ferramenta terá a medida:
4mm 1mm
80 - 20
- 0,05 mm.a=----
Aplicações
1) No anel da fig. 2, qual o número de divi-
sões a deslocar para se ter uma profundi-
dade de corte na ferramenta de a' = . . . .
= 0,25 mm? Resposta: n = 0,25 t 0,05 =
= 5 divisões.
2) Com um parafuso de passo p = 6 mm e
um anel de 60 divisões iguais, qual o avan-
ço a da ferramenta que corresponderá a
1 divisão?
6mm 1mm
Resposta: a = --- --- -
60 - 1O
- 0,l mm.
Fig. 2
TORNEIR0
MECÂNICO
ANEL GRADUADO PARA PROFUNDIDADE EM
F ~ L H ADE
INFORMAÇÃO
TECNOL6GICA
OS ANÉIS GRADUADOS DO TORNO
FRAÇõES DECIMAIS DA POLEGADA
2.4
EXEMPLO- O parafuso tem 8 fios por pole- RESPOSTA:11= 0,015" +0,001'' = 15 divisões
gada e o anel graduado apresenta 125 divisões
iguais. Calcular o avanço correspondente a 1 2) Com parafuso de 4 fios Por polegada e
divisão do anel. um anel de 125 divisões, calcular a pro-
Uma volta completa do anel graduado fundidade de corte correspondente a 1
dará o avanço de 118" à ferramenta. Portan- divisão.
to, o deslocamento de apenas 1/ 125 do anel
determinará o avanço o; a profundidade de
corte a:
Aplicações
Como a penetração da ferramenta é radial,1) Com o anel e o parafuso do exemplo ari-
obtém-se no diâmetro uma redução de duas
terior, calcular qual o número de divisões vêzesa penetração dada. ~ ~ ~ i ~se a penetra-
adeslocarparase ter uma profundidade çáodaferramentafôrde0,1mm,odiâmetro
de corte de a' = 0,015". sofre uma redução de 0,2 mm.
1) Indique três finalidades do anel graduado no torno.
2) Explique como funciona o anel graduado e como pode determinar e controlar a pe-
netração transversal da ferramenta.
3) Com o passo p = 6 mm e 120 divisões do anel, calcular o avanço ou a profundidade de
corte a.
4) Num anel micrométrico cujas divisões correspondem a 0,05, quantas divisões é preciso
girar para um passe de 0,75 mm de profundidade?
i2 MEC - 1965 - 15.00
A operação de desbastar consiste em
remover, da peça em rotação no torno, o ca-
vaco mais .grosso possível (o cavaco de maior
seção), tendo em conta a. resistência da ferra-
menta de corte e da máquina, bem como a
conservação do gume cortante da ferramenta.
Visa o desbaste a obter, com o máximo
de rendimento, uma medida na peça que seja
ligeiramente superior, de cêrca de 1 milíme-
tro, à medida desejada como definitiva. Atin-
ge-se aproximadamente à medida definitiva
por meio de novos passes da ferramenta para
acabamento. Essa operação final, depois do
desbaste, requer passes leves da ferramenta de
corte, que devem ser constantemente contro-
lados por instrumentos de medida ou por
calibradores de medida.
TORNElR0
MECÂNICO
FERRAMENTA DE DESBASTAR
,
FOLHA DE
INFORMACÃO
TECNOLóGICA
FERRAMENTA DE DESBASTAR
Particularmente, no caso do torno, é A ferramenta é de desbastar B direita
usual denominar-se Ferramenta de desbastar (figs. 1 e 3) quando, ao cortar, se desloca no
a que produz a operação de DESENGROSSAR sentido do CABEÇOTE MÓVEL PARA O CABEÇOTE
COM PASSES FORTES,nos casos de cilindrar, ou FIXO.É de desbastar à esquerda quando, ao
de tornear cônico, isto é, de operar o corte cortar, se desloca no sentido do CABEÇOTE
de modo tal que a ponta da ferramenta se FIXO PARA O CABEÇOTE MÓVEL (figs. 2 e 4).
desloque respectivamente paralela ou incli-
nada em relação ao eixo da peça.
2.5
Fig. 1 - Ferramenta reta de des-
bastar à direita.
Fig.3 - Fermmentn curva de des-
bastar B di~eita.
Fig. 2 - Ferrame7zta reta de des-
bastar a esquerda.
Fig. 4 - Fe~rainentacurva de des-
basta~ci esquerda.
FORMA DA PARTE úTIL DA FERRAMENTA DE
DESBASTAR, FACES E ARESTAS
A parte útil ou cortante da ferramenta para melhor rendimento ao corte.
é esmerilhada de modo a formar duas arestas Os ângulos, suas denominações e valo-
de corte ou gumes e a preparar certas faces res práticos, serão estudados oportunamente.
que se dispõem. em ângulos determinados
IMEC - 1965 - 15.000
TORNEIR0 FÕLHA DE
MECÂNICO
FERRAMENTA DE DESBASTAR INFORMACAO
TECNOLÓGICA 2.6 I
Com o auxílio das figs. 5 e 6 serão
aqui caracterizadas apenas as superfícies oti
Faces e as arestas da parte cortante.
Face de .saida ou ataque: A B C D A
Face frontal: ABBVA"A
Face frontal secundária: BCC"BJ'B
Aresta de corte, gume ou fio: A B
Aresta de corte secundária: BC
Aresta frontal ou de incidência: BB'
A inclinação da aresta de corte AB
tem grande influência sôbre a duração do fio
cortante, podendo produzir maior ou menor
pressão de corte, maior ou menor vibração,
devido à superfície do cavaco a arrancar. O
ângulo r (figs. 7 e 8) chama-se ângulo de ren-
dimento. eiii contato. Resulta aí maior pressão e a pos-
Para um mesmo avanço a e uma rnes- sibilidade de maior vibração. Sobretudo,
ma profundidade p de corte das duas ferra- quando no desbaste de peças de pequeno
mentas das figs. 7 e 8, vê-se que, no caso da diâmetro, convém, portanto, ferramenta com
fig. 8, há maior extensão da aresta de corte aresta de corte mais inclinada, como na fig. 7.
ROBUSTEZ DA FEKKAMEN-I'I DE DESRASVI',4R
A seção transversal mnop da haste da
ferramenta (fig. 9) deve ser tal que a barra
de aço possa resistir ao esforço de flexão que
resulta da pressão de corte, ou seja, a pressão
que se produz sôbre a aresta cortante, quando
o cavaco é arrancado.
A seçáo da ferramenta deve ser esco-
lhida tendo em conta a seção do cavaco a
arrancar, isto é, a área resultante do produto Fig. 9
a X p (avanço vêzes a profundidade do corte,
figs. 7, 8 e 9). A regra usual é adotar-se uma
área da seção da ferramenta 80 a 100 vêzes
a área da seção do cavaco. Por exemplo, para
um cavaco a cortar de 5 mm2 de seção, pode-
se adotar a seção de 16 mm X 25 mril = 400
min2. Realmente, 80 X 5 mm2= 400 i1iin2.
1) De um modo geral, em que consiste a operação de desbastar?
2) Para que serve a ferramenta de desbastar? Quais os seus deslocamentos?
3) Quais são os nomes das faces e arestas da parte útil da ferramenta?
4) Explique a influência da inclinação da aresta de corte da ferramenta.
5) Como deve ser escolhida a seção da ferramenta de desbastar?
? *
4 MEC - 1965 - 15
TORNEIRO
I MECANICO I FERRAMENTA DE 1-ALEAR
I
FOLHA DE
INFORMACAO
TECNOLÓGICA
1 2.7
A operação de facear serve para remo- R A ~ Ã OQUE PERMI-rE, NO -TORNO, A O B T E N ~ Ã O
ver material da peça em rotação no torno, DE SUPERFÍCIES PLASAS.
fazendo o bico da ferramenta avançar em .4 operação de tacear pode ser, não sò-
direcão perpendicular ao eixo da peça. Por mente por desbaste (passes profundos), mas
iiieio do foceamento são feitos, no torno, os também em selni-acn1)ninento ou em acaba-
planos dos topos das peça, os planos transver- mento (sucessivos passes leves, com controle
sais dos rebaixos ou os cantos vivos dos i-e freqiiente das .medidas).
baixos. Em suma, o faceainento é uma OPE-
Fig. 1
F'rr~-~iii~rntareta (1'0
f ( i c ~ ~ iI. ti direita.
Fig. 2
Irr~(itiic,!~tareta de
ftir c.r!l- (i ~ s q ~ l e r d a .
/*= 1 I ~errarnr?;tareta de
5
curva de
direita.
Fig. 6
Ferramenta cilrva de
facear 6 esqz~erdn.
FERKAMEN?',1 DE FACEAR
Apresenta as formas das figuras 1, 2, lado do cabeçote iiióvel. Nas figs. 2, 4 e 6 a
3 e 4 (ferramenta ~ e t nde facear) ou as das ferramenta é de facear à esquerda, ou seja,
figuras 5 e 6 (ferramenta cuwa de facear). produz planos do lado do cabeçote fixo.
Nas figs. 1, 3 e 5 a ferramenta é de Existe tainbem outro tipo de ferra-
fncerr~.ir t/ir.ritn, isto é, ela produz planos do menta de facear, que trabalha ciliildrando
-- -. - - - - - -..-
---rTORNEIR0 FBLHA DE
FERRAMENTA DE FACEAR INFORMAÇÁO
MECÂNICO TECNOL~GICA
2.8
lateral direita.
Fig. 7
em passes profundos, com pequeno avanço e
produzindo faceamento no rebaixo que deixa
na peça. As figs. 7 e 8 mostram as duas fer-
ramentas: faca direita e faca esquerda.
O faceamento com as ferramentas in-
dicadas nas figs. de 1 a 4 é feito do centro
I para o exterior da peça. Quando a ferramenta
tem a face de saída ou de ataque, conforme
indicado nas figs. 5 e 6, o corte é feito do
exterior para o centro. O que influi, então,
no sentido de deslocamento da ferramenta, é
a forma da face de ataque: se ela é inclinada
Ferramenta
lateral esqu
Fig. 8
para os lados, isto é, se o gume é lateral, o
corte se dá do centro para o exterior; se a
face é inclinada para trás, isto é, se o gume
é frontal, o corte se dá do exterior para o
centro, qualquer que seja a forma da ferra-
menta: reta ou curva.
As ferramentas das figs. 1, 2, 3 e 4 são
montadas com pequena inclinação em relação
ao eixo longitudinal da peça. As das figs. 5,
6, 7 e 8 são fixadas com o eixo longitudinal
perpendicular ao eixo longitudinal da peça.
FACES E ARESTAS DA PARTE CORTANTE DA
FERRAMENTA DE FACEAR
faca
erda.
Por meio da fig. 9, podem ser caracte-
rizadas estas faces e arestas: -Face de saida ou ataque: ABCDA
Face lateral: ABB'A'A
Face frontal: BCC'B'B
Aresta de corte, gume, fio: BA
Aresta de corte secundária: BC
Aresta frontal ou de incidência: BB'
Os ângulos, que influem no corte, se-
Fig. 9
1) Em que consiste a operação de facear? O faceamento permite desbaste e acabamento?
2) Quais os tipos mais comuns de ferramenta de facear?
3) De que depende o sentido de deslocamento da ferramenta ao se fazer o faceamento?
4) Por que náo se deve forçar a ferramenta de facear num desbaste pesado?
I I
56 MEC - 1965 - 15.000
TORNEIRO
I FAZER FURO DE CENTRO NO TORNO
I FOLHA DE
MECÂNICO OPERAC~~O 13.1
É muito comum no trabalho do tor- tos, pois, do seu estado, dependem a perfeição
neiro mecânico a execução de peças prêsas e a segurança das operações a serem executa-
entrepontas ou na placa e ponta. Para qual- das na peça.
quer dos dois processos de instalação da peça Furos alinhados, com superfícies lisas,
é necessário fazer centro. ângulos e dimensões corretos, são indispensá-
Os furos de centro devem ser bem fei- veis para uma perfeita fixação de peças.
FASES DE EXECUCÃO
1." Fase
PRENDAE CENTRE O material na placa.
2.a Fase
FACEIE(fig. 1 - Veja Ref. FO 2/1).
3." Fase
LIMPEOS CONES do mandril e do man-
gote.
4.a Fase
COLOQUEO MANDRIL no mangote
(fig. 2).
5.a Fase
PRENDAA BROCA DE CENTRAR no man-
dril.
a) Consulte a tabela de brocas de centrar e
de furos de centro.
b) Deixe fora do rnandril uma parte limi-
tada (fig. 4).
6." Fase
APROXIMEA BROCA da peça e fixe o
cabeçote móvel, apertando a porca A (fig. 3).
Deixe aproximadamente 10 mm entre
a broca e a peça (fig. 4).
Fig. 2
L
v .Fzg. 4
AEC - 1965 - 15.000
C N t I K U
FAZER FURO DE CENTRO NO TBRNO FOLHA DE
.....4ÂNICO OPERAÇÁO 3.2
1
8.a Fase
FUREaté atingir a medida.
I
pregue fluido de corte adequado ao ma- I
I
I PRECAUÇÃO: terial.
I
OBSERVAÇÃO: a) Acione regular e lentamente o volante do
cabeçote móvel (fig. 5).
Consulte a tabela de velocidade de cor-
te para brocas e detemine a r.p.m., conside- b) Afaste a broca, constantemente, limpe-a
rando o diâmetro D (fig. 7). com pincel (fig. 6) e, se necessário, ern-
Não ultrapasse o limite de rotação indi- C) Verifique 0 diâmetro D (fig. 7) com Pa-
cada para a placa, a fim de não danificar a químetro ou escala e, se necessário, com-
máquina e de não se expor a perigo. plete o furo na dimensão desejada.
Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7
QUESTIONARIO
1) Para que serve o furo de centro em peça5 a serem torneadas?
2) Como é feita a escolha da broca de centrar?
3) Qual a precaução que se deve tomar em relação à rotação da placa,
quando se quer fazer o furo de centro em uma peça?
4) Como se verifica se o furo de centro atingiu a medida desejada?
5) Como é feita a fixação do cabeçote móvel?
6) Que distância aproximada deve existir entre a broca e a peça, antes
de iniciar a furação do centro?
Quando as peças não necessitam ser
torneadas entrepontas e são LONGAS demais
3.3
para serem torneadas sòmente na placa, usa-
FOLHA DE
OPERACÁOTORNEIRO
MECÂNICO
se um apoio: a contraponta.
As peças finas e longas flexionam (fig.
TORNEAR NA PLACA E PONTA
1) e, quando a "pega" é curta, podem esca-
par-se da placa sob a ação da ferramenta.
Para evitar êstes in-
convenientes, usa-se colo-
car um apoio, ou seja a
contraponta, no extremo
da peça, resultando disso
a fixação na PLACA E
PONTA (fig. 2).
FASES DE EXECUÇÃO
Fase
FAJA FURO DE CENTRO numa extremi-
dade do material.
2.a Fase
COLOQUE LUBRIFICANTE no furo de
centro (fig. 3).
3.a Fase
LIMPEOS CONES e coloqiie a contra-
ponta no mangote.
4.a Fase
SITUEE FIXE O CABEJOTE móvel aper-
tando a porca A (fig. 4).
OBSERVAÇ~ES:
a) O mangote deve estar fora do cabeçote
de um comprimento igual a duas vêzes o
seu diâmetro (fig. 5).
b) A distância da contraponta à placa deve
ser igual à parte da peça que fica para
fora da mesma.
Fase
INTRODUZAO MATERIAL NA PLACA e
feche as castanhas sem, contudo, prendê-lo.
Fig. 3
Fig. 4
6.a Fase
APERTEAS CASTANHAS, acertando antes Fase
o furo de centro na contraponta e girando o VERIFIQUE O ALINHAMENTO da contra-
material. ponta pelas referências B e corrija, se neces-
sário, girando o parafuso C (fig. 4).
7.a Fase
AJUSTE A PRESSÃO DA CONTRAPONTA, OBSERVAJÕES:
girando a manivela do mangote, e fixe o mes- 1) Para essa correçáo, deve-se soltar a porca
mo apertando a alavanca D (fig. 4). A (fig. 4).
I I
MEC - 1965 - 15;000
I
a) Torneia-se uma pequena extensão, a
partir do topo da peça, do lado da
contraponta.
i
I
b) Toma-se a referência do ponto máxi-
mo em que a ferramenta avançou trans-
versalmente, no anel graduado.
TORNEIRO
MECÃNICO
2) No caso de peqas cuja cilindricidade é
muito importante, pode-se verificar o ali-
nhamento da contraponta do modo se-
- guinte:
c) Desloca-se a ferramenta para o ponto
mais próximo da placa e torneia-seuma
pequena parte, avançando a ferrainen-
ta no sentido transversal exatamente
até o ponto em que ela torneou na
extremidade.
d) Verifica-se com compasso externo (fig.
6) ou micrômetro. Diferença nos diâ-
metros indica que a contraponta não
está alinhada. Deve-se, por conseguin-
te, fazer as correções necessárias no ali-
nhamento da contraponta. Quando o
diâmetro da extremidade for maior
que o diâmetro próximo da placa,
deve-se deslocas o cabeçote móvel no
sentido de X, girando o parafuso C;
caso contrário, deve-se deslocá-lo no
sentido de Y, isto é, deve-se afastá-lo
do operador (fig. 7). A contraponta sò-
mente estará alinhada, quando os dois
diâmetros forem iguais.
TORNEAR NA PLACA E PONTA
9.a Fase
PRENDAA FERRAMENTA e torneie.
a) Consulte a tabela e determine a r. p. m,
e o avanço.
FOLHA DE
OPERACÁO
b) Durante o torneamento, evite retirar a
peça da placa, sem acabá-la porque será
mais difícil a centragem da mesma.
3.4
c) Proteja e limpe as guias do torno constan-
temente, quando trabalhar com ferro fun-
dido.
a) Verifique constantemente o ajuste da con-
traponta e lubrifique-a, pois, durante o
torneamento, a peça se aquece e se dilata,
razão pela qual a contraponta deve ser
reajustada.
b) Quando tornear latão, use óculos proteto-
res para os olhos ou uma rêde, metálica
ou plástica, sobre a ferramenta.
Fig. 7
Fig. 6
I62 IMEC - 1965 - 15.000
TORNEIRO
MECÂNICO I SANGRAR NO TORNO
I FOLHA DE
OPERACÃO 13.5
A operação de sangrar no torno é muito SANGRAR OU BEDAME (fig. 1); tem a .ponta há-
executada pelo torneiro na abertura de canais gil e, por isso, é necessário muito cuidado na
e no corte de peças. A ferramenta usada nes- sua utilização.
sa operação é denominada FERRAMENTA DE
Bedame de lâmina. Fig. 1 Bedame comum.
FASES DE EXECUÇÃO
I - ABRIR CANAL
l.a Fase
PRENDA,A PESA.
OBSERVA~ÃO:
Se usar placa, introduza a peça o máximo pos-
sível, de forma que o canal a ser feito fique'
próximo das castanhas, a fim de evitar que a
peça flexione (fig. 2).
2.a Fase
MARQUEOS LIMITES DO CANAL usando
uma ferramenta de ponta e o paquímetro
(fig. 3) ou, então, com o compasso de centrar
e a escala (fig. 4).
OBSERVAJÁO:
A marcação pode também ser feita direta-
mente com o bedame a ser usado para fazer o
canal.
3.a Fase
PRENDAO BEDAME, observando a altu-
ra e o alinhamento (figs. 5 e 6).
OBSERVAJ~ES:
a) O balanço B deverá ser o menor possível
(fig. 5)
a Pig. 3 Fig. 4
1
TORNEIRO
SANGRAR NO TORNO
F6LHA DE
MECÂNICO OPERAÇAO 3.6
b) Na operação de sangrar é muito conve-
niente o uso de suporte de mola (fig. 5).
este tipo permite executar a operação sem
deslocar lateralmente o bedame.
4.a Fase
LOCALIZEO BEDAME entre as marcas
limites do canal e bloqueie o carro principal.
Fase
PREPAREE .LIGUE A MÁQUINA.
Consulte a tabela e determine a r. p. m.
Fase
AVANCEO BEDAME até tocar de leve na
peça (fig. 7) e acerte o anel graduado do carro
transversal na referência O (zero - fig. 8).
7.a Fase
SANGRE,formando o canal.
a) Avance o bedame cuidadosamente, de dé-
cimo em décimo de milímetro, cortando
num extremo do canal próximo à marca
limite (fig. 9).
Caso o esforço seja muito grande, vá deslo-
cando ligeiramente o bedame no sentido la-
teral de modo que o canal fique um pouco
mais largo e êle possa penetrar livremente.
b) Desloque a ferramenta com a manivela
do carro principal e repita o mesmo tra-
balho na outra extremidade do canal
(fig. 10).
Fig. 5
Fig. 7
Fig. 6
-Fig. 8
MQML limita
c
Fig. 9
OBSERVAÇÁO:
Deixe, aproximadamente, 0,2 mm a mais no
Fig. 10
diâmetro e 0,2 mm de cada lado do canal,
para acabamento.
I
r
' 64 MEC - 1965 - 15.000
Fase
TORNEIRO
MECÂNICO
TERMINEO canal faceando os flancos
primeiramente (fig. 11) e depois o fundo OBsERvA~":
(fig. 12). S>enecessário, reahe o bedame.
Fig. 11
SANGRAR NO TORNO
I1 - CORTAR
l.a Fase
PRENDAA PESA (Veja parte I, 1.a Fase).
FOLHA DE
OPERAÇÁO
2.a Fase
PRENDAO BEDAME (Veja parte I,
3.7
3.a Fase).
O bedame usado para cortar material no tôr-
no tem a aresta inclinada em relação ao eixo
geométrico da peça (fig. 13).
Esta inclinação evita RESTO DE CORTE
na peça que se destaca.
Para melhorar o acabamento da face
da peça cortada, é comum fazer-se, também,
um pequeno ângulo de saída ou de ataque
(fig. 13 - Corte AB).
3.a Fase
Fig.
Fig. 12
Corte A- B
LI Fig. 14
MARQUE O comprimento da peça (fig.
14).
4.a Fase
SANGREcomo na 7.a fase, parte I, dei-
xando material para facear.
5.a Fase
CORTEA PESA (fig. 15).
I I
MEC - 1965 - 15.000 65
Fig. 16
I TORNEIRO
MECÂNICO
OBSERVA~~ES:
I a) No caso de peça furada, a altura do be-
dame deve ficar ligeiramente acima do
centro da mesina (fig. 16).
b) Se o número de peças a cortar for grande,
use bedame "pescojo de cisne", também
chamado "bedame de gancho".
Neste caso, quando a peça gira em sen-
tido contrário e a ferramenta se encontra vol-
tada para baixo, o corte é feito com mais faci-
SANGRAR NO TORNO
I lidãde (fig. 1'7).
OBSERVAÇÃO:
O sangramento com a ferramenta voltada
para baixo e a peqa girando em sentido con-
trário é muito aconselhável no caso de peças
de grandes diâmetros e quando já há alguma
folga entre a árvore e o manca1 do torno.
PRECAUJÁO: NOTA:
Quando se sangram peças compridas,
Adote êste processo sòmente se o torno tem o esforço do bedame é muito acentuado. Usa-
placa de encaixe cônico e prêsa com porca, se, por isso, uma luneta fixa, a qual deve ser
pois, nos tornos comuns, a placa pode se de- montada bem próxima ao canal ou ao corte
satarraxar, expondo o operador a perigo. a ser executado (figs. 18 e 19).
FOLHA DE
OPERACÃO
. ,
I
66 MEC - 1965 - 15.000
3.8
I-'-----
-- -- .. -
O número de rotações da árvore do
torno não pode ser adotado, à vontade, arbi-
tràriamente, pelo torneiro. Depende a sua
determinação de alguns fatores, dentre os
quais são de grande importância a espécie do
material a tornear, a espécie do material da
ferramenta de corte, o diâmetro da peça, o
tipo de operação (desbaste, acabamento).
Por exemplo, para tornear material
macio, usa-se maior número de rotações que
para material duro. Para um mesmo material
a tornear, emprega-se maior número de rota-
ções quando a ferramenta é de aço rápido do
que no ,caso de ser a ferramenta de aço ao
carbono.
3.1
O número de rotações é sempre con- minuto", isto é, o número de rotações no
siderado em relação ao tempo de 1 minuto. A tempo de 1 minuto.
abreviatura "r.p.m." significa "rotação por
F6LHA DE
INFORMAÇAO
VECNOLÓGICA
TORNEIR0
MECÂNICO
ABELAS OU ESCALAS USUAIS DE "r.p.m." NOS TC1.lut
ROTAÇÃO POR MI~TUTONO TOKNO
(TABELAS)
I Os tornos mecânicos têm, em geral, 1.0) 16 diferentes "r.p.m.": 17 - 23 - 28 -
variações reduzidas de "r.p.m." 37 - 45 - 59 - 74 - 98 - 121 - 158
Nos tornos antigos, de polias em de- - 200 - 264 - 319 - 420 - 532 - 700
graus, são comuns as variações de 8 a 12 rota-
ções diferentes. Exemplo (caso de 9): 44 - 71
- 112 - 177 - 280 - 354 - 450 - 560 -
900 r.p.m.
Nos tornos modernos, o cabeçote fixo
contém complicados Jogos de engrenagens de
mudanças, que permitem variações mais am-
plas, como se mostra pos dois exemplos se-
guintes:
r.p.m.
36 diferentes "r.p.m.": 14 - 16 - 19 -
22 - 25 - 28 - 32 - 37 - 42 - 48 - 56
-64-75-85 -98 - 113- 128 - 146
- 169 - 192 - 222 - 260 - 300 - 340
- 385 -445 - 500 - 580 - 665 - 765 -
895 - 1025 - 1175 - 1335 - 1530 -
1750 r.p.m.
Existem três processos:
1.0) Cálculo mediante o emprêgo de uma
fórmula matemática, sendo conhecidos o
diâmetro da peça e um valor chaniado
"velocidade de corte", dado por tabelas.
OBSERVAÇÃO:
A velocidade de corte dada em tabelas
já considera o tipo de material a ser torneado,
o da ferramenta e a espécie de trabalho, isto
é, se se trata de desbaste ou de acabamento.
2.") Uso de um gráfico, conhecidos tambeni
os dois elementos citados.
a tornear, material das ferramentas de
corte e tipos de operação (desbaste, aca-
bamento.).
Só será apresentado aqui o terceiro
caso, o de tabelas.
Em qualquer dos processos, obtido um
determinado número de "r.p.m.", adota-se o
igual da gama de velocidades do torno, se
houver. Em geral, porém, não há coincidência.
DEVEMSER ADOTADAS ENTÃO AS "r.p.m."
LOGO ABAIXO DAS OBTIDAS pelo cálculo ou pe-
los gráficos ou tabelas.
3.O) Emprêgo de tabelas de "r.p.m." em que A título de exemplo se encontram, no
diferentes diâmetros das peças são consi- verso, tabelas resumidas de "rotações por
derados em relação a diversos materiais minuto" para certos casos.
IMEC - 1965 - 15.000
@ TABELA DE "r.p.in PARA DESBASTE COM -TA DE ACO AO CARBONO
DIÂMETROS
WTERIAL A TORNEAR
Ferro fundido
TORNEIR0
MECANICO
Aço doce
C ' *
FOLHA DE
INFORMACAO
TECNOLÓGICA
ROTAÇÃO POR MINUTO NO TORNO
(TABELAS)
O - d o 11" 1"Aço duro
Bronze 182 159
Latão e dlumínio 296 259
@ TABELA DE nr.p.mm PAJU ACAJL
3.2
DE ROTAÇÕES POR MINUTO (r.p.m )
4 8 42 3% 35 32 29 27 25
95 85 76 69 64 59 55 51
80 71 64 58 53 49 45 42
48 42 38 35 32 29 27 25
127 113 102 93 85 78 73 68
207 184 166 150 138 127 118 110
D COM FERRBMENTA DE AÇO AO CARBONC
DIAMETROS (mm)-
MATERIAL A TORNEAR N ~ E R oDE ROTAÇ~ESPOR MINOTO (r.p .m )
Ferro fundido
Aço doce
Aço semi- duro
Aço duro
Bronze
Latão e Alumínio
@ TABELA DE "r.p .mn PARA DESBASTE COM FERRIU~BNTADE AÇO R ~ P I D O
136
159
136
91
296
341
.DIÂMETRos (mm)-
MATERIAL A TORNEAR
Ferro fundido
Aço doca
Aço semi- duro
Aço duro
Bronze
Latão e Aluminio
C I
68 MEC - I 06s - 15 nnn
28 4
N-O DE ROTAÇÕES POR MINUTO (r.u.m )
- -- - - - - -- - --- - - - - - - -- - -
@ TBBELA DE "r.p.mn P.AU ACABAMENTO COM FERRAhENTA DE AÇO R&IDO
119
139
119
80
259
298
159
227
182
136
227
455
DIÂMETROS ( 1 -
MATERIAL A TORNEAR
Ferro fundido
IAço doce
Aço aemi-duro
"2"1 Latão e Aluminio
106
124
106
71
230
265
139
159
119
199
398
EXEMPLOS: 3.0) Obter, nas, tabelas, as r.p.in. para desbas-
1 tar ferro fundido corn ferramenta de aço
1.0) Obter, nas tabelas, as r.p.m. para desbas- rápido, diâmetro da peça 40 mm. Res-
I tar aço duro com ferramenta de aço rá- posta: 111 r.p.m. (tab. 3).
pido, diâmetro da peça 55 mm. Res-
1 posta: 69 r.p.m. (Tab. 3).
OBSERVA~ÃO:
No caso de diâmetros que não constam
2.') Obter, nas tabelas, as r.p-m. para traba- nas tabelas, tomar a "r.p.m.", indicada para
lhos de acabamento em latão C O ~ Iferra- menor mais próximo. Exemplo: para des-
1 menta de aço ao carbono, diâmetro da bastar bronze com ferramenta de aço rápido,
I peça 90 mm. Resposta: 106 r.p.m. (tabela diâmetro da peça 72 mm, deve-se trabalhar
1 2). com 91 r.p.m.
-
95
111
95
64
207
239
124
1 9 9 1 7 7 1 5 9
141
106
177
354
28 1 321 361 40 1 4 501 551 601 65 1 701 751 801 90 COO
m o DE BOTAÇÕES POR MINUTO (r.p.m )
85
99
85
57
184
212
111
127
95
159
318
205
541
250
L82
341
P68
104
174
127
93
174
289
76
89
76
51
166
191
99
113
85
141
283
179
298
219
159
298
497
95
159
117
85
159
265
69
8 1
69
46
150
174
159
265
195
141
265
442
89
102
76
127
255
64
74
64
42
138
159
74
85
64
L06
212
81
1 4 1 1 2 7 1 1 6 1 0 6
93
69
116
231
88
147
108
78
147
245
115
191
140
102
191
318
76
127
93
68
127
212
143
239
175
127
239
398
82
136
100
73
136
227
59
69
59
39
127
147
69
98
78
59
98
196
127
212
156
113
212
354
-
55
64
55
36
118
136
-
64
91
73
55
91
182
57
95
70
51
95
L59
72
119
88
64
119
199
64
106
78
57
106
177
51
59
51
34
110
127
59
85
68
51
85
170
48
56
48
32
103
119
56
80
64
48
80
159
42
50
42
28
92
106
50
71
57
42
71
141
38
45
38
25
83
95
45
64
51
38
64
L27
Fig. 1
TORNEIR0 F ~ L H ADE
MECÃNICO
BROCAS DE CENTRAR INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
3.3
Para se tornear urna peça que deva ser contraponta. Quando se precisa tornear, pren-
ap~iadaentre a ponta e a contraponta, é ne- dendo a peça na placa e apoiando o outro
cessário fazer centros nas faces dos dois topos. extremo na contraponta, também se pratica
Os centros são furos de forma cônica, aos uin furo de centro, lia face dêsse outro topo,
quais se adaptam os cones da ponta e da para adaptacão da contraponta.
TIPOS USUAIS DE CENTROS
O
0
N
Fig. 3
O mais comum é o. centro simples, careada a 1200. Há tanibém o centro prote-
como se vê na figura 1. Compõe-se de uma gido do tipo da figura 3: em lugar da entrada
entrada tronco-cônica de 60°. Segue-se um escareada a 120°, há um pequeno rebaixo
furo cilíndricb. Na parte tronco-cônica se cilíndrico. Tanto o escareado a 120°, como o
adapta a ponta ou a contraponta, cujos cones rebaixo, têm a função de proteger a parte
são de 600. O furo cilíndrico penni~eque fi- conica contra choques que possam produzir
que livre o extremo da ponta ou da contra- mossas, deformações ou rebarbas capazes de
ponta e é, ao mesmo tempo, um pequeno prejudicarem o rigor da centragem.
depósito de óleo, que serve à lubrificação O cone do centro e o cone da ponta
dessas partes em contato e sujeitas a atrito devem ter o mesmo ângulo (60°), para per-
devido à rotação da peça. mitir a ajustagem exata da ponta ou da con-
A figura 4 mostra claramente como se traponta. Se assim não acontecer, a peja girará
ajusta a ponta do torno no interior do orifí- mal guiada e o torneamento será imperfeito.
cio de um centro simples. Deiiiais, a ponta e a contraponta se desgas-
Outro tipo é o centro protegido indi- tam mais ràpidamente, se a centragem não
cado na figura 2. Além das partes cônica e fôr correta.
cilíndri'ca, êste centro possui uma entrada es-
f
MEC - 1965 - 15.000
'DIAMETROS MEDIDAS DAS BROCAS 'DIÂMETROMAXI~
DAS PEÇAS (mm) MO DO ESCAREK
d D c C Do IE) lmn)
5 a 1 5 . 1;5 5- 2 40 4
16 a 20 2 6 3 45 5
21 a 30 2,5 8 3.5 50 6 , s
31 a 40 3 10 4 55 7,5
41 a 60 4 12 5 66 10
61 a 100 '
5 14 6,s 78 12.5
I .
TORNEIR0 FBLHA DE
MECÂNICQ
BROCAS DE CENTRAR INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
3.4
.
BROCAS DE CENTRAR
Para a execução dos centros nas peças, sua forma, executam, numa só operação, o
usam-se brocas especiais, as Brocas de centrar, furo cilíndrico, o cone e, ainda, o escareado
cujos tipos inais comuns são indicados a se- (fig. 6).
guir: broca de centrar simples (fig. 5) e As medidas dos centros devem ser ado-
broca de centrar com chanfro de proteção tadas em proporção com os diâmetros das
(fig. 6). A primeira é, em geral, de aço car- peças. A tabela abaixo apresenta dados práti-
boilo; e a segunda de aço rápido. Devido à cos.
.- .-
Fig. 5 Fig. 6
EXECUCÃO DO CENTRO
Não convém executar o centro na fu-
radeira, a não ser que, pela sua forma, a peça
não possa ser fàcilmente prêsa r,a placa.
O melhor processo de executar furo de
centro é o mostrado na figura 8, utilizando-se
a broca de centrar, montada em mandril fi-
xado no cabeçote móvel, e a peça prêsa na
placa universal.
Como a broca é fraca, deve-se operar
com avanço bem lento e com a velocidade da
árvore de acordo com a tabela para brocas.
Se o avanço for rápido, resulta a que-
bra da ponta da broca, que fica encravada no
furo já iniciado.
QUESTIONÁRIO
1) Que são os centros da peça? Para que servem os centros?
2) Quais são os tipos usuais de centros?
3) Quais são os tipos comuns de brocas de centrar?
4) Para que serve o escareado de 1200? E o rebaixo cilíndrico?
70 MEC - 1965 - 15.000
Fig. 7
TORNEIRO F6LHA DE
FERRAMENTA DE SANGRAR (BEDAME) INFORMAÇÃO 3.5MECANICO TECNOL~GICA
I
I
Sangrar é a operação em que a ferra- 'direção transversal do seu eixo geométrico.
menta de corte se desloca perpendicularmen- A operação de sangrar é, também, frequente-
te ao eixo longitudinal da peça, produzindo mente, destinada a cortar a peça transversal-
desbaste a partir do exterior da peça para o mente, para o que, em passes sucessivos, se
seu centro. Por meio desta operação se exe- vai aprofundando o bico da ferramenta até
cutam canais ou ranhuras na peça, segundo a que êle atinja pràticamente o centro.
FERRAMENTA DE SANGRAR
A ferramenta de sangrar, também de- te, afia-se a aresta de corte ou gume com LI-
nominada Bedume, apresenta usualmente uma . GEIRA INCLINA~ÃO,a fim de conseguir a com-
das formas indicadas nas figs. 1 e 2 pleta remoção de rebarbas na parte a ser des-
Quando se prepara o bedame para cor- tacada da peça (fig. 2).
Fig. I - Ferramenta de sangra,].
(para canais).
Sob a forma de bite, para montagem
num porta-ferramenta (fig. 3), o bedame é
uma simples lâmina de aço, cujo aspecto está
mostrado nas três vistas da fig. 4. Já é encon-
trado no comércio com as inclinações laterais
que se vêem na terceira vista da fig. 4 e que
servem para dar as folgas necessárias num e
noutro plano do canal aberto na peça. Essa
ferramenta é geralmente conhecida sob os no-
mes de bite-bedume ou bedame de lâmina.
Fig. 3 - Ferramenta de salngrur
(para corte).
Fig. 3
Fig. 4
VIBRAÇÃO DA FERRAMENTA DE SANGRAR
A ferramenta de sangrar é a mais há- de vibração, porque o bico tende a penetrar
gil de todas as ferramentas do torno. Sua se- e a levantar a peça, quando existe qualquer
,são é muito delgada, em virtude das inclina- folga nos mancais da árvore.
ções laterais que determinam as folgas. Para evitar êsse inconveniente, usa-se
Quando se fixa a ferramenta normal- montar a ferramenta ao contrário, inverten-
mente (com bico para cima), produz-se gran- do-se também o movimento de rota~ãoda ár-
IMEC - 1965 - 15.000 71' 1
.
TORNEIR0 INFORMAÇAOFOLHA DE
MECÂNICO
FERRAMENTA DE SANGRAR (BEDAME) 3.6TECNOLÓGICA
I I
Fig. j
vore do torno, como mostra a fig. 5. Empre- casas, a inversão da ferramenta e da rotação
ga-se também o bedame "pescoço de cisne" forçam a árvore do torno contra os seus man-
ou bedame de "gancho" (fig.6), fixado ao con- cais inferiores, eliminando pràticamente a vi-
trário e ainda com inversão da rotação da ár- bração. X desvantagem é que, conforme a
r
vore. Esta ferramenta turva oferece maior fle- pressão do corte, a placa montada no extremo
xibilidade que a ferramenta reta. Nos dois da árvore tende a deslocar-se.
FACES E ARESTAS DA PARTE CORTANTE DA
FERRAMENTA DE SANGRAR
As figs. 7 e 8 facilitam a caracterização
das faces e arestas da parte útil:
Face de saida ou ataque: ABCDA
Face frontal: ABB'A'A
Faces laterais: AA'DA e BB'CB
Aresta de corte (Única): AB.
Ao afiar a aresta de corte, é convenien-
te dar-lhe um ligeiro arredondamento, como
mostra, com exagêro, a fig. 8. Com isso se cur-
va e se desprende obliquamente o cavaco. Se
não for tomada esta precaução, há possibili-
dade de acumulação forçada de cavacos no
bico da ferramenta. Esta se agarra dentro da
ranhura e por ser frágil, pode-se romper de-
vido à pressão.
No caso do bedame de corte, convém
repetir a observação da primeira página: a
aresta cortante ou fio deve ter ligeira inclina-
ção, para facilitar a remoção das rebarbas na
parte a ser destacada da peça (fig. 2).
QVESTIONA.RJO
1) Em que consiste a operação de sangrar? Qual a direção da ferramenta?
2) Quais as formas da ferramenta de sangrar? Que é bedame?
3) Que é bite-bedame? Como se monta êste bite para o corte?
4) Como se evita a vibração da ferramenta de sangrar?
5) Indique as faces e arestas do bedame. Explique as particularidades do fio ou gume.
72 MEC - 1965 - 15.000
Fig. 7 Fig. 8
I - TORNEAR CGNICO EXTERNO
I
I
l.a Fase
TORNEIECILÍNDRICOEXTERNO no diâ-
metro maior do cone.
OBSERVA$~O
Leve em conta o comprimento do cone.
4.1
2.a Fase
FIXEA ESPERA no $ngulo de inclinação
I
F6LHA DE
OPERAÇÃO
TORNEIR0
MECÂtNICO
do cone (figs. 1 e 2) do seguinte modo: *
TORNEAR CONICQ USANDO A ESPERA
a) Solte os parafusos de fixação da base
giratória.
b) Gire a espera no ângulo desejado,
observando a graduação angular.
c) Aperte os parafusos.
OBSERVA~ÃO
Consulte a tabela de velocidade e de-
termine a r.p.m., considerando o diâmetro
maior do cone.
3.a Fase
INICIEO TORNEAMENTO pelo extremo B
da peça (fig. 3), com passes finos, girando a
manivela da espera vagarosamente. Troque as
mãos, na manivela, de modo que não inter-
rompa o corte.
4.a Fase
VERIFIQUEO ÂNGULO do cone, quando
êle estiver mais ou menos na metade (figs. 4
e Fi), e corrija, se necessário.
Fig. 4
Tvet,ifir.a!.ãocom trcc?zsfe~.i(loi.
(Cone po?ico precisa).
Fig. I
Fig. 5
T'erificação com. calibrado?-.
(Cone de precisno).
I
MEC - 1965 - 15.000
a) Para corrigir o ângulo, desaperte os para-
fusos da base giratória, gire-a levemente no
sentido desejado e reaperte os parafusos.
b) Quando o cone é verificado com calibra-
dor, afaste a ferramenta transversalmente
e limpe a peqa e o calibrador.
Cuidado para não machucar a mão na
ferramenta. Afaste-a bem.
5.a Fase
RECOMECEO TORNEAMENTO pela meta-
de da parte cônica, com cuidado, para tirar o
mínimo possível (fig. 6) e, se necessário, faça
novos ajustes até que o ângulo fique na me-
dida.
6.a Fase
DÊ os PASSES FINAIS,movimentando a
ferramenta de A para B (fig. 6), até ficar no
comprimento desejado.
OBSERVAÇÃO:
Os cones dever50 ser ajustados no ân-
gulo desejado, antes de atingirem a medida
final.
I1 - TORNEAR CBNICO INTERNO
l.a Fase
TORNEIECILÍNDRICO INTERNO no diâ-
metro menor do cone.
OBSERVAÇÃO:
Leve em conta o comprimento do cone.
2.a Fase
FIXEA ESPERA no ângulo de inclinação
do cone (Veja 2.a fase da parte I).
1Fig. 7
76 MEC - 1965 - 15.000
3.a Fase
PRENDAA FERRAMENTA de alisar inter-
no. .
1
II
OBSERVAÇÃO:
Movimente a ferramenta, girando-a no
sentido das flechas, quando faltar menos de
1mm, para acertá-la na altura (fig. 7), utili-
zando, para isso, o verificador.
4.a Fase
SITUEO CARRO em. posição de tornear
o cone (Veja 4.a fase da parte I).
4.3
a) Sendo o cone do comprimento da.peça, a
ferramenta deverá sair do lado da placa
(fig. 8)..
FOLHA DE
OPERACÃO
TORNEIRO
MECÂNICO
b) Para alisar, dê os passes no sentido de B
para A e repasse de A para B, sem dar
profundidade de corte (fig. 9).
TORNEAR CGNICO USANDO A ESPERA
5.$ Fase
DETERMINEO avanço E A r.p.m., consi-
rando o diâmetro maior do cone.
6.a Fase
Fig. 8
I Fig. 9
a) As demais fases de execução são iguais às
da parte I.
MEC - 1965 - 15.000
Fig. 1
FASES DE EXECUÇÃO
L
TORNEIRO FURAR NO TORNO
FaLHA DE
MECANICO OPERAÇAO
4.5
A furação no torno é u m a operação Faz-se a furação, de preferência, após
feita, com broca helicoidal, no início da usi- o desbaste externo e o faceamento (fig. 1).
nagem de partes internas das peças, eni geral.
l.a Fase
CONES LIMPOS
FACEIE
---
2.a Fase
COLOQUEO MANDRIL para brocas 110
cone do mangote (fig. 2) e prenda a broca
pela haste cilíndrica (fig. 3).
Fig. 2
OBSEXVA~~ES:
a) Se a broca tiver haste cônica (fig. 4) não
precisa de tnandril; basta introduzir sua
haste no cone do mangote. Se necessário,
use bucha de redução (fig. 5). Para a inon-
tagem, os cones do mangote, da haste da
broca e da bucha de redujão devem estar
liiilpos e secos.
11) i'erificlue o guine da broca e, se necessi-
rio, pro~:iclencie a reafiação da inesina.
ESPIGA
.-.-. -. -.
HASTE cÔNICAaFig. 4 Fig. 5
MEC - 1965 - 15.000 79
corpo / /Haste cilíndrico
Fig. 3
TORNEIRO
FUKAR NO TORNO FGLHA DE
1 , ' Y Í C I N I C O . OPERAÇAO 4.6
c) Verifique o diâmetro da broca com paquí-
metro, medindo sobre as guias (fig. 6). Não
gire a mesma, quando esta estiver prêsa
entre os encostos do paq;imetro.
3.a Fase
PREPAREO TORNO, para a furação.
Consulte a tabela de velocidade de corte para
brocas e determine a r.p.m.
Limpe e lubrifique as guias do barramento.
4.a Fase
APROXIMEO CABEÇOTE MÓVEL de modo
que a ponta da broca fique a, mais ou menos.
10mm da peça (fig. 7), tendo antes girado a
manivela para que o mangote ficasse todo
para dentro.
5.a Fase
FIXEO CABEÇOTE MÓVEL,apertando a
porca, e ligue o torno.
6.a Fase
INICIEO FURO, girando o volante do
cabeçote móvel, até que a broca encoste na
peça.
Caso a broca vibre, ponha um calço de aço
macio na espera e force-o levemente contra
a mesma, à medida que a sua ponta penetra
na peça (fig. 8).
Fig. 6
Fig. 7
I
-.-
Cdpo do oscora-
Fig. R
7.a Fase
AFASTEo CALFO e verifique novamente oBsERvA~Ã02
se a broca vibra; sendo necessário, repita a Coloque os guines cortantes da broca em
fase anterior, até que a mesma fique centrada posição vertical, a fim de facilitar o corte
e a sua ponta penetre lia peça. quando a broca é pressionada pelo calço de
O MEC - 1965 - 15.0t
TORNEIRO
MECÂNICO I FURAR NO TORNO
I FOLHA DE
OPERACÁO
escora e, também, para manter o alinhamento
(fig. 9).
8.a Fase
CONTINUEA FURAR, afastando, constan-
temente, a broca da peça e limpando-a com
um pincel embebido em um fluido de corte
adequado ao material a ser furado.
5
Se o esforço para furar é muito grande, verifi-
que se a broca está bem afiada. No caso de
broca de diâmetro grande, às vêzes, é neces-
sário fazer um furo inicial de diâmetro menor
(fig. 10).
Furo inicial
Fig. 10
O uso de broca inicial, muito maior do que
a alma da broga final (fig. 1l), pode provocar
a quebra da mesma e acidente.
9." Fase
TERMINEO FURO, na profundidade de-
sejada.
OBSERVA~~ES:
Fig. 11
a) O comprimento do furo pode ser contro-
lado pela escala existente no mangote (fig. passo, neste caso, é igual ao comprimento
12); se não houver esta escala, use um total que fica fora do mangote, menos o
compasso interno. A abertura do com- comprimento do furo (fig. 13).
MANOOTL/'1
Fig. 12
Comp. do furo _Abertura dowmpos6e
- -
Com~rimrntototolr :
Fig. I?
IMEC - 1965 - 15.000
1) Quando é feita a furação no tôriloi
2) Quando é que se usa mandril para prender a broca?
3) Que cuidado deve-se tomar ao iiieclir a broca coin paquímetro?
4) Que se deve fazer para evitar que a broca vibre ao iniciar o furo?
5) Que se deve fazer para diminuir o esfdr~o,quando se fura com
broca de diâmetro grande?
6) Qual a diferença no comprimento de um furo que deve ser facea-
do de um que não será faceado?
TORNEIRO
FURAR NO TORNO FOLHA DE
MECÂNICO OPERACÃO 4.8
r
O comprimento indicado pelo compasso
pode ser marcado com um traço de giz ou com
uin anel de cobre, prêso na broca, quando o ---
coiripriinento do furo não é de grande preci-
são.
b) Veja se a medida da profundidade do furo
inclui, ou não, o cone da ponta da broca Fig. 14 - Furo que Fig. 15 - Firro a
nfio serú farenclo. .ser fr~cendo nlitil
(figs. 14 e 15). r o117prit1ie)7to.
c) Ao medir coin o pacluímetro a profundi-
dade do furo. a haste deve ficar apoiada na
parede do mesmo (fig. 16).
Fig. I6
82 MEC - 1965 - 15.000
! TORNEIR0 GONIOMETRO FOLHA DE
MECÂNICO
INFORMACÃO
(TRANSFERIDOR) TECNOLÓGICA
4.1
I
O mecânico tem necessidade de medir O instrumento que usa: para medir ou verifi-
I
I
ou verificar ângulos nas pejas que executa, a car ângulos, é um Goniômetro o.u Transferi-
fim de usinar ou preparar determinadas su- dor.
perfícies com o rigor indicado pelos desenhos.
MEDIÇÃO DE UM ÂNGULO
A medição ou verificação de um ângu-
lo qualquer, numa peça, se faz ajustando-o
entre a régua e a base do goniômetro. Êste
instrumento possui graduações adequadas,
que indicam a medida do ângulo formado pela
régua e pela base, e, portanto, do ângulo da
peça.
A unidade prática de medida angular
é o grau. Dividindo-se um círculo qualquer
em 360 partes iguais, o ângulo central corres-
pondente a uma parte é o ângulo de 1 grau.
O grau se divide em 60 minutos de ângulo e
o minuto se divide em 60 segundos de ân-
gulo. Os símbolos usados são: grau (O), minu-
to (') e o segundo ("). Assim, 54O 31' 12" se
lê: 54 graus, 31 minutos e 12 segundos.
Em geral, o goniômetro, ou instrumeil-
to de medida angular, pode apresentar, ou um
círculo graduado (360°), ou um semi-círculo
graduado (1800), ou um quadrante graduado
(90°). Pràticamente, 1 grau é a menor divisão
apresentada diretamente na graduação do go-
niômetro. Quando possui vernier, pode dar
aproximação de 5 minutos. O goniômetro de
alta precisão aproxima até 1 minuto.
Um tipo de goniômetro muito usado
na oficina é o Transferidor universal (fig. 1).
Suas duas peças fazem parte de um conjunto
denominado Esquadro combinado ou Esquu-
dro universal, que possui mais duas pejas (es-
quadro de centrar e esquadro com meia es-
quadria).
O fixador prende o disco graduado e a
régua. O alinhamento dos traços extremos do
disco (900 - 90°) fica paralelo aos bordos da
régua. No arco, encontra-se um traço "O" de
referência. Quando a base é perpendicular à
borda da régua, a referência "0" do arco coin-
cide com o "90°" do disco. Quando a base é
paralela à régua, os "zeros" do disco e do arco
coincidem.
Traço de reftr6ncici ('0'')
Rdguo groduo
.Ingulo que se lê na figura:
500 (ou o suplenzento 1300).
TORNEIRO
'9(TRANSFERIDOR)GONI~METRO
INFORMACAOTECNOLOGICAFOLHA DE 4.2 a
Para usos comuns, em casos de medi- No transferidor indicado na fig. 4, a 1â- ,
das angulares que não exijam extremo rigor, mina, além de girar na articulação, pode des-
o instrumento indicado é o transferidor sim- lizar através da ranhura.
ples (figs. 2, 3 e 4).
I
II
I
I
I
'1
1
I
1
1
=&XEMPLClSDE U50B DE WNIbMETRO OU T ~ F E R J ~ D O B
As figs. 5 a 7 apresentam alguns casos.
Fig. 7
CAUmfLiT"ImL50 BOM GONIÓMETRO OU ?"BAN.?FZRI3iCIR
1) Ser de aço inoxidável. 3) Ter as pejas componentes bem ajustadas.
2) Apresentar graduação uniforme, com tra- 4) O parafuso de articulação deve dar bom
ços bem rinos e profundos. apêrto e boa firmeza.
CONSERVAÇÃO DO GONIOMETRO OU TRANSFERIDOR
1) O goniômetro deve ser manejado com todo 4) Guarde-o em estojo próprio.
o cuidado, evitando-se quedas e choques.
5) O goniômetro deve ser aferido, isto é, de-
2) Evite ranhuras ou entalhes que prejudi- vem ser comparadas diferentes aberturas
quem a graduaqão. com ângulos padrões precisos.
3) Faça completa limpeza, após o uso, e lu-
brifique-o com óleo fino.
QUESTIONARIO
1) Quais são as características do bom goniômetro ou transferidor?
2) Que é grau? Que é minuto de ângulo? Que é segundo de ângulo?
3) Para que serve o goniômetro ou transferidor?
4) Qual é a menor divisão angular de um transferidor ou goniômetro?
5) Quais as condições de conservação do goniômetro ou transferidor?
6) Como o mecânico mede um ângulo de uma peça com o goniôrnetro ou transferidor?
>
84 ' MEC - 1965 - 15.000
A broca helicoidal é a ferramenta que,
adaptada à máquina, produz na peça um furo
cilíndrico, em conseqüência de dois movimen-
tos que se realizam ao mesmo tempo: rotação
e avanço.
O nome "helicoidal" é devido ao aspec-
to da broca, cujo corpo se apresenta com ares-
tas e canais em forma de uma curva denomi-
nada hélice.
A broca helicoidal é também chamada
broca americana.
4.3
FoLHA DE
INFORMAÇÁO
TECNOLÓGICA
TORNEIR0
MECÂNICO
lor do atrito, desgastam-se menos, podem tra-
balhar com mais rapidez, sendo, portanto,
mais econômicas.
BROCA HELICOIDAL
(NOMENCLATURA E CARAC'TERÍSTICAS)
I
7JPQ6 US.UAJ.8 E NOMENCLATURA
É fabricada, em geral, de aço ao car-
bono. Para trabalhos que exijam, porém, alta
rotação, usam-se brocas de aço rápido. Estas
oferecem maior resistência ao corte e ao ca-
Si& c
dd OEk*
Fig. I - Broca helicoidal de haste cilindrica.
Fig. 2 - Broca helicoidal de haste cônica.
As figs. 1 e 2 apresentam dois tipos
usuais, que se diferenciam pela haste.
As brocas de haste cilíndrica usuais
têm, em geral, diâmetros no máximo até 112".
São prêsas por meio de mandris.
As brocas de haste cônica são, quase
sempre, as de diâmetros acima de 112". Pren-
dem-se por meio de adaptação em furo cônico
do próprio eixo, ou por meio de buchas de
redução de furo cônico.
f Artisia da oontp
Fig. 3
FUNÇõES E CARACTERfSTICAS DAS PARTES DA BROCA
1) Ponta da broca
É constituída por duas superfícies cônicas
que, no seu encontro, formam a aresta da
ponta (figs. 1 a 3). O ângulo destas duas
superfícies cônicas é denominado ângulo
da ponta.
A ação da aresta é a de calcar o mate-
rial., mediante a grande pressão causada pelo
movimento de avanco (fig. 3). A aresta da
ponta não corta o ,material.
I
MEC - 1965 - 15.000
TORNEIR0 BROCA HELICOIDAL
FOLHA DE
INFORMAÇÁO 4.4
MECÂNICO -(NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS) TECNOLÓGICA
I
C
I A fig. 4 mostra, bem ampliado, um as- 3) Haste da broca
pecto da ponta de uma broca helicoidal.
Destina-se à fixação da broca na máquina.
As duas superfícies cônicas da ponta da Pode ser cilíndrica ou cônica.
broca se encontram com as superfícies dos ca-
As hastes cônicas'dão um apêrto mais
nais, formando as Arestas Cortantes (Fios ou
enérgico. Por isso, são usadas nas brocas de
Gumes da broca). Na furação, o corte é pro-
maiores diâmetros, que produzem maior es-
duzido por estas arestas, como se vê na fig. 5:
forço no corte.
c é o ângulo do gume, f o ângulo de folga ou
de incidência e s o ângulo de saída do cavaco
também conhecido por ângulo de ataque.
2) Corpo da broca
a) Guias - São estreitas superfícies heli-
coidais que mantêm a broca em posição
correta dentro do furo, sem produzir
corte, O DIÂMETRO DA BROCA É MEDIDO
ENTRE AS DUAS GUIAS (fig. 4).
b) Canais - São ranhuras helicoidais (fig.
5). Devido a esta forma helicoidal e ao
giro da broca, os cavacos produzidos pe-
las arestas cortantes vão sendo elevados
e lançados para fora do furo.
c) Alma - É a parte central da broca (fig.
Fig. 4
4), entre os dois canais. A alma aumenta
ligeiramente de espessura à medida que
se aproxima da haste, ou seja, os canais
vão se tornando mais rasos. Isso aumen-
ta a resistência da broca, que é sujeita
constantemente a um esforço de torção,
durante o corte.
O corpo da broca diminui ligeiramente
de diâmetro, a partir da ponta até a haste na
relação de 1 : 2.000. Dessa maneira, a broca
não se agarra à superfície do furo, quando êste
fôr profundo.
QUESTIOI - - RIO
1) Quais são os tipos usuais de brocas helicoidais (tipos de haste)?
2) Para que servem as guias e os canais? Que é a alma da broca?
3) Por que o nome "helicoidal"? Qual o outro nome da broca helicoidal?
4) Explique onde e como se dá o corte, na broca helicoidal.
5) Quais sãa os materiais de que se fabricam as brocas?
6) Por que as hastes cônicas são usadas nas brocas de maiores diâmetros?
86 MEC - 1965 - 15.000
1 TORNEIR0 FOLHA DE
1 MECÃNICO
O USO DA BROCA HELICOIDAL NO TORNO I NFORMAÇÁO
TECNOLÓGICA
4.5
I
A broca helicoidal 6, por vêzes, usada 2) para a execução de furo, definitivo, com
em trabalhos no torno. Eis alguns casos: diâmetro pequeno, quando não é posslvel
fazer nêlê penetrar- uma ferraminta deI 1) para a execução de furo, q;e deva ser pos-
torno;
teriormente torneado no seu interior por
I
uma das ferramentas de torno, tais como 3) para a execução de furo em peça fixada na
a de broquear, a de facear interno, ou a espera superior. Em tal caso, monta-se a
de abrir rosca interna; broca na árvore do torno.
BROCA FIXADA NO CABEÇOTE MóVEL
No caso mais comum do uso da broca dem ser de haste cilíndrica, não exigindo gran-
no torno, é ela fixada no cabeçote móvel, en- de pressão de corte, faz-se a fixacão no man-
quanto a peça se prende geralmente numa pla- gote por meio de um mandril (fig. 1).
ca de castanhas: a broca é então fixa, a peça As brocas maiores devem ser de haste
possui o movimento de corte e o avanço é cônica e se fixam, ou diretamente no mangote,
dado manualmente no volante do cabeçote se forem iguais os cones Morse, ou por meio
móvel, pelo deslocamento do mangote. da bucha de redução que for adequada (fig. 2).
Para brocas até cêrca de 1/2", que po-
Fig. 2
MODO DE GUIAR A BROCA AO INICIAR O FURO
A aresta da ponta da broca ao iniciar até que suas arestas cortantes tenhain pene-
a penetração na peça, devido à rotação desta, trado bem na peqa.
tende a desviar-se, podendo assim descentrar Em trabalhos comuns, usa-se guiar a
o furo. É necessário, portanto, guiar a broca, broca, no inicio do furo, por meio de uma
peça de aço doce ou de latão, podendo ter,
num dos topos, uma ranhura em "V" para en-
costo (fig. 3). Fixa-se esta peça no porta-ferra-
menta do torno, de modo a ajustar as duas
faces da ranhura em "V", Sem pressão, ao cor-
po da broca.
TORNEIR0
MECÂNICO
Fig. 3
PRECAUCOES PARA EXECUT.4R FURO CENTRADO
. . v -.
O USO DA BROCA HELICOIDAL NO TORNO
Pig. 5
FÔLHA DE
INFORMAÇÃO
TECNOL6G1CA
2) Pode-se também usar, na iniciação do furo
uma ferramenta chata de centrar, de pon-
ta aguda (fig. 5), montada no porta-ferra-
menta. Êste processo não é usado com mui-
ta frequência.' É aconselhável, no caso de
execução de furos em série, porque de-
manda menos tempo, visto ficar a broca
helicoidal fixada no mandril ou no cabe-
çote móvel, durante toda a duração do tra-
balho. Para iniciar cada novo furo, afasta-
se a broca helicoidal e aproxima-se do topo
da peça a ferramenta de centrar.
4.6
I
I
I
I
I
I
1
I
I
,
I
I
I
I
I
1
QUESTIONARIO
Fig. 4
É aconselhável usar, antes da execução
do furo, ou a broca de centrar, ou uma broca
curta, ou ferramenta chata de centrar.
1) Havendo necessidade de centragem rigo-
rosa, o furo pode ser iniciado com uma
broca de centrar (fig. 4). A broca helicoi-
dal, montada, depois no mandril (ou di-
retamente no mangote, ou em bucha de
redução), será guiada normalmente, sem
desvios.
88 MEC - 1965 - 15.01
. .,-
1) Cite três casos de utilização da broca no tôrno.
2) De que forma trabalha mais comumente a broca no tôrno?
3) Indique o processo de guiar a broca, para furo no tôrno.
4) Indique os métodos de executar furocentrado... .
Para firmar o mangote, após a regula-
gem da posição desejada da contraponta, atua-
se na trava, dando-lhe pequeno movimento
angular. Resulta o apêrto do escavado de duas
buchas cilíndricas internas contra o mangote,
que fica assim imobilizado.
Os deslocamentos longitudinais do man-
gote podem ser regulados por um dos dois
meios seguintes:
1)' Graduação retilínea na parte superior ou
na lateral (fig. 2).
4.8
7
TORNEIR0
MECÂNICO
CABEÇOTE M6VEL DO TORNO
2) Graduaçáo circular no eixo do volante.
Quando se usa a contraponta (no tor-
neamento externo), é conveniente aproximar
bem o cabeçote móvel da peça, para que a pro-
jeçáo do mangote (distância D na fig. 2) seja
a menor possível.
Na parte posterior do cabeçote, na
união do corpo com a base (fig. 3), há dois
traços de referência, para regulagem da posi-
ção que coloca a contraponta no alinhamento
da ponta. Nesta posição, os traços coincidem.
v
FOLHA DE
INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
Em trabalhos de grande precisão, não
convém confiar apenas nesta coincidência dos
traços de referência. Há niétodo rigoroso de
verificação do alinhamento da ponta e contra-
ponta, que será estudado oportunamente.
Há tornos em que o cabeçote apresenta,
na parte posterior, uma graduação de um lado
e de outro do traço de referência. Tal gradua-
ção facilita a regulagem do deslocamento la-
teral da contraponta, em certas operações de
torneamento cônico.
O uso correto do cabeçote móvel exige
os seguintes cuidados:
Fig. 2
1) Verifique o alinhamento da ponta e con-
traponta.
2) Fixe o cabeçote firmemente no barra-
mento.
3) Adote a menor projeção D (fig. 2) possí-
vel, no torneamento externo.
4) Trave o mangote, no torneamento externo.
QUESTIONARIO
, I 1) Quais são os cuidados no uso correto do cabeçote móvel?
2) Explique o funcionamento do mecanismo interno de deslocamento da contraponta.
3) Quais são as finalidades do cabeçote móvel?
4) Como se denominam as partes mais importantes do cabeçote móvel?
5) Como se regula o alinhamento da ponta e contraponta, no próprio cabeçote móvel?
MEC - 1965 - 1.5.00
TORNEIR0 FÔLHA DE
MECÂNICO
PLACA ARRASTADORA E ARRASTADORES INFORMACÃO
TECNOL6GICA
5.1
A placa arrastadora e o arrastador são dade transmitir o movimento de rotação da
usados quando se torneia uma peça entre- árvore à peça suportada entre a ponta e a
pontas, isto é, montada entre a ponta e a con- contraponta.
traponta. A fig. 1 mostra claramente a função
dêstes acessórios. O arrastador, firmemente prêso à peça,
A placa arrastadora, montada por meio transmite a esta o movimento de rotação da
de rosca na árvore do torno, tem corno finali- placa, funcionando como órgão intermediário.
Fabricada geralmente em ferro fundi-
do, apresenta-se nos três tipos das figs. 2, 3
e 4.
PLACADE RANHURA (fig. 2) - Neste
tipo se adapta uin arrastador de haste curva
como o indicado na fig. 7. Quando o arrasta-
dor está fixado na peça, a extremidade da haste
se aloja na ranhura.
PLACADE PINO (fig. 3) - É a que, qua-
se sempre, acompanha os acessórios normais
do torno. Com ela se emprega um arrastador
de haste reta como os indicados nas figs. 5 e
6. O pino da placa, em contato com a haste
do arrastador, determina o seu giro e, por-
tanto o da peça.
Fig. 2
Placa de arrasto, de ranhura.
PLACADE SEGURAN~A (fig. 4) - Neste
tipo de placa o arrastador fica alojado no seu
interior, que tem a forma de um cilindro raso
e oco. A haste do arrastador se encaixa numa
ranhura interna. É uma placa que protege o
operador contra possíveis pancadas do arras-
tador em movimento.
Fig. 3
Placa de arrasto, de pino.
Fig. 4
Placa de arrasto, de segurança.
1 TORNEIRO FGLHA DE
MECÂNICO
PLACA AlIRASTADORA E ARRASTADORES INFORMACAO 5.2
TECNOLÓGICA
I MONTAGEM E DESMONTACEM DA PLACA ARRASTADORA
A colocação da placa arrastadora na ár- decer a normas semelhantes às já expostas (veja
vore do torno ou a sua remoção devem obe- Ref. FIT 6.1).
ARRASTADORES
O tipo de arrastador mais empregado é o de haste reta (figs. 5 e 6) que trabalha com
a placa de pino ou com a placa de segurança.
Fig. 5 Fig. 6
O arrastador de haste curva (fig. 7) se
usa com a placa de ranhura. Há ainda o arras-
tador de mandíbulas reguláveis (fig. 8). Os
arrastadores de haste curva oferecem maior se-
gurança contra acidentes.
No uso dos arrastadores deve-se obede-
cer às seguintes normas:
1) escolher um arrastador em cujo orifício a
peça tenha pequena folga. É errado o em-
prêgo de um arrastador que tenha diâme-
tro interno muito maior que o da peça a
tornear;
2) fixar firmemente o arrastador na superfí-
cie da peça pelo enérgico apêrto do para-
fuso ou dos parafusos. (? apêrto deve ser
Fig. 7 Fig. 8
tal que impeça o deslizamento do arrasta-
dor, quando se dá a pressão do cbrte da
ferramenta;
3) ao colocar a peça emrepontas com o arras-
tador nela adaptado, deve-se pôr o pino
da placa em contato com a haste do arras-
tador. É crrado encostar-se o parafuso de
aperto do arrastador no pino da placa de
arrasto;
4) para colocar entrepontas uma peça que já
tenha superfície usinada no local de adap-
tação do arrastador, deve-se proteger essa
parte usinada com chapa de cobre ou de
outr'o material macio.
94 MEC - 1965 - 15.01
1) Para que serve a placa arrastadora? Para que serve o arrastador?
2) Quais os tipos de placas arrastadoras?
3) Explique como trabalha cada tipo cZe placa de arrasto.
4) Quais as nornias para o uso dos arrastadores?
As pontas do tôrno são cones duplos de
aço, temperados e retificados, cujos extremos
se adaptam aos centros da peça a tornearl cotii
o fim de apoiá-la (figs. 1 e 2).
-
5.3
PONTA E CONTRAPONTA
FÔLHA DE
INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
TORNEIRO
MECÂNICO
Chama-se ponta o cone duplo que é
montado na árvore do tôrno. O cone duplo
igual, que se monta no mangote do cabeçote
móvel, se chama contraponta (fig. 1).
O cone da haste dos dois (ponta e
contraponta) é estandardizado pelo sistema
"Morse" O cone da ponta é sempre de 60°
(fig. 2).
PONTA E CONTRAPONTA. MONTAGEM DA
PEÇA ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE
DA DILATAÇÃO DA PESA ENTREPONTAS
Fig. 1
MONTAGEM DA PONTA, DA CONTRAPON'I'A E DA PEGA
1) Verifique se os cones de 60° estão em per-
feitas condições para adaptação nos cen-A "
tros da peça. Qualquer mossa ou rebarba
prejudicará a correção do trabalho de
tornear.
Limpe cuidadosamente a ponta, a contra-
ponta e os furos cônicos de encaixe da ár-
vore do tôrno e do mangote do cabeçote
móvel. Partículas de pó, cavacos, etc. im-
pedirão a perfeita adaptação e prejudica-
rão a correta centragem da peça a tornear. 4) Adapte um centro da peça na ponta, apro-
Com estôpa enrolada em uma haste de xime cuidadosamente a contraponta do
metal pode-se fazer a limpeza dos furos outro centro. Gire o volante do cabeçote
cônicos. até perceber um ajustamento perfeito.
Êste se dá quando a peça pode girar sem
Lubrifique com graxa o furo de centro da folga, mas também sem estar pressionada
peça do lado da contraponta. entre a ponta e a coiltraponta.
REMOGAO DA PONTA E DA CONTRAPONTA
1) Para retirar a ponta da árvore do torno,
mantém-se sua extremidade, envolvida em
estopa, com utna das mãos. Com a outra
mão, dá-se uma pancada firme em uma
haste própria que tenha sido introduzida
no furo da árvore. Dêsse modo se conse-
gue afrouxar o apêrto da haste da ponta
e esta é retirada, em seguida, com todo o
cuidado, protegida pela estôpa.
Para afrouxar o apêrto da haste da contra-
ponta no mangote, gira-se o volante do
cabeçote móvel da direita para a esquerda,
até que as extremidades internas da con-
traponta e do parafuso de movimento do
mangote se toquem. Com urna ligeira
pressão, girando no mesmo sentido, con-
segue-se afrouxar a contraponta.
L I
MEC - 1965 - 15.000 95
TORNEIRO
PONTA E CONTRAPONTA. MONTAGEM DA PEÇA FÔLHA DE
MECÂNICO
ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE DA INFORMAÇÃO
' DILATAÇÃO DA PEGA ENTREPONTAS TECNOLÓGICA
5.4
CONTRAPQNTA REBAIXADA E SEU USO
Êste tipo de contraponta (fig.
3) serve facilitar o- comp1e~o
faceamento do topo das peças mon-
tadas entrepontas.
Vê-se, pela fig. 3, que a ponta
da ferramenta de facear atinge, sem
embaraço, a borda do furo do cen-
tro. Com o emprêgo desta contra-
ponta não deixa 'a ferramenta sobra
de corte no topo faceado. Sòmente
nos casos de faceamento se aconselha o uso da contra-
ponta rebaixada. (2 um acessório cuja ponta, por suas
medidas reduzidas, se quebraria fàcilmente em traba-
lhos mais pesados.
Fig. 3
INFLURNCIA DO CALOR DE -ATRTfCJ - DILATAÇÃO E C ~ N T R A C A ~fiA PEGA
A peça bem montada entre a ponta e vocar deformação na pega e danificar o tbrno.
a contraponta deve girar sem folga, mas tam- Conforme o grau de calor, pode ser alterada
bém sem estar pressionada. Ao ser desbastada, também a tçmpera das portanto, du-
porém, a peça se aquece, quer pelo atrito da
rante a operação, deve-se manter sempre bemponta da ferramenta, quer, no centro, pelo
com a contraponta. O calor D r o ~ u za lubrificado o centro e a contraponta. Deve-se,
dilatação da peça. Estando ela sem iolga, re- ainda, corrigir, de vez em quando. a ajusta-
sulta pressão sobre as pontas, capaz de pro- gem da contraponta no centro.
PONTA RDTATNA
Neste tipo de ponta, que
é adaptado no mangote do ca-
beçote móvel, não há atrito. A
ponta de aço pròpriamente
dita, temperada e retificada,
gira com a peça (fig. 4).
É montada dentro de
uma bainha, cuja parte poste-
rior é em cone Morse, para se
adaptar no furo do mangote.
Entre a bainha e a haste da
ponta rotativa se instalam três rolamentos, um dos quais de encosto. Assim, a ponta gira
suavemente e suporta bem esforços radiais e axias ou longitudinais.
QUESTIONARIO
1) Que são a ponta e a contraponta? Para que servem?
2) Indique quais as providências para a montagem e desmontagem das
pontas. ,
3) Explique o que é a contraponta rebaixada. Quando 6 usada esta
contraponta?
4) Explique qual a influência do calor de atrito. Que é a ponta ro-
tativa?
Fig.4
Estôjo de gabaritos de
curvaturas.
TORNEIR0
MECÂNICO
Fig. 5
I
A planeza das faces das peças verifica- trumentos auxiliares de controle, estará então
se por meio de réguas ou planos de controle. habilitado a verificar a forma que vai dando
Os ângulos entre faces podem ser verificados à peça, em obediência aos desenhos orienta-
por esquadros, goniômetros ou transferidores. dores da sua execução. Tais moldes ou mo-
Quando, entretanto, o mecânico necessita delos são chamados gabaritos.
executar uma peça com um perfil complexo
como, por exemplo, o da fig. 1, não bastam
os recursos citados.
Há curvaturas e formas especiais cujo
rigor tem que ser controlado durante a exe-
cução da peça, sem o que ela irá apresentar
defeitos e não poderá ser utilizada.
Em tais casos, o mecânico será obriga-
do a utilizar modelos ou moldes exatos de
partes do perfil. Muitas vêzes, terá mesmo
que confeccionar, antes da execução da peça,
um ou mais moldes do perfil. Com êsses ins- Fig. I
GABARITOS PADRGES (COMERCIAIS)
Para curvaturas em arcos de circunfe- que se quer verificar. Escolhe-se a lâmina
rência, de raios determinados, ou para ângu- adequada a cada verificação, pela indicação
OS, de aberturas determinadas, encontram-se (que tem gravada) do raio de curvatura ou
no comércio gabaritos padrões, já prontos, do ângulo.
constituídos de pequenas lâminas de aço iso-
Verifica-se se há ou não coincidência
ladas (figs. 2 e 3), em estojo (fig. 4), ou em
"canivetes" (figs. 5 e 6). Os gabaritos dos ti- dos perfis da peça e do gabarito, observando-
pos mostrados nas figs. 2, 3, 4 e 5 são também se o contacto contra a luz. Se não passa lumi-
chamados verificadores de curvaturar ou veri- nosidade, está perfeita a coincidência. Se pas-
ficadores de raios. Os da fig. 6 são co- Sa ~ U Z ,há frestas correspondentes a irlrgula-
nhecidos como verificadores de ângulos. ridades no perfil da peça. Estas vão sendo
Consiste o uso dêsses gabaritos em pô- corrigidas por meio de verificações e retoques
10s em contacto com a curvatura ou o ângulo sucessivos.
Fig. 2
;;IiFig. 3 Fig. 6
MEC - 1965 - 15.000 97
GABARITOS
FBLHA DE
INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
5.5
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  • 1. - ' L ' TORNEIRO MECÂNICO ( 1 FASE) MINISTÉRIO DA EDUCAÇAO E CULTURA-DIRETORIA D O ENSINO INDUSTRIAL h
  • 2. Coordenação de: AGNELO CORRFA VIANNA HELI MENEGALE JOAO B. SALLES DA SILVA LUIZ GONZAGA FERREIRA Elaboração de: HELIO NAVES -MEC -Goiânia HERCULANO LEONARDO SOBRINt LEOLINO DE SOUZA MATTA -SE NICOLINO TIANI - SENAI - São SÉRGIO RIBEIRO - SENAI - São DEUSDEDIT CÂMARA - SENAI - SILVIO DE TOLEDO SALLES - SEh i0 - iNAI - Paula Paulo Mina! IA1 - 5 G Mii
  • 3. SíMBOLOS DAS FERRAMENTAS Algarismos de aco Alargadores cõnicos Alicate universal Arco de serra Broca de centrar Contra molde Cossinete - Tarraxa - Desandador & Compasso de ferreiro (i! Compasso de centrar R Compasso de pontas /4 Contra - estampo cEE -Escala de ferreiro
  • 4. SíMBOLOS DAS FERRAMENTAS Ferro de soldar Graminho Estampo para rebites CI Limas rnurças * b @e a d ; Limas bastardas s i 4 @ f i o 4 Macete 0'3 Macho p- Malho L+ Mandril para brocas aMartelo tT Molde Morsa de mão w Mandril - manivela Punção de bico Porca calibre Verificador de rosca Fresa escatel
  • 5. TORNEIRO I TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO I FÔLHA DE I MEC*NICO NA PLACA UNIVERSAL OPERACÃO O torneamento cilíndrico é uma das da é quando a peça está prêsa na placa uni- operaçóes básicas da profissão de torneiro me- versal ou na de castanhas independentes. cânico. Trata-se de uma operação muito exe- Para abrir uma rosca ou para ajustar cutada em quase todos os trabalhos de tor- um eixo num mancal, numa polia, numa nearia. engrenagem, etc., faz-se o torneamento cilín- A maneira mais simples de ser efetua- drico. FASES DE EXECUGÃO I -- DESBASTAR l.a Fase Deixe para fora da placa um compri- mento maior do que a parte a ser usinada (fig. 1.) 2.a Fase PRENDAA FERRAMENTA de desbastar, verificando: a) O alinhamento (fig 1). A ferramenta de- verá ficar perpendicular à superfície a ser torneada. b) (3 balanço b, que deverá ser o menor pos- sível. c) A altura. A ponta da ferramenta deverá ficar na altura do centro da peqa. Para acertar essa altura, toma-se como referên= cia a contraponta (fig. 2). Fig. 1 Fig. 2 3.a Fase ção, afaste o instrumento usado, ligue o tôr- MARQUEO COMPRIMENTO a ser tornea- no e aproxime a ferramenta até que ela faça do, usando o compasso (fig. 3), a escala (fig. um risco que vai servir de referência durante 4) ou o paquímetro (fig. 5). Para a marca- o torneamento. Escala Fig. 3 Fig. 4 Fig. 5 MEC - 1965 - 15.000
  • 6. TORNEIR0 TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO FOLHA DE - MECÂNICO NA PLACA UNIVERSAL OPERACÃO 1.2 I I -. - O~SERVASÃO: 6.a Fase Consulte a tabela de velocidade de AVANCE1mm E TORNEIE,mais ou me- corte e determine o numero de rotações por nos, 3 mm de comprimento, com avanço ma- minuto (r.p.m.) antes de ligar o torno. nual, conforme figuras 8 e 9. 4.a Fase 7.a Fase IAPROXIMEA FERRAMENTA até tomar contato com o material (fig. 6). Fig. 6 1- 5.a Fase DESLOQUEA FERRAMENTA para a di- reita e tome referência no anel graduado Ifig. 7), marcando o ponto zero. _C Fig. 7 I Fis: 8 Fig. 9 DESLOQUEA FERRAMÉNTA, pare o torno e tome a medida (fig. 10). Determine quanto pode tirar ainda e quantos passes deve dar. Fig. I0 h, Comprimento do peço Fig. I 1 Fase - DÊ PASSES, em todo o comprimento (fig. 11), até que o diâmetro fique na medida 30 I MEC - 1965 - 15.000
  • 7. desejada e pare o torno. No fim de cada c) Se tiver que dar acabamento, deixe 0,5 a passe, afaste a ferramenta e volte com ela ao 1 mm a mais no diâmetro. TORNEIR0 MECÂNICO ponto de partida para iniciar novo corte. OBSERVA$~ES: a) Atenção para o sentido de giro da inani- vela, quando afastar a ferramenta. a) Antes de parar a máquina, afaste a ferra- b) Não abandone o torno nem desvie a aten- menta da peça e desengate o avanço auto- ção, enquanto êle estiver em movimento. mático. c) Cuidado com cavacos quentes e cortantes. L TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO NA PLACA UNIVERSAL b) Para o torneamento automático, determi- d) Não use mangas compridas, pois são mui- ne o avanço, consultando a tabela. to perigosas para trabalhar em torno. I1 - DAR ACABAMENTO FÔLHA DE OPERACÃO 1.a. Fase 1.3 SIJBSTITUAA FERRAMENTA de desbastar pela de alisar. 2.a Fase LIMPEE LUBRIFIQUE as guias do barra- mento usando escova, estôpa e almotolia (fig. '12). OBSERVA~ÃO: Verifique se a ponta está bem arre- dondada e a aresta cortante b,em aguçada. Se necessário. retoque a mesma com pedra Fig. 12 de afiar. 3.a Fase REPITAA 4.a E 5.a FASES da parte I e dê um passe na ,extremidade (fig. 13). MEC - 1965 - 15.000 31
  • 8. PAREO TORNO e verifique as medidas (fig. 10 ou 14). TORNEIR8 MECÂblICO 5.a Fase CALCULEQUANTO DEVE TIRAR AINDA, regule a ferramenta até atingir a medida, ligue o torno e complete o torneamento, com avanço automático. I TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO NA PLACA UNIVERSAL a) Mantenha-se ligeiramente afastado do tôr- no e atencioso durante o passe. b). Se usar fluido de corte, não deixe que se interrompa o jato. FOLHA DE OPERAÇÃO QUESTIONÁRIO 1.4 1) Para que se torneia cilíndrico? OBSERVAÇÃO: c) Quando tornear latão, use óculos prote- tores para os olhos ou uma rêde metálica Determine a r. p. m. e o avanço. Con- ou plástica sobre a ferramenta. sulte a tabela. d) Proteja, limpe e lubrifique as guias do torno constantemente, quando trabalhar com ferro fundido.4.a Fase Fig. 14 2) Como pode ser marcado o comprimento a ser torneado? I 3) Que se usa para medir um eixo desbastado: micrômetro, paquímetro ou compasso? Por quê? I4) Por. que não se deve usar roupa com mangas compridas, quando se está torneando? 5) Ao se prender o material na placa, quanto deve ser deixado para fora da mesma? 6) Que deve ser observado ao se prender a ferramenta? 7) No desbaste, quanto se deve deixar de. material a mais para dar acabamento? 8) Que precaução deve ser tomada em relação às guias do torno, quando se torneia ferro fundido? I 12 MEC - 1965 - 15.000
  • 9. .--- - - - -- .-- . .- . .. TORNEIR0 TORNO MECÂNICO HORIZONT.4L FOLHA DE INFORMAÇÁO MECÂNICO (NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS) TECNOLOGICA 1.1 O Tôrno mecânico horizontal é uma rotajão, por meio de uma ferramenta de corte máquina que executa trabalhos de tornea- que se desloca continuamente, com sua aresta mento destinados a remover material da cortante pressionada contra a superfície da superfície de urna peça em movimento de = peça. Fig. I - Tôrno mecânico horizontal. Vista de fvente. Fig. 2 Tdrno mecânico horirontal com transmissão extel-na. Vista lateral. Fig. 3 Tôrno mecânico horizon- tal com transmissão inter- na. Vista lateral. NOMENCLATURA As figs. 1 e 2 representam um rôrno torno, no qual o niotor e a transmissão se mecânico harizontal do tipo clássico, com acham na caixa do pé, não havendo assim motor elétrico e transmissão dispostos exter- polias ou .partes móveis salientes, que cons- namente. tituem perigo para o operador. A fig. 3 mostra a vista lateral de outro I IMEC - 1965 - 15.000 33
  • 10. T~RNEIRO TORNO MECÂNICO HORIZONTAL F6LHA DE MECÂNICO INFORMAÇÁO 1.2 (NOMENCLATURA E CARACTERISTICAS) TECNOLóGICA J Os tornos modernos tendem a se tor- pondente (fig. 4). Apresentam um aspecto nar cada vez mais blindados, com a quase compacto de linhas simples e de arestas mais totalidade do mecanismo alojada no interior acentuadas. das estruturas do cabegote fixo e do pé corres- ~ ~ ~ ~ r n ~O- MnC~ctrnwnpabtM I Vista de frente Vista lateral Fig. 4 - Tôrno mecânico horizontal CARACTERíSTICAS DO T6RNQ HORIZONTAL São consideradas características mais importantes as seguintes: 1) Distância máxima entrepontas (D, na fig. 4). 2) Altura das pontas em relação ao barramento (A, na fig. 4). 3) Altura da ponta em relação ao fundo da cava. 4) Altura da ponta em relação à mesa do carro. 5) Diâmetro do furo da árvore. 6) Passo do fuso roscado ou número de fios por 1" do mesmo 7) Número de avanços automáticos do carro. 8) Roscas de passos em milímetros (caixa Norton). 9) Roscas de passos em polegadas (caixa Norton). 10) Roscas módulo e diametral Pitch (caixa Norton). 11) Número de-velocidades da árvore. 12) Potência do motor em HP. QUESTIONAR10 1) No aspecto externo, em que diferem os tornos modernos dos antigos? Qual a vanta- gem principal, quanto ao novo aspecto externo? 2) Diga as características principais de um tôrno mecânico horizontal. 3) Em que consiste a operação de tornear? - 34 MEC - 1965 - 15.000
  • 11. ESCALA I F6LHA .DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA O mecânico usa a escala para tomar medidas lineares, quando não há exigência. de grande rigor ou precisão. A escala (fig. l), ou régua graduada, é um instrumento de aço que apresenta, em geral, graduações do sistema métrico (decímetro, centímetro e milímetro) e graduações do sistema inglês (,polegada e subdivisões). Fig. I As menores divisõ~s,que pe~mitemclara leitura nas gradua~õesda escala, são as de milímetro e 1/32 da polegada. Mas estas últimas, quase sempre, sòmente existem em parte da escala, que se apresenta em tamanhos diversos, sendo mais comuns as de 6" (152,4 mm) e 12" (304,8 mm). No caso das figs. 3 e 4, coincide-se o traço de 1cm com o extremo da dimensão a medir. Da leitura, subtrai-se depois 1cm. No indicado pela fig. 3, deve-se ter o cui- dado para não inclinar a escala. No indicado pela fig. 4, gira-se a escala nos sentidos indicados pelas flechas, até encontrar a maior medida. Quando se faz a medição em polegada, deve-se coincidir o traço de 1". IMEC - 1965 - 15.000 USOS DA ESCALA As figs. 2, 3 e 4 mostram alguns exemplos. Mede-se, neste caso, a partir do encosto da escala. Êste d e ~ eser bem ajustado na face do ressalto da peça. Esta face deve estar bem limpa. Fig. 2 - Medição de compri- mento com face de referêincia. Fig. 3 - Medição dk comprimento sem encôsto de reférência. Fig. 4 -Medição de didnzet~o.
  • 12. As figs. 5, 6 e 7 mostram três tipos de escalas para fins especiais. Fig. 5 -Escala de emcôsto interno. TORNEIRO MECÂNICO V Fig. 6 - Esca2a de profundidade. F6LHA DE INFORMAÇÃO TECNOL6GICA ESCALA . L.o* 1"lM"nJ Fig. 7 - Escala de dois encostos (usada pelo ferreiro). 1-4 Fig. 8 -Medição de comprimento com face interna de referência. Fig. 9 - M'edição de pro- fundidade de rasgo. Fig. 10 - Medição de profun- d i d a h de furo não vazado. CARACTERISTICAS DA BOA ESCALA 1) Ser, de preferência, de aço inoxidável. 2) Ter graduação uniforme. 3) Apresentar traços bem finos, profundos e salientados em prêto. As graduações de i/2 milímetro e de 1/64 da polegada na escala são de leitura mais difícil. CONSERVAÇÃO DA ESCALA 1) Evite quedas e o contacto da escala com 4) Náo flexione a escala, para que não se ferramentas comuns de trabalho. empene e não se quebre. 2) Não bata com a mesma. 5) Limpe, após o uso, para remover o suor e 3) Evite arranhaduras ou entalhes que preju- as sujeiras. diquem a graduação. 6) Aplique ligeira camada de óleo fino na escala, antes de guardá-la. QUESTIONARIO 1) Quais são as graduações bem visíveis da escala do mecânico? 2) Quais são as características de uma boa escala? 3) Em que casos o mecânico usa escala? 4) Quais são os cuidados a tomar para a conservação de uma escala? 5) Quais são os comprimentos mais comuns da escala (mm e polegada)? I 36 I MEC - 1965 - 15.000
  • 13. TORNEIRO I PAQUf METRO I FGLHA DE I MECÃNICO NOMENCLATURA-LEITiiRA-CARACTERf STICAS INFOR*<*CAo 11 5 1CONSERVAÇÃO TECNOLBGICA
  • 14. I MECANICO PAQUfMETRO FÔLHA DE TORNEIRO NOMENCLATURA-LEITURA-CARACTERÍSTICAS INFORMACÃO CONSERVAÇÃO TECNOLÓGICA 1.b I 1) O contacto dos encostos com as superfícies bem correta. Qualquer inc1inaçã.o dêste, da peça deve ser suave. Não se deve fazer altera a medida. pressão exagerada no impulsor OU no para- 3) Antes da medição, limpe bem as superfí- fuso de chamada. cies dos encostos e as faces de contacto da 2) Contacto cuidadoso dos encostos com a Peça. peça, mantendo 0 paquímetro em posição 4) Meça a peça na temperatura nor'mal. O calor dilata a mesma e altera a medida. i0 COM PAÇ.UÍM1- -_3 Podem resultar: 2) De quem mede (êrro devido a pressão ou contactos inadequados, leitura desatenta, 1) De construção defeituosa ou má conserva- descuido na verificação da coincidência de $50 do paquíinetro (graduação não uni- traços, posição incorreta do paquímetro, forme, traços grossos ou imprecisos, folgas deficiência de visão, visada incorreta do do cursor, arranhaduras). vernier e da escala). I UUIVI PAQU 1) Ser de aço inoxidável. 5) Encostos bem ajustados. Quando juntos, 2) Ter graduação uniforme. não deixam qualquer fresta. 3) Apresentar traços bem finos, profundos e salientados em prêto. Qualquer empeno do paquimetro, por 4) Cursor bem ajustado, correndo suave- menor que seja, pode prejudicar 0 rigor da mente ao longo da haste. medição. 1) Deve ser manejado com todo o cuidado, 5) Dê completa limpeza após o uso, lubrifi- evitando-se quedas. que com óleo fino. 2) Evite quaisquer choques. O paquímetro 6) Não pressione o cursor, ao fazer uma me- não deve ficar em contacto com as ferra- dição. mentas usuais de trabalho mecânico. 7) De vez em vez, afira o paquímetro, isto é, 3) Evite arranhaduras ou entalhes, que pre- compare sua medida com outra medida judicam a graduação. padrão rigorosa ou precisa. 4) O paquímetro deve ser guardado em estojo próprio. 1) Cite os erros de-medição que podem resultar sòmente do paquímetro. 2).Para que serve o impulsor do paquímetro? 3) Indique as condições para que uma medida seja bem tomada. 4) Cite os erros que podem resultar sòmente da pessoa que mede. 5) Quais são as características de um bom paquímetro? 6) Quais são os cuidados na conservação de um paquímetro? 7) Que é a aferição de um paquímetro? 38 MEC - 1965 - 15
  • 15. TORNEIRO I I ..LHA DE 1 ,.7 1I MECiNICO RECOMENDAÇõES SOBRE O USO DO TORNO INFORMAÇÁO TECNOL6GICA Tratando-se de máquina de grande pre- cisão, de mecanismo complexo, de constante emprêgo na oficina e de custo elevado, todos os cuidados devem ser adotados pelo opera- dor a fim de manter o torno sempre em or- dem e bem conservado, assim como para usá- 10, convenientemente, conforme as técnicas de trabalho mais adequadas e as indispensáveis normas de segurança. Algumas regras gerais, consagradas pela prática, são dadas em seguida, para orienta- ção dos principiantes. 1) Aprenda bem as funções dos seus diver- I sos órgãos. 2) Mantenha-o convenientemente lubrifica- do. 3) Conserve-olimpo e em ordem. A máqui- na suja não é adequada a um trabalho. 4) Compreenda e planifique completamente a tarefa, antes de iniciá-la. 5) Observe se o torno está bem equipado e, em seguida, trabalhe com prudência, e de modo ordenado. 6) Conserve afiadas as ferramentas de cor- te. As ferramentas embotadas ou "cegas" atrasam a produção; dão mau acabamen- to e impõem ao tôrno um injustificado ou desnecessário esforço. 7) Execute um corte que possa ser bem su- portado pela máquina, pela peça e pela ferramenta de corte. Várias sucessões de cortes leves desperdiçam tempo, obrigan- do o operador a trabalho desnecessário. 8) Tome interêsse pelo seu trabalho. Utilize i a máquina como se estivesse trabalhando para si próprio, 9) Afie, na pedra com óleo, os gumes das ferramentas de corte, depois que tenham sido esmerilhados, o que aumenta a du- ração dos mesmos. 10) Aprenda a ter responsabilidade. Isso é um requisito indispensávelpara que uma pes- soa possa trabalhar. 11) Concentre-se em seu trabalho. Uma falha de atenção pode causar sério acidente. 12) Nunca deixe a chave de apêrto encaixada na placa de castanhas. 13) Não tome desordenadamente as medidas da peça. Os detalhes dos desenhos ou dos esboços são dimensionados visando a fins determinados. Execute-os dentro dos li- mites especificados. 14) Não desperdice tempo trabalhando com precisão ou cuidado maiores do que os exigidos pelo desenho ou pelo esboço. 15) Não procure justificar-se quando inutili- zar uma peça. Assuma a responsabilidade, e procure executar peça melhor da próxi- ma vez. 16) Não manobre qualquer alavanca nem gire qualquer manípulo do torno, senão de- pois que,conheça os resultados da mano- bra. 17) Não deixe que os cavacos ou aparas se acu- mulem em tôrno da ferramenta de corte. Quebre-os com um gancho. Melhor ain- da é, em certos casos, esmerilhar a ferra- menta, dando-lhe um "quebra-cavaco" (rebaixo de forma adequada). 18) Não trabalhe no torno com camisa de mangas compridas. Mantenha-as enrola- das acima do cotovelo. 19) Não use paletó ou avental folgados, quan- do trabalhar no torno. 20) Não use também gravatas longas ou anéis. 21) Não trabalhe no torno e converse ao mes- mo tempo. Se você precisa falar, pare a máquina. 22) Não deixe de usar óculos de proteção, quando tornear peças cujos cavacos sal- tem. , 23) Não tente verificar um furo, sem antes proteger-se da ferramenta, a fim de evi- tar ferimentos no braço ou na mão. 24) Ao limar uma peça no torno, não o faça arqueando o braço esquerdo sobre a pla- ca. 25) Nunca coloque a mão ou os dedos em uma pesa ou ferramenta que esteja girando. L MEC - 1965 - 15.000
  • 16. 26) Não saia deixando o torno em movimen- Não deixe também peças ou ferramentas to. Se for obrigado a afastar-se da máqui- sobre o barramento do torno. na, desligue-a antes. 28) Não torneie com o carro transversal e a 27) Não deixe cair ou chocar-se a placa de cas- espera muito salientes em relação à cor- tanhas, a placa lisa ou a placa de arrasto rediça da sua base. contra as guias do barramento do torno. TORNEIRO F6LHA DE MECÂNICO RECOMENDAÇÕES SOBRE O USO DO TORNO INFORMACÃO TECNOLÓGICA Um hábito que se deve adotar, ao apren- der o manejo do torno, é o de certificar-se de que o carro se move livremente ao longo das guias do barramento, antes de pôr a máquina 1.8 TES PRECl TRABAL , INICIAR O 1) a porca do carro não está engrenada no fuso; 2) as alavancas de avanço não estão ligadas; em rotação. A primeira medida que o mecânico ex- perimentado deve tomar, quando vai traba- lhar em um tôrno, é mover o carro ao longo das guias, manualmente, para assegurar-se de . que: 3) a trava do carro não está,apertada; 4) as guias do barramento estão lubrificadas; 5) a peça passará livre pelo carro, quando em rotação. NOTA: AS recomendações e precauções, enunciadas acima foram traduzidas dos livros: - "Machine Shop Theory and Prac- - "Machine Too1 Operation", de Hen- tice", de Albert M. Wagener e Har- ry D. Burghardt e Aaron Axebrod lon R Arthur - Edit. D. Van Nos- - Edit. Mc. Graw Hill Book Co. trand Co. Inc. Inc.
  • 17. TORNEIR0 UTILIDADE DO TORNO MECÂNICO E FOLHA DE ' INFORMAÇÁO OPERAÇõES QUE REALIZA TECNOLÓGICA 1.9 MECÂNICO 0 torno mecânico é máquina-ferramen- 5) 'J ornas de platô, em geral de eixo hori- ta de muita utilidade nas oficinas mecânicas, zontal. Servem para tornear peças curtas, não sòmente porque se presta à execução de mas de grandes diâmetros, como aros de grande variedade de trabalhos, mas também rodas de locomotivas e vagões. porque a sua ferramenta de corte é relativa- mente simples e, na maioria dos casos, pode 6) Tornos automáticos e semi-automáticos, ser preparada na própria oficina. que possuem mudança automática de ali- Determinadas operações, que normal- mente se fazem em outras máquinas, tais I como a furadeira, a fresadora e a retifitadora, também se podem executar no tôrno, com adaptações relativamente simples. O tôrno é uma verdadeira máquina universal, porque pode substituir, até certo ponto, outras máquinas-ferramentas. mentação e emprêgo automático, em uma ordem determinada, das ferramentas ne- cessárias a cada operação. Nos tornos dêste tipo, que servem para a grande produção seriada, o material das peças a tornear tem movimentos de rotação e avanço de alimentação. De um modo geral, são comuns a todos os tipos de tornos, com as variações de dis- I positivos ou dimensões exigidas em cada caso, Os tornos mecânicos podem ser classi- os seguintes mecanismos e partes: ' ficados nos seguintes tipos: 1) Partes que suportam ou alojam os dife- 1 ) Tornos horizontais, de árvore horizontal e rentes mecanismos (barramento, pés, ca- barramento horizontal. beçotes, caixas). 2) Tornos verticais, com árvore vertical. 2) Mecanismos, que transmitem e transfor- mam o movimento de rotação da árvore 3) Tornos-revólver, no qual várias ferramen- (polias, engrenagens, redutores). tas, montadas em porta-ferramentas ade- quado~atacam a Peça sucessivamente, em 3) Mecanismos que possibilitam o desloca- operações diversas, pelo acionamento de mento da ferramenta ou da peça, em di- certos comandos rápidos. São tornos para ferentes velocidades (engrenagens, caixa trabalhos em série, de grande produção. de câmbio, inversor de marcha, fuso, va- ra, etc.). 4) Tornos copiadores -São os que produzem uin movimento combinado, obrigando a 4) Partes de fixação da ferramenta e da peça ferramenta a cortar-um perfil na peça, a tornear. que acompanha, por meio de uma guia, um outro semelhante tomado como mo- 5) Comandos dos movimentos e das veloci- dades.dêlo. IMEC - 1965 - 15.000 I
  • 18. -- - TORNEIR0 UTILIDADE DE TORNO MECÂNICO E FBLHA DE MECÂNICO INFORMAÇAO 1.10 OPERAÇõES QUE REALIZA TECNOLóGICA OPERAGõES QUE O TORNO REALIZA A feramenta de corte, conforme a sua posição ou a sua forma, pode ataczr a peça externa ou internamente. 1) Operações em que se dá deslocamento da ferramenta paralelamente ao eixo de rotação da peça. Eis alguns exemplos, em operações externas (figs. 1 a 3). Desbaste cilindrico Alisamento cili~zdrico Rôsca cilindrica externo. externo. externa. Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3 2) Operações em que se dá deslocamento da ferramenta perpendicularmente ao eixo de rotação da peça. Exemplos em ooperações externas.(figs. 4 a 6). Faceamento d esquerda. Fig. 4 Faceamento à direita. Fig. 5 Sangramento. Fig. 6 Torneamento rô~lico. Tor?zeameirto de perfil. Pig. 7 Fig. 8 3) Operações com deslocamento oblíquo em relação ao eixo de rotação da peça (fig. 7). 4) Operações com deslocamentos combinados, em direções diferentes (fig. 8). I Torneamento cilindrico interno. Fig. 9 Faceamento interno. Fig. 10 Torneamento conico Torneamento interno. de perfil Fig. 11 int~rno. Fig. 12 Qualquer dos quatro tipos gerais de operações citados pode ser também executado internamente, em furos. Exemplos (figs. 9 a 12). QUESTIONARIO 1) Por que o torno mecânico é uma das máquinas-ferramentas de maior utilidade? 2) Cite os mecanismos e partes que, em geral, são comuns a todos os tipos de tornos. 3) Indique e caracterize seis tipos de tornos mecânicos. 4) Cite os nomes de diversas operações externas e internas que o torno realiza indicando os deslocamentos da peça e da ferramenta. I I 42 MEC - 1965 - 15.000
  • 19. I TORNEIR0 FIX&ÃO DA FERRAMENTA DE CORTE FOLHA DE MECÂNICO INFORMACÃO 1.11 (NORMAS GERAIS) TECNOLÓGICA 1 A fixação da ferramenta de corte no importância, pois influem no rendimento e porta-ferramenta do torno e sua posição cor- na qualidade do trabalho, assim como na du- reta em relação à peça a tornear são de grande ração do corte da própria ferramenta. POSIÇÃO DA FERRAMENTA EM RELAGÃO A PEGA A ponta da ferramenta deve ficar à trabalho se torna defeituoso. Oferece, tam- Altzlra do Eixo Geométrico (ou do centro) bém, o perigo da ferramenta "enterrar-se" no da Peça (fig. 1). Então, os ângulos f (formado material, quebrando-se ou arrancando a peça. na frente), c (ângulo da cunha ou do gume Admite-se que, em operação de corte da ferramenta) e s (formado na parte supe- pesado (grandes cavacos), a ponta da ferra- rior), nas ferramentas bem afiadas, terão .os menta fique ligeiramente acima do centro valôres capazes de produzirem bom rendi- (cêrca de 1/40 do diâmetro da peqa, até um mento para o corte. Fig. 1 Para se obter a altura desejada, em máximo de 2 mm), para que na0 se dê flexão cada fixação de ferramenta, é usual o em- da ferramenta e pressão exagerada sobre O prêgo de um ou mais calços de aço, entre a carro do torno. parte inferior da ferramenta e a base do Quanto ao ângulo do eixo longitudinal porta-ferramenta (fig. 2). da ferramenta com o eixo longitudinal da Se a ponta da ferramenta fica abaixo peça, o valor é variável, conforme o tipo de do centro da peça, a aresta cortante tem maior trabalho. Por exemplo, reto (900) na opera~ão penetração, a ferramenta fica forçada, o metal de desbastar (fig. 3) e pouco inferior a 90° é arrancado, os cavacos têm saída difícil e o na operação de facear (fig. 4). ! . Fig. 4 MEC - 1965 - 15.000 43 Fig. 2
  • 20. TORNEIRO I FIXAÇÃO DA FERKAMENTA DE CORTE I F6LHA DE INFORMAÇAO 1 12 MECÂNICO (NORMAS GERAIS) TECNOL6GlCA I TIPOS DE PORTA-FERRAMENTA São usuais os indicados nas figs. 5, 6 e 7: o de poste (fig. 5), o de placa ajustável (fig. 6) e a torre quadrada (fig. 7). 14Fig. 5 Fig. 6 -Fig. 7 Os dois primeiros se prestam à fixação último, mais reforçado, serve para trabalhos da ferramenta de corte em trabalhos leves. O pesados, nos quais é grande o esfôrço de corte. Para que a ferramenta conserve bem tato superior no porta-ferramenta (figs. 9 seu corte, produza trabalho de bom acaba- e 10). No exemplo da fig. 9, a placa de mento e não trepide, deve ser rígida, isto é, apêrto deve estar bem nivelada, para que não deve flexionar, por pouco que seja, em se dê completo contato entre sua face in- virtude da pressão de corte. ferior e a face superior da ferramenta de corte. Fig. 8 Para que uina ferramenta de corte fi- que rígida, são necessários: 1) ter seção proporcional ao esforço de corte. Se êste fôr grande, usa-se ferramenta ro- busta. Se fôr pequeno, não há inconve- niente no uso de uma seção estreita; 2) ter o mínimo possível de saliência em re- lação ao porta-ferramenta (figs.8 e 10),isto é, o balanço b deve ser o menor possível; 3) ser enèrgicamente apertada, com as maio- res superfícies possíveis de apoio e de con- Fig. 9 Fig. 10 4 MEC - 1965 - 15.00
  • 21. TORNEIRO FACEAK NO TORNO FOLHA DE MECÂbl.(ICO OPERACÃO 2.1 A operação de facear externo normal- de referência, a fim de se poder marcar um mente é executada antes tle se fazer outra ope- comprimento (iig. 1) ou, ainda, para permi- ração na peça. Serve para preparar uma face tir furação sem o desvio da broca. FASES DE EXECUÇÃO l.a Fase PRENDAA PEÇA na placa (fig. 2). OBSERVAÇÃO: Deixe para fora da placa uni compri- mento L, menor ou igual ao diâmetro 1) do material. 2.a Fase PRENDAA FEKKAMENTA de facear adc- quada (fig. 3). OBSERVAÇ~ES: a) Deixe a aresta cortarite da ferramenta em ângulo com a face da peça (fig. 5) e na altura do centro (figs. 4 e 5). I)) O balariço 6 deverá ser o menor possível. Fig. 4 C) Quando, iiu taceamento de pecas não fu- radas, a ferramenta é prêsa aciina ou I abaixo do ceiitro (figs. 6 e 7j, ela deixa um resto de corte H que provoca a rup- Fig. 5 tura da ponta cortante. No caso de ser ferra~nentade carbonêto, ela quebra-se ainda com maior facilidade. Fig. 6 Fig. 7 Fig. 8. Fig. 9 MEC - 1965 - 15.000 47
  • 22. 3.' Fase LIGUEO TORNO,aproxime, cuidadosa- mente, a ferramenta do ponto mais saliente da peça (fig. 8) e fixe o carro principal. 1 OBSERVAÇÃO: Consulte a tabela de velocidade de corte e determine a r.p.m. TORNEIRO MECÂNICO I 1 4.' Fase TOMEREFERÊNCIA no anel graduado da espera (fig. 9). FACEAR N O TORNO DESLOQUEA FERRAMENTA para o cen- tro da peça (fig. 10), avance meio milímetro e corte do centro para fora. d 1 6.a Fase - FOLHA DE OPERAÇÃO REPITAA 5.a FASE até que a face da peça fique completamente lisa. 2.2 OBSERVA~~ES: a) Verifique se a peGa deve ser faceada nos dois lados e divida o material excedente pelas duas faces. b) Faça o movimento das mãos lento e uni- forme, para obter uma superfície bem acabada. Habitue-se a trocar de mão sem parar o deslocamento da ferramenta. c) O último passe deve ser bem fino (I a 2 décimos de milímetro). d) Sempre que possível, faceie usando o au- tomático do torno. Neste caso, consulte a tabela de avanços. Não deixe a ferramenta avanqar além do centro da peça (faceplana sem furo), pois isto prejudica o corte e pode quebrar a ponta. NOTAS: a) O faceamento no torno pode ser, também feito em peças prêsas: - entrepontas, com a contraponta rebai- xada para permitir o faceamento total (fig. 11). - em mandril paralelo (fig. 12). - em placa lisa com cantoneira (fig. 13). b) A ferramenta de facear deve ser escolhida conforme o caso (figs. 14, 15 e 16). c) Faceando entrepontas, use lubrificante na contraponta. d) Cuidado para que a ferramenta não toque a contraponta. Fig. 10 Fig. 11 pzno Fig. 12 CEAMENTO Fig. 14 - Faceamento de peça pequena, presa na placa uni- versal. Fig. 15 - Faceamento da peça entmpontas. Fig. 16 -Faceamento de peça grande, prêsa na placa de cas- tanlzas independentes. 8 I MEC - 1965 - 15.000
  • 23. USO DA PLACA UNIVERSAL DE MECÂNICO TRÊS CASTANHAS I TECNOLÓGICA.OLHA DE 1 2*1 1INFORMACÃO A placa universal de três castanhas é muito usada na oficina mecânica, pois permite centragem rápida da peça; apresenta, entre- tanto, os seguintes inconvenientes: 1) não serve para a fixação e centragem de peças de qualquer forma, mas sòmente para peças cilíndricas ou hexagonais; 2) depois de certo tempo de uso, devido ao desgaste no seu complicado mecanismo, não oferece centragem precisa; 3) exige cuidados na lubrificação. A ranhura não deve ser lubrificada, para evitar que os cavacos e sujeiras a ela adiram, influin- do -na precisão da centragem ou danifica- cando a placa. I Quando é necessário muita precisão na centragem de uma peça na placa, não convém usar a placa universal, mas a placa de casta- nhas que se movem independentemente umas das outras. MONTAGEM DA PLACA UNIVERSAL NA ARVORE DO TaRNO i Cuidados a tomar: 1) Coloque a placa sôbre um calço de madeira apropriado, no barramento do torno, como mostra a fig. 1. - Fig. 1 2) Limpe e lubrifique cuidadosamente a rôs- 4) Ajuste a placa contra o topo da árvore, ca da árvore e a face do flange. Qualquer com a mão direita, e, com a esquerda, gire sujeira ou rebarba nessa face pode tornar lentamente o torno, até que o encosto da defeituosa a centragem da peça. placa fique apertado na face do flange. 3) Limpe a rosca da placa com grampo pró- Nunca se deve montar a placa com o torno prio (fig. 2). em movimento. DESMONTAGEM DA PLACA UNIVERSAL DA ARVORE 1) Ligue as engrenagens de redução da mar- cha do tôrno. da fig. 1, que impedirá qualquer choque da placa contra as guias do barramento. 2) Coloque um calço de madeira entre uma das castanhas e (as guias posteriores do barramento (fig. 3). - 3) Gire manualmente a árvore no sentido in- dicado pela seta (fig. 3), para afrouxar o apêrto. 4) Desatarraxe a placa à mão, colocando an- tes sobre o barramento a peça de madeira Fig. 3 IMEC - 1965 - 15.000 49
  • 24. 5 ) Uma vez desmoiltada, deite a placa apoia- da sobre as castanhas. Coii~isso se evita que os cavacos, por acaso caídos no inte- TORNEIR0 USO DA PLACA IJNIVERSAL DE MECÃNICO TRÊS CASTANHAS rior da placa, possaui concorrer para eni- perrar o seu mecanismo. CLJTDADOS COM A PI.XGt1 I!NIVEKSAI. FQLHA DE INFORMACÁO TECNOLÓGICA 1) Não prenda na placa peças fundidas em bruto ou barras em bruto, com laininação defeituosa. 2) Não introduza canos no inanípulo da cha- ve de manobra com a finalidade de aumen- tar o braço de alavanca e tornar mais enér- gico o apêrto. 3) Para tornar melhor o apêrto da peça, basta usar a chave de manobra nos três encaixes dos pinhões da placa. 2.2 4) Lubrifique com graxa os pinhões e a coroa dentada da placa. N5o convém lubrificar a ranhura espiral, a fim de evitar a aderên- cia de sujeira ou cavacos. 5) De vez em quando, ou se houver alguma anormalidade no funcionamento da placa, desmonte-a e limpe cuidadosamente todas as peças do seu mecanismo. RECOMENDAC$3ES SBIIRE A FIXACiÃO DE PECAS NA PLACA CNIVERSAL 1) No caso de peças de grandes diâmetros, 3) Não fixe peças cônicas na placa, pois não prenda-as nos últimos degraus, evitando há possibilidade de mantê-las firmes. que as castanhas fiquem muito salientes, 4) A peça bruta, com empenanlento ou irre- ou seja, com pequeno encaixe nas ranhu- gularidade, não deve ser fixada na placa ras (fig. 4). universal. Esta só é usada para a centragem 2) A parte saliente da peça (figs. 5 e 6) não de peças bem uniformes. deverá, em regra geral, ser superior a três vêzes o diâmetro da peça (A 1 3 d). Fig. 5 Fig. 6 (Representação esquemática). 1) Quais são os incoi-i~enientesquanto ao uso da placa universal? 2) Quais as fases da inontagein da placa universal na árvore do torno? 3) Quais as fases e os cuidados na desmontagem da placa da árvore? 4) Quais os cuidados para conservacão da placa universal? 5) Indique algumas regras relativas à fixacão na placa universal. I 1 =O IMEC - 1965 - 15.000
  • 25. Para remover certa espessura de mate- rial, ou seja, "dar um passe", o torneiro ne- cessita fazer avançar a ferramenta contra a peça, na medida determinada. A fim de que o trabalho se execute de modo preciso, a me- dida da espessura a remover deve ser fixada e garantida por um mecanismo que, além de produzir o avanço, permita o exato e cuida- doso controle dêste avanço. O torno mecânico possui mecanismos que atendem a tais condições: 1,o) no carro transversal, cujo deslocamento é sempre perpendicular ao eixo da peça ou à linha de centros do torno; 2.3 2.O) na espera, onde se situa o porta-ferra- menta, que pode ser inclinada a qual- quer ângulo, pois sua base é rotativa e dispõe de graduação angular. FOLHA DE INFORMAÇAO TECNOLÓGICA TORNEIR0 MECÃNICO 0 Fig. 1 OS ANÉIS GRADUADOS DO T O R N O o carro, fazendo-o avanqar ou recuar, confor- me o 'sentido da rotação do parafuso (fig. 1). Os dois mecanismos possibilitam o O controle dos avanços, em qualquer avanço da ferramenta por meio de um sistema dos carros, se faz por meio de graduações cir- parafuso-porca. O parafuso gira entre buchas culares existentes ein torno de buchas oii fixas, pela rotação de um volante ou de ma- anéis cilíndricos solidários com os eixos dos nivela. Com o giro do parafuso, a porca (que parafusos de movimento, e junto aos volantes é prêsa à base do carro) desloca-se e arrasta ou às manivelas (fig. 1). OS ANÊIS GR.4DUaDOS Os anéis graduados, também chamados colares micrométricos, são os dispositivos cir- culares, que determinam e controlam as me- didas de que devem avanqar os carros, mesmo que os avanços tenham de ser muito peque- nos. Sobretudo nos trabalhos de acabamen- to e de execução de roscas (nos quais são ne- cessários pequenos passes de espessuras pre- cisas) o emprêgo do anel graduado evita difi- culdades ou erros. O torneiro pode garantir um determinado! avanço da ferramenta, gi- rando o anel graduado de um certo número de divisões, a partir de uma referência fixa. Nas tarefas de tornearia, principalmen- te na execução de roscas, os anéis graduados podem servir às seguintes finalidades: 1) Graduar a penetração da ferramenta, na operação de roscar. 2) Dar a penetração à ferramenta, para uma determinada medida. 3) Permitir um ponto de referência para acertar novamente a posição de uma fer- ramenta que tenha sido deslocada durante a operação. ANEL GRADUADO PAR.4 PROFUNDIDADES DE CORTE EM VIZLCIKES MÉTRICOS Para explicar coino se controla a pene- duado tenha 80 divisões iguais, conforme a tração, admitamos que o parafuso do carro figura 2. tenha o passo p = 4 mm e que o anel gra-
  • 26. Nestas condições, uma volta completa do anel graduado fará com que a porca, e por- tanto a ferramenta montada no carro, avance - - de 4 mm. Se for feito o deslocamento de apenas uma divisão do anel, o avanço a ou penetra- ção da ferramenta terá a medida: 4mm 1mm 80 - 20 - 0,05 mm.a=---- Aplicações 1) No anel da fig. 2, qual o número de divi- sões a deslocar para se ter uma profundi- dade de corte na ferramenta de a' = . . . . = 0,25 mm? Resposta: n = 0,25 t 0,05 = = 5 divisões. 2) Com um parafuso de passo p = 6 mm e um anel de 60 divisões iguais, qual o avan- ço a da ferramenta que corresponderá a 1 divisão? 6mm 1mm Resposta: a = --- --- - 60 - 1O - 0,l mm. Fig. 2 TORNEIR0 MECÂNICO ANEL GRADUADO PARA PROFUNDIDADE EM F ~ L H ADE INFORMAÇÃO TECNOL6GICA OS ANÉIS GRADUADOS DO TORNO FRAÇõES DECIMAIS DA POLEGADA 2.4 EXEMPLO- O parafuso tem 8 fios por pole- RESPOSTA:11= 0,015" +0,001'' = 15 divisões gada e o anel graduado apresenta 125 divisões iguais. Calcular o avanço correspondente a 1 2) Com parafuso de 4 fios Por polegada e divisão do anel. um anel de 125 divisões, calcular a pro- Uma volta completa do anel graduado fundidade de corte correspondente a 1 dará o avanço de 118" à ferramenta. Portan- divisão. to, o deslocamento de apenas 1/ 125 do anel determinará o avanço o; a profundidade de corte a: Aplicações Como a penetração da ferramenta é radial,1) Com o anel e o parafuso do exemplo ari- obtém-se no diâmetro uma redução de duas terior, calcular qual o número de divisões vêzesa penetração dada. ~ ~ ~ i ~se a penetra- adeslocarparase ter uma profundidade çáodaferramentafôrde0,1mm,odiâmetro de corte de a' = 0,015". sofre uma redução de 0,2 mm. 1) Indique três finalidades do anel graduado no torno. 2) Explique como funciona o anel graduado e como pode determinar e controlar a pe- netração transversal da ferramenta. 3) Com o passo p = 6 mm e 120 divisões do anel, calcular o avanço ou a profundidade de corte a. 4) Num anel micrométrico cujas divisões correspondem a 0,05, quantas divisões é preciso girar para um passe de 0,75 mm de profundidade? i2 MEC - 1965 - 15.00
  • 27. A operação de desbastar consiste em remover, da peça em rotação no torno, o ca- vaco mais .grosso possível (o cavaco de maior seção), tendo em conta a. resistência da ferra- menta de corte e da máquina, bem como a conservação do gume cortante da ferramenta. Visa o desbaste a obter, com o máximo de rendimento, uma medida na peça que seja ligeiramente superior, de cêrca de 1 milíme- tro, à medida desejada como definitiva. Atin- ge-se aproximadamente à medida definitiva por meio de novos passes da ferramenta para acabamento. Essa operação final, depois do desbaste, requer passes leves da ferramenta de corte, que devem ser constantemente contro- lados por instrumentos de medida ou por calibradores de medida. TORNElR0 MECÂNICO FERRAMENTA DE DESBASTAR , FOLHA DE INFORMACÃO TECNOLóGICA FERRAMENTA DE DESBASTAR Particularmente, no caso do torno, é A ferramenta é de desbastar B direita usual denominar-se Ferramenta de desbastar (figs. 1 e 3) quando, ao cortar, se desloca no a que produz a operação de DESENGROSSAR sentido do CABEÇOTE MÓVEL PARA O CABEÇOTE COM PASSES FORTES,nos casos de cilindrar, ou FIXO.É de desbastar à esquerda quando, ao de tornear cônico, isto é, de operar o corte cortar, se desloca no sentido do CABEÇOTE de modo tal que a ponta da ferramenta se FIXO PARA O CABEÇOTE MÓVEL (figs. 2 e 4). desloque respectivamente paralela ou incli- nada em relação ao eixo da peça. 2.5 Fig. 1 - Ferramenta reta de des- bastar à direita. Fig.3 - Fermmentn curva de des- bastar B di~eita. Fig. 2 - Ferrame7zta reta de des- bastar a esquerda. Fig. 4 - Fe~rainentacurva de des- basta~ci esquerda. FORMA DA PARTE úTIL DA FERRAMENTA DE DESBASTAR, FACES E ARESTAS A parte útil ou cortante da ferramenta para melhor rendimento ao corte. é esmerilhada de modo a formar duas arestas Os ângulos, suas denominações e valo- de corte ou gumes e a preparar certas faces res práticos, serão estudados oportunamente. que se dispõem. em ângulos determinados IMEC - 1965 - 15.000
  • 28. TORNEIR0 FÕLHA DE MECÂNICO FERRAMENTA DE DESBASTAR INFORMACAO TECNOLÓGICA 2.6 I Com o auxílio das figs. 5 e 6 serão aqui caracterizadas apenas as superfícies oti Faces e as arestas da parte cortante. Face de .saida ou ataque: A B C D A Face frontal: ABBVA"A Face frontal secundária: BCC"BJ'B Aresta de corte, gume ou fio: A B Aresta de corte secundária: BC Aresta frontal ou de incidência: BB' A inclinação da aresta de corte AB tem grande influência sôbre a duração do fio cortante, podendo produzir maior ou menor pressão de corte, maior ou menor vibração, devido à superfície do cavaco a arrancar. O ângulo r (figs. 7 e 8) chama-se ângulo de ren- dimento. eiii contato. Resulta aí maior pressão e a pos- Para um mesmo avanço a e uma rnes- sibilidade de maior vibração. Sobretudo, ma profundidade p de corte das duas ferra- quando no desbaste de peças de pequeno mentas das figs. 7 e 8, vê-se que, no caso da diâmetro, convém, portanto, ferramenta com fig. 8, há maior extensão da aresta de corte aresta de corte mais inclinada, como na fig. 7. ROBUSTEZ DA FEKKAMEN-I'I DE DESRASVI',4R A seção transversal mnop da haste da ferramenta (fig. 9) deve ser tal que a barra de aço possa resistir ao esforço de flexão que resulta da pressão de corte, ou seja, a pressão que se produz sôbre a aresta cortante, quando o cavaco é arrancado. A seçáo da ferramenta deve ser esco- lhida tendo em conta a seção do cavaco a arrancar, isto é, a área resultante do produto Fig. 9 a X p (avanço vêzes a profundidade do corte, figs. 7, 8 e 9). A regra usual é adotar-se uma área da seção da ferramenta 80 a 100 vêzes a área da seção do cavaco. Por exemplo, para um cavaco a cortar de 5 mm2 de seção, pode- se adotar a seção de 16 mm X 25 mril = 400 min2. Realmente, 80 X 5 mm2= 400 i1iin2. 1) De um modo geral, em que consiste a operação de desbastar? 2) Para que serve a ferramenta de desbastar? Quais os seus deslocamentos? 3) Quais são os nomes das faces e arestas da parte útil da ferramenta? 4) Explique a influência da inclinação da aresta de corte da ferramenta. 5) Como deve ser escolhida a seção da ferramenta de desbastar? ? * 4 MEC - 1965 - 15
  • 29. TORNEIRO I MECANICO I FERRAMENTA DE 1-ALEAR I FOLHA DE INFORMACAO TECNOLÓGICA 1 2.7 A operação de facear serve para remo- R A ~ Ã OQUE PERMI-rE, NO -TORNO, A O B T E N ~ Ã O ver material da peça em rotação no torno, DE SUPERFÍCIES PLASAS. fazendo o bico da ferramenta avançar em .4 operação de tacear pode ser, não sò- direcão perpendicular ao eixo da peça. Por mente por desbaste (passes profundos), mas iiieio do foceamento são feitos, no torno, os também em selni-acn1)ninento ou em acaba- planos dos topos das peça, os planos transver- mento (sucessivos passes leves, com controle sais dos rebaixos ou os cantos vivos dos i-e freqiiente das .medidas). baixos. Em suma, o faceainento é uma OPE- Fig. 1 F'rr~-~iii~rntareta (1'0 f ( i c ~ ~ iI. ti direita. Fig. 2 Irr~(itiic,!~tareta de ftir c.r!l- (i ~ s q ~ l e r d a . /*= 1 I ~errarnr?;tareta de 5 curva de direita. Fig. 6 Ferramenta cilrva de facear 6 esqz~erdn. FERKAMEN?',1 DE FACEAR Apresenta as formas das figuras 1, 2, lado do cabeçote iiióvel. Nas figs. 2, 4 e 6 a 3 e 4 (ferramenta ~ e t nde facear) ou as das ferramenta é de facear à esquerda, ou seja, figuras 5 e 6 (ferramenta cuwa de facear). produz planos do lado do cabeçote fixo. Nas figs. 1, 3 e 5 a ferramenta é de Existe tainbem outro tipo de ferra- fncerr~.ir t/ir.ritn, isto é, ela produz planos do menta de facear, que trabalha ciliildrando
  • 30. -- -. - - - - - -..- ---rTORNEIR0 FBLHA DE FERRAMENTA DE FACEAR INFORMAÇÁO MECÂNICO TECNOL~GICA 2.8 lateral direita. Fig. 7 em passes profundos, com pequeno avanço e produzindo faceamento no rebaixo que deixa na peça. As figs. 7 e 8 mostram as duas fer- ramentas: faca direita e faca esquerda. O faceamento com as ferramentas in- dicadas nas figs. de 1 a 4 é feito do centro I para o exterior da peça. Quando a ferramenta tem a face de saída ou de ataque, conforme indicado nas figs. 5 e 6, o corte é feito do exterior para o centro. O que influi, então, no sentido de deslocamento da ferramenta, é a forma da face de ataque: se ela é inclinada Ferramenta lateral esqu Fig. 8 para os lados, isto é, se o gume é lateral, o corte se dá do centro para o exterior; se a face é inclinada para trás, isto é, se o gume é frontal, o corte se dá do exterior para o centro, qualquer que seja a forma da ferra- menta: reta ou curva. As ferramentas das figs. 1, 2, 3 e 4 são montadas com pequena inclinação em relação ao eixo longitudinal da peça. As das figs. 5, 6, 7 e 8 são fixadas com o eixo longitudinal perpendicular ao eixo longitudinal da peça. FACES E ARESTAS DA PARTE CORTANTE DA FERRAMENTA DE FACEAR faca erda. Por meio da fig. 9, podem ser caracte- rizadas estas faces e arestas: -Face de saida ou ataque: ABCDA Face lateral: ABB'A'A Face frontal: BCC'B'B Aresta de corte, gume, fio: BA Aresta de corte secundária: BC Aresta frontal ou de incidência: BB' Os ângulos, que influem no corte, se- Fig. 9 1) Em que consiste a operação de facear? O faceamento permite desbaste e acabamento? 2) Quais os tipos mais comuns de ferramenta de facear? 3) De que depende o sentido de deslocamento da ferramenta ao se fazer o faceamento? 4) Por que náo se deve forçar a ferramenta de facear num desbaste pesado? I I 56 MEC - 1965 - 15.000
  • 31. TORNEIRO I FAZER FURO DE CENTRO NO TORNO I FOLHA DE MECÂNICO OPERAC~~O 13.1 É muito comum no trabalho do tor- tos, pois, do seu estado, dependem a perfeição neiro mecânico a execução de peças prêsas e a segurança das operações a serem executa- entrepontas ou na placa e ponta. Para qual- das na peça. quer dos dois processos de instalação da peça Furos alinhados, com superfícies lisas, é necessário fazer centro. ângulos e dimensões corretos, são indispensá- Os furos de centro devem ser bem fei- veis para uma perfeita fixação de peças. FASES DE EXECUCÃO 1." Fase PRENDAE CENTRE O material na placa. 2.a Fase FACEIE(fig. 1 - Veja Ref. FO 2/1). 3." Fase LIMPEOS CONES do mandril e do man- gote. 4.a Fase COLOQUEO MANDRIL no mangote (fig. 2). 5.a Fase PRENDAA BROCA DE CENTRAR no man- dril. a) Consulte a tabela de brocas de centrar e de furos de centro. b) Deixe fora do rnandril uma parte limi- tada (fig. 4). 6." Fase APROXIMEA BROCA da peça e fixe o cabeçote móvel, apertando a porca A (fig. 3). Deixe aproximadamente 10 mm entre a broca e a peça (fig. 4). Fig. 2 L v .Fzg. 4 AEC - 1965 - 15.000
  • 32. C N t I K U FAZER FURO DE CENTRO NO TBRNO FOLHA DE .....4ÂNICO OPERAÇÁO 3.2 1 8.a Fase FUREaté atingir a medida. I pregue fluido de corte adequado ao ma- I I I PRECAUÇÃO: terial. I OBSERVAÇÃO: a) Acione regular e lentamente o volante do cabeçote móvel (fig. 5). Consulte a tabela de velocidade de cor- te para brocas e detemine a r.p.m., conside- b) Afaste a broca, constantemente, limpe-a rando o diâmetro D (fig. 7). com pincel (fig. 6) e, se necessário, ern- Não ultrapasse o limite de rotação indi- C) Verifique 0 diâmetro D (fig. 7) com Pa- cada para a placa, a fim de não danificar a químetro ou escala e, se necessário, com- máquina e de não se expor a perigo. plete o furo na dimensão desejada. Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7 QUESTIONARIO 1) Para que serve o furo de centro em peça5 a serem torneadas? 2) Como é feita a escolha da broca de centrar? 3) Qual a precaução que se deve tomar em relação à rotação da placa, quando se quer fazer o furo de centro em uma peça? 4) Como se verifica se o furo de centro atingiu a medida desejada? 5) Como é feita a fixação do cabeçote móvel? 6) Que distância aproximada deve existir entre a broca e a peça, antes de iniciar a furação do centro?
  • 33. Quando as peças não necessitam ser torneadas entrepontas e são LONGAS demais 3.3 para serem torneadas sòmente na placa, usa- FOLHA DE OPERACÁOTORNEIRO MECÂNICO se um apoio: a contraponta. As peças finas e longas flexionam (fig. TORNEAR NA PLACA E PONTA 1) e, quando a "pega" é curta, podem esca- par-se da placa sob a ação da ferramenta. Para evitar êstes in- convenientes, usa-se colo- car um apoio, ou seja a contraponta, no extremo da peça, resultando disso a fixação na PLACA E PONTA (fig. 2). FASES DE EXECUÇÃO Fase FAJA FURO DE CENTRO numa extremi- dade do material. 2.a Fase COLOQUE LUBRIFICANTE no furo de centro (fig. 3). 3.a Fase LIMPEOS CONES e coloqiie a contra- ponta no mangote. 4.a Fase SITUEE FIXE O CABEJOTE móvel aper- tando a porca A (fig. 4). OBSERVAÇ~ES: a) O mangote deve estar fora do cabeçote de um comprimento igual a duas vêzes o seu diâmetro (fig. 5). b) A distância da contraponta à placa deve ser igual à parte da peça que fica para fora da mesma. Fase INTRODUZAO MATERIAL NA PLACA e feche as castanhas sem, contudo, prendê-lo. Fig. 3 Fig. 4 6.a Fase APERTEAS CASTANHAS, acertando antes Fase o furo de centro na contraponta e girando o VERIFIQUE O ALINHAMENTO da contra- material. ponta pelas referências B e corrija, se neces- sário, girando o parafuso C (fig. 4). 7.a Fase AJUSTE A PRESSÃO DA CONTRAPONTA, OBSERVAJÕES: girando a manivela do mangote, e fixe o mes- 1) Para essa correçáo, deve-se soltar a porca mo apertando a alavanca D (fig. 4). A (fig. 4). I I MEC - 1965 - 15;000
  • 34. I a) Torneia-se uma pequena extensão, a partir do topo da peça, do lado da contraponta. i I b) Toma-se a referência do ponto máxi- mo em que a ferramenta avançou trans- versalmente, no anel graduado. TORNEIRO MECÃNICO 2) No caso de peqas cuja cilindricidade é muito importante, pode-se verificar o ali- nhamento da contraponta do modo se- - guinte: c) Desloca-se a ferramenta para o ponto mais próximo da placa e torneia-seuma pequena parte, avançando a ferrainen- ta no sentido transversal exatamente até o ponto em que ela torneou na extremidade. d) Verifica-se com compasso externo (fig. 6) ou micrômetro. Diferença nos diâ- metros indica que a contraponta não está alinhada. Deve-se, por conseguin- te, fazer as correções necessárias no ali- nhamento da contraponta. Quando o diâmetro da extremidade for maior que o diâmetro próximo da placa, deve-se deslocas o cabeçote móvel no sentido de X, girando o parafuso C; caso contrário, deve-se deslocá-lo no sentido de Y, isto é, deve-se afastá-lo do operador (fig. 7). A contraponta sò- mente estará alinhada, quando os dois diâmetros forem iguais. TORNEAR NA PLACA E PONTA 9.a Fase PRENDAA FERRAMENTA e torneie. a) Consulte a tabela e determine a r. p. m, e o avanço. FOLHA DE OPERACÁO b) Durante o torneamento, evite retirar a peça da placa, sem acabá-la porque será mais difícil a centragem da mesma. 3.4 c) Proteja e limpe as guias do torno constan- temente, quando trabalhar com ferro fun- dido. a) Verifique constantemente o ajuste da con- traponta e lubrifique-a, pois, durante o torneamento, a peça se aquece e se dilata, razão pela qual a contraponta deve ser reajustada. b) Quando tornear latão, use óculos proteto- res para os olhos ou uma rêde, metálica ou plástica, sobre a ferramenta. Fig. 7 Fig. 6 I62 IMEC - 1965 - 15.000
  • 35. TORNEIRO MECÂNICO I SANGRAR NO TORNO I FOLHA DE OPERACÃO 13.5 A operação de sangrar no torno é muito SANGRAR OU BEDAME (fig. 1); tem a .ponta há- executada pelo torneiro na abertura de canais gil e, por isso, é necessário muito cuidado na e no corte de peças. A ferramenta usada nes- sua utilização. sa operação é denominada FERRAMENTA DE Bedame de lâmina. Fig. 1 Bedame comum. FASES DE EXECUÇÃO I - ABRIR CANAL l.a Fase PRENDA,A PESA. OBSERVA~ÃO: Se usar placa, introduza a peça o máximo pos- sível, de forma que o canal a ser feito fique' próximo das castanhas, a fim de evitar que a peça flexione (fig. 2). 2.a Fase MARQUEOS LIMITES DO CANAL usando uma ferramenta de ponta e o paquímetro (fig. 3) ou, então, com o compasso de centrar e a escala (fig. 4). OBSERVAJÁO: A marcação pode também ser feita direta- mente com o bedame a ser usado para fazer o canal. 3.a Fase PRENDAO BEDAME, observando a altu- ra e o alinhamento (figs. 5 e 6). OBSERVAJ~ES: a) O balanço B deverá ser o menor possível (fig. 5) a Pig. 3 Fig. 4
  • 36. 1 TORNEIRO SANGRAR NO TORNO F6LHA DE MECÂNICO OPERAÇAO 3.6 b) Na operação de sangrar é muito conve- niente o uso de suporte de mola (fig. 5). este tipo permite executar a operação sem deslocar lateralmente o bedame. 4.a Fase LOCALIZEO BEDAME entre as marcas limites do canal e bloqueie o carro principal. Fase PREPAREE .LIGUE A MÁQUINA. Consulte a tabela e determine a r. p. m. Fase AVANCEO BEDAME até tocar de leve na peça (fig. 7) e acerte o anel graduado do carro transversal na referência O (zero - fig. 8). 7.a Fase SANGRE,formando o canal. a) Avance o bedame cuidadosamente, de dé- cimo em décimo de milímetro, cortando num extremo do canal próximo à marca limite (fig. 9). Caso o esforço seja muito grande, vá deslo- cando ligeiramente o bedame no sentido la- teral de modo que o canal fique um pouco mais largo e êle possa penetrar livremente. b) Desloque a ferramenta com a manivela do carro principal e repita o mesmo tra- balho na outra extremidade do canal (fig. 10). Fig. 5 Fig. 7 Fig. 6 -Fig. 8 MQML limita c Fig. 9 OBSERVAÇÁO: Deixe, aproximadamente, 0,2 mm a mais no Fig. 10 diâmetro e 0,2 mm de cada lado do canal, para acabamento. I r ' 64 MEC - 1965 - 15.000
  • 37. Fase TORNEIRO MECÂNICO TERMINEO canal faceando os flancos primeiramente (fig. 11) e depois o fundo OBsERvA~": (fig. 12). S>enecessário, reahe o bedame. Fig. 11 SANGRAR NO TORNO I1 - CORTAR l.a Fase PRENDAA PESA (Veja parte I, 1.a Fase). FOLHA DE OPERAÇÁO 2.a Fase PRENDAO BEDAME (Veja parte I, 3.7 3.a Fase). O bedame usado para cortar material no tôr- no tem a aresta inclinada em relação ao eixo geométrico da peça (fig. 13). Esta inclinação evita RESTO DE CORTE na peça que se destaca. Para melhorar o acabamento da face da peça cortada, é comum fazer-se, também, um pequeno ângulo de saída ou de ataque (fig. 13 - Corte AB). 3.a Fase Fig. Fig. 12 Corte A- B LI Fig. 14 MARQUE O comprimento da peça (fig. 14). 4.a Fase SANGREcomo na 7.a fase, parte I, dei- xando material para facear. 5.a Fase CORTEA PESA (fig. 15). I I MEC - 1965 - 15.000 65
  • 38. Fig. 16 I TORNEIRO MECÂNICO OBSERVA~~ES: I a) No caso de peça furada, a altura do be- dame deve ficar ligeiramente acima do centro da mesina (fig. 16). b) Se o número de peças a cortar for grande, use bedame "pescojo de cisne", também chamado "bedame de gancho". Neste caso, quando a peça gira em sen- tido contrário e a ferramenta se encontra vol- tada para baixo, o corte é feito com mais faci- SANGRAR NO TORNO I lidãde (fig. 1'7). OBSERVAÇÃO: O sangramento com a ferramenta voltada para baixo e a peqa girando em sentido con- trário é muito aconselhável no caso de peças de grandes diâmetros e quando já há alguma folga entre a árvore e o manca1 do torno. PRECAUJÁO: NOTA: Quando se sangram peças compridas, Adote êste processo sòmente se o torno tem o esforço do bedame é muito acentuado. Usa- placa de encaixe cônico e prêsa com porca, se, por isso, uma luneta fixa, a qual deve ser pois, nos tornos comuns, a placa pode se de- montada bem próxima ao canal ou ao corte satarraxar, expondo o operador a perigo. a ser executado (figs. 18 e 19). FOLHA DE OPERACÃO . , I 66 MEC - 1965 - 15.000 3.8
  • 39. I-'----- -- -- .. - O número de rotações da árvore do torno não pode ser adotado, à vontade, arbi- tràriamente, pelo torneiro. Depende a sua determinação de alguns fatores, dentre os quais são de grande importância a espécie do material a tornear, a espécie do material da ferramenta de corte, o diâmetro da peça, o tipo de operação (desbaste, acabamento). Por exemplo, para tornear material macio, usa-se maior número de rotações que para material duro. Para um mesmo material a tornear, emprega-se maior número de rota- ções quando a ferramenta é de aço rápido do que no ,caso de ser a ferramenta de aço ao carbono. 3.1 O número de rotações é sempre con- minuto", isto é, o número de rotações no siderado em relação ao tempo de 1 minuto. A tempo de 1 minuto. abreviatura "r.p.m." significa "rotação por F6LHA DE INFORMAÇAO VECNOLÓGICA TORNEIR0 MECÂNICO ABELAS OU ESCALAS USUAIS DE "r.p.m." NOS TC1.lut ROTAÇÃO POR MI~TUTONO TOKNO (TABELAS) I Os tornos mecânicos têm, em geral, 1.0) 16 diferentes "r.p.m.": 17 - 23 - 28 - variações reduzidas de "r.p.m." 37 - 45 - 59 - 74 - 98 - 121 - 158 Nos tornos antigos, de polias em de- - 200 - 264 - 319 - 420 - 532 - 700 graus, são comuns as variações de 8 a 12 rota- ções diferentes. Exemplo (caso de 9): 44 - 71 - 112 - 177 - 280 - 354 - 450 - 560 - 900 r.p.m. Nos tornos modernos, o cabeçote fixo contém complicados Jogos de engrenagens de mudanças, que permitem variações mais am- plas, como se mostra pos dois exemplos se- guintes: r.p.m. 36 diferentes "r.p.m.": 14 - 16 - 19 - 22 - 25 - 28 - 32 - 37 - 42 - 48 - 56 -64-75-85 -98 - 113- 128 - 146 - 169 - 192 - 222 - 260 - 300 - 340 - 385 -445 - 500 - 580 - 665 - 765 - 895 - 1025 - 1175 - 1335 - 1530 - 1750 r.p.m. Existem três processos: 1.0) Cálculo mediante o emprêgo de uma fórmula matemática, sendo conhecidos o diâmetro da peça e um valor chaniado "velocidade de corte", dado por tabelas. OBSERVAÇÃO: A velocidade de corte dada em tabelas já considera o tipo de material a ser torneado, o da ferramenta e a espécie de trabalho, isto é, se se trata de desbaste ou de acabamento. 2.") Uso de um gráfico, conhecidos tambeni os dois elementos citados. a tornear, material das ferramentas de corte e tipos de operação (desbaste, aca- bamento.). Só será apresentado aqui o terceiro caso, o de tabelas. Em qualquer dos processos, obtido um determinado número de "r.p.m.", adota-se o igual da gama de velocidades do torno, se houver. Em geral, porém, não há coincidência. DEVEMSER ADOTADAS ENTÃO AS "r.p.m." LOGO ABAIXO DAS OBTIDAS pelo cálculo ou pe- los gráficos ou tabelas. 3.O) Emprêgo de tabelas de "r.p.m." em que A título de exemplo se encontram, no diferentes diâmetros das peças são consi- verso, tabelas resumidas de "rotações por derados em relação a diversos materiais minuto" para certos casos. IMEC - 1965 - 15.000
  • 40. @ TABELA DE "r.p.in PARA DESBASTE COM -TA DE ACO AO CARBONO DIÂMETROS WTERIAL A TORNEAR Ferro fundido TORNEIR0 MECANICO Aço doce C ' * FOLHA DE INFORMACAO TECNOLÓGICA ROTAÇÃO POR MINUTO NO TORNO (TABELAS) O - d o 11" 1"Aço duro Bronze 182 159 Latão e dlumínio 296 259 @ TABELA DE nr.p.mm PAJU ACAJL 3.2 DE ROTAÇÕES POR MINUTO (r.p.m ) 4 8 42 3% 35 32 29 27 25 95 85 76 69 64 59 55 51 80 71 64 58 53 49 45 42 48 42 38 35 32 29 27 25 127 113 102 93 85 78 73 68 207 184 166 150 138 127 118 110 D COM FERRBMENTA DE AÇO AO CARBONC DIAMETROS (mm)- MATERIAL A TORNEAR N ~ E R oDE ROTAÇ~ESPOR MINOTO (r.p .m ) Ferro fundido Aço doce Aço semi- duro Aço duro Bronze Latão e Alumínio @ TABELA DE "r.p .mn PARA DESBASTE COM FERRIU~BNTADE AÇO R ~ P I D O 136 159 136 91 296 341 .DIÂMETRos (mm)- MATERIAL A TORNEAR Ferro fundido Aço doca Aço semi- duro Aço duro Bronze Latão e Aluminio C I 68 MEC - I 06s - 15 nnn 28 4 N-O DE ROTAÇÕES POR MINUTO (r.u.m ) - -- - - - - -- - --- - - - - - - -- - - @ TBBELA DE "r.p.mn P.AU ACABAMENTO COM FERRAhENTA DE AÇO R&IDO 119 139 119 80 259 298 159 227 182 136 227 455 DIÂMETROS ( 1 - MATERIAL A TORNEAR Ferro fundido IAço doce Aço aemi-duro "2"1 Latão e Aluminio 106 124 106 71 230 265 139 159 119 199 398 EXEMPLOS: 3.0) Obter, nas, tabelas, as r.p.in. para desbas- 1 tar ferro fundido corn ferramenta de aço 1.0) Obter, nas tabelas, as r.p.m. para desbas- rápido, diâmetro da peça 40 mm. Res- I tar aço duro com ferramenta de aço rá- posta: 111 r.p.m. (tab. 3). pido, diâmetro da peça 55 mm. Res- 1 posta: 69 r.p.m. (Tab. 3). OBSERVA~ÃO: No caso de diâmetros que não constam 2.') Obter, nas tabelas, as r.p-m. para traba- nas tabelas, tomar a "r.p.m.", indicada para lhos de acabamento em latão C O ~ Iferra- menor mais próximo. Exemplo: para des- 1 menta de aço ao carbono, diâmetro da bastar bronze com ferramenta de aço rápido, I peça 90 mm. Resposta: 106 r.p.m. (tabela diâmetro da peça 72 mm, deve-se trabalhar 1 2). com 91 r.p.m. - 95 111 95 64 207 239 124 1 9 9 1 7 7 1 5 9 141 106 177 354 28 1 321 361 40 1 4 501 551 601 65 1 701 751 801 90 COO m o DE BOTAÇÕES POR MINUTO (r.p.m ) 85 99 85 57 184 212 111 127 95 159 318 205 541 250 L82 341 P68 104 174 127 93 174 289 76 89 76 51 166 191 99 113 85 141 283 179 298 219 159 298 497 95 159 117 85 159 265 69 8 1 69 46 150 174 159 265 195 141 265 442 89 102 76 127 255 64 74 64 42 138 159 74 85 64 L06 212 81 1 4 1 1 2 7 1 1 6 1 0 6 93 69 116 231 88 147 108 78 147 245 115 191 140 102 191 318 76 127 93 68 127 212 143 239 175 127 239 398 82 136 100 73 136 227 59 69 59 39 127 147 69 98 78 59 98 196 127 212 156 113 212 354 - 55 64 55 36 118 136 - 64 91 73 55 91 182 57 95 70 51 95 L59 72 119 88 64 119 199 64 106 78 57 106 177 51 59 51 34 110 127 59 85 68 51 85 170 48 56 48 32 103 119 56 80 64 48 80 159 42 50 42 28 92 106 50 71 57 42 71 141 38 45 38 25 83 95 45 64 51 38 64 L27
  • 41. Fig. 1 TORNEIR0 F ~ L H ADE MECÃNICO BROCAS DE CENTRAR INFORMAÇAO TECNOLÓGICA 3.3 Para se tornear urna peça que deva ser contraponta. Quando se precisa tornear, pren- ap~iadaentre a ponta e a contraponta, é ne- dendo a peça na placa e apoiando o outro cessário fazer centros nas faces dos dois topos. extremo na contraponta, também se pratica Os centros são furos de forma cônica, aos uin furo de centro, lia face dêsse outro topo, quais se adaptam os cones da ponta e da para adaptacão da contraponta. TIPOS USUAIS DE CENTROS O 0 N Fig. 3 O mais comum é o. centro simples, careada a 1200. Há tanibém o centro prote- como se vê na figura 1. Compõe-se de uma gido do tipo da figura 3: em lugar da entrada entrada tronco-cônica de 60°. Segue-se um escareada a 120°, há um pequeno rebaixo furo cilíndricb. Na parte tronco-cônica se cilíndrico. Tanto o escareado a 120°, como o adapta a ponta ou a contraponta, cujos cones rebaixo, têm a função de proteger a parte são de 600. O furo cilíndrico penni~eque fi- conica contra choques que possam produzir que livre o extremo da ponta ou da contra- mossas, deformações ou rebarbas capazes de ponta e é, ao mesmo tempo, um pequeno prejudicarem o rigor da centragem. depósito de óleo, que serve à lubrificação O cone do centro e o cone da ponta dessas partes em contato e sujeitas a atrito devem ter o mesmo ângulo (60°), para per- devido à rotação da peça. mitir a ajustagem exata da ponta ou da con- A figura 4 mostra claramente como se traponta. Se assim não acontecer, a peja girará ajusta a ponta do torno no interior do orifí- mal guiada e o torneamento será imperfeito. cio de um centro simples. Deiiiais, a ponta e a contraponta se desgas- Outro tipo é o centro protegido indi- tam mais ràpidamente, se a centragem não cado na figura 2. Além das partes cônica e fôr correta. cilíndri'ca, êste centro possui uma entrada es- f MEC - 1965 - 15.000
  • 42. 'DIAMETROS MEDIDAS DAS BROCAS 'DIÂMETROMAXI~ DAS PEÇAS (mm) MO DO ESCAREK d D c C Do IE) lmn) 5 a 1 5 . 1;5 5- 2 40 4 16 a 20 2 6 3 45 5 21 a 30 2,5 8 3.5 50 6 , s 31 a 40 3 10 4 55 7,5 41 a 60 4 12 5 66 10 61 a 100 ' 5 14 6,s 78 12.5 I . TORNEIR0 FBLHA DE MECÂNICQ BROCAS DE CENTRAR INFORMAÇAO TECNOL6GICA 3.4 . BROCAS DE CENTRAR Para a execução dos centros nas peças, sua forma, executam, numa só operação, o usam-se brocas especiais, as Brocas de centrar, furo cilíndrico, o cone e, ainda, o escareado cujos tipos inais comuns são indicados a se- (fig. 6). guir: broca de centrar simples (fig. 5) e As medidas dos centros devem ser ado- broca de centrar com chanfro de proteção tadas em proporção com os diâmetros das (fig. 6). A primeira é, em geral, de aço car- peças. A tabela abaixo apresenta dados práti- boilo; e a segunda de aço rápido. Devido à cos. .- .- Fig. 5 Fig. 6 EXECUCÃO DO CENTRO Não convém executar o centro na fu- radeira, a não ser que, pela sua forma, a peça não possa ser fàcilmente prêsa r,a placa. O melhor processo de executar furo de centro é o mostrado na figura 8, utilizando-se a broca de centrar, montada em mandril fi- xado no cabeçote móvel, e a peça prêsa na placa universal. Como a broca é fraca, deve-se operar com avanço bem lento e com a velocidade da árvore de acordo com a tabela para brocas. Se o avanço for rápido, resulta a que- bra da ponta da broca, que fica encravada no furo já iniciado. QUESTIONÁRIO 1) Que são os centros da peça? Para que servem os centros? 2) Quais são os tipos usuais de centros? 3) Quais são os tipos comuns de brocas de centrar? 4) Para que serve o escareado de 1200? E o rebaixo cilíndrico? 70 MEC - 1965 - 15.000 Fig. 7
  • 43. TORNEIRO F6LHA DE FERRAMENTA DE SANGRAR (BEDAME) INFORMAÇÃO 3.5MECANICO TECNOL~GICA I I Sangrar é a operação em que a ferra- 'direção transversal do seu eixo geométrico. menta de corte se desloca perpendicularmen- A operação de sangrar é, também, frequente- te ao eixo longitudinal da peça, produzindo mente, destinada a cortar a peça transversal- desbaste a partir do exterior da peça para o mente, para o que, em passes sucessivos, se seu centro. Por meio desta operação se exe- vai aprofundando o bico da ferramenta até cutam canais ou ranhuras na peça, segundo a que êle atinja pràticamente o centro. FERRAMENTA DE SANGRAR A ferramenta de sangrar, também de- te, afia-se a aresta de corte ou gume com LI- nominada Bedume, apresenta usualmente uma . GEIRA INCLINA~ÃO,a fim de conseguir a com- das formas indicadas nas figs. 1 e 2 pleta remoção de rebarbas na parte a ser des- Quando se prepara o bedame para cor- tacada da peça (fig. 2). Fig. I - Ferramenta de sangra,]. (para canais). Sob a forma de bite, para montagem num porta-ferramenta (fig. 3), o bedame é uma simples lâmina de aço, cujo aspecto está mostrado nas três vistas da fig. 4. Já é encon- trado no comércio com as inclinações laterais que se vêem na terceira vista da fig. 4 e que servem para dar as folgas necessárias num e noutro plano do canal aberto na peça. Essa ferramenta é geralmente conhecida sob os no- mes de bite-bedume ou bedame de lâmina. Fig. 3 - Ferramenta de salngrur (para corte). Fig. 3 Fig. 4 VIBRAÇÃO DA FERRAMENTA DE SANGRAR A ferramenta de sangrar é a mais há- de vibração, porque o bico tende a penetrar gil de todas as ferramentas do torno. Sua se- e a levantar a peça, quando existe qualquer ,são é muito delgada, em virtude das inclina- folga nos mancais da árvore. ções laterais que determinam as folgas. Para evitar êsse inconveniente, usa-se Quando se fixa a ferramenta normal- montar a ferramenta ao contrário, inverten- mente (com bico para cima), produz-se gran- do-se também o movimento de rota~ãoda ár- IMEC - 1965 - 15.000 71' 1
  • 44. . TORNEIR0 INFORMAÇAOFOLHA DE MECÂNICO FERRAMENTA DE SANGRAR (BEDAME) 3.6TECNOLÓGICA I I Fig. j vore do torno, como mostra a fig. 5. Empre- casas, a inversão da ferramenta e da rotação ga-se também o bedame "pescoço de cisne" forçam a árvore do torno contra os seus man- ou bedame de "gancho" (fig.6), fixado ao con- cais inferiores, eliminando pràticamente a vi- trário e ainda com inversão da rotação da ár- bração. X desvantagem é que, conforme a r vore. Esta ferramenta turva oferece maior fle- pressão do corte, a placa montada no extremo xibilidade que a ferramenta reta. Nos dois da árvore tende a deslocar-se. FACES E ARESTAS DA PARTE CORTANTE DA FERRAMENTA DE SANGRAR As figs. 7 e 8 facilitam a caracterização das faces e arestas da parte útil: Face de saida ou ataque: ABCDA Face frontal: ABB'A'A Faces laterais: AA'DA e BB'CB Aresta de corte (Única): AB. Ao afiar a aresta de corte, é convenien- te dar-lhe um ligeiro arredondamento, como mostra, com exagêro, a fig. 8. Com isso se cur- va e se desprende obliquamente o cavaco. Se não for tomada esta precaução, há possibili- dade de acumulação forçada de cavacos no bico da ferramenta. Esta se agarra dentro da ranhura e por ser frágil, pode-se romper de- vido à pressão. No caso do bedame de corte, convém repetir a observação da primeira página: a aresta cortante ou fio deve ter ligeira inclina- ção, para facilitar a remoção das rebarbas na parte a ser destacada da peça (fig. 2). QVESTIONA.RJO 1) Em que consiste a operação de sangrar? Qual a direção da ferramenta? 2) Quais as formas da ferramenta de sangrar? Que é bedame? 3) Que é bite-bedame? Como se monta êste bite para o corte? 4) Como se evita a vibração da ferramenta de sangrar? 5) Indique as faces e arestas do bedame. Explique as particularidades do fio ou gume. 72 MEC - 1965 - 15.000 Fig. 7 Fig. 8
  • 45. I - TORNEAR CGNICO EXTERNO I I l.a Fase TORNEIECILÍNDRICOEXTERNO no diâ- metro maior do cone. OBSERVA$~O Leve em conta o comprimento do cone. 4.1 2.a Fase FIXEA ESPERA no $ngulo de inclinação I F6LHA DE OPERAÇÃO TORNEIR0 MECÂtNICO do cone (figs. 1 e 2) do seguinte modo: * TORNEAR CONICQ USANDO A ESPERA a) Solte os parafusos de fixação da base giratória. b) Gire a espera no ângulo desejado, observando a graduação angular. c) Aperte os parafusos. OBSERVA~ÃO Consulte a tabela de velocidade e de- termine a r.p.m., considerando o diâmetro maior do cone. 3.a Fase INICIEO TORNEAMENTO pelo extremo B da peça (fig. 3), com passes finos, girando a manivela da espera vagarosamente. Troque as mãos, na manivela, de modo que não inter- rompa o corte. 4.a Fase VERIFIQUEO ÂNGULO do cone, quando êle estiver mais ou menos na metade (figs. 4 e Fi), e corrija, se necessário. Fig. 4 Tvet,ifir.a!.ãocom trcc?zsfe~.i(loi. (Cone po?ico precisa). Fig. I Fig. 5 T'erificação com. calibrado?-. (Cone de precisno). I MEC - 1965 - 15.000
  • 46. a) Para corrigir o ângulo, desaperte os para- fusos da base giratória, gire-a levemente no sentido desejado e reaperte os parafusos. b) Quando o cone é verificado com calibra- dor, afaste a ferramenta transversalmente e limpe a peqa e o calibrador. Cuidado para não machucar a mão na ferramenta. Afaste-a bem. 5.a Fase RECOMECEO TORNEAMENTO pela meta- de da parte cônica, com cuidado, para tirar o mínimo possível (fig. 6) e, se necessário, faça novos ajustes até que o ângulo fique na me- dida. 6.a Fase DÊ os PASSES FINAIS,movimentando a ferramenta de A para B (fig. 6), até ficar no comprimento desejado. OBSERVAÇÃO: Os cones dever50 ser ajustados no ân- gulo desejado, antes de atingirem a medida final. I1 - TORNEAR CBNICO INTERNO l.a Fase TORNEIECILÍNDRICO INTERNO no diâ- metro menor do cone. OBSERVAÇÃO: Leve em conta o comprimento do cone. 2.a Fase FIXEA ESPERA no ângulo de inclinação do cone (Veja 2.a fase da parte I). 1Fig. 7 76 MEC - 1965 - 15.000
  • 47. 3.a Fase PRENDAA FERRAMENTA de alisar inter- no. . 1 II OBSERVAÇÃO: Movimente a ferramenta, girando-a no sentido das flechas, quando faltar menos de 1mm, para acertá-la na altura (fig. 7), utili- zando, para isso, o verificador. 4.a Fase SITUEO CARRO em. posição de tornear o cone (Veja 4.a fase da parte I). 4.3 a) Sendo o cone do comprimento da.peça, a ferramenta deverá sair do lado da placa (fig. 8).. FOLHA DE OPERACÃO TORNEIRO MECÂNICO b) Para alisar, dê os passes no sentido de B para A e repasse de A para B, sem dar profundidade de corte (fig. 9). TORNEAR CGNICO USANDO A ESPERA 5.$ Fase DETERMINEO avanço E A r.p.m., consi- rando o diâmetro maior do cone. 6.a Fase Fig. 8 I Fig. 9 a) As demais fases de execução são iguais às da parte I. MEC - 1965 - 15.000
  • 48.
  • 49. Fig. 1 FASES DE EXECUÇÃO L TORNEIRO FURAR NO TORNO FaLHA DE MECANICO OPERAÇAO 4.5 A furação no torno é u m a operação Faz-se a furação, de preferência, após feita, com broca helicoidal, no início da usi- o desbaste externo e o faceamento (fig. 1). nagem de partes internas das peças, eni geral. l.a Fase CONES LIMPOS FACEIE --- 2.a Fase COLOQUEO MANDRIL para brocas 110 cone do mangote (fig. 2) e prenda a broca pela haste cilíndrica (fig. 3). Fig. 2 OBSEXVA~~ES: a) Se a broca tiver haste cônica (fig. 4) não precisa de tnandril; basta introduzir sua haste no cone do mangote. Se necessário, use bucha de redução (fig. 5). Para a inon- tagem, os cones do mangote, da haste da broca e da bucha de redujão devem estar liiilpos e secos. 11) i'erificlue o guine da broca e, se necessi- rio, pro~:iclencie a reafiação da inesina. ESPIGA .-.-. -. -. HASTE cÔNICAaFig. 4 Fig. 5 MEC - 1965 - 15.000 79 corpo / /Haste cilíndrico Fig. 3
  • 50. TORNEIRO FUKAR NO TORNO FGLHA DE 1 , ' Y Í C I N I C O . OPERAÇAO 4.6 c) Verifique o diâmetro da broca com paquí- metro, medindo sobre as guias (fig. 6). Não gire a mesma, quando esta estiver prêsa entre os encostos do paq;imetro. 3.a Fase PREPAREO TORNO, para a furação. Consulte a tabela de velocidade de corte para brocas e determine a r.p.m. Limpe e lubrifique as guias do barramento. 4.a Fase APROXIMEO CABEÇOTE MÓVEL de modo que a ponta da broca fique a, mais ou menos. 10mm da peça (fig. 7), tendo antes girado a manivela para que o mangote ficasse todo para dentro. 5.a Fase FIXEO CABEÇOTE MÓVEL,apertando a porca, e ligue o torno. 6.a Fase INICIEO FURO, girando o volante do cabeçote móvel, até que a broca encoste na peça. Caso a broca vibre, ponha um calço de aço macio na espera e force-o levemente contra a mesma, à medida que a sua ponta penetra na peça (fig. 8). Fig. 6 Fig. 7 I -.- Cdpo do oscora- Fig. R 7.a Fase AFASTEo CALFO e verifique novamente oBsERvA~Ã02 se a broca vibra; sendo necessário, repita a Coloque os guines cortantes da broca em fase anterior, até que a mesma fique centrada posição vertical, a fim de facilitar o corte e a sua ponta penetre lia peça. quando a broca é pressionada pelo calço de O MEC - 1965 - 15.0t
  • 51. TORNEIRO MECÂNICO I FURAR NO TORNO I FOLHA DE OPERACÁO escora e, também, para manter o alinhamento (fig. 9). 8.a Fase CONTINUEA FURAR, afastando, constan- temente, a broca da peça e limpando-a com um pincel embebido em um fluido de corte adequado ao material a ser furado. 5 Se o esforço para furar é muito grande, verifi- que se a broca está bem afiada. No caso de broca de diâmetro grande, às vêzes, é neces- sário fazer um furo inicial de diâmetro menor (fig. 10). Furo inicial Fig. 10 O uso de broca inicial, muito maior do que a alma da broga final (fig. 1l), pode provocar a quebra da mesma e acidente. 9." Fase TERMINEO FURO, na profundidade de- sejada. OBSERVA~~ES: Fig. 11 a) O comprimento do furo pode ser contro- lado pela escala existente no mangote (fig. passo, neste caso, é igual ao comprimento 12); se não houver esta escala, use um total que fica fora do mangote, menos o compasso interno. A abertura do com- comprimento do furo (fig. 13). MANOOTL/'1 Fig. 12 Comp. do furo _Abertura dowmpos6e - - Com~rimrntototolr : Fig. I? IMEC - 1965 - 15.000
  • 52. 1) Quando é feita a furação no tôriloi 2) Quando é que se usa mandril para prender a broca? 3) Que cuidado deve-se tomar ao iiieclir a broca coin paquímetro? 4) Que se deve fazer para evitar que a broca vibre ao iniciar o furo? 5) Que se deve fazer para diminuir o esfdr~o,quando se fura com broca de diâmetro grande? 6) Qual a diferença no comprimento de um furo que deve ser facea- do de um que não será faceado? TORNEIRO FURAR NO TORNO FOLHA DE MECÂNICO OPERACÃO 4.8 r O comprimento indicado pelo compasso pode ser marcado com um traço de giz ou com uin anel de cobre, prêso na broca, quando o --- coiripriinento do furo não é de grande preci- são. b) Veja se a medida da profundidade do furo inclui, ou não, o cone da ponta da broca Fig. 14 - Furo que Fig. 15 - Firro a nfio serú farenclo. .ser fr~cendo nlitil (figs. 14 e 15). r o117prit1ie)7to. c) Ao medir coin o pacluímetro a profundi- dade do furo. a haste deve ficar apoiada na parede do mesmo (fig. 16). Fig. I6 82 MEC - 1965 - 15.000
  • 53. ! TORNEIR0 GONIOMETRO FOLHA DE MECÂNICO INFORMACÃO (TRANSFERIDOR) TECNOLÓGICA 4.1 I O mecânico tem necessidade de medir O instrumento que usa: para medir ou verifi- I I ou verificar ângulos nas pejas que executa, a car ângulos, é um Goniômetro o.u Transferi- fim de usinar ou preparar determinadas su- dor. perfícies com o rigor indicado pelos desenhos. MEDIÇÃO DE UM ÂNGULO A medição ou verificação de um ângu- lo qualquer, numa peça, se faz ajustando-o entre a régua e a base do goniômetro. Êste instrumento possui graduações adequadas, que indicam a medida do ângulo formado pela régua e pela base, e, portanto, do ângulo da peça. A unidade prática de medida angular é o grau. Dividindo-se um círculo qualquer em 360 partes iguais, o ângulo central corres- pondente a uma parte é o ângulo de 1 grau. O grau se divide em 60 minutos de ângulo e o minuto se divide em 60 segundos de ân- gulo. Os símbolos usados são: grau (O), minu- to (') e o segundo ("). Assim, 54O 31' 12" se lê: 54 graus, 31 minutos e 12 segundos. Em geral, o goniômetro, ou instrumeil- to de medida angular, pode apresentar, ou um círculo graduado (360°), ou um semi-círculo graduado (1800), ou um quadrante graduado (90°). Pràticamente, 1 grau é a menor divisão apresentada diretamente na graduação do go- niômetro. Quando possui vernier, pode dar aproximação de 5 minutos. O goniômetro de alta precisão aproxima até 1 minuto. Um tipo de goniômetro muito usado na oficina é o Transferidor universal (fig. 1). Suas duas peças fazem parte de um conjunto denominado Esquadro combinado ou Esquu- dro universal, que possui mais duas pejas (es- quadro de centrar e esquadro com meia es- quadria). O fixador prende o disco graduado e a régua. O alinhamento dos traços extremos do disco (900 - 90°) fica paralelo aos bordos da régua. No arco, encontra-se um traço "O" de referência. Quando a base é perpendicular à borda da régua, a referência "0" do arco coin- cide com o "90°" do disco. Quando a base é paralela à régua, os "zeros" do disco e do arco coincidem. Traço de reftr6ncici ('0'') Rdguo groduo .Ingulo que se lê na figura: 500 (ou o suplenzento 1300).
  • 54. TORNEIRO '9(TRANSFERIDOR)GONI~METRO INFORMACAOTECNOLOGICAFOLHA DE 4.2 a Para usos comuns, em casos de medi- No transferidor indicado na fig. 4, a 1â- , das angulares que não exijam extremo rigor, mina, além de girar na articulação, pode des- o instrumento indicado é o transferidor sim- lizar através da ranhura. ples (figs. 2, 3 e 4). I II I I I '1 1 I 1 1 =&XEMPLClSDE U50B DE WNIbMETRO OU T ~ F E R J ~ D O B As figs. 5 a 7 apresentam alguns casos. Fig. 7 CAUmfLiT"ImL50 BOM GONIÓMETRO OU ?"BAN.?FZRI3iCIR 1) Ser de aço inoxidável. 3) Ter as pejas componentes bem ajustadas. 2) Apresentar graduação uniforme, com tra- 4) O parafuso de articulação deve dar bom ços bem rinos e profundos. apêrto e boa firmeza. CONSERVAÇÃO DO GONIOMETRO OU TRANSFERIDOR 1) O goniômetro deve ser manejado com todo 4) Guarde-o em estojo próprio. o cuidado, evitando-se quedas e choques. 5) O goniômetro deve ser aferido, isto é, de- 2) Evite ranhuras ou entalhes que prejudi- vem ser comparadas diferentes aberturas quem a graduaqão. com ângulos padrões precisos. 3) Faça completa limpeza, após o uso, e lu- brifique-o com óleo fino. QUESTIONARIO 1) Quais são as características do bom goniômetro ou transferidor? 2) Que é grau? Que é minuto de ângulo? Que é segundo de ângulo? 3) Para que serve o goniômetro ou transferidor? 4) Qual é a menor divisão angular de um transferidor ou goniômetro? 5) Quais as condições de conservação do goniômetro ou transferidor? 6) Como o mecânico mede um ângulo de uma peça com o goniôrnetro ou transferidor? > 84 ' MEC - 1965 - 15.000
  • 55. A broca helicoidal é a ferramenta que, adaptada à máquina, produz na peça um furo cilíndrico, em conseqüência de dois movimen- tos que se realizam ao mesmo tempo: rotação e avanço. O nome "helicoidal" é devido ao aspec- to da broca, cujo corpo se apresenta com ares- tas e canais em forma de uma curva denomi- nada hélice. A broca helicoidal é também chamada broca americana. 4.3 FoLHA DE INFORMAÇÁO TECNOLÓGICA TORNEIR0 MECÂNICO lor do atrito, desgastam-se menos, podem tra- balhar com mais rapidez, sendo, portanto, mais econômicas. BROCA HELICOIDAL (NOMENCLATURA E CARAC'TERÍSTICAS) I 7JPQ6 US.UAJ.8 E NOMENCLATURA É fabricada, em geral, de aço ao car- bono. Para trabalhos que exijam, porém, alta rotação, usam-se brocas de aço rápido. Estas oferecem maior resistência ao corte e ao ca- Si& c dd OEk* Fig. I - Broca helicoidal de haste cilindrica. Fig. 2 - Broca helicoidal de haste cônica. As figs. 1 e 2 apresentam dois tipos usuais, que se diferenciam pela haste. As brocas de haste cilíndrica usuais têm, em geral, diâmetros no máximo até 112". São prêsas por meio de mandris. As brocas de haste cônica são, quase sempre, as de diâmetros acima de 112". Pren- dem-se por meio de adaptação em furo cônico do próprio eixo, ou por meio de buchas de redução de furo cônico. f Artisia da oontp Fig. 3 FUNÇõES E CARACTERfSTICAS DAS PARTES DA BROCA 1) Ponta da broca É constituída por duas superfícies cônicas que, no seu encontro, formam a aresta da ponta (figs. 1 a 3). O ângulo destas duas superfícies cônicas é denominado ângulo da ponta. A ação da aresta é a de calcar o mate- rial., mediante a grande pressão causada pelo movimento de avanco (fig. 3). A aresta da ponta não corta o ,material. I MEC - 1965 - 15.000
  • 56. TORNEIR0 BROCA HELICOIDAL FOLHA DE INFORMAÇÁO 4.4 MECÂNICO -(NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS) TECNOLÓGICA I C I A fig. 4 mostra, bem ampliado, um as- 3) Haste da broca pecto da ponta de uma broca helicoidal. Destina-se à fixação da broca na máquina. As duas superfícies cônicas da ponta da Pode ser cilíndrica ou cônica. broca se encontram com as superfícies dos ca- As hastes cônicas'dão um apêrto mais nais, formando as Arestas Cortantes (Fios ou enérgico. Por isso, são usadas nas brocas de Gumes da broca). Na furação, o corte é pro- maiores diâmetros, que produzem maior es- duzido por estas arestas, como se vê na fig. 5: forço no corte. c é o ângulo do gume, f o ângulo de folga ou de incidência e s o ângulo de saída do cavaco também conhecido por ângulo de ataque. 2) Corpo da broca a) Guias - São estreitas superfícies heli- coidais que mantêm a broca em posição correta dentro do furo, sem produzir corte, O DIÂMETRO DA BROCA É MEDIDO ENTRE AS DUAS GUIAS (fig. 4). b) Canais - São ranhuras helicoidais (fig. 5). Devido a esta forma helicoidal e ao giro da broca, os cavacos produzidos pe- las arestas cortantes vão sendo elevados e lançados para fora do furo. c) Alma - É a parte central da broca (fig. Fig. 4 4), entre os dois canais. A alma aumenta ligeiramente de espessura à medida que se aproxima da haste, ou seja, os canais vão se tornando mais rasos. Isso aumen- ta a resistência da broca, que é sujeita constantemente a um esforço de torção, durante o corte. O corpo da broca diminui ligeiramente de diâmetro, a partir da ponta até a haste na relação de 1 : 2.000. Dessa maneira, a broca não se agarra à superfície do furo, quando êste fôr profundo. QUESTIOI - - RIO 1) Quais são os tipos usuais de brocas helicoidais (tipos de haste)? 2) Para que servem as guias e os canais? Que é a alma da broca? 3) Por que o nome "helicoidal"? Qual o outro nome da broca helicoidal? 4) Explique onde e como se dá o corte, na broca helicoidal. 5) Quais sãa os materiais de que se fabricam as brocas? 6) Por que as hastes cônicas são usadas nas brocas de maiores diâmetros? 86 MEC - 1965 - 15.000
  • 57. 1 TORNEIR0 FOLHA DE 1 MECÃNICO O USO DA BROCA HELICOIDAL NO TORNO I NFORMAÇÁO TECNOLÓGICA 4.5 I A broca helicoidal 6, por vêzes, usada 2) para a execução de furo, definitivo, com em trabalhos no torno. Eis alguns casos: diâmetro pequeno, quando não é posslvel fazer nêlê penetrar- uma ferraminta deI 1) para a execução de furo, q;e deva ser pos- torno; teriormente torneado no seu interior por I uma das ferramentas de torno, tais como 3) para a execução de furo em peça fixada na a de broquear, a de facear interno, ou a espera superior. Em tal caso, monta-se a de abrir rosca interna; broca na árvore do torno. BROCA FIXADA NO CABEÇOTE MóVEL No caso mais comum do uso da broca dem ser de haste cilíndrica, não exigindo gran- no torno, é ela fixada no cabeçote móvel, en- de pressão de corte, faz-se a fixacão no man- quanto a peça se prende geralmente numa pla- gote por meio de um mandril (fig. 1). ca de castanhas: a broca é então fixa, a peça As brocas maiores devem ser de haste possui o movimento de corte e o avanço é cônica e se fixam, ou diretamente no mangote, dado manualmente no volante do cabeçote se forem iguais os cones Morse, ou por meio móvel, pelo deslocamento do mangote. da bucha de redução que for adequada (fig. 2). Para brocas até cêrca de 1/2", que po- Fig. 2 MODO DE GUIAR A BROCA AO INICIAR O FURO A aresta da ponta da broca ao iniciar até que suas arestas cortantes tenhain pene- a penetração na peça, devido à rotação desta, trado bem na peqa. tende a desviar-se, podendo assim descentrar Em trabalhos comuns, usa-se guiar a o furo. É necessário, portanto, guiar a broca, broca, no inicio do furo, por meio de uma
  • 58. peça de aço doce ou de latão, podendo ter, num dos topos, uma ranhura em "V" para en- costo (fig. 3). Fixa-se esta peça no porta-ferra- menta do torno, de modo a ajustar as duas faces da ranhura em "V", Sem pressão, ao cor- po da broca. TORNEIR0 MECÂNICO Fig. 3 PRECAUCOES PARA EXECUT.4R FURO CENTRADO . . v -. O USO DA BROCA HELICOIDAL NO TORNO Pig. 5 FÔLHA DE INFORMAÇÃO TECNOL6G1CA 2) Pode-se também usar, na iniciação do furo uma ferramenta chata de centrar, de pon- ta aguda (fig. 5), montada no porta-ferra- menta. Êste processo não é usado com mui- ta frequência.' É aconselhável, no caso de execução de furos em série, porque de- manda menos tempo, visto ficar a broca helicoidal fixada no mandril ou no cabe- çote móvel, durante toda a duração do tra- balho. Para iniciar cada novo furo, afasta- se a broca helicoidal e aproxima-se do topo da peça a ferramenta de centrar. 4.6 I I I I I I 1 I I , I I I I I 1 QUESTIONARIO Fig. 4 É aconselhável usar, antes da execução do furo, ou a broca de centrar, ou uma broca curta, ou ferramenta chata de centrar. 1) Havendo necessidade de centragem rigo- rosa, o furo pode ser iniciado com uma broca de centrar (fig. 4). A broca helicoi- dal, montada, depois no mandril (ou di- retamente no mangote, ou em bucha de redução), será guiada normalmente, sem desvios. 88 MEC - 1965 - 15.01 . .,- 1) Cite três casos de utilização da broca no tôrno. 2) De que forma trabalha mais comumente a broca no tôrno? 3) Indique o processo de guiar a broca, para furo no tôrno. 4) Indique os métodos de executar furocentrado... .
  • 59.
  • 60. Para firmar o mangote, após a regula- gem da posição desejada da contraponta, atua- se na trava, dando-lhe pequeno movimento angular. Resulta o apêrto do escavado de duas buchas cilíndricas internas contra o mangote, que fica assim imobilizado. Os deslocamentos longitudinais do man- gote podem ser regulados por um dos dois meios seguintes: 1)' Graduação retilínea na parte superior ou na lateral (fig. 2). 4.8 7 TORNEIR0 MECÂNICO CABEÇOTE M6VEL DO TORNO 2) Graduaçáo circular no eixo do volante. Quando se usa a contraponta (no tor- neamento externo), é conveniente aproximar bem o cabeçote móvel da peça, para que a pro- jeçáo do mangote (distância D na fig. 2) seja a menor possível. Na parte posterior do cabeçote, na união do corpo com a base (fig. 3), há dois traços de referência, para regulagem da posi- ção que coloca a contraponta no alinhamento da ponta. Nesta posição, os traços coincidem. v FOLHA DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA Em trabalhos de grande precisão, não convém confiar apenas nesta coincidência dos traços de referência. Há niétodo rigoroso de verificação do alinhamento da ponta e contra- ponta, que será estudado oportunamente. Há tornos em que o cabeçote apresenta, na parte posterior, uma graduação de um lado e de outro do traço de referência. Tal gradua- ção facilita a regulagem do deslocamento la- teral da contraponta, em certas operações de torneamento cônico. O uso correto do cabeçote móvel exige os seguintes cuidados: Fig. 2 1) Verifique o alinhamento da ponta e con- traponta. 2) Fixe o cabeçote firmemente no barra- mento. 3) Adote a menor projeção D (fig. 2) possí- vel, no torneamento externo. 4) Trave o mangote, no torneamento externo. QUESTIONARIO , I 1) Quais são os cuidados no uso correto do cabeçote móvel? 2) Explique o funcionamento do mecanismo interno de deslocamento da contraponta. 3) Quais são as finalidades do cabeçote móvel? 4) Como se denominam as partes mais importantes do cabeçote móvel? 5) Como se regula o alinhamento da ponta e contraponta, no próprio cabeçote móvel? MEC - 1965 - 1.5.00
  • 61. TORNEIR0 FÔLHA DE MECÂNICO PLACA ARRASTADORA E ARRASTADORES INFORMACÃO TECNOL6GICA 5.1 A placa arrastadora e o arrastador são dade transmitir o movimento de rotação da usados quando se torneia uma peça entre- árvore à peça suportada entre a ponta e a pontas, isto é, montada entre a ponta e a con- contraponta. traponta. A fig. 1 mostra claramente a função dêstes acessórios. O arrastador, firmemente prêso à peça, A placa arrastadora, montada por meio transmite a esta o movimento de rotação da de rosca na árvore do torno, tem corno finali- placa, funcionando como órgão intermediário. Fabricada geralmente em ferro fundi- do, apresenta-se nos três tipos das figs. 2, 3 e 4. PLACADE RANHURA (fig. 2) - Neste tipo se adapta uin arrastador de haste curva como o indicado na fig. 7. Quando o arrasta- dor está fixado na peça, a extremidade da haste se aloja na ranhura. PLACADE PINO (fig. 3) - É a que, qua- se sempre, acompanha os acessórios normais do torno. Com ela se emprega um arrastador de haste reta como os indicados nas figs. 5 e 6. O pino da placa, em contato com a haste do arrastador, determina o seu giro e, por- tanto o da peça. Fig. 2 Placa de arrasto, de ranhura. PLACADE SEGURAN~A (fig. 4) - Neste tipo de placa o arrastador fica alojado no seu interior, que tem a forma de um cilindro raso e oco. A haste do arrastador se encaixa numa ranhura interna. É uma placa que protege o operador contra possíveis pancadas do arras- tador em movimento. Fig. 3 Placa de arrasto, de pino. Fig. 4 Placa de arrasto, de segurança.
  • 62. 1 TORNEIRO FGLHA DE MECÂNICO PLACA AlIRASTADORA E ARRASTADORES INFORMACAO 5.2 TECNOLÓGICA I MONTAGEM E DESMONTACEM DA PLACA ARRASTADORA A colocação da placa arrastadora na ár- decer a normas semelhantes às já expostas (veja vore do torno ou a sua remoção devem obe- Ref. FIT 6.1). ARRASTADORES O tipo de arrastador mais empregado é o de haste reta (figs. 5 e 6) que trabalha com a placa de pino ou com a placa de segurança. Fig. 5 Fig. 6 O arrastador de haste curva (fig. 7) se usa com a placa de ranhura. Há ainda o arras- tador de mandíbulas reguláveis (fig. 8). Os arrastadores de haste curva oferecem maior se- gurança contra acidentes. No uso dos arrastadores deve-se obede- cer às seguintes normas: 1) escolher um arrastador em cujo orifício a peça tenha pequena folga. É errado o em- prêgo de um arrastador que tenha diâme- tro interno muito maior que o da peça a tornear; 2) fixar firmemente o arrastador na superfí- cie da peça pelo enérgico apêrto do para- fuso ou dos parafusos. (? apêrto deve ser Fig. 7 Fig. 8 tal que impeça o deslizamento do arrasta- dor, quando se dá a pressão do cbrte da ferramenta; 3) ao colocar a peça emrepontas com o arras- tador nela adaptado, deve-se pôr o pino da placa em contato com a haste do arras- tador. É crrado encostar-se o parafuso de aperto do arrastador no pino da placa de arrasto; 4) para colocar entrepontas uma peça que já tenha superfície usinada no local de adap- tação do arrastador, deve-se proteger essa parte usinada com chapa de cobre ou de outr'o material macio. 94 MEC - 1965 - 15.01 1) Para que serve a placa arrastadora? Para que serve o arrastador? 2) Quais os tipos de placas arrastadoras? 3) Explique como trabalha cada tipo cZe placa de arrasto. 4) Quais as nornias para o uso dos arrastadores?
  • 63. As pontas do tôrno são cones duplos de aço, temperados e retificados, cujos extremos se adaptam aos centros da peça a tornearl cotii o fim de apoiá-la (figs. 1 e 2). - 5.3 PONTA E CONTRAPONTA FÔLHA DE INFORMACÃO TECNOLÓGICA TORNEIRO MECÂNICO Chama-se ponta o cone duplo que é montado na árvore do tôrno. O cone duplo igual, que se monta no mangote do cabeçote móvel, se chama contraponta (fig. 1). O cone da haste dos dois (ponta e contraponta) é estandardizado pelo sistema "Morse" O cone da ponta é sempre de 60° (fig. 2). PONTA E CONTRAPONTA. MONTAGEM DA PEÇA ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE DA DILATAÇÃO DA PESA ENTREPONTAS Fig. 1 MONTAGEM DA PONTA, DA CONTRAPON'I'A E DA PEGA 1) Verifique se os cones de 60° estão em per- feitas condições para adaptação nos cen-A " tros da peça. Qualquer mossa ou rebarba prejudicará a correção do trabalho de tornear. Limpe cuidadosamente a ponta, a contra- ponta e os furos cônicos de encaixe da ár- vore do tôrno e do mangote do cabeçote móvel. Partículas de pó, cavacos, etc. im- pedirão a perfeita adaptação e prejudica- rão a correta centragem da peça a tornear. 4) Adapte um centro da peça na ponta, apro- Com estôpa enrolada em uma haste de xime cuidadosamente a contraponta do metal pode-se fazer a limpeza dos furos outro centro. Gire o volante do cabeçote cônicos. até perceber um ajustamento perfeito. Êste se dá quando a peça pode girar sem Lubrifique com graxa o furo de centro da folga, mas também sem estar pressionada peça do lado da contraponta. entre a ponta e a coiltraponta. REMOGAO DA PONTA E DA CONTRAPONTA 1) Para retirar a ponta da árvore do torno, mantém-se sua extremidade, envolvida em estopa, com utna das mãos. Com a outra mão, dá-se uma pancada firme em uma haste própria que tenha sido introduzida no furo da árvore. Dêsse modo se conse- gue afrouxar o apêrto da haste da ponta e esta é retirada, em seguida, com todo o cuidado, protegida pela estôpa. Para afrouxar o apêrto da haste da contra- ponta no mangote, gira-se o volante do cabeçote móvel da direita para a esquerda, até que as extremidades internas da con- traponta e do parafuso de movimento do mangote se toquem. Com urna ligeira pressão, girando no mesmo sentido, con- segue-se afrouxar a contraponta. L I MEC - 1965 - 15.000 95
  • 64. TORNEIRO PONTA E CONTRAPONTA. MONTAGEM DA PEÇA FÔLHA DE MECÂNICO ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE DA INFORMAÇÃO ' DILATAÇÃO DA PEGA ENTREPONTAS TECNOLÓGICA 5.4 CONTRAPQNTA REBAIXADA E SEU USO Êste tipo de contraponta (fig. 3) serve facilitar o- comp1e~o faceamento do topo das peças mon- tadas entrepontas. Vê-se, pela fig. 3, que a ponta da ferramenta de facear atinge, sem embaraço, a borda do furo do cen- tro. Com o emprêgo desta contra- ponta não deixa 'a ferramenta sobra de corte no topo faceado. Sòmente nos casos de faceamento se aconselha o uso da contra- ponta rebaixada. (2 um acessório cuja ponta, por suas medidas reduzidas, se quebraria fàcilmente em traba- lhos mais pesados. Fig. 3 INFLURNCIA DO CALOR DE -ATRTfCJ - DILATAÇÃO E C ~ N T R A C A ~fiA PEGA A peça bem montada entre a ponta e vocar deformação na pega e danificar o tbrno. a contraponta deve girar sem folga, mas tam- Conforme o grau de calor, pode ser alterada bém sem estar pressionada. Ao ser desbastada, também a tçmpera das portanto, du- porém, a peça se aquece, quer pelo atrito da rante a operação, deve-se manter sempre bemponta da ferramenta, quer, no centro, pelo com a contraponta. O calor D r o ~ u za lubrificado o centro e a contraponta. Deve-se, dilatação da peça. Estando ela sem iolga, re- ainda, corrigir, de vez em quando. a ajusta- sulta pressão sobre as pontas, capaz de pro- gem da contraponta no centro. PONTA RDTATNA Neste tipo de ponta, que é adaptado no mangote do ca- beçote móvel, não há atrito. A ponta de aço pròpriamente dita, temperada e retificada, gira com a peça (fig. 4). É montada dentro de uma bainha, cuja parte poste- rior é em cone Morse, para se adaptar no furo do mangote. Entre a bainha e a haste da ponta rotativa se instalam três rolamentos, um dos quais de encosto. Assim, a ponta gira suavemente e suporta bem esforços radiais e axias ou longitudinais. QUESTIONARIO 1) Que são a ponta e a contraponta? Para que servem? 2) Indique quais as providências para a montagem e desmontagem das pontas. , 3) Explique o que é a contraponta rebaixada. Quando 6 usada esta contraponta? 4) Explique qual a influência do calor de atrito. Que é a ponta ro- tativa?
  • 65. Fig.4 Estôjo de gabaritos de curvaturas. TORNEIR0 MECÂNICO Fig. 5 I A planeza das faces das peças verifica- trumentos auxiliares de controle, estará então se por meio de réguas ou planos de controle. habilitado a verificar a forma que vai dando Os ângulos entre faces podem ser verificados à peça, em obediência aos desenhos orienta- por esquadros, goniômetros ou transferidores. dores da sua execução. Tais moldes ou mo- Quando, entretanto, o mecânico necessita delos são chamados gabaritos. executar uma peça com um perfil complexo como, por exemplo, o da fig. 1, não bastam os recursos citados. Há curvaturas e formas especiais cujo rigor tem que ser controlado durante a exe- cução da peça, sem o que ela irá apresentar defeitos e não poderá ser utilizada. Em tais casos, o mecânico será obriga- do a utilizar modelos ou moldes exatos de partes do perfil. Muitas vêzes, terá mesmo que confeccionar, antes da execução da peça, um ou mais moldes do perfil. Com êsses ins- Fig. I GABARITOS PADRGES (COMERCIAIS) Para curvaturas em arcos de circunfe- que se quer verificar. Escolhe-se a lâmina rência, de raios determinados, ou para ângu- adequada a cada verificação, pela indicação OS, de aberturas determinadas, encontram-se (que tem gravada) do raio de curvatura ou no comércio gabaritos padrões, já prontos, do ângulo. constituídos de pequenas lâminas de aço iso- Verifica-se se há ou não coincidência ladas (figs. 2 e 3), em estojo (fig. 4), ou em "canivetes" (figs. 5 e 6). Os gabaritos dos ti- dos perfis da peça e do gabarito, observando- pos mostrados nas figs. 2, 3, 4 e 5 são também se o contacto contra a luz. Se não passa lumi- chamados verificadores de curvaturar ou veri- nosidade, está perfeita a coincidência. Se pas- ficadores de raios. Os da fig. 6 são co- Sa ~ U Z ,há frestas correspondentes a irlrgula- nhecidos como verificadores de ângulos. ridades no perfil da peça. Estas vão sendo Consiste o uso dêsses gabaritos em pô- corrigidas por meio de verificações e retoques 10s em contacto com a curvatura ou o ângulo sucessivos. Fig. 2 ;;IiFig. 3 Fig. 6 MEC - 1965 - 15.000 97 GABARITOS FBLHA DE INFORMAÇAO TECNOLÓGICA 5.5