Este documento discute as tipologias arquitetônicas comerciais em Porto Alegre entre os anos 1930 e início dos anos 1990, focando em quatro configurações espaciais básicas: rua comercial, galeria comercial, loja de departamentos e shopping center. O autor argumenta que essas tipologias representam diferentes relações entre espaço público e privado e filiações conceituais distintas sobre a relação entre edifício e cidade. Exemplos históricos de cada tipologia são descritos para ilustrar suas características espac
O documento descreve a evolução da arquitetura moderna em Porto Alegre desde os anos 1930, quando surgiram os primeiros projetos influenciados pelo estilo art déco e racionalismo. Nos anos 1940, projetos começaram a explorar formas mais puras e geométricas. Também nessa década foi fundada a Faculdade de Arquitetura, formando os primeiros arquitetos locais e contribuindo para a difusão do estilo moderno.
1) O documento discute a arquitetura pós-moderna e como ela surgiu como uma reação contra o modernismo, buscando recuperar significados históricos e contextuais na arquitetura.
2) Também aborda como a semiologia e linguística influenciaram estratégias de codificação arquitetônica na época, permitindo que edifícios comunicassem múltiplos sentidos através de suas fachadas.
3) No entanto, critica que as referências históricas na arquitetura
O documento descreve o Monumento às Guerras Peninsulares na cidade do Porto. O monumento homenageia os sacrifícios dos portugueses durante as invasões napoleônicas entre 1808-1809, especificamente a bravura dos portuenses que resistiram à segunda invasão francesa liderada por Soult. O monumento inclui estatuária de bronze retratando cenas da guerra e foi projetado pelo arquiteto José Marques da Silva em colaboração com o escultor Alves de Sousa.
O documento apresenta o plano de expansão da cidade de Amsterdã elaborado por H.P. Berlage, Van der Broek e Bakema entre os anos de 1935 e 1960. O plano previu a expansão da cidade para o sul e leste, com a criação de novos bairros residenciais e zonas industriais interligadas por vias e espaços verdes. O documento descreve principais obras dos arquitetos como a Bolsa de Valores, Ponte Brug, Café Rotterdam e Shopping Lijnbaan. Inclui também imagens, plantas e map
O documento descreve diferentes processos de soldagem, incluindo soldagem oxibombustível, TIG, MIG/MAG, com eletrodo revestido, com arame tubular, por arco submerso, por arco plasma, por eletroescória e por resistência. Fornece detalhes sobre as características e aplicações de cada processo.
Este documento apresenta uma proposta pedagógica para professores de matemática baseada em três eixos: conhecimentos matemáticos, conhecimentos de educação matemática e transposição didática. O objetivo é tornar os professores autônomos para desenvolver processos de ensino contextualizados utilizando situações-problema da vida real.
Automação na caracterizacao granulométricaTiago Gomes
1) O documento descreve um estudo sobre a caracterização granulométrica e automação do método de Gaudin para determinar o grau de liberação de amostras de apatita usando o software ImageJ.
2) Foram realizadas análises de imagem digital para determinar parâmetros como diâmetro e esfericidade dos grãos em diferentes faixas granulométricas da apatita.
3) Os resultados mostraram que quanto menor o tamanho dos grãos, maior o grau de liberação, e que a distribuição de tamanho se
Este documento descreve a implementação de controle preditivo multivariável com otimização de alimentação em um moinho secador de carvão em uma indústria de mineração. O objetivo era reduzir a variabilidade do processo e aumentar a capacidade média de moagem através do uso de um controlador preditivo. Isso resultou em uma redução de 70% na variabilidade das principais variáveis de processo e um aumento de 8% na alimentação média.
O documento descreve a evolução da arquitetura moderna em Porto Alegre desde os anos 1930, quando surgiram os primeiros projetos influenciados pelo estilo art déco e racionalismo. Nos anos 1940, projetos começaram a explorar formas mais puras e geométricas. Também nessa década foi fundada a Faculdade de Arquitetura, formando os primeiros arquitetos locais e contribuindo para a difusão do estilo moderno.
1) O documento discute a arquitetura pós-moderna e como ela surgiu como uma reação contra o modernismo, buscando recuperar significados históricos e contextuais na arquitetura.
2) Também aborda como a semiologia e linguística influenciaram estratégias de codificação arquitetônica na época, permitindo que edifícios comunicassem múltiplos sentidos através de suas fachadas.
3) No entanto, critica que as referências históricas na arquitetura
O documento descreve o Monumento às Guerras Peninsulares na cidade do Porto. O monumento homenageia os sacrifícios dos portugueses durante as invasões napoleônicas entre 1808-1809, especificamente a bravura dos portuenses que resistiram à segunda invasão francesa liderada por Soult. O monumento inclui estatuária de bronze retratando cenas da guerra e foi projetado pelo arquiteto José Marques da Silva em colaboração com o escultor Alves de Sousa.
O documento apresenta o plano de expansão da cidade de Amsterdã elaborado por H.P. Berlage, Van der Broek e Bakema entre os anos de 1935 e 1960. O plano previu a expansão da cidade para o sul e leste, com a criação de novos bairros residenciais e zonas industriais interligadas por vias e espaços verdes. O documento descreve principais obras dos arquitetos como a Bolsa de Valores, Ponte Brug, Café Rotterdam e Shopping Lijnbaan. Inclui também imagens, plantas e map
O documento descreve diferentes processos de soldagem, incluindo soldagem oxibombustível, TIG, MIG/MAG, com eletrodo revestido, com arame tubular, por arco submerso, por arco plasma, por eletroescória e por resistência. Fornece detalhes sobre as características e aplicações de cada processo.
Este documento apresenta uma proposta pedagógica para professores de matemática baseada em três eixos: conhecimentos matemáticos, conhecimentos de educação matemática e transposição didática. O objetivo é tornar os professores autônomos para desenvolver processos de ensino contextualizados utilizando situações-problema da vida real.
Automação na caracterizacao granulométricaTiago Gomes
1) O documento descreve um estudo sobre a caracterização granulométrica e automação do método de Gaudin para determinar o grau de liberação de amostras de apatita usando o software ImageJ.
2) Foram realizadas análises de imagem digital para determinar parâmetros como diâmetro e esfericidade dos grãos em diferentes faixas granulométricas da apatita.
3) Os resultados mostraram que quanto menor o tamanho dos grãos, maior o grau de liberação, e que a distribuição de tamanho se
Este documento descreve a implementação de controle preditivo multivariável com otimização de alimentação em um moinho secador de carvão em uma indústria de mineração. O objetivo era reduzir a variabilidade do processo e aumentar a capacidade média de moagem através do uso de um controlador preditivo. Isso resultou em uma redução de 70% na variabilidade das principais variáveis de processo e um aumento de 8% na alimentação média.
This document summarizes research on the microstructure and damage initiation in a duplex stainless steel. Electron backscatter diffraction was used to correlate the local phase morphology with crystallographic properties. In situ tensile tests were performed to characterize strain fields and observe sites of damage nucleation. Damage was found to nucleate near stress concentrations rather than in highly deformed areas. Finite element modeling accounted for the bicrystal morphology and anisotropic plasticity of phases. Damage initiation was correlated with local crystallographic orientations and common slip systems between phases.
O documento discute os elementos, instalações e componentes de projetos de edificações de acordo com a NBR 13531. Ele lista as abreviações utilizadas nos projetos e descreve as etapas do processo de projeto, coordenação e execução para garantir a qualidade e conformidade com os requisitos técnicos.
Aplicação de redes neurais artificiais à engenharia de estruturasFamília Schmidt
Este documento discute a aplicação de redes neurais artificiais na engenharia estrutural. Apresenta brevemente a teoria por trás das redes neurais e descreve dois casos práticos: o dimensionamento de uma viga de concreto armado e a análise de uma placa de aço com furo central.
1) O documento discute os conceitos fundamentais de ensaios não destrutivos, que são usados na indústria para avaliar a qualidade e detectar falhas sem danificar o produto.
2) As principais razões para usar ensaios não destrutivos são garantir a qualidade dos produtos, prevenir acidentes, e aumentar os lucros dos fabricantes.
3) Existem cinco elementos básicos em qualquer ensaio não destrutivo: fonte, meio de inspeção, detector, indicação e interpretação. Diferentes formas de ener
1) O documento discute britadores cônicos da série HP da Metso, projetados para alta performance e produtividade.
2) Os britadores cônicos HP oferecem maior capacidade, melhor qualidade do produto e menor custo operacional em comparação com outros modelos.
3) O documento fornece especificações técnicas, dimensões, pesos e outras características dos britadores cônicos HP da Metso em diferentes tamanhos.
Este documento apresenta as normas técnicas para o desenho arquitetônico de acordo com a ABNT, definindo padrões para layout da folha, tipos de linhas, letras, números, escalas, símbolos e representação de elementos da arquitetura.
Este documento é uma dissertação de mestrado que analisa a funcionalidade dos edifícios corporativos paulistas. A dissertação discute como a abertura econômica do Brasil nas décadas de 1990 e 2000 levou ao surgimento de grandes edifícios comerciais em São Paulo e como esses edifícios passaram a representar o capital. A pesquisa também examina como instrumentos econômicos e urbanísticos permitiram que esses edifícios atuassem como capital circulante.
O documento descreve como desenhar em perspectiva isométrica. Explica que a perspectiva isométrica mantém as proporções do objeto e é mais precisa do que outras perspectivas. Detalha como traçar a perspectiva isométrica de um prisma retangular usando eixos e linhas isométricas em cinco fases.
Patrocínio Criativo de Eventos: apresentação da monografia (Edson Sousa Jr)Edson Sousa Jr.
O documento discute o patrocínio de eventos culturais, especificamente o apoio da Livraria Cultura ao Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Apresenta conceitos de marketing, eventos e patrocínio, e analisa a evolução do número de participantes no festival entre 2007-2010, além dos benefícios para a organização, público e apoiadores. Conclui que o patrocínio agregou valor à marca da Livraria Cultura e recomenda a continuidade do apoio aos eventos culturais.
APOSTILA AUTOCAD
1 INTRODUÇÃO AO EDITOR GRÁFICO
2 TRABALHANDO COM O AUTOCAD®
3 COMANDOS DE DESENHO
4 COMANDOS DE EDIÇÃO
5 TEXTOS
6 COTAS
7 TIPOS DE LINHA
8 LINHAS DE CHAMADA (Multileader)
9 CAMADAS(LAYERS)
10 CRIANDO UM ARQUIVO TEMPLATE
11 HACHURAS
12 BLOCOS
13 IMPRESSÃO OU PLOTAGEM
14 PROPRIEDADES E PALLETS
Este documento apresenta um curso prático de AutoCAD com os seguintes tópicos: 1) Introdução ao CAD e AutoCAD; 2) Configuração da tela e comandos básicos; 3) Coordenadas e comandos de edição; 4) Comandos de desenho; 5) Comandos de modificação; 6) Comandos de edição avançada; 7) Camadas, estilos de linha e texto; 8) Dimensionamento; 9) Plotagem e blocos. O curso visa ensinar os recursos básicos do AutoCAD de forma objetiva e did
O documento fornece instruções para desenhar o corte transversal de uma planta baixa, incluindo especificações para o telhado e materiais de construção. Ele instrui o leitor a copiar a planta baixa, traçar linhas guia, e usar comandos como Offset e Array para criar o corte transversal com detalhes do telhado e madeiramento.
Este documento descreve como ensinar geometria espacial para crianças usando canudos de refrigerante. Ele explica como construir estruturas geométricas simples como um tetraedro e uma pirâmide de base quadrada usando canudos conectados por barbante. O documento também menciona outras formas geométricas que podem ser construídas dessa maneira.
O documento descreve os procedimentos para construir sólidos geométricos com PET, incluindo marcar as partes pontilhadas, fazer moldes, planejar formas geométricas e faces, e unir as faces com ligas. Também discute possibilidades didáticas dos objetos construídos e como planejar uma aula sobre perímetro, área e volume usando uma situação-problema.
O documento descreve a história e o processo de fabricação de blocos cerâmicos e telhas. Detalha que blocos cerâmicos e telhas já eram usados há 25.000 anos e que o processo de fabricação evoluiu pouco desde os anos 1950/1960, apesar de programas de certificação na década de 1990. Também resume o processo de fabricação de blocos cerâmicos, incluindo preparação da massa, moldagem, secagem e queima.
Este documento apresenta o programa de projeto de urbanismo para um empreendimento habitacional da CDHU, definindo as informações necessárias para a elaboração do projeto como dados do município, do terreno, legislações aplicáveis, caracterização da população alvo, custos e produtos esperados que incluem um relatório com análise das informações e quantificação das áreas por uso.
1. O documento descreve elementos de máquinas, incluindo tipos de rebites, suas proporções e especificações.
2. Rebites são elementos de fixação permanente utilizados para unir peças metálicas de forma rígida. Existem diferentes tipos de rebites com cabeças de formatos variados.
3. As proporções padronizadas de rebites incluem diâmetros, comprimentos úteis e sobras necessárias. Sua especificação deve indicar material, tipo de cabeça, diâmetro e comprimento útil.
Este documento fornece instruções passo a passo para desenhar uma rede hidráulica em um banheiro em diferentes vistas, incluindo planta, isométrica e frontal. Ele instrui o leitor a desenhar as estruturas do banheiro na planta, mudar para a vista isométrica SW para desenhar as linhas laterais do pé direito e caixa d'água, e então mudar para a vista frontal para ver como o desenho aparecerá antes de concluí-lo na vista isométrica SW.
Aqui pretendo destacar um pouco dos estudos que eu e meus 20 colegas do curso de especialização de matematica onde conhecimentos e pesquisas em Etnomática tem representado grandes avanços para nossos estudos.
O documento discute a evolução da ocupação de quadras urbanas ao longo do tempo, desde a cidade tradicional até as quadras abertas contemporâneas. Aborda diferentes tipos de quadras como a quadra de Cerdá com ocupação perimetral, a quadra modernista com edifícios laminares paralelos e a superquadra de Brasília. Também apresenta exemplos atuais de quadras abertas e seus benefícios de integrar espaços públicos e privados.
O documento descreve a evolução estilística da arquitetura em Porto Alegre entre os séculos XIX e XX, desde formas ecléticas até os primeiros exemplos de arquitetura modernista na década de 1930. Os anos 1930 viram um aumento no Art Deco local e a emergência do estilo californiano e dos primeiros projetos modernistas influenciados pela escola do Rio de Janeiro. Edifícios como o abrigo dos bondes e o prédio Guaspari apresentavam características expressionistas e do modernismo nas décadas de 1930
This document summarizes research on the microstructure and damage initiation in a duplex stainless steel. Electron backscatter diffraction was used to correlate the local phase morphology with crystallographic properties. In situ tensile tests were performed to characterize strain fields and observe sites of damage nucleation. Damage was found to nucleate near stress concentrations rather than in highly deformed areas. Finite element modeling accounted for the bicrystal morphology and anisotropic plasticity of phases. Damage initiation was correlated with local crystallographic orientations and common slip systems between phases.
O documento discute os elementos, instalações e componentes de projetos de edificações de acordo com a NBR 13531. Ele lista as abreviações utilizadas nos projetos e descreve as etapas do processo de projeto, coordenação e execução para garantir a qualidade e conformidade com os requisitos técnicos.
Aplicação de redes neurais artificiais à engenharia de estruturasFamília Schmidt
Este documento discute a aplicação de redes neurais artificiais na engenharia estrutural. Apresenta brevemente a teoria por trás das redes neurais e descreve dois casos práticos: o dimensionamento de uma viga de concreto armado e a análise de uma placa de aço com furo central.
1) O documento discute os conceitos fundamentais de ensaios não destrutivos, que são usados na indústria para avaliar a qualidade e detectar falhas sem danificar o produto.
2) As principais razões para usar ensaios não destrutivos são garantir a qualidade dos produtos, prevenir acidentes, e aumentar os lucros dos fabricantes.
3) Existem cinco elementos básicos em qualquer ensaio não destrutivo: fonte, meio de inspeção, detector, indicação e interpretação. Diferentes formas de ener
1) O documento discute britadores cônicos da série HP da Metso, projetados para alta performance e produtividade.
2) Os britadores cônicos HP oferecem maior capacidade, melhor qualidade do produto e menor custo operacional em comparação com outros modelos.
3) O documento fornece especificações técnicas, dimensões, pesos e outras características dos britadores cônicos HP da Metso em diferentes tamanhos.
Este documento apresenta as normas técnicas para o desenho arquitetônico de acordo com a ABNT, definindo padrões para layout da folha, tipos de linhas, letras, números, escalas, símbolos e representação de elementos da arquitetura.
Este documento é uma dissertação de mestrado que analisa a funcionalidade dos edifícios corporativos paulistas. A dissertação discute como a abertura econômica do Brasil nas décadas de 1990 e 2000 levou ao surgimento de grandes edifícios comerciais em São Paulo e como esses edifícios passaram a representar o capital. A pesquisa também examina como instrumentos econômicos e urbanísticos permitiram que esses edifícios atuassem como capital circulante.
O documento descreve como desenhar em perspectiva isométrica. Explica que a perspectiva isométrica mantém as proporções do objeto e é mais precisa do que outras perspectivas. Detalha como traçar a perspectiva isométrica de um prisma retangular usando eixos e linhas isométricas em cinco fases.
Patrocínio Criativo de Eventos: apresentação da monografia (Edson Sousa Jr)Edson Sousa Jr.
O documento discute o patrocínio de eventos culturais, especificamente o apoio da Livraria Cultura ao Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Apresenta conceitos de marketing, eventos e patrocínio, e analisa a evolução do número de participantes no festival entre 2007-2010, além dos benefícios para a organização, público e apoiadores. Conclui que o patrocínio agregou valor à marca da Livraria Cultura e recomenda a continuidade do apoio aos eventos culturais.
APOSTILA AUTOCAD
1 INTRODUÇÃO AO EDITOR GRÁFICO
2 TRABALHANDO COM O AUTOCAD®
3 COMANDOS DE DESENHO
4 COMANDOS DE EDIÇÃO
5 TEXTOS
6 COTAS
7 TIPOS DE LINHA
8 LINHAS DE CHAMADA (Multileader)
9 CAMADAS(LAYERS)
10 CRIANDO UM ARQUIVO TEMPLATE
11 HACHURAS
12 BLOCOS
13 IMPRESSÃO OU PLOTAGEM
14 PROPRIEDADES E PALLETS
Este documento apresenta um curso prático de AutoCAD com os seguintes tópicos: 1) Introdução ao CAD e AutoCAD; 2) Configuração da tela e comandos básicos; 3) Coordenadas e comandos de edição; 4) Comandos de desenho; 5) Comandos de modificação; 6) Comandos de edição avançada; 7) Camadas, estilos de linha e texto; 8) Dimensionamento; 9) Plotagem e blocos. O curso visa ensinar os recursos básicos do AutoCAD de forma objetiva e did
O documento fornece instruções para desenhar o corte transversal de uma planta baixa, incluindo especificações para o telhado e materiais de construção. Ele instrui o leitor a copiar a planta baixa, traçar linhas guia, e usar comandos como Offset e Array para criar o corte transversal com detalhes do telhado e madeiramento.
Este documento descreve como ensinar geometria espacial para crianças usando canudos de refrigerante. Ele explica como construir estruturas geométricas simples como um tetraedro e uma pirâmide de base quadrada usando canudos conectados por barbante. O documento também menciona outras formas geométricas que podem ser construídas dessa maneira.
O documento descreve os procedimentos para construir sólidos geométricos com PET, incluindo marcar as partes pontilhadas, fazer moldes, planejar formas geométricas e faces, e unir as faces com ligas. Também discute possibilidades didáticas dos objetos construídos e como planejar uma aula sobre perímetro, área e volume usando uma situação-problema.
O documento descreve a história e o processo de fabricação de blocos cerâmicos e telhas. Detalha que blocos cerâmicos e telhas já eram usados há 25.000 anos e que o processo de fabricação evoluiu pouco desde os anos 1950/1960, apesar de programas de certificação na década de 1990. Também resume o processo de fabricação de blocos cerâmicos, incluindo preparação da massa, moldagem, secagem e queima.
Este documento apresenta o programa de projeto de urbanismo para um empreendimento habitacional da CDHU, definindo as informações necessárias para a elaboração do projeto como dados do município, do terreno, legislações aplicáveis, caracterização da população alvo, custos e produtos esperados que incluem um relatório com análise das informações e quantificação das áreas por uso.
1. O documento descreve elementos de máquinas, incluindo tipos de rebites, suas proporções e especificações.
2. Rebites são elementos de fixação permanente utilizados para unir peças metálicas de forma rígida. Existem diferentes tipos de rebites com cabeças de formatos variados.
3. As proporções padronizadas de rebites incluem diâmetros, comprimentos úteis e sobras necessárias. Sua especificação deve indicar material, tipo de cabeça, diâmetro e comprimento útil.
Este documento fornece instruções passo a passo para desenhar uma rede hidráulica em um banheiro em diferentes vistas, incluindo planta, isométrica e frontal. Ele instrui o leitor a desenhar as estruturas do banheiro na planta, mudar para a vista isométrica SW para desenhar as linhas laterais do pé direito e caixa d'água, e então mudar para a vista frontal para ver como o desenho aparecerá antes de concluí-lo na vista isométrica SW.
Aqui pretendo destacar um pouco dos estudos que eu e meus 20 colegas do curso de especialização de matematica onde conhecimentos e pesquisas em Etnomática tem representado grandes avanços para nossos estudos.
O documento discute a evolução da ocupação de quadras urbanas ao longo do tempo, desde a cidade tradicional até as quadras abertas contemporâneas. Aborda diferentes tipos de quadras como a quadra de Cerdá com ocupação perimetral, a quadra modernista com edifícios laminares paralelos e a superquadra de Brasília. Também apresenta exemplos atuais de quadras abertas e seus benefícios de integrar espaços públicos e privados.
O documento descreve a evolução estilística da arquitetura em Porto Alegre entre os séculos XIX e XX, desde formas ecléticas até os primeiros exemplos de arquitetura modernista na década de 1930. Os anos 1930 viram um aumento no Art Deco local e a emergência do estilo californiano e dos primeiros projetos modernistas influenciados pela escola do Rio de Janeiro. Edifícios como o abrigo dos bondes e o prédio Guaspari apresentavam características expressionistas e do modernismo nas décadas de 1930
O documento descreve o trabalho do arquiteto Carlos Ferrater, incluindo seus principais projetos como o Jardim Botânico de Barcelona e a sede social da Gisa e FGC. O texto também fornece detalhes sobre três "manzanas" projetadas por Ferrater para as Olimpíadas de 1992 em Barcelona, com apartamentos de diferentes tamanhos e um centro comercial.
Este documento discute a organização morfofuncional das cidades e a inter-relação entre o espaço urbano e rural. Explica como as cidades evoluíram de locais centralizados para locais policêntricos e multifuncionais, com diferentes áreas assumindo funções comerciais, industriais e residenciais. Também descreve a interdependência entre as cidades, que concentram consumidores, e o campo, que fornece produtos agrícolas e recebe investimentos.
Este documento descreve a evolução da arquitetura moderna em Porto Alegre desde os anos 1930. Nos anos 1930, surgem os primeiros exemplos de arquitetura moderna influenciada pelo art déco e estilo californiano. Nos anos 1940 e 1950, projetos modernistas inspirados pela escola carioca e influência do racionalismo italiano e de Le Corbusier se tornam mais comuns. O documento também discute a tensão entre tradição e modernidade na arquitetura.
A construção das cidades Segundo seus princípios artísticos.pptxDarlaKenyathaJOSEPH1
ste trabalho utilizou a edição de 1992 da obra, traduzido da quarta edição alemã, de 1909.
37 Sitte (1992), foi um dos primeiros autores a denunciar a inversão formal, ocorrida em algumas cidades do século XIX, onde os vazios se sobressaíram aos cheios. O autor é enfático no que diz respeito à constituição do espaço público que deve acontecer a partir da massa edificada.
Crítico do modo de caracterizar as praças pelo movimento moderno, o autor expressa:
Hoje, é designado por praça qualquer espaço vazio entre quatro ruas. Esta circunstância é suficiente em termos de higiene ou de outras considerações técnicas, mas, sob o ponto de vista artístico, um terreno vazio não é uma praça. (SITTE, 1992, p.47)
O autor destaca, também, o processo de inversão que estava acontecendo com a praça como espaço verdadeiramente público.
Nas cidades antigas, as praças principais eram uma necessidade vital de primeira grandeza, na medida em que ali tinha lugar uma grande parte da vida pública, que hoje ocupa espaços fechados, em vez das praças abertas. (SITTE, 1992, p.17)
A abordagem morfológica apresentada por Camillo Sitte está ligada à escala local das praças, sem analisar a inserção delas no tecido urbano. O autor apresentou estudos na escala local do espaço urbano, contribuindo, desta maneira, com a discussão dos atributos responsáveis pela qualidade dos espaços urbanos sem, contudo, problematizar o modo em que se encontram integrados com o todo da cidade.
A ARQUITETURA POPULAR COMO TRANSIÇÃO ENTRE O VERNÁCULO E O ERUDITOpedro fonseca jorge
O presente artigo nasce, em primeiro lugar, da necessidade de confrontar a realidade idealizada com o real construído, e por outro, de criar um léxico no domínio da "Arquitetura sem Arquitetos" que distinga entre esta categoria dois registos diversos. Estes consistem na arquitetura não contaminada por influências externas, por oposição àquela que, tendo herdado sinais exteriores à cultura onde é gerada, não pertence à categoria da denominada "Arquitetura Erudita".
O documento descreve a história e características da Praça XV e da Praça Otávio Rocha no Centro Histórico de Porto Alegre. Inicialmente, a Praça XV abrigava comércio ambulante e era usada como depósito de lixo antes de se tornar o primeiro Mercado Público da cidade. Atualmente, ambas as praças são importantes pontos de encontro no Centro e contam com diversos usos como comércio, serviços e lazer. O documento também apresenta dados sobre o projeto "Viva o Centro"
O documento discute o Modernismo na arquitetura e urbanismo, abordando suas principais tendências, estilos e teorias. Apresenta exemplos de projetos modernistas nos EUA e na Europa no final do século XIX e início do século XX, incluindo as obras de Sullivan, Wright, Garnier e outros arquitetos modernistas.
Este empreendimento multiuso em São Paulo é composto por três torres de escritórios e flats hoteleiros, conjuntos comerciais e lajes corporativas, além de centro de convenções, centro comercial, cinemas e praça de alimentação. O empreendimento conta também com grandes espaços abertos e três subsolos com 1200 vagas de estacionamento.
Este documento discute a relação entre memória e esquecimento na paisagem da Rua Dr. Assis no bairro da Cidade Velha em Belém através das edificações classificadas como "renovação" pela lei de tombamento. Utilizando métodos etnográficos, o documento analisa como as transformações nas edificações ao longo do tempo refletem a memória e esquecimento dos moradores. As entrevistas revelaram que muitos residentes veem o patrimônio como uma entidade de fiscalização, demonstrando como a preservação pode
O documento discute o planejamento urbano comercial em Portugal, focando em três projetos no noroeste do país. Apresenta os princípios dos projetos, incluindo apoiar o varejo independente em meio à crescente concentração empresarial e diversificação das formas de comércio, e articular o patrimônio histórico-urbano com o desenvolvimento do comércio e serviços.
O Palácio Gustavo Capanema foi o primeiro projeto moderno em grande escala no Brasil, influenciado por Le Corbusier. Construído entre 1936-1944, revolucionou a arquitetura com volumes inter-relacionados, pilotis e fachadas diferenciadas. O Aeroporto Santos Dumont de 1944 possui excelente circulação apesar do tamanho, e foi adaptado para aviação a jato. A Associação Brasileira de Imprensa de 1938 foi a primeira obra moderna de grandes proporções no país, com quebra-sol na fachada.
1) O documento discute a importância dos espaços públicos e como os edifícios podem ser projetados para melhorar e integrar-se com esses espaços.
2) Projetos como o Banco de Hong Kong e o projeto em Kowloon criaram espaços públicos vibrantes que se conectam com a comunidade.
3) Edifícios como o The Sage em Gateshead e a Margot and Bill Winspear Opera House em Dallas usam estratégias de design para melhorar a experiência dos pedestres e estimular a requalificação urbana.
Walter Gropius foi um arquiteto alemão considerado progressista por seu pensamento urbanístico no século XX. Suas propostas priorizavam a qualidade de vida com a introdução de áreas verdes e a verticalização dos edifícios para descongestionar as cidades. Sua intervenção na cidade de Dammerstock de Karlsruhe exemplifica esses princípios ao dispor os prédios em meio a grandes espaços abertos.
O documento descreve o projeto do novo World Trade Center em Nova York após os ataques de 11 de setembro de 2001. O projeto prevê a construção de quatro novas torres, incluindo a Torre da Liberdade de 541 metros, além de um memorial e museu. O novo complexo foi projetado para lembrar o ataque sem manter a mesma configuração geométrica das torres gêmeas originais.
O documento descreve o projeto do novo World Trade Center em Nova York após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. O projeto prevê a construção de quatro novas torres, incluindo a Torre da Liberdade com 541 metros de altura, além de um museu e memorial em homenagem às vítimas. O novo complexo terá um layout irregular diferente do formato quadrático original.
O documento descreve um projeto de revitalização de um conjunto de edifícios históricos no bairro Floresta em Porto Alegre. O projeto pretende preservar as fachadas originais dos edifícios e adaptar seu uso interno a demandas contemporâneas, com novas estruturas que ampliam as áreas úteis. O conjunto abrigará usos mistos de comércio, serviços e habitação.
O documento discute o legado do urbanismo moderno no Brasil e as controvérsias em torno do "caos urbano" nas cidades. Aborda como o planejamento de Curitiba nos anos 1960 se inspirou nos princípios do Movimento Moderno e como o crescimento desordenado das cidades brasileiras desde 1930 levou a problemas urbanos. Também debate as visões contrastantes do "crescimento espraiado" versus as "cidades compactas".
Este documento discute:
1) Como os conjuntos habitacionais construídos na Europa, especialmente em Berlim, nos anos 1920-1930, foram fundamentais para a afirmação da arquitetura moderna e influenciaram projetos habitacionais no Brasil.
2) Exemplos importantes de conjuntos habitacionais modernos em Berlim, como Eichkamp e Hufeisensiedlung Britz.
3) Como esses projetos influenciaram iniciativas habitacionais no Rio de Janeiro, como o Conjunto Residencial do Realengo.
1. 31 ARQ TEXTO
DA RUA CORREDOR AO
CENTRO COMERCIAL
Tipologias comerciais em Porto Alegre
dos anos 30 ao princípio dos 90.
Claudia Piantá Costa Cabral
As tecnologias disponíveis, os regulamentos construtivos e as
referências culturais evidentemente são circunstâncias determinantes da
forma assumida por um edifício em qualquer contexto dado. Entretanto, às
variações morfológicas quase ilimitadas, geradas pela interação entre estes
aspectos em determinado tempo e cultura, contrapõe-se a persistência de
certas alternativas de organização espacial, mais ou menos constantes e
comuns a realidades urbanas e geográficas distintas. Assim, de um extenso
conjunto de edifícios que por alguma razão nos interesse, é possível extrair
um número finito de tipos arquitetônicos, desde que se aceite tal conceito
como construção intelectual e de caráter sobretudo instrumental, relacionada
somente através do próprio problema de investigação a uma série de objetos
arquitetônicos cuja estrutura básica é capaz de descrever, sem contudo
coincidir com nenhum deles.1
Dentro da evolução histórica da arquitetura comercial em Porto
Alegre, observa-se, ao longo do século XX, uma tendência à diversificação
do repertório de soluções arquitetônicas para o problema do comércio vare-
jista. Este texto parte da idéia de que esta arquitetura comercial pode ser
reduzida a quatro configurações espaciais básicas - rua comercial, galeria
comercial, loja de departamentos e shopping center - e que a diferença
entre estas não se limita a questões distributivas e organizacionais, mas
envolve a proposição de distintas relações entre espaço público e espaço
privado, e portanto filiações conceituais diversas no que concerne à relação
entre edifício e cidade. Nesse sentido, esse processo de diversificação aponta
em uma direção, e esta não é o reforço do papel do espaço público como
âmbito político, elemento estruturador e potencializador de vitalidade
urbana2
.
2. 32
A RUA COMERCIAL, OU A ORDEM DIFÍCIL
Estabelecer uma tipologia da rua comercial é entretanto diferen-
te de estabelecer uma tipologia da galeria, da loja de departamentos
ou do shopping center; porque a rigor não se trata aqui unicamente de
um tipo de edifício, mas de uma determinada forma de relação entre
edifícios, e da maneira como o conjunto destes configura um tipo de
espaço público. Como espaço urbano, a arquitetura da rua comercial
depende em igual medida de equipamentos urbanos e elementos móveis
como pessoas e veículos, anúncios luminosos, etc., que o presente texto
não pretende medir. Aqui a aproximação à rua comercial se fará através
de alguns edifícios que recordam o nascimento de uma Porto Alegre
metropolitana - que surge a partir de renovações urbanas importantes,
como a abertura das avenidas Borges de Medeiros e Salgado Filho3
- e
que constituem um tipo característico do início do processo de
verticalização do centro da cidade até a chegada dos planos diretores.
Como elementos da rua de fachada contínua ou rua corredor, esses
edifícios tendem a adotar uma volumetria previamente definida pelos
próprios alinhamentos urbanos. Recuos e poços de iluminação, elementos
de circulação que exteriorizam-se e necessárias inflexões são sempre
remetidos aos fundos do terreno, de forma a manter uma fachada regular
com relação ao alinhamento. A esta tipologia, que é fortemente pressi-
onada pelo alinhamento urbano, onde o volume do edifício é diretamente
dependente da forma do lote, Aymonino chama tipologia distorcida,
ou seja, que não é o resultado da aplicação de regras distributivas e
compositivas derivadas de uma resposta funcional ao programa de
necessidades, mas sim resultado a posteriori do aproveitamento máxi-
mo da edificabilidade de uma dada parcela de solo.4
Exemplos característicos são os edifícios Annes Dias (1955,
Armando d'Ans) e Esplanada (1952, Román Siri), que combinam a um
térreo comercial, respectivamente, pisos de escritório e pisos residenciais:
no Annes Dias um lote triangular condiciona a distribuição radial dos
compartimentos com relação a um núcleo de circulação vertical localizado
no vértice interno do terreno, onde foi ajustada uma escada triangular,
enquanto os vértices externos são ocupados por sanitários; no Esplanada,
a área de iluminação e ventilação é concentrada no interior do lote,
sendo as diferenças de ângulos entre as ruas que conformam o quarteirão
absorvidas por inflexões em planta e pelas sacadas. Híbridos, exploram
consistentemente o tema do vocabulário moderno suportado por uma
planimetria tradicional.
Outra imagem urbana, sem dúvida assombrada pelas não poucas
tentativas de revisão ou mesmo supressão da rua corredor ao longo do
século, é pretendida pelo Edifício Comendador Thadeu Nedef (1975,
Roque Fiori), onde a volumetria adotada, embora vinculada à
configuração do lote urbano na plataforma de base, é independente
deste na torre de escritórios. Ao contrário dos demais casos, em que as
áreas de iluminação e ventilação complementares são interiorizadas,
aqui estas circundam uma torre em forma de losango, sob o pretexto de
3. 33 ARQ TEXTO
eliminar os poços de ventilação e iluminação. Teoricamente, a solução
torre sobre plataforma deveria permitir a superação dos possíveis
inconvenientes da rua corredor, como a necessidade de tais poços e a
eventual deformação dos compartimentos a fim de ajustá-los a um ali-
nhamento dado. Entretanto, por influência do próprio parcelamento
urbano, os poços configuram-se virtualmente pela proximidade dos
edifícios vizinhos. E, se idealmente a não sujeição à forma do lote
permitiria a racionalização da disposição dos compartimentos, na prática
o losango adotado condicionou unidades tão irregulares quanto aquelas
do Edifício Annes Dias, independente da solução de implantação urbana.
Na rua comercial, o limite entre o espaço privado e o espaço
público, que normalmente coincide com o plano de fachada, pode
adquirir espessura e configurar um espaço tridimensional como elemento
de transição entre ambos. É o caso do Edifício Sulacap, projetado por
Arnaldo Gladosh em 1938 e construído em 1943 pela firma Azevedo,
Moura & Gertum, sobre um lote da então recém aberta Av. Borges de
Medeiros, que vai da esquina da Rua da Praia à Av. Salgado Filho. O
programa compreende lojas no piso térreo, dois blocos de escritórios e
um terceiro de apartamentos, com acesso pela esquina da Salgado Filho.
O pórtico no piso térreo não só faz a transição entre loja e rua, como
também acomoda a diversidade programática - acesso aos escritórios e
acesso ao bloco residencial - e a diferença de nível entre as duas esquinas.
O rebatimento da solução nos edifícios que compõem a quadra seguinte
- Fronteira, Planalto e Missões - prolonga o plano indicado pela sucessão
de pilares e reforça o caráter de recinto urbano deste espaço. A mesma
idéia de continuidade estaria entre os edifícios Brasília (1946, Guido
Trein) e Formac (1952, C.A. de Holanda Mendonça).
A organização vertical das fachadas, com divisão convencional
entre base e corpo, representa um tipo de relação com a cidade em que
a maior permeabilidade da base é sempre oportunidade de projeto.
Nos edifícios Sulacap, Brasília, Comendador Azevedo (1951, Guido
Trein e Azevedo Moura) e Tanhauser (1953, Emil Bered) se o corpo é
repetitivo, a base é singular: pelo recinto público; por um discreto recuo,
se o espaço não é muito; ou mesmo através da marquise que se destaca
como marcação horizontal entre um térreo e um segundo piso
transparentes, sob a neutralidade da grelha ou da cortina de vidro que
vestir os pisos superiores.
Outro traço característico deste tipo de edifício é o tratamento
diferenciado de fachada na altura dos últimos pisos: recuados com
relação ao corpo, como nos edifícios Annes Dias e Presidente Antônio
Carlos (1952, Edgar Graeff); incluindo marquises recortadas por
pergolados, como nos edifícios Paglioli (1957, Remo Irace e Miguel Irace),
Armênia (1955, Ari Canarim) e Esplanada. No entanto, a maior
diversidade encontra-se no Edifício Sulacap. Ao contrário da base e do
corpo, onde o tratamento de fachada tende a unificar os três blocos, a
terminação é propositalmente descontínua: o bloco da esquina da Rua
dos Andradas é o mais baixo, o seguinte termina como uma torre com
FIG. 1 Edifício Sulacap, 1938, Arnaldo Gladosh.11
4. 34
leve escalonamento e cobertura em quatro águas, enquanto o bloco
residencial escalona dois pisos além do bloco de escritórios central. O
perfil recortado do Sulacap quase que rememora o skyline do centro de
Porto Alegre, onde os processos de substituição tipológica apontaram
mais à justaposição de modos de vida que à configuração de uma
imagem única, reafirmando a idéia da rua como canal tridimensional5
e
também como espaço da ordem complexa de que falava Venturi, onde
o olho nem sempre necessita ‘ser muito facilmente ou muito rapidamen-
te satisfeito na sua busca por unidade no conjunto’6
.
A GALERIA COMERCIAL, ‘AO MESMO TEMPO CASAS E ESTRELAS’7
O sentido da galeria é, em primeiro lugar, prolongar o espaço
do comércio ao interior do quarteirão edificado, criando um espaço de
uso público sobre solo privado. A galeria como passagem urbana é um
traço potencialmente sistematizável, isto é, a repetição do tipo por diversos
quarteirões poderia teoricamente configurar todo um percurso alternativo,
coberto e de uso exclusivamente pedestre, quase uma utopia da cidade
existente, como seu reflexo liberado de contradições e inconvenientes
reais: um mundo em miniatura, no dizer de Walter Benjamin.
Em Porto Alegre surgem, primeiro no centro da cidade, depois de
forma esparsa ao longo dos principais caminhos de acesso ao centro e,
desde os anos sessenta, com maior regularidade nos bairros
Independência e Moinhos de Vento, onde então se concentra um
importante poder aquisitivo. Como passagem, a galeria demonstra
máxima compatibilização com um traçado xadrez pouco hierarquizado,
como é o caso do centro da cidade, onde a interpretação do tipo galeria
como elemento de conexão urbana é matizada pela própria caracterís-
tica topográfica do sítio: a zona de maior concentração de galerias no
centro localiza-se num declive, desde a Rua Duque de Caxias até a Av.
Voluntários da Pátria, onde se inicia uma área plana, oriunda de aterro,
sobre a qual estão o Mercado Público e a Galeria Sete de Setembro.
Aquelas galerias acessíveis pela Rua da Praia, dispostas conforme o
sentido de maior declividade do terreno, necessitam forçosamente
soluções em mais de um nível para estabelecer a conexão com a outra
rua, situada em cota diversa: Galeria Chaves (1935, Agnello de Lucca e
Fernando Corona); Galeria Di Primo Beck (1958, C. Peña e L. Hübner);
Galeria Lusa (1974, E. Livi, F. Hahn e A. Pereira Fº). O mesmo ocorre
com as galerias 5ª Avenida Center (1979, Finkelstein e Odriozola) e
Florêncio Ygartua (1982, M. Guedes de Oliveira), localizadas no bairro
Moinhos de Vento.
Como estrutura espacial, a galeria pode ser descrita como
associação de unidades básicas, não necessariamente idênticas, mediante
um espaço de circulação comum. Quando as unidades se organizam
ao longo de um espaço de circulação que tem a característica de corredor,
temos um esquema espacial linear, e neste caso a galeria interioriza o
esquema da rua corredor; quando as unidades se organizam em torno
de um espaço central, temos um esquema de distribuição em torno de
FIG. 2 Galeria Dr. Florêncio Ygartua, 1982,
Mauro Guedes de Oliveira.
FIG. 3 Galeria Champs Elysées, 1969, Mauro Guedes de Oliveira.
5. 35 ARQ TEXTO
pátio que, buscando novamente uma analogia urbana, reproduz a praça.
Ambos os esquemas admitem variações e combinações: esquemas
lineares em fita simples ou dupla (Edith no primeiro caso e Sete de
Setembro no segundo); esquemas lineares com corredores múltiplos em
alas perpendiculares (Rosário e Malcom) ou em ângulo que permite o
ajuste com a parcela (Nação e Di Primo Beck); esquemas compostos,
que associam corredores lineares e espaços centralizados (Chaves e
Galeria Florêncio Ygartua, entre outras).
Como componentes da rua comercial, as galerias possuem
fachadas urbanas; como sistemas de penetração ao interior do quartei-
rão, configuram ruas interiores, definidas tanto pelas vitrines das lojas
quanto pela solução de cobertura adotada. Aqui as galerias de Porto
Alegre diferem dos protótipos europeus do século XIX, com suas coberturas
em ferro e vidro marcadamente longitudinais. A Galeria Chaves inclusive
contava em seu projeto original com uma zenital ovalada, aparentemente
em ferro e vidro. Entretanto, sobre o espaço central da galeria foi
executado um domo em concreto, com pequenas perfurações preenchidas
com vidro, o que muito provavelmente deve-se à experiência da
construtora Azevedo Moura & Gertum, responsável pela obra, com o
concreto armado.
A maioria das galerias do centro da cidade não possui qualquer
tipo de iluminação natural, estando situadas sob a projeção dos edifícios;
as galerias que possuem coberturas em vidro são mais recentes, e
portanto, nesse caso a referência às galerias do século XIX já estaria
filtrada pelo shopping center. Entretanto, salienta-se a incidência de
locais a céu aberto como característica local do tipo, esta sim manifestada
com anterioridade ao surgimento do shopping center em Porto Alegre:
galerias Champs Elisées, Augusta e Moinhos de Vento (1969-1970,
M. Guedes de Oliveira); Centro Comercial Nova Olaria (1993, Marques
Arquitetos Associados); o espaço central das galerias Florêncio Ygartua
e Esplanada Center (1979, J.Vallandro, M. Marques, L. Ferreira da Silva);
a abertura para pátios laterais na Bond Street (1971, Ruben Adams) e
na Galeria 24 de Outubro (1974, Carlos Peixoto).
As primeiras galerias do centro da cidade estavam sujeitas a
regulamentos pouco restritivos: não estavam obrigadas a recuos laterais
e podiam atingir grandes alturas, desde que escalonando as fachadas.
Considerando as testadas relativamente estreitas dos terrenos no centro
da cidade e o alto custo da terra, naturalmente o edifício tende a coincidir
com o máximo volume construtivo permitido, colando nos alinhamentos
e configurando a rua corredor. Observa-se uma passagem do edifício
no alinhamento ao edifício composto por torre e plataforma, que tem
início a partir da década de setenta, na vigência do Plano Diretor de
1959, quando começam a surgir galerias nos bairros periféricos à zona
central, como Independência, Moinhos de Vento e Floresta. O Plano de
1959 estabeleceu um zoneamento de alturas, instituindo recuos laterais
obrigatórios a partir de quatro pavimentos ao longo de corredores de
acesso ao centro, incluíndo Av. Independência, Rua 24 de Outubro e Av.
FIG. 4 GaleriaMionhosdeVento,1970MauroGuedesdeOliveira.
6. 36
FIG. 7 Galeria Chaves,1935,Agnello deLuca eFernando Corona.
FIG. 5 Galeria Malcom, modif. 1971, Emil Bered.
Cristóvão Colombo. O exame das primeiras galerias surgidas nestes
locais demonstra a influência do Plano: Galeria Champs Elisées e Galeria
Moinhos de Vento, aprovadas em 1970, coincidem com os alinhamentos
porque não excedem os quatro pisos; já aquelas galerias que atingem
maiores alturas necessariamente adotam o partido torre sobre plataforma,
como Galeria Esplanada Center e Galeria 24 de Outubro.
O Plano de 1979 confirmou a volumetria proposta e ofereceu
incentivo às galerias comerciais considerando-as como áreas não
computáveis no índice de aproveitamento, desde que "mantidas desim-
pedidas e amplamente vinculadas a logradouro público". Surgem então
outras galerias nestes moldes, inclusive na zona central: Centro Comercial
Independência (1976, E. Valle, S. Matte) e Mini-Shopping Independência
(1980, H. Rocha, C. Santini), na Av. Independência; 5ª Avenida Center,
Central Park (1980, Sclovsky e Saltz), Galeria Florêncio Ygartua, Centro
Empresarial 24 de Outubro (1992, M. Guedes de Oliveira), no bairro
Moinhos de Vento; e Shopping Rua da Praia, na Rua dos Andradas.
Observa-se também como fator concorrente para a adoção da variedade
tipológica induzida pelos regulamentos urbanísticos, dada a
incompatibilidade da mesma com lotes estreitos, as próprias características
de parcelamento dos bairros mencionados, onde as testadas médias
dos terrenos são maiores do que no centro, e onde o menor grau de
consolidação do tecido viabilizou o remembramento.
A LOJA DE DEPARTAMENTOS , OU A MULTIDÃO DE COMPRADORES
A loja de departamentos não é apenas o incremento em área do
espaço da loja tradicional, mas sobretudo uma nova forma de consumir.
Entre os rasgos distintivos desta nova forma estava a adoção de um
sistema de organização de vendas que trazia como principais inovações
a ampla variedade de artigos em todos os ramos e preços fixos claramente
marcados. Como explica Sennet, esta nova forma de vender e comprar,
que inaugura a multidão de compradores, consistiu em um paradigma
para as mudanças no domínio público que ocorriam no século XIX. Se
nas galerias se vendiam produtos exclusivos a públicos seletos, nas lojas
de departamentos o que se vendia era a quantidade que a máquina
FIG. 6 Galeria Edith, s/ dados.
7. 37 ARQ TEXTO
podia de repente colocar à disposição de um público cada vez mais
anônimo, e a esperança de alguma participação no sonho, ainda que
somente através da experiência do consumo8
.
Em Porto Alegre as lojas de departamentos estabeleceram-se
primeiramente no centro da cidade, sendo o mais antigo edifício proje-
tado para tal fim encontrado atualmente em Porto Alegre, o Edifício
Mesbla da Voluntários da Pátria (1944, Arnaldo Gladosh), que já não
serve mais a essa função. Aparentemente, as lojas de departamentos
não constituem hoje em dia um negócio tão atrativo quanto antes, e
muitas das lojas que ainda resistem no mercado de Porto Alegre vêm
reformulando-se em função das dificuldades encontradas. As
modificações apontam para restrições na área das lojas e na variedade
de artigos comercializados. Aquelas vantagens originalmente oferecidas
pelas lojas de departamentos, que de início faziam-nas diferentes dos
demais estabelecimentos comerciais, foram absorvidas por outros tipos
de comércio; por outro lado um de seus maiores trunfos, que consistia
em oferecer enorme variedade de produtos em um único ponto de venda,
foi em parte neutralizado com a entrada do shopping center no comércio
local. Não só a gama de artigos disponível é ampliada no shopping
center, como também é oferecida ao consumidor a possibilidade de
comparar preços, existindo a competição no interior de cada ramo de
negócios. E sem dúvida também os supermercados (derivação do tipo),
na medida em que cresceram em número e superfície a partir de sua
implantação nos anos cinqüenta, passaram a competir com as lojas de
departamentos tradicionais, e especialmente num setor onde estas pra-
ticamente detinham o monopólio: o bazar.
Atualmente, portanto, parece que o aumento nos lucros não é
necessariamente proporcional ao incremento na área de loja, mas sim à
flexibilização e diversificação do negócio. Ao contrário do shopping center
e da galeria comercial, a loja de departamentos não inclui a possibilidade
de lucro imobiliário. Os primeiros oferecem retorno do capital investido
através da locação das unidades a diferentes empreendimentos, de
forma que não somente a sobrevivência do shopping ou da galeria é
relativamente independente do sucesso individual de cada loja, como
estes mostram-se viáveis como empreendimentos imobiliários. De certa
maneira, o problema da loja de departamentos é não ser tão flexível do
ponto de vista financeiro quanto espacial: a tendência à subdivisão e
modificação de uso dos edifícios anteriormente destinados a lojas de
departamentos é facilitada pela neutralidade inerente a estes espaços. A
necessidade de flexibilidade imposta pelo programa das lojas de de-
partamentos leva a um certo grau de indiferença funcional, que faz
delas espaços facilmente conversíveis.
Independente do uso atual, podemos reconhecer o tipo em alguns
edifícios bem conhecidos, além da Mesbla (Voluntários da Pátria): Renner,
Imcosul e Ferramentas Gerais, por exemplo. Quanto à inserção urbana,
tanto a totalidade da fachada reconhece o alinhamento, como no Edifício
Mesbla, em que esta se curva fechando a esquina, quanto ocorre a
8. 38
combinação base sobre os alinhamentos com os pisos superiores
recuados, como nas lojas Renner (1976, Luiz Braga) e Imcosul (1976,
Edgar do Valle, Jorge Ruhl). Mesmo adotando solução semelhante na
ocupação integral do piso térreo, estas duas alternativas são praticamente
inversas quanto à volumetria resultante, no que concerne à forma como
se desenvolvem em altura. Nas lojas Renner e Imcosul a progressão
vertical se dá mediante a superposição de pisos quase idênticos, que
apenas variam dimensionalmente em função dos recuos laterais a partir
do quarto pavimento, inviabilizando a complementação de iluminação
natural para as zonas mais profundas. No Edifício Mesbla os três primeiros
pisos são integrados através de mezaninos, enquanto os demais,
destinados a escritórios, desenvolvem-se perifericamente, liberando uma
área central que possibilita a iluminação zenital de todos os pisos de
loja. Já Ferramentas Gerais (1975, Castelar Peña, Júlio Collares) pertence
conceitualmente a uma rua de tipo pavilhonar, característica de uma
implantação urbana menos central, e mantém a tradição do espaço
central bem caracterizado dentro de uma planta de organização racional.
O programa da loja de departamentos não envolve dificuldades
em termos distributivos, sendo crucial a localização conveniente das
escadas, dado que é preciso facilitar a progressão vertical do público no
interior da loja. Na Mesbla, além de duas escadas de serviço, uma grande
escada em alas simétricas desenvolve-se ao fundo do espaço central da
loja, nos moldes das primeiras lojas de departamentos do século XIX. O
surgimento das escadas mecânicas retirou a importância das escadas
convencionais, que passam a ser tratadas como partes de serviço, e não
mais como elementos hierarquicamente significativos dentro do grande
salão (Renner e Imcosul).
A solução estrutural exige racionalidade e minimização das
FIG. 9 Galeria Nação, modif., 1960, construtora Maestri & Brum.
FIG. 8 Renner (Otávio Rocha), 1976, Luiz Braga.
9. 39 ARQ TEXTO
situações de exceção. Os exemplos analisados possuem estruturas de
concreto armado, e os elementos verticais de sustentação tendem a
concentrar-se, adotando-se vãos em torno de nove metros.
O Edifício Mesbla adota uma organização de fachada conforme
a divisão clássica entre base, corpo e ático, que guarda um parentesco
com os edifícios de Sullivan. Como no Carson-Pirie-Scott, a base
corresponde aos pisos de loja, enquanto o corpo se forma pela repetição
de pavimentos-tipo destinados a escritórios; a esquina é reconhecida
pela curvatura da fachada: o volume cilíndrico exteriorizado no Carson-
Pirie é subtraído no Edifício Mesbla. O tratamento das superfícies,
explorando a textura do tijolo, aproxima-se entretanto mais do Van Allen,
última loja de departamentos de Sullivan. Já Imcosul e Renner
representam uma outra geração de lojas de departamentos, em que se
abandona a caracterização através do desenho e articulação de
elementos arquitetônicos, e se reduz a fachada à função de vedação e
suporte de cartazes.
O SHOPPING CENTER,
OU O COMÉRCIO NA CIDADE DO AUTOMÓVEL
Além de unidade arquitetônica, o shopping é também uma unidade
do ponto de vista comercial, cujo objetivo é contabilizar lucros através
da alta concentração e estudado mix de lojas, do estacionamento
facilitado e da possibilidade de realizar uma publicidade que venda o
produto shopping como um todo. Surgido nos Estados Unidos de pós-
guerra como resposta à demanda gerada pelo automóvel e pela
suburbanização, sua implantação no Brasil tem um matiz mais de indústria
lucrativa que de necessidade: segundo Silvana Pintaúdi, o shopping não
é 'fruto da expansão comercial de um lugar, mas antes, fruto de uma
ruptura com o destino virtual deste lugar'.9
O primeiro shopping center a estabelecer-se em Porto Alegre foi
o Centro Comercial João Pessoa (1970, Ricardo Bastian), de pequeno
porte se comparado aos empreendimentos surgidos nas décadas de
oitenta e início de noventa, como Shopping Center Iguatemi (1982, Patrice
Hatton) e Shopping Center Praia de Belas (1991, Júlio Neves), que adotam
como modelo o mall americano. Pouco depois surge em Porto Alegre
outra variedade, o strip, que inclui empreendimentos de porte e alcance
diverso: o Bela Vista Plaza (1993, Sonia Hiwatashi), no limite entre os
bairros Bela Vista e Petrópolis, exemplifica o pequeno shopping de
vizinhança; o Strip Center Assis Brasil (1993, Raul Milani), na confluência
entre duas avenidas de longo curso, Av. Assis Brasil e Av. Baltazar de
Oliveira Garcia, possui larga abrangência, sendo facilmente acessível
desde toda a zona norte da cidade.
Os esquemas espaciais articulam-se através da relação entre lojas
e circulação, ou seja, a partir de um espaço de tipo galeria, e ainda
quanto à seqüência estabelecida entre estacionamento, circulação e lojas.
Utilizando a classificação de Victor Gruen, um dos pais do shopping
americano, chamamos strip ao esquema distributivo em que uma
FIG. 10 Mesbla (Voluntários da Pátria), 1944, Arnaldo Gladosh.
FIG. 11 Ferramentas Gerais, 1975, Castelar Peña, Júlio Collares.
10. 40
circulação aberta organiza uma linha de lojas, de forma que se tem
acesso a cada uma delas diretamente a partir do estacionamento (Bela
Vista Plaza e Assis Brasil); temos um mall quando esta linha de lojas é
rebatida ao longo de um corredor de circulação, que constitui uma rua
interior, quase sempre coberta, para onde se voltam as fachadas das
lojas, concentrando-se os acessos de forma que a relação entre as lojas
e o estacionamento se dê através desta circulação comum (Iguatemi e
Praia de Belas). E ainda aproveitando os esquemas identificados por
Gruen10
, podemos classificar o Centro Comercial João Pessoa como um
caso particular do ring, alternativa de organização em que o strip se
fecha em torno de um espaço central.
Os espaços de circulação podem adquirir diversas configura-
ções, alternando o esquema linear, próprio das galerias de acesso às
lojas, aos alargamentos espaciais correspondentes geralmente às praças
de alimentação e aos núcleos de circulação vertical. Os esquemas
estruturais tomam uma grelha regular como ponto de partida, com vãos
estruturais entre cinco e oito metros, que é rompida em situações especiais.
A compartimentação é independente do esquema estrutural, e a
subdivisão em lojas pode ser alterada conforme as necessidades de
reformulação.
Ao contrário dos shoppings americanos, que localizam-se princi-
palmente à beira de auto-estradas, o shopping em Porto Alegre buscou
terrenos que, embora às vezes situados em trechos de cidade ainda não
completamente consolidados, são terrenos que correspondem a um lote
urbano. Entretanto, em maior ou menor grau, todos herdaram do modelo
americano uma relativa autonomia com relação ao sistema de ruas e
quarteirões, que se traduz na ausência de mediação entre rua e edifício,
ora produzida pelo isolamento gerado pela presença do parque de
estacionamento, ora evidenciada por uma proposital interiorização do
edifício, com a supressão de a toda permeabilidade da fachada, a não
ser nos acessos. O Iguatemi exemplifica as duas alternativas: o edifício
interiorizado, ao qual se tem acesso desde o espaço público somente
através de uma área de estacionamento. No Praia de Belas a maior
parte do estacionamento localiza-se em subsolo ou cobertura, e parte
do edifício coincide com os alinhamentos; entretanto o tratamento dado
às fachadas, com a ausência de vitrines e a impossibilidade de acesso
direto a lojas, reduz os vínculos entre o edifício e o espaço público às
situações de acesso. Embora a implantação seja diversa do Iguatemi, a
relação com o sistema de calçadas públicas é igualmente inexistente, e
neste sentido pode-se falar de uma inversão da rua comercial tradicional:
o que limita com o espaço público não é a linha de lojas, mas os fundos
destas.
No strip, a linha de lojas possui, pelo menos em parte, fachada
para a rua. Neste caso, a vinculação depende da localização e dimen-
são do estacionamento. O Bela Vista Plaza quase constitui uma fachada
de rua comercial, inclusive a localização em terreno de meio de quadra
induz a uma fachada contínua. No caso do Strip Center Assis Brasil, a
FIG. 13 Imcosul (Dr. Flores), 1976, Edgar do Valle, Jorge Ruhl.
FIG. 12 Edifício Annes Dias, 1955, Armando D’Ans.
11. 41 ARQ TEXTO
área de estacionamento requerida é muito mais ampla em função da
maior abrangência do empreendimento. A disposição frontal da mesma
evidentemente separa o edifício da via pública, situação reforçada pela
existência de cercas sobre os alinhamentos. É importante salientar,
contudo, que os dois exemplos aqui considerados possuem localização
urbana diversa: o Bela Vista Plaza situa-se em frente a uma praça,
enquanto o Strip Center limita com um entroncamento viário de trânsito
pesado, que constitui por si local inadequado ao trânsito pedestre.
O Centro Comercial João Pessoa, devido à disposição do estaci-
onamento inteiramente em subsolo, quase poderia ser considerado como
um caso limite entre a galeria e o shopping center no que diz respeito à
implantação urbana. Entretanto, assimo como ocorre no Praia de Belas,
a organização das fachadas privilegia as situações de acesso sem
favorecer qualquer percurso de caráter urbano.
No caso do shopping, no que concerne à vinculação entre edifício
e espaço público, a ausência de mediação deve-se menos ao recuo do
edifício com relação à calçada e mais à maneira como são tratadas as
fachadas e os espaços resultantes. O estacionamento é via de regra um
espaço residual entre edifício e rua, um espaço aberto onde não
comparecem os elementos que tradicionalmente compõem e ordenam
os espaços abertos dentro da cidade, como sistema de calçadas,
arborização, etc. As fachadas, à exceção do strip, desconhecem
particularidades de implantação e atuam como vedação cega mesmo
quando coincidentes com os alinhamentos.
O shopping coloca uma relação particular entre tipologia e
morfologia urbana no sentido de que a primeira pode constituir-se de
forma independente com relação à segunda, justamente pela disponibi-
lidade de área. Essa margem de área que garante a autonomia com
relação ao parcelamento, ao mesmo tempo que possibilitaria a invenção
tipológica supostamente livre das restrições do parcelamento, no caso
do shopping parece haver apenas facilitado a repetição de soluções
padronizadas, derivadas prioritariamente de requisitos funcionais e
mercadológicos, em um procedimento mais modelístico e menos
tipológico, onde se passa por alto a interação tipo e lugar como
oportunidade criativa.
Como edifício onde várias lojas estão associadas mediante uma
circulação comum, o shopping retoma um traço tipológico característi-
co da galeria comercial: o corredor que ordena um conjunto de lojas na
galeria comercial é redefinido no shopping center. Entretanto, se no
caso das galerias originais do século XIX o corredor é uma figura espacial
regular definida tridimensionalmente pelas fachadas das lojas e pela
cobertura - as primeiras, elementos que sustentam a segunda - no
shopping center as fachadas interiores são independentes do esqueleto
portante, e o corredor pode assumir contornos bem mais flexíveis. Também
a solução de cobertura, ainda que envidraçada como nas galerias, é
independente dessas fachadas internas. Enquanto nas galerias os
alargamentos espaciais eram controlados, correspondendo a mudanças
FIG. 14 Edifício Sta. Terezinha, 1950, C.A. de Holanda Mendonça.
FIG. 15 Centro Comercial João Pessoa, 1970, Ricardo Bastian.
12. 42
de direção ou espaços centrais, nos grandes shoppings, como Iguatemi
e Praia de Belas, a estratégia para minimizar o longo percurso é modificar
a forma do corredor através de um jogo mais ou menos arbitrário de
retração e expansão, permitido pela estrutura independente. Se nas
galerias do século XIX as irregularidades não passam dos fundos das
lojas, no Iguatemi e no Praia de Belas elas são exibidas em chanfros e
pontas na circulação principal, enquanto que os limites de fundo das
lojas são rigorosamente ortogonais.
As fachadas exteriores decorrem antes do esquema distributivo
adotado que de uma precisa implantação urbana: o strip apresenta
fachadas permeáveis, mesmo quando localizado em avenida de trânsi-
to pesado, como o Strip Center Assis Brasil; o mall, entretanto, é sempre
interiorizado, quer limitem as fachadas externas com estacionamento,
como no Iguatemi, ou com alinhamentos urbanos, como no Praia de
Belas. Como edifícios organizados em função de um consumidor
motorizado, os shoppings tratam de dispor com monumentalidade
situações de acesso sobre uma fachada neutra. Formas clichê articulam
um discurso redutor: os clássicos portais envidraçados, encontrados no
pequeno Bela Vista Plaza, no Strip Center e no Iguatemi, e que
comparecem em outros tantos shoppings fora de Porto Alegre. Em uma
operação típica da cultura de massa, a cobertura envidraçada, como
traço característico da galeria do século XIX, é reduzida a um
denominador comum, a uma imagem pasteurizada a ser repetida em
qualquer latitude. De certa maneira a arquitetura do shopping segue
como uma oportunidade ainda não desenvolvida. Como tipo
característico do século XX, coloca sem dúvida um problema arquitetônico
novo e relevante: a magnificação das escalas, o automóvel forçando
uma nova organização dos espaços públicos, a necessidade de
diversificação dos centros de compras, a relação entre lazer e consumo,
são sem dúvida âmbitos deste problema. Entretanto, o shopping como
solução arquitetônica, como pastiche da galeria, parece não aportar
nada além da expressão de uma racionalidade tecnocrática mal
disfarçada por trás de uma imagem do século passado.
OS TIPOS COMERCIAIS E A CIDADE
As tipologias comerciais, que primeiramente têm função de recheio
e tendem a completar um padrão urbano previamente estabelecido,
tornam-se progressivamente autônomas com relação à cidade existente:
de elementos recorrentes no tecido urbano passam a elementos
excepcionais. O processo de diversificação das tipologias comerciais
aponta assim para um incremento na quantidade de área edificada
correspondente a uma única economia, de modo que a unidade de
intervenção passa, portanto, do lote à totalidade de um quarteirão, o
que introduz, do ponto de vista tipológico, maior liberdade projetual,
com mais terreno disponível, e do ponto de vista morfológico, um
problema compositivo diverso, na medida em que se trata aqui menos
de inserir edificação num contexto dado do que estabelecer uma nova
relação compositiva entre edifício, espaços exteriores e demais tipologias
FIG. 16 Strip Center Assis Brasil, 1993, Raul Milani.
13. 43 ARQ TEXTO
existentes, e até certo ponto provocar um novo contexto.
Ao longo do processo de diversificação tipológica evidencia-se
uma tendência à sobreposição de esquemas distributivos que primeiro
se afirmaram em separado, de forma que, no que concerne à distribuição,
a transformação de um tipo a outro dentro do comércio varejista se dá
a partir da reorganização daquelas configurações já consagradas pelo
uso.
No caso das tipologias comerciais em Porto Alegre, a diversifica-
ção aponta para uma progressiva perda de importância da fachada
como interface entre domínio público e domínio privado, que ocorre
não somente porque os edifícios se soltam dos alinhamentos, mas
principalmente pelo tratamento dispensado às fachadas urbanas. O que
se reduz em última instância é a dimensão arquitetônica da fachada,
num processo inclusive já observado desde o interior de cada classe,
mas que é, sem dúvida, muito mais evidente no total da amostra
considerada, da rua ao shopping center. Se na rua comercial e nos tipos
a ela vinculados pode ser encontrado o tratamento de fachada com
base na articulação de elementos arquitetônicos e no reconhecimento
de uma implantação urbana em particular, no caso das lojas de
departamentos mais recentes e dos shoppings, predomina a
homogeneização das fachadas, seja qual for a situação urbana,
evidenciando-se unicamente situações de acesso através da repetição
de imagens de tradução óbvia.
Tão desejável é a co-existência no espaço e no tempo dessas
diferentes configurações tipológicas quanto o próprio processo de
diversificação como possibilidade de reelaboração e ampliação dos
esquemas tipológicos disponíveis. Mais desejável ainda seria que este
processo superasse a combinação redutora entre planejamento
funcionalista, gestão tecnocrática e linguagens arquitetônicas regressi-
vas. Do que se trata é de pensar outras soluções arquitetônicas, seja ou
não a partir dos esquemas consagrados, mas desde um ponto de vista
capaz de vincular o comércio na era do automóvel a toda uma base
teórica produzida pelo debate em torno à cidade e a reprodução de
seus espaços da segunda metade do século XX, no qual sem dúvida se
destaca a importância do espaço público como espaço urbano por
excelência.
NOTAS
1. Sobre o conceito de ‘tipo’ empregado ver Giulio Carlo Argan, Tipologia, Summarios, n. 79, p. 2-14, julho de 1983.
2. Este artigo está baseado em parte de minha dissertação de mestrado, Tipologias Comerciais em Porto Alegre: da Rua Comercial
ao Shopping Center, PROPAR, 1996.
3. Ver Célia Ferraz de Souza e Cláudia Pilla Damasio, Os primórdios do urbanismo moderno, Porto Alegre na administração Otávio
Rocha, em Wrana Panizzi e João Rovatti (orgs.), Estudos Urbanos, Porto Alegre e seu Planejamento, Porto Alegre, UFRGS/PMPA,
1993.
4. Carlo Aymonino, O Significado das Cidades, Lisboa, Proença, 1984, p. 76.
5. Carlos Eduardo Dias Comas, Cidade Funcional, Cidade Figurativa: dois paradigmas em conflito. PROPAR, 1992.
6. Robert Venturi, Complexity and Contradiction in Architecture, 2ª ed., New York, MOMA, 1977, p. 104.
7. Walter Benjamin, Paris, die Hauptstadt des XIX Jahrhunderts, em Illuminationen, Ausgewälte Schriften, Frankfurt, Suhrkamp
Tascenbuch, 1977, p. 180.
8. Richard Sennet, O Declínio do Homem Público: as Tiranias da Intimidade, São Paulo, Companhia das Letras, 1988.
9. Silvana Pintaúdi, O Shopping Center no Brasil, Condições de surgimento e estratégias de localização, em Pintaúdi e Frúgoli
(eds.), Shopping Center: Espaço, Cultura e Modernidade nas Cidades Brasileiras, São Paulo, UNESP, 1992.
10. Gruen e Smith, Shopping Centers: the new building type. Progressive Architecture, jan. 1952, pp. 68-109.
11. Todas as figuras apresentadas são desenhos da autora.
Cláudia Piantá Costa Cabral
Arquiteta e Mestra em Arquitetura pela UFRGS. Professora
AssistentedoDepartamentodeArquiteturadaUFRGSdesde1995,
realizaatualmentecursodedoutoradonaEscolaTécnicaSuperior
d’Arquitectura de Barcelona, UPC.