Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Auxiliar sem alarde e buscar Deus
1.
2. TEXTO ÁUREO
• “Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não
imputa maldade, e em cujo espírito não há engano”
(SI 32.2)
3. VERDADE PRÁTICA
• Jesus chamou de hipócritas as pessoas que
praticam boas ações, não por compaixão ou
outros bons motivos, mas para obter glória diante
dos homens
4. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 6.1-4
1 – Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para
serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso
Pai, que está nos céus.
2 – Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante
de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para
serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já
receberam o seu galardão.
3 – Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda
o que faz a tua direita,
4 – para que a tua esmola seja dada ocultamente, e teu Pai, que
vê em secreto, te recompensará publicamente.
5. OBJETIVOS
• I) Contrastar o ato de dar esmola com a hipocrisia;
• II) Colaborar no auxílio ao próximo sem alarde;
• III) Concluir que Deus contempla o bem que realizamos.
6. INTRODUÇÃO
• O ensinamento de Jesus no Sermão do Monte tem o
objetivo de fazer com que sejam os seguidores de Cristo
comprometidos com os valores do Reino de Deus. Uma
consequência de quem vive esses valores é buscar ser
aprovado por Deus, e não aplaudido pelos homens,
além de vigiar contra a hipocrisia (Lc 12.1). Nesta lição,
veremos que Deus condena a hipocrisia de pessoas que
praticam boas ações, não por compaixão ou outros bons
motivos, mas para obter glória diante dos homens..
9. • No grego, a palavra para “hipócrita” significa “alguém
que interpreta um papel”, um personagem em uma
obra teatral.
• O uso desta palavra no Evangelho de Mateus
caracteriza o hipócrita como uma pessoa cujos atos
pretendem impressionar os observadores (6.1-3,16-
18); cujo foco está nos enfeites, e não nas questões
centrais da fé; e cuja conversa espiritual esconde
motivos corruptos. Em Mateus 6, o hipócrita está em
contraste com a pessoa de fé, cujo relacionamento com
Deus é “secreto”.
11. • Por intermédio da “justiça pessoal”, os discípulos de
Jesus deveriam viver diferentemente dos fariseus, os
quais projetavam, em suas práticas religiosas, mostrar
ao público sua “grande” espiritualidade. Foi nesse
particular que Jesus disse: “Guardai-vos de fazer a
vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por
eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que
está nos céus” (Mt 6.1). Os discípulos de Cristo, que
vivem seus ensinos, são conscientes de que nenhum
ato de justiça pode ser praticado com a intenção de
glorificação pessoal.
13. • O apóstolo Tiago falou que a religião verdadeira tem
como marca o serviço ao próximo, que também é um
culto a Deus (Tg 1.27). Jesus deixa claro que nesse
serviço cristão não podem faltar a oferta, a oração e o
jejum. Porém, no seu ensino, o propósito desses
serviços piedosos não poderia ser deturpado, como
fizeram os escribas e fariseus. Interessante observar
que as três práticas da ética do serviço cristão
envolvem nossos bens (oferta), nosso espírito (oração)
e o nosso corpo (jejum), e são direcionadas a Deus, ao
próximo e a nós mesmos.
16. • A prática da generosidade para com alguém é bíblica e
há tempos estava presente na Lei de Deus (Lv 23.10,11;
19.10; Dt 15.711; Jr 22.16; Am 2.6,7; Dn 4.27), com o
também nos ensinos de Jesus (Lc 6.36,38; Lc 21.1-4 ; Jo
13.29; Gl 6.2).
• O verbo hebraico para generosidade é gamai, que
significa “resolver completamente, recompensar,
repartir, fazer algo para alguém, agir generosamente”.
Teologicamente, a generosidade expressa gratidão por
algum benefício recebido.
17. 2. O que buscamos quando
auxiliamos o próximo ?
18. • O discípulo de Cristo não busca se promover quando se
dispõe a ser generoso para com o próximo, não tem
interesse em chamar a atenção de ninguém.
• Todavia, a sua beneficência e generosidade são atos
piedosos praticados com o partes essenciais da religião
pura para com Deus, que é cuidar dos órfãos e das
viúvas (Tg 1.27; Mt 25.36; 1 Tm 5.2), tomando Cristo
com o exemplo maior, o qual andou por todas as partes
fazendo o bem (At 10.38).
20. • No ato de ofertar, devemos ter todo o cuidado
necessário para não buscar louvores ou não louvarmos
a nós mesmos. Quando ofertamos, não devemos “tocar
trombetas”.
• É claro que a referência que Jesus fez a esse toque foi
metafórica, que quer dizer tornar público. Quanto à
forma correta de se ofertar, Jesus disse que isso deve
ser feito de duas maneiras: primeiro, sem alarde
público; segundo, essa doação deve ser voluntária e
discreta
23. • Um dos atributos divinos é a onisciência. Deus é
descrito nas páginas das Sagradas Escrituras como
aquEle que tudo vê. Para Ele não existe surpresa nem o
desconhecido (Gn 14).
• Nada pode escapar da onisciência divina (Gn 16,13; SI
139; Mt 10.30; Hb 4.13; Jo 21.17). Seria triste demais
para nós servimos a um Deus que não tem o controle
das coisas nem sabe o que vai acontecer. O que nos dá
segurança é que até aquilo que vamos pedir Ele já sabe
(Mt 6.8).
25. • O nosso Deus contempla tudo, em especial o bem que
fazemos. O escritor da Carta aos Hebreus diz que nosso
Deus “não é injusto para se esquecer da nossa obra e do
trabalho da caridade que foi mostrado para com o seu
nome” (Hb 6.10; Mt 10.42; Jo 13.20).
• Já quando os homens aplaudem qualquer ação feita por
outros homens, eles não conhecem a causa, o motivo
que os impeliu a tal ação, pois veem somente aquilo
que lhes foi manifestado exteriormente.
26. CONCLUSÃO
• Por meio de Jesus, ficamos cientes de que Ele deseja que
andemos na verdade, sejam os honestos que a nossa
justiça ultrapasse a eles (Mt 5.20) em todos os aspectos,
sem jamais buscar a exibição.