SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 38
Baixar para ler offline
CURRÍCULOS DE NÍVEL ELEVADO 
NO ENSINO DAS CIÊNCIAS 
CONCEPTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO 
E DAS CAPACIDADES 
27 . OUTUBRO . 2014 
Conselho Nacional de Educação 
Ana Maria Morais 
Isabel Pestana Neves 
Instituto de Educação, Universidade de Lisboa 
Sílvia Ferreira 
EBI do Carregado / IE, UL
CONCEPTUALIZAÇÃO DO 
CONHECIMENTO E DAS CAPACIDADES 
EM CURRÍCULOS 
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 
E MODELOS DE ANÁLISE
O que é um currículo exigente para 
todos?
Currículos de ciências 
conceptualmente exigentes 
Pressupostos teóricos 
 Fundamentos epistemológicos 
 Fundamentos psicológicos 
 Fundamentos sociológicos 
Modelos de 
análise de 
currículos de 
ciências
CONCEPTUALIZAÇÃO DO 
CONHECIMENTO E DAS CAPACIDADES 
EM CURRÍCULOS 
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Exigência conceptual 
O QUE 
Conhecimento científico 
Capacidades cognitivas 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
O COMO 
Relação entre discursos 
Exigência 
conceptual
Exigência conceptual 
Nível de complexidade em educação científica traduzido 
pela complexidade do conhecimento científico e das 
relações entre conhecimentos distintos de uma dada 
disciplina científica e também pela complexidade das 
capacidades cognitivas. 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Morais  Neves, 2012
Fundamentos epistemológicos 
Como se constrói o conhecimento científico? 
Ciência como processo dinâmico de investigação e como 
corpo de conhecimento rigoroso. 
Holton  Roller, 1958 
O conhecimento científico pode ser encarado como um 
sistema de teorias… A meta é descobrir teorias que, à luz 
da discussão crítica, cheguem mais perto da verdade. 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Popper, 1959
Fundamentos epistemológicos 
Como se constrói o conhecimento científico? 
Quando uma hipótese, que passou por testes rigorosos, é 
falsificada, surge um novo problema. Este novo problema 
exige a invenção de novas hipóteses, seguida de nova 
crítica e de novos testes. 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Popper, 1959, in Chalmers, 1999 
No desenvolvimento da ciência normal, os problemas 
científicos transformam-se em enigmas que a comunidade 
científica vai procurando resolver dentro do quadro do 
paradigma vigente. 
Kuhn, 1962
Fundamentos epistemológicos 
Estrutura hierárquica do conhecimento científico 
O conhecimento científico tem uma estrutura hierárquica 
caracterizada pela articulação entre níveis de 
conhecimento no sentido do desenvolvimento de teorias 
sucessivamente mais gerais e integradoras. 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Bernstein, 1999
Fundamentos epistemológicos 
Discurso 
Horizontal Vertical 
Estruturas hierárquicas 
de conhecimento 
ex. Biologia, Física 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Estruturas horizontais 
de conhecimento 
Gramáticas fracas 
ex. Sociologia 
Gramáticas fortes 
ex. Economia 
Bernstein, 1999 
Estrutura do conhecimento
Fundamentos psicológicos 
Como se pode ter acesso a um conhecimento de 
nível elevado? 
O currículo deve ser estruturado para que o 
aluno possa reanalisar o conhecimento 
adquirido, mas de uma forma mais 
aprofundada e com um nível de 
representação mais avançado. 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Bruner, 1963 
Currículo em espiral
Um currículo em espiral, ao apresentar conceitos 
semelhantes em contextos novos e crescentemente 
mais complexos, oferece mais oportunidades para a 
repetição necessária a uma aprendizagem efetiva e 
eficaz. 
Na conceção de um currículo, a profundidade deve 
sobrepor-se à abrangência, com prioridade sobre o 
conhecimento central. 
Geake, 2009
Fundamentos psicológicos 
Desenvolvimento de funções mentais de nível elevado 
Um processo eficiente de ensino/aprendizagem de 
conceitos deve proporcionar o desenvolvimento de 
capacidades cognitivas que conduzam a funções mentais 
de nível elevado. 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Vygotsky, 1978
Apenas quando os alunos desenvolvem capacidades 
simples, como a memorização de determinados factos 
e conceitos, podem simultaneamente desenvolver 
capacidades complexas, como a aplicação desses 
conceitos a novas situações. 
Geake, 2009; Morais  Neves, 2012
Fundamentos psicológicos 
Taxonomia revista de Bloom 
Criar 
Avaliar 
Analisar 
Aplicar 
Compreender 
Envolve a associação de elementos para formar um todo coerente ou 
funcional ou a reorganização de elementos num novo padrão ou 
estrutura: formular hipóteses, planear. 
Envolve fazer julgamentos com base em critérios e padrões: criticar, 
julgar, argumentar. 
Envolve discriminar os vários elementos constituintes da informação e 
determinar como esses elementos se relacionam entre si e com a 
estrutura/finalidade global: analisar, categorizar, questionar. 
Envolve o desenvolvimento ou utilização de informação numa 
determinada situação: aplicar, demonstrar, discutir. 
Envolve a construção de significado de mensagens instrucionais, 
incluindo comunicação oral, escrita e gráfica: descrever, explicar, 
inferir. 
Envolve a evocação de conhecimento da memória de longo prazo: 
Memorizar definir, identificar, enumerar. 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Nível crescente de complexidade 
Anderson et al., 2001
Fundamentos psicológicos 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Marzano  Kendall, 2007 
Taxonomia de Marzano
Fundamentos sociológicos 
Quem deve ter acesso ao conhecimento científico? 
Princípio de igualdade social 
O sucesso escolar numa sociedade democrática 
pressupõe o acesso de todos os alunos ao conhecimento 
legitimado pela comunidade científica e pela sociedade, 
permitindo-lhes assim o acesso ao discurso do poder e ao 
poder do discurso. 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Morais, 2002
Fundamentos sociológicos 
Princípios ideológicos na construção curricular 
O modo como o conhecimento educacional formal é 
selecionado, distribuído e transmitido reflete a distribuição 
de poder e os princípios de controlo social. Por isso, as 
diferenças e a mudança na organização, transmissão e 
avaliação do conhecimento educacional devem ser uma 
área fundamental de interesse sociológico da educação. 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Bernstein, 1990
Exigência conceptual e estrutura do conhecimento no 
contexto educacional das ciências 
Conhecimento 
científico 
DIMENSÃO 
PEDAGÓGICA 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
DIMENSÃO 
EPISTEMOLÓGICA 
Transmissão do 
conhecimento 
Estrutura do 
conhecimento 
Nível de exigência 
conceptual 
Discurso vertical com 
estrutura hierárquica 
limita o acesso 
facilita o acesso 
elevado baixo 
Morais  Neves, 2012
RELAÇÕES SOCIAIS DA ATIVIDADE PEDAGÓGICA 
Textos 
Contextos 
LINGUAGEM EXTERNA DE DESCRIÇÃO 
Modelos 
Proposições 
LINGUAGEM INTERNA DE DESCRIÇÃO 
Modelos 
Conceitos 
Morais  Neves, 2001 
(adaptado de Bernstein, 1996)
CONCEPTUALIZAÇÃO DO 
CONHECIMENTO E DAS CAPACIDADES 
EM CURRÍCULOS 
MODELOS DE ANÁLISE
CURRÍCULOS 
(DPO) 
Nível de exigência 
conceptual 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Morais  Neves, 2012 
Exigência conceptual e investigação no 
contexto educacional das ciências 
Complexidade do conhecimento 
científico 
Complexidade da relação entre 
discursos 
Complexidade das capacidades 
cognitivas 
Princípios específicos 
do 
currículo 
Princípios gerais 
do 
currículo 
Processos de 
recontextualização 
Processos de 
recontextualização 
MANUAIS ESCOLARES 
DPR 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Análise curricular 
Capacidades cognitivas 
Indicadores Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 
Conhecimentos 
Finalidades 
Orientações 
metodológicas 
Avaliação 
Grau de complexidade de acordo 
com a Taxonomia revista de Bloom / 
Taxonomia de Marzano 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Afonso et al., 2013 
Calado, Neves  Morais, 2013 
Ferreira  Morais, 2014
Análise curricular 
Capacidades cognitivas 
Secção: Orientações metodológicas 
Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Afonso et al., 2013 
São referidas 
capacidades com um 
nível de 
complexidade 
superior ao grau 1, 
como compreender 
mensagens 
instrucionais 
complexas e aplicar 
a um nível baixo. 
São referidas 
capacidades com um 
nível de complexidade 
superior ao grau 2, 
envolvendo as 
capacidades de 
aplicar, a um nível 
elevado, e de analisar. 
São referidas 
capacidades com um 
nível de complexidade 
muito elevado, como 
as capacidades de 
avaliar e de criar. 
São referidas 
capacidades de baixo 
nível de complexidade, 
envolvendo processos 
que implicam adquirir 
e armazenar 
informação e 
compreender 
mensagens 
instrucionais simples.
Análise curricular 
Capacidades cognitivas 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Grau 1 
Grau 4 
Os alunos devem conhecer a localização do material genético na 
célula, o que pode ser concretizado com recurso a esquemas da 
constituição celular. 
(Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.33) 
Uma atividade a realizar consiste na análise de documentos 
previamente selecionados pelo professor que evidenciem conflitos 
de interesses inerentes a estas questões. Esta temática favorece a 
promoção de ambientes de aprendizagem baseados na resolução 
de problemas e em exercícios de tomada de decisão. 
(Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.29) 
Afonso et al., 2013
Análise curricular 
Capacidades cognitivas 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Grau 2 
Grau 3 
Certos conceitos, como produtor, consumidor e nível trófico, podem 
ser referidos mediante a exploração de cadeias alimentares 
simples. Pode ser pedido aos alunos que construam cadeias 
alimentares, em texto ou desenho, de forma a serem interpretadas 
pelos colegas. 
(Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.24) 
A pesquisa de informação sobre o trabalho de cientistas que 
contribuíram para o conhecimento do organismo humano e para o 
desenvolvimento de procedimentos médicos e cirúrgicos… 
(Orientações Curriculares 3º ciclo, Finalidades, p.36) 
Afonso et al., 2013
Análise curricular 
Conhecimentos científicos 
Indicadores Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 
Conhecimentos 
Finalidades 
Orientações 
metodológicas 
Avaliação 
Grau de complexidade crescente: 
factos, conceitos simples, conceitos 
complexos e temas unificadores/ teorias 
(ex., Anderson et al., 2001; Cantu  
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Herron, 1978). 
Afonso et al., 2013 
Ferreira  Morais, 2014
Análise curricular 
Conhecimentos científicos 
Secção: Orientações metodológicas 
Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Afonso et al., 2013 
Ferreira  Morais, 2014 
É referido 
conhecimento de 
baixo nível de 
complexidade, como 
factos. 
É referido 
conhecimento de nível 
de complexidade 
superior ao grau 1, 
como conceitos 
simples. 
É referido 
conhecimento de nível 
de complexidade 
superior ao grau 2, 
envolvendo conceitos 
complexos. 
É referido 
conhecimento de nível 
de complexidade muito 
elevado, envolvendo 
temas unificadores 
e/ou teorias.
Análise curricular 
Conhecimentos científicos 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Grau 1 
Grau 4 
Os alunos podem pesquisar materiais de que são feitas a maior 
parte das nossas roupas que atualmente substituem cada vez 
mais os materiais naturais como algodão, lã, seda, ou borracha. 
A verificação de etiquetas de vestuário será uma estratégia […]. 
(Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.28) 
Sugere-se a análise e discussão de evidências, situações 
problemáticas, que permitam ao aluno adquirir conhecimento 
científico apropriado, de modo a interpretar e compreender leis e 
modelos científicos, reconhecendo as limitações da Ciência e da 
Tecnologia na resolução de problemas, pessoais, sociais e 
ambientais. 
(Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.6) 
Afonso et al., 2013
Análise curricular 
Conhecimentos científicos 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Grau 2 
Grau 3 
A questão ‘Como interagem os seres vivos com o ambiente?’ 
pressupõe que os alunos compreendam que do ambiente fazem 
parte não só as condições físico-químicas, mas também todos 
os factores que interatuam com os seres vivos em causa – 
fatores abióticos e bióticos. 
(Orientações curriculares 3º ciclo, Finalidades, p.23) 
Para se iniciar o estudo dos ecossistemas, sugere se o 
visionamento de um filme sobre a vida animal e vegetal com a 
correspondente discussão na aula. Os alunos devem compreender 
os conceitos de ecossistema, espécie, comunidade, população e 
habitat. […] 
(Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.23) 
Afonso et al., 2013
Análise curricular 
Relações intradisciplinares 
Indicadores 
Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 
Conhecimentos 
Finalidades 
Orientações 
metodológicas 
Avaliação 
C++ C+ C- C- - 
Conceito de classificação 
de Bernstein (1990, 2000) 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Calado, Neves  Morais, 2013
Secção: Orientações metodológicas 
Grau 1 
C++ 
Grau 2 
C+ 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Grau 3 
C-Grau 
4 
C- - 
Análise curricular 
Relações intradisciplinares 
Afonso et al., 2013 
Calado, Neves  Morais, 2013 
São sugeridas 
estratégias/ metodologias 
que apelam à relação 
entre conhecimentos de 
ordem simples dentro 
do mesmo tema. 
São sugeridas 
estratégias/ 
metodologias que 
apelam à relação 
entre conhecimentos 
de ordem simples 
de temas diferentes. 
São sugeridas 
estratégias/ 
metodologias que 
apelam à relação entre 
conhecimentos de 
ordem complexa, ou 
entre estes e 
conhecimentos de 
ordem simples, dentro 
do mesmo tema. 
São sugeridas 
estratégias/ 
metodologias que 
apelam à relação entre 
conhecimentos de 
ordem complexa, ou 
entre estes e 
conhecimentos de 
ordem simples, de 
temas diferentes. 
Ou 
Nas estratégias/ 
metodologias sugeridas é 
omisso conhecimento 
científico indispensável à 
compreensão da relação 
entre conhecimentos 
dentro do mesmo tema.
Análise curricular 
Relações intradisciplinares 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Grau 1 
C++ 
Grau 4 
C- - 
Os alunos podem pesquisar o valor energético de vários alimentos 
nos rótulos ou em listas dietéticas e interpretar dados que relacionem 
gastos energéticos do organismo em diferentes condições físicas. 
(Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.36) 
Tomando como exemplo uma questão anteriormente sugerida, 
relativa à alteração do ritmo cardíaco, a sua exploração implica, 
essencialmente, noções relativas aos sistemas circulatório, 
respiratório e metabolismo (caso a situação que origina essa 
alteração seja, por exemplo, a prática desportiva), ou aos sistemas 
circulatório, nervoso e hormonal (caso seja uma situação que cause 
ansiedade ou que origine um susto). 
(Orientações Curriculares 3º ciclo, Conhecimentos, p.34) 
Afonso et al., 2013 
Calado, Neves  Morais, 2013
Análise curricular 
Relações intradisciplinares 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Grau 2 
C+ 
Grau 3 
C-Os 
alunos devem conhecer certos efeitos do consumo de álcool, 
tabaco e droga e de alterações na prática de actividade física e nos 
hábitos de higiene sobre a integridade física e/ou psíquica do 
organismo. 
(Orientações Curriculares 3º ciclo, Finalidades, p.36) 
Partindo de situações familiares aos alunos (picadas, queimaduras, 
nervosismo em situação de avaliação), e realçando o carácter 
voluntário ou involuntário das reações, deve ser referido o papel do 
sistema nervoso (central e periférico) e do sistema hormonal na 
coordenação do organismo.* 
(Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.34) 
*Os sistemas nervoso e hormonal fazem parte da mesma unidade de ensino do currículo. 
Afonso et al., 2013 
Calado, Neves  Morais, 2013
CURRÍCULOS 
(DPO) 
Nível de exigência 
conceptual 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências 
Morais  Neves, 2012 
Exigência conceptual e investigação no 
contexto educacional das ciências 
Complexidade do conhecimento 
científico 
Complexidade da relação entre 
discursos 
Complexidade das capacidades 
cognitivas 
Princípios específicos 
do 
currículo 
Princípios gerais 
do 
currículo 
Processos de 
recontextualização 
Processos de 
recontextualização 
MANUAIS ESCOLARES 
DPR 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Referências 
Afonso, M., Alveirinho, D., Tomás, H., Calado, S., Ferreira, S., Silva, P.,  Alves, V. (2013). Que ciência se 
aprende na escola? Uma avaliação do grau de exigência no ensino básico em Portugal. Lisboa: Fundação 
Francisco Manuel dos Santos. 
Anderson, L. W., Krathwohl, D. (Eds.), Airasian, P., Cruikshank, K., Mayer, R., Pintrich, P., Raths, J.,  
Wittrock, M. (2001). A taxonomy for learning, teaching and assessing: A revision of Bloom’s Taxonomy of 
Educational Objectives. New York: Longman. 
Bernstein, B. (1990). Class, codes and control: Vol. IV, The structuring of pedagogic discourse. Londres: 
Routledge. 
Bernstein, B. (1999). Vertical and horizontal discourse: An essay, British Journal of Sociology of Education, 
20(2), 157-173. 
Bernstein, B. (2000). Pedagogy, symbolic control and identity: Theory, research, critique (Revised edition). 
Nova Iorque: Rowman  Littlefield. 
Bruner, J. (1963). The process of education. New York: Vintage Books. 
Calado, S., Neves, I. P.,  Morais, A. M. (2013). Conceptual demand of science curricula: A study at the middle 
school level. Pedagogies: An International Journal, 8(3), 255-277. 
Cantu, L. L.,  Herron, J. D. (1978). Concrete and formal Piagetian stages and science concept attainment. 
Journal of Research in Science Teaching, 15(2), 135-143. 
Chalmers, A. F. (1999). What is this thing called science? (3ª ed.). Indianapolis: Hackett Publishing Company. 
Ferreira, S.,  Morais, A. M. (2014). Conceptual demand of practical work in science curricula: A 
methodological approach. Research in Science Education, 44(1), 53-80. 
Geake, J. (2009). The brain at school: Educational neuroscience in the classroom. Berkshire, UK: Open 
University Press. 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências
Referências 
Holton, G.,  Roller, D. (1958). Foundations of modern physical science. Cambridge, MA: Addison-Wesley 
Publishing. 
Kuhn, T. (1962). The structures of scientific revolutions. Chicago: Chicago University Press. 
Marzano, R. J.,  Kendall, J. S. (2007). The new taxonomy of educational objectives (2ª ed.). Thousand Oaks, 
CA: Corwin Press. 
Morais, A. M. (2002). Basil Bernstein at the micro level of the classroom. British Journal of Sociology of 
Education, 23(4), 559-569. 
Morais, A. M.,  Neves, I. P. (2001). Pedagogic social contexts: Studies for a sociology of learning. In A. 
Morais, I. Neves, B. Davies  H. Daniels (Eds.), Towards a sociology of pedagogy: The contribution of Basil 
Bernstein to research (pp.185-221). New York: Peter Lang. 
Morais, A. M.,  Neves, I. P. (2003). Processos de intervenção e análise em contextos pedagógicos. 
Educação, Sociedade  Culturas, 19, 49-87. 
Morais, A. M.,  Neves, I. P. (2007). Fazer investigação usando uma abordaem metodológica mista. Revista 
Portuguesa de Educação, 20(2), 75-104. 
Morais, A. M.,  Neves, I. P. (2012). Estruturas de conhecimento e exigência conceptual na educação em 
ciências. Revista Educação, Sociedade  Culturas, 37, 63-88. 
Popper, K. (1959). The logic of scientific discovery. Londres: Hutchinson. 
Vygotsky, L. (1978). Mind in society: The development of higher psychological processes. Ed. M. Cole, V. 
John-Steiner, S. Scribner,  E. Souberman. Cambridge, MA: Harvard University Press. 
Currículos de nível elevado no ensino das ciências

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aprendendo com imagens
Aprendendo com imagensAprendendo com imagens
Aprendendo com imagenspibidbio
 
Fichamento do texto - cildete
Fichamento do texto  - cildete Fichamento do texto  - cildete
Fichamento do texto - cildete pibidsociais
 
Fichamento do texto - Aline
Fichamento do texto - AlineFichamento do texto - Aline
Fichamento do texto - Alinepibidsociais
 
OS PROCESSOS COGNITIVOS DA INTELIGÊNCIA E SUA CONTRIBUIÇÃO À DIDÁTICA DAS CIÊ...
OS PROCESSOS COGNITIVOS DA INTELIGÊNCIA E SUA CONTRIBUIÇÃO À DIDÁTICA DAS CIÊ...OS PROCESSOS COGNITIVOS DA INTELIGÊNCIA E SUA CONTRIBUIÇÃO À DIDÁTICA DAS CIÊ...
OS PROCESSOS COGNITIVOS DA INTELIGÊNCIA E SUA CONTRIBUIÇÃO À DIDÁTICA DAS CIÊ...Hebert Balieiro
 
Teoria Da Aprendizagem Ausubel
Teoria Da Aprendizagem AusubelTeoria Da Aprendizagem Ausubel
Teoria Da Aprendizagem AusubelMary Carneiro
 
Neurodidática, uma Nova Perspectiva para Aprendizagem.
Neurodidática, uma Nova Perspectiva para Aprendizagem.Neurodidática, uma Nova Perspectiva para Aprendizagem.
Neurodidática, uma Nova Perspectiva para Aprendizagem.Renata de Moura Guedes
 
Fichamento Currículo, Disciplina e Interdisciplinaridade
Fichamento Currículo, Disciplina e InterdisciplinaridadeFichamento Currículo, Disciplina e Interdisciplinaridade
Fichamento Currículo, Disciplina e InterdisciplinaridadeJessica Cunha
 
A relação entre religião e ciência na trajetória profissional ja lido
A relação entre religião e ciência na trajetória profissional   ja lidoA relação entre religião e ciência na trajetória profissional   ja lido
A relação entre religião e ciência na trajetória profissional ja lidosergio_chumbinho
 
A INTELIGÊNCIA NATURALISTA E A EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS: UM NOVO CAMIN...
A INTELIGÊNCIA NATURALISTA E A EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS: UM NOVO CAMIN...A INTELIGÊNCIA NATURALISTA E A EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS: UM NOVO CAMIN...
A INTELIGÊNCIA NATURALISTA E A EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS: UM NOVO CAMIN...Hebert Balieiro
 
A transposição didática como intermediadora entre o conhecimento científico e...
A transposição didática como intermediadora entre o conhecimento científico e...A transposição didática como intermediadora entre o conhecimento científico e...
A transposição didática como intermediadora entre o conhecimento científico e...Roque Veloso
 
A dimensao etica da interdisciplinaridade
A dimensao etica da interdisciplinaridadeA dimensao etica da interdisciplinaridade
A dimensao etica da interdisciplinaridadeabussafy
 

Mais procurados (17)

Texto 2
Texto 2Texto 2
Texto 2
 
Aprendendo com imagens
Aprendendo com imagensAprendendo com imagens
Aprendendo com imagens
 
Fichamento do texto - cildete
Fichamento do texto  - cildete Fichamento do texto  - cildete
Fichamento do texto - cildete
 
Fichamento do texto - Aline
Fichamento do texto - AlineFichamento do texto - Aline
Fichamento do texto - Aline
 
Slide v mp
Slide v mpSlide v mp
Slide v mp
 
OS PROCESSOS COGNITIVOS DA INTELIGÊNCIA E SUA CONTRIBUIÇÃO À DIDÁTICA DAS CIÊ...
OS PROCESSOS COGNITIVOS DA INTELIGÊNCIA E SUA CONTRIBUIÇÃO À DIDÁTICA DAS CIÊ...OS PROCESSOS COGNITIVOS DA INTELIGÊNCIA E SUA CONTRIBUIÇÃO À DIDÁTICA DAS CIÊ...
OS PROCESSOS COGNITIVOS DA INTELIGÊNCIA E SUA CONTRIBUIÇÃO À DIDÁTICA DAS CIÊ...
 
Neurociencia e a
Neurociencia e aNeurociencia e a
Neurociencia e a
 
Fichamento - Eunice
Fichamento - EuniceFichamento - Eunice
Fichamento - Eunice
 
Teoria Da Aprendizagem Ausubel
Teoria Da Aprendizagem AusubelTeoria Da Aprendizagem Ausubel
Teoria Da Aprendizagem Ausubel
 
Neurodidática, uma Nova Perspectiva para Aprendizagem.
Neurodidática, uma Nova Perspectiva para Aprendizagem.Neurodidática, uma Nova Perspectiva para Aprendizagem.
Neurodidática, uma Nova Perspectiva para Aprendizagem.
 
Fichamento Currículo, Disciplina e Interdisciplinaridade
Fichamento Currículo, Disciplina e InterdisciplinaridadeFichamento Currículo, Disciplina e Interdisciplinaridade
Fichamento Currículo, Disciplina e Interdisciplinaridade
 
A relação entre religião e ciência na trajetória profissional ja lido
A relação entre religião e ciência na trajetória profissional   ja lidoA relação entre religião e ciência na trajetória profissional   ja lido
A relação entre religião e ciência na trajetória profissional ja lido
 
A INTELIGÊNCIA NATURALISTA E A EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS: UM NOVO CAMIN...
A INTELIGÊNCIA NATURALISTA E A EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS: UM NOVO CAMIN...A INTELIGÊNCIA NATURALISTA E A EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS: UM NOVO CAMIN...
A INTELIGÊNCIA NATURALISTA E A EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS: UM NOVO CAMIN...
 
Transdisciplinaridade
TransdisciplinaridadeTransdisciplinaridade
Transdisciplinaridade
 
A transposição didática como intermediadora entre o conhecimento científico e...
A transposição didática como intermediadora entre o conhecimento científico e...A transposição didática como intermediadora entre o conhecimento científico e...
A transposição didática como intermediadora entre o conhecimento científico e...
 
Abordagem temática
Abordagem temáticaAbordagem temática
Abordagem temática
 
A dimensao etica da interdisciplinaridade
A dimensao etica da interdisciplinaridadeA dimensao etica da interdisciplinaridade
A dimensao etica da interdisciplinaridade
 

Semelhante a Conceptualização do conhecimento e das capacidades em currículos: Pressupostos teóricos e modelos de análise

Psicologia Da EducaçãO Aula IntrodutóRia
Psicologia Da EducaçãO  Aula IntrodutóRiaPsicologia Da EducaçãO  Aula IntrodutóRia
Psicologia Da EducaçãO Aula IntrodutóRiaSilvia Marina Anaruma
 
PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...
PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...
PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...Jeaninerodermel1
 
Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.
Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.
Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.Samuel Robaert
 
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...Seminário Latino-Americano SLIEC
 
FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...
FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...
FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...Jordano Santos Cerqueira
 
Aula 1. artigo santo e luz (2013). didatica no ensino superior perspectiv...
Aula 1. artigo santo e luz  (2013).  didatica no ensino superior   perspectiv...Aula 1. artigo santo e luz  (2013).  didatica no ensino superior   perspectiv...
Aula 1. artigo santo e luz (2013). didatica no ensino superior perspectiv...Karlla Costa
 
Aprendizagem significativa
Aprendizagem significativaAprendizagem significativa
Aprendizagem significativaFabiano Antunes
 
Aprendizagem significativa fabiano antunes
Aprendizagem significativa fabiano antunesAprendizagem significativa fabiano antunes
Aprendizagem significativa fabiano antunesFabiano Antunes
 
Currículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.final
Currículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.finalCurrículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.final
Currículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.finaltelasnorte1
 
Caderno 4- Áreas de Conhecimento e Integração Curricular
Caderno 4- Áreas de Conhecimento e Integração CurricularCaderno 4- Áreas de Conhecimento e Integração Curricular
Caderno 4- Áreas de Conhecimento e Integração CurricularDillzzaa
 
Pacto Nacional do Ensino Medio Caderno4
Pacto Nacional do Ensino Medio Caderno4Pacto Nacional do Ensino Medio Caderno4
Pacto Nacional do Ensino Medio Caderno4jjamesmarques
 
Interdisciplinaridade no Ensino Médio Desafios e potencialidades
Interdisciplinaridade no Ensino Médio Desafios e potencialidadesInterdisciplinaridade no Ensino Médio Desafios e potencialidades
Interdisciplinaridade no Ensino Médio Desafios e potencialidadesPIBID UFPEL
 
Alfabetização cientifica e sequencia didática no ensino de ciências - 2012
Alfabetização cientifica e sequencia didática no ensino de ciências - 2012Alfabetização cientifica e sequencia didática no ensino de ciências - 2012
Alfabetização cientifica e sequencia didática no ensino de ciências - 2012Fernanda Rezende Pedroza
 
10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridade10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridadeMariana Correia
 

Semelhante a Conceptualização do conhecimento e das capacidades em currículos: Pressupostos teóricos e modelos de análise (20)

Pcn ensino médio
Pcn ensino médioPcn ensino médio
Pcn ensino médio
 
Psicologia Da EducaçãO Aula IntrodutóRia
Psicologia Da EducaçãO  Aula IntrodutóRiaPsicologia Da EducaçãO  Aula IntrodutóRia
Psicologia Da EducaçãO Aula IntrodutóRia
 
PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...
PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...
PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...
 
Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.
Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.
Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.
 
OT Química - 7jun2013
OT Química - 7jun2013OT Química - 7jun2013
OT Química - 7jun2013
 
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...
O dilema da Interdisciplinaridade : Algumas questões para quem forma professo...
 
FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...
FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...
FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...
 
Aula 1. artigo santo e luz (2013). didatica no ensino superior perspectiv...
Aula 1. artigo santo e luz  (2013).  didatica no ensino superior   perspectiv...Aula 1. artigo santo e luz  (2013).  didatica no ensino superior   perspectiv...
Aula 1. artigo santo e luz (2013). didatica no ensino superior perspectiv...
 
Momentos pedagógicos
Momentos pedagógicosMomentos pedagógicos
Momentos pedagógicos
 
Aprendizagem significativa
Aprendizagem significativaAprendizagem significativa
Aprendizagem significativa
 
Aprendizagem significativa fabiano antunes
Aprendizagem significativa fabiano antunesAprendizagem significativa fabiano antunes
Aprendizagem significativa fabiano antunes
 
Docência do Ensino Superior
Docência do Ensino SuperiorDocência do Ensino Superior
Docência do Ensino Superior
 
Currículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.final
Currículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.finalCurrículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.final
Currículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.final
 
Caderno 4- Áreas de Conhecimento e Integração Curricular
Caderno 4- Áreas de Conhecimento e Integração CurricularCaderno 4- Áreas de Conhecimento e Integração Curricular
Caderno 4- Áreas de Conhecimento e Integração Curricular
 
Pacto Nacional do Ensino Medio Caderno4
Pacto Nacional do Ensino Medio Caderno4Pacto Nacional do Ensino Medio Caderno4
Pacto Nacional do Ensino Medio Caderno4
 
Interdisciplinaridade no Ensino Médio Desafios e potencialidades
Interdisciplinaridade no Ensino Médio Desafios e potencialidadesInterdisciplinaridade no Ensino Médio Desafios e potencialidades
Interdisciplinaridade no Ensino Médio Desafios e potencialidades
 
Slide uni vi bb
Slide uni vi bbSlide uni vi bb
Slide uni vi bb
 
Alfabetização cientifica e sequencia didática no ensino de ciências - 2012
Alfabetização cientifica e sequencia didática no ensino de ciências - 2012Alfabetização cientifica e sequencia didática no ensino de ciências - 2012
Alfabetização cientifica e sequencia didática no ensino de ciências - 2012
 
Etapa i – caderno iv
Etapa i – caderno ivEtapa i – caderno iv
Etapa i – caderno iv
 
10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridade10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridade
 

Mais de Sílvia Ferreira

Exigência conceptual do trabalho prático em ciências: Estudo de práticas peda...
Exigência conceptual do trabalho prático em ciências: Estudo de práticas peda...Exigência conceptual do trabalho prático em ciências: Estudo de práticas peda...
Exigência conceptual do trabalho prático em ciências: Estudo de práticas peda...Sílvia Ferreira
 
Conceptualização do conhecimento e das capacidades em currículos: Resultados ...
Conceptualização do conhecimento e das capacidades em currículos: Resultados ...Conceptualização do conhecimento e das capacidades em currículos: Resultados ...
Conceptualização do conhecimento e das capacidades em currículos: Resultados ...Sílvia Ferreira
 
Science curricula design (Ferreira, Morais & Neves, 2011)
Science curricula design (Ferreira, Morais & Neves, 2011)Science curricula design (Ferreira, Morais & Neves, 2011)
Science curricula design (Ferreira, Morais & Neves, 2011)Sílvia Ferreira
 
Exigência conceptual nos exames nacionais CIED2013
Exigência conceptual nos exames nacionais CIED2013Exigência conceptual nos exames nacionais CIED2013
Exigência conceptual nos exames nacionais CIED2013Sílvia Ferreira
 
Conceptual demand of science curricula NARST2012
Conceptual demand of science curricula NARST2012Conceptual demand of science curricula NARST2012
Conceptual demand of science curricula NARST2012Sílvia Ferreira
 
Conceptual demand of practical work in science curricula
Conceptual demand of practical work in science curriculaConceptual demand of practical work in science curricula
Conceptual demand of practical work in science curriculaSílvia Ferreira
 
Exigência Conceptual do trabalho prático no exames nacionais (Ferreira&Morais...
Exigência Conceptual do trabalho prático no exames nacionais (Ferreira&Morais...Exigência Conceptual do trabalho prático no exames nacionais (Ferreira&Morais...
Exigência Conceptual do trabalho prático no exames nacionais (Ferreira&Morais...Sílvia Ferreira
 

Mais de Sílvia Ferreira (8)

Exigência conceptual do trabalho prático em ciências: Estudo de práticas peda...
Exigência conceptual do trabalho prático em ciências: Estudo de práticas peda...Exigência conceptual do trabalho prático em ciências: Estudo de práticas peda...
Exigência conceptual do trabalho prático em ciências: Estudo de práticas peda...
 
Aquaporinas
AquaporinasAquaporinas
Aquaporinas
 
Conceptualização do conhecimento e das capacidades em currículos: Resultados ...
Conceptualização do conhecimento e das capacidades em currículos: Resultados ...Conceptualização do conhecimento e das capacidades em currículos: Resultados ...
Conceptualização do conhecimento e das capacidades em currículos: Resultados ...
 
Science curricula design (Ferreira, Morais & Neves, 2011)
Science curricula design (Ferreira, Morais & Neves, 2011)Science curricula design (Ferreira, Morais & Neves, 2011)
Science curricula design (Ferreira, Morais & Neves, 2011)
 
Exigência conceptual nos exames nacionais CIED2013
Exigência conceptual nos exames nacionais CIED2013Exigência conceptual nos exames nacionais CIED2013
Exigência conceptual nos exames nacionais CIED2013
 
Conceptual demand of science curricula NARST2012
Conceptual demand of science curricula NARST2012Conceptual demand of science curricula NARST2012
Conceptual demand of science curricula NARST2012
 
Conceptual demand of practical work in science curricula
Conceptual demand of practical work in science curriculaConceptual demand of practical work in science curricula
Conceptual demand of practical work in science curricula
 
Exigência Conceptual do trabalho prático no exames nacionais (Ferreira&Morais...
Exigência Conceptual do trabalho prático no exames nacionais (Ferreira&Morais...Exigência Conceptual do trabalho prático no exames nacionais (Ferreira&Morais...
Exigência Conceptual do trabalho prático no exames nacionais (Ferreira&Morais...
 

Último

Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfManuais Formação
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 

Último (20)

Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 

Conceptualização do conhecimento e das capacidades em currículos: Pressupostos teóricos e modelos de análise

  • 1. CURRÍCULOS DE NÍVEL ELEVADO NO ENSINO DAS CIÊNCIAS CONCEPTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO E DAS CAPACIDADES 27 . OUTUBRO . 2014 Conselho Nacional de Educação Ana Maria Morais Isabel Pestana Neves Instituto de Educação, Universidade de Lisboa Sílvia Ferreira EBI do Carregado / IE, UL
  • 2. CONCEPTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO E DAS CAPACIDADES EM CURRÍCULOS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS E MODELOS DE ANÁLISE
  • 3. O que é um currículo exigente para todos?
  • 4. Currículos de ciências conceptualmente exigentes Pressupostos teóricos Fundamentos epistemológicos Fundamentos psicológicos Fundamentos sociológicos Modelos de análise de currículos de ciências
  • 5. CONCEPTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO E DAS CAPACIDADES EM CURRÍCULOS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
  • 6. Exigência conceptual O QUE Conhecimento científico Capacidades cognitivas Currículos de nível elevado no ensino das ciências O COMO Relação entre discursos Exigência conceptual
  • 7. Exigência conceptual Nível de complexidade em educação científica traduzido pela complexidade do conhecimento científico e das relações entre conhecimentos distintos de uma dada disciplina científica e também pela complexidade das capacidades cognitivas. Currículos de nível elevado no ensino das ciências Morais Neves, 2012
  • 8. Fundamentos epistemológicos Como se constrói o conhecimento científico? Ciência como processo dinâmico de investigação e como corpo de conhecimento rigoroso. Holton Roller, 1958 O conhecimento científico pode ser encarado como um sistema de teorias… A meta é descobrir teorias que, à luz da discussão crítica, cheguem mais perto da verdade. Currículos de nível elevado no ensino das ciências Popper, 1959
  • 9. Fundamentos epistemológicos Como se constrói o conhecimento científico? Quando uma hipótese, que passou por testes rigorosos, é falsificada, surge um novo problema. Este novo problema exige a invenção de novas hipóteses, seguida de nova crítica e de novos testes. Currículos de nível elevado no ensino das ciências Popper, 1959, in Chalmers, 1999 No desenvolvimento da ciência normal, os problemas científicos transformam-se em enigmas que a comunidade científica vai procurando resolver dentro do quadro do paradigma vigente. Kuhn, 1962
  • 10. Fundamentos epistemológicos Estrutura hierárquica do conhecimento científico O conhecimento científico tem uma estrutura hierárquica caracterizada pela articulação entre níveis de conhecimento no sentido do desenvolvimento de teorias sucessivamente mais gerais e integradoras. Currículos de nível elevado no ensino das ciências Bernstein, 1999
  • 11. Fundamentos epistemológicos Discurso Horizontal Vertical Estruturas hierárquicas de conhecimento ex. Biologia, Física Currículos de nível elevado no ensino das ciências Estruturas horizontais de conhecimento Gramáticas fracas ex. Sociologia Gramáticas fortes ex. Economia Bernstein, 1999 Estrutura do conhecimento
  • 12. Fundamentos psicológicos Como se pode ter acesso a um conhecimento de nível elevado? O currículo deve ser estruturado para que o aluno possa reanalisar o conhecimento adquirido, mas de uma forma mais aprofundada e com um nível de representação mais avançado. Currículos de nível elevado no ensino das ciências Bruner, 1963 Currículo em espiral
  • 13. Um currículo em espiral, ao apresentar conceitos semelhantes em contextos novos e crescentemente mais complexos, oferece mais oportunidades para a repetição necessária a uma aprendizagem efetiva e eficaz. Na conceção de um currículo, a profundidade deve sobrepor-se à abrangência, com prioridade sobre o conhecimento central. Geake, 2009
  • 14. Fundamentos psicológicos Desenvolvimento de funções mentais de nível elevado Um processo eficiente de ensino/aprendizagem de conceitos deve proporcionar o desenvolvimento de capacidades cognitivas que conduzam a funções mentais de nível elevado. Currículos de nível elevado no ensino das ciências Vygotsky, 1978
  • 15. Apenas quando os alunos desenvolvem capacidades simples, como a memorização de determinados factos e conceitos, podem simultaneamente desenvolver capacidades complexas, como a aplicação desses conceitos a novas situações. Geake, 2009; Morais Neves, 2012
  • 16. Fundamentos psicológicos Taxonomia revista de Bloom Criar Avaliar Analisar Aplicar Compreender Envolve a associação de elementos para formar um todo coerente ou funcional ou a reorganização de elementos num novo padrão ou estrutura: formular hipóteses, planear. Envolve fazer julgamentos com base em critérios e padrões: criticar, julgar, argumentar. Envolve discriminar os vários elementos constituintes da informação e determinar como esses elementos se relacionam entre si e com a estrutura/finalidade global: analisar, categorizar, questionar. Envolve o desenvolvimento ou utilização de informação numa determinada situação: aplicar, demonstrar, discutir. Envolve a construção de significado de mensagens instrucionais, incluindo comunicação oral, escrita e gráfica: descrever, explicar, inferir. Envolve a evocação de conhecimento da memória de longo prazo: Memorizar definir, identificar, enumerar. Currículos de nível elevado no ensino das ciências Nível crescente de complexidade Anderson et al., 2001
  • 17. Fundamentos psicológicos Currículos de nível elevado no ensino das ciências Marzano Kendall, 2007 Taxonomia de Marzano
  • 18. Fundamentos sociológicos Quem deve ter acesso ao conhecimento científico? Princípio de igualdade social O sucesso escolar numa sociedade democrática pressupõe o acesso de todos os alunos ao conhecimento legitimado pela comunidade científica e pela sociedade, permitindo-lhes assim o acesso ao discurso do poder e ao poder do discurso. Currículos de nível elevado no ensino das ciências Morais, 2002
  • 19. Fundamentos sociológicos Princípios ideológicos na construção curricular O modo como o conhecimento educacional formal é selecionado, distribuído e transmitido reflete a distribuição de poder e os princípios de controlo social. Por isso, as diferenças e a mudança na organização, transmissão e avaliação do conhecimento educacional devem ser uma área fundamental de interesse sociológico da educação. Currículos de nível elevado no ensino das ciências Bernstein, 1990
  • 20. Exigência conceptual e estrutura do conhecimento no contexto educacional das ciências Conhecimento científico DIMENSÃO PEDAGÓGICA Currículos de nível elevado no ensino das ciências DIMENSÃO EPISTEMOLÓGICA Transmissão do conhecimento Estrutura do conhecimento Nível de exigência conceptual Discurso vertical com estrutura hierárquica limita o acesso facilita o acesso elevado baixo Morais Neves, 2012
  • 21. RELAÇÕES SOCIAIS DA ATIVIDADE PEDAGÓGICA Textos Contextos LINGUAGEM EXTERNA DE DESCRIÇÃO Modelos Proposições LINGUAGEM INTERNA DE DESCRIÇÃO Modelos Conceitos Morais Neves, 2001 (adaptado de Bernstein, 1996)
  • 22. CONCEPTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO E DAS CAPACIDADES EM CURRÍCULOS MODELOS DE ANÁLISE
  • 23. CURRÍCULOS (DPO) Nível de exigência conceptual Currículos de nível elevado no ensino das ciências Morais Neves, 2012 Exigência conceptual e investigação no contexto educacional das ciências Complexidade do conhecimento científico Complexidade da relação entre discursos Complexidade das capacidades cognitivas Princípios específicos do currículo Princípios gerais do currículo Processos de recontextualização Processos de recontextualização MANUAIS ESCOLARES DPR PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
  • 24. Análise curricular Capacidades cognitivas Indicadores Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 Conhecimentos Finalidades Orientações metodológicas Avaliação Grau de complexidade de acordo com a Taxonomia revista de Bloom / Taxonomia de Marzano Currículos de nível elevado no ensino das ciências Afonso et al., 2013 Calado, Neves Morais, 2013 Ferreira Morais, 2014
  • 25. Análise curricular Capacidades cognitivas Secção: Orientações metodológicas Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 Currículos de nível elevado no ensino das ciências Afonso et al., 2013 São referidas capacidades com um nível de complexidade superior ao grau 1, como compreender mensagens instrucionais complexas e aplicar a um nível baixo. São referidas capacidades com um nível de complexidade superior ao grau 2, envolvendo as capacidades de aplicar, a um nível elevado, e de analisar. São referidas capacidades com um nível de complexidade muito elevado, como as capacidades de avaliar e de criar. São referidas capacidades de baixo nível de complexidade, envolvendo processos que implicam adquirir e armazenar informação e compreender mensagens instrucionais simples.
  • 26. Análise curricular Capacidades cognitivas Currículos de nível elevado no ensino das ciências Grau 1 Grau 4 Os alunos devem conhecer a localização do material genético na célula, o que pode ser concretizado com recurso a esquemas da constituição celular. (Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.33) Uma atividade a realizar consiste na análise de documentos previamente selecionados pelo professor que evidenciem conflitos de interesses inerentes a estas questões. Esta temática favorece a promoção de ambientes de aprendizagem baseados na resolução de problemas e em exercícios de tomada de decisão. (Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.29) Afonso et al., 2013
  • 27. Análise curricular Capacidades cognitivas Currículos de nível elevado no ensino das ciências Grau 2 Grau 3 Certos conceitos, como produtor, consumidor e nível trófico, podem ser referidos mediante a exploração de cadeias alimentares simples. Pode ser pedido aos alunos que construam cadeias alimentares, em texto ou desenho, de forma a serem interpretadas pelos colegas. (Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.24) A pesquisa de informação sobre o trabalho de cientistas que contribuíram para o conhecimento do organismo humano e para o desenvolvimento de procedimentos médicos e cirúrgicos… (Orientações Curriculares 3º ciclo, Finalidades, p.36) Afonso et al., 2013
  • 28. Análise curricular Conhecimentos científicos Indicadores Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 Conhecimentos Finalidades Orientações metodológicas Avaliação Grau de complexidade crescente: factos, conceitos simples, conceitos complexos e temas unificadores/ teorias (ex., Anderson et al., 2001; Cantu Currículos de nível elevado no ensino das ciências Herron, 1978). Afonso et al., 2013 Ferreira Morais, 2014
  • 29. Análise curricular Conhecimentos científicos Secção: Orientações metodológicas Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 Currículos de nível elevado no ensino das ciências Afonso et al., 2013 Ferreira Morais, 2014 É referido conhecimento de baixo nível de complexidade, como factos. É referido conhecimento de nível de complexidade superior ao grau 1, como conceitos simples. É referido conhecimento de nível de complexidade superior ao grau 2, envolvendo conceitos complexos. É referido conhecimento de nível de complexidade muito elevado, envolvendo temas unificadores e/ou teorias.
  • 30. Análise curricular Conhecimentos científicos Currículos de nível elevado no ensino das ciências Grau 1 Grau 4 Os alunos podem pesquisar materiais de que são feitas a maior parte das nossas roupas que atualmente substituem cada vez mais os materiais naturais como algodão, lã, seda, ou borracha. A verificação de etiquetas de vestuário será uma estratégia […]. (Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.28) Sugere-se a análise e discussão de evidências, situações problemáticas, que permitam ao aluno adquirir conhecimento científico apropriado, de modo a interpretar e compreender leis e modelos científicos, reconhecendo as limitações da Ciência e da Tecnologia na resolução de problemas, pessoais, sociais e ambientais. (Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.6) Afonso et al., 2013
  • 31. Análise curricular Conhecimentos científicos Currículos de nível elevado no ensino das ciências Grau 2 Grau 3 A questão ‘Como interagem os seres vivos com o ambiente?’ pressupõe que os alunos compreendam que do ambiente fazem parte não só as condições físico-químicas, mas também todos os factores que interatuam com os seres vivos em causa – fatores abióticos e bióticos. (Orientações curriculares 3º ciclo, Finalidades, p.23) Para se iniciar o estudo dos ecossistemas, sugere se o visionamento de um filme sobre a vida animal e vegetal com a correspondente discussão na aula. Os alunos devem compreender os conceitos de ecossistema, espécie, comunidade, população e habitat. […] (Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.23) Afonso et al., 2013
  • 32. Análise curricular Relações intradisciplinares Indicadores Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 Conhecimentos Finalidades Orientações metodológicas Avaliação C++ C+ C- C- - Conceito de classificação de Bernstein (1990, 2000) Currículos de nível elevado no ensino das ciências Calado, Neves Morais, 2013
  • 33. Secção: Orientações metodológicas Grau 1 C++ Grau 2 C+ Currículos de nível elevado no ensino das ciências Grau 3 C-Grau 4 C- - Análise curricular Relações intradisciplinares Afonso et al., 2013 Calado, Neves Morais, 2013 São sugeridas estratégias/ metodologias que apelam à relação entre conhecimentos de ordem simples dentro do mesmo tema. São sugeridas estratégias/ metodologias que apelam à relação entre conhecimentos de ordem simples de temas diferentes. São sugeridas estratégias/ metodologias que apelam à relação entre conhecimentos de ordem complexa, ou entre estes e conhecimentos de ordem simples, dentro do mesmo tema. São sugeridas estratégias/ metodologias que apelam à relação entre conhecimentos de ordem complexa, ou entre estes e conhecimentos de ordem simples, de temas diferentes. Ou Nas estratégias/ metodologias sugeridas é omisso conhecimento científico indispensável à compreensão da relação entre conhecimentos dentro do mesmo tema.
  • 34. Análise curricular Relações intradisciplinares Currículos de nível elevado no ensino das ciências Grau 1 C++ Grau 4 C- - Os alunos podem pesquisar o valor energético de vários alimentos nos rótulos ou em listas dietéticas e interpretar dados que relacionem gastos energéticos do organismo em diferentes condições físicas. (Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.36) Tomando como exemplo uma questão anteriormente sugerida, relativa à alteração do ritmo cardíaco, a sua exploração implica, essencialmente, noções relativas aos sistemas circulatório, respiratório e metabolismo (caso a situação que origina essa alteração seja, por exemplo, a prática desportiva), ou aos sistemas circulatório, nervoso e hormonal (caso seja uma situação que cause ansiedade ou que origine um susto). (Orientações Curriculares 3º ciclo, Conhecimentos, p.34) Afonso et al., 2013 Calado, Neves Morais, 2013
  • 35. Análise curricular Relações intradisciplinares Currículos de nível elevado no ensino das ciências Grau 2 C+ Grau 3 C-Os alunos devem conhecer certos efeitos do consumo de álcool, tabaco e droga e de alterações na prática de actividade física e nos hábitos de higiene sobre a integridade física e/ou psíquica do organismo. (Orientações Curriculares 3º ciclo, Finalidades, p.36) Partindo de situações familiares aos alunos (picadas, queimaduras, nervosismo em situação de avaliação), e realçando o carácter voluntário ou involuntário das reações, deve ser referido o papel do sistema nervoso (central e periférico) e do sistema hormonal na coordenação do organismo.* (Orientações Curriculares 3º ciclo, Orientações metodológicas, p.34) *Os sistemas nervoso e hormonal fazem parte da mesma unidade de ensino do currículo. Afonso et al., 2013 Calado, Neves Morais, 2013
  • 36. CURRÍCULOS (DPO) Nível de exigência conceptual Currículos de nível elevado no ensino das ciências Morais Neves, 2012 Exigência conceptual e investigação no contexto educacional das ciências Complexidade do conhecimento científico Complexidade da relação entre discursos Complexidade das capacidades cognitivas Princípios específicos do currículo Princípios gerais do currículo Processos de recontextualização Processos de recontextualização MANUAIS ESCOLARES DPR PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
  • 37. Referências Afonso, M., Alveirinho, D., Tomás, H., Calado, S., Ferreira, S., Silva, P., Alves, V. (2013). Que ciência se aprende na escola? Uma avaliação do grau de exigência no ensino básico em Portugal. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos. Anderson, L. W., Krathwohl, D. (Eds.), Airasian, P., Cruikshank, K., Mayer, R., Pintrich, P., Raths, J., Wittrock, M. (2001). A taxonomy for learning, teaching and assessing: A revision of Bloom’s Taxonomy of Educational Objectives. New York: Longman. Bernstein, B. (1990). Class, codes and control: Vol. IV, The structuring of pedagogic discourse. Londres: Routledge. Bernstein, B. (1999). Vertical and horizontal discourse: An essay, British Journal of Sociology of Education, 20(2), 157-173. Bernstein, B. (2000). Pedagogy, symbolic control and identity: Theory, research, critique (Revised edition). Nova Iorque: Rowman Littlefield. Bruner, J. (1963). The process of education. New York: Vintage Books. Calado, S., Neves, I. P., Morais, A. M. (2013). Conceptual demand of science curricula: A study at the middle school level. Pedagogies: An International Journal, 8(3), 255-277. Cantu, L. L., Herron, J. D. (1978). Concrete and formal Piagetian stages and science concept attainment. Journal of Research in Science Teaching, 15(2), 135-143. Chalmers, A. F. (1999). What is this thing called science? (3ª ed.). Indianapolis: Hackett Publishing Company. Ferreira, S., Morais, A. M. (2014). Conceptual demand of practical work in science curricula: A methodological approach. Research in Science Education, 44(1), 53-80. Geake, J. (2009). The brain at school: Educational neuroscience in the classroom. Berkshire, UK: Open University Press. Currículos de nível elevado no ensino das ciências
  • 38. Referências Holton, G., Roller, D. (1958). Foundations of modern physical science. Cambridge, MA: Addison-Wesley Publishing. Kuhn, T. (1962). The structures of scientific revolutions. Chicago: Chicago University Press. Marzano, R. J., Kendall, J. S. (2007). The new taxonomy of educational objectives (2ª ed.). Thousand Oaks, CA: Corwin Press. Morais, A. M. (2002). Basil Bernstein at the micro level of the classroom. British Journal of Sociology of Education, 23(4), 559-569. Morais, A. M., Neves, I. P. (2001). Pedagogic social contexts: Studies for a sociology of learning. In A. Morais, I. Neves, B. Davies H. Daniels (Eds.), Towards a sociology of pedagogy: The contribution of Basil Bernstein to research (pp.185-221). New York: Peter Lang. Morais, A. M., Neves, I. P. (2003). Processos de intervenção e análise em contextos pedagógicos. Educação, Sociedade Culturas, 19, 49-87. Morais, A. M., Neves, I. P. (2007). Fazer investigação usando uma abordaem metodológica mista. Revista Portuguesa de Educação, 20(2), 75-104. Morais, A. M., Neves, I. P. (2012). Estruturas de conhecimento e exigência conceptual na educação em ciências. Revista Educação, Sociedade Culturas, 37, 63-88. Popper, K. (1959). The logic of scientific discovery. Londres: Hutchinson. Vygotsky, L. (1978). Mind in society: The development of higher psychological processes. Ed. M. Cole, V. John-Steiner, S. Scribner, E. Souberman. Cambridge, MA: Harvard University Press. Currículos de nível elevado no ensino das ciências