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DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM EM
MATEMÁTICA
HISTÓRICO
Discalculia: Derivada de “acalculia” ou
cegueira para os números –
incapacidade grave ou total para
calcular.
Antes
Perda da capacidade
para realizar operações
matemáticas, adquirida
pelos adultos e resultante
de uma lesão cerebral e
que ocorria em
simultâneo com a não
diferenciação entre direita
e esquerda e a dislexia.
Hoje
Dificuldades específicas
d o a p r e n d i z a d o d o
cálculo em pessoas de
inteligência normal e que
freqüentam regularmente
a e s c o l a .
Transtorno parcial da
capacidade para manejar
símbolos aritméticos e
f a z e r c á l c u l o s
m a t e m á t i c o s .
“A aprendizagem começa com ação e
percepção, desenvolve-se com
palavras e conceitos e deveria
terminar com hábitos mentais
desejáveis.”
Polya
Um aluno com dificuldades de
aprendizagem e que mostra uma
inteligência normal, não tem
problemas graves de natureza
emocional, não tem deficiências
sensoriais e , no entanto, apresenta
um desempenho escolar pobre e
insuficiente, definido por notas
baixas em provas e exames.
ESTUDOS & PESQUISAS
Os estudos e as pesquisas para
compreender o que significa
“dificuldade de aprendizagem em
matemática” estão atrasados.
As pesquisas existentes trabalham com as
dificuldades ligadas às técnicas de cálculos
matemáticos:
• Números e contagem
• Aritmética
• Problemas simples de aritmética
As dificuldades em álgebra, geometria,
medidas e probabilidades foram, até hoje,
pouco estudadas.
AGRAVANTES
• Adultos e jovens com atitude negativa em
relação à Matemática.
• Nas escolas: alunos, professores e pais de
alunos parecem ter se acostumado com as
atitudes negativas sobre a Matemática e o
seu aprendizado.
• É socialmente aceitável ser fraco em
matemática.
• Idéia errada de que a Matemática é
uma disciplina obscura e
aborrecida.
NATUREZA DAS DIFICULDADES DE
APRENDIZADO EM MATEMÁTICA
Pedagógica
Conceitos e habilidades
matemáticas que se
espera que o aluno
desenvolva.
Psicológica
Processos cognitivos que
estão na base deste
processo.
Piaget
Operações lógicas – base
para compreensão de
número e de medida.
A maioria das conclusões dos estudos piagetianos são
válidas para o aprendizado e o ensino da
matemática e foram incorporadas ao
Construitivismo.
ENFOQUE COGNITIVO DA
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
Conhecimento:
Não é uma simples acumulação de
dados e informações. Tem natureza
estrutural e é construído por meio de
relações e operações realizadas com estes
dados, formando um todo organizado e
significativo.
Construção do conhecimento
• Ativa – compreender requer pensar.
• Lenta
• Gradual
• Individual e gradual – o aluno regula o seu
processo de aprendizagem.
• Traz a recompensa da descoberta para o
aluno.
A análise do processo cognitivo não rotula
o aluno, ao contrário, desvenda as
operações mentais e as estratégias que
ele utiliza quando realiza cálculos e
operações, aplica algoritmos, assimila um
conceito, resolve um problema, apresenta
um argumento, e principalmente,
evidencia os erros que ele comete
permitindo uma intervenção pedagógica
mais consistente e eficaz.
APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA
Envolve três aspectos:
• procedimentais
• conceituais
• simbólicos
Feita em cadeia – cada conhecimento está
entrelaçado com os anteriores, de acordo
com um procedimento lógico.
A lógica da disciplina que estrutura a
seqüência de conteúdos nem sempre
corresponde à lógica do aluno que aprende.
Os níveis de dificuldade – marcados pelas
características do próprio conteúdo
matemático e pelas características cognitivas
dos alunos.
Na educação básica, alunos com dificuldades de
aprendizagem em Matemática, NÃO DESENVOLVEM
APROPRIADAMENTE, as competências e habilidades
associadas, em geral, à:
Numeração
Execução de algoritmos e cálculos
Resolução de problemas
Estimativas
Frações e decimais
Medida
Noções de geometria
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES E REFLEXÕES
PARA UMA REFLEXÃO SOBRE AS DIFICULDADES
DE APRENDIZADO DOS ALUNOS
• Dificuldade para compreender e assimilar conceitos:
Os estudos sugerem que sejam consideradas três
etapas para a formação de conceitos:
- Trabalhar o aspecto concreto, partindo de situações
reais e familiares ao aluno;
- Passar para a fase pictórica, utilizando imagens,
ilustrações, ideogramas, etc.
- Passar à fase simbólica: A FRASE MATEMÁTICA
Para cada conceito, deve-se conhecer pelo
menos uma situação à qual este se aplica e
pelo menos uma à qual este não se aplica.
Ex: Um primeiro (e importante) passo para se
compreender o que é uma função consiste
em conhecer pelo menos um exemplo de
uma relação que é função e porque e pelo
menos um exemplo de uma relação que não
é função e porque.
Dificuldades na aquisição das noções
básicas e princípios numéricos
 O aluno adquire as noções básicas na idade entre 5 e 7 anos. Nem todos o
fazem neste período e alguns ficam mais tempo ligados as suas percepções,
com um pensamento intuitivo próprio do período pré-operatório.
Com estes alunos – ampliar o período de manipulação das dificuldades em cálculos
– raramente podem ser diagnosticadas antes da 3ª série do ensino fundamental.
 Dificuldades na representação espacial e na interpretação da informação
numérica e com a compreensão do significado das operações e a suas regras e
algoritmos: o aluno não consegue usar os sinais aritméticos e compreender o
valor posicional dos números.
 Dificuldade de compreender o sistema de numeração – em geral, soma-se à
dificuldade de escrita dos números.
 Dificuldades na adição e multiplicação – em geral aparecem quando o aluno
trabalha com números maiores que 10.
 Na subtração e na divisão – as dificuldades aumentam porque
estas operações necessitam, mais do que as outras, de um
processo lógico e têm uma carga menor de procedimentos
automáticos.
• Dificuldades na compreensão e utilização dos
números racionais.
• Dificuldades de aprendizado de medidas.
• Dificuldades de aprendizado de estatística e
tratamento da informação.
• Dificuldades de aprendizado de álgebra.
• Dificuldades na resolução de problemas.
A linguagem é, a princípio, a
expressão de um pensamento: não
se pode utilizar uma nova linguagem
com o aluno sem que esta faça
sentido para ele.
O papel da avaliação na superação das
dificuldades de aprendizado em Matemática
“A avaliação não deve apenas ser feita sobre o
aluno, mas também ser feita para o aluno, de
forma a orientar e aumentar a sua
aprendizagem.”
• Avaliação formativa, em processo e que não
pode diferir da prática da sala de aula.
• A comunicação e o questionamento
cumprem um papel fundamental.
Algumas características dos alunos com
dificuldade de aprendizagem em
matemática
• Pouco atentos
• Apresentam alguma instabilidade emocional.
• Têm dificuldade para organizar estruturas
hierárquicas de atividades – estes alunos não têm
dificuldades de compreensão, sabem o que devem
fazer, mas falham no processo.
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estabelecer antes uma ordem ou plano de trabalho;
não organizam a informação recebida.
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outros mais difíceis, dependendo do
seu estado – atento ou concentrado.
Fatores de risco no desenvolvimento
matemático dos alunos
• Alimentação e cuidados médicos inadequados
• Alvo de preconceitos de qualquer natureza
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• Desorganização
• Enfermidades
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Algumas sugestões para minimizar ou prevenir as
dificuldades de aprendizagem de Matemática
• Verifique se a dificuldade é de ensino ou é de aprendizagem
• Contextualize os esquemas matemáticos, subindo os degraus da escala
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próprio desempenho.
• Ensine o passo-a-passo das estratégias convencionais e dos algoritmos.
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• Escreva no quadro o tema a aprender, os passos ou procedimentos.
• Evite corrigir ou fazer o aluno repetir constantemente seus erros.
• Evite mostrar impaciência com a dificuldade expressada pelo aluno ou interrompê-lo
várias vezes ou tentar adivinhar o que ele quer dizer completando a sua fala.
• Procure iniciar cada período de aula com um resumo da sessão anterior e uma
visão geral dos novos temas.
• Promova a participação dos alunos na aula.
• Proponha jogos na sala.
• Reforce os sucessos, favoreça a auto-estima e a segurança pessoal do aluno.
• Use a terminologia de forma consistente na descrição dos procedimentos,
evitando uma linguagem longa, ou estruturas sintáticas complicadas.
• Use situações concretas, nos problemas.
• Utilize a curiosidade e a atenção exploratória do aluno
como recurso didático.
• Vincular, o máximo possível, os conteúdos matemáticos a
objetivos e situações humanas e significativas.
• Evite ressaltar as dificuldades do aluno, diferenciando-o dos
demais.
• Garanta a assimilação do “velho” antes de passar ao “novo”.
• Garanta o domínio dos códigos de representação dos
procedimentos e conteúdos.
• Garanta o domínio dos códigos de representação verificando
que a “tradução” entre a linguagem verbal e os códigos
matemáticos realiza-se com facilidade.
• Incentive seus alunos a propor problemas e apresentá-los no
quadro para fazê-los em casa.
• Não corrija os trabalhos de casa com canetas vermelhas ou
lápis.
• Não ignore o aluno com dificuldades.
• Não forçar o aluno a fazer as tarefas quando estiver
nervoso por não ter conseguido.
• No final de cada aula, faça uma síntese do que foi visto
e trabalhado
ALGUNS PONTOS PARA REFLEXÃO
• A importância que deve ser dada à aquisição da
linguagem universal de palavras e símbolos, usada
para comunicar idéias de número, espaço, formas,
padrões e problemas do cotidiano. A cada dia esta
linguagem se faz mais necessária: ela está presente
no fazer cotidiano, nos meios de comunicação, nas
ciências e na tecnologia. Os estudos e as pesquisas
enfatizam o papel fundamental da aquisição da
linguagem matemática no sucesso dos processos
de aprendizagem.
• A ênfase que deve ser dada ao aspecto formativo da própria
Matemática propiciado pelo prazer da descoberta e do
desenvolvimento da confiança intelectual.
“(...) Se o professor de matemática preenche o tempo de que
dispõe a exercitar os seus alunos em operações rotineiras,
aniquila o interesse e tolhe o desenvolvimento intelectual dos
estudantes, desperdiçando, dessa forma, aquela oportunidade.
Mas se desafia a curiosidade dos alunos, apresentando-lhes
problemas adequados aos seus conhecimentos e ajudando-os
com interpelações estimulantes, poderá despertar neles o
gosto pelo pensamento independente e proporcionar-lhes
alguns meios para o concretizarem.” (Adaptado de “A arte de
resolver problemas”, de Polya, G. Ed. Interciência, Rio de
Janeiro, 1978)
• Como pano de fundo – e não menos importante – do
cenário onde se ensina e se aprende é fundamental
que o aluno acabe por gostar de Matemática,
aumentando sua confiança pessoal na prática de
atividades que envolvem o raciocínio matemático.
Principalmente, compreenda que a validade de suas
respostas e conclusões está assentada na
consciência de uma argumentação lógica
• Não há aprendizagem sem ação do aluno, nenhuma
intervenção externa age se não for percebida, interpretada e
assimilada por aquele que aprende.
• O currículo real é personalizado: dois alunos nunca seguem
exatamente o mesmo percurso educativo.
• O professor de Matemática deve ser, primeiro que tudo, um
professor de matematização.
• Os estudantes não podem aprender a pensar criticamente, a
analisar a informação, a comunicar idéias científicas, a fazer
argumentações lógicas, a menos que sejam encorajados a
fazer repetidamente essas coisas em muitos contextos.
• A autoconfiança dos alunos cresce à medida que
experimentam sucessos na aprendizagem, tal como diminui em
confronto com fracassos repetidos,. As tarefas de
aprendizagem devem apresentar algum desafio, mas estar ao
seu alcance.
• O que um professor faz na sala de aula é função do que pensa
sobre a Matemática e o seu ensino.

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  • 2. HISTÓRICO Discalculia: Derivada de “acalculia” ou cegueira para os números – incapacidade grave ou total para calcular.
  • 3. Antes Perda da capacidade para realizar operações matemáticas, adquirida pelos adultos e resultante de uma lesão cerebral e que ocorria em simultâneo com a não diferenciação entre direita e esquerda e a dislexia. Hoje Dificuldades específicas d o a p r e n d i z a d o d o cálculo em pessoas de inteligência normal e que freqüentam regularmente a e s c o l a . Transtorno parcial da capacidade para manejar símbolos aritméticos e f a z e r c á l c u l o s m a t e m á t i c o s .
  • 4. “A aprendizagem começa com ação e percepção, desenvolve-se com palavras e conceitos e deveria terminar com hábitos mentais desejáveis.” Polya
  • 5. Um aluno com dificuldades de aprendizagem e que mostra uma inteligência normal, não tem problemas graves de natureza emocional, não tem deficiências sensoriais e , no entanto, apresenta um desempenho escolar pobre e insuficiente, definido por notas baixas em provas e exames.
  • 6. ESTUDOS & PESQUISAS Os estudos e as pesquisas para compreender o que significa “dificuldade de aprendizagem em matemática” estão atrasados.
  • 7. As pesquisas existentes trabalham com as dificuldades ligadas às técnicas de cálculos matemáticos: • Números e contagem • Aritmética • Problemas simples de aritmética As dificuldades em álgebra, geometria, medidas e probabilidades foram, até hoje, pouco estudadas.
  • 8. AGRAVANTES • Adultos e jovens com atitude negativa em relação à Matemática. • Nas escolas: alunos, professores e pais de alunos parecem ter se acostumado com as atitudes negativas sobre a Matemática e o seu aprendizado. • É socialmente aceitável ser fraco em matemática. • Idéia errada de que a Matemática é uma disciplina obscura e aborrecida.
  • 9. NATUREZA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZADO EM MATEMÁTICA Pedagógica Conceitos e habilidades matemáticas que se espera que o aluno desenvolva. Psicológica Processos cognitivos que estão na base deste processo. Piaget Operações lógicas – base para compreensão de número e de medida. A maioria das conclusões dos estudos piagetianos são válidas para o aprendizado e o ensino da matemática e foram incorporadas ao Construitivismo.
  • 10. ENFOQUE COGNITIVO DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO Conhecimento: Não é uma simples acumulação de dados e informações. Tem natureza estrutural e é construído por meio de relações e operações realizadas com estes dados, formando um todo organizado e significativo.
  • 11. Construção do conhecimento • Ativa – compreender requer pensar. • Lenta • Gradual • Individual e gradual – o aluno regula o seu processo de aprendizagem. • Traz a recompensa da descoberta para o aluno.
  • 12. A análise do processo cognitivo não rotula o aluno, ao contrário, desvenda as operações mentais e as estratégias que ele utiliza quando realiza cálculos e operações, aplica algoritmos, assimila um conceito, resolve um problema, apresenta um argumento, e principalmente, evidencia os erros que ele comete permitindo uma intervenção pedagógica mais consistente e eficaz.
  • 13. APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA Envolve três aspectos: • procedimentais • conceituais • simbólicos Feita em cadeia – cada conhecimento está entrelaçado com os anteriores, de acordo com um procedimento lógico.
  • 14. A lógica da disciplina que estrutura a seqüência de conteúdos nem sempre corresponde à lógica do aluno que aprende. Os níveis de dificuldade – marcados pelas características do próprio conteúdo matemático e pelas características cognitivas dos alunos.
  • 15. Na educação básica, alunos com dificuldades de aprendizagem em Matemática, NÃO DESENVOLVEM APROPRIADAMENTE, as competências e habilidades associadas, em geral, à: Numeração Execução de algoritmos e cálculos Resolução de problemas Estimativas Frações e decimais Medida Noções de geometria
  • 16. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES E REFLEXÕES PARA UMA REFLEXÃO SOBRE AS DIFICULDADES DE APRENDIZADO DOS ALUNOS • Dificuldade para compreender e assimilar conceitos: Os estudos sugerem que sejam consideradas três etapas para a formação de conceitos: - Trabalhar o aspecto concreto, partindo de situações reais e familiares ao aluno; - Passar para a fase pictórica, utilizando imagens, ilustrações, ideogramas, etc. - Passar à fase simbólica: A FRASE MATEMÁTICA
  • 17. Para cada conceito, deve-se conhecer pelo menos uma situação à qual este se aplica e pelo menos uma à qual este não se aplica. Ex: Um primeiro (e importante) passo para se compreender o que é uma função consiste em conhecer pelo menos um exemplo de uma relação que é função e porque e pelo menos um exemplo de uma relação que não é função e porque.
  • 18. Dificuldades na aquisição das noções básicas e princípios numéricos  O aluno adquire as noções básicas na idade entre 5 e 7 anos. Nem todos o fazem neste período e alguns ficam mais tempo ligados as suas percepções, com um pensamento intuitivo próprio do período pré-operatório. Com estes alunos – ampliar o período de manipulação das dificuldades em cálculos – raramente podem ser diagnosticadas antes da 3ª série do ensino fundamental.  Dificuldades na representação espacial e na interpretação da informação numérica e com a compreensão do significado das operações e a suas regras e algoritmos: o aluno não consegue usar os sinais aritméticos e compreender o valor posicional dos números.  Dificuldade de compreender o sistema de numeração – em geral, soma-se à dificuldade de escrita dos números.  Dificuldades na adição e multiplicação – em geral aparecem quando o aluno trabalha com números maiores que 10.  Na subtração e na divisão – as dificuldades aumentam porque estas operações necessitam, mais do que as outras, de um processo lógico e têm uma carga menor de procedimentos automáticos.
  • 19. • Dificuldades na compreensão e utilização dos números racionais. • Dificuldades de aprendizado de medidas. • Dificuldades de aprendizado de estatística e tratamento da informação. • Dificuldades de aprendizado de álgebra. • Dificuldades na resolução de problemas.
  • 20. A linguagem é, a princípio, a expressão de um pensamento: não se pode utilizar uma nova linguagem com o aluno sem que esta faça sentido para ele.
  • 21. O papel da avaliação na superação das dificuldades de aprendizado em Matemática “A avaliação não deve apenas ser feita sobre o aluno, mas também ser feita para o aluno, de forma a orientar e aumentar a sua aprendizagem.” • Avaliação formativa, em processo e que não pode diferir da prática da sala de aula. • A comunicação e o questionamento cumprem um papel fundamental.
  • 22. Algumas características dos alunos com dificuldade de aprendizagem em matemática • Pouco atentos • Apresentam alguma instabilidade emocional. • Têm dificuldade para organizar estruturas hierárquicas de atividades – estes alunos não têm dificuldades de compreensão, sabem o que devem fazer, mas falham no processo. • Querem ir imediatamente para a solução, sem estabelecer antes uma ordem ou plano de trabalho; não organizam a informação recebida. • Podem enganar-se em problemas fáceis e acertar outros mais difíceis, dependendo do seu estado – atento ou concentrado.
  • 23. Fatores de risco no desenvolvimento matemático dos alunos • Alimentação e cuidados médicos inadequados • Alvo de preconceitos de qualquer natureza • Baixa auto estima • Complicações pré-natais e durante o nascimento • Conflitos • Desorganização • Enfermidades • Guerra ou conflito armado no entorno imediato do aluno • Imaturidade • Indirefença • Influências hereditárias e anomalias genéticas • Maus tratos • Morte dos pais • Pobreza • Psicopatologias • Vizinhança desorganizada e com delinqüência
  • 24. Algumas sugestões para minimizar ou prevenir as dificuldades de aprendizagem de Matemática • Verifique se a dificuldade é de ensino ou é de aprendizagem • Contextualize os esquemas matemáticos, subindo os degraus da escala de abstração no ritmo exigido pelo aluno. • Dê mais tempo ao aluno para expressar-se. • Dê sugestões e ajudas ou guias para que o aluno saiba encarar e monitorar seu próprio desempenho. • Ensine o passo-a-passo das estratégias convencionais e dos algoritmos. • Esclareça todos os termos relevantes do vocabulário. • Escreva no quadro o tema a aprender, os passos ou procedimentos. • Evite corrigir ou fazer o aluno repetir constantemente seus erros. • Evite mostrar impaciência com a dificuldade expressada pelo aluno ou interrompê-lo várias vezes ou tentar adivinhar o que ele quer dizer completando a sua fala. • Procure iniciar cada período de aula com um resumo da sessão anterior e uma visão geral dos novos temas. • Promova a participação dos alunos na aula. • Proponha jogos na sala. • Reforce os sucessos, favoreça a auto-estima e a segurança pessoal do aluno. • Use a terminologia de forma consistente na descrição dos procedimentos, evitando uma linguagem longa, ou estruturas sintáticas complicadas. • Use situações concretas, nos problemas.
  • 25. • Utilize a curiosidade e a atenção exploratória do aluno como recurso didático. • Vincular, o máximo possível, os conteúdos matemáticos a objetivos e situações humanas e significativas. • Evite ressaltar as dificuldades do aluno, diferenciando-o dos demais. • Garanta a assimilação do “velho” antes de passar ao “novo”. • Garanta o domínio dos códigos de representação dos procedimentos e conteúdos. • Garanta o domínio dos códigos de representação verificando que a “tradução” entre a linguagem verbal e os códigos matemáticos realiza-se com facilidade. • Incentive seus alunos a propor problemas e apresentá-los no quadro para fazê-los em casa. • Não corrija os trabalhos de casa com canetas vermelhas ou lápis. • Não ignore o aluno com dificuldades. • Não forçar o aluno a fazer as tarefas quando estiver nervoso por não ter conseguido. • No final de cada aula, faça uma síntese do que foi visto e trabalhado
  • 26. ALGUNS PONTOS PARA REFLEXÃO • A importância que deve ser dada à aquisição da linguagem universal de palavras e símbolos, usada para comunicar idéias de número, espaço, formas, padrões e problemas do cotidiano. A cada dia esta linguagem se faz mais necessária: ela está presente no fazer cotidiano, nos meios de comunicação, nas ciências e na tecnologia. Os estudos e as pesquisas enfatizam o papel fundamental da aquisição da linguagem matemática no sucesso dos processos de aprendizagem.
  • 27. • A ênfase que deve ser dada ao aspecto formativo da própria Matemática propiciado pelo prazer da descoberta e do desenvolvimento da confiança intelectual. “(...) Se o professor de matemática preenche o tempo de que dispõe a exercitar os seus alunos em operações rotineiras, aniquila o interesse e tolhe o desenvolvimento intelectual dos estudantes, desperdiçando, dessa forma, aquela oportunidade. Mas se desafia a curiosidade dos alunos, apresentando-lhes problemas adequados aos seus conhecimentos e ajudando-os com interpelações estimulantes, poderá despertar neles o gosto pelo pensamento independente e proporcionar-lhes alguns meios para o concretizarem.” (Adaptado de “A arte de resolver problemas”, de Polya, G. Ed. Interciência, Rio de Janeiro, 1978)
  • 28. • Como pano de fundo – e não menos importante – do cenário onde se ensina e se aprende é fundamental que o aluno acabe por gostar de Matemática, aumentando sua confiança pessoal na prática de atividades que envolvem o raciocínio matemático. Principalmente, compreenda que a validade de suas respostas e conclusões está assentada na consciência de uma argumentação lógica
  • 29. • Não há aprendizagem sem ação do aluno, nenhuma intervenção externa age se não for percebida, interpretada e assimilada por aquele que aprende. • O currículo real é personalizado: dois alunos nunca seguem exatamente o mesmo percurso educativo. • O professor de Matemática deve ser, primeiro que tudo, um professor de matematização. • Os estudantes não podem aprender a pensar criticamente, a analisar a informação, a comunicar idéias científicas, a fazer argumentações lógicas, a menos que sejam encorajados a fazer repetidamente essas coisas em muitos contextos. • A autoconfiança dos alunos cresce à medida que experimentam sucessos na aprendizagem, tal como diminui em confronto com fracassos repetidos,. As tarefas de aprendizagem devem apresentar algum desafio, mas estar ao seu alcance. • O que um professor faz na sala de aula é função do que pensa sobre a Matemática e o seu ensino.