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Sobre as tatuagens.
Pois bem! E sobre as tatuagens? O tema não é simples, mas exige uma
reflexão acurada e ampla. Vamos a ele.
Entendendo que para os cristãos, que já abandonaram sua antiga vida (2 Co
5.17), negando-se a si mesmos (Mt 16.24; Mc 8.34; Lc 9.23), e que agora
vivem exclusivamente para glorificar a Deus (1 Co 10.31), tanto não é relevante
nossos interesses atinentes ao corpo terreno, quanto a obediência à Palavra de
Deus é essencial. E nesta Palavra há a ordem de obedecermos, inclusive aos
nossos pais e pastores.
Em relação aos pais a Bíblia é contundente, orientando que haja a obediência
(Ef 6.1-3). E muitos pais com certeza não aprovariam que seus filhos fossem
tatuados. Como provavelmente não lhes serão apresentadas justificativas
baseadas no exercício da vontade e glorificação do nome de Deus, há que se
cuidar da obediência, sob pena de confronto direto com algo ordenado pela
Palavra de Deus. Mas no caso de pais permissivos, ainda há que se considerar
os outros aspectos.
Em relação aos pastores, a Bíblia diz, em Hb 13:17: Obedecei a vossos guias
(pastores), sendo-lhes submissos; porque velam por vossas almas como quem
há de prestar contas delas; para que o façam com alegria e não gemendo,
porque isso não vos seria útil.
Leve-se ainda em consideração que parte significativa dos líderes espirituais
que nos rodeiam estarão dando orientações contrárias à diversas práticas,
inclusive quanto a que um servo de Deus se tatue ou se deixe tatuar. E
igualmente ao dito acerca dos pais, quando alguém tem líderes permissivos,
em contrário ao texto bíblico, a escolha saudável é ficar com a Palavra de
Deus. Caso contrário será cultivada a própria morte, através daquilo que Paulo
adverte em 2 Tm 4.3,4.
Muitas coisas não são textualmente proibidas pela Bíblia, mas são proibidas
pela igreja, tendo em vista o bem de todos. Um exemplo é a bebida alcoólica. E
neste caso vale a obediência.
Paulo precisou lançar mão de princípios neste sentido, para dizer de nossa
responsabilidade com os outros, quando ensinou: Porque nenhum de nós vive
para si, e nenhum morre para si (Rm 14.7). E continua ensinando que se pela
tua comida se entristece teu irmão, já não andas segundo o amor. Não faças
perecer por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. (Rm 14.15).
Portanto, considerando a origem da prática de se tatuar, e quem são seus
maiores praticantes, estamos falando de algo que, em nosso contexto, ainda
escandaliza e choca a muitos.
Outro aspecto essencial é que a Bíblia é enfática ao nos falar da distância
necessária das coisas “que há no mundo”. E a tatuagem sempre fez parte
destas coisas “que há no mundo”. Portanto é preciso ouvir o Apóstolo João
quando recomenda: Não ameis o mundo nem o que nele existe. Se alguém
ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo: as
paixões da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens não provém do
Pai, mas do mundo (1Jo 2.15,16). E Tiago alerta: Infiéis, não sabeis que a
amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser
amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus (Tg 4;4).
A Bíblia traz sim uma referência específica quanto a tatuagem, em Levítico
19.28: Não fareis cortes no corpo como sinal de lamento pela morte de alguém,
também não fareis nenhuma tatuagem. Eu Sou Yahweh (KJA). Outra versão
diz: Não fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso corpo
imprimireis qualquer marca. Eu sou o Senhor (JFA).
A salvo se pretendamos ignorar os textos bíblicos que não atendem a nossos
interesses, este é suficientemente claro para nos proibir de marcar nosso
corpo. Assim, estando em nós, devemos evitar.
É possível que no interesse de defender a prática do tatuar alguém argumente
que no texto de Levítico o contexto trate de situação específica, envolvendo
adivinhação, feitiçaria e homenagem a mortos, coisas que o povo de Deus
jamais deveria se envolver. E isto é certo, mas pergunto: e quais são os
motivos que levam os que não servem a Deus a se tatuar? Não seriam eles
exatamente praticantes da idolatria, desde a egolatria, idolatria si mesmos,
passando por idolatria a suas músicas e cantores, suas práticas pecaminosas e
criminosas (muito comum nos presídios e gangues), seus amores (nomes de
amantes, filhos, etc) e seus outros ídolos? Que diferença há?
Observe que se considerarmos que a Bíblia afirma que a rebelião é como o
pecado de feitiçaria (1 Sm 15.23), não há diferença entre os praticantes de
feitiçaria dos dias em que a ordem de Deus foi registrada e os dias de hoje,
onde a prática da tatuagem é exatamente uma marca revolucionária, de auto
libertação de qualquer tipo de “bom governo”, seja dos pais, da igreja e dos que
são alcunhados como “moralistas”.
E por mais que os contenciosos possam buscar aplicações culturais para a
questão, estamos falando de marcas e condições presentes em variadas
culturas, por motivos igualmente comuns.
Precisamos tem em mente que nosso Deus não muda (Ml 3.6), não havendo
nele nem sombra de variação (Tg 1.17) e sua Palavra permanece para sempre
(1 Pe 1.25). Tal condição deve nos impor suficiente temor, especialmente
porque a verdadeira obediência consiste em fazer o que somos ordenados a
fazer (obediência ativa) e não fazer o que não somos ordenados a fazer
(obediência passiva).
E para aqueles que buscam referência no Novo Testamento, é importante que
entendam que é um erro menosprezar o Antigo Testamento, vez que é a ele
que os próprios Apóstolos se referem quando falam das Escrituras. A Bíblia
então usada por Jesus Cristo e pelos Apóstolos era o Antigo Testamento. O
Novo Testamento, que se completou no final do primeiro século, só foi
reconhecido como um conjunto inspirado a partir do segundo século da era
cristã. Além dos registros biográficos, históricos e proféticos que traz, é,
essencialmente, uma aplicação, um esclarecimento, nas questões que foram
levantadas nos dias da igreja primitiva.
Por isto é essencial que se compreenda que a Bíblia toda é a Palavra de Deus.
Quando o Apostolo Paulo recomendou a Timóteo que toda a Escritura é
inspirada por Deus e proveitosa para ministrar a verdade, para repreender o
mal, para corrigir os erros e para ensinar a maneira certa de viver; a fim de que
todo homem de Deus tenha capacidade e pleno preparo para realizar todas as
boas ações (2Tm 3.16 e 17), ele tinha em mente o Antigo Testamento, que era
a Escritura que ele conhecia. Assim o doutrinador do Novo Testamento estava
validando ou dando eficácia para as Escrituras de seu tempo, que era o Antigo
Testamento. Nós não temos autorização para desconsiderar algo que o próprio
Novo Testamento valida.
É importante que ouçamos o próprio doutrinador do Novo Testamento, falando
do Antigo Testamento, Bíblia de seu tempo: Porquanto tudo o que foi escrito no
passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança
e do bom ânimo provenientes das Escrituras, mantenhamos firme a nossa
esperança (Rm 15.4).
São muitos os ensinos neste sentido. Não podemos correr o risco de mal
compreender os desígnios de Deus, desvalorizando a Bíblia de Cristo e dos
Apóstolos. Destes, Pedro criticou os que distorciam as Escrituras de seu
tempo, o Antigo Testamento, quando recomendava os ensinos de Paulo: Ele
escreve do mesmo modo em todas as suas epístolas, discorrendo nelas sobre
esses assuntos, nas quais existem trechos difíceis de entender, os quais são
distorcidos pelos ignorantes e insensatos, como fazem também com as demais
Escrituras para a própria destruição deles (2Pe 3.16). Não façamos parte deste
grupo.
Também é importante que estejamos atentos à absoluta importância das
motivações e sua correta vinculação com a própria vontade de Deus e sua
glorificação. Por que se deixar tatuar? É por incentivo de quem? É para me
parecer com quem? É por que os demais em torno de nós são tatuados? Em
que isto tem a ver com o exercício da fé cristã? Vai edificar quem?
Alguém pode responder que é para dar testemunho de Deus em sua vida?
Mesmo que esta seja a razão, há muitas formas de dar este testemunho.
Todas já estão sendo praticadas à exaustão?
Outro pode dizer: Quero tatuar o nome “Jesus” em meu corpo, para que todos
saibam de meu compromisso com Ele. Ora, mas não é esta a identidade que a
Palavra ensina, mas sim o amor, a fidelidade, a submissão, as boas obras, os
frutos, e coisas assim. E quando Paulo fala que trazia em seu corpo as marcas
de Cristo (Gl 6.17) dizia de suas feridas, suas cicatrizes deixadas por um
tratamento cruel sofrido em função de sua fidelidade a Deus.
Em maior instância precisamos estar atentos ao engano em nossos corações
(Jr 17.9), para vasculhar qual nossa real motivação. E testar seu verdadeiro
propósito, sua verdadeira razão. E não basta que alguém diga “mas eu creio”.
Uma fé que não esteja alicerçada nas Escrituras, é uma fé errada e não levará
a um final feliz. Nossos pensamentos e crenças, sem fundamentação bíblica,
não servem como justificativas diante de Deus.
Além de considerados todos os pontos acima, precisamos estar atentos a duas
práticas essenciais ao cristão. A prática ensinada em 1 Co 10.31, em sua regra
de que seja comendo, seja bebendo, seja fazendo qualquer outra coisa, fazei
tudo para a glória de Deus, onde o propósito é essencial em nossas ações e
decisões.
A outra é a recomendação de Paulo, que afirma que os que vivem segundo a
carne têm a mente voltada para as vontades da natureza carnal, entretanto, os
que vivem de acordo com o Espírito, têm a mente orientada para satisfazer o
que o Espírito deseja. A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do
Espírito é vida e paz. Porque a mentalidade da carne é inimiga de Deus, pois
não se submete à Lei de Deus, nem consegue fazê-lo. Os que vivem na carne
não podem agradar a Deus. E acrescenta: Porque, se viverdes de acordo com
a carne, certamente morrereis; no entanto, se pelo Espírito fizerdes morrer os
atos do corpo, vivereis. Porquanto, todos os que são guiados pelo Espírito de
Deus são filhos de Deus. (Rm 8.5-8, 13-14).
Com certeza muitos outros pontos poderiam ser abordados, tais como nosso
corpo ser templo do Espírito Santo (1 Co 6.19) e os danos que a tatuagem traz
a este templo, inclusive estético; o propósito implícito de chamar a atenção
para o corpo, algo que foge à modéstia recomendada pela Bíblia; o necessário
cuidado com a correta aplicação dos recursos financeiros que Deus nos dá;
nossa própria luta de consciência, que por si é um forte apelo ao cuidado e
abstenção; as manifestações de rebeldia implícitas; a inconveniência, apesar
da licitude (1 Co 6.12); e outros mais. Mas seria exaustivo.
Amados, nos fomos tirados do mundo para a salvação. Não sigamos o mal
exemplo daqueles que, libertos do mundo, não quiseram obedecer a Deus,
antes o rejeitaram, e em seus corações voltaram ao Egito (At 7.39). Pelo
contrário, ouçamos mais uma vez o Apóstolo Paulo, quando pela inspiração do
Espírito Santo nos diz: Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que
apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis (coloqueis na forma)
a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus (Rm
12.1,2).
No Senhor,
Bp. Samuel Alves
Nov/2016

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Sobre tatuagens

  • 1. Sobre as tatuagens. Pois bem! E sobre as tatuagens? O tema não é simples, mas exige uma reflexão acurada e ampla. Vamos a ele. Entendendo que para os cristãos, que já abandonaram sua antiga vida (2 Co 5.17), negando-se a si mesmos (Mt 16.24; Mc 8.34; Lc 9.23), e que agora vivem exclusivamente para glorificar a Deus (1 Co 10.31), tanto não é relevante nossos interesses atinentes ao corpo terreno, quanto a obediência à Palavra de Deus é essencial. E nesta Palavra há a ordem de obedecermos, inclusive aos nossos pais e pastores. Em relação aos pais a Bíblia é contundente, orientando que haja a obediência (Ef 6.1-3). E muitos pais com certeza não aprovariam que seus filhos fossem tatuados. Como provavelmente não lhes serão apresentadas justificativas baseadas no exercício da vontade e glorificação do nome de Deus, há que se cuidar da obediência, sob pena de confronto direto com algo ordenado pela Palavra de Deus. Mas no caso de pais permissivos, ainda há que se considerar os outros aspectos. Em relação aos pastores, a Bíblia diz, em Hb 13:17: Obedecei a vossos guias (pastores), sendo-lhes submissos; porque velam por vossas almas como quem há de prestar contas delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. Leve-se ainda em consideração que parte significativa dos líderes espirituais que nos rodeiam estarão dando orientações contrárias à diversas práticas, inclusive quanto a que um servo de Deus se tatue ou se deixe tatuar. E igualmente ao dito acerca dos pais, quando alguém tem líderes permissivos, em contrário ao texto bíblico, a escolha saudável é ficar com a Palavra de Deus. Caso contrário será cultivada a própria morte, através daquilo que Paulo adverte em 2 Tm 4.3,4. Muitas coisas não são textualmente proibidas pela Bíblia, mas são proibidas pela igreja, tendo em vista o bem de todos. Um exemplo é a bebida alcoólica. E neste caso vale a obediência. Paulo precisou lançar mão de princípios neste sentido, para dizer de nossa responsabilidade com os outros, quando ensinou: Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si (Rm 14.7). E continua ensinando que se pela tua comida se entristece teu irmão, já não andas segundo o amor. Não faças perecer por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. (Rm 14.15). Portanto, considerando a origem da prática de se tatuar, e quem são seus maiores praticantes, estamos falando de algo que, em nosso contexto, ainda escandaliza e choca a muitos. Outro aspecto essencial é que a Bíblia é enfática ao nos falar da distância necessária das coisas “que há no mundo”. E a tatuagem sempre fez parte destas coisas “que há no mundo”. Portanto é preciso ouvir o Apóstolo João quando recomenda: Não ameis o mundo nem o que nele existe. Se alguém
  • 2. ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo: as paixões da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens não provém do Pai, mas do mundo (1Jo 2.15,16). E Tiago alerta: Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus (Tg 4;4). A Bíblia traz sim uma referência específica quanto a tatuagem, em Levítico 19.28: Não fareis cortes no corpo como sinal de lamento pela morte de alguém, também não fareis nenhuma tatuagem. Eu Sou Yahweh (KJA). Outra versão diz: Não fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso corpo imprimireis qualquer marca. Eu sou o Senhor (JFA). A salvo se pretendamos ignorar os textos bíblicos que não atendem a nossos interesses, este é suficientemente claro para nos proibir de marcar nosso corpo. Assim, estando em nós, devemos evitar. É possível que no interesse de defender a prática do tatuar alguém argumente que no texto de Levítico o contexto trate de situação específica, envolvendo adivinhação, feitiçaria e homenagem a mortos, coisas que o povo de Deus jamais deveria se envolver. E isto é certo, mas pergunto: e quais são os motivos que levam os que não servem a Deus a se tatuar? Não seriam eles exatamente praticantes da idolatria, desde a egolatria, idolatria si mesmos, passando por idolatria a suas músicas e cantores, suas práticas pecaminosas e criminosas (muito comum nos presídios e gangues), seus amores (nomes de amantes, filhos, etc) e seus outros ídolos? Que diferença há? Observe que se considerarmos que a Bíblia afirma que a rebelião é como o pecado de feitiçaria (1 Sm 15.23), não há diferença entre os praticantes de feitiçaria dos dias em que a ordem de Deus foi registrada e os dias de hoje, onde a prática da tatuagem é exatamente uma marca revolucionária, de auto libertação de qualquer tipo de “bom governo”, seja dos pais, da igreja e dos que são alcunhados como “moralistas”. E por mais que os contenciosos possam buscar aplicações culturais para a questão, estamos falando de marcas e condições presentes em variadas culturas, por motivos igualmente comuns. Precisamos tem em mente que nosso Deus não muda (Ml 3.6), não havendo nele nem sombra de variação (Tg 1.17) e sua Palavra permanece para sempre (1 Pe 1.25). Tal condição deve nos impor suficiente temor, especialmente porque a verdadeira obediência consiste em fazer o que somos ordenados a fazer (obediência ativa) e não fazer o que não somos ordenados a fazer (obediência passiva). E para aqueles que buscam referência no Novo Testamento, é importante que entendam que é um erro menosprezar o Antigo Testamento, vez que é a ele que os próprios Apóstolos se referem quando falam das Escrituras. A Bíblia então usada por Jesus Cristo e pelos Apóstolos era o Antigo Testamento. O Novo Testamento, que se completou no final do primeiro século, só foi reconhecido como um conjunto inspirado a partir do segundo século da era
  • 3. cristã. Além dos registros biográficos, históricos e proféticos que traz, é, essencialmente, uma aplicação, um esclarecimento, nas questões que foram levantadas nos dias da igreja primitiva. Por isto é essencial que se compreenda que a Bíblia toda é a Palavra de Deus. Quando o Apostolo Paulo recomendou a Timóteo que toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ministrar a verdade, para repreender o mal, para corrigir os erros e para ensinar a maneira certa de viver; a fim de que todo homem de Deus tenha capacidade e pleno preparo para realizar todas as boas ações (2Tm 3.16 e 17), ele tinha em mente o Antigo Testamento, que era a Escritura que ele conhecia. Assim o doutrinador do Novo Testamento estava validando ou dando eficácia para as Escrituras de seu tempo, que era o Antigo Testamento. Nós não temos autorização para desconsiderar algo que o próprio Novo Testamento valida. É importante que ouçamos o próprio doutrinador do Novo Testamento, falando do Antigo Testamento, Bíblia de seu tempo: Porquanto tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo provenientes das Escrituras, mantenhamos firme a nossa esperança (Rm 15.4). São muitos os ensinos neste sentido. Não podemos correr o risco de mal compreender os desígnios de Deus, desvalorizando a Bíblia de Cristo e dos Apóstolos. Destes, Pedro criticou os que distorciam as Escrituras de seu tempo, o Antigo Testamento, quando recomendava os ensinos de Paulo: Ele escreve do mesmo modo em todas as suas epístolas, discorrendo nelas sobre esses assuntos, nas quais existem trechos difíceis de entender, os quais são distorcidos pelos ignorantes e insensatos, como fazem também com as demais Escrituras para a própria destruição deles (2Pe 3.16). Não façamos parte deste grupo. Também é importante que estejamos atentos à absoluta importância das motivações e sua correta vinculação com a própria vontade de Deus e sua glorificação. Por que se deixar tatuar? É por incentivo de quem? É para me parecer com quem? É por que os demais em torno de nós são tatuados? Em que isto tem a ver com o exercício da fé cristã? Vai edificar quem? Alguém pode responder que é para dar testemunho de Deus em sua vida? Mesmo que esta seja a razão, há muitas formas de dar este testemunho. Todas já estão sendo praticadas à exaustão? Outro pode dizer: Quero tatuar o nome “Jesus” em meu corpo, para que todos saibam de meu compromisso com Ele. Ora, mas não é esta a identidade que a Palavra ensina, mas sim o amor, a fidelidade, a submissão, as boas obras, os frutos, e coisas assim. E quando Paulo fala que trazia em seu corpo as marcas de Cristo (Gl 6.17) dizia de suas feridas, suas cicatrizes deixadas por um tratamento cruel sofrido em função de sua fidelidade a Deus. Em maior instância precisamos estar atentos ao engano em nossos corações (Jr 17.9), para vasculhar qual nossa real motivação. E testar seu verdadeiro
  • 4. propósito, sua verdadeira razão. E não basta que alguém diga “mas eu creio”. Uma fé que não esteja alicerçada nas Escrituras, é uma fé errada e não levará a um final feliz. Nossos pensamentos e crenças, sem fundamentação bíblica, não servem como justificativas diante de Deus. Além de considerados todos os pontos acima, precisamos estar atentos a duas práticas essenciais ao cristão. A prática ensinada em 1 Co 10.31, em sua regra de que seja comendo, seja bebendo, seja fazendo qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus, onde o propósito é essencial em nossas ações e decisões. A outra é a recomendação de Paulo, que afirma que os que vivem segundo a carne têm a mente voltada para as vontades da natureza carnal, entretanto, os que vivem de acordo com o Espírito, têm a mente orientada para satisfazer o que o Espírito deseja. A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz. Porque a mentalidade da carne é inimiga de Deus, pois não se submete à Lei de Deus, nem consegue fazê-lo. Os que vivem na carne não podem agradar a Deus. E acrescenta: Porque, se viverdes de acordo com a carne, certamente morrereis; no entanto, se pelo Espírito fizerdes morrer os atos do corpo, vivereis. Porquanto, todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. (Rm 8.5-8, 13-14). Com certeza muitos outros pontos poderiam ser abordados, tais como nosso corpo ser templo do Espírito Santo (1 Co 6.19) e os danos que a tatuagem traz a este templo, inclusive estético; o propósito implícito de chamar a atenção para o corpo, algo que foge à modéstia recomendada pela Bíblia; o necessário cuidado com a correta aplicação dos recursos financeiros que Deus nos dá; nossa própria luta de consciência, que por si é um forte apelo ao cuidado e abstenção; as manifestações de rebeldia implícitas; a inconveniência, apesar da licitude (1 Co 6.12); e outros mais. Mas seria exaustivo. Amados, nos fomos tirados do mundo para a salvação. Não sigamos o mal exemplo daqueles que, libertos do mundo, não quiseram obedecer a Deus, antes o rejeitaram, e em seus corações voltaram ao Egito (At 7.39). Pelo contrário, ouçamos mais uma vez o Apóstolo Paulo, quando pela inspiração do Espírito Santo nos diz: Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis (coloqueis na forma) a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus (Rm 12.1,2). No Senhor, Bp. Samuel Alves Nov/2016