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5. GÊNESE:
ASPECTOS GERAIS
Solos variam de um lugar para o outro e
são muitas as suas características;
É difícil manejar todos os solos, sendo
necessário recorrer à classificação;
É necessário conhecer a gênese para
compreender o solo, sua paisagem,
propriedades e classificação.
INTRODUÇÃO
Suas propriedades como cor, textura,
estrutura entre outros, são dependentes
dos fatores de formação.
O solo é de forma tridimensional e sua
forma externa vem a ser sua topografia;
O relevo faz parte do solo e não deve ser
incluído nos fatores de sua formação.
Fatores de formação do solo
o Clima: É o fator mais importante e engloba as
mudanças de temperatura, precipitação e umidade;
o Biosfera (organismos): Podem destruir o solo
mecanicamente abrindo poros, e quimicamente
criando ácidos;
o Material de origem: É a rocha matriz ou material
sedimentar que origina o material do solo.
o Tempo: O fator mais abstrato, porém não menos
importante.
 O clima e os organismos atuam sobre o
material de origem, que com o passar do
tempo transformam esse substrato em
solo.
Na formação dos solos ocorrem reações
físicas, químicas e biológicas que
determinam os diferentes horizontes.
PROCESSOS
PODZOLIZAÇÃO
Essa classe de processos pedogenéticos
consiste essencialmente na translocação
de material dos horizontes (A ou E),
acumula-se no horizonte B. Pode ocorrer
tanto em condições hidromórficas,
quanto em condições de drenagem livre.
LATOLIZAÇÃO
 Essa classe de processos consiste
basicamente na remoção acentuada de
sílica e bases do perfil, após
transformação (intemperismo) dos
constituintes. Praticamente, não há
translocação de material para o
horizonte B. Como no caso da
pedzolização.
CALCIFICAÇÃO
Concentração de carbonato de cálcio;
Precipitação menor que a evaporação;
Acúmulo de matéria orgânica e húmus;
Praticamente não existe lixiviação;
Apenas translocações de bases como
carbonato de cálcio e magnésio e sulfato
de cálcio.
Existe formação de horizonte A espesso;
Esse é o horizonte A chernozêmico;
É um dos solos mais ricos do Brasil e
ocorre em maior escala na Bahia.
São solos férteis com muitos minerais e
nutrientes;
Tem como principais limitações a
deficiência de agua e má distribuição de
chuvas;
Tendem a ocorrer em regiões menos
chuvosas, como no Polígono das Secas.
POLIGONO DAS SECAS
HIDROMORFISMO
Encharcamento do solo;
Condiciona uma decomposição mais
lenta da matéria orgânica, levando ao seu
acúmulo. Que transforma Fe e Mn em
formas reduzidas facilitando sua migração
ou a toxidez para as plantas;
Solos esverdeados, acinzentados ou
azulados;
Encontra-se nas depressões;
Quando drenados podem apresentar
deficiência de Fe e Mn, que são levados
para fora do alcance das raízes.
Processo específico de formação dos
solos rasos;
Estão em depressões onde possa ocorrer
excesso de sais e de água,
temporariamente;
HALOMORFISMO
 Os sais são trazidos das elevações
circunvizinhas pela enxurrada ou pelo
lençol freático.
 Muitas vezes o local é rico em sais
devido à depósitos marinhos.
SOLONETZ: solo formado quando o
excesso de sais é retirado, ficando muitos
íons de sódio.
SOLODI: os íons de sódio são removidos
e substituído por íons de hidrogênio.
SOLONETZ-SOLODIZADO: fase
intermediária quando a remoção de
sódio ocorre mais completamente no
horizonte A do que no B.
HORIZONTES
DIAGNÓSTICOS
Na década de 50, os conhecimentos sobre
os solos Brasileiros eram bastantes
incipientes. Hoje, os dados sobre os
mesmos aumentaram consideravelmente,
e com eles, os critérios para sua
classificação. Em razão principalmente,
dos trabalhos orientados e conduzidos
pelos órgãos do Ministério da Agricultura,
que deram origem ao Serviço Nacional de
Levantamento e Conservação de
Solos(atual CNPS) da EMBRAPA.
Na classificação de solos, as relações
genéticas são estabelecidas pela
conceituação de horizontes diagnósticos.
o Horizonte diagnóstico: corresponde a uma seção do
solo que apresenta determinados atributos
selecionados.
o Possui valores determinados através de análises
químicas e físicas;
o Superficiais e subsuperficiais.
• Possui alta saturação por
bases;
• Macio quando seco;
• Presente em muitos solos e
em regiões
não muito secas;
• Baixa saturação por bases,
inferior a 65%;
• Presentes em muitos
Latossolos de alta
chapadas ou nos sopés das
elevações;
A Chernozêmico
• Expressivo aumento de
argila em relação aos
horizontes (A )ou (E).
• Originado principalmente
pela translocação de argila
do horizonte (A) para o (B).
• Estrutura granular, com
aspecto de maciça
porosa(esponjosa);
• Originado pela remoção de
sílica, de bases e retenção de
óxidos.
BTextural
B
Latossólico
Os solos são formados pela atuação de
forças bioclimáticas (ação dos organismos
e clima) em um determinado tempo.
Porém da mesma forma que a intensidade
das atividades climáticas, os outros fatores
de formação como material de origem e o
tempo podem mudar o grau de
intemperismo e a idade relativa do solo.
SEQUÊNCIAS GERAIS
Sequência cronológica: É a classificação
dos solos de acordo com sua idade, ou
seja, o tempo.
o Solos mais novos: sofreram menos
intemperismo
o Solos mais velhos: sofreram mais
intemperismo
Sequência litológica: É a classificação das
rochas de acordo com sua composição
química
6. SOLO E PAISAGEM
A paisagem é a imagem combinada dos
fatores de formação do solo, tais como
os organismos, o material de origem, o
clima ao longo do tempo e o relevo.
Por exemplo, podemos citar as áreas do
Triângulo Mineiro, onde há uma
transição marcante entre a paisagem ao
longo dos rios principais.
INTRODUÇÃO
Solo e paisagem na região central no
Triângulo Mineiro.
Solo e paisagem na região centro-oeste
do Estado de São Paulo do Brasil
Solo e paisagem na região nordeste do
Brasil.
O relevo está intimamente ligado ao
fator tempo na gênese dos solos.
Papel crítico como controlador do tempo
de exposição aos agentes bioclimáticos.
(Latitude, Altitude, Massas de ar,
Continentalidade e Maritimidade,
Correntes Marítimas)
RELEVO
Além dos aspectos gerais de relação,
pode-se ainda observar que, quando em
topografia acidentada, os Latossolos são
em elevações com superfície suave
Enquanto os solos com B textural estão
em elevações com superfície irregular.
VEGETAÇÃO E CLIMA
ASPECTOS
SOCIOECONÔMICOS
Existe no Brasil uma estreita relação
entre os aspectos socioeconômicos e o
solo.
As áreas de maior progresso estão
localizados em solos com maior
disponibilidade de nutrientes.
A exemplo supõe- se que o progresso de São-
Paulo se deve pela fertilidade de seus solos,
principalmente os Podzólicos Vermelho-
Amarelo-Eutróficos, Argissolos Vermelho-
Amarelo, Latossolo Roxo, Latossolo Vermelho
Férrico e Nitossolo Vermelho Férrico.
Numa agricultura sem uso de adubação
e com cultivos manuais, a fertilidade
natural do solo é extremamente
importante.
Já em agriculturas de adubação e
operações mecanizadas, as propriedades
físicas assumem papel mais crítico.
Com a evolução agrícola, de novas
técnicas, maquinas modernas e com fins
de exportação, os Latossolos,
dificilmente adaptados à agricultura
familiar, vem se transformando em solos
preferidos para agricultura empresarial.
Grande parte das áreas tropicais, em
particular no território brasileiro, estão
embasadas nesse tipo de solo.
Para concluir podemos dizer que há uma
desarmonia entre a agricultura atual
praticada e a aquela mais adequada aos
nossos solos. Sendo esse desencontro tão
grande que solos de grande potencial
estão praticamente abandonados ou
usados apenas para agricultura de
subsistência numa área muito vasta.
RESENDE.Mauro,CURI.Nilton,REZENDE.Sérvulo.Batista,CORRÊA.Gilberto.Fernandez- PEDOLOG
HUMBERTO.G.et al. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília, DF. 2a ed, 2006.Disponív
FLG 1254 – Pedologia. Horizontes diagnósticos e Classificação Brasileira de Solos. Disponível em: h
http://www.dnocs.gov.br/var/images/galeria/_piscicultura/pentecoste/PoligonoSecas.jpg
http://www.pedologiafacil.com.br/solopaisagem.php
Decifrando a Terra / Wilson Teixeira... [et. Al]. – 2.ed – São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009
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Solos, formação e classificação

  • 2. Solos variam de um lugar para o outro e são muitas as suas características; É difícil manejar todos os solos, sendo necessário recorrer à classificação; É necessário conhecer a gênese para compreender o solo, sua paisagem, propriedades e classificação. INTRODUÇÃO
  • 3. Suas propriedades como cor, textura, estrutura entre outros, são dependentes dos fatores de formação. O solo é de forma tridimensional e sua forma externa vem a ser sua topografia; O relevo faz parte do solo e não deve ser incluído nos fatores de sua formação.
  • 4. Fatores de formação do solo o Clima: É o fator mais importante e engloba as mudanças de temperatura, precipitação e umidade; o Biosfera (organismos): Podem destruir o solo mecanicamente abrindo poros, e quimicamente criando ácidos; o Material de origem: É a rocha matriz ou material sedimentar que origina o material do solo. o Tempo: O fator mais abstrato, porém não menos importante.
  • 5.  O clima e os organismos atuam sobre o material de origem, que com o passar do tempo transformam esse substrato em solo.
  • 6. Na formação dos solos ocorrem reações físicas, químicas e biológicas que determinam os diferentes horizontes. PROCESSOS
  • 7.
  • 8.
  • 9. PODZOLIZAÇÃO Essa classe de processos pedogenéticos consiste essencialmente na translocação de material dos horizontes (A ou E), acumula-se no horizonte B. Pode ocorrer tanto em condições hidromórficas, quanto em condições de drenagem livre.
  • 10.
  • 11.
  • 12. LATOLIZAÇÃO  Essa classe de processos consiste basicamente na remoção acentuada de sílica e bases do perfil, após transformação (intemperismo) dos constituintes. Praticamente, não há translocação de material para o horizonte B. Como no caso da pedzolização.
  • 13.
  • 14.
  • 15. CALCIFICAÇÃO Concentração de carbonato de cálcio; Precipitação menor que a evaporação; Acúmulo de matéria orgânica e húmus; Praticamente não existe lixiviação; Apenas translocações de bases como carbonato de cálcio e magnésio e sulfato de cálcio.
  • 16. Existe formação de horizonte A espesso; Esse é o horizonte A chernozêmico; É um dos solos mais ricos do Brasil e ocorre em maior escala na Bahia.
  • 17. São solos férteis com muitos minerais e nutrientes; Tem como principais limitações a deficiência de agua e má distribuição de chuvas; Tendem a ocorrer em regiões menos chuvosas, como no Polígono das Secas.
  • 19. HIDROMORFISMO Encharcamento do solo; Condiciona uma decomposição mais lenta da matéria orgânica, levando ao seu acúmulo. Que transforma Fe e Mn em formas reduzidas facilitando sua migração ou a toxidez para as plantas;
  • 20. Solos esverdeados, acinzentados ou azulados; Encontra-se nas depressões; Quando drenados podem apresentar deficiência de Fe e Mn, que são levados para fora do alcance das raízes.
  • 21. Processo específico de formação dos solos rasos; Estão em depressões onde possa ocorrer excesso de sais e de água, temporariamente; HALOMORFISMO
  • 22.  Os sais são trazidos das elevações circunvizinhas pela enxurrada ou pelo lençol freático.  Muitas vezes o local é rico em sais devido à depósitos marinhos.
  • 23. SOLONETZ: solo formado quando o excesso de sais é retirado, ficando muitos íons de sódio. SOLODI: os íons de sódio são removidos e substituído por íons de hidrogênio. SOLONETZ-SOLODIZADO: fase intermediária quando a remoção de sódio ocorre mais completamente no horizonte A do que no B.
  • 24.
  • 26. Na década de 50, os conhecimentos sobre os solos Brasileiros eram bastantes incipientes. Hoje, os dados sobre os mesmos aumentaram consideravelmente, e com eles, os critérios para sua classificação. Em razão principalmente, dos trabalhos orientados e conduzidos pelos órgãos do Ministério da Agricultura, que deram origem ao Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos(atual CNPS) da EMBRAPA.
  • 27. Na classificação de solos, as relações genéticas são estabelecidas pela conceituação de horizontes diagnósticos. o Horizonte diagnóstico: corresponde a uma seção do solo que apresenta determinados atributos selecionados. o Possui valores determinados através de análises químicas e físicas; o Superficiais e subsuperficiais.
  • 28. • Possui alta saturação por bases; • Macio quando seco; • Presente em muitos solos e em regiões não muito secas; • Baixa saturação por bases, inferior a 65%; • Presentes em muitos Latossolos de alta chapadas ou nos sopés das elevações; A Chernozêmico
  • 29. • Expressivo aumento de argila em relação aos horizontes (A )ou (E). • Originado principalmente pela translocação de argila do horizonte (A) para o (B). • Estrutura granular, com aspecto de maciça porosa(esponjosa); • Originado pela remoção de sílica, de bases e retenção de óxidos. BTextural B Latossólico
  • 30. Os solos são formados pela atuação de forças bioclimáticas (ação dos organismos e clima) em um determinado tempo. Porém da mesma forma que a intensidade das atividades climáticas, os outros fatores de formação como material de origem e o tempo podem mudar o grau de intemperismo e a idade relativa do solo. SEQUÊNCIAS GERAIS
  • 31. Sequência cronológica: É a classificação dos solos de acordo com sua idade, ou seja, o tempo. o Solos mais novos: sofreram menos intemperismo o Solos mais velhos: sofreram mais intemperismo
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35. Sequência litológica: É a classificação das rochas de acordo com sua composição química
  • 36. 6. SOLO E PAISAGEM
  • 37. A paisagem é a imagem combinada dos fatores de formação do solo, tais como os organismos, o material de origem, o clima ao longo do tempo e o relevo. Por exemplo, podemos citar as áreas do Triângulo Mineiro, onde há uma transição marcante entre a paisagem ao longo dos rios principais. INTRODUÇÃO
  • 38. Solo e paisagem na região central no Triângulo Mineiro.
  • 39. Solo e paisagem na região centro-oeste do Estado de São Paulo do Brasil
  • 40. Solo e paisagem na região nordeste do Brasil.
  • 41. O relevo está intimamente ligado ao fator tempo na gênese dos solos. Papel crítico como controlador do tempo de exposição aos agentes bioclimáticos. (Latitude, Altitude, Massas de ar, Continentalidade e Maritimidade, Correntes Marítimas) RELEVO
  • 42. Além dos aspectos gerais de relação, pode-se ainda observar que, quando em topografia acidentada, os Latossolos são em elevações com superfície suave Enquanto os solos com B textural estão em elevações com superfície irregular.
  • 43.
  • 45. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Existe no Brasil uma estreita relação entre os aspectos socioeconômicos e o solo. As áreas de maior progresso estão localizados em solos com maior disponibilidade de nutrientes.
  • 46. A exemplo supõe- se que o progresso de São- Paulo se deve pela fertilidade de seus solos, principalmente os Podzólicos Vermelho- Amarelo-Eutróficos, Argissolos Vermelho- Amarelo, Latossolo Roxo, Latossolo Vermelho Férrico e Nitossolo Vermelho Férrico.
  • 47. Numa agricultura sem uso de adubação e com cultivos manuais, a fertilidade natural do solo é extremamente importante. Já em agriculturas de adubação e operações mecanizadas, as propriedades físicas assumem papel mais crítico.
  • 48. Com a evolução agrícola, de novas técnicas, maquinas modernas e com fins de exportação, os Latossolos, dificilmente adaptados à agricultura familiar, vem se transformando em solos preferidos para agricultura empresarial. Grande parte das áreas tropicais, em particular no território brasileiro, estão embasadas nesse tipo de solo.
  • 49. Para concluir podemos dizer que há uma desarmonia entre a agricultura atual praticada e a aquela mais adequada aos nossos solos. Sendo esse desencontro tão grande que solos de grande potencial estão praticamente abandonados ou usados apenas para agricultura de subsistência numa área muito vasta.
  • 50. RESENDE.Mauro,CURI.Nilton,REZENDE.Sérvulo.Batista,CORRÊA.Gilberto.Fernandez- PEDOLOG HUMBERTO.G.et al. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília, DF. 2a ed, 2006.Disponív FLG 1254 – Pedologia. Horizontes diagnósticos e Classificação Brasileira de Solos. Disponível em: h http://www.dnocs.gov.br/var/images/galeria/_piscicultura/pentecoste/PoligonoSecas.jpg http://www.pedologiafacil.com.br/solopaisagem.php Decifrando a Terra / Wilson Teixeira... [et. Al]. – 2.ed – São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009 REFERÊNCIAS