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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 23 - Número 1 - 1º Semestre 2023
ROEDORES PEQUENOS DO ABISMO PONTA DE FLECHA (QUATERNÁRIO), VALE
DO RIBEIRA DE IGUAPE, SUDESTE DO BRASIL
Artur Chahud*
RESUMO
O Vale do Ribeira de Iguape, sul do estado de São Paulo, possui diversas cavernas com restos de
animais viventes e extintos. O Abismo Ponta de Flecha, uma caverna vertical dessa região, possui
abundante quantidade de material osteológico de diversos clados. Estudos tafonômicos com
vertebrados e a identificação de grandes roedores (capivaras e pacas) já são conhecidos, porém a
taxonomia de pequenos roedores nunca foi apresentada adequadamente. O presente trabalho
identifica os pequenos roedores representados por nove dentários desarticulados. A maior espécie
pertence à família Echimyidae, representado por dois dentários da espécie Trinomys iheringi, e de
sete exemplares de Cricetidae (Sigmodontinae), cinco dentários atribuídos a tribo Oryzomyini, um
representado pela espécie Euryoryzomys russatus, e dois espécimes indeterminados. Não foram
observadas espécies extintas ou de outros biomas, podendo considerar que todos os espécimes são
recentes e pertencentes à fauna da Mata Atlântica.
Palavras-chave: Cricetidae, Rodentia, Echimidae, Sigmodontinae, Cavernas.
SMALL RODENTS FROM THE ABISMO PONTA DE FLECHA CAVE (QUATERNARY),
RIBEIRA DE IGUAPE VALLEY, SOUTHEAST BRAZIL
ABSTRACT
The Ribeira de Iguape Valley, south of the state of São Paulo, has several caves with remains of
living and extinct animals. The Abismo Ponta de Flecha, a vertical cave in this region, has an
abundant amount of osteological material from different clades. Taphonomic studies with
vertebrates and the identification of large rodents (capybaras and lowland paca) are already known,
but the taxonomy of small rodents has never been adequately presented. The present work identifies
the small rodents represented by nine disarticulated dentaries. The largest species belongs to the
Echimyidae family, represented by two dentaries of the species Trinomys iheringi, and seven
specimens of Cricetidae (Sigmodontinae), five dentaries attributed to the tribe Oryzomyini, one
represented by the species Euryoryzomys russatus, and two indeterminate specimens. No extinct
species or species from other biomes were observed, and it can be considered that all specimens are
recent and belong to the fauna of the Atlantic Forest.
Keywords: Cricetidae, Rodentia, Echimidae, Sigmodontinae, Caves.
105
INTRODUÇÃO
O Vale do Ribeira de Iguape, sul do
Estado de São Paulo, possui uma importante
região cárstica com abundante quantidade de
cavernas com material paleontológico
(AMEGHINO, 1907; LINO et al. 1979;
CHAHUD, 2022a). O Abismo Ponta de Flecha
(Figura 1) é uma caverna vertical desta região
com abundante material ósseo de animais
extintos e viventes (BARROS-BARRETO et al.,
1982; CHAHUD, 2005, 2021, 2022b).
A origem do material osteológico no
Abismo Ponta de Flecha é predominantemente
natural, como resultado de armadilhas naturais
para a fauna que ficou aprisionada em seu
interior, partes ósseas individuais transportadas
para o local após a morte ou atividade de
predadores e carniceiros, e também possui
origem antrópica, como descarte de
comunidades indígenas antigas e atuais
(BARROS BARRETO et al. 1982; CHAHUD et
al. 2022; CHAHUD et al. 2023).
Os roedores (ordem Rodentia)
representam o clado de mamíferos mais
numerosos e diversificados, habitando quase
todos os continentes (exceto Antártida) e nos
mais variados ambientes e nichos ecológicos
(KERBER, 2017). O registro fóssil dos roedores
provém do Paleoceno da Laurásia, mas o
aparecimento no continente sul-americano
ocorreu no Eoceno, quando o continente ainda
estava isolado (ANTOINE et al. 2012; BOIVIN
et al. 2017).
Os únicos trabalhos com roedores no
Abismo Ponta de Flecha foram realizados com
grandes roedores, com a presença da paca atual,
Cuniculus paca, e da capiva, Hydrochoerus
hydrochaeris (CHAHUD, 2021) e tafonômicos
com microvertebrados (CHAHUD, 2003; 2012,
2022b), no entanto as identificações de
pequenos roedores apenas foram citações
complementares em outros trabalhos, como em
Barros-Barreto et al. (1982), citando a presença
dos gêneros Kannabateomys e Oryzomys, e de
Chahud (2022b), que identificou,
preliminarmente, a família Echimidae e de
exemplares de Cricetidae Sigmodontinae. A
presente contribuição apresenta a identificação
de uma pequena coleção de dentários de
roedores recuperados do Abismo Ponta de
Flecha e faz comentários sobre a origem e
preservação.
MATERIAL E MÉTODOS
O Abismo Ponta de Flecha localiza-se
entre a latitude 24°33’38”S e longitude
48°41’08”W (Figura 1) e desenvolveu-se
principalmente ao longo do plano N30-40E e
70-80SE, coincidindo com a direção principal
da lente carbonática encaixante presente na
região do Vale do Ribeira de Iguape (BARROS-
BARRETO et al. 1982). Toda a coleta de
materiais de origem orgânica e inorgânica
ocorreu entre os anos de 1981 e 1982 e fizeram
parte de estudos espeleológicos, arqueológicos e
paleontológicos no Vale do Ribeira de Iguape.
O material do Abismo Ponta de Flecha é
constituído de milhares de restos faunísticos,
arqueológicos e inorgânicos que foram
numerados em campo e em laboratório. Os
espécimes apresentados neste trabalho
receberam a designação GP/2C-108 e uma letra
de identificação para cada espécime que
puderam ter alguma identificação no nível de
família, totalizando nove espécimes (GP/2C-
108a até GP/2C-108i). Importante ressaltar que
Chahud (2005) observou 12 exemplares, mas
três estavam muito fragmentados e não puderam
ser identificados.
Estes espécimes não haviam sido
numerados em campo e não foi possível saber
de que parte do Abismo Ponta de Flecha foram
coletados.
Figura 1 – Perfil esquemático do Abismo Ponta de Flecha, SP 175. Destacando as galerias (Jazidas) com material
osteológico J1-J11, (Modificado de BARROS-BARRETO et al. 1982).
Considerações tafonômicas e de idade do
material estudado
O Abismo Ponta de Flecha possui sua
entrada desobstruída desde o Pleistoceno e por
causa disso os diversos restos de vertebrados
possuem idades e estado de preservação variada.
O material em seu interior sofreu
retrabalhamento intenso em todo o período que
esteve depositado, acarretando a destruição e
fragmentação de diversas partes ósseas.
Os macrovertebrados, animais com peso
superior a 5kg segundo BEHRENSMEYER
(1991), possuem idades que variam do final do
Pleistoceno até o recente, incluindo espécies
extintas (CHAHUD, 2021, 2022a; CHAHUD et
al. 2022; 2023). Devido ao grande tamanho e
peso de muitas peças ósseas, estas conseguiram
se preservar por milhares anos.
Os microvertebrados, geralmente mais
frágeis e de partes ósseas delicadas, possuíam
partes ósseas muito fragmentadas, mas pouco
polidas ou com abrasão e foi considerada que
em sua maior parte não deveriam ser antigas e
representariam espécimes recentes, incluindo
pequenos roedores (CHAHUD, 2022b).
Observando que os espécimes são
relativamente recentes (anos ou no máximo
poucos séculos), devido à constante
remobilização e destruição de partes ósseas
antigas mais frágeis, e que a floresta densa se
estabeleceu na região desde o final do
Pleistoceno, em torno de 14000 anos (SAIA,
2016) foi possível considerar que os espécimes
de estudo pertenceram à fauna da Mata
Atlântica, bioma atual da região do Vale do
Ribeira do Iguape.
Paleontologia Sistemática
Superfamília Octodontoidea Simpson, 1945
Família Echimyidae Gray, 1825
Gênero Trinomys Thomas, 1921
Trinomys iheringi Thomas, 1911
Figura 2
Figura 2 - Dentários de Trinomys iheringi. A) dentário esquerdo, vistas labial, lingual e oclusal do espécime GP/2C-
108a. B) A) dentário direito, vistas labial, lingual e oclusal do espécime GP/2C-108b. Escala 10mm
Material referido: Dois dentários de
espécimes adultos, sendo que um apresenta-se
muito fragmentado, GP/2C-108b, e outro com
menos quebras e a dentição preservada, GP/2C-
108a.
Comentários Gerais: O dentário
GP/2C-108a (Figura 2A) apresenta dentição
indistinguível da espécie Trinomys iheringi
(BRANDÃO; ZAHER, 2021). O pré-molar do
espécime GP/2C-108b estava fragmentado,
porém o dentário foi identificado como
pertencente a este gênero devido ao primeiro
molar (m1) que estava preservado e era idêntico
ao do espécime GP/2C-108a. Apesar do
dentário ser do lado oposto do espécime GP/2C-
108a não foi possível identificá-lo como
pertencentes ao mesmo indivíduo, pois a
localização de coleta destes exemplares foi
perdida e poderiam estar em locais muito
distantes no interior do Abismo Ponta de
Flecha.
O gênero Trinomys é exclusivamente
brasileiro e possui 10 espécies (WOODS;
KILPATRICK 2005; KERBER, 2017), sendo
que a maioria é endêmica de pequenas regiões
da Mata Atlântica. A espécie Trinomys iheringi
ocorre na Mata Atlântica entre as cidades de
Salvador até Curitiba e são muito comuns
(PATTERSON, 2016), a única do gênero que
ocorre na região e observando que os
vertebrados de tamanho e proporções similares
com o desta espécie foram considerados
recentes, devido ao estado de preservação
(CHAHUD, 2022b), foi possível a identificação
desta espécie.
O registro fóssil do gênero Trinomys é
do Quaternário do Abismo Iguatemi (CASTRO;
LANGER, 2011) e de Lagoa Santa (PAULA
COUTO, 1950), sendo que apenas este último
foi identificado em nível de espécie.
Superfamília Muroidea Illiger, 1811
Família Cricetidae Fischer, 1817
Subfamília Sigmodontinae Wagner, 1843
Tribo Oryzomyini Vorontzov, 1959
Euryoryzomys russatus Wagner, 1848
Figura 3
Material referido: Um dentário direito
de um indivíduo adulto GP/2C-108c (Figura 3)
com muitas quebras nas extremidades
proximais.
Características gerais: A dentição
preservada apresenta pouco desgaste e tem
características indistinguíveis das observadas
em Euryoryzomys russatus e o formato geral do
dentário também pode ser associado com essa
espécie (BRANDÃO; ZAHER, 2021), porém a
identificação taxonômica aqui será apresentada
com cautela, por ter preservado apenas um
único dentário.
A espécie Euryoryzomys russatus é
única do gênero encontrada na Mata Atlântica
do estado de São Paulo e é típico de regiões
florestais densas (PÜTTKER et al. 2013;
PERCEQUILLO et al. 2016), condições
observadas no Vale do Ribeira.
Figura 3 - Dentário direito de Euryoryzomys russatus (?), vistas labial, lingual e oclusal, GP/2C-108c. Escala 10mm
Cricetidae Indeterminados
Figuras 4 e 5
Material: Seis dentários (Figuras 4 e 5)
com a dentição fragmentada, parcialmente
ausente ou com incrustações carbonáticas.
Características Gerais: a maior parte
do material recuperado do Abismo Ponta de
Flecha pode ser identificada como pertencente
aos Oryzomyini, porém sua identificação não é
clara devido à fragmentação observada.
Os espécimes GP/2C-108d e GP/2C-
108e (figuras 4A e 4B) podem ser identificados
como Oryzomyini, de morfologia externa
similar aos gêneros Drymoreomys, Oecomys ou
Oligoryzomys, porém a dentição fragmentada
impossibilita a classificação específica.
Os dentários GP/2C-108f e GP/2C-108g
(figuras 4C e 4D) possuem um único dente
parcialmente fragmentado e, por isso, a
classificação é incerta dentro de Oryzomyini,
porém os dentes observados possuem
morfologia externa similar a de espécies
atribuídas com esta tribo.
O espécime GP/2C-108f (figuras 4C)
apresentou uma curvatura na sequência dentária
quando observada em vista oclusal.
Provavelmente esta curvatura pode ter sido uma
patologia, mas sua origem é incerta por não
possuir outros dentes presentes no espécime.
Figura 4 – Dentários de Oryzomyini indeterminados. A) vistas labial, lingual e oclusal, GP/2C-108d; B) vistas labial,
lingual e oclusal, GP/2C-108e; C) vistas labial, lingual e oclusal, GP/2C-108f; D) vistas labial, lingual e oclusal,
GP/2C-108g. Escala 10mm.
Dois dentários recuperados não
possuíam características diagnósticas claras que
poderiam ser atribuídas aos Sigmodontinae
(BRANDÃO, 2015; BRANDÃO; ZAHER,
2021). Os exemplares GP/2C-108h e GP/2C-
108i apresentavam morfologia externa
semelhante às observadas em Oryzomyini e
Akodontini, porém a dentição de GP/2C-108h
estava completamente desgastada e a de GP/2C-
108i muito fragmentada não preservando
características morfológicas que pudessem ser
comparadas.
Figura 5 - dentários de Sigmodontinae indeterminados A) dentário direito com dentição desgastadas GP/2C-108h,
vistas labial, lingual e oclusal; B) dentário esquerdo fragmentado GP/2C-108i¸ vistas labial, lingual e oclusal. Escala
10mm.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apenas nove dentários foram
recuperados da coleção osteológica do Abismo
Ponta de Flecha, dois são atribuídos a família
Echimyidae, com a espécie Trinomys iheringi e
sete são atribuídos aos Cricetidae, sendo que
cinco puderam ser atribuídos a tribo
Oryzomyini, uma foi identificada a espécie
Euryoryzomys russatus e dois não puderam ter
classificação.
Os espécimes pertenceram à fauna atual
do bioma da Mata Atlântica e não há evidências
de espécies extintas ou de outros biomas no
material identificado.
Não foram observados os gêneros
Kannabateomys e Oryzomys, identificados por
BARROS BARRETO et al. (1982) e citados por
CHAHUD (2005), porém é possível que parte
deste material tenha se perdido com o tempo e
que estes gêneros poderiam ter sido observados.
Importante comentar que o gênero Oryzomys foi
reclassificado por WEKSLER (2006) e,
atualmente, é apenas encontrado no hemisfério
norte e as espécies sul-americanas,
anteriormente atribuídas para este gênero, foram
reclassificadas.
AGRADECIMENTOS
O autor expressa seu agradecimento a
coordenadora Juliana Leme e a técnica do
Laboratório de Paleontologia Sistemática do
Departamento de Geologia Sedimentar e
Ambiental do Instituto de Geociências da
Universidade de São Paulo por permitir a
pesquisa com o material do Abismo Ponta de
Flecha.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMEGHINO F. Notas sobre uma pequeña
coleccion de huesos de mamíferos procedentes
de las grutas calcarias de Iporanga, en el Estado
de São Paulo, Brazil. Revista do Museu
Paulista, São Paulo, v. III, n. 7, p. 59-124. 1907.
ANTOINE, P. O. et al. Middle Eocene rodents
from Peruvian Amazonia reveal the pattern and
timing of caviomorph origins and
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Society, Series B: Biological Sciences, v. 279,
p. 1319– 1326. 2012.
BARROS-BARRETO C.N.G. et al. Abismo
Ponta de Flecha: Um projeto arqueológico,
paleontológico e geológico no médio Ribeira de
Iguape, SP. Revista da Pré-História, v. 3, n. 4, p.
195-215. 1982.
BEHRENSMEYER, A. K. Terrestrial
Vertebrate Accumulations. Taphonomy: In:
ALLISON, P.A.; BRIGGS, D. E. G. (eds.).
Taphonomy: releasing the data locked in the
fossil record. New York: Plenum Press, 1991, p.
291- 335.
BOIVIN, M. et al. Late middle Eocene
caviomorph rodents from Contamana, Peruvian
Amazonia. Palaeontologia Electronica, v.
20.1.19A, p. 1-50, 2017.
BRANDÃO M.V. The presence of Wilfredomys
oenax (Rodentia: Cricetidae: Sigmodontinae) in
São Paulo state, southeastern Brazil: a locally
extinct species?. Papéis Avulsos de Zoologia, v.
55, p. 69-80. 2015.
BRANDÃO M.V., HINGST-ZAHER E. Atlas
Craniano: mamíferos da mata Atlântica e lista
de espécies. Tijd Edições. 2021.
CASTRO M.C., LANGER M.C. The
mammalian fauna of Abismo Iguatemi,
southeastern Brazil. Journal of Cave and Karst
Studies, v. 73, p. 83–92. 2011.
CHAHUD A. Caracterização tafonômica de
restos quaternários de anura, Abismo Ponta de
Flecha, Iporanga, SP. In: PALEO 2003,
Ribeirão Preto. Paleodest, v. 44, 2003. p. 44.
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Ponta da Flecha, Iporanga, SP. In: Congresso
Latino-americano de Paleontologia de
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2005. p.76-78.
CHAHUD A., Caracterização Tafonômica de
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Iporanga, SP. In: 46° Congresso Brasileiro de
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CHAHUD A. Grandes roedores do Abismo
Ponta de Flecha (Quaternário), Iporanga,
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CHAHUD, A. Comments on a small sabretooth
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do Ribeira, southeastern Brazil. Carnets de
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CHAHUD, A. Tafonomia de anuros, marsupiais
e pequenos roedores do Abismo Ponta de Flecha
(Quaternário), sudeste do Brasil. Boletim
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CHAHUD, A. et al. Quaternary ungulates of the
Abismo Ponta de Flecha Cave, Ribeira of
Iguape Valley, Southeast Brazil:
Zooarchaeological and Paleoenvironmental
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Sciences. v. 121, 104107. 2023
CHAHUD, A. et al. Cingulata of the Abismo
Ponta de Flecha Cave (Pleistocene-Holocene),
Ribeira de Iguape Valley, Southeastern
Brazil. Revista Brasileira de Paleontologia, v.
25, n. 4, p. 322-330. 2022.
KERBER, L. Imigrantes em um continente
perdido: O registro fossilífero de roedores
Caviomorpha (Mammalia: Rodentia:
Ctenohystrica) do Cenozoico do Brasil. Terrae
Didactica, v. 13, n. 2, p. 185–211. 2017.
LINO C.F., et al. Paleontologia das Carvernas
do Vale do Ribeira, Exploração I Abismo do
Fóssil (SP-145): Resultados parciais. In: Atas do
2° Simpósio Regional de Geologia, Rio Claro,
Sociedade Brasileira de Geologia, 1979, p. 257-
268.
PATTERSON, B. Trinomys iheringi. The IUCN
Red List of Threatened Species 2016:
e.T18288A22212466.
https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-
2.RLTS.T18288A22212466.en, 2016.
PAULA COUTO C. Peter Wilhelm Lund–
Memórias sobre a paleontologia brasileira. Rio
de Janeiro: Min. da Educação e Saúde/ Inst.
Nacional do Livro. 1950. 589 p.
PERCEQUILLO, A. et al. Euryoryzomys
russatus. The IUCN Red List of Threatened
Species 2016:
e.T29405A115168400. https://dx.doi.org/10.230
5/IUCN.UK.2016-
3.RLTS.T29405A22328896.en, 2016.
PÜTTKER, T. et al. Habitat specialization
interacts with habitat amount to determine
dispersal success of rodents in fragmented
landscapes. Journal of Mammalogy, v. 94, n. 3,
p. 714-726, 2013.
SAIA, S. E. M. G., Reconstrução
paleoambiental (vegetação e clima) no
Quaternário tardio com base em estudo
multi/interdisciplinar no Vale do Ribeira (sul do
Estado de São Paulo). Tese de Doutorado.
Universidade de São Paulo. 2006. 119p.
WEKSLER, M. Phylogenetic relationships of
oryzomyine rodents (Muroidea:
Sigmodontinae): separate and combined
analyses of morphological and molecular
data. Bulletin of the American Museum of
Natural History, v. 296, p.1–149. 2006.
WOODS, C. A.; KILPATRICK, C. W.
Infraorder Hystricognathi Brandt,
1855. In: WILSON, D.E.; REEDER, D.M.
(Eds.). Mammal Species of the World: a
taxonomic and geographic reference. 3.ed.
Baltimore, The Johns Hopkins University Press.
2005. p. 1538-1600.
______________________________________
*Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos,
Departamento de Genética e Biologia Evolutiva,
Instituto de Biociências, Universidade de São
Paulo, Rua do Matão 277, São Paulo, SP 05508-
090, Brazil.
*E-mail: arturchahud@yahoo.com
*ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7690-
3132
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Artigo_Bioterra_V23_N1_09

  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 23 - Número 1 - 1º Semestre 2023 ROEDORES PEQUENOS DO ABISMO PONTA DE FLECHA (QUATERNÁRIO), VALE DO RIBEIRA DE IGUAPE, SUDESTE DO BRASIL Artur Chahud* RESUMO O Vale do Ribeira de Iguape, sul do estado de São Paulo, possui diversas cavernas com restos de animais viventes e extintos. O Abismo Ponta de Flecha, uma caverna vertical dessa região, possui abundante quantidade de material osteológico de diversos clados. Estudos tafonômicos com vertebrados e a identificação de grandes roedores (capivaras e pacas) já são conhecidos, porém a taxonomia de pequenos roedores nunca foi apresentada adequadamente. O presente trabalho identifica os pequenos roedores representados por nove dentários desarticulados. A maior espécie pertence à família Echimyidae, representado por dois dentários da espécie Trinomys iheringi, e de sete exemplares de Cricetidae (Sigmodontinae), cinco dentários atribuídos a tribo Oryzomyini, um representado pela espécie Euryoryzomys russatus, e dois espécimes indeterminados. Não foram observadas espécies extintas ou de outros biomas, podendo considerar que todos os espécimes são recentes e pertencentes à fauna da Mata Atlântica. Palavras-chave: Cricetidae, Rodentia, Echimidae, Sigmodontinae, Cavernas. SMALL RODENTS FROM THE ABISMO PONTA DE FLECHA CAVE (QUATERNARY), RIBEIRA DE IGUAPE VALLEY, SOUTHEAST BRAZIL ABSTRACT The Ribeira de Iguape Valley, south of the state of São Paulo, has several caves with remains of living and extinct animals. The Abismo Ponta de Flecha, a vertical cave in this region, has an abundant amount of osteological material from different clades. Taphonomic studies with vertebrates and the identification of large rodents (capybaras and lowland paca) are already known, but the taxonomy of small rodents has never been adequately presented. The present work identifies the small rodents represented by nine disarticulated dentaries. The largest species belongs to the Echimyidae family, represented by two dentaries of the species Trinomys iheringi, and seven specimens of Cricetidae (Sigmodontinae), five dentaries attributed to the tribe Oryzomyini, one represented by the species Euryoryzomys russatus, and two indeterminate specimens. No extinct species or species from other biomes were observed, and it can be considered that all specimens are recent and belong to the fauna of the Atlantic Forest. Keywords: Cricetidae, Rodentia, Echimidae, Sigmodontinae, Caves. 105
  • 2. INTRODUÇÃO O Vale do Ribeira de Iguape, sul do Estado de São Paulo, possui uma importante região cárstica com abundante quantidade de cavernas com material paleontológico (AMEGHINO, 1907; LINO et al. 1979; CHAHUD, 2022a). O Abismo Ponta de Flecha (Figura 1) é uma caverna vertical desta região com abundante material ósseo de animais extintos e viventes (BARROS-BARRETO et al., 1982; CHAHUD, 2005, 2021, 2022b). A origem do material osteológico no Abismo Ponta de Flecha é predominantemente natural, como resultado de armadilhas naturais para a fauna que ficou aprisionada em seu interior, partes ósseas individuais transportadas para o local após a morte ou atividade de predadores e carniceiros, e também possui origem antrópica, como descarte de comunidades indígenas antigas e atuais (BARROS BARRETO et al. 1982; CHAHUD et al. 2022; CHAHUD et al. 2023). Os roedores (ordem Rodentia) representam o clado de mamíferos mais numerosos e diversificados, habitando quase todos os continentes (exceto Antártida) e nos mais variados ambientes e nichos ecológicos (KERBER, 2017). O registro fóssil dos roedores provém do Paleoceno da Laurásia, mas o aparecimento no continente sul-americano ocorreu no Eoceno, quando o continente ainda estava isolado (ANTOINE et al. 2012; BOIVIN et al. 2017). Os únicos trabalhos com roedores no Abismo Ponta de Flecha foram realizados com grandes roedores, com a presença da paca atual, Cuniculus paca, e da capiva, Hydrochoerus hydrochaeris (CHAHUD, 2021) e tafonômicos com microvertebrados (CHAHUD, 2003; 2012, 2022b), no entanto as identificações de pequenos roedores apenas foram citações complementares em outros trabalhos, como em Barros-Barreto et al. (1982), citando a presença dos gêneros Kannabateomys e Oryzomys, e de Chahud (2022b), que identificou, preliminarmente, a família Echimidae e de exemplares de Cricetidae Sigmodontinae. A presente contribuição apresenta a identificação de uma pequena coleção de dentários de roedores recuperados do Abismo Ponta de Flecha e faz comentários sobre a origem e preservação. MATERIAL E MÉTODOS O Abismo Ponta de Flecha localiza-se entre a latitude 24°33’38”S e longitude 48°41’08”W (Figura 1) e desenvolveu-se principalmente ao longo do plano N30-40E e 70-80SE, coincidindo com a direção principal da lente carbonática encaixante presente na região do Vale do Ribeira de Iguape (BARROS- BARRETO et al. 1982). Toda a coleta de materiais de origem orgânica e inorgânica ocorreu entre os anos de 1981 e 1982 e fizeram parte de estudos espeleológicos, arqueológicos e paleontológicos no Vale do Ribeira de Iguape. O material do Abismo Ponta de Flecha é constituído de milhares de restos faunísticos, arqueológicos e inorgânicos que foram numerados em campo e em laboratório. Os espécimes apresentados neste trabalho receberam a designação GP/2C-108 e uma letra de identificação para cada espécime que puderam ter alguma identificação no nível de família, totalizando nove espécimes (GP/2C- 108a até GP/2C-108i). Importante ressaltar que Chahud (2005) observou 12 exemplares, mas três estavam muito fragmentados e não puderam ser identificados. Estes espécimes não haviam sido numerados em campo e não foi possível saber de que parte do Abismo Ponta de Flecha foram coletados.
  • 3. Figura 1 – Perfil esquemático do Abismo Ponta de Flecha, SP 175. Destacando as galerias (Jazidas) com material osteológico J1-J11, (Modificado de BARROS-BARRETO et al. 1982). Considerações tafonômicas e de idade do material estudado O Abismo Ponta de Flecha possui sua entrada desobstruída desde o Pleistoceno e por causa disso os diversos restos de vertebrados possuem idades e estado de preservação variada. O material em seu interior sofreu retrabalhamento intenso em todo o período que esteve depositado, acarretando a destruição e fragmentação de diversas partes ósseas. Os macrovertebrados, animais com peso superior a 5kg segundo BEHRENSMEYER (1991), possuem idades que variam do final do Pleistoceno até o recente, incluindo espécies extintas (CHAHUD, 2021, 2022a; CHAHUD et al. 2022; 2023). Devido ao grande tamanho e peso de muitas peças ósseas, estas conseguiram se preservar por milhares anos. Os microvertebrados, geralmente mais frágeis e de partes ósseas delicadas, possuíam partes ósseas muito fragmentadas, mas pouco polidas ou com abrasão e foi considerada que em sua maior parte não deveriam ser antigas e representariam espécimes recentes, incluindo pequenos roedores (CHAHUD, 2022b). Observando que os espécimes são relativamente recentes (anos ou no máximo poucos séculos), devido à constante remobilização e destruição de partes ósseas antigas mais frágeis, e que a floresta densa se estabeleceu na região desde o final do Pleistoceno, em torno de 14000 anos (SAIA, 2016) foi possível considerar que os espécimes de estudo pertenceram à fauna da Mata Atlântica, bioma atual da região do Vale do Ribeira do Iguape. Paleontologia Sistemática Superfamília Octodontoidea Simpson, 1945 Família Echimyidae Gray, 1825 Gênero Trinomys Thomas, 1921 Trinomys iheringi Thomas, 1911 Figura 2
  • 4. Figura 2 - Dentários de Trinomys iheringi. A) dentário esquerdo, vistas labial, lingual e oclusal do espécime GP/2C- 108a. B) A) dentário direito, vistas labial, lingual e oclusal do espécime GP/2C-108b. Escala 10mm Material referido: Dois dentários de espécimes adultos, sendo que um apresenta-se muito fragmentado, GP/2C-108b, e outro com menos quebras e a dentição preservada, GP/2C- 108a. Comentários Gerais: O dentário GP/2C-108a (Figura 2A) apresenta dentição indistinguível da espécie Trinomys iheringi (BRANDÃO; ZAHER, 2021). O pré-molar do espécime GP/2C-108b estava fragmentado, porém o dentário foi identificado como pertencente a este gênero devido ao primeiro molar (m1) que estava preservado e era idêntico ao do espécime GP/2C-108a. Apesar do dentário ser do lado oposto do espécime GP/2C- 108a não foi possível identificá-lo como pertencentes ao mesmo indivíduo, pois a localização de coleta destes exemplares foi perdida e poderiam estar em locais muito distantes no interior do Abismo Ponta de Flecha. O gênero Trinomys é exclusivamente brasileiro e possui 10 espécies (WOODS; KILPATRICK 2005; KERBER, 2017), sendo que a maioria é endêmica de pequenas regiões da Mata Atlântica. A espécie Trinomys iheringi ocorre na Mata Atlântica entre as cidades de Salvador até Curitiba e são muito comuns (PATTERSON, 2016), a única do gênero que ocorre na região e observando que os vertebrados de tamanho e proporções similares com o desta espécie foram considerados recentes, devido ao estado de preservação (CHAHUD, 2022b), foi possível a identificação desta espécie. O registro fóssil do gênero Trinomys é do Quaternário do Abismo Iguatemi (CASTRO; LANGER, 2011) e de Lagoa Santa (PAULA COUTO, 1950), sendo que apenas este último foi identificado em nível de espécie.
  • 5. Superfamília Muroidea Illiger, 1811 Família Cricetidae Fischer, 1817 Subfamília Sigmodontinae Wagner, 1843 Tribo Oryzomyini Vorontzov, 1959 Euryoryzomys russatus Wagner, 1848 Figura 3 Material referido: Um dentário direito de um indivíduo adulto GP/2C-108c (Figura 3) com muitas quebras nas extremidades proximais. Características gerais: A dentição preservada apresenta pouco desgaste e tem características indistinguíveis das observadas em Euryoryzomys russatus e o formato geral do dentário também pode ser associado com essa espécie (BRANDÃO; ZAHER, 2021), porém a identificação taxonômica aqui será apresentada com cautela, por ter preservado apenas um único dentário. A espécie Euryoryzomys russatus é única do gênero encontrada na Mata Atlântica do estado de São Paulo e é típico de regiões florestais densas (PÜTTKER et al. 2013; PERCEQUILLO et al. 2016), condições observadas no Vale do Ribeira. Figura 3 - Dentário direito de Euryoryzomys russatus (?), vistas labial, lingual e oclusal, GP/2C-108c. Escala 10mm Cricetidae Indeterminados Figuras 4 e 5 Material: Seis dentários (Figuras 4 e 5) com a dentição fragmentada, parcialmente ausente ou com incrustações carbonáticas. Características Gerais: a maior parte do material recuperado do Abismo Ponta de Flecha pode ser identificada como pertencente aos Oryzomyini, porém sua identificação não é clara devido à fragmentação observada. Os espécimes GP/2C-108d e GP/2C- 108e (figuras 4A e 4B) podem ser identificados como Oryzomyini, de morfologia externa similar aos gêneros Drymoreomys, Oecomys ou Oligoryzomys, porém a dentição fragmentada impossibilita a classificação específica. Os dentários GP/2C-108f e GP/2C-108g (figuras 4C e 4D) possuem um único dente parcialmente fragmentado e, por isso, a classificação é incerta dentro de Oryzomyini, porém os dentes observados possuem morfologia externa similar a de espécies atribuídas com esta tribo. O espécime GP/2C-108f (figuras 4C) apresentou uma curvatura na sequência dentária quando observada em vista oclusal. Provavelmente esta curvatura pode ter sido uma patologia, mas sua origem é incerta por não possuir outros dentes presentes no espécime.
  • 6. Figura 4 – Dentários de Oryzomyini indeterminados. A) vistas labial, lingual e oclusal, GP/2C-108d; B) vistas labial, lingual e oclusal, GP/2C-108e; C) vistas labial, lingual e oclusal, GP/2C-108f; D) vistas labial, lingual e oclusal, GP/2C-108g. Escala 10mm. Dois dentários recuperados não possuíam características diagnósticas claras que poderiam ser atribuídas aos Sigmodontinae (BRANDÃO, 2015; BRANDÃO; ZAHER, 2021). Os exemplares GP/2C-108h e GP/2C- 108i apresentavam morfologia externa semelhante às observadas em Oryzomyini e Akodontini, porém a dentição de GP/2C-108h estava completamente desgastada e a de GP/2C- 108i muito fragmentada não preservando características morfológicas que pudessem ser comparadas. Figura 5 - dentários de Sigmodontinae indeterminados A) dentário direito com dentição desgastadas GP/2C-108h, vistas labial, lingual e oclusal; B) dentário esquerdo fragmentado GP/2C-108i¸ vistas labial, lingual e oclusal. Escala 10mm.
  • 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Apenas nove dentários foram recuperados da coleção osteológica do Abismo Ponta de Flecha, dois são atribuídos a família Echimyidae, com a espécie Trinomys iheringi e sete são atribuídos aos Cricetidae, sendo que cinco puderam ser atribuídos a tribo Oryzomyini, uma foi identificada a espécie Euryoryzomys russatus e dois não puderam ter classificação. Os espécimes pertenceram à fauna atual do bioma da Mata Atlântica e não há evidências de espécies extintas ou de outros biomas no material identificado. Não foram observados os gêneros Kannabateomys e Oryzomys, identificados por BARROS BARRETO et al. (1982) e citados por CHAHUD (2005), porém é possível que parte deste material tenha se perdido com o tempo e que estes gêneros poderiam ter sido observados. Importante comentar que o gênero Oryzomys foi reclassificado por WEKSLER (2006) e, atualmente, é apenas encontrado no hemisfério norte e as espécies sul-americanas, anteriormente atribuídas para este gênero, foram reclassificadas. AGRADECIMENTOS O autor expressa seu agradecimento a coordenadora Juliana Leme e a técnica do Laboratório de Paleontologia Sistemática do Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo por permitir a pesquisa com o material do Abismo Ponta de Flecha. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMEGHINO F. Notas sobre uma pequeña coleccion de huesos de mamíferos procedentes de las grutas calcarias de Iporanga, en el Estado de São Paulo, Brazil. Revista do Museu Paulista, São Paulo, v. III, n. 7, p. 59-124. 1907. ANTOINE, P. O. et al. Middle Eocene rodents from Peruvian Amazonia reveal the pattern and timing of caviomorph origins and biogeography. Proceedings of the Royal Society, Series B: Biological Sciences, v. 279, p. 1319– 1326. 2012. BARROS-BARRETO C.N.G. et al. Abismo Ponta de Flecha: Um projeto arqueológico, paleontológico e geológico no médio Ribeira de Iguape, SP. Revista da Pré-História, v. 3, n. 4, p. 195-215. 1982. BEHRENSMEYER, A. K. Terrestrial Vertebrate Accumulations. Taphonomy: In: ALLISON, P.A.; BRIGGS, D. E. G. (eds.). Taphonomy: releasing the data locked in the fossil record. New York: Plenum Press, 1991, p. 291- 335. BOIVIN, M. et al. Late middle Eocene caviomorph rodents from Contamana, Peruvian Amazonia. Palaeontologia Electronica, v. 20.1.19A, p. 1-50, 2017. BRANDÃO M.V. The presence of Wilfredomys oenax (Rodentia: Cricetidae: Sigmodontinae) in São Paulo state, southeastern Brazil: a locally extinct species?. Papéis Avulsos de Zoologia, v. 55, p. 69-80. 2015. BRANDÃO M.V., HINGST-ZAHER E. Atlas Craniano: mamíferos da mata Atlântica e lista de espécies. Tijd Edições. 2021. CASTRO M.C., LANGER M.C. The mammalian fauna of Abismo Iguatemi, southeastern Brazil. Journal of Cave and Karst Studies, v. 73, p. 83–92. 2011. CHAHUD A. Caracterização tafonômica de restos quaternários de anura, Abismo Ponta de Flecha, Iporanga, SP. In: PALEO 2003, Ribeirão Preto. Paleodest, v. 44, 2003. p. 44. CHAHUD, A. Paleomastozoologia do Abismo Ponta da Flecha, Iporanga, SP. In: Congresso Latino-americano de Paleontologia de Vertebrados, Resumos, Rio de Janeiro, UFRJ, 2005. p.76-78. CHAHUD A., Caracterização Tafonômica de Micromamíferos do Abismo Ponta de Flecha, Iporanga, SP. In: 46° Congresso Brasileiro de Geologia e I Congresso de Geologia dos Países
  • 8. de Língua Portuguesa, Santos. Resumos. 2012. CD-ROOM. CHAHUD A. Grandes roedores do Abismo Ponta de Flecha (Quaternário), Iporanga, Brasil. Acta Biológica Paranaense, v. 50, n. 1-4, p. 93-102. 2021. CHAHUD, A. Comments on a small sabretooth cat in the Abismo Ponta de Flecha Cave, Vale do Ribeira, southeastern Brazil. Carnets de Geologie, v. 22, n. 1, p. 1-6. 2022a. CHAHUD, A. Tafonomia de anuros, marsupiais e pequenos roedores do Abismo Ponta de Flecha (Quaternário), sudeste do Brasil. Boletim Paranaense de Geociências, v. 80, p. 102-113. 2022b. CHAHUD, A. et al. Quaternary ungulates of the Abismo Ponta de Flecha Cave, Ribeira of Iguape Valley, Southeast Brazil: Zooarchaeological and Paleoenvironmental aspects. Journal of South American Earth Sciences. v. 121, 104107. 2023 CHAHUD, A. et al. Cingulata of the Abismo Ponta de Flecha Cave (Pleistocene-Holocene), Ribeira de Iguape Valley, Southeastern Brazil. Revista Brasileira de Paleontologia, v. 25, n. 4, p. 322-330. 2022. KERBER, L. Imigrantes em um continente perdido: O registro fossilífero de roedores Caviomorpha (Mammalia: Rodentia: Ctenohystrica) do Cenozoico do Brasil. Terrae Didactica, v. 13, n. 2, p. 185–211. 2017. LINO C.F., et al. Paleontologia das Carvernas do Vale do Ribeira, Exploração I Abismo do Fóssil (SP-145): Resultados parciais. In: Atas do 2° Simpósio Regional de Geologia, Rio Claro, Sociedade Brasileira de Geologia, 1979, p. 257- 268. PATTERSON, B. Trinomys iheringi. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T18288A22212466. https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016- 2.RLTS.T18288A22212466.en, 2016. PAULA COUTO C. Peter Wilhelm Lund– Memórias sobre a paleontologia brasileira. Rio de Janeiro: Min. da Educação e Saúde/ Inst. Nacional do Livro. 1950. 589 p. PERCEQUILLO, A. et al. Euryoryzomys russatus. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T29405A115168400. https://dx.doi.org/10.230 5/IUCN.UK.2016- 3.RLTS.T29405A22328896.en, 2016. PÜTTKER, T. et al. Habitat specialization interacts with habitat amount to determine dispersal success of rodents in fragmented landscapes. Journal of Mammalogy, v. 94, n. 3, p. 714-726, 2013. SAIA, S. E. M. G., Reconstrução paleoambiental (vegetação e clima) no Quaternário tardio com base em estudo multi/interdisciplinar no Vale do Ribeira (sul do Estado de São Paulo). Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. 2006. 119p. WEKSLER, M. Phylogenetic relationships of oryzomyine rodents (Muroidea: Sigmodontinae): separate and combined analyses of morphological and molecular data. Bulletin of the American Museum of Natural History, v. 296, p.1–149. 2006. WOODS, C. A.; KILPATRICK, C. W. Infraorder Hystricognathi Brandt, 1855. In: WILSON, D.E.; REEDER, D.M. (Eds.). Mammal Species of the World: a taxonomic and geographic reference. 3.ed. Baltimore, The Johns Hopkins University Press. 2005. p. 1538-1600. ______________________________________ *Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos, Departamento de Genética e Biologia Evolutiva, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, Rua do Matão 277, São Paulo, SP 05508- 090, Brazil. *E-mail: arturchahud@yahoo.com *ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7690- 3132 112