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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 20 - Número 1 - 1º Semestre 2020
DASYPROCTIDAE E CUNICULIDAE (CAVIOIDEA, RODENTIA) DO PLEISTOCENO
DA GRUTA CUVIERI, ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL
Artur Chahud*
RESUMO
A Gruta Cuvieri faz parte do complexo cárstico de Lagoa Santa e possui uma grande quantidade
material osteológico. Entre os materiais observados está uma grande quantidade de roedores de médio
e grande porte. O presente estudo descreve o material osteológico de duas famílias de roedores,
Dasyproctidae e Cuniculidae, encontradas nos depósitos de idade pleistocênica desta caverna. Os
Dasyproctidae são representados por diversos indivíduos de cutias, gênero Dasyprocta, enquanto os
Cuniculidae são representados por duas espécies de paca; espécie atual, Cuniculus paca e a extinta
Cuniculus rugiceps. O material atribuído as espécies atuais esta distribuído por toda a estratigrafia do
depósito, porém C. rugiceps ocorre principalmente nas partes mais profundas e, aparentemente, mais
antigas.
Palavras-chave: Caviomorpha; Cuniculus; Dasyprocta; Quaternário; América do Sul.
DASYPROCTIDAE AND CUNICULIDAE (CAVIOIDEA, RODENTIA) OF THE
PLEISTOCENE OF CUVIERI CAVE, STATE OF MINAS GERAIS, BRAZIL
ABSTRACT
The Cuvieri Cave is part of the Lagoa Santa karst complex and has a large amount of osteological
material. Among the materials observed is a large number of medium and large rodents. The present
study describes the osteological material of two rodent families, Dasyproctidae and Cuniculidae, found
in the deposits of Pleistocene age in this cave. Dasyproctidae are represented by several individuals of
agoutis, genus Dasyprocta, while Cuniculidae are represented by two species of paca; current species,
Cuniculus paca and the extinct Cuniculus rugiceps. The material attributed to the current species is
distributed throughout the stratigraphy of the deposit; however C. rugiceps occurs mainly in the deeper
and apparently older parts.
Keywords: Caviomorpha; Cuniculus; Dasyprocta; Quaternary; South America.
29
INTRODUÇÃO
Os roedores (ordem Rodentia)
representam grupo de mamíferos mais numerosos
e diversificados atualmente. Habitam quase todos
os continentes (exceto Antártida) e nos mais
variados ambientes e nichos ecológicos, desde
florestas até desertos.
O registro fóssil dos roedores provém do
Paleoceno da Laurásia, logo após a extinção K-P
(Cretáceo-Paleogeno), porém o registro de
roedores na América do Sul é muito posterior a
isso, apenas no Oligoceno.
Para Kerber (2017) os roedores sul-
americanos incluem cinco grupos, Caviomorpha
(com 15 famílias ou mais), Cricetidae,
Sigmodontinae, Sciuridae, Heteromyidae e
Geomyidae, que possuem origens diferentes na
América do Sul.
Os Caviomorpha são mais antigos e
diversificados com origem no Eoceno,
provavelmente migrados da África (ANTOINE et
al. 2012), devido a separação e distância maior
que haviam entre as Américas durante o Eoceno.
Com a proximidade da conexão das Américas,
pela formação do istmo do Panamá, o
aparecimento de roedores de origem norte-
americana ocorreu durante o Mioceno final ou
Plioceno inicial com os mais antigos registros da
presença de Cricetidae Sigmodontinae (VERZI;
MONTALVO 2008). No entanto o registro das
outras famílias deu-se apenas no Quaternário, os
Sciuridae têm o registro apenas no final do
Pleistoceno, enquanto os Heteromyidae e
Geomyidae possuem registro apenas no recente
(PAULA COUTO, 1979; KERBER, 2017).
Os Caviomorpha da família
Dasyproctidae são roedores sul-americanos
típicamente de ambientes tropicais, conhecidos
popularmente como cutias, Dasyprocta, e
cutiaras, Myoprocta. O registro fóssil ocorre
desde o final do Oligoceno (WYSS et al. 1993),
sendo um dos primeiros roedores registrados na
América do Sul.
O gênero Myoprocta compreende apenas
duas espécies; Myoprocta acouchy Erxleben,
1777 e Myoprocta pratti Pocock, 1913, ambas
recentes e da região amazônica, não havendo, até
o momento espécies fósseis ou extintas.
O gênero Dasyprocta apresenta diversas
espécies distribuídas por diferentes ambientes,
entre as reconhecidas estão; Dasyprocta azarae
Lichtenstein, 1823, D. coibae Thomas, 1902, D.
cristata Geoffroy, 1803, D. fuliginosa Wagler,
1832, D. guamara Ojasti, 1972, D. kalinowskii
Thomas, 1897, D. leporina Linnaeus, 1758, D.
mexicana Saussure, 1860, D. prymnolopha
Wagler, 1831, D. punctata Gray, 1842, D.
ruatanica Thomas, 1901 (WOODS;
KILPATRICK 2005). Fósseis atribuídos a este
gênero são exclusivamente do Quaternário,
porém não está descartada uma ocorrência no
Neógeno do Acre (KERBER, 2017)
Os Cuniculidae representam uma família
de grandes roedores, conhecidos como Pacas, que
habitam as regiões tropicais do México até o norte
da Argentina, e representada por um único
gênero, Cuniculus Brisson, 1762. Este gênero é
representado por duas espécies atuais; Cuniculus
paca Linnaeus, 1766, espécie mais comum e que
habita da América Central ao norte da Argentina
e sul do Brasil, e Cuniculus taczanowskii
Stolzmann, 1885, espécie típica da região andina.
Outras duas possíveis espécies existentes
são consideradas, porém poucos estudos foram
realizados e a validade é discutível; Cuniculus
hernandezi Castro, López e Becerra, 2010, que
segundo Ramírez-Chaves e Solari (2014) o nome
não seria válido (nomen nudum) por não terem
sido consideradas todas as regras da ICZN para o
holótipo descrito por Castro et al. (2010) e uma
segunda espécie, endêmica do Rio Aripuanã na
região Central da Amazônia, batizada Agouti
silvagarciae Van Roosmalen e Van Hooft, 2013
pouco se conhece e trabalhos detalhados deverão
ser realizados.
O registro mais antigo da família
Cuniculidae é de um astrágalo descrito por
Bergqvist et al. (1998) do Neógeno do Acre,
porém este é um espécime considerado
indeterminado (KERBER, 2017). Atualmente se
reconhece uma espécie extinta atribuída a esta
família, Cuniculus rugiceps Lund, 1837, da
região tropical do território brasileiro. A espécie
foi um dos primeiros fósseis coletados e
estudados pelo naturalista Peter Wilhelm Lund na
região de Lagoa Santa, Estado de Minas Gerais,
porém foram Mayer et al. (2016) que detalharam
e discutiram a diagnose e formalizaram esta
espécie.
A Gruta Cuvieri foi alvo de inúmeros
trabalhos de datação, espeleológicos,
paleoambientais, paleontológicos e
sedimentológicos (HUBBE, 2008, MAYER,
2011; HUBBE et al. 2011; MAYER et al. 2016;
HADDAD-MARTIM et al. 2017). No entanto
apenas um único trabalho taxonômico
envolvendo roedores foi realizado por Mayer et
al. (2016), quando estudaram os espécimes de
Cuniculus rugiceps da Gruta Cuvieri.
A presente contribuição tem por objetivo
ilustrar e comentar os espécimes de
Dasyproctidae e Cuniculidae de idade
pleistocênica encontrados na Gruta Cuvieri
fazendo considerações sobre a tafonomia e
taxonomia.
MATERIAIS E MÉTODOS
A Gruta Cuvieri é constituída de três
pequenas cavidades verticais, armadilhas
naturais, que foram denominadas Locus 1, 2 e 3
(Fig. 1), com 16 metros, 4 metros e 8 metros de
profundidade respectivamente. Todo o material
exposto nesta contribuição é proveniente do
Locus 3, que apresentou maior quantidade
osteológico atribuído ao Pleistoceno (HUBBE et
al. 2011; MAYER et al. 2016; HADDAD-
MARTIM et al. 2017).
Segundo Hubbe (2008) e Mayer (2011) a
Gruta Cuvieri possui depósitos sedimentares
friáveis ou inconsolidados em sua maior parte,
permitindo a execução de escavações
estratigraficamente detalhadas, utilizando de
técnicas arqueológicas.
Figura 1 - Localização geográfica da área de estudo e da Gruta Cuvieri mostrando a posição do Loci 1, 2 e 3 (mapa cortesia
de Alex Hubbe e Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas para o Leeh).
Os aspectos tafonômicos como abrasão ou
desgaste ósseo, nível de exposição a intempéries,
quebras, atividade biológica (carniceiros ou
predadores), presença de articulação foram os
itens avaliados seguindo os conceitos de Voorhies
(1969), Badgley (1986), Behrensmeyer (1978;
1991) e Lyman (1994). Para a identificação dos
espécimes foi feita a comparação com os da
Coleção de Referência “Renato Kipnis” do
Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos do
IB-USP, além de consulta das obras de Paula
Couto (1979), Chahud (2001; 2019), Ríos-Uzeda
et al. (2004), Woods e Kilpatrick (2005), Castro
et al. (2010), Mendes-Oliveira et al. (2012), Silva
et al. (2013), Teta e Lucero (2016), Mayer et al.
(2016) Kerber, (2017) e Sundaram et al. (2017).
Os espécimes e o inventário de suas partes
ósseas estão depositados no Laboratório de
Estudos Evolutivos Humanos (LEEH) do
Instituto de Biociências da Universidade de São
Paulo (IB-USP).
CONSIDERAÇÕES SOBRE A IDADE
No Locus 3 não foi possível a datação dos
espécimes de roedores, porém foram obtidas duas
datações utilizando a técnica de 14C-AMS; a
mais recente com 12390±50 AP para um
espécime de Tapiridae e outra de 12510±70 AP
para uma preguiça terrestre. Além dessas
datações existem outras três que utilizaram a
técnica de U/Th, que obtiveram valores entre 27 e
31 mil anos a partir da análise de material obtido
em capa estalagmítica (HUBBE, 2008).
Todas estas datações estavam próximo do
nível de exposição zero, ou seja, próxima da
superfície de escavação. Partindo disso Mayer
(2011) e Mayer et al. (2016) consideraram o
material encontrado no Locus 3 como tendo idade
pleistocênica, que será aceita neste trabalho.
ESPÉCIMES OBSERVADOS
A família Dasyproctidae teve grande
quantidade de material osteológico coletado de
diversos indivíduos (Figs. 2 e 3), sendo que a
maior parte estava fragmentado e quebrado. Entre
os ossos recuperados estão vértebras, ossos
apendiculares (Fig. 3), mandíbulas, costelas,
ossos da pélvis, fragmentos cranianos e um
crânio.
A quantidade contabilizada de indivíduos
de Dasyproctidae é de pelo menos 15 indivíduos.
Para este número foi utilizada a técnica do
número mínimo de indivíduos (MNI), que
considera o tamanho e a posição ou lateralidade
de partes ósseas (BADGLEY, 1986 e LYMAN,
1994).
Figura 2 - Cranio de Cutia, Dasyprocta sp. encontrado no Locus 3. A) vista lateral, B) vista dorsal, C) vista ventral.
Escala 20mm.
A identificação de espécies é muito difícil
devido ao número de espécies, que são
identificadas por padrões de pelagem ou genética
(WOODS; KILPATRICK 2005; KERBER,
2017), que não são preservados.
Apenas um crânio (Fig. 2) com algumas
quebras foi recuperado e baseado na dentição e
morfologia externa do crânio, o espécime pode
ser atribuído com segurança ao gênero
Dasyprocta, porém a espécie é incerta.
A dentição é similar a espécimes
atribuídos a Dasyprocta azarae, como os
descritos por Teta e Lucero (2016) e difere
ligeiramente da dentição de alguns exemplares de
Dasyprocta prymnolopha (SILVA et al. 2013) ou
a espécimes observados na Amazônia
(CHAHUD, 2019), porém o tamanho e o formato
geral do crânio são indistinguíveis dos de outras
espécies do gênero e por isso se optou pela
identificação Dasyprocta sp.
Figura 3 - Ossos apendiculares de Dasyprocta sp. encontrados no Locus 3. A) Tíbia; B) Fêmur; C) Rádio; D) Ulna; E)
Úmero. Escala 20mm.
As ocorrências fósseis das duas espécies
de Cuniculidae foram observadas na Gruta
Cuvieri. O número de indivíduos no Locus 3 para
o gênero Cuniculus incluem 15 espécimes, sendo
sete de Cuniculus rugiceps e oito de Cuniculus
paca, baseados no MNI.
Do mesmo modo que em Dasyproctidae a
Paca atual, Cuniculus paca, possui grande
quantidade de material osteológico (Figs 4 e 5)
preservado como ossos longos apendiculares,
vértebras, mandíbulas, ossos da pélvis,
fragmentos cranianos e um crânio quase completo
(Fig. 4).
Figura 4 - Crânio de Cuniculus paca. coletado no Locus 3. A) vista dorsal parcialmente inclinada, B) Vista lateral. Escala
20mm.
O material atribuído a Cuniculus paca é
em media menor que o dos Dasyproctidae, no
entanto apresenta maior robustez (Figs. 3 e 5),
principalmente se comparar os fêmures e tíbias,
mais alongadas em Dasyproctidae. É importante
ressaltar que muitos espécimes podem ser de
indivíduos jovens, registrados pela falta das
epífises que não estavam fusionadas (Fig. 5), e
por isso seriam menores.
Figura 5 - Ossos apendiculares de Cuniculus paca coletados no Locus 3. A) Tíbia; B) Fêmur; C) Rádio; D) Ulna; E)
Úmero. Escala 20mm.
A espécie extinta Cuniculus rugiceps é o
maior roedor encontrado na Gruta Cuvieri (Fig.
6), com tamanho muito superior ao do seu parente
recente, sendo a diferença no tamanho é a
principal característica diagnóstica da espécie
(MAYER et al. 2016).
A ocorrência de ambas as espécies não é
indicativo de terem sido simpátricas, pois em
ambiente deposicional em cavernas ocorre a
mistura temporal do material osteológico, mesmo
que mínima como no caso da Gruta Cuvieri.
Contudo as ocorrências de Cuniculus rugiceps
estavam mais concentradas em partes mais
profundas do Locus 3 (MAYER et al. 2016),
enquanto o registro da ocorrência de Cuniculus
paca é mais variado e comum em partes mais
próximas a superfície.
Figura 6 - Mandíbula de Cuniculus rugiceps encontrada na Gruta Cuvieri. Escala 20mm.
A presença de Cuniculus paca em
depósitos do Quaternário provém dos estados de
Minas Gerais, Bahia, Pará, Mato Grosso do Sul,
Goiás, Paraná, Piauí e São Paulo (CHAHUD,
2001; 2005; MAYER et al. 2016; KERBER,
2017), porém Cuniculus rugiceps os registros
estão restritos a Minas Gerais e Piauí, mas é
possível que o registro seja maior devido a alguns
espécimes identificados como Cuniculus paca
poderem pertencer a Cuniculus rugiceps
(MAYER et al. 2016).
CARACTERIZAÇÃO TAFONÔMICA
Os loci da Gruta Cuvieri serviram como
armadilha para os macrovertebrados que lá
entravam e acabavam presos em seus interiores.
Devido a isso boa parte da acumulação óssea é
representada por carcaças articuladas, semi-
articuladas ou com ossos desarticulados, porém
associados de um mesmo indivíduo (HUBBE et
al. 2011). Os Cuniculidae, principalmente as
partes ósseas de Cuniculus rugiceps, apresentam
um dos melhores exemplos de material articulado
com sequência de vértebras articuladas (Fig. 7).
Figura 7 - Sequência de vértebras articuladas de Cuniculus rugiceps encontradas no Locus 3. Escala 20mm.
Ocorrem poucas marcas de atividades de
roedores, apenas observadas em poucos ossos
maiores de Cuniculus rugiceps e C. paca, mas
não em Dasyproctidae e pouco material exposto
ao intemperismo. Rachaduras causadas por
mudanças climáticas bruscas, como estudadas por
Behrensmeyer (1978), não foram observadas no
material osteológico, sugerindo que a maior parte
do material preservado foi protegida de grandes
variações de temperatura e umidade.
CONCLUSÕES
Os roedores das famílias Dasyproctidae e
Cuniculidae são representados pelas espécies
atuais de cutias, Dasyprocta sp., e pacas,
Cuniculus paca e por uma espécie extinta de
Paca, Cuniculus rugiceps, de grande porte.
A paca encontrada é Cuniculus paca,
porém não é possível afirmar com segurança que
a cutia existente é da espécie Dasyprocta azarae,
por não termos características diagnósticas
preservadas da espécie.
O material osteológico de Dasyprocta sp.
e Cuniculus paca está distribuído por toda a
estratigrafia do Locus 3, porém o material de
Cuniculus rugiceps está concentrado nas partes
mais profundas, sugerindo que seja mais antigo.
No entanto é importante ressaltar que por ser um
depósito em caverna existe alguma remobilização
de material osteológico.
AGRADECIMENTOS
O autor agradece a Professora Doutora
Maria Mercedes Martinez Okumura responsável
pelo Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos
do Instituto de Biociências, onde a coleção
osteológica Guajá está depositada e aos
pesquisadores que coletaram o material da Gruta
Cuvieri e que forneceram informações
importantes para a realização deste trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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from Peruvian Amazonia reveal the pattern and
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Series B: Biological Sciences, v. 279, p.
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Acta Biológica Catarinense, v. 6, n. 4, p. 83-94.
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HUBBE, A. Contextualização taxonômica,
tafonômica e morfométrica dos remanescentes
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earliest rodent and recognition of a new interval
of mammalian evolution. Nature, v. 365. p. 434-
437.
_______________________________________
*Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos,
Departamento de Genética e Biologia Evolutiva,
Instituto de Biociências, Universidade de São
Paulo, Rua do Matão 277, São Paulo, SP 05508-
090, Brazil.
*E-mail: arturchahud@yahoo.com
*ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7690-
3132
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Roedores pleistocênicos da Gruta Cuvieri

  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 20 - Número 1 - 1º Semestre 2020 DASYPROCTIDAE E CUNICULIDAE (CAVIOIDEA, RODENTIA) DO PLEISTOCENO DA GRUTA CUVIERI, ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL Artur Chahud* RESUMO A Gruta Cuvieri faz parte do complexo cárstico de Lagoa Santa e possui uma grande quantidade material osteológico. Entre os materiais observados está uma grande quantidade de roedores de médio e grande porte. O presente estudo descreve o material osteológico de duas famílias de roedores, Dasyproctidae e Cuniculidae, encontradas nos depósitos de idade pleistocênica desta caverna. Os Dasyproctidae são representados por diversos indivíduos de cutias, gênero Dasyprocta, enquanto os Cuniculidae são representados por duas espécies de paca; espécie atual, Cuniculus paca e a extinta Cuniculus rugiceps. O material atribuído as espécies atuais esta distribuído por toda a estratigrafia do depósito, porém C. rugiceps ocorre principalmente nas partes mais profundas e, aparentemente, mais antigas. Palavras-chave: Caviomorpha; Cuniculus; Dasyprocta; Quaternário; América do Sul. DASYPROCTIDAE AND CUNICULIDAE (CAVIOIDEA, RODENTIA) OF THE PLEISTOCENE OF CUVIERI CAVE, STATE OF MINAS GERAIS, BRAZIL ABSTRACT The Cuvieri Cave is part of the Lagoa Santa karst complex and has a large amount of osteological material. Among the materials observed is a large number of medium and large rodents. The present study describes the osteological material of two rodent families, Dasyproctidae and Cuniculidae, found in the deposits of Pleistocene age in this cave. Dasyproctidae are represented by several individuals of agoutis, genus Dasyprocta, while Cuniculidae are represented by two species of paca; current species, Cuniculus paca and the extinct Cuniculus rugiceps. The material attributed to the current species is distributed throughout the stratigraphy of the deposit; however C. rugiceps occurs mainly in the deeper and apparently older parts. Keywords: Caviomorpha; Cuniculus; Dasyprocta; Quaternary; South America. 29
  • 2. INTRODUÇÃO Os roedores (ordem Rodentia) representam grupo de mamíferos mais numerosos e diversificados atualmente. Habitam quase todos os continentes (exceto Antártida) e nos mais variados ambientes e nichos ecológicos, desde florestas até desertos. O registro fóssil dos roedores provém do Paleoceno da Laurásia, logo após a extinção K-P (Cretáceo-Paleogeno), porém o registro de roedores na América do Sul é muito posterior a isso, apenas no Oligoceno. Para Kerber (2017) os roedores sul- americanos incluem cinco grupos, Caviomorpha (com 15 famílias ou mais), Cricetidae, Sigmodontinae, Sciuridae, Heteromyidae e Geomyidae, que possuem origens diferentes na América do Sul. Os Caviomorpha são mais antigos e diversificados com origem no Eoceno, provavelmente migrados da África (ANTOINE et al. 2012), devido a separação e distância maior que haviam entre as Américas durante o Eoceno. Com a proximidade da conexão das Américas, pela formação do istmo do Panamá, o aparecimento de roedores de origem norte- americana ocorreu durante o Mioceno final ou Plioceno inicial com os mais antigos registros da presença de Cricetidae Sigmodontinae (VERZI; MONTALVO 2008). No entanto o registro das outras famílias deu-se apenas no Quaternário, os Sciuridae têm o registro apenas no final do Pleistoceno, enquanto os Heteromyidae e Geomyidae possuem registro apenas no recente (PAULA COUTO, 1979; KERBER, 2017). Os Caviomorpha da família Dasyproctidae são roedores sul-americanos típicamente de ambientes tropicais, conhecidos popularmente como cutias, Dasyprocta, e cutiaras, Myoprocta. O registro fóssil ocorre desde o final do Oligoceno (WYSS et al. 1993), sendo um dos primeiros roedores registrados na América do Sul. O gênero Myoprocta compreende apenas duas espécies; Myoprocta acouchy Erxleben, 1777 e Myoprocta pratti Pocock, 1913, ambas recentes e da região amazônica, não havendo, até o momento espécies fósseis ou extintas. O gênero Dasyprocta apresenta diversas espécies distribuídas por diferentes ambientes, entre as reconhecidas estão; Dasyprocta azarae Lichtenstein, 1823, D. coibae Thomas, 1902, D. cristata Geoffroy, 1803, D. fuliginosa Wagler, 1832, D. guamara Ojasti, 1972, D. kalinowskii Thomas, 1897, D. leporina Linnaeus, 1758, D. mexicana Saussure, 1860, D. prymnolopha Wagler, 1831, D. punctata Gray, 1842, D. ruatanica Thomas, 1901 (WOODS; KILPATRICK 2005). Fósseis atribuídos a este gênero são exclusivamente do Quaternário, porém não está descartada uma ocorrência no Neógeno do Acre (KERBER, 2017) Os Cuniculidae representam uma família de grandes roedores, conhecidos como Pacas, que habitam as regiões tropicais do México até o norte da Argentina, e representada por um único gênero, Cuniculus Brisson, 1762. Este gênero é representado por duas espécies atuais; Cuniculus paca Linnaeus, 1766, espécie mais comum e que habita da América Central ao norte da Argentina e sul do Brasil, e Cuniculus taczanowskii Stolzmann, 1885, espécie típica da região andina. Outras duas possíveis espécies existentes são consideradas, porém poucos estudos foram realizados e a validade é discutível; Cuniculus hernandezi Castro, López e Becerra, 2010, que segundo Ramírez-Chaves e Solari (2014) o nome não seria válido (nomen nudum) por não terem sido consideradas todas as regras da ICZN para o holótipo descrito por Castro et al. (2010) e uma segunda espécie, endêmica do Rio Aripuanã na região Central da Amazônia, batizada Agouti silvagarciae Van Roosmalen e Van Hooft, 2013 pouco se conhece e trabalhos detalhados deverão ser realizados. O registro mais antigo da família Cuniculidae é de um astrágalo descrito por Bergqvist et al. (1998) do Neógeno do Acre, porém este é um espécime considerado indeterminado (KERBER, 2017). Atualmente se reconhece uma espécie extinta atribuída a esta família, Cuniculus rugiceps Lund, 1837, da região tropical do território brasileiro. A espécie foi um dos primeiros fósseis coletados e estudados pelo naturalista Peter Wilhelm Lund na região de Lagoa Santa, Estado de Minas Gerais, porém foram Mayer et al. (2016) que detalharam
  • 3. e discutiram a diagnose e formalizaram esta espécie. A Gruta Cuvieri foi alvo de inúmeros trabalhos de datação, espeleológicos, paleoambientais, paleontológicos e sedimentológicos (HUBBE, 2008, MAYER, 2011; HUBBE et al. 2011; MAYER et al. 2016; HADDAD-MARTIM et al. 2017). No entanto apenas um único trabalho taxonômico envolvendo roedores foi realizado por Mayer et al. (2016), quando estudaram os espécimes de Cuniculus rugiceps da Gruta Cuvieri. A presente contribuição tem por objetivo ilustrar e comentar os espécimes de Dasyproctidae e Cuniculidae de idade pleistocênica encontrados na Gruta Cuvieri fazendo considerações sobre a tafonomia e taxonomia. MATERIAIS E MÉTODOS A Gruta Cuvieri é constituída de três pequenas cavidades verticais, armadilhas naturais, que foram denominadas Locus 1, 2 e 3 (Fig. 1), com 16 metros, 4 metros e 8 metros de profundidade respectivamente. Todo o material exposto nesta contribuição é proveniente do Locus 3, que apresentou maior quantidade osteológico atribuído ao Pleistoceno (HUBBE et al. 2011; MAYER et al. 2016; HADDAD- MARTIM et al. 2017). Segundo Hubbe (2008) e Mayer (2011) a Gruta Cuvieri possui depósitos sedimentares friáveis ou inconsolidados em sua maior parte, permitindo a execução de escavações estratigraficamente detalhadas, utilizando de técnicas arqueológicas. Figura 1 - Localização geográfica da área de estudo e da Gruta Cuvieri mostrando a posição do Loci 1, 2 e 3 (mapa cortesia de Alex Hubbe e Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas para o Leeh). Os aspectos tafonômicos como abrasão ou desgaste ósseo, nível de exposição a intempéries, quebras, atividade biológica (carniceiros ou predadores), presença de articulação foram os itens avaliados seguindo os conceitos de Voorhies (1969), Badgley (1986), Behrensmeyer (1978; 1991) e Lyman (1994). Para a identificação dos espécimes foi feita a comparação com os da Coleção de Referência “Renato Kipnis” do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos do IB-USP, além de consulta das obras de Paula Couto (1979), Chahud (2001; 2019), Ríos-Uzeda et al. (2004), Woods e Kilpatrick (2005), Castro et al. (2010), Mendes-Oliveira et al. (2012), Silva et al. (2013), Teta e Lucero (2016), Mayer et al. (2016) Kerber, (2017) e Sundaram et al. (2017). Os espécimes e o inventário de suas partes ósseas estão depositados no Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos (LEEH) do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP). CONSIDERAÇÕES SOBRE A IDADE No Locus 3 não foi possível a datação dos espécimes de roedores, porém foram obtidas duas datações utilizando a técnica de 14C-AMS; a
  • 4. mais recente com 12390±50 AP para um espécime de Tapiridae e outra de 12510±70 AP para uma preguiça terrestre. Além dessas datações existem outras três que utilizaram a técnica de U/Th, que obtiveram valores entre 27 e 31 mil anos a partir da análise de material obtido em capa estalagmítica (HUBBE, 2008). Todas estas datações estavam próximo do nível de exposição zero, ou seja, próxima da superfície de escavação. Partindo disso Mayer (2011) e Mayer et al. (2016) consideraram o material encontrado no Locus 3 como tendo idade pleistocênica, que será aceita neste trabalho. ESPÉCIMES OBSERVADOS A família Dasyproctidae teve grande quantidade de material osteológico coletado de diversos indivíduos (Figs. 2 e 3), sendo que a maior parte estava fragmentado e quebrado. Entre os ossos recuperados estão vértebras, ossos apendiculares (Fig. 3), mandíbulas, costelas, ossos da pélvis, fragmentos cranianos e um crânio. A quantidade contabilizada de indivíduos de Dasyproctidae é de pelo menos 15 indivíduos. Para este número foi utilizada a técnica do número mínimo de indivíduos (MNI), que considera o tamanho e a posição ou lateralidade de partes ósseas (BADGLEY, 1986 e LYMAN, 1994). Figura 2 - Cranio de Cutia, Dasyprocta sp. encontrado no Locus 3. A) vista lateral, B) vista dorsal, C) vista ventral. Escala 20mm. A identificação de espécies é muito difícil devido ao número de espécies, que são identificadas por padrões de pelagem ou genética (WOODS; KILPATRICK 2005; KERBER, 2017), que não são preservados. Apenas um crânio (Fig. 2) com algumas quebras foi recuperado e baseado na dentição e morfologia externa do crânio, o espécime pode ser atribuído com segurança ao gênero Dasyprocta, porém a espécie é incerta.
  • 5. A dentição é similar a espécimes atribuídos a Dasyprocta azarae, como os descritos por Teta e Lucero (2016) e difere ligeiramente da dentição de alguns exemplares de Dasyprocta prymnolopha (SILVA et al. 2013) ou a espécimes observados na Amazônia (CHAHUD, 2019), porém o tamanho e o formato geral do crânio são indistinguíveis dos de outras espécies do gênero e por isso se optou pela identificação Dasyprocta sp. Figura 3 - Ossos apendiculares de Dasyprocta sp. encontrados no Locus 3. A) Tíbia; B) Fêmur; C) Rádio; D) Ulna; E) Úmero. Escala 20mm. As ocorrências fósseis das duas espécies de Cuniculidae foram observadas na Gruta Cuvieri. O número de indivíduos no Locus 3 para o gênero Cuniculus incluem 15 espécimes, sendo sete de Cuniculus rugiceps e oito de Cuniculus paca, baseados no MNI. Do mesmo modo que em Dasyproctidae a Paca atual, Cuniculus paca, possui grande quantidade de material osteológico (Figs 4 e 5) preservado como ossos longos apendiculares, vértebras, mandíbulas, ossos da pélvis, fragmentos cranianos e um crânio quase completo (Fig. 4). Figura 4 - Crânio de Cuniculus paca. coletado no Locus 3. A) vista dorsal parcialmente inclinada, B) Vista lateral. Escala 20mm.
  • 6. O material atribuído a Cuniculus paca é em media menor que o dos Dasyproctidae, no entanto apresenta maior robustez (Figs. 3 e 5), principalmente se comparar os fêmures e tíbias, mais alongadas em Dasyproctidae. É importante ressaltar que muitos espécimes podem ser de indivíduos jovens, registrados pela falta das epífises que não estavam fusionadas (Fig. 5), e por isso seriam menores. Figura 5 - Ossos apendiculares de Cuniculus paca coletados no Locus 3. A) Tíbia; B) Fêmur; C) Rádio; D) Ulna; E) Úmero. Escala 20mm. A espécie extinta Cuniculus rugiceps é o maior roedor encontrado na Gruta Cuvieri (Fig. 6), com tamanho muito superior ao do seu parente recente, sendo a diferença no tamanho é a principal característica diagnóstica da espécie (MAYER et al. 2016). A ocorrência de ambas as espécies não é indicativo de terem sido simpátricas, pois em ambiente deposicional em cavernas ocorre a mistura temporal do material osteológico, mesmo que mínima como no caso da Gruta Cuvieri. Contudo as ocorrências de Cuniculus rugiceps estavam mais concentradas em partes mais profundas do Locus 3 (MAYER et al. 2016), enquanto o registro da ocorrência de Cuniculus paca é mais variado e comum em partes mais próximas a superfície. Figura 6 - Mandíbula de Cuniculus rugiceps encontrada na Gruta Cuvieri. Escala 20mm.
  • 7. A presença de Cuniculus paca em depósitos do Quaternário provém dos estados de Minas Gerais, Bahia, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Piauí e São Paulo (CHAHUD, 2001; 2005; MAYER et al. 2016; KERBER, 2017), porém Cuniculus rugiceps os registros estão restritos a Minas Gerais e Piauí, mas é possível que o registro seja maior devido a alguns espécimes identificados como Cuniculus paca poderem pertencer a Cuniculus rugiceps (MAYER et al. 2016). CARACTERIZAÇÃO TAFONÔMICA Os loci da Gruta Cuvieri serviram como armadilha para os macrovertebrados que lá entravam e acabavam presos em seus interiores. Devido a isso boa parte da acumulação óssea é representada por carcaças articuladas, semi- articuladas ou com ossos desarticulados, porém associados de um mesmo indivíduo (HUBBE et al. 2011). Os Cuniculidae, principalmente as partes ósseas de Cuniculus rugiceps, apresentam um dos melhores exemplos de material articulado com sequência de vértebras articuladas (Fig. 7). Figura 7 - Sequência de vértebras articuladas de Cuniculus rugiceps encontradas no Locus 3. Escala 20mm. Ocorrem poucas marcas de atividades de roedores, apenas observadas em poucos ossos maiores de Cuniculus rugiceps e C. paca, mas não em Dasyproctidae e pouco material exposto ao intemperismo. Rachaduras causadas por mudanças climáticas bruscas, como estudadas por Behrensmeyer (1978), não foram observadas no material osteológico, sugerindo que a maior parte do material preservado foi protegida de grandes variações de temperatura e umidade. CONCLUSÕES Os roedores das famílias Dasyproctidae e Cuniculidae são representados pelas espécies atuais de cutias, Dasyprocta sp., e pacas, Cuniculus paca e por uma espécie extinta de Paca, Cuniculus rugiceps, de grande porte. A paca encontrada é Cuniculus paca, porém não é possível afirmar com segurança que a cutia existente é da espécie Dasyprocta azarae, por não termos características diagnósticas preservadas da espécie. O material osteológico de Dasyprocta sp. e Cuniculus paca está distribuído por toda a estratigrafia do Locus 3, porém o material de Cuniculus rugiceps está concentrado nas partes mais profundas, sugerindo que seja mais antigo. No entanto é importante ressaltar que por ser um depósito em caverna existe alguma remobilização de material osteológico. AGRADECIMENTOS O autor agradece a Professora Doutora Maria Mercedes Martinez Okumura responsável
  • 8. pelo Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos do Instituto de Biociências, onde a coleção osteológica Guajá está depositada e aos pesquisadores que coletaram o material da Gruta Cuvieri e que forneceram informações importantes para a realização deste trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTOINE, P. O. et al. Middle Eocene rodents from Peruvian Amazonia reveal the pattern and timing of caviomorph origins and biogeography. Proceedings of the Royal Society, Series B: Biological Sciences, v. 279, p. 1319– 1326. 2012. BADGLEY, C. Counting Individuals in Mammalian Fossil Assemblages from Fluvial Environments. Palaios, v. 1, n. 3, p. 328-338. 1986. BEHRENSMEYER, A. K. Taphonomic and ecologic information from bone weathering. Paleobiology, v. 4, n. 2, p. 150-162. 1978. BEHRENSMEYER, A. K. Terrestrial Vertebrate Accumulations. Taphonomy: In: ALLISON, P.A. e BRIGGS, D. E. G. (eds.). Taphonomy: releasing the data locked in the fossil record. New York: Plenum Press, 1991, p. 291- 335. BERGQVIST L. P. et al. Primata, Roedores e Litopternas do Mio-Plioceno da Amazônia Sul- Ocidental (Formação Solimões, Bacia do Acre), Brasil. Geología Colombiana, v. 23, p. 19-29, 1998. BOIVIN, M. et al. Late middle Eocene caviomorph rodents from Contamana, Peruvian Amazonia. Palaeontologia Electronica, v. 20.1.19A, p. 1-50, 2017. CASTRO, J. J. et al. Una nueva especie de Cuniculus (Rodentia: Cuniculidae) de la cordillera Central de Colombia. Revista de la Asociación Colombiana de Ciencias Biológicas, v. 22, p. 122–131. 2010. CHAHUD, A. Caracterização tafonômica da assembléia de vertebrados fósseis (Pleistoceno- Holoceno) do Abismo Ponta de Flecha, Iporanga, SP. Projeto PIBIC – CNPq. (Relatório Científico). 2001. 45p. CHAHUD, A. Paleomastozoologia do Abismo Ponta da Flecha, Iporanga, SP. In: Congresso Latino-americano de Paleontologia de Vertebrados, Resumos, Rio de Janeiro, UFRJ, 2005. p.76-78. CHAHUD, A.. Uma coleção osteológica de roedores derivada de atividades de caça da Sociedade Awá-Guajá do estado do Maranhão. Acta Biológica Catarinense, v. 6, n. 4, p. 83-94. 2019 HADDAD-MARTIM, P. M. et al. Quaternary depositional facies in cave entrances and their relation to landscape evolution: The example of Cuvieri Cave, eastern Brazil. Catena. v. 157, p. 372-387. 2017. HUBBE, A. Contextualização taxonômica, tafonômica e morfométrica dos remanescentes ósseos da megamastofauna da gruta Cuvieri (MG) um sitio paleontológico do pleistoceno tardio. São Paulo. Dissertação de mestrado, Instituto de Biociências da USP. 2008. 141p. HUBBE, A. et al. Identification and importance of critical depositional gaps in pitfall cave environments: the fossiliferous deposit of Cuvieri Cave, eastern Brazil. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, v. 312, p. 66– 78, 2011. KERBER, L. Imigrantes em um continente perdido: O registro fossilífero de roedores Caviomorpha (Mammalia: Rodentia: Ctenohystrica) do Cenozoico do Brasil. Terrae Didactica, v. 13, n. 2, p. 185–211. 2017. LYMAN, R. L. Vertebrate Taphonomy, Cambridge Manuals in archaeology. 1994. 552p. MAYER, E. L. Processos de formação de um depósito fossilífero, um abismo na Gruta Cuvieri (MG): Taxonomia, Tafonomia e distribuição
  • 9. espacial. Dissertação de Mestrado. São Paulo: Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo. 2011. MAYER E.L. et al. Taxonomic, biogeographic, and taphonomic reassessment of a large extinct species of paca from the Pleistocene of Brazil. Acta Palaeontologica Polonica, v. 61, n. 4, p. 743- 758. MENDES-OLIVEIRA, A. C. et al. Testing simple criteria for de age estimation of six hunted mammal species in Brazilian Amazon. Mastozoología Neotropical, v. 19, n. 1, p. 105–116, 2012. PAULA COUTO, C. Tratado de Paleomastozoologia. Rio de Janeiro. Academia Brasileira de Ciências. 1979. 590p. RAMÍREZ-CHAVES, H. E.; SOLARI, S. Sobre la disponibilidad del nombre Cuniculus hernandezi Castro, López y Becerra, 2010 (Rodentia: Cuniculidae). Actualidades Biológicas, v. 36, n. 100, p. 59–62. 2014. RIOS-UZEDA, B. et al. 2004. La jayupa de la altura (Cuniculus taczanowskii, Rodentia, Cuniculidae), un nuevo registro de mamífero para la fauna de Bolivia, Mastozoologia Neotropical, v. 11, p. 109-114. SILVA D. C. B. et al. Anatomical and histological characteristics of teeth in agouti (Dasyprocta prymnolopha Wagler, 1831). Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 33, n. 1. p. 51– 7. 2013. SUNDARAM V. et al. 2017. Hind limb skeleton of the orange rumped agouti (Dasyprocta leporina Linnaeus, 1758): structural and functional perspective. Annual Research e Review in Biology. 12(2): 1–12. TETA, P.; LUCERO. E S. O. ¿Cuántas especies del género Dasyprocta (Rodentia, Dasyproctidae) hay en la Argentina? Mastozoología Neotropical, v. 23, p. 193-199. 2016. VERZI D. H.; MONTALVO C. I. The oldest South American Cricetidae (Rodentia) and Mustelidae (Carnivora): Late Miocene faunal turnover in central Argentina and the Great American Biotic Interchange. Palaeogeography Palaeoclimatology Palaeoecology, v. 267, p. 284- 291, 2008. VOORHIES, M. Taphonomy and population dynamics of an early Pliocene vertebrate fauna, Knox County, Nebraska. Contribution Geology Special Papers Univ. Wyo. Press; Laramie, Wyoming. n. 1. 1969. 69 pp. WOODS, C. A.; KILPATRICK, C. W. Infraorder Hystricognathi Brandt, 1855. In: Wilson, D.E. e Reeder, D.M. (Eds.). Mammal Species of the World: a taxonomic and geographic reference. 3.ed. Baltimore, The Johns Hopkins University Press. 2005. p. 1538-1600. WYSS A. R., et al. 1993. South America’s earliest rodent and recognition of a new interval of mammalian evolution. Nature, v. 365. p. 434- 437. _______________________________________ *Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos, Departamento de Genética e Biologia Evolutiva, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, Rua do Matão 277, São Paulo, SP 05508- 090, Brazil. *E-mail: arturchahud@yahoo.com *ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7690- 3132 37