Reportagem destaca a importância do preparo de lancheiras com alimentos naturais para as crianças.
Observação: para ler o texto completo, baixe as partes 1 e 2.
1. DOMINGO, 15 DE FEVEREIRO DE 2015 – geral 11
você
sabia?
7
1.375
a cada dez
profissionais querem
mudar de emprego
em 2015. Foi o que
apontou a pesquisa
feita pela Catho. Mas
mudar de emprego
ficou mais difícil, por
causa da falta de vagas
no mercado
de trabalho
foi o número de pessoas
mortas em janeiro
no Iraque, segundo a
ONU no país. Destas,
cerca 800 eram civis
e o restante seria de
membros das forças de
segurança. As mortes
foram causadas pela
guerra contra o grupo
Estado Islâmico, além
de mais de 1.500 que
ficaram feridas
ARTE: EDI EDSON
ARTEE: EDEDI EDSON
escola e sugerir mudanças,
caso percebam que o local só
oferece frituras, refrigeran-
tes, salgadinhos e doces.
Bom exemplo em casa
A endocrinologista Flávia
Ribeiro Funes ressalta que
não adianta preparar uma
lancheira saudável se os pais
não seguem uma dieta ade-
quada. “Os filhos se espelham
no que veem. Se os pais com-
pram refrigerantes e comem
muitos alimentos industria-
lizados, a criança tende a se-
guir esse exemplo.”
Na casa da artista plástica
paulistana Larissa Carozzi,
de 37 anos, a alimentação
saudável sempre foi priorida-
de. Por isso, ela se viu em um
dilema quando o filho mais
novo, João Carozzi, entrou na
escola, aos 2 anos e meio de
Maiara Fidalgo, nutricionista
A lancheira deve ser
atrativa. Coloque
alimentos coloridos,
que chamem a
atenção do seu filho,
prepare frutas e
vegetais em forma
de desenhos que a
criança conheça
idade. “Foi um grande pro-
blema porque o lanche era li-
vre e muitas crianças levavam
salgadinho e bolacha rechea-
da”, lembra.
Larissa decidiu procurar
uma escola que tivesse uma
preocupação maior com a
alimentação. “A escola ti-
nha um cardápio fechado
para cada dia, mas o achei
fraco e comecei a enviar na
lancheira um complemento
com legumes cozidos e fru-
tas. Depois, conversei com a
diretora sobre o perigo das
frituras e do suco artificial.
Com diálogo, conseguimos
tirar esses alimentos do car-
dápio”, comemora.
A lancheira de João aca-
bou influenciando os hábitos
alimentares das outras crian-
ças. “Eu mandava ervilha
para ele e todas as crianças
queriam comer também, os
pais não acreditavam! Já a
professora fez um painel in-
dicando os alimentos nutri-
tivos e os que fazem mal à
saúde. As crianças passaram
a dar bronca nos pais que be-
biam refrigerante.”
Larissa, que é filha de
uma nutricionista, chegou
a colocar vídeos do filho no
YouTube para provar que é
possível ensinar as crianças a
comer bem. “Os pais preci-
sam saber o que as crianças
estão comendo. Essa rapidez
de comprar um pacotinho e
colocar na lancheira não re-
solve”, conclui a mãe de João,
que hoje tem 4 anos.
Os pais devem
verificar o cardápio
da lanchonete da
escola e sugerir
mudanças
MARCELOALVES
A artista plástica Larissa
Carozzi, de 37 anos, ao
lado do filho João, de 4
anos: ela usa a imaginação
para preparar lanches
coloridos e alimentos
naturais que sejam
atrativos para o menino
MARAT