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Dr. Raphael Menezes
CRM: 32960 PR
Elementos Centrais
Mudança da Personalidade
Alteração do Comportamento
Subtipos Clínicos
DESINIBIDO
APÁTICO
ESTERIOTÍPICO
! As	três	formas	clínicas	das	DEGENERAÇÕES	LOBARES	FRONTOTEMPORAIS	são:		
1. Demência	Frontotemporal		
2. Afasia	Progessiva	Primária	(APP)	
3. Demência	Semântica	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
! Pode-se	ver	também	nestes	pacientes	MUDANÇAS	EM	HÁBITOS	DIETÉTICOS	
(eventualmente	com	aumento	da	ingestão	de	álcool)	e	uma	preferencia	por	doces	e	
carboidratos.		
! Pode	também	acompanhar	TRANSTORNO	DO	CONTROLE	DE	IMPULSOS:	Cleptomania	
e	Transtorno	do	jogo.		
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Aula 9. Geriatria		
Demências
Frontotemporais
e outras do tipo
Não-Alzheimer
DEMÊNCIA
FRONTOTEMPORAL
Polarizada para APATIA ou DESINIBIÇÃO
Apresentando declínios no desempenho na conduta social interpessoal (transgressão de costumes
sociais, atitudes inadequadas e até atos delinquentes) e na regulação da conduta pessoal
(negligência da higiene pessoal), embotamento emocional e perda de insight.
Acometimento da região PRÉ-FRONTAL ORBITOFRONTAL
Acometimento da região PRÉ-FRONTAL MESIAL e do CÍNGULO ANTERIOR
Acometimento predominante do ESTRIADO
Dr. Raphael Menezes – CRM: 32960
Dr. Raphael Menezes
CRM: 32960 PR
SÍNDROME DO PANÚRGIO
SÍNDROMEDEEPENDÊNCIA AMBIENTAL
SÍNDROME DE DESINIBIÇÃO
SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA AMBIENTAL
SÍNDROME APÁTICA
Indivíduo perde sua autonomia passando a adotar comportamentos automáticos, estereotipados e
dependentes do ambiente imediato (Comportamentos Gregários)
COMPROMETIMENTO: Lobos Frontais
MANIFESTAÇÕES COGNITIVAS
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
! Alteração	neuropsicológica	mais	saliente	é	a	SÍNDROME	DISEXECUTIVA	que	podem	
incluir:		
- Dificuldade	na	tomada	de	decisão	(os	pacientes	não	demonstram	conhecimento	
dos	riscos	relacionados	às	opções)	
- Dificuldade	de	Resolução	de	problemas	
- Insight	prejudicado	
- Déficits	de	planejamento,	julgamento,	abstração	e	organização	de	tarefas	
redigidas	a	uma	meta,	bem	como	memória	de	trabalho.		
	
	
	
! No	início	existe	pouco	comprometimento	de	funções	executivas.		
! Nos	estados	mais	avançados	podem	aparecer	prejuízos	cognitivos	globais,	como	aqueles	
da	DA.		
	
PRINCIPAIS	CARACTERÍSTICAS	COGNITIVAS	DA	DEMÊNCIA	FRONTOTEMPORAL	
Inteligência	Geral	/	QI		 Normal	ou	diminuído	devido	a	falta	de	esforço	mental	
Função	executiva	 Principal	grupo	de	alterações.	“SINDROME	DISEXECUTIVA”	
Atenção	 Hipoprosexia,	distratibilidade,	apatia,	impulsividade,	automonitoramento	pobre	
Memória	 Dia-a-dia	normal.	Episódica	geralmente	ausente.	Amnésia	do	tipo	Frontal:	
dificuldade	de	evocação	mas	com	reconhecimento	preservado	
Linguagem	 Síndrome	PEMA:	palilalia,	ecolalia,	mutismo	e	amimia,	diminuição	da	fluência	
verbal:	categorial	e	fonética.		
Manifesta-se de diferentes formas:
1. Desinibição Motora: Hiperatividade, pressão de
discurso, necessidade reduzida de sono.
2. Desinibição dos Instintos: Sd. De Kluver-Bucy
3. Desinibição Emocional: Euforia, elação, irritabilidade.
4. Desinibição Intelectual: Delírios Megalomaníacos e
Paranóides, fuga de idéias
5. Desinibição Sensorial: Alucinações Auditivas e Visuais
COMPROMETIMENTO: Porções Orbitais dos lobos frontais
O paciente comporta-se em um ambiente não familiar como se fizesse parte dele, realizando tarefas
que são ditadas não por seu papel social mas pelas pistas que o ambiente propicia.
- Ex.: Mediante apresentação de uma escova de dentes o paciente toma o objeto para si e faz
como se estivesse escovando os dentes mesmo que este seja banguela ou não tenha
recebido nenhuma instrução para realizar o ato por parte do examinador.
COMPROMETIMENTO: Córtex OrbitoFrontal
Traduzida pela falta de motivação / mobilização.
COMPROMETIMENTO: Lesões frontomesiais e/ou do cíngulo anterior.
Dr. Raphael Menezes
CRM: 32960 PR
DIAGNÓSTICO
Percepção	 NORMAL	
Praxia	 NORMAL	
Cálculo	 NORMAL	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Início e Curso Insidioso – Curso Progressivo
DEGENERATIVA
Cognitivo/Comportamental
TRANSTORNO CORTICAL
MOTOR
SUBCORTICAL/GÂNGLIOS
DA BASE
PSP, DCB, DCL
Sinais e sintomas
dominantes
Cognitivo > Comportamental
DEGENERAÇÃO ANTERIOR OU
POSTERIOR
Comportamental > Cognitivo
DEGENERAÇÃO DO
HEMISFÉRIO ANTERIOR
DFT
Transtorno cognitivo
vs. comportamental
Diversos domínios afetados
DEGENERAÇÃO NÃO FOCAL
DCL, DA
Déficits cognitivos
Predominância de um domínio
DEGENARAÇÃO FOCAL
LinguagemSemânticaMemória Espaço – Percepção
APNF, DADSDA DA
Natureza
Do
Déficit
Tipo “anterior”/seletivo Tipo “posterior”/não seletivo
DAAPNF
Natureza do
Transtorno de
Linguagem
PSP: Paralisia Supranuclear
Progressiva
DCB: Degeneração corticobasal
DCL: Demência com corpos de Lewy
DFT: Demência Fronto-Temporal
DA: Alzheimer
APNF: Afasia Progressiva não fluente
Início Agudo – Não Progressivo
NÃO DEGENERATIVA
Tanto a TC de crânico quanto a RNM podem evidenciar:
ATROFIA FRONTAL E/OU TEMPORAL ANTERIOR
Dr. Raphael Menezes
CRM: 32960 PR
NÃO USAR
ANTICOLINÉRGICOS E MEMANTINA
TRATAMENTO	
	
	
	
! Não	existe	tratamento	específico,	apenas	controle	de	alguns	sintomas	que	podem	ser	
muito	estressantes	para	família.		
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Identificar
subtipo
DESINIBIDO APÁTICO
WANDERING (tendência a andar a esmo)
INQUIETAÇÃO
INSÔNIA
SEM RESPOSTA
TRAZODONA (50 a 600mg/dia)
QUETIAPINA (50 a
300mg/dia)
CLOZAPINA (25 a
100mg/dia)
CASOS MAIS GRAVES (incluindo
agitação psicomotora e
agressividade):
CASOS
MAIS
BRANDOS:
HIPERFAGIA
COMPORTAMENTOS REPETITIVOS
ISRS (doses altas) ou
TOPIRAMATO (50 a 200mg/dia)
HIPERSEXUALIDADE
CIPROTERONA (50 a 100mg a cada 12 horas por
03 meses)
APATIA
DESATENÇÃO
REDUÇÃO MEMÓRIA DE TRABALHO
1. PSICOESTIMULANTES:
- Lisdexanfetamina (30 a 70mg/dia)
- Metilfenidato (10 a 40mg/dia)
2. AGENTES NORADRENÉRGICOS E/OU
DOPAMINÉRGICOS:
- Desipramina (50 a 100mg/dia)
- Modafinil (200mg)
- Seleginina (10mg)
- Bupropiona (150 a 300mg/dia)
- Pramipexol (0.25 a 1mg/dia)
Dr. Raphael Menezes
CRM: 32960 PR
Variantes da doença
NÃO FLUENTE/AGRAMÁTICA
SEMÂNTICA
LOGOPÊNICA
MANIFESTAÇÕES COGNITIVAS
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
-	Heterogeneidade	clínica	é	muito	comum.		
-	A	maioria	é	esporádica,	no	entanto	alguns	casos	familiares	tem	sido	relatados.		
-	Ao	mesmo	tempo	discordância	desses	dados	em	gêmeos	monozigóticos	também	foi	publicada,	o	
que	sugere	heterogeneidade	genética.		
-	Há	registro	na	literatura	de	APP	que	evoluiu	com	o	tempo	para	fenótipo	de	DEGENERAÇÃO	
CORTICOBASAL	(DCB)	ou	PARALISIA	SUPRANUCLEAR	PROGRESSIVA.		
	
	
	
	
	
! Como	o	próprio	nome	indica,	a	LINGUAGEM	é	o	principal	
domínio	alterado.		
	
	
	
	
	
	
	
	
	
! A	COMPREENSÃO	está	INTACTA	–	ou	pelo	menos	inicialmente.	Com	o	progredir	da	
doença	haverá	mais	problemas	em	relação	a	isto.		
! REPETIÇÃO	GRAVEMENTE	COMPROMETIDA	!!!		
! NOMEAÇÃO	ao	confronto	ou	diante	de	descrição	também	está	GRAVEMENTE	
COMPROMETIDA	!!!	Apesar	de	o	nome	correto	poder	ser	escolhido	entre	alternativas	e	a	
informação	semântica	sobre	o	item	que	não	se	consegue	nomear	poder	ser	dada.		
	
	
	
AFASIA PROGRESSIVA
NÃO FLUENTE / PRIMÁRIA
1892
Inicialmente descrita por Arnold Pick e posteriormente
redescoberta e repaginada por Mesulam.
Também conhecida como AFASIA PROGESSIVA NÃO FLUENTE ou APP AGRAMÁTICA
Também conhecida como DEMÊNCIA SEMÂNTICA
Também conhecida como AFASIA PROGRESSIVA LOGOPÊNICA
Pacientes com esta forma
geralmente apresentam DA
na necropsia.
AFASIA
Pode passar ao examinador a sensação de um distúrbio do pensamento ou salada de
palavras (característica da Esquizofrenia) ou ainda, pode passar despercebida quando
muito leve ou quando o cuidador se antecipa a responder todas as perguntas, bem
como em situações em que a conversa é superficial e o paciente oferece “respostas
prontas” ao invés de “contrui-las”.
§ LEITURA	e	ESCRITA	COMPROMETIDOS!	Estes	
déficits	espelham	prejuízos	na	linguagem	escrita.	/ 	
§ A	PERDA	DE	PROSÓDIA	dá	a	locução	uma	qualidade	
telegráfica,	que	é	progressiva,	até	se	chegar	ao	
MUTISMO.
Dr. Raphael Menezes
CRM: 32960 PR
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
PRINCIPAIS	CARACTERÍSTICAS	COGNITIVAS	DA	AFASIA	PROGRESSIVA	NÃO	FLUENTE	
Inteligência	Geral	/	QI		 Diminuição	do	QI	geral,	QI	verbal	geralmente	mais	comprometido	do	que	o	de	
performance	devido	ao	comprometimento	da	linguagem.		
Função	executiva	 Queda	da	fluência	verbal,	ou	sem	alterações	nas	fases	iniciais	
Atenção	 NORMAL	
Memória	 NORMAL	
Linguagem	 Deterioração	fonológica	e	sintática;	compreensão	está	preservada;	queda	da	
fluência	verbal	(fonética	pior	que	categórica).			
Percepção	 NORMAL	
Praxia	 NORMAL	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
--------------------------------------------------------------------	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
! Não	existe	tratamento	específico,	apenas	controle	de	alguns	sintomas.		
	
	
	
	
CRITÉRIOS DE CONSENSO INTERNACIONAL PARA AFASIA PROGRESSIVA PRIMÁRIA:
Os critérios de 1 a 3 devem ser respondidos positivamente para o diagnóstico de APP:
1. Característica clínica mais proeminente é a dificuldade de linguagem.
2. Esses déficits são a principal causa de prejuízos na atividade diária.
3. A Afasia deve ser o déficit mais proeminente no início dos sintomas e para as
fases iniciais da doença.
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO:
1. O padrão dos déficits é mais bem explicado por outra disfunção não
degenerativa do Sistema Nervoso ou outras condições médicas, ex.:
Neoplasia, Hipotireodismo...
2. O déficit é mais bem explicado por outra doença psiquiátrica.
3. Proeminente déficit inicial da memória episódica e visual, bem como
prejuízo perceptual. Ex.: Dificuldade de copiar desenhos de linhas simples.
4. Proeminente transtorno inicial do comportamento.
CRITÉRIOS DE CONSENSO INTERNACIONAL PARA VARIANTE NÃO FLUENTE AGRAMÁTICA DA AFASIA PROGRESSIVA
PRIMÁRIA:
Pelo menos 01 das características principais (1 e 2) devem estar presentes, e pelo menos 02 das seguintes outras
características (3 a 5) devem estar presentes:
1. Agramatismo na produção da linguagem.
2. Fala esforçada, com interrupções e distorções inconsistentes, supressões, substituições, inserções ou
transposições dos sons da fala, especialmente em palavras polissilábicas (muitas vezes considerados
reflexo da “apraxia da fala”.
3. Compreensão de frases sintaticamente complexas prejudicada.
4. Conhecimento de objetos preservado.
CRITÉRIOS DE ESUPORTE (NEUROIMAGEM):
Os seguintes critérios devem estar presentes:
1. Diagnóstico clínico da forma não fluente agramática da APP
2. Imagem deve mostrar um ou mais dos seguintes resultados:
a) Atrofia predominantemente frontoinsular posterior esquerda
na RNM.
b) Hipoperfusão frontoinsular posterior esquerdo na SPECT ou PET.
ANSIEDADE
DEPRESSÃO
ISRS
DÉBITO VERBAL
APATIA
DESIPRAMINA (50 a 100mg/dia)
Dr. Raphael Menezes
CRM: 32960 PR
MANIFESTAÇÕES COGNITIVAS
	
	
	
	
	
	
	
	
	
! Em	geral	evolui,	em	seus	estados	mais	avançados,	para	uma	DFT.		
! Dada	a	ATROFIA	DOS	LOBOS	TEMPORAIS	(sobretudo	o	esquerdo),	é	muito	comum	que	
pacientes	com	DEMÊNCIA	SEMÂNTICA	apresentem	comportamentos	repetitivos:	
sintomas	obsessivos	e	comportamentos	estereotipados	e	ritualísticos.		
! São	propensos	também	a	HIPOCONDRIA	ou	DORES	SEM	BASE	ORGÂNICA.		
	
	
	
	
	
! Como	o	próprio	nome	indica	a	LINGUAGEM	é	que	está	principalmente	alterado	nesta	
doença.		
	
	
	
	
	
	
	
! Em	contraste	com	a	DA,	o	paciente	não	sabe	falar	nenhum	detalhe	sobre	determinado	
objeto	que	ele	não	pode	nomear.	Ex.:	
• Na	DA:	O	paciente	é	incapaz	de	nomear	o	tucano,	mas	sabe	dizer	que	ele	voa,	que	é	
natural	do	Brasil.		
• Na	DS:	Incapaz	de	nomear	o	tucano	e	incapaz	de	fornecer	detalhes	a	respeito.		
! PROSOPAGNOSIA	PROGRESSIVA:	Pode	acontecer	também	dificuldade	de	reconhecer	
rostos	familiares.	
! DISCURSO	CONVERSACIONAL	é	FLUENTE,	sinteticamente	e	gramaticalmente	correto,	
mas	pode	demonstrar	ANOMIA	e	uso	de	CATEGORIAS	SUPERORDENADAS	(todos	os	
animais	são	chamados	de	cães,	por	exemplo).	Com	o	progresso	da	doença	as	locuções	
podem	se	tornar	BREVES	e	ESTEREOTIPADAS.		
! DISLEXIA	DE	SUPERFÍCIE:	Ocorre	quebra	de	ligação	entre	as	palavras	e	seu	significado.	
	
	
PRINCIPAIS	CARACTERÍSTICAS	COGNITIVAS	DA	DEMÊNCIA	SEMÂNTICA	
Inteligência	Geral	/	QI		 Diminuição	do	QI	geral,	QI	verbal	geralmente	mais	comprometido	do	que	o	de	
performance	devido	ao	comprometimento	da	linguagem.		
Função	executiva	 Preservada	no	início.	Prejuízo	da	fluência	verbal	
Atenção	 NORMAL	
Memória	 NORMAL	para	eventos	recentes.	Memória	semântica	gravemente	prejudicada.		
Linguagem	 Anomia	distinta,	baixa	fluência	verbal	(categorial	>	fonética).	
Compreensão	prejudicada;	sintaxe	e	gramática	preservadas;	dislexia	
superficial	(erros	de	regularização)			
Percepção	 NORMAL	
Praxia	 NORMAL	
DEMÊNCIA SEMÂNTICA, AFASIA
FLUENTE PROGRESSIVA,
VARIANTE TEMPORAL DA
DEMÊNCIA FRONTOPARIETAL
Rara das DLFT’s
“Hã?!”
Muitas vezes o paciente pode passar para o examinador a impressão de
que não escutam, quando na verdade, não compreendem.
“O que é uma taça?”
Ocorre a PERDA DE MEMÓRIA PARA PALAVRAS. Uma anomia acentuada é
notada nas testagens.
Dr. Raphael Menezes
CRM: 32960 PR
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
! Não	existe	tratamento	específico,	apenas	controle	de	alguns	sintomas.		
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
CRITÉRIOS DE CONSENSO INTERNACIONAL PARA VARIANTE SEMÂNTICA DA AFASIA PROGRESSIVA PRIMÁRIA:
As características principais (1 e 2) devem estar presentes, e pelo menos 03 das seguintes outras características (3 a 6)
devem estar presentes:
1. Prejuízo na nomeação por confrontação (de imagens ou objetos),
especialmente para itens de baixa familiaridade ou de baixa frequência.
2. Compreensão prejudicada de palavras isoladas.
3. Prejuízo no conhecimento de objetos, particularmente para itens de baixa frequência ou de pouca
familiaridade.
4. Dislexia e/ou disgrafia de superfície.
5. Repetição preservada.
6. Discurso motor (sem distorções) e gramática preservados.
CRITÉRIOS DE ESUPORTE (NEUROIMAGEM):
Os seguintes critérios devem estar presentes:
1. Diagnóstico clínico da variante semântica da afasia progressiva primária.
2. Imagem deve mostrar um ou mais dos seguintes resultados:
a) Atrofia do lobo temporal anterior na RNM.
b) Hipoperfusão temporal anterior na SPECT ou PET.
HIPOCONDRIA
QUEIXAS SOMÁTICAS (principalmente dor)
ANSIEDADE
COMPORTAMENTO REPETITIVOS
ISRS
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS
- Quetiapina (50 a 200mg/dia)
Paciente com DS (RNM e SPECT):
- Atrofia e hipoperfusão focol
bitemporal assimétrica (mais
evidente na área temporal
esquerda), acometendo
também o HIPOCAMPO.
- Notar que este padrão pode
ser confundido com o da DA.
Dr. Raphael Menezes
CRM: 32960 PR
MANIFESTAÇÕES COGNITIVAS
	
	
	
	
	
	
	
	
	
! A	DEMÊNCIA	COM	CORPOS	DE	LEWY	(DCL)	é	uma	forma	de	PARKINSONISMO	PLUS	
associada	a	rica	sintomatologia	psiquiátrica	(alucinações	visuais,	confusão	mental).		
! A	DOENÇA	DE	PARKINSON	(DP)	é	considerada	uma	patologia	neuropsiquiátrica,	dada	a	
exuberância	de	sintomas	comportamentais	e	cognitivos,	os	quais	são	comuns	e	
progridem	em	vários	pacientes	até	a	demência.		
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
! A	DDP	foi	rotulada	como	uma	demência	subcortical,	em	contraposição	à	demência	
cortical	da	DA.		
! Déficits	cognitivos	podem	ser	encontrados	em	pacientes	com	DP	não	demenciados.		
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
! Logo,	pode	ser	confundida	com	DEPRESSÃO.	O	examinador	deve	ter	paciência	pois	as	
respostas	são	demoradas.		
! INATENÇÃO,	DISTRATIBILIDADE	VISUAL	e	PERSEVERAÇÃO	são	mais	comuns	na	DCL	
que	na	DA.		
! MEMÓRIA	está	relativamente	PRESERVADA.		
! Pacientes	com	DP	se	dispensam	mais	facilmente	e	apresentam	certa	dificuldade	de	
estabelecer	um	novo	foco.		
	 	
	
	
	 	
	
	
	
	
DEMÊNCIA COM CORPOS
DE LEWY E DEMÊNCIA NA
DOENÇA DE PARKINSON
A DP E A DLC SÃO DOENÇAS DE IDOSOS
	
A idade, mais do que a época de surgimento, é um fator de risco
para a demência na DP (DDP), e sintomas como rigidez e
alterações na fala, marcha e postura estão associados ao
advento subsequente da demência, ao contrário de quando a
doença é dominada pelo tremor.
INCIDÊNCIA DE DPP:
30% de todos os casos
APATIA + LENTIDÃO DO PROCESSAMENTO COGNITIVO + DISFUNÇÃO EXECUTIVA
BRADIFRENIA:		
Ocorre	lentificação	do	pensamento	ou	prolongamento	do	
tempo	de	processamento	de	uma	informação.		
Um dos SINAIS CARDINAIS para
DEMÊNCIAS SUBCORTICAIS e talvez,
na DP, ande em paralelo com a
BRADICINESIA.
Dr. Raphael Menezes
CRM: 32960 PR
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA DEMÊNCIA COM CORPOS DE LEWY:
Características Principais:
1. Quadro de declínio cognitivo progressivo de magnitude suficiente para interferir na função social e
profissional.
Obs.: Diminuição da memória não ocorre necessariamente na fase inicial, mas na maioria dos casos, fica
evidente com o avançar dos casos.
Manifestações Principais:
1. Flutuações cognitivas com variações acentuadas na atenção e no estado de alerta.
2. Alucinações visuais recorrentes que são geralmente bem formadas e detalhadas.
3. Parkinsonismo espontâneo.
Manifestações Sugestivas:
1. Quedas repetidas.
2. Síncope
3. Perda temporária da consciência
4. Sensibilidade aos neurolépticos
5. Delírios sistematizados
6. Alucinações em outras modalidades (não visuais)
7. Transtorno Comportamental do sono REM
8. Depressão
Características que sugerem outro diagnóstico:
1. História de AVC
2. Qualquer outra doença física ou disfunção cerebral suficiente para interferir no desempenho
cognitivo.
DIAGNÓSTICO
	
NIVEL DE CONSCIÊNCIA é FLUTUANTE
Uma das principais características da DCL.
	
	
! Comprometimento	da	FUNÇÃO	EXECUTIVA	são	proeminentes,	assim	como	da	
ATENÇÃO.	
! Os	pacientes	apresentam	muita	dificuldade	no	CONTROLE	MENTAL,	PRAGMATISMO	
(dificuldade	em	lidar	com	aspectos	da	vida	prática,	incapacidade	de	realizar	atos	
eficientes,	objetivos	e	propositais)	e	na	TOMADA	DE	DECISÃO.		
! MEMÓRIA	DE	TRABALHO	encontra-se	COMPROMETIDA	GRAVEMENTE.		
	
	
	
	
	
	
	
	
	 	
	
	
	
	
	 	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 	
	
	
PRINCIPAIS	CARACTERÍSTICAS	COGNITIVAS	DA	DDP	E	DCL	
Inteligência	Geral	/	QI		 Queda	do	QI	geral,	QI	de	performance	pior	que	o	verbal,	provavelmente	
associado	a	disfunção	executiva.			
Função	executiva	 Déficits	proeminentes:	no	controle	mental,	na	memória	de	trabalho,	no	
pragmatismo,	na	tomada	de	decisão.		
Atenção	 Déficits	proeminentes:	“plataforma	de	atenção	instável”;	dificuldade	em	se	
estabelecer	foco	atencional,	fácil	dispersão;	bradifrenia;	comprometimento	da	
memória	de	trabalho	espacial;	flutuação	de	consciência	(nível	de	alerta).	
Memória	 Padrão	subcortical	de	comprometimento,	reconhecimento	melhor	que	evocação.		
Linguagem	 Relativamente	intacta;	fluência	verbal	pode	estar	comprometida	(fonêmica	>	
categórica)			
Percepção	 Déficits	proeminentes	de	função	visuoperceptiva	e	visuoespacial.	
Praxia	 Possível	apraxia	ideomotora	
DIAGNÓSTICO DE DLC PROVÁVEL:
Presença de 02 manifestações
principais ou de uma principal e
uma sugestiva.
DIAGNÓSTICO DE DLC POSSÍVEL:
Presença de uma manifestação
principal.
Dr. Raphael Menezes
CRM: 32960 PR
TRATAMENTO
	
		
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
! O	tratamento	é	complexo,	pois	se	de	um	lado,	os	ANTIPARKINSONIANOS	melhoram	os	
sintomas	motores,	de	outro	pioram	os	comportamentais	(psicose,	agitação	e	insônia).		
! O	inverso	ocorre	com	os	ANTIPSICÓTICOS	(melhoram	o	comportamento	mas	pioram	o	
Parkinsonismo).		
! Ainda	assim,	não	há	como	não	usar	estes	dois	grupos	de	medicamentos.		
	
	
	
	 	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Paciente com DCL (RNM e SPECT):
- Atrofia e hipoperfusão de predomínio
posterior, atingindo inclusive regiões occipitais,
padrão que ajuda na diferenciação com a
DA.
- Atrofia e hipoperfusão frontal e temporal
moderadas.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA DEMÊNCIA NA DOENÇA DE PARKINSON
Manifestações Essenciais:
1. Diagnóstico de DP com duração de mais de 01 ano.
2. Presença de comprometimento cognitivo em pelo menos 02 domínios cognitivos entre as funções:
a) Executivas
b) Visuoespaciais
c) Atenção
d) Memória
3. Apresentação de um declínio em relação ao desempenho cognitivo prévio.
4. Causa comprometimento na esfera social, ocupacional ou nos cuidados pessoais, mas de modo
independente da incapacidade produzida pelos sintomas motores o autonômicos próprios da doença.
5. Ausência de outros fatores que poderiam ser responsáveis pela perda cognitiva, tais como, depressão, drogas,
doenças sistêmicas...
Manifestações que reforçam o diagnóstico, mas não o excluem:
1. Presença de alterações comportamentais tipo apatia, depressão, ansiedade, alucinações, delírios e
sonolência diurna excessiva.
2. O diagnóstico de DDP possível pode ser feito na presença de manifestações cognitivas atípicas, como afasia
ou déficit de memória por falha no registro, ou se houver alguma outra causa suspeita de declínio cognitivo.
usar
LEVODOPA
ANTIPSICÓTICO:
- Clozapina (25 a 100mg/dia)
ANTIPARKINSONIANOS:
- Pramipexol
- Amantadina
ANTIDEPRESSIVO:
- Nortriptilina (50 a 100mg/dia)
Auxilia na redução dos
sintomas Parkinsonianos, ao
contrário dos ISRS, que pioram.

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  • 1. Dr. Raphael Menezes CRM: 32960 PR Elementos Centrais Mudança da Personalidade Alteração do Comportamento Subtipos Clínicos DESINIBIDO APÁTICO ESTERIOTÍPICO ! As três formas clínicas das DEGENERAÇÕES LOBARES FRONTOTEMPORAIS são: 1. Demência Frontotemporal 2. Afasia Progessiva Primária (APP) 3. Demência Semântica ! Pode-se ver também nestes pacientes MUDANÇAS EM HÁBITOS DIETÉTICOS (eventualmente com aumento da ingestão de álcool) e uma preferencia por doces e carboidratos. ! Pode também acompanhar TRANSTORNO DO CONTROLE DE IMPULSOS: Cleptomania e Transtorno do jogo. Aula 9. Geriatria Demências Frontotemporais e outras do tipo Não-Alzheimer DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL Polarizada para APATIA ou DESINIBIÇÃO Apresentando declínios no desempenho na conduta social interpessoal (transgressão de costumes sociais, atitudes inadequadas e até atos delinquentes) e na regulação da conduta pessoal (negligência da higiene pessoal), embotamento emocional e perda de insight. Acometimento da região PRÉ-FRONTAL ORBITOFRONTAL Acometimento da região PRÉ-FRONTAL MESIAL e do CÍNGULO ANTERIOR Acometimento predominante do ESTRIADO Dr. Raphael Menezes – CRM: 32960
  • 2. Dr. Raphael Menezes CRM: 32960 PR SÍNDROME DO PANÚRGIO SÍNDROMEDEEPENDÊNCIA AMBIENTAL SÍNDROME DE DESINIBIÇÃO SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA AMBIENTAL SÍNDROME APÁTICA Indivíduo perde sua autonomia passando a adotar comportamentos automáticos, estereotipados e dependentes do ambiente imediato (Comportamentos Gregários) COMPROMETIMENTO: Lobos Frontais MANIFESTAÇÕES COGNITIVAS ! Alteração neuropsicológica mais saliente é a SÍNDROME DISEXECUTIVA que podem incluir: - Dificuldade na tomada de decisão (os pacientes não demonstram conhecimento dos riscos relacionados às opções) - Dificuldade de Resolução de problemas - Insight prejudicado - Déficits de planejamento, julgamento, abstração e organização de tarefas redigidas a uma meta, bem como memória de trabalho. ! No início existe pouco comprometimento de funções executivas. ! Nos estados mais avançados podem aparecer prejuízos cognitivos globais, como aqueles da DA. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS COGNITIVAS DA DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL Inteligência Geral / QI Normal ou diminuído devido a falta de esforço mental Função executiva Principal grupo de alterações. “SINDROME DISEXECUTIVA” Atenção Hipoprosexia, distratibilidade, apatia, impulsividade, automonitoramento pobre Memória Dia-a-dia normal. Episódica geralmente ausente. Amnésia do tipo Frontal: dificuldade de evocação mas com reconhecimento preservado Linguagem Síndrome PEMA: palilalia, ecolalia, mutismo e amimia, diminuição da fluência verbal: categorial e fonética. Manifesta-se de diferentes formas: 1. Desinibição Motora: Hiperatividade, pressão de discurso, necessidade reduzida de sono. 2. Desinibição dos Instintos: Sd. De Kluver-Bucy 3. Desinibição Emocional: Euforia, elação, irritabilidade. 4. Desinibição Intelectual: Delírios Megalomaníacos e Paranóides, fuga de idéias 5. Desinibição Sensorial: Alucinações Auditivas e Visuais COMPROMETIMENTO: Porções Orbitais dos lobos frontais O paciente comporta-se em um ambiente não familiar como se fizesse parte dele, realizando tarefas que são ditadas não por seu papel social mas pelas pistas que o ambiente propicia. - Ex.: Mediante apresentação de uma escova de dentes o paciente toma o objeto para si e faz como se estivesse escovando os dentes mesmo que este seja banguela ou não tenha recebido nenhuma instrução para realizar o ato por parte do examinador. COMPROMETIMENTO: Córtex OrbitoFrontal Traduzida pela falta de motivação / mobilização. COMPROMETIMENTO: Lesões frontomesiais e/ou do cíngulo anterior.
  • 3. Dr. Raphael Menezes CRM: 32960 PR DIAGNÓSTICO Percepção NORMAL Praxia NORMAL Cálculo NORMAL Início e Curso Insidioso – Curso Progressivo DEGENERATIVA Cognitivo/Comportamental TRANSTORNO CORTICAL MOTOR SUBCORTICAL/GÂNGLIOS DA BASE PSP, DCB, DCL Sinais e sintomas dominantes Cognitivo > Comportamental DEGENERAÇÃO ANTERIOR OU POSTERIOR Comportamental > Cognitivo DEGENERAÇÃO DO HEMISFÉRIO ANTERIOR DFT Transtorno cognitivo vs. comportamental Diversos domínios afetados DEGENERAÇÃO NÃO FOCAL DCL, DA Déficits cognitivos Predominância de um domínio DEGENARAÇÃO FOCAL LinguagemSemânticaMemória Espaço – Percepção APNF, DADSDA DA Natureza Do Déficit Tipo “anterior”/seletivo Tipo “posterior”/não seletivo DAAPNF Natureza do Transtorno de Linguagem PSP: Paralisia Supranuclear Progressiva DCB: Degeneração corticobasal DCL: Demência com corpos de Lewy DFT: Demência Fronto-Temporal DA: Alzheimer APNF: Afasia Progressiva não fluente Início Agudo – Não Progressivo NÃO DEGENERATIVA Tanto a TC de crânico quanto a RNM podem evidenciar: ATROFIA FRONTAL E/OU TEMPORAL ANTERIOR
  • 4. Dr. Raphael Menezes CRM: 32960 PR NÃO USAR ANTICOLINÉRGICOS E MEMANTINA TRATAMENTO ! Não existe tratamento específico, apenas controle de alguns sintomas que podem ser muito estressantes para família. Identificar subtipo DESINIBIDO APÁTICO WANDERING (tendência a andar a esmo) INQUIETAÇÃO INSÔNIA SEM RESPOSTA TRAZODONA (50 a 600mg/dia) QUETIAPINA (50 a 300mg/dia) CLOZAPINA (25 a 100mg/dia) CASOS MAIS GRAVES (incluindo agitação psicomotora e agressividade): CASOS MAIS BRANDOS: HIPERFAGIA COMPORTAMENTOS REPETITIVOS ISRS (doses altas) ou TOPIRAMATO (50 a 200mg/dia) HIPERSEXUALIDADE CIPROTERONA (50 a 100mg a cada 12 horas por 03 meses) APATIA DESATENÇÃO REDUÇÃO MEMÓRIA DE TRABALHO 1. PSICOESTIMULANTES: - Lisdexanfetamina (30 a 70mg/dia) - Metilfenidato (10 a 40mg/dia) 2. AGENTES NORADRENÉRGICOS E/OU DOPAMINÉRGICOS: - Desipramina (50 a 100mg/dia) - Modafinil (200mg) - Seleginina (10mg) - Bupropiona (150 a 300mg/dia) - Pramipexol (0.25 a 1mg/dia)
  • 5. Dr. Raphael Menezes CRM: 32960 PR Variantes da doença NÃO FLUENTE/AGRAMÁTICA SEMÂNTICA LOGOPÊNICA MANIFESTAÇÕES COGNITIVAS - Heterogeneidade clínica é muito comum. - A maioria é esporádica, no entanto alguns casos familiares tem sido relatados. - Ao mesmo tempo discordância desses dados em gêmeos monozigóticos também foi publicada, o que sugere heterogeneidade genética. - Há registro na literatura de APP que evoluiu com o tempo para fenótipo de DEGENERAÇÃO CORTICOBASAL (DCB) ou PARALISIA SUPRANUCLEAR PROGRESSIVA. ! Como o próprio nome indica, a LINGUAGEM é o principal domínio alterado. ! A COMPREENSÃO está INTACTA – ou pelo menos inicialmente. Com o progredir da doença haverá mais problemas em relação a isto. ! REPETIÇÃO GRAVEMENTE COMPROMETIDA !!! ! NOMEAÇÃO ao confronto ou diante de descrição também está GRAVEMENTE COMPROMETIDA !!! Apesar de o nome correto poder ser escolhido entre alternativas e a informação semântica sobre o item que não se consegue nomear poder ser dada. AFASIA PROGRESSIVA NÃO FLUENTE / PRIMÁRIA 1892 Inicialmente descrita por Arnold Pick e posteriormente redescoberta e repaginada por Mesulam. Também conhecida como AFASIA PROGESSIVA NÃO FLUENTE ou APP AGRAMÁTICA Também conhecida como DEMÊNCIA SEMÂNTICA Também conhecida como AFASIA PROGRESSIVA LOGOPÊNICA Pacientes com esta forma geralmente apresentam DA na necropsia. AFASIA Pode passar ao examinador a sensação de um distúrbio do pensamento ou salada de palavras (característica da Esquizofrenia) ou ainda, pode passar despercebida quando muito leve ou quando o cuidador se antecipa a responder todas as perguntas, bem como em situações em que a conversa é superficial e o paciente oferece “respostas prontas” ao invés de “contrui-las”. § LEITURA e ESCRITA COMPROMETIDOS! Estes déficits espelham prejuízos na linguagem escrita. / § A PERDA DE PROSÓDIA dá a locução uma qualidade telegráfica, que é progressiva, até se chegar ao MUTISMO.
  • 6. Dr. Raphael Menezes CRM: 32960 PR DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS COGNITIVAS DA AFASIA PROGRESSIVA NÃO FLUENTE Inteligência Geral / QI Diminuição do QI geral, QI verbal geralmente mais comprometido do que o de performance devido ao comprometimento da linguagem. Função executiva Queda da fluência verbal, ou sem alterações nas fases iniciais Atenção NORMAL Memória NORMAL Linguagem Deterioração fonológica e sintática; compreensão está preservada; queda da fluência verbal (fonética pior que categórica). Percepção NORMAL Praxia NORMAL -------------------------------------------------------------------- ! Não existe tratamento específico, apenas controle de alguns sintomas. CRITÉRIOS DE CONSENSO INTERNACIONAL PARA AFASIA PROGRESSIVA PRIMÁRIA: Os critérios de 1 a 3 devem ser respondidos positivamente para o diagnóstico de APP: 1. Característica clínica mais proeminente é a dificuldade de linguagem. 2. Esses déficits são a principal causa de prejuízos na atividade diária. 3. A Afasia deve ser o déficit mais proeminente no início dos sintomas e para as fases iniciais da doença. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO: 1. O padrão dos déficits é mais bem explicado por outra disfunção não degenerativa do Sistema Nervoso ou outras condições médicas, ex.: Neoplasia, Hipotireodismo... 2. O déficit é mais bem explicado por outra doença psiquiátrica. 3. Proeminente déficit inicial da memória episódica e visual, bem como prejuízo perceptual. Ex.: Dificuldade de copiar desenhos de linhas simples. 4. Proeminente transtorno inicial do comportamento. CRITÉRIOS DE CONSENSO INTERNACIONAL PARA VARIANTE NÃO FLUENTE AGRAMÁTICA DA AFASIA PROGRESSIVA PRIMÁRIA: Pelo menos 01 das características principais (1 e 2) devem estar presentes, e pelo menos 02 das seguintes outras características (3 a 5) devem estar presentes: 1. Agramatismo na produção da linguagem. 2. Fala esforçada, com interrupções e distorções inconsistentes, supressões, substituições, inserções ou transposições dos sons da fala, especialmente em palavras polissilábicas (muitas vezes considerados reflexo da “apraxia da fala”. 3. Compreensão de frases sintaticamente complexas prejudicada. 4. Conhecimento de objetos preservado. CRITÉRIOS DE ESUPORTE (NEUROIMAGEM): Os seguintes critérios devem estar presentes: 1. Diagnóstico clínico da forma não fluente agramática da APP 2. Imagem deve mostrar um ou mais dos seguintes resultados: a) Atrofia predominantemente frontoinsular posterior esquerda na RNM. b) Hipoperfusão frontoinsular posterior esquerdo na SPECT ou PET. ANSIEDADE DEPRESSÃO ISRS DÉBITO VERBAL APATIA DESIPRAMINA (50 a 100mg/dia)
  • 7. Dr. Raphael Menezes CRM: 32960 PR MANIFESTAÇÕES COGNITIVAS ! Em geral evolui, em seus estados mais avançados, para uma DFT. ! Dada a ATROFIA DOS LOBOS TEMPORAIS (sobretudo o esquerdo), é muito comum que pacientes com DEMÊNCIA SEMÂNTICA apresentem comportamentos repetitivos: sintomas obsessivos e comportamentos estereotipados e ritualísticos. ! São propensos também a HIPOCONDRIA ou DORES SEM BASE ORGÂNICA. ! Como o próprio nome indica a LINGUAGEM é que está principalmente alterado nesta doença. ! Em contraste com a DA, o paciente não sabe falar nenhum detalhe sobre determinado objeto que ele não pode nomear. Ex.: • Na DA: O paciente é incapaz de nomear o tucano, mas sabe dizer que ele voa, que é natural do Brasil. • Na DS: Incapaz de nomear o tucano e incapaz de fornecer detalhes a respeito. ! PROSOPAGNOSIA PROGRESSIVA: Pode acontecer também dificuldade de reconhecer rostos familiares. ! DISCURSO CONVERSACIONAL é FLUENTE, sinteticamente e gramaticalmente correto, mas pode demonstrar ANOMIA e uso de CATEGORIAS SUPERORDENADAS (todos os animais são chamados de cães, por exemplo). Com o progresso da doença as locuções podem se tornar BREVES e ESTEREOTIPADAS. ! DISLEXIA DE SUPERFÍCIE: Ocorre quebra de ligação entre as palavras e seu significado. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS COGNITIVAS DA DEMÊNCIA SEMÂNTICA Inteligência Geral / QI Diminuição do QI geral, QI verbal geralmente mais comprometido do que o de performance devido ao comprometimento da linguagem. Função executiva Preservada no início. Prejuízo da fluência verbal Atenção NORMAL Memória NORMAL para eventos recentes. Memória semântica gravemente prejudicada. Linguagem Anomia distinta, baixa fluência verbal (categorial > fonética). Compreensão prejudicada; sintaxe e gramática preservadas; dislexia superficial (erros de regularização) Percepção NORMAL Praxia NORMAL DEMÊNCIA SEMÂNTICA, AFASIA FLUENTE PROGRESSIVA, VARIANTE TEMPORAL DA DEMÊNCIA FRONTOPARIETAL Rara das DLFT’s “Hã?!” Muitas vezes o paciente pode passar para o examinador a impressão de que não escutam, quando na verdade, não compreendem. “O que é uma taça?” Ocorre a PERDA DE MEMÓRIA PARA PALAVRAS. Uma anomia acentuada é notada nas testagens.
  • 8. Dr. Raphael Menezes CRM: 32960 PR DIAGNÓSTICO TRATAMENTO ! Não existe tratamento específico, apenas controle de alguns sintomas. CRITÉRIOS DE CONSENSO INTERNACIONAL PARA VARIANTE SEMÂNTICA DA AFASIA PROGRESSIVA PRIMÁRIA: As características principais (1 e 2) devem estar presentes, e pelo menos 03 das seguintes outras características (3 a 6) devem estar presentes: 1. Prejuízo na nomeação por confrontação (de imagens ou objetos), especialmente para itens de baixa familiaridade ou de baixa frequência. 2. Compreensão prejudicada de palavras isoladas. 3. Prejuízo no conhecimento de objetos, particularmente para itens de baixa frequência ou de pouca familiaridade. 4. Dislexia e/ou disgrafia de superfície. 5. Repetição preservada. 6. Discurso motor (sem distorções) e gramática preservados. CRITÉRIOS DE ESUPORTE (NEUROIMAGEM): Os seguintes critérios devem estar presentes: 1. Diagnóstico clínico da variante semântica da afasia progressiva primária. 2. Imagem deve mostrar um ou mais dos seguintes resultados: a) Atrofia do lobo temporal anterior na RNM. b) Hipoperfusão temporal anterior na SPECT ou PET. HIPOCONDRIA QUEIXAS SOMÁTICAS (principalmente dor) ANSIEDADE COMPORTAMENTO REPETITIVOS ISRS ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS - Quetiapina (50 a 200mg/dia) Paciente com DS (RNM e SPECT): - Atrofia e hipoperfusão focol bitemporal assimétrica (mais evidente na área temporal esquerda), acometendo também o HIPOCAMPO. - Notar que este padrão pode ser confundido com o da DA.
  • 9. Dr. Raphael Menezes CRM: 32960 PR MANIFESTAÇÕES COGNITIVAS ! A DEMÊNCIA COM CORPOS DE LEWY (DCL) é uma forma de PARKINSONISMO PLUS associada a rica sintomatologia psiquiátrica (alucinações visuais, confusão mental). ! A DOENÇA DE PARKINSON (DP) é considerada uma patologia neuropsiquiátrica, dada a exuberância de sintomas comportamentais e cognitivos, os quais são comuns e progridem em vários pacientes até a demência. ! A DDP foi rotulada como uma demência subcortical, em contraposição à demência cortical da DA. ! Déficits cognitivos podem ser encontrados em pacientes com DP não demenciados. ! Logo, pode ser confundida com DEPRESSÃO. O examinador deve ter paciência pois as respostas são demoradas. ! INATENÇÃO, DISTRATIBILIDADE VISUAL e PERSEVERAÇÃO são mais comuns na DCL que na DA. ! MEMÓRIA está relativamente PRESERVADA. ! Pacientes com DP se dispensam mais facilmente e apresentam certa dificuldade de estabelecer um novo foco. DEMÊNCIA COM CORPOS DE LEWY E DEMÊNCIA NA DOENÇA DE PARKINSON A DP E A DLC SÃO DOENÇAS DE IDOSOS A idade, mais do que a época de surgimento, é um fator de risco para a demência na DP (DDP), e sintomas como rigidez e alterações na fala, marcha e postura estão associados ao advento subsequente da demência, ao contrário de quando a doença é dominada pelo tremor. INCIDÊNCIA DE DPP: 30% de todos os casos APATIA + LENTIDÃO DO PROCESSAMENTO COGNITIVO + DISFUNÇÃO EXECUTIVA BRADIFRENIA: Ocorre lentificação do pensamento ou prolongamento do tempo de processamento de uma informação. Um dos SINAIS CARDINAIS para DEMÊNCIAS SUBCORTICAIS e talvez, na DP, ande em paralelo com a BRADICINESIA.
  • 10. Dr. Raphael Menezes CRM: 32960 PR CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA DEMÊNCIA COM CORPOS DE LEWY: Características Principais: 1. Quadro de declínio cognitivo progressivo de magnitude suficiente para interferir na função social e profissional. Obs.: Diminuição da memória não ocorre necessariamente na fase inicial, mas na maioria dos casos, fica evidente com o avançar dos casos. Manifestações Principais: 1. Flutuações cognitivas com variações acentuadas na atenção e no estado de alerta. 2. Alucinações visuais recorrentes que são geralmente bem formadas e detalhadas. 3. Parkinsonismo espontâneo. Manifestações Sugestivas: 1. Quedas repetidas. 2. Síncope 3. Perda temporária da consciência 4. Sensibilidade aos neurolépticos 5. Delírios sistematizados 6. Alucinações em outras modalidades (não visuais) 7. Transtorno Comportamental do sono REM 8. Depressão Características que sugerem outro diagnóstico: 1. História de AVC 2. Qualquer outra doença física ou disfunção cerebral suficiente para interferir no desempenho cognitivo. DIAGNÓSTICO NIVEL DE CONSCIÊNCIA é FLUTUANTE Uma das principais características da DCL. ! Comprometimento da FUNÇÃO EXECUTIVA são proeminentes, assim como da ATENÇÃO. ! Os pacientes apresentam muita dificuldade no CONTROLE MENTAL, PRAGMATISMO (dificuldade em lidar com aspectos da vida prática, incapacidade de realizar atos eficientes, objetivos e propositais) e na TOMADA DE DECISÃO. ! MEMÓRIA DE TRABALHO encontra-se COMPROMETIDA GRAVEMENTE. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS COGNITIVAS DA DDP E DCL Inteligência Geral / QI Queda do QI geral, QI de performance pior que o verbal, provavelmente associado a disfunção executiva. Função executiva Déficits proeminentes: no controle mental, na memória de trabalho, no pragmatismo, na tomada de decisão. Atenção Déficits proeminentes: “plataforma de atenção instável”; dificuldade em se estabelecer foco atencional, fácil dispersão; bradifrenia; comprometimento da memória de trabalho espacial; flutuação de consciência (nível de alerta). Memória Padrão subcortical de comprometimento, reconhecimento melhor que evocação. Linguagem Relativamente intacta; fluência verbal pode estar comprometida (fonêmica > categórica) Percepção Déficits proeminentes de função visuoperceptiva e visuoespacial. Praxia Possível apraxia ideomotora DIAGNÓSTICO DE DLC PROVÁVEL: Presença de 02 manifestações principais ou de uma principal e uma sugestiva. DIAGNÓSTICO DE DLC POSSÍVEL: Presença de uma manifestação principal.
  • 11. Dr. Raphael Menezes CRM: 32960 PR TRATAMENTO ! O tratamento é complexo, pois se de um lado, os ANTIPARKINSONIANOS melhoram os sintomas motores, de outro pioram os comportamentais (psicose, agitação e insônia). ! O inverso ocorre com os ANTIPSICÓTICOS (melhoram o comportamento mas pioram o Parkinsonismo). ! Ainda assim, não há como não usar estes dois grupos de medicamentos. Paciente com DCL (RNM e SPECT): - Atrofia e hipoperfusão de predomínio posterior, atingindo inclusive regiões occipitais, padrão que ajuda na diferenciação com a DA. - Atrofia e hipoperfusão frontal e temporal moderadas. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA DEMÊNCIA NA DOENÇA DE PARKINSON Manifestações Essenciais: 1. Diagnóstico de DP com duração de mais de 01 ano. 2. Presença de comprometimento cognitivo em pelo menos 02 domínios cognitivos entre as funções: a) Executivas b) Visuoespaciais c) Atenção d) Memória 3. Apresentação de um declínio em relação ao desempenho cognitivo prévio. 4. Causa comprometimento na esfera social, ocupacional ou nos cuidados pessoais, mas de modo independente da incapacidade produzida pelos sintomas motores o autonômicos próprios da doença. 5. Ausência de outros fatores que poderiam ser responsáveis pela perda cognitiva, tais como, depressão, drogas, doenças sistêmicas... Manifestações que reforçam o diagnóstico, mas não o excluem: 1. Presença de alterações comportamentais tipo apatia, depressão, ansiedade, alucinações, delírios e sonolência diurna excessiva. 2. O diagnóstico de DDP possível pode ser feito na presença de manifestações cognitivas atípicas, como afasia ou déficit de memória por falha no registro, ou se houver alguma outra causa suspeita de declínio cognitivo. usar LEVODOPA ANTIPSICÓTICO: - Clozapina (25 a 100mg/dia) ANTIPARKINSONIANOS: - Pramipexol - Amantadina ANTIDEPRESSIVO: - Nortriptilina (50 a 100mg/dia) Auxilia na redução dos sintomas Parkinsonianos, ao contrário dos ISRS, que pioram.