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Perfil Neuropsicológico de
Demência e Neuropsicologia
Prof. Anderson Santos
Doença de Alzheimer



Representa cerca de 65% de todos os casos de demência
Incidência de 18% aos 85 anos de idade.
Presença do gene Apo E aumenta o risco de desenvolver a doença e a
taxa de progressão uma vez desenvolvida.
Doença de Alzheimer


Parentes de primeiro grau de pacientes com a doença apresentam
uma probabilidade quatro vezes maior de desenvolvê-la.
As características patológicas incluem aglomerados neurofibrilares e
placas amilióides. Os aglomerados têm predileção pelo hipocampo e
pelo córtex entorrinal.
Doença de Alzheimer
Diagnóstico da DA
 O Diagnóstico continua em grande parte
clínico. Os critérios incluem:
 Déficits de memória predominantes (a
memória remota tende a ser preservada)
 Sintomas corticais proeminentes, em
especial afasia, apraxia e agnosia
 Distúrbios do planejamento, organização e
seqüênciamento
Diagnóstico da DA
 Deterioração gradual a partir do nível prévio
de funcionamento
 Exclusão de:
 Delírio
 Doença sistêmica (p. ex. hipotireodismo,
deficiência de vitamínica, infecção)
 Outros distúrbios primários do SNC: Doença de
Parkinson, AVC, tumor (embora possam coexistir)
 Depressão, esquizofrenia ou outro distúrbio do
eixo I (DSM-IV)
Tratamento farmacológico da DA
 Inibidores de colinesterase
 Há evidências de que a vitamina E
também pode retardar a progressão da
DA
Demência Frontotemporal
 O início típico é na década dos 50 anos de idade,
antes da maioria dos casos de Doença de Alzheimer
 As características patológicas registram inclusões
argirofílicas (corpúsculo de Pick), gliose astrocitária,
microvascuolização (espongiose) e atrofia nos lobos
frontal e temporal anterior
Demência Frontotemporal
 Pelo menos três manifestações clínicas distintas foram descritas:


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Variante frontal da DFT
Afasia progressiva não-fluente
Demência semântica
Variante frontal da DFT
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Patologia desproporcional nos lobos frontais orbitomediais
Alterações da personalidade e do comportamento dominam o quadro
É característico os pacientes não estarem cientes dos déficits
Os pacientes mostram-se apáticos e desmotivados
Variante Frontal

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Essa apatia e a falta de motivação podem manifestar-se por higiene
precária, falta de habilidades sociais, comportamento desinibido e
fala empobrecida
Outros pacientes podem exibir comportamentos estereotipados, como
armazenar coisas, hábitos alimentares estranhos e fixação oral
Variante frontal da DFT
Afasia progressiva não-fluente

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Atrofia peri-silviana dos lobos frontal e temporal e afasia não-fluente
correspondente
A linguagem é marcada por agramatismo, parafasia fonêmica (“lobo”
em vez de “bobo”) e anomia
Afasia semânticas estão ausentes
Afasia progressiva não-fluente

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Os pacientes podem desenvolver personalidades e alterações
comportamentais semelhantes às variante frontal da DFT, mas em
geral isso ocorre mais tardiamente
Os pacientes também podem ficar disártricos ou mudos nos estágios
finais da doença
Afasia semântica


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Atrofia do lobo temporal anterior
Os déficits de linguagem são essencialmente opostos aos dos
pacientes com afasia progressiva não-fluente
A linguagem é fluente, mas o conhecimento do significado das
palavras é ausente
Afasia semântica
 Parafasias semânticas (“livro” em vez de
“história”) são comuns
 Déficits de leitura e prosopagnosia
(incapacidade de reconhecer rostos
familiares) também são comuns
 A memória está relativamente bem
preservada
 Os pacientes desenvolvem distúrbios da
personalidade e do comportamento
característicos da DFT nos estágios finais
Afasia semântica
REFERÊNCIAS:
MEIDA, O. P.; ALMEIDA, S. A. Confiabilidade da versão brasileira da Escala de
Depressão em Geriatria (GDS) versão reduzida. Arq. Neuro-Psiquiatr. v. 57, n. 2B,
p. 421-426, 1999. DOI: https://doi.org/10.1590/S0004-282X1999000300013
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico
de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. v. 5. ISBN 978-85-
8271-089-0
APOLINARIO, D.l et al. Using temporal orientation, category fluency, and word
recall for detecting cognitive impairment: the 10‐point cognitive screener
(10‐CS). Int J Geriatr Psychiatry, v. 31, n. 1, p. 4-12, 2016. doi:10.1002/gps.4282
ARROLL, B. et al. Validation of PHQ-2 and PHQ-9 to screen for major depression
in the primary care population. Ann Fam Med. v. 8, n. 4, p. 348-53, Jul-Aug 2010.
DOI: 10.1370/afm.1139.
ASKARI, M. et al. Ultra-processed food and the risk of overweight and obesity: a
systematic review and meta-analysis of observational studies. Int J Obes (Lond). v.
44, n. 10, p. 2080-2091, 2020. DOI: 10.1038/s41366-020-00650-z
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA (ABP). Suicídio: informando
para prevenir. Brasília: CFM/ABP, 2014. 52p
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  • 1. Perfil Neuropsicológico de Demência e Neuropsicologia Prof. Anderson Santos
  • 2. Doença de Alzheimer    Representa cerca de 65% de todos os casos de demência Incidência de 18% aos 85 anos de idade. Presença do gene Apo E aumenta o risco de desenvolver a doença e a taxa de progressão uma vez desenvolvida.
  • 3. Doença de Alzheimer   Parentes de primeiro grau de pacientes com a doença apresentam uma probabilidade quatro vezes maior de desenvolvê-la. As características patológicas incluem aglomerados neurofibrilares e placas amilióides. Os aglomerados têm predileção pelo hipocampo e pelo córtex entorrinal.
  • 5. Diagnóstico da DA  O Diagnóstico continua em grande parte clínico. Os critérios incluem:  Déficits de memória predominantes (a memória remota tende a ser preservada)  Sintomas corticais proeminentes, em especial afasia, apraxia e agnosia  Distúrbios do planejamento, organização e seqüênciamento
  • 6. Diagnóstico da DA  Deterioração gradual a partir do nível prévio de funcionamento  Exclusão de:  Delírio  Doença sistêmica (p. ex. hipotireodismo, deficiência de vitamínica, infecção)  Outros distúrbios primários do SNC: Doença de Parkinson, AVC, tumor (embora possam coexistir)  Depressão, esquizofrenia ou outro distúrbio do eixo I (DSM-IV)
  • 7. Tratamento farmacológico da DA  Inibidores de colinesterase  Há evidências de que a vitamina E também pode retardar a progressão da DA
  • 8. Demência Frontotemporal  O início típico é na década dos 50 anos de idade, antes da maioria dos casos de Doença de Alzheimer  As características patológicas registram inclusões argirofílicas (corpúsculo de Pick), gliose astrocitária, microvascuolização (espongiose) e atrofia nos lobos frontal e temporal anterior
  • 9. Demência Frontotemporal  Pelo menos três manifestações clínicas distintas foram descritas:    Variante frontal da DFT Afasia progressiva não-fluente Demência semântica
  • 10. Variante frontal da DFT     Patologia desproporcional nos lobos frontais orbitomediais Alterações da personalidade e do comportamento dominam o quadro É característico os pacientes não estarem cientes dos déficits Os pacientes mostram-se apáticos e desmotivados
  • 11. Variante Frontal   Essa apatia e a falta de motivação podem manifestar-se por higiene precária, falta de habilidades sociais, comportamento desinibido e fala empobrecida Outros pacientes podem exibir comportamentos estereotipados, como armazenar coisas, hábitos alimentares estranhos e fixação oral
  • 13. Afasia progressiva não-fluente    Atrofia peri-silviana dos lobos frontal e temporal e afasia não-fluente correspondente A linguagem é marcada por agramatismo, parafasia fonêmica (“lobo” em vez de “bobo”) e anomia Afasia semânticas estão ausentes
  • 14. Afasia progressiva não-fluente   Os pacientes podem desenvolver personalidades e alterações comportamentais semelhantes às variante frontal da DFT, mas em geral isso ocorre mais tardiamente Os pacientes também podem ficar disártricos ou mudos nos estágios finais da doença
  • 15. Afasia semântica    Atrofia do lobo temporal anterior Os déficits de linguagem são essencialmente opostos aos dos pacientes com afasia progressiva não-fluente A linguagem é fluente, mas o conhecimento do significado das palavras é ausente
  • 16. Afasia semântica  Parafasias semânticas (“livro” em vez de “história”) são comuns  Déficits de leitura e prosopagnosia (incapacidade de reconhecer rostos familiares) também são comuns  A memória está relativamente bem preservada  Os pacientes desenvolvem distúrbios da personalidade e do comportamento característicos da DFT nos estágios finais
  • 18. REFERÊNCIAS: MEIDA, O. P.; ALMEIDA, S. A. Confiabilidade da versão brasileira da Escala de Depressão em Geriatria (GDS) versão reduzida. Arq. Neuro-Psiquiatr. v. 57, n. 2B, p. 421-426, 1999. DOI: https://doi.org/10.1590/S0004-282X1999000300013 AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. v. 5. ISBN 978-85- 8271-089-0 APOLINARIO, D.l et al. Using temporal orientation, category fluency, and word recall for detecting cognitive impairment: the 10‐point cognitive screener (10‐CS). Int J Geriatr Psychiatry, v. 31, n. 1, p. 4-12, 2016. doi:10.1002/gps.4282 ARROLL, B. et al. Validation of PHQ-2 and PHQ-9 to screen for major depression in the primary care population. Ann Fam Med. v. 8, n. 4, p. 348-53, Jul-Aug 2010. DOI: 10.1370/afm.1139. ASKARI, M. et al. Ultra-processed food and the risk of overweight and obesity: a systematic review and meta-analysis of observational studies. Int J Obes (Lond). v. 44, n. 10, p. 2080-2091, 2020. DOI: 10.1038/s41366-020-00650-z ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA (ABP). Suicídio: informando para prevenir. Brasília: CFM/ABP, 2014. 52p 1.BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE (BVS). Teste de Fagerström. Disponível em: <https://aps.bvs.br/apps/calculadoras/index.php?page=12>