3. O MUNDO SUBDESENVOLVIDO
Conforme estudamos anteriormente, nosso planeta pode
ser dividido, economicamente, em países do norte
(desenvolvidos) e em países do sul (subdesenvolvidos).
Estes últimos serão nosso objeto de estudo ao longo deste
ano. Veja o mapa:
4. ORIGENS DO SUBDESENVOLVIMENTO
Não é fácil determinarmos os fatos que deram início
ao subdesenvolvimento. Entretanto, há um fator que
é comum a quase todos esses países: eles foram, em
geral, colônias de exploração, uma vez que seus
colonizadores se instalavam nessas terras para
explorar suas riquezas naturais e enviavam-nas para
as metrópoles, geralmente utilizando-se de trabalho
escravo.
VINHAM
BUSCAR...
5. No caso da
América Latina,
a exploração
ocorreu como
mostra a
imagem ao
lado: os
europeus
utilizavam a
mão-de-obra
africana para
“abastecer” suas colônias na América, de onde saia a riqueza
que sustentaria o continente europeu. Esse processo histórico
ficou conhecido como “Comércio Triangular”.
6. Os dois únicos países desenvolvidos do continente
americano, entretanto, não passaram por esse tipo
de colonização. Canadá e Estados Unidos foram
colônias de povoamento. Veja a comparação entre essas
duas formas de colonização, segundo o site infoescola:
7. DEFINIÇÕES DE SUBDESENVOLVIMENTO
Mas que fatores podem caracterizar
um país subdesenvolvido? Nem
sempre é fácil determinarmos que
um país esteja nessa situação.
Vejamos o Brasil: desde o final de
2008 nosso país atingiu um IDH
(Índice de Desenvolvimento
Humano) elevado, portanto,
teoricamente, fazemos parte do
grupo de países desenvolvidos. Por
que, então, somos classificados
como país subdesenvolvido?
8. Vários fatores devem ser considerados para
classificarmos um país como subdesenvolvido.
Essas nações formam um variado conjunto de países,
onde vivem cerca de 85% da população mundial. Alguns
apresentam um quadro socioeconômico bastante ruim,
com taxas de analfabetismo e mortalidade infantil muito
altas, além de dependerem quase tão somente da
agropecuária. É o caso, por exemplo, de Mali e Níger, no
continente africano, que apresentam um IDH muito
baixo.
9. Alguns países subdesenvolvidos, embora tenham
parte de sua população vivendo em condições
precárias e dependentes da produção agropecuária,
podem apresentar uma atividade industrial importante e
parte da população tendo acesso à educação e saúde.
Continuam a manter, entretanto, uma desigualdade social
que lhes confere a condição de país subdesenvolvido. É o
caso, por exemplo, do Brasil e da Índia.
Procure se lembrar:
cenas como essas fazem
parte do seu dia-a-dia?
10. COMO MEDIR O SUBDESENVOLVIMENTO
O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH)
Critério estabelecido pela ONU para O primeiro relatório do desenvolvimento
avaliar o nível de desenvolvimento humano foi publicado em 1990.
econômico e social dos países.
Há diversos países que tiveram Desde então, ele é atualizado anualmente.
crescimento econômico, mas não
desenvolvimento social efetivo.
Melhorias para toda a população
nas áreas de saúde, educação,
habitação, saneamento básico,
transporte, etc.
que possibilitasse
Apesar do IDH não ser um indicador
ideal, nem o único, apresenta a vantagem de
considerar o desenvolvimento de forma mais
abrangente e de avaliar, até certo ponto, o
acesso da população aos benefícios do
crescimento econômico.
11. De acordo com Índice de Desenvolvimento Humano,
o Brasil é classificado como país desenvolvido, pois,
atualmente, nosso IDH é de 0,730, o que confere ao país a
85ª posição entre os 187 avaliados pela ONU (Organização
das Nações Unidas).
Como você interpretou essa charge?
Podemos afirmar que há alguma
“contradição” nas informações que
ela apresenta?
12. ASPECTOS DO SUBDESENVOLVIMENTO
Um IDH elevado não indica, necessariamente, que uma
nação seja desenvolvida; muitos fatores devem ser
considerados na classificação de um país como
desenvolvido ou subdesenvolvido. Nos próximos slides,
estão alguns fatores que caracterizam o
subdesenvolvimento. Lembre-se: é importante que você
identifique cada um deles!
A desigualdade social é uma das
principais características dos países
subdesenvolvidos
13. Alguns países subdesenvolvidos, que não possuem setor industrial considerável, têm
economias que dependem quase exclusivamente do setor primário da economia,
principalmente da agropecuária. A maior parte da P.E.A. (população economicamente
ativa) desses países atua nesse setor, que, por utilizar pouca mecanização e automação
(máquinas e tecnologias), apresenta baixa produtividade, embora gere a maior parte da
riqueza nacional. Portanto, é elevada a parcela de trabalhadores no campo. Nesses
países, de modo geral, predominam dois setores rurais:
AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA
Produção agrícola que tem como objetivo
garantir a sobrevivência do agricultor, da sua
família e da comunidade onde ele vive. As
sobras podem ser vendidas nas vilas vizinhas;
a pecuária e pequenas criações de animais
também podem ocorrer.
AGRICULTURA DE PLANTATIONS
Agricultura destinada a exportação, atendendo
a grande demanda dos países desenvolvidos.
As empresas multinacionais do setor agrícola
dominam o mercado mundial dos produtos de
plantation, o que faz com que muitos países
pobres sejam submetidos a seus interesses.
14. Existem alguns países subdesenvolvidos que apresentam indústrias e, em alguns casos,
essas indústrias são bastante diversificadas e produzem uma porcentagem maior do PIB
nacional. Nesse caso, temos os chamados “países emergentes”, como é o caso do Brasil,
da Índia e do México, entre outros; apesar das indústrias, os produtos primários ainda
geram grande parte do PIB. A maior parte dessas indústrias, contudo, são estrangeiras
(multinacionais) e, muitas vezes, elas controlam segmentos inteiros do país, como, por
exemplo, a indústria automobilística brasileira. Por isso, dizemos que esses países
apresentam um setor secundário dependente.
Nos países subdesenvolvidos
industrializados, mesmo as indústrias
nacionais dependem, muitas vezes, do
setor secundário de outros países. É o
caso, por exemplo, dos aviões produzidos
no Brasil, que usam equipamentos
fabricados em outros países.
15. A maioria das nações subdesenvolvidas tem suas receitas (capital que entra no
país) originadas das vendas de produtos primários que, em geral, custam barato em
relação à tecnologia e se desvalorizam....
... mas, como seu setor secundário é inexistente ou pequeno, precisam comprar
produtos industrializados (que custam caro e têm grande valorização) dos países
mais ricos que, por sua vez, compram matérias-primas baratas dos países mais
pobres. Quem levará maior vantagem na balança comercial?
PRODUTOS PRIMÁRIOS
OU “COMMODITIES”
PRODUTOS
INDUSTRIALIZADOS
16. Com o avanço dos sistemas de transportes e
comunicações, grandes empresas multinacionais, à
procura de ampliação de seus lucros, passaram a se
instalar também em países subdesenvolvidos, seja à
procura de mão-de-obra barata, matérias-primas ou até
mesmo de mercado consumidor.
Esse fluxo de capitais, diretamente relacionado ao processo de globalização, se traduz não
apenas na forma de empréstimos financeiros entre países, mas também através da
remessa de lucros (as filiais das multinacionais recebem investimentos de suas matrizes e
enviam para elas parte do lucro obtido nos países onde se encontram) e da própria
instalação de multinacionais em diversos países. Os países subdesenvolvidos, em especial
os BRIC’s (principais países emergentes), vêm recebendo pesados investimentos nos
últimos anos, em função do grande crescimento econômico neles observado.
17. Na maioria dos países subdesenvolvidos, questões
culturais e econômicas causam elevação no
crescimento vegetativo e rápido crescimento
populacional.
Que, por sua vez, provocam, entre outros:
fatores:Aumento do desemprego ou subemprego (e, portanto, baixo consumo);
Moradias deficientes ou favelização;
Aumento da violência;
Dificuldade do Estado em manter serviços básicos, como saúde e
educação.
OS PROBLEMAS DEMOGRÁFICOS SÃO, PORTANTO, CONSEQUÊNCIA E NÃO A CAUSA DO SUBDESENVOLVIMENTO!
18. Nos países desenvolvidos, em função do desenvolvimento
econômico, aos poucos a população economicamente ativa foi se
transferindo do setor primário para o secundário e, mais
recentemente, do secundário para o terciário, que atualmente
concentra a maior parte da população economicamente ativa desses
países. Isto acontece porque, com a modernização da agricultura e a
robotização/automação das indústrias, esses setores liberaram mão-
de-obra qualificada. No caso dos países subdesenvolvidos, o processo
foi diferente. Com a industrialização tardia e a modernização do
campo, os trabalhadores perderam seu trabalho no campo, sendo
obrigados a migrar para os centros urbanos, onde, sem qualificação,
viram-se forçados a aceitar empregos no setor terciário,
semiqualificados ou sem qualificação. Isto fez com que o setor
terciário desses países crescesse muito, mas sem a qualificação
profissional encontrada neste setor nos países desenvolvidos. Por
isso, utiliza-se a expressão "hipertrofia" para caracterizá-los.
19. Nos países subdesenvolvidos, o significativo crescimento da população nesses últimos anos tem
resultado em grandes problemas urbanos. Esse crescimento aliado à ineficiência e lentidão do
planejamento urbano resulta no crescimento desordenado das cidades o que traz sérias
consequências, como enchentes, poluição do ar, congestionamentos, perda da qualidade de vida
das pessoas, dentre outros.
Poderá ocorrer o que chamamos
de inchaço urbano ou
macrocefalia urbana
(marginalização, submoradia,
aumento da violência,
desemprego, doenças, etc, que
podem provocar o surgimento
de outros problemas).
20. É considerada um dos maiores problemas ligados ao
subdesenvolvimento. Ocorre sob duas formas:
AGUDACRÔNICA
Refere-se à baixa ingestão de alimentos,
com poucos nutrientes e/ou calorias. Pode
levar à morte, se permanecer por longo
tempo, mas é possível de ser revertida se
for tratada a tempo.
É a privação intensa e total de
alimentos. É a forma mais grave da
fome, pois, com o tempo, compromete
os órgãos vitais, levando a pessoa à
morte, sendo a cura quase impossível.
21. Escassez de recursos financeiros nos países subdesenvolvidos
Baixo investimento em educação e em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento)
O baixo investimento em educação é diretamente responsável pelas elevadas taxas
de analfabetismo; o baixo investimento em P&D torna o país cada vez mais
dependente do capital externo, uma vez que não forma mão-de-obra qualificada e não
produz tecnologia. Os poucos que têm acesso a educação de qualidade e se
qualificam profissionalmente, não são absorvidos pelo mercado, que é muito
deficiente. Sendo assim, muitos desses profissionais abandonam o país, procurando
colocação profissional nas nações desenvolvidas (fuga de cérebros). Com a
globalização e o atual desenvolvimento tecnológico , que exigem qualificação cada
vez maior, as pessoas de baixa qualificação se tornam cada vez mais excluídos desse
processo.
22. CONCLUSÃO
IMPORTANTE
Se a riqueza (PIB) de um país crescer, podemos
afirmar que houve um crescimento econômico,
mas só haverá desenvolvimento econômico se a
maioria da população se beneficiar desse
crescimento, isto é, se houver uma boa distribuição
de renda.
LEMBRE-SE DE QUE ESTE RECURSO
NÃO SUBSTITUI ÀS AULAS, NEM O SEU
MATERIAL. ELE É TÃO SOMENTE UM
APOIO PARA QUE VOCÊ POSSA TER UMA
VISÃO GERAL DO CONTEÚDO!
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através do blog!
www.geoarmando.blogspot.com.br