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MICRORRELATOS DE PORTUGUÉSMICRORRELATOS DE PORTUGUÉS
NA ESCURIDÃO
OXELFER
TERRORES NOTURNOS
NA FORESTA
OS MENINOS
O MEDO
ENCONTRO À MEIA-NOITE
TERROR NO R-66
O POLÍTICO
BESTAS DO INFERNO
AQUIM
MICRORRELATOS DE PORTUGUÉSMICRORRELATOS DE PORTUGUÉS
NA ESCURIDÃO
Em todos os países, a noite é acompanhada por formas óticas ambíguas e ilusões que aterrorizam certas
mentes … mas naquela noite eu tardei muito em dormir por culpa da sombra do homem daquela pintura,
sempre a olhar para mim.
Esta manhã, eu percebi de que não era uma pintura, mas sim uma janela.
Elvira Azahara Sáez Lozano.
MICRORRELATOS DE PORTUGUÉSMICRORRELATOS DE PORTUGUÉS
OXELFER
Em todos os países, a noite é acompanhada por formas óticas ambíguas e ilusões que aterrorizam certas
mentes … mas quem me diria que depois de ver o sangue, os cadáveres, a destruição e a morte, o que
mais me impactaria seria ver-me no espelho!
Jaime Tapia Zaragoza
MICRORRELATOS DE PORTUGUÉSMICRORRELATOS DE PORTUGUÉS
TERRORES NOTURNOS
Em todos os países, a noite é acompanhada por formas óticas ambíguas e ilusões que aterrorizam
certas mentes... mas essa mente, mais cedo ou mais tarde, percebe que é tudo uma mentira. Que esse
monstro de dez cabeças não é nada mais que uma árvore impulsionada pelo vento e esse besouro
gigante é apenas um carro que passa pela estrada. Você ouve barulhos e percebe que a noite lhe
prega uma partida. Mas depois você acordou e algo mudou. Por que acordei? Tenho a certeza que é
um pesadelo. Você sabe o que é um pesadelo. Você quer acordar, mas não pode. Os seus olhos estão
fechados e você não quer abri-los porque está com muito medo.
Finalmente, você abre-os, esperando ver imagens reais, mas não vê nada. Não há nada. Você grita e
ninguém responde, você não pode respirar, você quer que seja um pesadelo, mas não é. E quando
você se move percebe, está enterrado vivo.
Andrés Hervás Gómez
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OS MENINOS
Em todos os países, a noite é acompanhada por formas óticas ambíguas e ilusões que
aterrorizam certas mentes... mas, um dia, enquanto envolvia os meus dois filhos e lhes
desejava boa noite, os rapazes disseram-me a chorar: “Pai procura debaixo da cama para ver
se há monstros ou fantasmas”. Eu decidi observar, e foi então que debaixo da cama encontrei
os dois meninos que tremiam e sussurravam: “pai há algo na minha cama...”.
Na manhã seguinte, os dois desapareceram e nunca mais voltaram para casa.
Paco Morcillo Ballell
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O MEDO
Em todos os países, a noite é acompanhada por formas óticas ambíguas e ilusões que aterrorizam certas mentes... mas, o que é o medo? O medo é
uma sensação que nos desperta quando sentimos que nos pode passar alguma coisa má, como morrer, enfrentar uma situação perigosa, é o que
sentimos quando vemos algo horrível diante de nós. Foi o que aconteceu comigo na mesma noite depois de chegar a casa. Depois de dizer adeus ao
meu amigo Azrael, notei um pouco de dor de cabeça. Quando cheguei a casa não havia ninguém, que estranho! Fui à cozinha e tomei um
paracetamol. Depois, fui para a sala de estar e comecei a assistir televisão. Quando olhei para o relógio eram 12 horas! Tinha-me esquecido de
desligar a televisão e ir para a cama, por isso adormeci... Adormeci... Acordei com uma batida estrondosa às 3horas . Vou à entrada. Antes de ir, notei
que a televisão mostrava uma imagem de um menino ao lado de um sofá, com um demônio imponente nas costas. Espera...! Era eu. Viro-me e grito.
Espera, não há nada. Outro sinal de batida. Tremo cada vez mais. Vou lá fora, vejo uma criança do outro lado da rua. Você não pode ver o rosto dele.
Piscando, aproximando-se, piscando novamente, aproximando-se cada vez mais, piscando, vai-se aproximando cada vez mais… ainda mais. Ele já
tinha vindo ao meu jardim! Tento não pestanejar. Vejo que não se está a mover mais. Começou a tirar um carro de brinquedo do seu bolso. Não
aguentou mais sem não piscar. Ele tira o capuz, é Azrael! Ele sorri. Finalmente pisco também. Antes de eu abrir os olhos, estes começam a guincar e
eu sinto que algumas garras me impedem de abri-los. Começo a ouvir um monte de burburinhos e sons chocantes. Ouvi dizer que um carro estava a
chegar. “Está a aproximar-se!” Eu ouço o caos em torno de mim, até que tudo ficou de repente silencioso e ouço o meu amigo gritar “Ajuda!!” Eu
ouço o um carro e meu amigo a gritar de dor. Finalmente posso abrir os olhos. Vou ajudá-lo. Está debaixo de uma roda, morto... as suas entranhas
estão abertas e a sua perna partida. Estou a começar a chorar. De repente, ouço um sussurro, é ele.
-Amigo, eu gostaria de pedir-lhe um último favor.
-Diga-me.
-Você gostaria de ficar no meu lugar?- Disse ele com um olhar maligno.
De repente atira-se para cima de mim e eu sou o único que é atropelado, dorido, morto ...
Ele está a chorar ao meu lado. Vejo um brilho, é de dia.
Nunca me despedi dele quando cheguei a casa...
Santiago Jiménez Cuesta
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BESTAS DO INFERNO
Em todos os países a noite é acompanhada por formas ambíguas e ilusões de ótica que aterrorizam certas
mentes… mas muitas pessoas passam as noites trancadas nas suas casas, aterrorizadas. Elas têm medo de sair à
rua e desaparecer. Durante a noite das almas, diz-se que os monstros entram em algumas casas, levando tantas
almas quanto elas podem encontrar. Como relata a uma história antiga, a aldeia foi construída num antigo
cemitério romano que foi, depois de destruído e arrasado por um incêndio. Diz-se que as almas dos mortos
foram transformadas em animais e que se escondem nas florestas da área. Todas as noites eles vêm para a
aldeia, porque só quando eles recebem outra alma é que podem descansar em paz para a eternidade.
Embora ninguém tenha vivido para contá-lo, esses monstros segundo dizem, parecem humanos à distância, e,
assim, enganam as pessoas. Mas quando eles se aproximam, são descobertos e vê-se que eles são realmente
bestas fora do inferno. Por causa disso, é essencial não sair de casa qualquer noite, especialmente a de todos os
santos.
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AQUIM
Em todos os países, a noite é acompanhada por formas óticas ambíguas e ilusões que aterrorizam certas mentes...
mas aqui não. Aqui, num lugar onde o reino dos vivos e dos mortos moram juntos como se fossem um só. Aqui,
onde criaturas do outro mundo e do nosso pulam umas com outras. Aqui, onde tudo parece igual e onde tudo se vai
perder em breve. Aqui, onde poderias estar agora mesmo. Aqui, onde o sofrimento é todos os dias.
A propósito, bem-vindo ao inferno.
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ENCONTRO À MEIA-NOITE
Em todos os países a noite é acompanhada por formas ambíguas e ilusões de ótica que aterrorizam certas mentes… mas
aquela noite o que vi e senti foi real.
Era meia-noite e voltava para a minha casa sozinha de uma festa de trajes de Halloween. Foi então quando eu decidi ir pelo
beco mais escuro do meu bairro, para chegar cedo. Ali, entre as sombras e uma poça de sangue, tudo acabou.
****
Nessa noite acabei o meu turno mais tarde do que o habitual e não pude ir à festa de Halloween. E quando estava a fechar à
porta, notei como se o metal frio de uma faca atravessasse a minha pele. Apesar da dor, pude-me virar. Nesse instante
reconheci uma cara que apareceu nas notícias: era una rapariga que tinha escapado do centro psiquiátrico e que vagueava
pelas ruas em busca de sangue.
Nessa noite…eu não me pude salvar. Salve-se você.
Andrea Díaz Blanco
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TERROR NO R-66
Em todos os países a noite é acompanhada por formas ambíguas e ilusões de ótica que aterrorizam certas mentes… mas, os fatos que são narrados
aconteceram em Cáceres. O R-66 era uma urbanização tranquila, localizada numa das zonas mais elevadas de Cáceres.
Ninguém sabia que ali antes havia um velho cemitério chamado “Hall of Ween”.
Com as primeiras obras da urbanização, num dia frio de outono, desenterraram ossos mexidos de pessoas mortas com um mau cheiro.
As máquinas que trabalharam escavaram os túmulos, mexeram nos ossos dos mortos formando um puzzle, “pensei que fosse um presságio do fim
dos tempos”.
Naquele cemitério descansavam dois irmãos, dois meninos que foram enterrados em mil pedaços na mesma lápide, depois dos pais os
desmembrarem.
Mas, uma coisa estranha aconteceu. Os esqueletos dos meninos saíram intatos. Junto a eles encontraram um cavalo branco de brinquedo.
Este facto não passou despercebido aos primeiros vizinhos do bairro. Muitas pessoas viram a figura das crianças a arrastarem o cavalo pelos
jardins da urbanização. Nas noites de outono frias e escuras de lua cheia ouvem-se os pequenos a chorar.
Beatriz Leco Mateos
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OS POLÍTICOS
Em todos os países, a noite é acompanhada por formas óticas ambíguas e ilusões que aterrorizam certas
mentes... mas isso antes do debate começar. Os políticos estavam preparados para começar a falar! Eu
sabia que o debate ia decidir o futuro do país. Portanto, tinha muito medo, não queria que aquele
partido político ganhasse as eleições porque ia proibir a liberdade das pessoas. Não sei se eu senti um
verdadeiro medo, mas eu sabia que o país não ia terminar bem.
As pessoas dizem que têm medo de fantasmas e outras coisas, mas eu digo que os verdadeiros medos
estão na vida real e que nós devemos ter medo é das coisas reais e devemos parar de nos preocupar com
outras coisas sem importância.
No final da noite os votos refletiram o vencedor, o partido que ninguém queria que ganhasse... Naquele
momento terminou o horror e o pesadelo começou.
Alfonso Sánchez Galán

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Microrrelaros en portugues

  • 1. MICRORRELATOS DE PORTUGUÉSMICRORRELATOS DE PORTUGUÉS NA ESCURIDÃO OXELFER TERRORES NOTURNOS NA FORESTA OS MENINOS O MEDO ENCONTRO À MEIA-NOITE TERROR NO R-66 O POLÍTICO BESTAS DO INFERNO AQUIM
  • 2. MICRORRELATOS DE PORTUGUÉSMICRORRELATOS DE PORTUGUÉS NA ESCURIDÃO Em todos os países, a noite é acompanhada por formas óticas ambíguas e ilusões que aterrorizam certas mentes … mas naquela noite eu tardei muito em dormir por culpa da sombra do homem daquela pintura, sempre a olhar para mim. Esta manhã, eu percebi de que não era uma pintura, mas sim uma janela. Elvira Azahara Sáez Lozano.
  • 3. MICRORRELATOS DE PORTUGUÉSMICRORRELATOS DE PORTUGUÉS OXELFER Em todos os países, a noite é acompanhada por formas óticas ambíguas e ilusões que aterrorizam certas mentes … mas quem me diria que depois de ver o sangue, os cadáveres, a destruição e a morte, o que mais me impactaria seria ver-me no espelho! Jaime Tapia Zaragoza
  • 4. MICRORRELATOS DE PORTUGUÉSMICRORRELATOS DE PORTUGUÉS TERRORES NOTURNOS Em todos os países, a noite é acompanhada por formas óticas ambíguas e ilusões que aterrorizam certas mentes... mas essa mente, mais cedo ou mais tarde, percebe que é tudo uma mentira. Que esse monstro de dez cabeças não é nada mais que uma árvore impulsionada pelo vento e esse besouro gigante é apenas um carro que passa pela estrada. Você ouve barulhos e percebe que a noite lhe prega uma partida. Mas depois você acordou e algo mudou. Por que acordei? Tenho a certeza que é um pesadelo. Você sabe o que é um pesadelo. Você quer acordar, mas não pode. Os seus olhos estão fechados e você não quer abri-los porque está com muito medo. Finalmente, você abre-os, esperando ver imagens reais, mas não vê nada. Não há nada. Você grita e ninguém responde, você não pode respirar, você quer que seja um pesadelo, mas não é. E quando você se move percebe, está enterrado vivo. Andrés Hervás Gómez
  • 5. MICRORRELATOS DE PORTUGUÉSMICRORRELATOS DE PORTUGUÉS OS MENINOS Em todos os países, a noite é acompanhada por formas óticas ambíguas e ilusões que aterrorizam certas mentes... mas, um dia, enquanto envolvia os meus dois filhos e lhes desejava boa noite, os rapazes disseram-me a chorar: “Pai procura debaixo da cama para ver se há monstros ou fantasmas”. Eu decidi observar, e foi então que debaixo da cama encontrei os dois meninos que tremiam e sussurravam: “pai há algo na minha cama...”. Na manhã seguinte, os dois desapareceram e nunca mais voltaram para casa. Paco Morcillo Ballell
  • 6. MICRORRELATOS DE PORTUGUÉSMICRORRELATOS DE PORTUGUÉS O MEDO Em todos os países, a noite é acompanhada por formas óticas ambíguas e ilusões que aterrorizam certas mentes... mas, o que é o medo? O medo é uma sensação que nos desperta quando sentimos que nos pode passar alguma coisa má, como morrer, enfrentar uma situação perigosa, é o que sentimos quando vemos algo horrível diante de nós. Foi o que aconteceu comigo na mesma noite depois de chegar a casa. Depois de dizer adeus ao meu amigo Azrael, notei um pouco de dor de cabeça. Quando cheguei a casa não havia ninguém, que estranho! Fui à cozinha e tomei um paracetamol. Depois, fui para a sala de estar e comecei a assistir televisão. Quando olhei para o relógio eram 12 horas! Tinha-me esquecido de desligar a televisão e ir para a cama, por isso adormeci... Adormeci... Acordei com uma batida estrondosa às 3horas . Vou à entrada. Antes de ir, notei que a televisão mostrava uma imagem de um menino ao lado de um sofá, com um demônio imponente nas costas. Espera...! Era eu. Viro-me e grito. Espera, não há nada. Outro sinal de batida. Tremo cada vez mais. Vou lá fora, vejo uma criança do outro lado da rua. Você não pode ver o rosto dele. Piscando, aproximando-se, piscando novamente, aproximando-se cada vez mais, piscando, vai-se aproximando cada vez mais… ainda mais. Ele já tinha vindo ao meu jardim! Tento não pestanejar. Vejo que não se está a mover mais. Começou a tirar um carro de brinquedo do seu bolso. Não aguentou mais sem não piscar. Ele tira o capuz, é Azrael! Ele sorri. Finalmente pisco também. Antes de eu abrir os olhos, estes começam a guincar e eu sinto que algumas garras me impedem de abri-los. Começo a ouvir um monte de burburinhos e sons chocantes. Ouvi dizer que um carro estava a chegar. “Está a aproximar-se!” Eu ouço o caos em torno de mim, até que tudo ficou de repente silencioso e ouço o meu amigo gritar “Ajuda!!” Eu ouço o um carro e meu amigo a gritar de dor. Finalmente posso abrir os olhos. Vou ajudá-lo. Está debaixo de uma roda, morto... as suas entranhas estão abertas e a sua perna partida. Estou a começar a chorar. De repente, ouço um sussurro, é ele. -Amigo, eu gostaria de pedir-lhe um último favor. -Diga-me. -Você gostaria de ficar no meu lugar?- Disse ele com um olhar maligno. De repente atira-se para cima de mim e eu sou o único que é atropelado, dorido, morto ... Ele está a chorar ao meu lado. Vejo um brilho, é de dia. Nunca me despedi dele quando cheguei a casa... Santiago Jiménez Cuesta
  • 7. MICRORRELATOS DE PORTUGUÉSMICRORRELATOS DE PORTUGUÉS BESTAS DO INFERNO Em todos os países a noite é acompanhada por formas ambíguas e ilusões de ótica que aterrorizam certas mentes… mas muitas pessoas passam as noites trancadas nas suas casas, aterrorizadas. Elas têm medo de sair à rua e desaparecer. Durante a noite das almas, diz-se que os monstros entram em algumas casas, levando tantas almas quanto elas podem encontrar. Como relata a uma história antiga, a aldeia foi construída num antigo cemitério romano que foi, depois de destruído e arrasado por um incêndio. Diz-se que as almas dos mortos foram transformadas em animais e que se escondem nas florestas da área. Todas as noites eles vêm para a aldeia, porque só quando eles recebem outra alma é que podem descansar em paz para a eternidade. Embora ninguém tenha vivido para contá-lo, esses monstros segundo dizem, parecem humanos à distância, e, assim, enganam as pessoas. Mas quando eles se aproximam, são descobertos e vê-se que eles são realmente bestas fora do inferno. Por causa disso, é essencial não sair de casa qualquer noite, especialmente a de todos os santos.
  • 8. MICRORRELATOS DE PORTUGUÉSMICRORRELATOS DE PORTUGUÉS AQUIM Em todos os países, a noite é acompanhada por formas óticas ambíguas e ilusões que aterrorizam certas mentes... mas aqui não. Aqui, num lugar onde o reino dos vivos e dos mortos moram juntos como se fossem um só. Aqui, onde criaturas do outro mundo e do nosso pulam umas com outras. Aqui, onde tudo parece igual e onde tudo se vai perder em breve. Aqui, onde poderias estar agora mesmo. Aqui, onde o sofrimento é todos os dias. A propósito, bem-vindo ao inferno.
  • 9. MICRORRELATOS DE PORTUGUÉSMICRORRELATOS DE PORTUGUÉS ENCONTRO À MEIA-NOITE Em todos os países a noite é acompanhada por formas ambíguas e ilusões de ótica que aterrorizam certas mentes… mas aquela noite o que vi e senti foi real. Era meia-noite e voltava para a minha casa sozinha de uma festa de trajes de Halloween. Foi então quando eu decidi ir pelo beco mais escuro do meu bairro, para chegar cedo. Ali, entre as sombras e uma poça de sangue, tudo acabou. **** Nessa noite acabei o meu turno mais tarde do que o habitual e não pude ir à festa de Halloween. E quando estava a fechar à porta, notei como se o metal frio de uma faca atravessasse a minha pele. Apesar da dor, pude-me virar. Nesse instante reconheci uma cara que apareceu nas notícias: era una rapariga que tinha escapado do centro psiquiátrico e que vagueava pelas ruas em busca de sangue. Nessa noite…eu não me pude salvar. Salve-se você. Andrea Díaz Blanco
  • 10. MICRORRELATOS DE PORTUGUÉSMICRORRELATOS DE PORTUGUÉS TERROR NO R-66 Em todos os países a noite é acompanhada por formas ambíguas e ilusões de ótica que aterrorizam certas mentes… mas, os fatos que são narrados aconteceram em Cáceres. O R-66 era uma urbanização tranquila, localizada numa das zonas mais elevadas de Cáceres. Ninguém sabia que ali antes havia um velho cemitério chamado “Hall of Ween”. Com as primeiras obras da urbanização, num dia frio de outono, desenterraram ossos mexidos de pessoas mortas com um mau cheiro. As máquinas que trabalharam escavaram os túmulos, mexeram nos ossos dos mortos formando um puzzle, “pensei que fosse um presságio do fim dos tempos”. Naquele cemitério descansavam dois irmãos, dois meninos que foram enterrados em mil pedaços na mesma lápide, depois dos pais os desmembrarem. Mas, uma coisa estranha aconteceu. Os esqueletos dos meninos saíram intatos. Junto a eles encontraram um cavalo branco de brinquedo. Este facto não passou despercebido aos primeiros vizinhos do bairro. Muitas pessoas viram a figura das crianças a arrastarem o cavalo pelos jardins da urbanização. Nas noites de outono frias e escuras de lua cheia ouvem-se os pequenos a chorar. Beatriz Leco Mateos
  • 11. MICRORRELATOS DE PORTUGUÉSMICRORRELATOS DE PORTUGUÉS OS POLÍTICOS Em todos os países, a noite é acompanhada por formas óticas ambíguas e ilusões que aterrorizam certas mentes... mas isso antes do debate começar. Os políticos estavam preparados para começar a falar! Eu sabia que o debate ia decidir o futuro do país. Portanto, tinha muito medo, não queria que aquele partido político ganhasse as eleições porque ia proibir a liberdade das pessoas. Não sei se eu senti um verdadeiro medo, mas eu sabia que o país não ia terminar bem. As pessoas dizem que têm medo de fantasmas e outras coisas, mas eu digo que os verdadeiros medos estão na vida real e que nós devemos ter medo é das coisas reais e devemos parar de nos preocupar com outras coisas sem importância. No final da noite os votos refletiram o vencedor, o partido que ninguém queria que ganhasse... Naquele momento terminou o horror e o pesadelo começou. Alfonso Sánchez Galán