Edição 135 Janeiro 2018

1. Congregação
Tem aluno Pio XII no
Parlamento Jovem
P. 16
Encontro de gerações
no Infantil
P. 4
Fórum de Profissões
recebe escolas
convidadas
P. 10
Ano 38 • Número 135 • janeiro de 2018
Em constante renovação
Pio XII apresenta novidades em estrutura
e identidade visual

2. Editorial
Congregação
Muitas novidades chegaram à comunidade escolar no
segundosemestre!Diversasatualizaçõesvieramrenovar
a atuação do colégio em diferentes áreas, porém, refor-
çando a personalidade franciscana, reconhecida, mais
do que nunca, como valores de ontem, hoje e amanhã.
Nossos alunos, sempre protagonistas, participam de
projetos que fazem a diferença. Na Educação Infantil,
gerações distintas se encontraram na celebração no Dia
do Idoso, enquanto no Fundamental I, em tempos de
tecnologia, as crianças daqui enviaram cartas a nossos
alunos em Barbacena, aprendendo não apenas sobre a
rotina dos colegas, como a praticar esse estilo de escrita.
No Fundamental II, nossos estudantes foram escolhidos
como membros do Parlamento Jovem e fizeram uma
Editorial
anuncio saraiva
excursão pela Mata Atlântica de nosso colégio no Sába-
do Cultural, do qual participaram todos os segmentos,
com resultado de um trabalho do ano inteiro.
No Ensino Médio, discussões importantes sobre atuali-
dades permearam a rotina dos alunos, que, na reta final
rumoaovestibular,receberam,noFórumdasProfissões,
convidados para ajudá-los a reforçar suas escolhas e a
apresentar aos mais novos possibilidades de mercado.
Esta edição ainda vem recheada de muito mais sobre as
atividades do semestre. Boa leitura!
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Sumário
Alunos do Infantil celebram Dia do Idoso com
homenagens e doações
A alegria invade a Semana da Criança!
Jogos e apps complementam o aprendizado
Sua escola tem história! / A carta CHEGOU!
Visita de Guilherme Domenichelli enriquece o
colégio / Vivenciar para cuidar!
Make the world a better place!
Fórum de Profissões 2017
Renovações ganham forma
Fulanos de“Tau”em ação
Projeto literário surpreende alunos do 6° ano
Doar e se doar: um novo olhar para as aulas de
campo / A Mata Atlântica é a nossa casa
Parlamento Jovem / 2017 é ano da Matemática!
Holocausto em pauta
Prevenção e Cidadania promove Programa de
Educação Financeira / Middle School abrindo
portas para o High School
Sábado Cultural - Biomas Brasileiros
Campanha da Fraternidade 2018 propõe paz
Regionalização brasileira e globalização
Onde está o racismo na sociedade brasileira?
CONSELHO EDITORIAL
Diretora-geral
Sister Yolanda Marcelino
Diretora administrativa-financeira
Sister Glória de Souza
Vice-diretora administrativa-financeira
Sister Antonia Maria Alves da Silva
Coordenadora de manutenção e RH
Sister Neide Camparotto Teixeira
Diretora adjunta
Fátima Lopes dos Santos Miranda
Coordenador administrativo
Ernesto Dias de Souza
Coordenadora de comunicação
Úrsula Costa
Diagramação
Umcomum
Revisão
Luciana Maria Sanches
Imagens
Projetadas e selecionadas por Freepik
Fotografias
Arquivo Colégio Franciscano Pio XII
Argus Studio
A revista EspalhaFato é uma publicação do
Colégio Franciscano Pio XII. Sugestões e
contato: colegiopioxii@pioxiicolegio.com.br
Expediente
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EDITORIAL
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3. Editorial
Congregação
ASemana da Criança foi, mais uma vez, muito
especial na Educação Infantil. Foram dias fe-
lizes e intensos, com diferentes atividades e
momentos lúdicos.
A comemoração começou com o contador de histó-
rias Felipe, que embarcou acompanhado das crian-
ças para o mundo da imaginação com muita alegria
e cantoria. Os alunos vieram fantasiados para par-
ticipar desse dia especial! Depois foi a vez das pro-
fessoras auxiliares e monitoras, que encenaram uma
adaptação da história “Quem Quer Casar Com a Dona
Baratinha?”, tornando o momento extremamente di-
vertido. As crianças adoraram a atividade, finalizada
com um lanche coletivo.
A alegria invade a
Semana da Criança!
Alunos do Infantil celebram Dia do
Idoso com homenagens e doações
Diferentes formas de amor foram trabalhadas
este ano na Educação Infantil: o amor à família,
aos amigos, aos animais, ao colégio e ao país.
Foi mostrado que, para ser criança da paz e do bem, é
preciso aprender a exercer esse sentimento de maneira
plena e eficaz.
Durante todo o ano foram realizadas atividades para a
demonstração desse aprendizado, como idas à fazendi-
nha para cuidar de animais e plantas, ações no Dia do
Amigo, no Dia da Família e também no Dia do Idoso,
que mereceu atenção especial. Em comemoração à
data, celebrada em 1o de outubro, o colégio recebeu
idosos de uma casa de repouso e Irmãs da Casa Paz e
Bem. Os alunos cantaram e entregaram cartões elabora-
dos por eles e, no fim, distribuíram produtos de higiene
que arrecadaram em parceria com a Pastoral do colégio.
É importante que as crianças consigam entender que o
envelhecimento faz parte da vida e que, por meio do
amor, devem valorizar os idosos, aprender com sua ex-
periência de vida e olhar para eles como seres humanos
valiosos, com muito respeito por sua trajetória.
Paula Neves Fava Bon,
coordenadora pedagógica e orientadora
educacional da Educação Infantil
Criamos, também, a Cidade do Brincar, onde os alunos,
trajados com roupas esportivas, puderam explorar li-
vremente diferentes estações de atividades. Em vez
dos brinquedos do dia a dia, como areia, motoca e pis-
cina de bolinhas, novas propostas foram criadas: salas
de bexigas para mergulhar, relaxamento, músicas para
brincadeiras de roda, pintura livre, brinquedos gran-
des, história, oficina de sucata e quadra com bolinha
de sabão gigante. As crianças podiam escolher onde e
a que hora brincar, sem esperar a ordem do professor.
Foi uma semana de grande aprendizado e diversão!
Equipe de Educação Infantil
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4. Editorial
Congregação
Semanalmente, alunos do 1o ano vão ao labora-
tório de informática para realizar atividades no
computador e iPad. As propostas desenvolvem
habilidades de maneira descontraída, lúdica e atrati-
va, dando continuidade aos conteúdos trabalhados
em sala de aula.
Diversos aplicativos e jogos matemáticos e de alfabe-
tização como Forca e Tangram são utilizados. Em ou-
tros momentos, também é usado o Word, com o qual
os estudantes são desafiados a escrever listas e frases,
arrastar imagens até o texto correspondente, comple-
tar palavras e textos lacunados, ordenar vocábulos e
até sentir o coração bater mais forte durante ativida-
des de competição do Kahoot!, por exemplo.
Jogos e apps complementam
o aprendizado
Conhecer a própria história é ponto de partida
para que as crianças percebam e desenvol-
vam sua identidade e se reconheçam como
indivíduos que compõem um ou mais grupos sociais.
A escola é um desses grupos: é a primeira organiza-
ção social à qual a criança se integra para além dos
vínculos familiares.
E a escola também tem uma história. Sentir-se per-
tencente a ela faz com que a aprendizagem ocorra de
forma mais afetiva e, consequentemente, mais signi-
ficativa, além de contribuir para a constituição de um
ambiente de respeito entre si, o outro e o espaço que
ambos ocupam.
Pensando nisso, foi promovido um momento em que
os alunos puderam explorar, além de documentos
históricos como textos, fotografias e revistas, o relato
Sua escola
tem história!
de memória (ou relato oral) para conhecer a história do
Colégio Franciscano Pio XII. Na atividade, os estudantes
foram percebendo as mudanças ocorridas com o passar
do tempo e puderam comparar a escola de antigamen-
te com a atual.
Sister Yolanda carinhosamente recebeu os alunos do
2o ano para responder perguntas elaboradas por eles,
compartilhar suas recordações, contar curiosidades e
resgatar acontecimentos importantes para a história do
colégio, desde a chegada das sisters ao Brasil, em 1938.
Saber, por exemplo, que a atual diretora-geral ajudou
na construção da escola com as próprias mãos chamou
muito a atenção das crianças e, certamente, fez com
que valorizassem ainda mais cada pedacinho do colé-
gio, atribuindo a ele significados repletos de história.
Você se lembra de como se escreve uma carta?
Qual foi a última vez em que redigiu ou rece-
beu uma? Neste ano letivo, os alunos dos 3os
anos foram convidados a investigar como é esse meio
de comunicação que, com o passar dos anos, foi per-
dendo lugar para mensagens instantâneas e e-mails.
As descobertas acerca do gênero tiveram início com o
livro Felpo Filva, um escritor que troca cartas com sua
fã, a Charlô. A leitura sensibilizou os alunos e favore-
ceu a possibilidade de conhecer as partes que com-
põem uma carta e analisar como escrevê-la.
Depois, as descobertas foram postas em prática, com
uma proposta de escrita envolvendo nossos alunos e
os do Colégio São Francisco de Assis, em Barbacena,
que passaram a se corresponder. Entre uma carta
e outra, os estudantes aprenderam brincadeiras,
conheceram os ambientes do colégio por meio de
relatosedesenhos,comosãoasprofessoraseoqueos
outros alunos mais gostam de fazer durante o recreio.
A carta CHEGOU!
Os estudantes
do Pio XII
contaram sobre
a biblioteca que
hánasaladeaula,
a Biblioteca de Classe, um
espaço composto por livros
trazidos por professores e
alunos para serem lidos em
diversos momentos.
A leitura tem um lugar especial
em nossa rotina, por isso, com a
última carta foram enviados livros doados
por famílias, professores e funcionários do
Colégio Franciscano Pio XII, para que os
alunos de Barbacena também criassem um
espaço de leitura.
Os alunos desconstroem a ideia inicial de que a tecno-
logia está voltada somente para jogos e divertimen-
to e percebem que a ferramenta é importante para
aprendizado e desenvolvimento intelectual, estudo,
localização e comunicação, entre outras funções.
Professoras de 1º ano
Professoras dos 3os
anos
Professoras do 2º ano
MAIS UMA COISA
QUE O SEU FILHO
VAI APRENDER
NA ESCOLA:
O MELHOR ENSINO
DE IDIOMAS
É CEL.LEP.
Agora no Colégio Franciscano Pio XII,
seu filho aprende inglês com a melhor
escola e a melhor metodologia de ensino
para vivenciar e aprender o idioma
de verdade.
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6 7EspalhaFato • janeiro de 2018
3ºE4ºBIMESTRES
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5. Editorial
Congregação
No Sábado Cultural, o Colégio Franciscano
Pio XII recebeu a visita de Guilherme Do-
menichelli, autor de Girafa Tem Torcicolo?
E Outras Perguntas Divertidas do Mundo
Animal. O livro, trabalhado pelos alunos
em sala de aula, desperta a curiosidade e
esclarece muitos assuntos sobre animais,
até mesmo mitos e lendas.
Professoras e estudantes ficaram honra-
dos. Além de Guilherme ser ótimo escri-
tor, é uma excelente pessoa. Sempre que visita o co-
légio, ele traz uma enxurrada de informações novas a
respeito do reino animal
e apresenta algumas es-
pécies para abrilhantar
a conversa.
Visita de Guilherme Domenichelli
enriquece o colégio
O colégio, os estudantes e as professoras agradecem
a possibilidade de aprender sobre a vida animal em
conjunto. Que Guilherme venha sempre que quiser e
brinde todos com sua experiência e conhecimento!
Imagine que você fez todas as compras de mer-
cado para o ano e, no dia 2 de agosto, tudo já ti-
vesse acabado. A analogia é para explicar o que
está acontecendo com os recursos naturais da Terra.
Já consumimos toda a água, a energia, os minerais e
os vegetais que o planeta tem capacidade para pro-
duzir e ser utilizado no período de 365 dias. A Terra
está sobrecarregada! O culpado? Nosso ritmo atual de
consumo e estilo de vida.
Diante desse cenário, os alunos perguntam: “Mas
o que podemos fazer pelo planeta?”, incrédulos de
que pequenas ações individuais possam realmente
trazer impacto para nossa sociedade e o ambiente
em que vivemos.
Foi então que surgiu o convite para que os estudan-
tes pesquisassem sobre estilo de vida e consumo de
sua família. Os alunos tabularam dados, calcularam a
Vivenciar para Cuidar!
pegada ecológica e ava-
liaram as informações
obtidas. Surpresos com
os resultados, inicialmen-
te buscaram identificar a
ação mais danosa para o
meio ambiente; em se-
guida, fortaleceram o compromisso com a natureza,
pensando em alternativas para o modo de vida que as
famílias levam, tais como: reduzir o consumo de carne,
conscientizar familiares a respeito do tabaco e propor
carona para colegas que residem em locais próximos.
Dessa forma, os estudantes concluíram que, mesmo
com atitudes diárias simples, podem contribuir para
diminuir o impacto sobre o meio ambiente e viver de
maneira mais sustentável.
(Mathis Wackernagel, CEO da
Global Footprint Network e co-
criador da Pegada Ecológica)
Avivência para alunos novos da Educação In-
fantil e do Ensino Fundamental I foi ainda
mais especial este ano com a dinâmica Only
One You, baseada no livro homônimo, da autora nor-
te-americana Linda Kranz, e proposta pelos professo-
res de Arte, Ensino Religioso e Inglês.
O livro conta a história de Adri, um peixinho que
está prestes a explorar o oceano sozinho. Os pais
do personagem ensinaram a ele importantes lições
que aprenderam ao longo da vida, na esperança de
ajudá-lo na aventura. Algumas delas são: “Encontre
o seu caminho, você não tem que seguir a multidão”;
“só existe um de você neste mundo tão grande e in-
Make the world a
better place!
crível, faça dele um lugar melhor” – lições que res-
saltam nossa singularidade e a possibilidade de cada
um fazer sua parte.
Unindo arte, literatura e muita criatividade, os alu-
nos, após ouvir a história, coloriram uma pedra que
seria exposta e que representava o peixinho, ou seja,
colaboraram com a criação de uma obra de arte co-
letiva, que só poderia existir a partir da contribuição
de cada um, exatamente como a lição proposta pelo
livro. Esse projeto também foi vivenciado pelos estu-
dantes da Educação Infantil e do Ensino Fundamen-
tal I: todos leram a obra durante as aulas de Inglês e
pintaram as pedras durante as aulas de Arte.
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professoras
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SEMESTRES
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6. Editorial
Congregação
Estudantes do 8o ano do Ensino Fundamental à
3a série do Ensino Médio participaram de mais
uma iniciativa para escolher qual caminho pro-
fissional pretendem trilhar. O Fórum de Profissões
2017 trouxe cinco ciclos de palestras, cada um com
cerca de 12 atividades simultâneas, entre seminá-
rios, oficinas, workshops e ações direcionadas a pais
e responsáveis. O objetivo era auxiliar na orientação
profissional dos jovens. Para Viviane Paiva Direito, co-
ordenadora do Ensino Médio, “foi um momento pri-
vilegiado para que estudantes de 13 anos a 15 anos
pudessem dar início a essa reflexão e ao autoconheci-
mento. Para alunos de 16 anos em diante, a ideia era
fortalecer a decisão”.
Profissionais de diversas áreas conversaram com es-
tudantes do Colégio Franciscano Pio XII e de escolas
convidadas, promovendo um rico intercâmbio. Confi-
ra o depoimento de Luis Fernando Liguori, pai de Pe-
dro e Luisa Barine F. Liguori, que promoveu a palestra
“Engenharia e tecnologia”.
Uma série de novidades está sendo apresen-
tada a toda a comunidade escolar do Colé-
gio Franciscano Pio XII. O
início se deu com a revitalização do
ginásio de esportes e das quadras.
Em seguida, veio a ampliação do In-
fantil, da recepção e da Sala de Bem-
-Estar, além da expansão da fazen-
dinha, com novos ambientes para
os animais, sistemas de hidroponia,
captação de água pluvial e energia
solar, e Maker Lab, um laboratório
com impressora 3D e máquina de
corte a laser.
Na semana franciscana, foi inaugurada mais uma
etapa de atualizações, com a releitura da logomarca
do colégio. A ideia foi deixá-la mais contemporânea
e valorizar a identidade franciscana. Um novo site
também fez parte do lançamento, bem como a inter-
face da área restrita, que foi remodelada e integrada
ao aplicativo. Passou-se, assim, a ser possível acessar
pelo app informações como boletim, arquivos, calen-
dário e rematrícula, entre outros dados importantes
para o dia a dia escolar da família.
Foram criados também os perfis oficiais do colégio
no Facebook e Instagram, que podem ser acessados
em facebook.com/pioxiicolegiosp (Facebook) e
@pioxiicolegiosp (Instagram).
Fórum de
Profissões
2017
Renovações ganham forma
“Alguns estudos dizem que os avanços tecnológicos
já permitem estar entre nós o ser humano que irá vi-
ver 150 anos. Considerando que durante 20 anos nos
dedicamos à preparação para a vida adulta, o que fa-
remos nos 130 anos restantes? Será que teremos uma
única profissão ou várias? Assim, a escolha do que
‘quero ser quando crescer’ se torna ainda mais impor-
tante. Pensando nisso, resolvi participar do Fórum de
Profissões compartilhando minha história como pro-
fissional de tecnologia, afinal, sou pai da Luisa (9o ano)
e do Pedro (7o ano), que em breve também terão que
fazer escolhas.
A oportunidade de interagir com os jovens, os pro-
fessores e outros pais que se predispuseram a dividir
experiências foi engrandecedora e trouxe algumas
reflexões e conclusões. Eu compartilhei sobre minha
formação e carreira e aprendi com os alunos que, in-
dependentemente do curso ou disciplina que escolhi
(engenharia), eles estavam ali buscando um propó-
sito. A conversa e as perguntas se concentraram no
que faço todos os dias que me traz satisfação, quais
desafios tenho que enfrentar na prática e como isso
se associa a um legado que quero deixar.
Como o tema era relacionado a tecnologia, resolvi
demonstrar como a ferramenta pode nos ajudar a re-
solver problemas complexos, transmitindo aos alunos
a mensagem de que, atualmente, inovar é fácil e está
ao alcance de todos. Um dos estudantes com quem
conversei foi o Wesley, um jovem tímido que se sen-
tou ao fundo e estava muito atento ao que era apre-
sentado. Ao fim da palestra, ele me procurou e disse
que queria aprender mais. Dei a ele meu e-mail e, no
mesmo dia, ele me contatou com várias perguntas.
Para minha grata surpresa, o colégio havia convidado
alunos de escolas públicas e o Wesley era um deles.
Resolvi chamá-lo para passar um dia na IBM, onde tra-
balho, e posso afirmar que foi uma experiência muito
valiosa para ambos. Espero que a visita tenha ajudado
nas escolhas do menino Wesley, que deu uma lição de
atitude, coragem e vontade de vencer.
Saí dessa experiência uma pessoa
melhor e mais esperançosa, pois
vi jovens que, apesar da timidez
(afinal, estavam em uma zona de
desconforto), mostraram-se inte-
ressados na profissão do futuro: a
profissão de SER FELIZ.”
Luis Fernando Liguori
Também fez parte da iniciativa a elaboração de um
vídeo de apresentação do colégio, em que procura-
mos, de forma breve, ilustrar a es-
sência da filosofia Pio XII. O vídeo
foi divulgado em primeira mão às
famílias presentes na palestra que
abordou a BNCC (Base Nacional
Comum Curricular) e divulgado
nas redes sociais. Em seguida ao
vídeo, uma série de depoimentos
de professores ex-alunos foi criada
para compartilhar as impressões
sobre a formação Pio XII.
Vale lembrar que, para nós, é um grande orgulho ter
colaboradores e alunos como protagonistas dessa
ação, da mesma forma como acontece em nosso dia a
dia! Igualmente importante é o fato de estar em cons-
tante processo de renovação, porém, mantendo sem-
pre a essência franciscana: formar cidadãos líderes e
protagonistas, seres humanos capazes de valorizar
o simples, com o olhar voltado para o outro, acredi-
tando que a responsabilidade ambiental, a justiça, a
generosidade e o afeto são tão essenciais como suas
profissões e carreiras. São os valores que fazem parte
de nossa filosofia - valores de ontem, hoje e amanhã.
PAZ E BEM!
10
EVENTOS
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7. “
”
Fazer uma experiência em obra social deveria
serdeverdetodoalunofranciscano.Ébomsair
um pouco da bolha em que vivemos e partici-
par da vida das crianças de maneira positiva.
Pode não parecer muito, mas em nossa visita
até o Centro Solidário Nossa Senhora Apareci-
da, deu para perceber a felicidade das crianças
ao ver que nós fomos até lá para brincar com
elas, para ensiná-las alguma coisa, para fa-
zer com que elas pensassem melhor, ou para
que elas nos mostrassem algo que aprende-
ram ou fizeram na escola. Para nós, cada dia
é um novo aprendizado, seja pelas histórias
contadas, risadas ou experiências. Participar
desse projeto faz com que percebamos cada
vez mais quão privilegiados somos em estu-
dar no Pio XII e quanto devemos dar valor a
tudo que temos. Em um colégio franciscano,
ações como essa são mais do que necessárias.
O verdadeiro franciscano se preocupa com o
bem-estar do próximo e está sempre dispos-
to a ajudar. Acho que é por isso que o projeto
funciona tão bem, pelo fato de os alunos en-
volvidos realmente terem esse espírito.
Felipe Barci Oliveira,
2ª série A do Ensino Médio
Editorial
Congregação
No início do ano, alunos de 9º ano e Ensi-
no Médio foram convidados a participar
da ação de voluntariado, que consiste em
preparar atividades para ajudar crianças no apren-
dizado escolar. Para isso, o grupo, chamado Fulanos
de Tau – tau é o símbolo de São Francisco – pesqui-
sa jogos e brincadeiras para ajudar a desenvolver
coordenação motora, lógica e organização do pen-
samento, entre outros temas. No Centro Solidário
Nossa Senhora Aparecida, sob a orientação de uma
facilitadora do local e de um professor do Colégio
Franciscano Pio XII, os estudantes desenvolvem as
atividades, realizadas quinzenalmente. Comparti-
lhamos neste espaço o relato especial da experiên-
cia do grupo, redigido por Felipe Barci Oliveira, da 2ª
série A do Ensino Médio.
Foram realizados:FULANOS DE “TAU”
EM AÇÃO
AGRADECIMENTO
Casa do TETO
Construção de uma residência
no valor de R$ 6.500
Campanha de alimentos 3.145 kg
Itens para higiene 1.252 unidades
Campanha permanente
de itens para bazar 4.000 unidades
Campanha do agasalho 1.300 peças
Sacolinhas de Natal
500 sacolas
(para cinco obras sociais e um colégio)
Professora Cida e equipe de Pastoral
- Doação da sacolinha de Natal para cinco obras sociais e para 394 crian-
ças muito carentes do Colégio São Francisco de Assis, em Barbacena, com
o apoio de um grupo de mães que se dedicaram com muito carinho para
a realização dessa campanha.
Que o Senhor possa lhes retribuir com muitas graças e
bênçãos! Que as alegrias trazidas por Jesus no Natal
perdurem por todos os dias do novo ano!
PAZ E BEM!
Alguns dos resultados das ações solidárias de 2017:
Gostaríamos de agradecer a parceria da
família Pio XII na realização das ações
solidárias organizadas pela Pastoral no
decorrer de 2017. Centenas de pessoas
menos favorecidas foram beneficiadas com
suas contribuições generosas.
- Encontros de jovens nas obras sociais;
- Acolhimento das crianças e dos idosos em nosso colégio com a moni-
toria dos alunos da Pastoral e doação de lanches deliciosos das séries do
Ensino Fundamental e famílias do Grupo de Apoio;
- Construção da casa do Projeto TETO;
1312 EspalhaFato • janeiro de 2018
3ºE4ºBIMESTRES
3ºE4ºBIMESTRES

8. Editorial
Congregação
Oque acontece quando chegamos a uma
sala de 6o ano e a convidamos a ler publica-
ções infantis?“Ah, não, livro infantil não tem
nenhuma graça!” A princípio, foi assim que o projeto
“Curadoria de Livros Infantis” foi recebido pelos alu-
nos, que não acreditavam ser possível aprender algo
interessante com essas obras.
A proposta era analisar textos literários de qualidade,
fazer o trabalho de curadoria e mediar a leitura literá-
ria para os estudantes mais novos. Primeiro, foi anali-
sada a situação literária do país e, em seguida, houve
a simulação de situação real de mediação a partir do
livro O Túnel, de Anthony Browne. Logo após, entre
50 títulos, os alunos fizeram suas escolhas, que curio-
No segundo semestre, as turmas de 6os e 7os
anos viveram duas experiências memorá-
veis em saídas de estudo. Na primeira eta-
pa, os alunos fizeram uma campanha de arrecadação
de donativos. Em seguida, já em Brotas e Cananeia,
dois dos destinos das aulas de campo, eles entrega-
ram as doações a instituições que abrigam famílias e
crianças carentes.
Muito mais do que doar bens mate-
riais, certamente muito signifi-
cativos e importantes – em
Cananeia, o abrigo não
tinha alimento para fazer
mais nenhuma refeição
Alunos dos 7os anos desenvolveram um proje-
to interdisciplinar muito especial com o tema
Mata Atlântica, bioma que abriga a maior
biodiversidade do mundo.
Por estar em um colégio ocupado por ricas fauna e
flora, os estudantes começaram o projeto avaliando
o próprio espaço da escola. Assim, em Ciências, foi
realizado um estudo de plantas encontradas no Pio
XII. Para aprofundar o estudo e verificar in loco esse
inigualável bioma, foi feito um trabalho de campo em
Cananeia e na Ilha do Cardoso para conhecer os prin-
cipais ecossistemas da Mata Atlântica.
Projeto literário surpreende alunos do 6° ano Doar e se doar: um novo olhar
para as aulas de campo
A Mata Atlântica é a nossa casa
samente recaíram sobre dois pontos: o que é inédito
nesse livro? Como podemos explorá-lo com crianças
menores? Uma reflexão muito diferente das que já ti-
nham feito na vida escolar.
Após profundas análises, os alunos prepararam a lei-
tura, apresentação e interação. E não se contentaram
com qualquer leitura ou apresentação: exigiram o
melhor de si. Esse desafio os encantou, assim como
o momento de interação com o Fundamental I, que
concretizou para eles a ideia de que a leitura, para ser
de verdade, precisa se abrir em diálogo.
– os estudantes vivenciaram a possibilidade de se
doar, mesmo que por alguns instantes, ao organizar
e transportar os donativos, ao conversar e interagir
com as outras crianças ou, simplesmente, ao contem-
plar o movimento e os instantes de uma realidade
tão diferente da deles, mas que inevitavelmente os
conecta àquelas crianças.
A atividade ofereceu mais uma oportunidade de vi-
venciar na prática os valores franciscanos.
É de crucial importância que, para
além dos estudos acadêmicos,
os alunos sejam fortalecidos
na prática do bem e da ca-
ridade para com o próxi-
mo. Missão cumprida!
Na disciplina de Arte, abor-
dou-se a arte ecológica do
artista contemporâneo polo-
nês Frans Krajcberg, que serviu
de inspiração para que os alunos
realizassem suas próprias obras
com reaproveitamento de material
orgânico vegetal, especialmente fo-
lhas e troncos.
Com o conhecimento adquirido ao longo do ano, os
estudantes ficaram empolgados com a possibilidade
de apresentar a Mata Atlântica presente na escola. Ao
lado das professoras de Ciências e Inglês, o desafio foi
ainda maior: o de realizar a visita em inglês e portu-
guês, o que foi um grande sucesso. O trabalho pôde
ser conferido no Sábado Cultural.
Ana Paula Araújo de Miranda,
professora de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II
“A princípio, ler é também um encontro com os outros, ou melhor, com
representações dos outros, e, nesse sentido, ler é aprender a conhecer
as chaves dessa representação do outro. Ou ao menos deveria sê-lo.”
Bértolo
Celina Nakamura,
professora de Ciências dos 7os e 8os anos
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15EspalhaFato • janeiro de 201814
3ºE4ºBIMESTRES
3ºE4ºBIMESTRES

9. Editorial
Congregação
OParlamento Jovem foi criado na Câmara Mu-
nicipal de São Paulo, em 2001, com o objeti-
vo de oferecer aos jovens do município uma
lição de cidadania e democracia, por meio do exercí-
cio, com duração de um dia, das funções e dos traba-
lhos do Poder Legislativo. São apenas 55 vereadores
jovens escolhidos entre milhares de escolas.
Este ano, tivemos o privilégio de ter o aluno do 8o ano
Pedro Antônio Belfort de Oliveira selecionado para
participar do Parlamento Jovem.
O aluno criou um projeto de lei que tem por
objetivo defender as mulheres vítimas de violência
doméstica por meio da criação de um fundo de
assistência temporária. Segundo ele, a iniciativa trata
de uma questão que o preocupa muito: “A partir
da implantação desse projeto de lei, mulheres em
Aaula tema sobre o Holocausto ministrada no
9o ano do Ensino Fundamental II foi enrique-
cida com a palestra de Hajnalka Makrlikova
de Saboia Campos, mãe das alunas Lívia e Gabriela M.
de Saboia Campos, que compartilhou tempo e expe-
riência para discutir esse tema com os estudantes.
AOlimpíada Brasileira de Matemática das Esco-
las Públicas + Privadas (Obmep) é realizada
pelo Instituto Nacional de Matemática Pura
e Aplicada (Impa) e tem como objetivo principal des-
cobrir jovens talentos na área de matemática entre
alunos de Ensino Fundamental (a partir do 6º ano) e
Ensino Médio de escolas públicas de todo o Brasil. Em
2017, as escolas privadas também foram convidadas a
participar da competição.
O Colégio Franciscano Pio XII não ficou de fora e fez bo-
nito! Tivemos dois medalhistas, Carolina Britto Haddad
(prata) e Rafael de Camargo Costa (bronze), que rece-
bem também o Programa de Iniciação Científica (PIC).
Recebemos ainda três menções honrosas, para os alu-
nos Enzo Jou Leal, Bruna Cruvinel Donelian e Luc Steve
Trommer Faria. As aulas de treinamento realizadas pelo
colégio foram fundamentais para a construção dessa
conquista na competição, uma das mais importantes
do país. Parabéns!
Parlamento Jovem
A oportunidade de ser
vereador por um dia
Holocausto em pauta
2017 é ano da Matemática!
situação de violência terão a oportunidade de
se livrar do abuso e reconstruir a vida, podendo
oferecer melhores condições para os filhos”.
Parabéns, Pedro, e parabéns a todos os alunos que
participaram! Em tempos de polaridade partidária,
é excelente ver nossa juventude discutindo, fazen-
do política e tratando de questões que realmente
podem mudar nossa sociedade.
Com sua biografia, Hajnalka mostrou a realidade de
fatos que marcaram a história e a vida de milhões de
pessoas e refletiu sobre os conflitos disseminados no
mundo de hoje.
O colégio agradece por esse momento tão importan-
te que Hajnalka proporcionou aos alunos!
CAROLINA BRITTO
HADDAD
BRUNA CRUVINEL
DONELIAN
ENZO JOU LEAL LUC STEVE
TROMMER FARIA
RAFAEL DE
CAMARGO COSTA
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3ºE4ºBIMESTRES
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10. $
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Editorial
Congregação
As turmas de 6o a 8o ano do Ensino Fundamen-
tal desenvolveram, na disciplina de Preven-
ção e Cidadania, o Programa de Educação
Financeira, apoiado pelo material Oficina de Finanças.
Durante as aulas, os estudantes tiveram oportunida-
de de desenvolver habilidades necessárias para uma
vida financeira equilibrada, pois tiveram contato com
noções de sustentabilidade que poderão auxiliá-los a
adotar boas práticas e torná-los adultos mais organi-
zados e preparados. O programa permitiu ainda a re-
flexão sobre o uso responsável, empreendedor, ético,
OColégio Franciscano Pio XII foi um dos pri-
meiros no Brasil a oferecer o programa
oficial de High School, a partir do 9º ano.
Em 2017, iniciou o programa de Middle School, para
alunos dos 7os e 8os anos do Ensino Fundamental. No
convênio firmado com a University of Missouri, uma
das mais importantes instituições de pesquisa dos
Estados Unidos, o currículo integrado de ciências e
humanas utiliza a abordagem Steam (ciências, tec-
nologia, engenharia, arte e matemática), com adap-
tações alinhadas aos valores do Programa de Escolas
Associadas da Unesco.
Durante as aulas do Middle School Global Leaders
Project, os alunos estudaram questões globais defini-
das pela ONU e buscaram soluções a problemas lo-
cais. Assim, tiveram oportunidade de dar início a um
currículo internacional que terá continuidade no High
School, do 9o ano do Ensino Fundamental até a 2a sé-
rie do Ensino Médio.
Parabéns a alunos, professores, colaboradores e toda
a comunidade educativa, que se envolveram neste
que foi um projeto de conscientização da importân-
cia dos biomas brasileiros para a preservação da vida,
tema do evento inspirado pela Campanha da Frater-
nidade 2017.
A proposta dos trabalhos desenvolvidos foi pautada
pela diversidade de cada bioma e pela importância da
criação de relações respeitosas com a vida e a cultu-
ra dos povos que nele vivem. Um verdadeiro convite
para ver, refletir e agir.
Prevenção e Cidadania promove
Programa de Educação Financeira
Middle School abrindo portas
para o High School
Sábado Cultural
Biomas Brasileiros
cidadão e sustentável do dinheiro. Todos os alunos
participantes receberam certificado do programa.
Educação financeira não é um simples modismo, é
parte da formação dos estudantes. Trata-se de um
aprendizado que pode ser ainda mais enriquecedor
com a parceria das famílias, que poderão efetiva-
mente permitir que os alunos vivenciem teorias dis-
cutidas em aula.
Ao ampliar horizontes, os alunos dos 8os anos
do Middle School apresentaram excelente
aproveitamento, antecipando conquistas que já
caracterizamoHighSchoolcomoaumentodefluência
no idioma, uma vez que puderam utilizar o inglês para
vivenciar situações reais, e autonomia, já que tiveram
que encarar o desafio de estudar a partir de uma
metodologia de outro país, em que argumentação e
produção acadêmica são ferramentas fundamentais
de estudo.
Parabéns aos alunos de 8o ano por terem dado mais
um passo na busca de uma formação que os prepa-
ra para se tornar agentes de mudança do século 21.
Vale lembrar que quem completou o programa com
sucesso no 8o ano teve admissão automática ao High
School, sem prova de seleção.
Equipe do Ensino Fundamental II
EspalhaFato • janeiro de 201818 19
EVENTOS
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11. Editorial
Congregação
Oembrião da Campanha da Fraternidade surgiu em 1961, no Rio Grande do Norte, com o objetivo de
ajudar os mais carentes. A primeira campanha foi na Quaresma de 1962, e a repercussão foi tão grande
que logo a ação se expandiu para estados vizinhos. Em 1964, durante o Concílio Vaticano II, foi lançada
oficialmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e, desde então, acontece todos os anos, sempre com
tema e lema definidos. Em 2018, o tema eleito é “Fraternidade e superação da violência”, com o lema “Vós sois
todos irmãos”. Como pano de fundo, a promoção da cultura da paz. Infelizmente, a atmosfera de violência em que
vive o mundo e, de modo especial, o Brasil convoca todos a refletir e agir pela cultura da paz.
O primeiro impulso é pensar em políticas públicas que possam acabar com a situação de violência. A impressão
geral é de que as estruturas e os sistemas do nosso país existem para promovê-la e perpetuá-la. No entanto, é
preciso lembrar que a promoção da cultura da paz começa por mim, por você, pois, como franciscanos, somos
mensageiros e agentes da paz.
Frei Vitório Mazzuco, frade franciscano, oferece uma reflexão que nos convida a “mudar os conceitos para mudar
a nossa maneira de ver as coisas” e, então, andar na contramão da violência. Ele apresenta algumas virtudes a
partir da Espiritualidade Franciscana que compartilho:
Oconceito de meio técnico científico-infor-
macional é um dos mais conhecidos na
Geografia, pelo menos a brasileira, embora
seja pouco explorado nas pesquisas empíricas. Trata-
-se de uma formulação que o geógrafo Milton Santos
desenvolveu e aprofundou durante pelo menos duas
décadas. Várias de suas obras apresentam o conceito.
Em algumas delas, ele aparece mais como uma no-
ção, algo com potencial para evoluir; em outras surge
como um conceito plenamente elaborado. Na obra A
Natureza do Espaço, a formulação é apresentada de
modo bastante claro. No livro publicado em coautoria
com Maria Laura Silveira, intitulado: O Brasil: Território
e Sociedade no Início do Século XXI, esse conceito é uti-
lizado para fazer uma leitura da formação, desenvolvi-
mento e estado atual do território brasileiro.
Tomando por base esse conceito e considerando que
a Geografia Física e Humana são duas faces da mesma
ciência, os alunos da 1ª série do Ensino Médio se en-
volveram, efetivamente, na abordagem de um impor-
tante conteúdo da Geografia: a regionalização. Os es-
Campanha da Fraternidade 2018
propõe paz
Regionalização brasileira e globalização
Essas virtudes podem nos ajudar a refletir sobre a não violência, a tolerância, o cultivo da paz. Que o ano que está
chegando nos mova a buscá-la e cultivá-la. Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz.
tudantes, divididos em grupos, ficaram responsáveis
por uma pesquisa detalhada a respeito de uma região
do Brasil. Foram estudados aspectos naturais, sociais,
econômicos e históricos, bem como costumes, práti-
cas culturais e culinárias, com o desafio de conectar a
região ao mundo econômico globalizado, apontando
assim, como a espacialidade se (re)organiza em um
processo contínuo e ininterrupto.
Após a fase de apropriação, os grupos desenvolveram
seminários e os apresentaram aos colegas de sala. A
qualidade das informações e a criatividade utilizada
na metodologia foram, sem dúvida, um grande su-
cesso: apresentações em Power Point recheadas de
imagens, maquetes, simulação de noticiários, campa-
nhas de marketing... Nenhum esforço foi medido na
hora de despertar o interesse da classe.
Sister Yolanda Marcelino
PAZ: busca da inteireza. A inteireza do ser é sempre
transmitir o melhor do divino e do humano que está
dentro de si. É a mesma coisa que dizer: “Seja inteiro!”. É
se deixar moldar pelo sagrado e se transformar em pro-
tagonista dessa força: “Senhor, fazei-me instrumento
de Tua paz”.
RESPEITO: sensibilidade para perceber a verdade do
outro, sua qualidade, bagagem e capacidade. Valorizar
tudo e todos. É dizer: “A minha alma agradece por ter
encontrado você!”. Ser tolerante.
FORTALEZA: vigor. Buscar segurança e estabilidade
emocional. Trabalhar físico, espiritual e psíquico para
não se desconsertar em nenhuma situação. Unir forças
humanas com divinas. Forças que podem transformar
obstáculos em meios e assegurar tranquilidade e paz
mesmo nas horas mais atormentadas.
CONSELHO: a palavra precisa na hora oportuna. A
direção espiritual, moral, ética, virtuosa. A troca de ex-
periências como testemunho de vida e apoio. Tomar
decisões sem insegurança. Sugerir o que fazer nas di-
ficuldades da vida, ensinar como falar, a quem falar e
quando falar.
PIEDADE: modo de ser sensível na arte de se relacio-
nar. Procurar um relacionamento reto e justo e ser reto
e justo nas soluções que sugerir para as dores do outro.
É um interesse fraterno que visa o melhor, que capacita
a enxergar a essência do outro.
SOLIDARIEDADE: a fecundidade social da capacida-
de de amar. O amor que vai de imediato para a necessi-
dade emergente da situação (de algo ou alguém). É não
amar por dever, amar pela naturalidade da entrega. Não
dar só pão, dar a humanidade com o pão. Libertar-se do
ideal para trabalhar com o real.
DIÁLOGO: por meio da palavra, da fala e da escuta, en-
trar no mundo das ideias em um intercâmbio de com-
preensão. Recuperar uma fala e uma escuta terapêuti-
ca: é a fala e a escuta que permitem atravessar medos.
É saber silenciar.
CONFIANÇA: con-fiar, fiar com, isto é, tecer os fios da
mesma trama. É se abandonar à criatividade. A confian-
ça é criativa; ela permite. Acreditar na força da vida ca-
paz de desfazer um nó.
FRATERNIDADE: criar laços com uma família espiri-
tual. É a qualidade das nossas relações. A fraternidade
ajuda a abrir mão de interesses puramente egoístas.
Mário Fioranelli,
professor de Geografia do Ensino Médio
GINÁSTICAARTÍSTICA
FUTEBOL
SOCIETY
JUDÔ
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TREINAMENTO
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FUTSAL
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INICIAÇÃO
ESPORTIVA
DANÇA
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NO COLÉGIO FRANCISCANO PIO XII!
BALÉ
Procure-nos
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12. Editorial
Congregação
Viver no século 21 não significa afirmar que
muitos problemas estruturais da nossa so-
ciedade foram completamente superados,
o que também não quer dizer que a herança do
pensamento da era colonial continue entre nós. Não
obstante a isso, e tocado pela problemática do ra-
cismo, o Ensino Médio abraçou o desafio de encarar
um projeto interdisciplinar para o mês da consciên-
cia negra. A iniciativa foi elaborada em grupos for-
mados por alunos da 2a série, sob orientação de pro-
fessores de Arte, Ensino Religioso, História, Produção
de Texto, Filosofia, Literatura, Sociologia e Geografia.
O projeto “Onde Está o Racismo na Sociedade Bra-
sileira?” visa despertar nos estudantes e na comu-
nidade escolar uma reflexão sobre como enfrentar
esse problema social de responsabilidade coletiva.
Uma vez que o racismo não é uma teoria científica
e, sim, um conjunto de opiniões preconcebidas que
enaltece as diferenças biológicas entre seres huma-
nos, houve uma série de conversas e encontros pro-
dutivos entre estudantes e orientadores para elabo-
ração de propostas.
Os alunos desenvolveram um projeto acompanhado
por um professor tutor, e o produto se exprimiu de
múltiplas maneiras: por meio de linguagem artística;
de documentários produzidos a partir de entrevistas
realizadas no colégio, nas ruas e em outras escolas;
Onde está o racismo na sociedade brasileira?
anuncio cultura
do estudo do universo da literatura negra; de com-
posição de músicas. Um grupo de debate e discus-
são no Facebook também foi estabelecido. Nele,
estudantes postaram comentários, notícias, fatos,
pesquisas e acontecimentos relacionados ao tema.
A comunidade escolar entende que o direito de ma-
nifestar opiniões deve acontecer da maneira mais
democrática possível, por isso, uma mesa-redonda
foi organizada para discutir o tema. Foram convida-
dos Servílio de Oliveira, ex-pugilista e o primeiro
brasileiro a conquistar uma medalha olímpica – no
México, em 1968 – e Baby Amorim, produtora cultu-
ral e coordenadora de projetos na instituição Ilú Obá
de Min, associação paulistana sem fins lucrativos que
tem como base o trabalho com culturas de matriz
africana e afro-brasileira e a mulher.
Um projeto de tamanha complexidade recebeu es-
pecial atenção, já que, sem dedicação, empenho e
parceria dos professores envolvidos, a realização não
seria possível. Mas os estudantes foram, com absolu-
ta certeza, os protagonistas. Além do que apresenta-
ram, todos, sem exceção, destacaram um momento
em que o respeito à diversidade contribuiu muito
mais em sua formação cidadã, tornando-os, assim,
mais sensibilizados e respeitosos com os outros, no
espírito de coletividade e igualdade que é tão preza-
do no colégio.
Graziano Costa,
professor de Filosofia do Ensino Médio
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13. Editorial