Este documento discute a importância de (a) delimitar claramente o problema de pesquisa e os objetivos, e (b) justificar a relevância científica da investigação. Também enfatiza a necessidade de (c) formular questões de pesquisa concretas e claras para orientar a recolha de dados, evitando montanhas de dados sem interpretação.
1. P A U L A S O U S A
Preparação da Dissertação
Cientifica
2. Ponto 3
Objetivo:
Compreender e ter noção da importância da:
a) delimitação clara do problema de pesquisa em
foco – questões de investigação e objetivos;
b) justificação das razões e da “mais-valia” científica
da investigação
3. 3. ‘Questões/perguntas’ que orientam a recolha de
dados empíricos – Ponto de partida da preparação
do desenho da investigação: Problema de pesquisa;
Questão de investigação e/ou hipóteses; Objetivos.
4.
5. Questões da investigação
Passo fundamental mas frequentemente
subestimado, é o modo de formular as questões
da investigação
Daí a importância de uma formulação o mais
concreta e clara possível
6. Quanto menor for a clareza na
formulação das questões, maior é o
risco do investigador acabar por se ver
confrontado com montanhas de dados e
que arrasta consequentemente
dificuldades na análise/interpretação.
7. As questões de investigação
Constituem o mais importante elemento de qualquer
desenho de investigação
As decisões sobre todos os outros aspetos da
investigação são contingentes da sua contribuição
para responder às questões de investigação
Em vários sentidos, a formulação das questões
de investigação é o efetivo ponto de partida
da preparação do desenho da investigação.
8. O quê? (What),
Porquê (Why) e
Como (How).
‘What’ questões visando descrições
‘Why’ questões visando explicações ou a
compreensão
‘how’ questões relacionadas com intervenções que
visam promover mudanças
Podem reduzir-se as questões de investigação
a três tipos principais:
10. Objetivos
Num desenho de investigação deve ser
privilegiada a definição dos objetivos de investigação
Os objetivos são definidos de uma forma mais
especificada que as finalidades gerais da investigação
e especificam o que o investigador pretende
alcançar com o seu trabalho.
11. Os objetivos são normalmente formulados como
‘explorar’, ‘descrever’, ‘explicar’, ‘compreender’,
‘prever’, ‘mudar’, ‘avaliar’ o impacto social de
algum(uns) aspeto(s) do fenómeno sob investigação.
Tais objetivos ajudam a definir o âmbito do
estudo, e, conjuntamente com as questões de
investigação, fornecer uma direção clara ao
processo de pesquisa.
12. Em geral é particularmente proveitosa a inter-
relação entre objetivos e questões de investigação,
estas últimas imprescindíveis.
Atenção:
É importante não confundir objetivos com
atividades exigidas pela realização da
investigação
13. Ajustar as questões
As questões de investigação não surgem do nada:
em muitos casos têm origem naquilo que o
investigador é, na sua história pessoal ou no seu
contexto social
14. O carácter autobiográfico e auto-
referenciável da ciência são apontados
como um dos pilares de construção do
conhecimento no paradigma emergente de
ciência.
“Parafraseando Causewitz, podemos afirmar
hoje que o objecto é a continuação do
sujeito por outros meios” (in Santos, 1987:
52
15. Especificar a área de interesse
O resultado da formulação das questões da
investigação é a delimitação de uma área de
interesse especifica, no interior de um campo mais
ou menos complexo.
Por exemplo:
No estudo do tema/objeto «mau trato»
deverão especificar-se as áreas de interesse,
focalizando qual o aspeto/ prisma a ser estudado.
16. A relação entre a Pergunta, Hipótese, os objetivos
específicos e metas de longo prazo do Projeto
http://www.theresearchassistant.com/tutorial/2-
1.asp
17. A questão de investigação
É uma declaração que identifica o tópico a ser estudado.
Para desenvolver uma forte questão de investigação, a partir das suas ideias,
deve perguntar a si mesmo o seguinte:
I. Eu conheço o campo e a literatura relacionada?
II. Quais são as questões de pesquisa importantes nesse campo?
III. Quais as áreas que precisam de mais exploração?
IV. Poderá o meu estudo preencher uma lacuna? Levar a uma maior
compreensão?
V. Tem um grande esforço de investigação foi já realizado nesta área
assunto?
VI. Este estudo foi feito antes? Se assim for, há espaço para melhorias?
VII. É o momento certo para esta questão ser respondida? É um tema
quente, ou está a tornar-se obsoleto?
VIII. Mais importante ainda, será que o meu estudo tem um impacto
significativo no campo?
18.
19. O processo de pesquisa
Porque é importante esta
investigação?
O que outros já
pesquisaram?
O que descobriram?
Questões de Investigação
Hipoteses
Hipoteses
Objectivos Especificos
Passos específicos que irá dar
para testar as hipóteses
(BASE AMPLA DA INVESTIGAÇÃO)
20.
21. Hipóteses
Uma Questão de Investigação bem focada conduz às
hipóteses
Ou seja, que previsões faria acerca do fenómeno que
pretende estudar?
Hipóteses são conjeturas (suposições) mais
específicas sobre a natureza e a direção da relação
entre duas variáveis.
22. Uma forte Questão de Investigação deve passar no
teste: «e depois?» (So What?)
Pense sobre o potencial impacto da pesquisa que vai
realizar.
Qual é o benefício de responder à sua Questão de
Investigação?
Quem irá beneficiar?
23. O foco de pesquisa deve ser apertado (estreito),
e não de base ampla.
Por exemplo:
"O que poderá ser feito para prevenir o abuso de
substâncias?"
É uma pergunta muito grande para responder.
Seria melhor começar com uma pergunta mais focada,
como, "Qual é a relação entre as experiências específicas da
primeira infância e subsequentes comportamentos de
abuso de substância?"
24. Formulating Hypotheses from Research Questions
There are basically two kinds of research questions: testable and non-testable. Neither is better than the other, and both have a place in applied research.
Examples of non-testable questions are:
How do managers feel about the reorganization?
What do residents feel are the most important problems facing the community?
Respondents' answers to these questions could be summarized in descriptive tables and the results might be extremely valuable to administrators and planners.
Business and social science researchers often ask non-testable research questions. The shortcoming with these types of questions is that they do not provide
objective cut-off points for decision-makers.
In order to overcome this problem, researchers often seek to answer one or more testable research questions. Nearly all testable research questions begin with
one of the following two phrases:
Is there a significant difference between ...?
Is there a significant relationship between ...?
For example:
Is there a significant relationship between the age of managers and their attitudes towards the reorganization?
Is there a significant difference between white and minority residents with respect to what they feel are the most important problems facing the community?
A research hypothesis is a testable statement of opinion. It is created from the research question by replacing the words "Is there" with the words "There is", and
also replacing the question mark with a period. The hypotheses for the two sample research questions would be:
There is a significant relationship between the age of managers and their attitudes towards the reorganization.
There is a significant difference between white and minority residents with respect to what they feel are the most important problems facing the community.
It is not possible to test a hypothesis directly. Instead, you must turn the hypothesis into a null hypothesis. The null hypothesis is created from the hypothesis by
adding the words "no" or "not" to the statement. For example, the null hypotheses for the two examples would be:
There is no significant relationship between the age of managers and their attitudes towards the reorganization.
There is no significant difference between white and minority residents with respect to what they feel are the most important problems facing the
community.
All statistical testing is done on the null hypothesis...never the hypothesis. The result of a statistical test will enable you to either 1) reject the null hypothesis, or
2) fail to reject the null hypothesis. Never use the words "accept the null hypothesis".