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FACULDADE DINÂMICA DAS CATARATAS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
HABILITAÇÃO EM NEGOCIAÇÃO E MARKETING INTERNACIONAL
ESTUDO DE VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE
GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA ITAIPU BINACIONAL
Relatório de Estágio Supervisionado
CARLOS EDUARDO TAVARES LOPES
FOZ DO IGUAÇU
2005
Faculdade Dinâmica das Cataratas
Curso de Administração
Habilitação em Negociação e Marketing Internacional
ESTUDO DE VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE
GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA ITAIPU BINACIONAL
Carlos Eduardo Tavares Lopes
FOZ DO IGUAÇU
2005
CARLOS EDUARDO TAVARES LOPES
Relatório de Estágio Supervisionado,
apresentado à disciplina de Estágio
Supervisionado IV, do Curso de Graduação
em Administração com Habilitação em
Marketing Internacional da União Dinâmica
de Faculdades Cataratas – UDC como parte
dos requisitos para obtenção do título de
Bacharel em Administração.
Orientador: Profº, João Maria Alves Ferreira,
M, Sc.
ESTUDO DE VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE
GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA ITAIPU BINACIONAL
FOZ DO IGUAÇU
2005
TERMO DE APROVAÇÃO
FACULDADE DINÂMICA DAS CATARATAS
ESTUDO DE VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE
GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA ITAIPU BINACIONAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE
BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM MARKETING
INTERNACIONAL
CARLOS EDUARDO TAVARES LOPES
Orientador(a): Prof.º João Maria Alves Ferreira
Nota Final
Banca Examinadora:
Prof.º
Prof.º
Foz do Iguaçu, 16 de maio de 2005
DEDICATÓRIA
A minha família que teve muita paciência
comigo durante o período de elaboração.
AGRADECIMENTOS
Sou imensamente agradecido aos
Engenheiros Marcio Batisteti e Osvaldo
Nunes Filho que me auxiliaram no
desenvolvimento deste trabalho. Manifesto
ainda minha gratidão a todos meus colegas
de trabalho e a todos orientadores e
professores do Curso de Administração que
de uma maneira direta e indireta
contribuíram na estruturação, na revisão e
em nas sugestões para a conclusão e
melhoria contínua deste trabalho.
EPÍGRAFE
“Os bens do mundo não foram feitos
para restrito número de privilegiados, mas
para todos os filhos de Deus. O maior pecado
do ser humano é ignorar suas forças interiores,
poderes criadores e sua herança divina.
vê quantas coisas és capaz de fazer.”
Marilen
RESUMO
LOPES, Carlos Eduardo Tavares. Estudo de viabilidade para Implantação de um
Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional, Foz do Iguaçu: 2005, 129
páginas.
Resumo: Este trabalho, na sua forma conceitual e operacional de orientação para
uma avaliação global da Itaipu Binacional, apresenta uma proposta metodológica
para a implantação de um sistema integrado de gestão segurança e saúde
ocupacional. Tem-se como fundamentação teórica para elaboração dos critérios, os
conceitos do Sistema de Gestão da Qualidade e os conceitos do Sistema de Gestão
da Saúde e Segurança no Trabalho. Os itens e quesitos sugeridos para facilitar a
avaliação fazem parte da metodologia e abrangem os requisitos abordados nas
normas sobre as áreas de estudo. A sistemática de escalas de pontuação para os
quesitos Importância, Avaliação e Tendência de crescimento, faz parte da
ferramenta e da técnica para avaliação dos pontos fortes e fracos de atributos e
características do objeto de estudo. O método possui fases e procedimentos que, na
aplicação prática, trazem como resultado um diagnóstico da organização que
permitirá demonstrar a viabilidade e a validade da proposta.
Palavra Chave: Gestão - Qualidade – Controle de Perdas – Segurança – Saúde.
ABSTRACT
LOPES, Carlos Eduardo Tavares. Feasibility study for Implantation of a System of
Management of Security and Occupational Health, Estuary of the Iguaçu: 2005, 129
pages.
Summary: This work, in its conceptual and operational form of orientation for a global
evaluation of the Binational Itaipu, presents a proposal metodológica for the
implantation of an integrated system of management security and occupational
health. It is had as theoretical recital for elaboration of the criteria, the concepts of the
System of Management of the Quality and the concepts of the System of
Management of the Health and Security in the Work. Itens and suggested questions
to facilitate the evaluation are part of the methodology and enclose the boarded
requirements in the norms on the study areas. The systematics of scales of
punctuation for the questions Importance, Evaluation and Trend of growth, is part of
the tool and the technique for evaluation of the strong and weak points of attributes
and characteristics of the study object. The method possesss phases and procedures
that, in the practical application, bring as resulted a diagnosis of the organization that
will allow to demonstrate to the viability and the validity of the proposal.
Word Key: Management - Quality - Control of Losses - Security - Health.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Questionários respondidos pelos públicos internos e externos ......61
Tabela 2 - Distribuição dos Respondentes – Públicos Interno ...........................61
Tabela 3 - Distribuição dos Respondentes – Público Externo............................62
Tabela 4 - Redução de Custos ...............................................................................63
Tabela 5 - Documentação Integrada ......................................................................63
Tabela 6 - Melhoria Contínua..................................................................................64
Tabela 7 - Melhoria da Imagem Pública da Empresa ...........................................64
Tabela 8 - Satisfação dos Clientes Internos e Externos ......................................65
Tabela 9 - Fator Diferencial de Competitividade e Benchmarking......................66
Tabela 10 - Melhoria do Desempenho e do Ambiente Organizacional ...............66
Tabela 11 - Otimização Empresarial .....................................................................67
Tabela 12 - Oportunidade de Melhoria Empresarial.............................................68
Tabela 13 - Direção através de um Único Gestor (ou Gerente)...........................68
Tabela 14 - Atuação Responsável da Empresa ....................................................69
Tabela 15 – Comprometimento da Alta Direção ................................................100
Tabela 16 – Fator de Investimento Empresarial .................................................100
Tabela 17 - Evitar Acidente Ambiental ou do Trabalho......................................101
Tabela 18 - Fator Experiência dos Funcionários................................................102
Tabela 19 - Integração das Atividades e Procedimentos Afins.........................102
Tabela 20 - Confiabilidade e Credibilidade da Empresa ....................................103
Tabela 21 - Busca Contínua da Inovação e Sobrevivência Empresarial ..........104
Tabela 22 - Comentários e Sugestões dos Respondentes................................105
SUMÁRIO
RESUMO.....................................................................................................................8
ABSTRACT.................................................................................................................9
LISTA DE TABELAS ................................................................................................10
ABREVIATURAS......................................................................................................13
SIGLAS.....................................................................................................................13
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................16
1.1. Identificação da Unidade Concedente do Estágio.........................................19
1.1.1. Empresa .........................................................................................................19
1.1.1. Informações históricas .................................................................................20
1.1.2. Atuação ..........................................................................................................21
1.1.3. Tecnologia .....................................................................................................22
1.1.4. Equipe de trabalho ........................................................................................22
1.1.5. Campanhas que desenvolve ........................................................................23
1.2 Origem do Trabalho......................................................................................24
1.3 Objetivo Geral...................................................................................................25
1.4 Objetivos Específicos......................................................................................25
1.5 Limitações do Trabalho...................................................................................25
1.6 Justificativa do Trabalho.................................................................................26
1.7 Metodologia......................................................................................................27
1.8 Estrutura do Trabalho ..................................................................................28
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................29
2.1 Origem e Constituição do Sistema.................................................................29
2.2 Sistema de Gestão da Qualidade....................................................................30
2.2.1 Considerações gerais sobre SGQ...............................................................30
2.2.2 Experiências empresariais na implantação do SGQ .................................32
2.3 Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional..............................34
2.3.2 Experiências empresariais na implantação do SGO .................................36
2.4 Sistema de Gestão de Meio Ambiente, Segurança e Saúde
Ocupacional.............................................................................................................40
2.5 Sistema Integrado de Gestão ......................................................................40
2.5.1 Generalidades sobre SIG.............................................................................40
3. DESENVOLVIMENTO ......................................................................................46
3.1 Análise Situacional.......................................................................................46
3.2 Elementos Básicos de um Programa de Gestão de SSO - BS 8.800 e
OSHAS 18.001..........................................................................................................48
3.3. Elementos do Sistema de Gestão de SSO - OHSAS 18.001......................50
3.5 Planejamento para Identificar os Perigos, Análise e Controle dos
Riscos................................................................................................................52
3.5.1 Prevenção de perdas....................................................................................53
3.5.2 Os 12 valores relacionados à prevenção de perdas..................................55
3.5.3 Os 10 instrumentos da prevenção de perdas ............................................56
3.6 Atualização dos Requisitos Legais ................................................................58
3.7 Objetivos e Metas.............................................................................................58
3.8 Estrutura de Responsabilidade ......................................................................59
3.9 Treinamento, Conscientização e Competência. ............................................59
3.10 Consulta e Comunicação.............................................................................61
3.11 Documentação do Sistema de Gestão de SSO..........................................62
3.12 Controle de Documentos e Dados ..............................................................62
3.13 Controle Operacional ...................................................................................64
3.14 Preparação e Atendimento a Emergências................................................65
3.15 Auditoria........................................................................................................68
3.16 Análise Crítica pela Administração.............................................................69
3.17 Programa de SSO e Melhoria das Condições de Trabalho.......................69
3.18 Requisitos de Segurança e Saúde Ocupacional........................................70
3.19 Rotinas para Inspeções de Segurança.......................................................71
3.20 Serviço de Saúde Ocupacional ...................................................................72
3.21 Práticas Adequadas de Segurança e Higiene ............................................73
3.22 Assistência Social ........................................................................................74
3.23 Programa de Melhoria das Condições de Trabalho ..................................75
3.23.1 Informação ....................................................................................................75
3.23.2 Comitê de segurança ...................................................................................75
3.23.3 Papel dos supervisores ...............................................................................76
4. PESQUISA PROPOSTA....................................................................................80
4.1 Problematização...............................................................................................80
4.2 Objetivo Geral...................................................................................................81
4.2.1 Objetivos Específicos ..................................................................................81
4.3 Fundamentação e Estrutura da Pesquisa......................................................81
4.4 Ambiente Organizacional da Empresa Pesquisada ......................................83
4.4.1 Ambiente interno ..........................................................................................83
4.4.2 Ambiente externo .........................................................................................84
4.5 Coleta de Dados ...............................................................................................85
4.5.1 Publico interno .............................................................................................88
4.5.2 Publico externo.............................................................................................88
4.6 Formulação das Perguntas dos Questionários............................................89
4.7 Fatores da Análise e Interpretação de Dados................................................91
4.8 Amostragem .....................................................................................................92
4.8.1 Descrição do perfil empresarial ..................................................................92
4.8.2 Análise e interpretação de dados da amostragem ....................................93
4.8.3 Partes interessadas......................................................................................94
4.8.3.1 Comentários e sugestões do público interno.........................................107
4.8.3.2 Comentários e sugestões do público externo........................................110
4.9 Conclusões do Relatório...............................................................................112
4.9.1 Alcance dos objetivos................................................................................112
4.9.2 Problema e perguntas da pesquisa ..........................................................113
4.10 Sugestões para Trabalhos Futuros...........................................................116
5 CONCLUSÃO ..................................................................................................117
5.1 Considerações Finais.................................................................................118
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................122
7. ANEXO ............................................................................................................128
ABREVIATURAS
Siglas
ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas;
ANDE Administración Nacional de Electricidad;
APAU Accident Prevention Advisory Unit;
BS 8800
Guide to Health and Safety Management – Guia para Sistema de
Gestão de Saúde e Segurança Industrial.
CESG Centro de Excelência para Sistema de Gestão;
ISO 9000 Sistema de Gestão da Qualidade – Fundamentos Vocabulários;
ISO 9001 Sistema de Gestão da Qualidade – Requisitos;
ISO 9004
Sistema de Gestão da Qualidade – Diretrizes para melhorias de
desempenho.
ISO 14001 Sistema de Gestão ambiental – Especificação e diretrizes para uso;
NR Normas Regulamentadoras.
OSHAS 18001
Occupations Health and Safety Assessment Series Specification –
Série de Especificações para Avaliação da Saúde e da Segurança;
PAT Programa de Alimetação ao Trabalhador.
PCSMO Programa de Controle Saúde Médico Ocupacional.
PPRA Programa de Prevenção a Riscos Ambientais.
PROCEL Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica.
RDE Reunião de Diretoria Executiva;
SGO Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional;
SGQ Sistema de Gestão da Qualidade;
SIG Sistema Integrado de Gestão;
SMS
Sistema de Integrado de Segurança e Meio Ambiente e Saúde
Ocupacional;
SSO Sistema de Segurança e Saúde Ocupacional;
SST Segurança e Saúde no Trabalho;
TGS Teoria Geral de Sistemas;
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Visão aérea da Usina de Itaipu.............................................................17
Figura 2 - Modelo genérico de sistema aberto Chiavenato (1999). Adaptado
para este trabalho..................................................................................27
Figura 3 - Ciclo SGQ. ..............................................................................................30
Figura 4 - Ambiente organizacional da ITAIPU Binacional, com os seus
ambientes interno e externo.................................................................83
LISTA DE TABELAS
1. INTRODUÇÃO
No ambiente empresarial o principal reflexo da rapidez das mudanças é a
acentuada competitividade. Adicionada a esta, os diferentes ambientes apresentam
também diferentes limitações, a escassez de recursos como mão de obra
qualificada, matéria prima, infra-estrutura, entre outros, é sentida em todos os
setores. Como conseqüência, empresas de todo o mundo percebem a necessidade
de utilizarem seus recursos de maneira eficiente, para que possam manter e/ou
ganhar mercados, assegurando sua sobrevivência.
Dentro deste prisma, algumas organizações preocupadas em acompanhar a
evolução natural de seus ambientes externos, estão empenhando-se em alcançar o
máximo com o mínimo. Para tanto utilizam todos os seus recursos, humanos e
tecnológicos, ao máximo de cada um. Para que isto possa ser obtido, muitas
mudanças na realidade organizacional ocorreram, podendo estas ter ocorrido em
nível de cultura organizacional, estrutura organizacional, tecnologia, recursos
humanos, entre outros.
Muitas destas mudanças, porém, não tem alcançado o resultado esperado,
apesar de apresentarem altos custos envolvidos tanto para as pessoas quanto para
as organizações.
Devido a isto, surge a necessidade de abordar a interface
homem/organização de maneira inovadora, o que desencadeou o surgimento de
novas teorias e conceitos. Muitas das teorias sobre gerenciamento, comportamento
humano, sistemas, e organizações que emergiram neste século, tentam explicar
comportamentos e características peculiares aos seus objetos de estudo.
O enfoque da Teoria Geral dos Sistemas ou enfoque sistêmico tem
possibilitado a investigação de diversos mecanismos e ferramentas desenvolvidos
para otimizar o desempenho organizacional. Intrínseca a maioria destas
ferramentas, encontra-se a preocupação com os colaboradores. Qualquer sistema
gerencial que tenha como objetivo primordial à melhoria da qualidade e da
produtividade de suas ações deve ter a segurança e a qualificação do pessoal como
fatores constantes. No entanto, estas condicionantes têm sido negligenciadas e
tornam-se, em muitos casos, as principais responsáveis pelo fracasso nas tentativas
de implementação de novas filosofias gerenciais e operacionais nas organizações.
Da mesma forma, à medida que o um profissional da área de SMHT –
Segurança Medicina e Higiene do Trabalho adquire mais experiência, tanto maior é
a probabilidade de ele obter melhores avaliações das variáveis na ocorrência da
não-conformidade em suas áreas de atuação, de modo a evitá-las ou minimizá-las.
Entretanto, para esse profissional, esse modo de agir é indesejável, ainda mais em
se tratando de saúde física e mental dos trabalhadores, visto que a ação é
puramente reativa. Ressalte-se que para fins de prevenção, dizemos que
experiência não quer dizer necessariamente tempo de atuação, mas capacidade de
agir de maneira pró-ativa, antecipadamente às varáveis que ocasionam as não-
conformidades na área da Segurança, Medicina e Higiene do Trabalho.
Dentro desta nova conjuntura, novos conceitos e atitudes são incrementados
às ações e políticas adotadas pelas empresas que desejam manter-se no mercado.
Tais conceitos (sustentabilidade, reciclagem, redução do consumo de
recursos e emissões de efluentes, reaproveitamento, reutilização, etc.), contribuem
para uma nova postura da empresa frente à sociedade e sua missão. Assim, a
questão da avaliação ambiental, da qualidade e da saúde e segurança na busca por
uma melhoria contínua, passa a ser um assunto de interesse atual. Assim, no
contexto competitivo, uma avaliação global faz parte das atividades de gestão de
uma empresa, muito embora avaliar de maneira global e sistemática seja uma tarefa
complexa. No entanto, a avaliação pode garantir o controle das atividades quer seja
no nível estratégico, gerencial ou operacional de uma empresa.
Uma avaliação tem também como função assegurar a tomada de decisão,
fundamentada em informações e fatos provenientes de observações.
Portanto, em uma avaliação, as dificuldades encontradas por examinadores
inicia-se com a definição de quais são as critérios/itens a serem examinados e que
método deverá ser usado. Estes critérios-itens são normalmente escolhidos com
base na legislação acerca do assunto; já os métodos, são escolhidos através de
observações e ensaios. Neste contexto, os critérios variam conforme a área
pertinente (ambiental, qualidade, saúde e segurança), tal é a variedade de
critérios/itens de avaliação que a transdisciplinariedade (integração interdisciplinar
de maneira global, de modo que a tendência é o desaparecimento das fronteiras
entre as disciplinas) exige um conhecimento da inter-relação orgânica dos conceitos
das três áreas (ambiental, qualidade e saúde e segurança), até o ponto de se
constituir uma unidade formada com as proposições de cada área.
Devido a esta necessidade, detectou-se o seguinte problema de pesquisa:
Como avaliar a ITAIPU Binacional de maneira global, dentro das questões, da
Segurança do Trabalho, a nível estratégico, gerencial e operacional sob a
perspectiva de um Sistema de Gestão de Segurança e Higiene do Trabalho e uma
metodologia fundamentada em normas já existentes?
1.1. Identificação da Unidade Concedente do Estágio
1.1.1. Empresa
Figura 1 – Visão aérea da Usina de Itaipu
Empresa: USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU
Endereço: Avenida Tancredo Neves, 6731.
CEP 85866-900
Cidade: Foz do Iguaçu
Estado: Paraná
CNPJ: 00395988/0012-98
Inscrição Estadual: Isenta
Ramo de atividade: Geração de Energia Elétrica
Código CNAE: 40.10-0
Grau de Risco: 3
Telefone: 45-35205252
E-mail: itaipu@itaipu.gov.br
Home-Page: www.itaipu.gov.br
1.1.1. Informações históricas
A empresa ITAIPU Binacional é resultado do Tratado de Itaipu, assinado em
26 de abril de 1974, entre Brasil e Paraguai. A Entidade Binacional Itaipu foi
constituída em 17 de maio de 1974 e tem como sócios a ELETROBRÁS (Centrais
Elétricas Brasileira S.A), no Brasil e a ANDE (Administración Nacional de
Eletricidad), no Paraguai.
A Central Hidrelétrica é a maior do mundo em operação nos itens potência
instalada (12.600 MW) e produção anual de energia (90.001.900 MWh). É
interessante observar que a Usina Três Gargantas, em fase de construção na China,
quando concluída, deverá ter uma potência instalada de 16 000 MW o que a
colocará na posição de primeira do mundo neste quesito. Porém, sua produção
anual de energia, devido às variações do rio, não atingirá os recordes da Itaipu.
Atualmente, a Entidade Binacional emprega aproximadamente 3.000
pessoas, entre brasileiros e paraguaios. Produz cerca de 25% de toda a energia
elétrica utilizada no Brasil e 90% de toda a energia utilizada no Paraguai. Como os
dois países possuem sistemas elétricos muito diferentes em tamanho, o resultado é
que 5% da energia gerada pela Central é fornecida ao Paraguai e 95% é fornecida
ao Brasil. A produção diária da Itaipu equivale à queima de 434.000 barris de
petróleo.
Por estes números, percebe-se que a confiabilidade do funcionamento
contínuo da instalação é mais do que uma questão de mercado para a empresa,
mas uma questão estratégica para os dois países. Com isso, a Itaipu possui vários
aspectos únicos entre as hidrelétricas brasileiras, entre eles: duas línguas oficiais, o
português e o espanhol e, para contato com fornecedores internacionais, é
considerada como língua oficial, o inglês.
Coloquialmente, muitos empregados paraguaios falam, entre si, em guarani,
língua nativa sem qualquer similaridade com línguas européias e relacionada ao tupi
falado pelos indígenas brasileiros. Na Diretoria Técnica, em que as equipes de
trabalho são binacionais em todos os níveis, pode-se dizer que praticamente todos
os empregados também entendem e lêem, em graus diferentes, os dois idiomas.
1.1.2. Atuação
Área subordinada a Superintendência de Recursos Humanos, existe desde
1975 juntamente com a construção da ITAIPU Binacional, compõe a estrutura do
Departamento duas Divisões de trabalho a Divisão de Engenharia de Segurança do
Trabalho – RHSS.AD e a Divisão de Medicina do Trabalho – RHSM.AD atua em
todas as frentes de trabalho da Central Hidrelétrica e demais escritórios regionais.
Estas áreas são responsáveis pela realização das seguintes atividades:
ÁREA ATRIBUIÇÕES
RHS.AD
• Estabelecer as metas e objetivos para a Gestão de Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho, buscando a preservação
integral do empregado no meio laboral e na produção.
• Controlar o cumprimento das disposições legais relativas às
atividades de medicina, segurança e higiene do trabalho.
• Implantar normas procedimentos nas áreas de medicina e,
segurança e higiene do trabalho.
• Orientar e administrar os órgãos subordinados:
- RHMS.AD
- RHMH.AD
RHMS.AD
• Inspecionar e estudar as condições de segurança dos locais de
trabalho e das instalações e equipamentos com vistas
especialmente aos problemas de controle de risco, controle de
poluição, higiene do trabalho, ergonomia, proteção contra
incêndio e saneamento.
• Especificar, adquirir, distribuir e controlar e fiscalizar sistemas de
proteção coletiva e os equipamentos de proteção individual,
elaborando normas, procedimentos, regras e critérios para o uso,
assegurando de sua qualidade e eficiência;
• Analisar os acidentes do trabalho, investigando suas causas e
propondo medidas preventivas e corretivas;
• Orientar o treinamento específico de Segurança do Trabalho e
assegurar a elaboração de programas de treinamento em geral,
no que diz respeito à Segurança do Trabalho;
• Participar na elaboração, no assessoramento e na coordenação
dos planos de emergências e catástrofes – PAE;
• Organizar e supervisionar os trabalhos da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes CIPA;
RHSS.AD
• Realizar exames admissionais, periódicos, especiais e
demissionais;
• Identificar e caracterizar problemas de saúde ocupacional, para
aplicar medidas preventivas e corretivas;
• Identificar e caracterizar casos que requeiram reabilitação ou
readaptação profissional;
• Promover a Qualidade na Vida e no trabalho dos empregados,
através de campanhas e programas específicos;
• Fornecer atendimento individualizado psicossocial e funcional aos
empregados da Entidade.
1.1.3. Tecnologia
Utiliza um sistema de informação chamado VetorH, com o qual armazena
todas as informações de atividades desenvolvidas pelos empregados, equipamentos
de proteção individual entregues, dados estatísticos, analises e investigações de
acidentes do trabalho, controle de manutenção e localização de extintores, controle
de formação das CIPA’s, perfil profissiográfico de cada empregado, controle de
exames médicos periódicos, mapeamento e controle dos agentes ambientais
existentes.
1.1.4. Equipe de trabalho
Cargo Quantidade
Engenheiros de Segurança do Trabalho 2
Médicos do Trabalho 2
Técnicos de Segurança do Trabalho 9
Técnico de Enfermagem de Seg. do Trabalho 3
Enfermeira Padrão 1
Auxiliar de Enfermagem 1
Auxiliar de Segurança do Trabalho 1
Secretária 1
Assistente Técnico 1
Assistente Social 1
Técnico de Nível Superior 2
Total 24
1.1.5. Campanhas que desenvolve
a) Segurança
• PCA – Programa de Conservação Auditiva;
• SIPAT – semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho;
b) Saúde
• Ginástica Laboral;
• Condicionamento Físico;
• Tabagismo;
• Prevenção a Diabetes;
• Prevenção ao Câncer;
• Dependência Química;
c) Comunitários
• Caminhada Saudável;
• Minha Pipa esta no ar;
• Passeio Ciclístico;
• Feira de Qualidade de Vida;
• Escola de Xadrez;
• Coral Jovem;
• Artesanato.
d) Gerenciamento situacional
• Ambiente flexível, permanente troca de informações entre corpo funcional
e gerencial.
e) Principais Clientes
• Todas as Diretorias da Empresa: Geral, Técnica, Administrativa, Jurídica,
Coordenação, e Financeira.
f) Fornecedores externos
• Consultores Técnicos, contratados para assuntos específicos, empresas
distribuidoras e/ou fabricantes de equipamentos de proteção individual.
g) Investimento com Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva
• US$ 125.000 (anual)
h) Projetos em Andamentos:
• Implantação de um Sistema Integrado de Gestão de Segurança, Meio
Ambiente e Saúde Ocupacional do Trabalhador.
• Análise Ergonômica de Postos de Trabalho;
1.2 Origem do Trabalho
Embora em constante modernização dos conceitos, a Teoria Geral da
Administração aborda ainda timidamente a valoração e priorização das questões
ambiental e da saúde e segurança no trabalho. Considerar tais fatores no
planejamento estratégico da empresa, dentro de um Sistema Integrado de Gestão,
também está longe de ser comum na prática das organizações. Só recentemente,
com a publicação das normas série ISO 14000 e BS 8800/OHSAS 18001, e com a
crescente conscientização da sociedade, centenas de empresas em todo o mundo
estão descobrindo que os seus Sistemas de Gestão da Qualidade podem incorporar
as importantes questões relativas a Gestão de Segurança e Higiene do Trabalho
(SHT).
Um bom argumento para que as empresas integrem os processos de
Qualidade e de Segurança e Higiene no Trabalho como nova e importante
ferramenta no planejamento da organização, é o efeito positivo que a implantação
de um Sistema Integrado de Gestão (SIG), pode ter sobre a sua performance. Esse
tema será efetivamente estudado neste trabalho, com a finalidade de verificar e
sugerir sua aplicabilidade e exeqüibilidade na organização.
Tendo em conta que o tema é relativamente novo e desafiante, este trabalho
trata-se de um estudo que demonstre a viabilidade para a implantação o referido
sistema na ITAIPU Binacional e para isso pretendemos, identificar e levantar as
dificuldades enfrentadas para a adoção e implantação de tais práticas modernas de
gestão.
Como efeito prático e reflexo, pretende-se também produzir uma visão que
possa ser voluntariamente conhecida pela empresa, propiciando um norte para que
a mesma busque uma nova postura e cultura administrativa, enfatizando a
importância da gestão integrada, introduzindo a visão sistêmica na leitura de seu
planejamento estratégico.
1.3 Objetivo Geral
O objetivo geral deste trabalho consiste em avaliar de uma forma global as
necessidades para a implantação de um sistema de Gestão de Segurança e Saúde
Ocupacional na ITAIPU Binacional.
1.4 Objetivos Específicos
Em termos específicos, esta pesquisa espera alcançar os seguintes
resultados:
• diagnosticar o estágio atual do conhecimento, compreensão e aplicação das
práticas adotada na área de Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho, preconizadas pelas Normas BS 8800 e OHSAS 18001;
• identificar os “requisitos exeqüíveis” de um Sistema Integrado de Gestão para
o porte da empresa;
1.5 Limitações do Trabalho
Considerando-se o tema do trabalho, as características dos procedimentos e
pelos objetivos a serem buscados, bem como as condições em que esta se
realizará, este trabalho será elaborado na forma analítica, tendo em vista o
envolvimento direto do elaborador do trabalho na gestão da empresa pesquisada, no
início do desenvolvimento do projeto uma pesquisa de campo (anexo) foi
desenvolvida.
A sua delimitação e campo de observação serão marcados pela singularidade
da própria empresa estudada, estabelecendo suas fronteiras no ambiente interno da
referida organização, universos de clientes, e, partes interessadas. Serão
observadas e diagnosticadas as suas práticas atuais e procedimentos, relativamente
à aplicação das técnicas de segurança e higiene no trabalho, preconizadas pelas
Normas BSS 8800 e OHSAS 18001 respectivamente.
1.6 Justificativa do Trabalho
A decisão da escolha do tema para a execução do trabalho se baseia nos
seguintes benefícios:
• Redução de custos de implantação, certificação, auditoria, documentação
e manutenção dos sistemas;
• Redução de acidentes, custos demandas judiciais trabalhistas e cíveis;
• Racionalização, desenvolvimento e unificação da documentação;
• Melhoria contínua em termos a qualidade, meio ambiente, segurança e
saúde ocupacional;
• Melhoria da imagem pública da empresa;
• Melhoria da satisfação dos clientes internos e externos;
• Fator diferencial de competitividade e de benchmarking;
• Melhoria do desempenho e do ambiente organizacional;
• Aproveitamento da infra-estrutura, pessoal, recursos e técnicas
disponíveis nas áreas da qualidade, meio ambiente, segurança e saúde
ocupacional;
• Otimização empresarial;
• Melhoria para empresa, funcionários e comunidade;
• Atuação responsável da empresa com as partes interessadas (públicos
interno e externo);
• Comprometimento da alta direção para iniciar o processo de implantação;
• Fator de investimento empresarial;
• Evitar um acidente de trabalho grave ou acidente ambiental de grandes
proporções;
• Fator experiência das pessoas que trabalham nas áreas da qualidade,
meio ambiente, segurança e saúde ocupacional;
• Disponibilizar e otimizar os recursos dos sistemas e das áreas da
qualidades, meio ambiente, segurança e saúde ocupacional na empresa
prestadora de serviço;
• Atividades e procedimentos afins;
• Credibilidade e confiabilidade da empresa; Busca contínua da inovação e
da sobrevivência empresarial.
É importante salientar que, se temos hoje no Brasil pouco mais de sete mil
empresas certificadas pela ISO 9000, não passam de duas centenas as certificadas
pela ISO 14001. Menos numerosas ainda são aquelas que possuem hoje um
sistema integrado de gestão. Tal prática se restringe ainda às grandes corporações,
tais como PETROBRÁS, 3M, COPESUL, REFAP, FURNAS e outras, que marcam a
vanguarda no país no que se refere a processo de gestão de negócios, nas
empresas do setor elétrico não é diferente, poucas são as que possuem ou estão
em fase de implantação de sistemas integrados, como CEMIG, CESP,
ELETROPAULO. O desafio, neste caso, consiste em avaliar a distância, mesmo que
subjetiva, entre a teoria e a sua consolidação, observando as dificuldades
enfrentadas pelo setor elétrico brasileiro em adora tais ensinamentos. Este trabalho
não pretende ser pioneiro, mas certamente, pode e deve provocar a discussão sobre
a eficácia e aplicabilidade de modelos de gestão de Segurança do Trabalho, que via
de regra, são formatados para atender os interesses das grandes corporações e
porque não dizer um interesse da própria ITAIPU.
No campo da apreciação objetiva, representa ainda uma excelente
oportunidade de experimento e confrontação: de um lado a limitação de recursos –
sejam financeiros, humanos e/ou logísticos - a informalidade e o empirismo, de outro
a padronização de processos, a formalização dos procedimentos, a mobilização
contínua e a postura pró-ativa na busca da melhoria.
No caso dos recursos financeiros a ITAIPU teria uma economia significativa,
pois se a mesma utilizar de recursos de capacitação de sua própria equipe os custos
girariam em torno de US$ 50.000,00 (cinqüenta mil dólares) 0,5% do investimento
orçado por uma empresa especializada no assunto.
O prazo de implantação e os procedimentos são os mesmos, pois as etapas a
nível de implantação é uma tarefa ardual, pois requer uma mudança de mentalidade
em todos os níveis da organização.
1.7 Metodologia
A metodologia utilizada caracteriza a pesquisa e a empresa pesquisada. A
aplicação prática da metodologia, com descrição e detalhamento da estrutura
organizacional e do seu macroprocesso. São efetuados e analisados os
levantamentos, com a coleta dos dados e respectiva interpretação e análise. Após
esses passos, procede-se a uma conclusão sobre os resultados obtidos, sempre
focalizados no contexto da organização estudada.
1.8 Estrutura do Trabalho
A estrutura do trabalho está definida de modo que seja evidenciada uma
problemática objeto do estudo, destacando as múltiplas variáveis que influenciam o
desempenho e a sustentabilidade da organização. Apresenta-se também a origem
do trabalho, sua importância, objetivos, e limitações. A origem e conceituação de
sistemas, bem como os modelos. Detalha-se a evolução dos modelos de sistemas
de gestão da qualidade, meio ambiente e saúde e segurança. Procuramos destacar
os conceitos de gestão consolidados, evoluindo para os entendimentos mais
recentes sobre sistemas ligados a Segurança do Trabalho. Devido o curto período
de tempo, limitamos aos aspectos ligados a algumas experiências empresariais na
implementação do SMS, desta forma iremos ater aos aspectos globais da própria
Empresa estudada.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Origem e Constituição do Sistema
Na década de 1950 o biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy elaborou uma
teoria que previa o caráter interdisciplinar dos problemas. Essa teoria foi
denominada Teoria Geral de Sistemas (TGS). Ela demonstra o isomorfismo das
ciências, eliminando as lacunas entre elas. Chiavenatto (2000, p.495) ao escrever
sobre a abordagem sistêmica, registra: “(...) todo fenômeno é parte de um fenômeno
maior. O desempenho de um sistema depende de como ele se relaciona com o todo
maior que o envolve e do qual faz parte”.
Ainda CHIAVENATTO (1999, p.740), conceitua que: “a palavra sistema
denota um conjunto de elementos interdependentes, cujo resultado final é maior do
que a soma dos resultados que esses elementos teriam caso operassem de maneira
isolada”. Para esse autor, para garantir sua sobrevivência, os sistemas devem
reajustar-se constantemente às condições do meio, numa interação recíproca. Sua
estrutura é otimizada quando o conjunto de elementos do sistema se organiza,
através de uma operação adaptativa. A adaptabilidade deve ser um contínuo
processo de aprendizagem e auto-organização.
A dinâmica de um sistema aberto pode ser visualizada na Figura 2, a seguir:
Figura 2 - Modelo genérico de sistema aberto Chiavenato (1999). Adaptado para este trabalho.
O conceito de sistema aberto apesar de complexo é perfeitamente aplicável,
mesmo tornando-se necessário o conhecimento de algumas características dos
sistemas – propósito, globalismo, entropia e homeostasia – bem como dos tipos
AmbienteAmbiente Informação
Energia
Recursos
Materiais
Entrada
Transformação
ou
processamento
Informação
Energia
Recursos
Materiais
Saídas
Retroação
possíveis de parâmetros dos sistemas – entrada, saída, processo, saída, retroação e
ambiente. A organização é um sistema criado pelo homem e mantém uma dinâmica
interação com o seu meio ambiente, sejam clientes, fornecedores, concorrentes,
entidades sindicais, órgãos governamentais e outros agentes externos. Influi sobre o
ambiente e dele recebe influencia. Além disso, é um sistema integrado por diversas
partes ou unidades relacionadas entre si, que devem trabalhar em harmonia, com a
finalidade de alcançar uma série de objetivos, tanto da organização como de seus
participantes.
2.2 Sistema de Gestão da Qualidade
Este Grupo de assunto tratará das considerações gerais sobre SGQ e das
experiências empresariais (ramo de atividades – refrigerantes, de geração de
energia elétrica, fabricante de equipamentos médicos e indústrias agroalimentares)
na implantação do SGQ.
2.2.1 Considerações gerais sobre SGQ
De acordo com a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas (2000)
na ISO 9000 versão 2000, o sistema de gestão da qualidade é definido como um
“sistema de gestão para dirigir e controlar uma organização, no que diz respeito à
qualidade”. MARQUES (2000) comenta que existem quatro premissas verdadeiras
detectadas em estudos em 100.000 empresas mundiais:
• A implantação, desenvolvimento e manutenção do SGQ proporciona níveis
cada vez mais altos de excelência empresarial;
• SGQ visa como foco ilimitado a satisfação dos clientes.
Processo de implantação do SGQ depende dos seguintes fatores:
• Esforço permanente das pessoas;
• Comprometimento de todos os funcionários;
• Valorização do desejo do cliente;
• Delegação de competência e habilidades, visando sugestões e melhorias;
• Todo trabalho por menor que seja, colabora como um todo e obedece a
um processo de melhoria contínua.
Por sua vez, GODFREY (2000) destaca que as tendências para a
administração da qualidade moderna são as seguintes:
• Divulgação dos conceitos da administração da qualidade, métodos e
ferramentas abrangendo todas as empresas;
• Implantação de melhorias da qualidade a níveis progressistas dentro da
empresa;
• Participação ativa dos parceiros das empresas nas questões de melhorias,
planejamento e controle da qualidade;
• Realização de investimento em educação e treinamento para todos os
funcionários da empresa, parceiros e clientes;
• Utilização de times de trabalho com poder de decisão e de controle da
administração da qualidade;
• Utilização de sistema de informação e análise para a qualidade como uma
ferramenta decisiva na infra-estrutura para o gerenciamento da qualidade;
• Utilização da área de engenharia de processos da empresa, visando
desenvolver novos produtos e lançar os mesmos no mercado consumidor;
• As empresas devem enfocar o cliente como prioridade na administração
da qualidade, fazendo com que o cliente seja o centro das atenções de
tudo que as empresas fazem, tentando superar todas as expectativas do
cliente;
• Utilização de benchmarking visando melhorar a administração da
qualidade nas empresas;
• Implantação da administração da qualidade de maneira estratégica com
planejamento adequado.
Segundo ROBUSTELLI (2000) as maiores tendências futuras para
organizações são as seguintes:
• Estabelecimento de sistemas da qualidade com envolvimento e eficácia;
• Elevada participação e abrangência das equipes de atendimento a
clientes, exigindo o desenvolvimento e investimento das equipes em
treinamentos, desempenhos e tecnologias;
• Enfoque contínuo na satisfação dos clientes com os produtos e serviços
atuais e futuros.
Num processo de melhoria contínua o Ciclo do PDCA (Ciclo de Shewhart ou
Ciclo de Deming) prevê a melhoria contínua do sistema, através das seguintes fases
conforme a Figura 3.
Figura 3 - Ciclo SGQ.
No SGQ é possível observar que existem alguns pontos importantes:
• Cliente deve estar sempre em 1º lugar;
• SGQ proporciona que as organizações desenvolvam um processo de
melhoria contínua;
• Treinamento com funcionários e clientes é um investimento e não
simplesmente uma despesa feita pelas empresas;
• SGQ deve ser utilizado pelas organizações como um fator diferenciado de
excelência empresarial e de benchmarking.
2.2.2 Experiências empresariais na implantação do SGQ
Em um estudo realizado sobre a implantação de um SGQ numa empresa de
refrigerantes do Rio Grande do Sul, apresentou as seguintes características:
• Implantação do sistema num único sentido, isto é, de cima (diretoria) para
baixo (chão de fábrica) – 1º erro organizacional;
• Pressa da diretoria da empresa em obter resultados imediatos – 2º erro
organizacional;
CLIENTE
Realização
do produto Produto
Gestão de
recursos
Medição
análise e
melhoria
Responsabilidade
da administração
Melhoria contínua do sistema
de gestão da qualidade
CLIENTE
Entrada Saída
Legenda:
agregação de valor
inform ação
Requisitos
Satisfação
Os erros detectados na implantação do SGQ ocasionaram uma reversão no
processo de gestão, proporcionando o surgimento de equipes espontâneas que
começaram a inverter o processo de implantação, ou seja, o sentido passou de
baixo (chão de fábrica) para cima (diretoria).
O SGQ implantado na empresa Furnas Centrais Elétricas S. A. (RJ/2000)
apresentou os seguintes fatores:
• Comprometimento de todos os empregados através de um programa de
conscientização permanente;
• Metodologia padronizada baseada nos critérios de excelência da
Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade;
• Acompanhamento sistematizado das ações através do monitoramento
(Plano Anual da Qualidade), visando a melhoria contínua do sistema.
Em pesquisa realizada na RESPIRONICS (USA) identificou importantes
princípios da qualidade:
• Processo de melhoria contínua para os funcionários e a empresa;
• Monitoramento da satisfação dos clientes;
• Os funcionários foram considerados como clientes da empresa;
• Participação dos funcionários com o surgimento de oportunidades de
melhorias;
• Discussão e colaboração com o processo de planejamento estratégico.
Através de pesquisa exploratória realizada em 34 empresas integrantes da
indústria agroalimentar de bebidas, biscoitos, chocolate, carne bovina, conservas de
tomates e laticínios, foram constatados os seguintes fatores da gestão da qualidade:
• Preocupação constante com a segurança alimentar dentro da rede
agroalimentar;
• Preocupação direcionada basicamente para o controle, inspeção e
padronização de matérias-primas, produtos e processos;
• Promoção de treinamentos visando a formação, habilitação e
desenvolvimento dos funcionários;
• Pequena divulgação das ferramentas utilizadas na gestão da qualidade;
• Grande disseminação das técnicas de pesquisa de mercado.
• Na implementação do SGQ numa empresa é possível observar alguns
fatores relevantes:
• É muito importante o envolvimento e participação de todos os funcionários
da organização na implantação, desenvolvimento e manutenção do SGQ;
• Estabelecer um plano de ações visando o cumprimento das melhorias a
serem incrementadas no SGQ, isto é, ter um controle sistemático das
atividades da qualidade dentro da organização;
• Planejar adequadamente quando e como implantar o SGQ.
2.3 Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional
Este grupo de assunto tratará dos aspectos gerais do SGO, das
considerações técnicas da experiência empresarial (ramo de atividades – alumínio,
alumina, transporte de ferro e aço e distribuição de energia elétrica) na implantação
do SGO.
2.3.1 Aspectos gerais sobre SGO
De acordo com a CESG (2000, p. 21), o Sistema de Gestão da Segurança e
Saúde Ocupacional é conceituado como:
• Aquela parte do sistema de gestão global que inclui a estrutura
organizacional, as atividades de planejamento, as responsabilidades,
práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver,
implementar, atingir, atualizar e manter uma política da Segurança e
Saúde Ocupacional, e, deste modo gerenciar os riscos da Segurança e
Saúde Ocupacional associados aos negócios da organização.
Segundo DIAS e CURADO (1996) um obstáculo relevante para as
companhias de construção para atingir a excelência na gestão de segurança do
trabalho está centrado na mudança de cultura das organizações. Por sua vez, LAPA
(2001) considera a gestão de segurança e saúde, através da garantia da integridade
física e da saúde dos funcionários, como fator de desempenho que deve ser
incorporado à gestão do negócio empresarial.
De acordo com estudos da APAU (1992) existem diversos fatores pelos quais
justifica uma empresa ter um sistema de gestão da segurança e saúde:
• Redução dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais;
• Redução de custos com acidentes e doenças profissionais;
• Maior rigor no cumprimento da legislação de segurança e saúde;
• Melhoria das condições nos ambientes de trabalho;
• Melhoria das relações trabalhistas;
• Melhoria da qualidade e produtividade;
• Melhoria da imagem pública da empresa.
A APAU (1992) destaca ainda as limitações de um sistema de gestão da
segurança e saúde:
• Investigação de acidentes e incidentes de forma detalhada;
• Auditoria eficaz de segurança e saúde.
Por sua vez, FATURETO (2000) considera os seguintes fatores para a
implantação da gestão da segurança e saúde visando a sobrevivência empresarial:
• Realização de diagnóstico (auditoria) da situação da segurança e saúde
na empresa;
• Estabelecimento de uma política de segurança e saúde;
• Realização uma análise de custo-benefício em segurança e saúde;
• Adoção de um programa de prevenção e controle de perdas como
instrumento de gestão da melhoria contínua;
• Adoção de maneira permanente programas de prevenção regulamentados
pelo Ministério do Trabalho, como, por exemplo, Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais e Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional;
• Análise custo benefício em segurança e saúde do trabalho.
FATURETO (2000) destaca ainda, entre outros, os seguintes benefícios
esperados com a implantação do modelo de gestão da segurança:
• Redução nas perdas e custos de produção, sem afetar lucros;
• Aperfeiçoamento da gerência de riscos;
• Melhoria da imagem pública da empresa;
• Melhoria da motivação dos empregados;
• Melhoria das condições de segurança e saúde;
• Introdução de sistemática de técnicas de análise de acidentes,
• Incidentes danos nas propriedades e perdas no processo industrial;
• Valorização da implantação do sistema de gestão e saúde;
• Melhoria da qualidade e produtividade;
• Implantação de procedimentos operacionais padrão e de práticas seguras
de prevenção no trabalho.
BARREIROS (2000), destaca que os grandes acidentes, como por exemplo,
os ocorridos em Seveso (1978), Bophal (1984) e Chernobyl (1986), obrigou as
empresas a se preocuparem no aperfeiçoamento da gestão da segurança e saúde,
de modo que as investigações fossem mais transparentes em suas ações
prevencionistas e comunicando as partes interessadas.
Segundo BARREIROS (2000) comenta ainda que existem 03 elementos para
a manutenção de um sistema de segurança e saúde, visando a melhoria contínua
das organizações:
• Estabelecimento de uma filosofia organizacional de compromisso e
comprometimento da alta direção com o sistema de gestão da segurança
e saúde;
• Criação de uma sistemática de participação, responsabilidade dos
empregados e gestores;
Incorporação do sistema de gestão da segurança e saúde à cultura
organizacional.
2.3.2 Experiências empresariais na implantação do SGO
Segundo PIZA (2001) o sistema de gestão de segurança e saúde
desenvolvida na Albras Alumínio Brasileiro S. A. (PA) apresenta os seguintes
parâmetros:
• Sistema de gestão está sustentado em: liderança, processos, tecnologia e
pessoas;
• Os princípios estão focados na prevenção de acidentes, responsabilidade
gerencial pelo sistema de gestão e integração de todos os funcionários
com as gerências e vice-versa;
• Os indicadores estatísticos de desempenho são: taxas de freqüência de
acidentes com danos pessoais graves e com danos materiais graves;
• Existência de um comitê de segurança e saúde e de um grupo setorial de
segurança do trabalho;
• Programa de risco zero de acidentes.
De acordo com PIZA (2001), o sistema de gestão de segurança e saúde
desenvolvida na Alunorte – Alumina do Norte do Brasil S. A. (PA) apresenta as
seguintes características:
• O sistema de gestão está alicerçado em: planejamento, realização,
auditoria e correção;
• Os princípios também estão direcionados na prevenção de acidentes,
responsabilidade gerencial pelo sistema de gestão e integração de todos
os funcionários com as gerências e vice-versa;
Os indicadores desempenho são:
• Reativas - taxas de freqüência de acidentes com danos pessoais e
materiais;
• Pró-ativos – análise de quase acidentes, análise de riscos de acidentes,
relatório de anomalias de segurança, diálogos diários de segurança,
eliminação de condições inseguras e reuniões mensais de segurança do
trabalho;
• Análise crítica do sistema de gestão.
• Existência de um comitê de segurança e saúde e de um grupo de
facilitadores de segurança do trabalho;
• Programa de análise de riscos.
Segundo ALVES (2001), a Rios Unidos Transporte de Ferro e Aço Ltda (SP),
implantou um sistema de gestão da segurança e saúde considerando os seguintes
parâmetros:
• Elaboração e divulgação do manual de segurança e saúde;
• Criação e divulgação das instruções de segurança (em nº de 17);
• Treinamento de funcionários – palestras, reuniões, cursos, concursos,
programas, etc;
• Divulgação da política de segurança da empresa;
• Auditorias d e segurança do trabalho;
• Utilização do método de Árvore de Causas;
• Programa Zero Acidente;
• Orientações prevencionistas através de palestras e campanhas para os
motoristas que trabalham fora da empresa;
• Emprego dos coeficientes de freqüência e de gravidade referenciados pela
Organização Internacional do Trabalho;
• Sistema de gestão da segurança e saúde foi fundamentado a partir das
experiências de implantação do sistema de gestão da qualidade;
• A empresa considera o sistema de gestão da segurança e saúde como um
fator de investimento e não um custo.
A RGE (2000) que desenvolve atividades na área de energia elétrica no Rio
Grande do Sul possui um sistema de gestão de segurança e controle de perdas, que
utiliza os seguintes indicadores de controle:
• Liderança e administração – Política de segurança e saúde;
• Treinamento de gerentes e lideranças em controle de perdas;
• Controle de inspeções gerais planejadas e manutenção;
• Análise e procedimento de tarefas críticas – Tarefas perigosas;
• Investigação de acidentes e incidentes – Causas;
• Observação de tarefas – Comparação com o procedimento correto
descrito;
• Preparação de emergências – Contingência para atendimento a
emergências;
• Regras e permissão de trabalhos –Trabalhos especiais (pessoal
qualificado e treinado);
• Análise de acidentes e incidentes – Causas mais freqüentes (medidas
preventivas);
• Treinamento de conhecimentos e habilidades – Controle e necessidade de
treinamento dos funcionários;
• Equipamento de proteção individual – Gerenciamento do processo de uso
dos equipamentos;
• Controle de saúde e higiene – Gerenciamento dos riscos à saúde dos
funcionários;
• Avaliação do sistema – Padrões desejados e ações a serem tomadas;
• Gerenciamento de engenharia e mudanças – Revisão dos procedimentos
adotados;
• Comunicações pessoais – Técnicas de comunicação pessoal (expressão
oral);
• Comunicações em grupo – Reuniões periódicas;
• Promoção geral – Quadros de avisos de controle de perdas, estatísticas
de acidentes/incidentes, ordem e limpeza, prêmios de reconhecimento
individual e coletivo, etc.
• Contratação e colocação – Requisitos físicos e de saúde e exames
médicos;
• Administração de materiais e serviços - Aspectos de segurança;
• Segurança fora do trabalho – Orientações prevencionistas.
Na implantação do SGO numa empresa é possível destacar alguns aspectos
importantes:
• Estabelecimento de um SGO propicia a identificação e o gerenciamento
adequado dos riscos de segurança e saúde ocupacional;
• A implementação do SGO torna possível que se atinja o máximo de
segurança dentro da organização, gerando em conseqüência uma maior
qualidade e produtividade dos empregados e dos processos fabris;
• Melhoria da imagem pública da organização com a redução ou eliminação
de acidentes do trabalho perante a comunidade, imprensa e governo.
2.4 Sistema de Gestão de Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional
Este grupo de assunto tratará dos aspectos gerais sobre Sistema de Gestão
de Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional e das experiências
empresariais (ramo de atividades – alumínio e petróleo) na implantação do Sistema
de Gestão de Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional.
2.5 Sistema Integrado de Gestão
Este grupo de assunto tratará das generalidades sobre SIG e das
experiências empresariais (ramo de atividades – petróleo, geração de energia
elétrica, petroquímica, químico, industrial, mineração e têxtil) na implantação do SIG.
2.5.1 Generalidades sobre SIG
RODRIGUES (2000) considera que um SIG deve seguir algumas
características:
• Centralização de recursos no fator humano da empresa;
• Preferência de promoção da saúde e segurança do empregado;
• As influências sobre o ser humano são através de ferramentas e recursos
(hardware), software; pessoas e ambiente meio.
Segundo CASTRO (2000) considera que na implantação de um SIG numa
empresa existe como fator primordial, a determinação de uma estrutura para
geração de conhecimento organizacional, que se expressa através do conhecimento
explicito que está presente nos processos de:
• Documentação e divulgação da política, objetivos e metas;
• Elaboração e revisão de documentos.
De acordo com DE CICCO (2000a) o SIG apresenta os seguintes benefícios:
• Diminuição de custos com a implantação, evolução e manutenção de um
sistema de gestão único e integrado em vez de 03 sistemas de gestão
distintos;
• Utilização de procedimentos integrados para os processos de
planejamento, treinamento, documentação, análises críticas, auditorias
internas, etc;
• Participação e comprometimento dos empregados com um único sistema
de gestão do que com 03 sistemas distintos; Sistematização e vinculação
de programas legais e corporativos com um único sistema de gestão.
Por sua vez, CURADO e DIAS (1995) comentam a disposição no Reino Unido
para a geração de sistemas integrados de gestão, abrangendo os sistemas de
gestão da qualidade, meio ambiente e segurança, aproveitando as semelhanças
(paralelismo) e ações simultâneas (sinergia) da gestão integrada. Segundo CASTRO
(2000) considera que na implantação de um SIG numa empresa existe como fator
primordial, a determinação de uma estrutura para geração de conhecimento
organizacional, que se expressa através do conhecimento explicito que está
presente nos processos de:
• Documentação e divulgação da política, objetivos e metas;
• Elaboração e revisão de documentos.
De acordo com DE CICCO (2000a) o SIG apresenta os seguintes benefícios:
• Diminuição de custos com a implantação, evolução e manutenção de um
sistema de gestão único e integrado em vez de 03 sistemas de gestão
distintos;
• Utilização de procedimentos integrados para os processos de
planejamento, treinamento, documentação, análises críticas, auditorias
internas, etc;
• Participação e comprometimento dos empregados com um único sistema
de gestão do que com 03 sistemas distintos;
• Sistematização e vinculação de programas legais e corporativos com um
único sistema de gestão.
De acordo com CARVALHO (2000) o fator primordial para a integração dos
sistemas de gestão é o alinhamento dos processos, metodologias e prática em
relação aos elementos que compõem os sistemas da qualidade, meio ambiente e de
saúde e segurança que participarão da integração.
CARVALHO (2000) considera ainda que a empresa para garantir o
alinhamento dos sistemas de gestão deve considerar os seguintes aspectos:
• Estimular o comprometimento e a liderança;
• Promover o planejamento e a implementação;
• Proporcionar a demonstração e a retribuição;
• Dispor, adequar e sistematizar os recursos necessários;
• Procurar, alcançar e divulgar certificações do sistema integrado.
• Qualidade ampla (produto, ambiente e condições de trabalho).
BARRETT e CURADO (1996) defendem o processo de aproximação das
áreas da qualidade, meio ambiente e de segurança e saúde, devido às exigências
que são impostas a essas áreas.
A seguir os Quadros abaixo mostram, respectivamente, a relação entre os
elementos gestão da qualidade, meio ambiente e segurança e saúde entre si e a
relação com as classes de custos.
Quadro 1 - Qualidade, Segurança e Saúde
Nº QUALIDADE SEGURANÇA E SAÚDE
1
Identificação sistemática das
necessidades dos clientes existentes e
potenciais
Pesquisa e demandas de Segurança e
saúde das partes interessadas
2
Identificação, acesso, avaliação e controle
de requisitos extrínsecos para o ciclo de
vida do negócio.
Identificação, acesso, avaliação e controle
de Legislação da segurança e Saúde e de
outros regulamentos e acordos subscritos.
3
Planejamento estratégico Análise crítica inicial, identificação de fontes
de perigos e análise de risco,
4 Política da qualidade. Política de segurança e Saúde.
5
Definição e gestão de indicadores de
desempenho da qualidade.
Definição e gestão de indicadores de
desempenho
6
Estabelecimentos de objetivos e metas da
qualidade.
Estabelecimentos de objetivos e metas de
segurança e saúde.
7
Planejamento do ciclo de vida e gestão de
contatos e do projeto e desenvolvimento
do produto e serviço.
Arranjos gerenciais e programas de
segurança e saúde.
8
Controle operacional:
Aquisição, produtos e serviços de
terceiros, processos e manutenção,
manuseio, embalagem, armazenamento,
preservação, expedição, instalação e
serviços pós – venda.
Controle operacional dos perigos e riscos
para a segurança e saúde.
9
Segurança do produto e serviço e
responsabilidade civil pelo fato destes.
Arranjos para a prontidão e resposta a
situações de emergência para a segurança
e saúde.
10
Confirmação metrologia, medição,
monitoração, inspeção e ensaios e
identificação da situação da qualidade.
Confirmação metrologia, medição,
monitoração, inspeção e ensaios da
segurança e saúde.
12
Tratamento de não conformes e de
reclamações de clientes Planos de
contingência.
Medidas reativas em face de acidentes,
incidentes e reclamações de segurança e
saúde. Planos de contingência.
13
Melhoria incremental: ações corretivas e
preventivas. Programas da qualidade
voltados para a melhoria contínua de
processos, produtos e serviços.
Melhoria incremental: ações corretivas e
preventivas. Médias pró-ativas para
prevenção de injúrias, doenças e danos à
Propriedade
14
Melhoria radical: acesso tecnológico,
benchmarking e equipes multifuncionais
de inovação da qualidade de processos,
produtos e serviços.
Melhoria radical: acesso tecnológico,
benchmarking e equipes multifuncionais de
inovação de meios de proteção da
propriedade e da integridade física e saúde
das pessoas.
15
Pesquisa e satisfação dos clientes. Comunicação sistemática com todas as
partes interessadas.
16
Economia e custos da qualidade. Gestão
de recursos.
Economia e custeio da segurança e saúde.
Gestão de recursos.
17
Educação, treinamento e capacitação
para a qualidade.
Educação, treinamento e capacitação para
a segurança e saúde.
18
Conscientização e compromisso com a
qualidade.
Conscientização e compromisso com a
segurança e saúde.
19
Técnicas estatísticas e ferramentas de
planejamento e de análises gerenciais e
operacionais.
Técnicas estatísticas e ferramentas de
planejamento e de análises gerenciais e
operacionais.
20
Aprendizado, avaliação e orientação sobre
a excelência do desempenho pessoal e
comunitário.
Aprendizado, avaliação e orientação sobre
a excelência do desempenho pessoal e
comunitário.
21
Gestão da informação: preparação e
controle de procedimentos e registros e
registros da qualidade.
Gestão da configuração
Gestão da informação: preparação e
controle de procedimentos e registros e
registros da segurança e saúde.
22
Auditorias do sistema de gestão da
qualidade.
Auditorias do sistema de gestão da
segurança e saúde.
23
Liderança e exemplo da gestão superior:
análise crítica regular e reafirmação do
compromisso com a qualidade
Liderança e exemplo da gestão superior:
análise crítica regular e reafirmação do
compromisso com a segurança e saúde.
Fonte: VIEIRA, CHRISTO e CARVALHO (1996).
Quadro 2 - Classe do Custo, Qualidade, Segurança e Saúde
CLASSE DO
CUSTO
QUALIDADE SEGURANÇA E SAÚDE
Custos
de Prevenção
Aqueles atribuíveis ao planejamento
para identificar necessidades e
expectativas de mercado, bem como
prevenir falhas e outras não
conformidades.
Aqueles atribuíveis ao
planejamento para identificar
aspectos ambientais e para
prevenir, reduzir, eliminar ou
reduzir riscos e outras
situações indesejáveis à
segurança e à saúde, bem
como ao processo de melhoria
contínua da segurança e
saúde.
Custos
de Avaliação
e Controle
Aqueles atribuíveis a todo o tipo de
monitoramento e medição para avaliar
e controlar a qualidade de produtos e
serviços por todo o ciclo de vida.
Aqueles atribuíveis a todo o
tipo de monitoramento e
medição para avaliar e
controlar da segurança e
saúde, bem como para
assegurar proteção contra
riscos identificados.
Custos
de Perdas
Aqueles atribuíveis a todo o tipo de
falhas e não conformidades, tanto de
natureza interna como externa.
Aqueles atribuíveis a todo o
tipo de conseqüências
materiais e humanas,
decorrentes de acidentes, de
incidentes e de situações de
emergência.
Fonte: VIEIRA, CHRISTO e CARVALHO (1996).
Segundo VIEIRA, CHRISTO e CARVALHO (1996) o QUADRO 1 apresenta
para cada elemento, uma semelhante correspondência de exigências
indispensáveis, sem se restringir a escopos de normas; e o QUADRO 2 evidencia
um direcionamento para a integração dos sistemas de gestão da qualidade, meio
ambiente, segurança e saúde ocupacional, fundamentada nas classes de custos de
prevenção, de avaliação e controle e de perdas.
Correspondência entre as Normas ISO 9001 e BS 8800 .
Quadro 3 - ISSO 9001 e BS 8800
ISO 9001 BS 8800
4.14 Ações Corretivas e Preventiva 4.4.2 Ações Corretivas
4.3.7 Prontidão e Resposta a
Emergências.
4.15 Manuseio, Armazenamento,
Embalagem, Preservação e Entrega.
4.3.6 Controle Operacional
4.16 Controle de Registros da Qualidade 4.4.3 Registros
4.17 Auditorias Internas da Qualidade 4.4.4 Auditoria
4.18 Treinamento 4.3.2 Treinamento, Conscientização e
Competências.
4.19 Serviços Associados 4.3.6 Controle Operacional
4.3.3 Comunicação.
Fonte: DE CICCO (2000a).
Segundo DE CICCO (2000a) o QUADRO 3 demonstra a relação mútua
existente entre as normas ISO 9001 e BS 8800 e destaca que a determinação de
uma política, documentação e auditorias integradas nos sistemas da qualidade, meio
ambiente, segurança e saúde ocupacional, facilita a integração da metodologia de
treinamento e resulta em melhoria dos processos e redução dos custos.
O QUADRO 4 a seguir mostra a vinculação entre as gestões da qualidade e
segurança e saúde ocupacional.
Quadro 4 - Gestão de Qualidade e Segurança e Saúde Ocupacional
Causa Potencial Fato Efeito
Qualidade Falha potencial Não conformidade.
Perdas (exemplo:
refugos, insatisfação de
clientes, etc).
Segurança e
Saúde
Ocupacional
Risco/perigo,
Acidentes e doenças
Profissionais lesões,
intoxicações.
Perdas (exemplo:
morte, etc).
Fonte: DE CICCO (2000a).
3. DESENVOLVIMENTO
3.1 Análise Situacional
A ITAIPU Binacional não possui nenhum tipo de sistema de gestão.
Atualmente vem trabalhando nas questões relacionadas a Gestão Ambiental,
Gestão de Recursos Humanos e Gestão de Marketing e Publicidade em virtude das
duas novas unidades geradoras que estão sendo instaladas Gestão do
Conhecimento, acredita-se na necessidade de uma política que guarde os
conhecimentos adquiridos no decorrer da construção, montagem e operação da
mesma.
Em quaisquer instalações de trabalho sempre há algum nível de
conscientização sobre SSO, ainda que a empresa não tenha estabelecido
claramente a importância disso para a organização.
Para uniformização da evolução desta consciência e melhorar os padrões de
SSO, uma política própria precisa ser estabelecida e aplicada diariamente por todos
os membros da força de trabalho, seja gerente, supervisor ou operador ou
contratada.
No caso de ITAIPU uma política foi estabelecida, mas esta ainda não é
suficiente, pois a alta gerência não estabeleceu quando da sua implantação a
política da companhia, que definiria claramente os princípios que irão governar as
decisões concernentes a SSO. A política existente é a “RDE 033/1997” - Resolução
da Diretoria Executiva, trata-se das Diretrizes Internas de Segurança e Saúde no
Trabalho, hoje obsoleta não sofreu nenhum tipo de modificação nos últimos anos e
nem é utilizada como parâmetro político para o trabalho e com isso, a gestão de
SSO tende a ser colocada de lado quando as outras preocupações de negócios se
tornarem prementes.
É importante que esta política seja eficientemente divulgada e comunicada
através da linha organizacional e que exista continuamente um processo de
avaliação de alinhamento/ adesão e entendimento.
No caso de ITAIPU a mesma criou uma Comissão Multidisciplinar para APR –
Análise Preliminar de Risco, que tem por objetivo revisar todos os procedimentos de
trabalho contidos na empresa, dando sistema existente maior eficácia no
gerenciamento de SSO, o mesmo possui uma completa e adequada, pois utilizam
uma metodologia para classificar, relatar, investigar e analisar de forma minuciosa e
abrangente as perdas na forma de desvios, quase acidentes, incidentes de
processo, acidentes pessoais, ambientais e materiais.
O Comitê de estudos tem autonomia para conduzir o processo, o mesmo
determina as causas raízes das perdas, prevenindo assim a sua recorrência. Após a
análise completa e minuciosa do procedimento de trabalho o mesmo passa por um
processo de divulgação e comunicação a toda equipe que desenvolve ou que tem
ligação com aquele procedimento, mas o mesmo não é disseminado a todos os
níveis e unidades.
A importância das perdas não deve ser avaliada somente pela gravidade da
conseqüência, mas sim pelo seu potencial de gravidade, efeito, severidade e
freqüência.
Perdas reincidentes atestam a fragilidade da administração de SSO e
deveriam ser tratadas com austeridade na forma de uma imediata reavaliação do
sistema, mas isso não ocorre.
A operacionalização deste processo utiliza as seguintes ferramentas:
• Procedimento específico para classificação, investigação, análise e
divulgação de desvios, perdas reais e potenciais;
• Participação efetiva nas análises e investigações;
• Processo de comunicação e divulgação Processo de estabelecimento de
medidas imediatas de controle de riscos.
• Processo de acompanhamento das recomendações Sub-comitê de análise e
investigação de desvios, perdas reais e potenciais.
Os custos de um SSO são relativamente muito elevados, no caso de ITAIPU
a previsão para a implantação do Sistema, gira em torno de U$ 10.000.000 (Dez
milhões de Dólares Americanos), diluídos no prazo de 60 meses e a sensibilização
da Direção é fundamental, ela deverá prover os recursos essenciais à
implementação, controle e melhoria do Sistema de Gestão, incluindo-se recursos
humanos, financeiros, qualificações específicas e tecnologia.
Com responsabilidade máxima pela segurança e saúde ocupacional à alta
administração da ITAIPU irá garantir que o sistema de gestão de SSO está
adequadamente implementado e executado de acordo com os requisitos em todos
os locais e esferas de operação dentro da organização.
O representante indicado pela alta administração deve ter definidas funções,
responsabilidades e autoridade para assegurar que os requisitos do sistema de
gerenciamento de SSO sejam estabelecidos, implementados e mantidos de acordo
com esta.
3.2 Elementos Básicos de um Programa de Gestão de SSO - BS 8.800 e
OSHAS 18.001
A norma britânica BS 8.800 (British Standard) foi a primeira tentativa de se
estabelecer uma referência normativa para implementação de um sistema de gestão
de segurança, saúde e meio ambiente. Esta norma vinha sendo utilizada na
implementação de um sistema de gestão de segurança, saúde visando a melhoria
continua das condições do ambiente de trabalho. Os princípios desta norma estão
alinhados com os conceitos e diretrizes das normas da série ISO 9.000 (Sistema da
Qualidade) e série ISO 14.000 (Gestão Ambiental). A norma britânica BS 8.800,
que continua válida, motivou diversas entidades normativas a elaborar em 1998 um
conjunto de normas entituladas de OHSAS - Occupational, Health and Safety
Management Systems, visando a realização de auditorias e a certificação de
programas de gestão de segurança, saúde e meio ambiente. Foram elaboradas as
seguintes normas até o momento:
a) OHSAS 18.001 - Specification for OH&S Management Systems;
b) OHSAS 18.002 - Guidance for OH&S Management Systems.
Encontra-se em fase de elaboração e ainda sem prazo para implementação, a
OHSAS 18.003 – Critéria for Auditors of OH&S Management System. A norma
OHSAS 18.001 apresenta requisitos para a implementação de um sistema de
gerenciamento capaz de capacitar a organização implementar o programa de
melhoria continua das condições e redução dos riscos no ambiente de trabalho.
O princípio básico de um sistema de gestão baseado em aspectos normativos
envolve a necessidade de determinar parâmetros de avaliação que incorporem não
só os aspectos operacionais, mas também, a política, o gerenciamento e o
comprometimento da alta administração, com o processo de mudança e melhoria
contínua das condições de segurança, saúde e das condições de trabalho. Este
aspecto é de fundamental importância, pois na maioria das vezes, estas melhorias
exigem além do comprometimento, investimentos que necessitam de planejamento
no curto, médio e longo prazo para a sua execução.
Este princípio, que poderíamos chamar de responsabilidade solidária,
desmistifica a idéia, de que a responsabilidade única de segurança dentro de uma
fábrica deve ficar a critério dos profissionais do SESMT. Com esta nova visão, que
muitas empresas já vem adotando, todos dentro do processo produtivo são
responsáveis no mesmo nível de importância, principalmente os gerentes e os
supervisores.
A administração deve identificar os riscos e orientar os trabalhadores com
ações e atitudes pró-ativas, dando o exemplo a ser seguido dentro da organização,
mesmo por que, não são todas as empresas que são obrigadas pela legislação a
possuir em seus quadros um profissional de segurança.
Um dos aspectos importantes em um sistema de gestão é monitorar e
acompanhar o desempenho das ações estabelecidas pelo programa de segurança.
Para isto é necessário para a definição dos indicadores e a forma de acompanhar a
evolução de cada um deles e divulgar para toda a empresa os resultados objetivos,
por exemplo:
• Determinar a evolução dos programas de Segurança, Saúde e Meio
Ambiente tem sido implementados e os objetivos atingidos;
• Verificar a eficácia de controles tem sido implementados e são eficazes;
• Identificar as não conformidades do sistema de gestão;
• Implementar planos e controles de riscos, fornecendo re-alimentação para
todas as áreas;
• Fornecer informações que possam ser usadas para a análise crítica e
quando necessário, melhorar os aspectos do sistema de gestão da SST;
Estes objetivos visam principalmente:
• Monitoramento pró-ativo e reativo;
• Seleção de indicadores de desempenho;
• Definir os princípios que permitam mensurar desempenho;
• Estabelecer técnicas de medição;
• Investigar acidentes e incidentes.
Embora não seja o objetivo principal desta publicação aprofundar as diretrizes
sob a gestão apresentados pela BS 8.800, fica aqui, uma orientação sobre a
tendência moderna da administração que exige uma abordagem de forma
sistemática e com o mesmo nível de importância para as questões de qualidade,
segurança, saúde e meio ambiente, pois são elas que determinarão o aumento da
produtividade para os empresários, diminuição do custo social para o governo e a
melhoria da qualidade de vida para os trabalhadores e sociedade de uma forma
geral.
3.3. Elementos do Sistema de Gestão de SSO - OHSAS 18.001
A Especificação OHSAS 18001 - Specification for Ocupational and Health
Management Systems embora ainda não pertença ao sistema de normas
internacional ISO, foi desenvolvida por diversas entidades normativas e empresas
certificadoras internacionais para ser compatível com as normas de sistema de
gestão ISO 9001 e 14001 de modo a facilitar a integração dos sistemas de
qualidade, meio ambiente e saúde no trabalho.
Embora a norma BS 8.800 seja mais conhecida, utilizaremos a OHSAS
18.000 como referência mais atual para identificar as evidências importantes
relacionadas implementação do Programa de Higiene e Saúde Ocupacional.
A Norma OHSAS 18.001 não estabelece um procedimento obrigatório para
implementação; devendo ser adaptado às características e realidades de cada
organização no sistema de gestão SSO encontra-se fundamentado nos seguintes
aspectos:
a) Planejamento
• Identificação de perigos, controle de riscos e impactos.
• Atendimento aos requisitos técnicos e legais;
• Objetivos e metas
• Programa de Gestão de SSO
b) Implementação e operação
• Estrutura e responsabilidade
• Treinamento, conscientização e competência.
• Consulta e comunicação
• Controle de documentos e de dados
• Controle operacional
• Preparação e atendimento a emergências
c) Verificação e ação corretiva
• Monitoramento e mensuração do desempenho
• Identificação e registro de acidentes, incidentes
não-conformidades e ações corretivas e preventivas.
• Controle dos registros
• Auditoria
• Análise crítica pela administração
A seguir abaixo faremos uma breve discussão dos elementos estruturais de
um sistema de gestão de SSO baseado na OHSAS 18.001. Sugerimos a
necessidade de a consulta da OHSAS 18.002 - Guidance for OH&S Management
Systems.
3.4 Análise Crítica Inicial da Situação de SSO
A OHSAS 18.001 recomenda que as organizações considerem a execução de
uma avaliação inicial dos dispositivos existentes para a gestão de SSO. Esta análise
crítica proporciona informações que influenciam as decisões sobre o escopo,
adequação e implementação do sistema integrado, provendo um ponto de partida
(referência) cujos parâmetros serão avaliados durante o processo de implantação e
melhoria continua. Os seguintes tópicos Relativos à gestão de SSO devem ser
observados:
Os requisitos da legislação aplicáveis à norma de gestão;
Adequação e aplicação das práticas existentes de gestão de
SSO;
Acompanhamento de desempenho de SSO do setor ao qual
pertence a organização;
Acompanhamento dos indicadores de eficiência e eficácia.
Epitemeniação da Política item 4.2, a norma OHSAS 18.001 estabelece
que a alta gerência deve definir a política de segurança e saúde ocupacional da
organização assegurando:
• Adequação à natureza e intensidade dos impactos relativos às
atividades, produtos e serviços;
• Compromisso com a melhoria contínua das condições de
trabalho;
• Atender a legislação, normas técnicas e outros requisitos de
SSO;
• Elaboração de documentos escritos, implementados e
atualizados;
• Divulgação aos trabalhadores para que estejam conscientes de
suas responsabilidades com a implementação dos requisitos de
SSO.
3.5 Planejamento para Identificar os Perigos, Análise e Controle dos Riscos
O sub-item 4.3.1 explicita que a organização deve estabelecer e manter
procedimentos para identificar os perigos e implementar as medidas de controle
adequadas.
Este sub-item deve ser implementado utilizando-se técnicas sistemáticas de
avaliação de riscos e perigos que podem incluir desde as mais simples como a
Análise de Risco do Trabalho (ART), até as técnicas mais complexas de
gerenciamento de risco como, por exemplo, a Análise Preliminar de Riscos (APR),
HAZOP, FEMEA, entre outros. Os estudos de Identificação de Aspectos e Impactos
sugeridos pela IS0.14.001 (Gestão Ambiental) também podem ser utilizados, desde
que abordem aspectos específicos da proteção ao trabalhador.
Muitas empresas possuem programas de gerenciamento de risco,
Independentemente da técnica ou conjunto delas a serem utilizadas, o mais
importante é que elas apresentem uma abordagem detalhada das operações
incluindo:
a) Atividades rotineiras e não rotineiras;
b) Operações desenvolvidas pelos trabalhadores e contratadas e/ou que
possam afetar visitantes e comunidade;
c) Identificação das instalações e os riscos existentes.
A organização deve garantir que os resultados das avaliações e as medidas
de controles propostas sejam considerados nos objetivos e metas de SSO. Este
planejamento deve ser documentado e mantido atualizado. A metodologia para
identificar os perigos e avaliação dos riscos deve garantir:
a) Identificação do conteúdo, natureza e tempo de análise com ênfase nas
ações pró-ativas ao invés de reativas;
b) Identificação dos riscos que precisam ser eliminados ou controlados
através de sistemas de engenharia;
c) Adequação e consistência das medidas de controle dos riscos com a
operação;
d) Informações para determinar as necessidades de treinamento e medidas
de controle operacional;
e) Levantamento das informações para o monitoramento das ações
requeridas visando garantir a eficiência e o tempo necessário para as
implementações.
3.5.1 Prevenção de perdas
A prevenção de acidentes do trabalho em todo o mundo tomou um outro rumo
após a instituição da chamada prevenção de perdas. Fala-se neste termo desde o
final dos anos 70 e início dos anos 80, e ao contrário dos modismos comuns em
administração ele recursos humanos, a prevenção de perdas veio para ficar, pois na
ocasião em que foi lançada, foi capaz de dar respostas firmes e seguras para a
avaliação crítica da causa básica dos acidentes, eliminando o argumento até então
usado de que 90% dos acidentes do trabalho eram causados por ato inseguro dos
trabalhadores; atualmente, a prevenção de perdas continua dando respostas aos
desafios organizacionais atuais, situando-se como uma filosofia administrativa
perfeitamente compatível com os programas atuais de qualidade total.
Alguns conceitos importantes relacionados à prevenção de perdas:
• Perde-se tempo quando se procura estruturar um Programa preventivo
baseado na prevenção de acidentes humanos; vai-se muito mais longe se
pensarem prevenir todo e qualquer tipo de perda (dano ao equipamento,
perdas de produção, refugos e outros); uma das conseqüências naturais é
a prevenção dos acidentes humanos;
• A causa básica do Acidente do trabalho não é o ato inseguro do
trabalhador; ao contrário, o ato inseguro (ou melhor, o ato inadequado), é,
na grande maioria das vezes, uma das conseqüências de falhas no
gerenciamento administrativo da área;
• Mais do que isso, o ato inseguro passa a ser denominado ato inadequado;
não se trata de urna pequena diferença semântica, mas uma profunda
diferença na forma de pensar e administrar, pois passa-se a falar na
antítese do ato inadequado, ou seja, o ato adequado, a forma correta de
trabalhar;
• A causa básica dos acidentes com lesão humana ou com danos materiais é
a mesma: na quase totalidade dos casos, uma forma de falha
administrativa;
• A identificação correta das falhas administrativas envolvidas nos acidentes
e perdas orientam a empresa para a adoção de instrumentos corretos de
prevenção de novas perdas;
• De nada adiantaria esta forma de pensar se não houvesse instrumentos: e
a prevenção de perdas fornece instrumentos práticos para a empresa;
estes instrumentos não são nada de panacéia, nem varinha mágica:
representam trabalho sério, consciente e organizado, que resultam, sem
qualquer dúvida , em reduções brilhantes no número de acidentes e perdas
e na melhoria geral do resultado operacional.
Esta filosofia de prevenção de perdas é simples e fácil de ser assimilada pelos
dois principais níveis executantes dos instrumentos: a média gerência e a
supervisão.
3.5.2 Os 12 valores relacionados à prevenção de perdas
1. Acidentes são eventos não programados (embora em geral possam ser
previstos), em que o ser humano ou o equipamento sofrem dano devido a
haver sobre eles a ação de uma forma de energia acima de seus limites de
tolerância. Perda é todo e qualquer prejuízo no resultado da empresa,
qualquer deterioração ou interferência no resultado esperado;
2. A principal causa das perdas é alguma forma de falha administrativa;
3. As conseqüências das falhas administrativas não são apenas acidentes
humanos, mas também perdas materiais, perdas no processo, aumento do
custo e quase-acidentes;
4. Deve-se trabalhar preferencialmente para que se consiga eliminar as
situações de risco e os quase-acidentes;
5. A chefia é a principal responsável pela atividade de prevenção de acidentes
em sua área; esta responsabilidade é inerente ao cargo de chefe (ou de
gerente);
6. Para reduzir o número de acidentes e perdas, a atividade prioritária em
termos de treinamento, é preparar as chefias para que elas, em seus diversos
níveis, administrem melhor;
7. É inerentes ao bom processo administrativo a conscientização do trabalhador
e a cobrança de sua responsabilidade profissional;
8. As normas de trabalho e práticas-padrão, para serem corretas, têm que incluir
os aspectos de segurança e higiene;
9. Para toda tarefa é sempre possível determinar a prática correta (atos
adequados); logo, um ato inseguro cometido é, antes de tudo, um ato
inadequado;
10. A punição é um instrumento administrativo normal.
11. Há instrumentos administrativos capazes de evitar as perdas.
12. O papel da área de Segurança dentro do modelo de Prevenção de Perdas:
- Assessoria às áreas - "Olho"
- Consciência
- Coordenação das atividades.
3.5.3 Os 10 instrumentos da prevenção de perdas
Os principais instrumentos de prevenção de perdas são também as principais
ferramentas necessárias para a qualidade, e são basicamente os seguintes:
1. Análise dos Acidentes e Perdas Ocorridos
Trata-se dele investigar e analisar os eventos indesejados,
procurando as causas básicas dos mesmos (as falhas
administrativas), não se contentando em ficar na superficialidade da
análise (ato inseguro do trabalhador) e traçando um plano de ação
para que aquele tipo de acidente/perda não mais aconteça.
2. Inspeção Periódica Planejada Formal
Todas as áreas da empresa devem ser vistoriadas pelo menos uma
vez por mês, identificando-se o que está incorreto, principalmente no
que se refere as condições do equipamento e da área; são traçadas
as prioridades e as medidas corretivas são adotadas.
3. Regras de Trabalho
Como dizem os modernos programas de qualidade total, não existe
qualidade sem padronização. As regras de trabalho representam um
conjunto de cuidados importantes (para determinada tarefa ou em
determinada área), que todos elevem conhecer, saber da importância,
e naturalmente, cumprir.
4. Praticas - padrão
As tarefas ele alto potencial de perdas, em que muitas vezes diversas
pessoas estão envolvidas, devem ser executadas segundo
determinado padrão, com análise criteriosa de cada passo e
estabelecendo-se com os executantes a forma correta.
5. Orientação a novos/novos na função
Com isto garante-se que todas as informações necessárias sejam
passadas, de forma a não Haver erros por falta de informação; e
através deste "investimento de tempo no empregado novo" garante-se
uma motivação adequada do mesmo para as atitudes corretas,
necessárias no trabalho.
6. Habilitação Formal para Tarefas Críticas
Todas as tarefas críticas devem ser desenvolvidas não só por
pessoas capacitadas, mas, nos casos necessários, por pessoas
também habilitadas. Segundo a filosofia de prevenção de perdas, a
chance de erro é muito menor quando se garante que os executantes
possuem além da capacidade, um documento de habilitação. Esta
habilitação é cobrada nas auditorias periódicas.
7. Permissão para Trabalhos Especiais
Tarefas de alto potencial de perdas ou de alto risco de acidente
humano passam por um processo em que se faz um “check-list” dos
pré-requisitos para que a mesma seja realizada.
8. Revisão Periódica de Regras, Práticas e Treinamentos
Quando se parte da premissa de que o normal do ser humano é se
esquecer, reforça-se a necessidade de se fazer a reciclagem dos
treinamentos, regras e normas, segundo uma periodicidade pré-
estabelecida.
9. Análise de Desempenho
Uma a duas vezes por ano é fundamental que todos os trabalhadores
tenham seu desempenho analisado, a partir de uma lista de itens
fundamentais de desempenho daquela categoria profissional; os itens
não atendidos são analisados em profundidade e gerentes e
subordinados contratam todo plano de ação para a melhoria do
desempenho.
10. Reuniões Periódicas da Equipe
Uma vez por mês, durante duas horas, chefe e subordinados se
reúnem para conversar. As reuniões servem para a troca de
informações, para melhorar o grau de confiança recíproca, e para
solucionar os conflitos inerentes a qualquer relacionamento humano.
Resultam numa melhoria impressionante na atitude do trabalhador,
reduzindo-se o erro humano por motivação incorreta.
3.6 Atualização dos Requisitos Legais
O subitem 4.3.2 diz que cabe à organização estabelecer e manter
mecanismos de acesso à legislação de SSO atualizados. Todos os envolvidos
devem ser mantidos atualizados quanto aos requisitos legais.
3.7 Objetivos e Metas
De acordo com o sub-item 4.3.3, a organização deve estabelecer e manter os
objetivos e metas de SSO para cada nível organizacional envolvido. Ao estabelecer
os objetivos, a organização deve considerar o atendimento à legislação, normas
técnicas e outros requisitos: de SSO, bem como, as boas práticas operacionais.
Deve ser dada atenção especial para a identificação e avaliação dos riscos
ambientais alternativas de controle adequado à realidade econômica, operacional e
tecnologia disponíveis no mercado. Os objetivos e metas devem ser consistentes
com a política de SSO e incluir compromisso com a melhoria contínua. Programa de
Gestão de SSO.
Segundo o sub-item 4.3.4, (a organização deve estabelecer e manter
programas) para o atendimento de seus objetivos e metas relacionados a SSO com
atenção para:
• Estabelecer responsabilidades individuais em todos os níveis para que o
atendimento aos objetivos e metas;
• Elaborar planejamento e recursos disponíveis para que objetivos e metas
sejam alcançados;
• Revisar periodicamente o programa de SSO de modo a corrigir e
redirecionar as ações em função das possíveis mudanças nas atividades,
produtos, serviços ou condições operacionais.
3.8 Estrutura de Responsabilidade
O sub-item 4.4.1 especifica que as funções, responsabilidades e autoridades
do pessoal que gerencia, desempenha e verifica atividades que tenham algum efeito
sobre os riscos de SSO das atividades, instalações e processos da organização
devem ser definidas, documentadas e comunicadas de forma a facilitar o
gerenciamento de SSO:
a) Especificação de SSO;
b) Garantir que os relatórios sobre o desempenho do sistema de
gerenciamento de SSO são apresentados para a alta gerência para
análise crítica e como uma base para o aprimoramento e melhoria do
SSO.
c) Todos aqueles com responsabilidades gerenciais devem demonstrar seu
comprometimento com a melhoria contínua do desempenho de SSO.
3.9 Treinamento, Conscientização e Competência.
O sub-item 4.4.2 estabelece que todo o pessoal deve ser qualificado, treinado
e familiarizado com as tarefas que possam impactar o desempenho de SSO. A
formação educacional e profissional dos trabalhadores deve prever o repasse da
experiência profissional adquiridas para trabalhadores mais experientes através de
treinamentos teóricos e práticos adequados.
Os treinamentos devem levar em conta os diferentes níveis de
responsabilidade, habilidade e instrução e risco. A organização deve estabelecer e
manter procedimentos para garantir que seus colaboradores e contratados, em cada
função e nível pertinente, sejam conscientes quanto:
a) Importância da conformidade com a política de SSO e procedimentos,
bem como com os requisitos do sistema de gerenciamento de SSO;
b) Conseqüências de SSO, reais ou potenciais, de suas atividades de
trabalho e dos benefícios de SSO da melhoria do desempenho pessoal;
c) Suas funções e responsabilidades em obter a conformidade com a política
de SSO, com os procedimentos e com os requisitos do sistema de
gerenciamento de SSO;
d) Conseqüências potenciais do não atendimento a procedimentos
operacionais específicos.
Ter pessoal com treinamento adequado é uma exigência para manter as
instalações e os equipamentos de processo em condições seguras de operação.
Treinamento adequado é aquele que leva à melhoria de desempenho individual e
das equipes.
Como parte importante deste elemento deve-se considerar o processo de
seleção da força de trabalho baseado em análise profissiográfica, garantindo que os
empregados sejam também fisicamente aptos e mentalmente alertas para tomar
decisões adequadas e seguir as práticas prescritas e reagir nas situações de
emergência.
Além disso, um treinamento contínuo de SSO deve ser direcionado para:
• Novos funcionários;
• Funcionários que vieram transferidos de uma outra unidade/organização;
• Funcionários que foram transferidos para um outro setor;
• Supervisão;
• Funcionário antigo (treinamento de reciclagem);
• Os funcionários contratados (quando apropriado);
• A substituição temporária (ausência do titular, cobertura de férias etc.);
• Matriz de treinamento por atividade com base no perfil profissiográfico dos
colaboradores em seus postos de trabalho (ambiente, ergonomia,
processo, aspectos sensoriais, cognitivos e administrativos);
• Programas de treinamento atendem as necessidades reais, levando à
melhoria de desempenho;
• Programas e planos de re-treinamento;
• Registros de treinamento são devidamente mantidos;
• Instrutores são devidamente qualificados para a condução dos
treinamentos;
• Programas de treinamento são atendidos em sua plenitude;
• Utilização de reuniões e Diálogo de Segurança como veículo de
treinamento;
3.10 Consulta e Comunicação
O sub-item 4.4.3 orienta sobre a necessidade de se ter procedimentos para
garantir que as informações pertinentes de SSO são comunicadas de e para os
empregados e outras partes interessadas. É necessário o envolvimento do
empregado bem como os arranjos/ providências/recursos para consulta devem estar
documentados e as partes interessadas informadas, bem como os empregados
devem ser:
a) Envolvidos no desenvolvimento e na análise crítica de políticas e
procedimentos para gerenciar os riscos;
b) Consultados onde existirem quaisquer mudanças que afetem a segurança
e a saúde do ambiente de trabalho;
c) Representados em assuntos referentes a SSO;
d) Informados sobre quem é o representante de SSO dos empregados e o
representante indicado pela alta administração.
Assegurar confiabilidade de qualquer sistema, que é parte intrínseca da
disciplina operacional. Portanto, um alto nível de comunicação facilita a
administração dos sistemas de gestão de SSO.
A comunicação inclui:
• Desenvolver uma mensagem com o real significado que se quer
expressar.
• Transmitir a mensagem.
• Assegurar-se de que a mensagem foi recebida e compreendida.
A gerência sênior desempenha um importante papel no desenvolvimento da
mensagem.
A liderança transmite a mensagem e assegura-se de que ela é compreendida.
Para ser completa, a comunicação precisa fluir nas duas direções:
• Dos funcionários em direção à alta gerência e...
• Da alta gerência em direção aos funcionários e terceiros.
Utilizando as seguintes ferramentas:
• Processo de comunicação formal e efetivo;
• Processo formal de comunicação de análises e investigações;
Estudo de-viabilidade-para-a-implantacao-de-um-sistema-de-gestao-de-seguranca-e-saude-ocupacional-na-itaipu-binacional
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  • 1. FACULDADE DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO HABILITAÇÃO EM NEGOCIAÇÃO E MARKETING INTERNACIONAL ESTUDO DE VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA ITAIPU BINACIONAL Relatório de Estágio Supervisionado CARLOS EDUARDO TAVARES LOPES FOZ DO IGUAÇU 2005
  • 2. Faculdade Dinâmica das Cataratas Curso de Administração Habilitação em Negociação e Marketing Internacional ESTUDO DE VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA ITAIPU BINACIONAL Carlos Eduardo Tavares Lopes FOZ DO IGUAÇU 2005
  • 3. CARLOS EDUARDO TAVARES LOPES Relatório de Estágio Supervisionado, apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado IV, do Curso de Graduação em Administração com Habilitação em Marketing Internacional da União Dinâmica de Faculdades Cataratas – UDC como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Profº, João Maria Alves Ferreira, M, Sc. ESTUDO DE VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA ITAIPU BINACIONAL FOZ DO IGUAÇU 2005
  • 4. TERMO DE APROVAÇÃO FACULDADE DINÂMICA DAS CATARATAS ESTUDO DE VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA ITAIPU BINACIONAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM MARKETING INTERNACIONAL CARLOS EDUARDO TAVARES LOPES Orientador(a): Prof.º João Maria Alves Ferreira Nota Final Banca Examinadora: Prof.º Prof.º Foz do Iguaçu, 16 de maio de 2005
  • 5. DEDICATÓRIA A minha família que teve muita paciência comigo durante o período de elaboração.
  • 6. AGRADECIMENTOS Sou imensamente agradecido aos Engenheiros Marcio Batisteti e Osvaldo Nunes Filho que me auxiliaram no desenvolvimento deste trabalho. Manifesto ainda minha gratidão a todos meus colegas de trabalho e a todos orientadores e professores do Curso de Administração que de uma maneira direta e indireta contribuíram na estruturação, na revisão e em nas sugestões para a conclusão e melhoria contínua deste trabalho.
  • 7. EPÍGRAFE “Os bens do mundo não foram feitos para restrito número de privilegiados, mas para todos os filhos de Deus. O maior pecado do ser humano é ignorar suas forças interiores, poderes criadores e sua herança divina. vê quantas coisas és capaz de fazer.” Marilen
  • 8. RESUMO LOPES, Carlos Eduardo Tavares. Estudo de viabilidade para Implantação de um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional, Foz do Iguaçu: 2005, 129 páginas. Resumo: Este trabalho, na sua forma conceitual e operacional de orientação para uma avaliação global da Itaipu Binacional, apresenta uma proposta metodológica para a implantação de um sistema integrado de gestão segurança e saúde ocupacional. Tem-se como fundamentação teórica para elaboração dos critérios, os conceitos do Sistema de Gestão da Qualidade e os conceitos do Sistema de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho. Os itens e quesitos sugeridos para facilitar a avaliação fazem parte da metodologia e abrangem os requisitos abordados nas normas sobre as áreas de estudo. A sistemática de escalas de pontuação para os quesitos Importância, Avaliação e Tendência de crescimento, faz parte da ferramenta e da técnica para avaliação dos pontos fortes e fracos de atributos e características do objeto de estudo. O método possui fases e procedimentos que, na aplicação prática, trazem como resultado um diagnóstico da organização que permitirá demonstrar a viabilidade e a validade da proposta. Palavra Chave: Gestão - Qualidade – Controle de Perdas – Segurança – Saúde.
  • 9. ABSTRACT LOPES, Carlos Eduardo Tavares. Feasibility study for Implantation of a System of Management of Security and Occupational Health, Estuary of the Iguaçu: 2005, 129 pages. Summary: This work, in its conceptual and operational form of orientation for a global evaluation of the Binational Itaipu, presents a proposal metodológica for the implantation of an integrated system of management security and occupational health. It is had as theoretical recital for elaboration of the criteria, the concepts of the System of Management of the Quality and the concepts of the System of Management of the Health and Security in the Work. Itens and suggested questions to facilitate the evaluation are part of the methodology and enclose the boarded requirements in the norms on the study areas. The systematics of scales of punctuation for the questions Importance, Evaluation and Trend of growth, is part of the tool and the technique for evaluation of the strong and weak points of attributes and characteristics of the study object. The method possesss phases and procedures that, in the practical application, bring as resulted a diagnosis of the organization that will allow to demonstrate to the viability and the validity of the proposal. Word Key: Management - Quality - Control of Losses - Security - Health.
  • 10. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Questionários respondidos pelos públicos internos e externos ......61 Tabela 2 - Distribuição dos Respondentes – Públicos Interno ...........................61 Tabela 3 - Distribuição dos Respondentes – Público Externo............................62 Tabela 4 - Redução de Custos ...............................................................................63 Tabela 5 - Documentação Integrada ......................................................................63 Tabela 6 - Melhoria Contínua..................................................................................64 Tabela 7 - Melhoria da Imagem Pública da Empresa ...........................................64 Tabela 8 - Satisfação dos Clientes Internos e Externos ......................................65 Tabela 9 - Fator Diferencial de Competitividade e Benchmarking......................66 Tabela 10 - Melhoria do Desempenho e do Ambiente Organizacional ...............66 Tabela 11 - Otimização Empresarial .....................................................................67 Tabela 12 - Oportunidade de Melhoria Empresarial.............................................68 Tabela 13 - Direção através de um Único Gestor (ou Gerente)...........................68 Tabela 14 - Atuação Responsável da Empresa ....................................................69 Tabela 15 – Comprometimento da Alta Direção ................................................100 Tabela 16 – Fator de Investimento Empresarial .................................................100 Tabela 17 - Evitar Acidente Ambiental ou do Trabalho......................................101 Tabela 18 - Fator Experiência dos Funcionários................................................102 Tabela 19 - Integração das Atividades e Procedimentos Afins.........................102 Tabela 20 - Confiabilidade e Credibilidade da Empresa ....................................103 Tabela 21 - Busca Contínua da Inovação e Sobrevivência Empresarial ..........104 Tabela 22 - Comentários e Sugestões dos Respondentes................................105
  • 11. SUMÁRIO RESUMO.....................................................................................................................8 ABSTRACT.................................................................................................................9 LISTA DE TABELAS ................................................................................................10 ABREVIATURAS......................................................................................................13 SIGLAS.....................................................................................................................13 1. INTRODUÇÃO...................................................................................................16 1.1. Identificação da Unidade Concedente do Estágio.........................................19 1.1.1. Empresa .........................................................................................................19 1.1.1. Informações históricas .................................................................................20 1.1.2. Atuação ..........................................................................................................21 1.1.3. Tecnologia .....................................................................................................22 1.1.4. Equipe de trabalho ........................................................................................22 1.1.5. Campanhas que desenvolve ........................................................................23 1.2 Origem do Trabalho......................................................................................24 1.3 Objetivo Geral...................................................................................................25 1.4 Objetivos Específicos......................................................................................25 1.5 Limitações do Trabalho...................................................................................25 1.6 Justificativa do Trabalho.................................................................................26 1.7 Metodologia......................................................................................................27 1.8 Estrutura do Trabalho ..................................................................................28 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................29 2.1 Origem e Constituição do Sistema.................................................................29 2.2 Sistema de Gestão da Qualidade....................................................................30 2.2.1 Considerações gerais sobre SGQ...............................................................30 2.2.2 Experiências empresariais na implantação do SGQ .................................32
  • 12. 2.3 Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional..............................34 2.3.2 Experiências empresariais na implantação do SGO .................................36 2.4 Sistema de Gestão de Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional.............................................................................................................40 2.5 Sistema Integrado de Gestão ......................................................................40 2.5.1 Generalidades sobre SIG.............................................................................40 3. DESENVOLVIMENTO ......................................................................................46 3.1 Análise Situacional.......................................................................................46 3.2 Elementos Básicos de um Programa de Gestão de SSO - BS 8.800 e OSHAS 18.001..........................................................................................................48 3.3. Elementos do Sistema de Gestão de SSO - OHSAS 18.001......................50 3.5 Planejamento para Identificar os Perigos, Análise e Controle dos Riscos................................................................................................................52 3.5.1 Prevenção de perdas....................................................................................53 3.5.2 Os 12 valores relacionados à prevenção de perdas..................................55 3.5.3 Os 10 instrumentos da prevenção de perdas ............................................56 3.6 Atualização dos Requisitos Legais ................................................................58 3.7 Objetivos e Metas.............................................................................................58 3.8 Estrutura de Responsabilidade ......................................................................59 3.9 Treinamento, Conscientização e Competência. ............................................59 3.10 Consulta e Comunicação.............................................................................61 3.11 Documentação do Sistema de Gestão de SSO..........................................62 3.12 Controle de Documentos e Dados ..............................................................62 3.13 Controle Operacional ...................................................................................64 3.14 Preparação e Atendimento a Emergências................................................65 3.15 Auditoria........................................................................................................68 3.16 Análise Crítica pela Administração.............................................................69 3.17 Programa de SSO e Melhoria das Condições de Trabalho.......................69 3.18 Requisitos de Segurança e Saúde Ocupacional........................................70 3.19 Rotinas para Inspeções de Segurança.......................................................71 3.20 Serviço de Saúde Ocupacional ...................................................................72 3.21 Práticas Adequadas de Segurança e Higiene ............................................73 3.22 Assistência Social ........................................................................................74
  • 13. 3.23 Programa de Melhoria das Condições de Trabalho ..................................75 3.23.1 Informação ....................................................................................................75 3.23.2 Comitê de segurança ...................................................................................75 3.23.3 Papel dos supervisores ...............................................................................76 4. PESQUISA PROPOSTA....................................................................................80 4.1 Problematização...............................................................................................80 4.2 Objetivo Geral...................................................................................................81 4.2.1 Objetivos Específicos ..................................................................................81 4.3 Fundamentação e Estrutura da Pesquisa......................................................81 4.4 Ambiente Organizacional da Empresa Pesquisada ......................................83 4.4.1 Ambiente interno ..........................................................................................83 4.4.2 Ambiente externo .........................................................................................84 4.5 Coleta de Dados ...............................................................................................85 4.5.1 Publico interno .............................................................................................88 4.5.2 Publico externo.............................................................................................88 4.6 Formulação das Perguntas dos Questionários............................................89 4.7 Fatores da Análise e Interpretação de Dados................................................91 4.8 Amostragem .....................................................................................................92 4.8.1 Descrição do perfil empresarial ..................................................................92 4.8.2 Análise e interpretação de dados da amostragem ....................................93 4.8.3 Partes interessadas......................................................................................94 4.8.3.1 Comentários e sugestões do público interno.........................................107 4.8.3.2 Comentários e sugestões do público externo........................................110 4.9 Conclusões do Relatório...............................................................................112 4.9.1 Alcance dos objetivos................................................................................112 4.9.2 Problema e perguntas da pesquisa ..........................................................113 4.10 Sugestões para Trabalhos Futuros...........................................................116 5 CONCLUSÃO ..................................................................................................117 5.1 Considerações Finais.................................................................................118 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................122 7. ANEXO ............................................................................................................128
  • 14. ABREVIATURAS Siglas ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas; ANDE Administración Nacional de Electricidad; APAU Accident Prevention Advisory Unit; BS 8800 Guide to Health and Safety Management – Guia para Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Industrial. CESG Centro de Excelência para Sistema de Gestão; ISO 9000 Sistema de Gestão da Qualidade – Fundamentos Vocabulários; ISO 9001 Sistema de Gestão da Qualidade – Requisitos; ISO 9004 Sistema de Gestão da Qualidade – Diretrizes para melhorias de desempenho. ISO 14001 Sistema de Gestão ambiental – Especificação e diretrizes para uso; NR Normas Regulamentadoras. OSHAS 18001 Occupations Health and Safety Assessment Series Specification – Série de Especificações para Avaliação da Saúde e da Segurança; PAT Programa de Alimetação ao Trabalhador. PCSMO Programa de Controle Saúde Médico Ocupacional. PPRA Programa de Prevenção a Riscos Ambientais. PROCEL Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica. RDE Reunião de Diretoria Executiva; SGO Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional; SGQ Sistema de Gestão da Qualidade; SIG Sistema Integrado de Gestão; SMS Sistema de Integrado de Segurança e Meio Ambiente e Saúde Ocupacional; SSO Sistema de Segurança e Saúde Ocupacional; SST Segurança e Saúde no Trabalho; TGS Teoria Geral de Sistemas;
  • 15. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Visão aérea da Usina de Itaipu.............................................................17 Figura 2 - Modelo genérico de sistema aberto Chiavenato (1999). Adaptado para este trabalho..................................................................................27 Figura 3 - Ciclo SGQ. ..............................................................................................30 Figura 4 - Ambiente organizacional da ITAIPU Binacional, com os seus ambientes interno e externo.................................................................83
  • 17. 1. INTRODUÇÃO No ambiente empresarial o principal reflexo da rapidez das mudanças é a acentuada competitividade. Adicionada a esta, os diferentes ambientes apresentam também diferentes limitações, a escassez de recursos como mão de obra qualificada, matéria prima, infra-estrutura, entre outros, é sentida em todos os setores. Como conseqüência, empresas de todo o mundo percebem a necessidade de utilizarem seus recursos de maneira eficiente, para que possam manter e/ou ganhar mercados, assegurando sua sobrevivência. Dentro deste prisma, algumas organizações preocupadas em acompanhar a evolução natural de seus ambientes externos, estão empenhando-se em alcançar o máximo com o mínimo. Para tanto utilizam todos os seus recursos, humanos e tecnológicos, ao máximo de cada um. Para que isto possa ser obtido, muitas mudanças na realidade organizacional ocorreram, podendo estas ter ocorrido em nível de cultura organizacional, estrutura organizacional, tecnologia, recursos humanos, entre outros. Muitas destas mudanças, porém, não tem alcançado o resultado esperado, apesar de apresentarem altos custos envolvidos tanto para as pessoas quanto para as organizações. Devido a isto, surge a necessidade de abordar a interface homem/organização de maneira inovadora, o que desencadeou o surgimento de novas teorias e conceitos. Muitas das teorias sobre gerenciamento, comportamento humano, sistemas, e organizações que emergiram neste século, tentam explicar comportamentos e características peculiares aos seus objetos de estudo. O enfoque da Teoria Geral dos Sistemas ou enfoque sistêmico tem possibilitado a investigação de diversos mecanismos e ferramentas desenvolvidos para otimizar o desempenho organizacional. Intrínseca a maioria destas ferramentas, encontra-se a preocupação com os colaboradores. Qualquer sistema gerencial que tenha como objetivo primordial à melhoria da qualidade e da produtividade de suas ações deve ter a segurança e a qualificação do pessoal como fatores constantes. No entanto, estas condicionantes têm sido negligenciadas e tornam-se, em muitos casos, as principais responsáveis pelo fracasso nas tentativas de implementação de novas filosofias gerenciais e operacionais nas organizações.
  • 18. Da mesma forma, à medida que o um profissional da área de SMHT – Segurança Medicina e Higiene do Trabalho adquire mais experiência, tanto maior é a probabilidade de ele obter melhores avaliações das variáveis na ocorrência da não-conformidade em suas áreas de atuação, de modo a evitá-las ou minimizá-las. Entretanto, para esse profissional, esse modo de agir é indesejável, ainda mais em se tratando de saúde física e mental dos trabalhadores, visto que a ação é puramente reativa. Ressalte-se que para fins de prevenção, dizemos que experiência não quer dizer necessariamente tempo de atuação, mas capacidade de agir de maneira pró-ativa, antecipadamente às varáveis que ocasionam as não- conformidades na área da Segurança, Medicina e Higiene do Trabalho. Dentro desta nova conjuntura, novos conceitos e atitudes são incrementados às ações e políticas adotadas pelas empresas que desejam manter-se no mercado. Tais conceitos (sustentabilidade, reciclagem, redução do consumo de recursos e emissões de efluentes, reaproveitamento, reutilização, etc.), contribuem para uma nova postura da empresa frente à sociedade e sua missão. Assim, a questão da avaliação ambiental, da qualidade e da saúde e segurança na busca por uma melhoria contínua, passa a ser um assunto de interesse atual. Assim, no contexto competitivo, uma avaliação global faz parte das atividades de gestão de uma empresa, muito embora avaliar de maneira global e sistemática seja uma tarefa complexa. No entanto, a avaliação pode garantir o controle das atividades quer seja no nível estratégico, gerencial ou operacional de uma empresa. Uma avaliação tem também como função assegurar a tomada de decisão, fundamentada em informações e fatos provenientes de observações. Portanto, em uma avaliação, as dificuldades encontradas por examinadores inicia-se com a definição de quais são as critérios/itens a serem examinados e que método deverá ser usado. Estes critérios-itens são normalmente escolhidos com base na legislação acerca do assunto; já os métodos, são escolhidos através de observações e ensaios. Neste contexto, os critérios variam conforme a área pertinente (ambiental, qualidade, saúde e segurança), tal é a variedade de critérios/itens de avaliação que a transdisciplinariedade (integração interdisciplinar de maneira global, de modo que a tendência é o desaparecimento das fronteiras entre as disciplinas) exige um conhecimento da inter-relação orgânica dos conceitos das três áreas (ambiental, qualidade e saúde e segurança), até o ponto de se constituir uma unidade formada com as proposições de cada área.
  • 19. Devido a esta necessidade, detectou-se o seguinte problema de pesquisa: Como avaliar a ITAIPU Binacional de maneira global, dentro das questões, da Segurança do Trabalho, a nível estratégico, gerencial e operacional sob a perspectiva de um Sistema de Gestão de Segurança e Higiene do Trabalho e uma metodologia fundamentada em normas já existentes?
  • 20. 1.1. Identificação da Unidade Concedente do Estágio 1.1.1. Empresa Figura 1 – Visão aérea da Usina de Itaipu Empresa: USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU Endereço: Avenida Tancredo Neves, 6731. CEP 85866-900 Cidade: Foz do Iguaçu Estado: Paraná CNPJ: 00395988/0012-98 Inscrição Estadual: Isenta Ramo de atividade: Geração de Energia Elétrica Código CNAE: 40.10-0 Grau de Risco: 3 Telefone: 45-35205252 E-mail: itaipu@itaipu.gov.br Home-Page: www.itaipu.gov.br
  • 21. 1.1.1. Informações históricas A empresa ITAIPU Binacional é resultado do Tratado de Itaipu, assinado em 26 de abril de 1974, entre Brasil e Paraguai. A Entidade Binacional Itaipu foi constituída em 17 de maio de 1974 e tem como sócios a ELETROBRÁS (Centrais Elétricas Brasileira S.A), no Brasil e a ANDE (Administración Nacional de Eletricidad), no Paraguai. A Central Hidrelétrica é a maior do mundo em operação nos itens potência instalada (12.600 MW) e produção anual de energia (90.001.900 MWh). É interessante observar que a Usina Três Gargantas, em fase de construção na China, quando concluída, deverá ter uma potência instalada de 16 000 MW o que a colocará na posição de primeira do mundo neste quesito. Porém, sua produção anual de energia, devido às variações do rio, não atingirá os recordes da Itaipu. Atualmente, a Entidade Binacional emprega aproximadamente 3.000 pessoas, entre brasileiros e paraguaios. Produz cerca de 25% de toda a energia elétrica utilizada no Brasil e 90% de toda a energia utilizada no Paraguai. Como os dois países possuem sistemas elétricos muito diferentes em tamanho, o resultado é que 5% da energia gerada pela Central é fornecida ao Paraguai e 95% é fornecida ao Brasil. A produção diária da Itaipu equivale à queima de 434.000 barris de petróleo. Por estes números, percebe-se que a confiabilidade do funcionamento contínuo da instalação é mais do que uma questão de mercado para a empresa, mas uma questão estratégica para os dois países. Com isso, a Itaipu possui vários aspectos únicos entre as hidrelétricas brasileiras, entre eles: duas línguas oficiais, o português e o espanhol e, para contato com fornecedores internacionais, é considerada como língua oficial, o inglês. Coloquialmente, muitos empregados paraguaios falam, entre si, em guarani, língua nativa sem qualquer similaridade com línguas européias e relacionada ao tupi falado pelos indígenas brasileiros. Na Diretoria Técnica, em que as equipes de trabalho são binacionais em todos os níveis, pode-se dizer que praticamente todos os empregados também entendem e lêem, em graus diferentes, os dois idiomas.
  • 22. 1.1.2. Atuação Área subordinada a Superintendência de Recursos Humanos, existe desde 1975 juntamente com a construção da ITAIPU Binacional, compõe a estrutura do Departamento duas Divisões de trabalho a Divisão de Engenharia de Segurança do Trabalho – RHSS.AD e a Divisão de Medicina do Trabalho – RHSM.AD atua em todas as frentes de trabalho da Central Hidrelétrica e demais escritórios regionais. Estas áreas são responsáveis pela realização das seguintes atividades: ÁREA ATRIBUIÇÕES RHS.AD • Estabelecer as metas e objetivos para a Gestão de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, buscando a preservação integral do empregado no meio laboral e na produção. • Controlar o cumprimento das disposições legais relativas às atividades de medicina, segurança e higiene do trabalho. • Implantar normas procedimentos nas áreas de medicina e, segurança e higiene do trabalho. • Orientar e administrar os órgãos subordinados: - RHMS.AD - RHMH.AD RHMS.AD • Inspecionar e estudar as condições de segurança dos locais de trabalho e das instalações e equipamentos com vistas especialmente aos problemas de controle de risco, controle de poluição, higiene do trabalho, ergonomia, proteção contra incêndio e saneamento. • Especificar, adquirir, distribuir e controlar e fiscalizar sistemas de proteção coletiva e os equipamentos de proteção individual, elaborando normas, procedimentos, regras e critérios para o uso, assegurando de sua qualidade e eficiência; • Analisar os acidentes do trabalho, investigando suas causas e propondo medidas preventivas e corretivas; • Orientar o treinamento específico de Segurança do Trabalho e assegurar a elaboração de programas de treinamento em geral, no que diz respeito à Segurança do Trabalho; • Participar na elaboração, no assessoramento e na coordenação dos planos de emergências e catástrofes – PAE; • Organizar e supervisionar os trabalhos da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA; RHSS.AD • Realizar exames admissionais, periódicos, especiais e demissionais; • Identificar e caracterizar problemas de saúde ocupacional, para aplicar medidas preventivas e corretivas; • Identificar e caracterizar casos que requeiram reabilitação ou readaptação profissional;
  • 23. • Promover a Qualidade na Vida e no trabalho dos empregados, através de campanhas e programas específicos; • Fornecer atendimento individualizado psicossocial e funcional aos empregados da Entidade. 1.1.3. Tecnologia Utiliza um sistema de informação chamado VetorH, com o qual armazena todas as informações de atividades desenvolvidas pelos empregados, equipamentos de proteção individual entregues, dados estatísticos, analises e investigações de acidentes do trabalho, controle de manutenção e localização de extintores, controle de formação das CIPA’s, perfil profissiográfico de cada empregado, controle de exames médicos periódicos, mapeamento e controle dos agentes ambientais existentes. 1.1.4. Equipe de trabalho Cargo Quantidade Engenheiros de Segurança do Trabalho 2 Médicos do Trabalho 2 Técnicos de Segurança do Trabalho 9 Técnico de Enfermagem de Seg. do Trabalho 3 Enfermeira Padrão 1 Auxiliar de Enfermagem 1 Auxiliar de Segurança do Trabalho 1 Secretária 1 Assistente Técnico 1 Assistente Social 1 Técnico de Nível Superior 2 Total 24
  • 24. 1.1.5. Campanhas que desenvolve a) Segurança • PCA – Programa de Conservação Auditiva; • SIPAT – semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho; b) Saúde • Ginástica Laboral; • Condicionamento Físico; • Tabagismo; • Prevenção a Diabetes; • Prevenção ao Câncer; • Dependência Química; c) Comunitários • Caminhada Saudável; • Minha Pipa esta no ar; • Passeio Ciclístico; • Feira de Qualidade de Vida; • Escola de Xadrez; • Coral Jovem; • Artesanato. d) Gerenciamento situacional • Ambiente flexível, permanente troca de informações entre corpo funcional e gerencial. e) Principais Clientes • Todas as Diretorias da Empresa: Geral, Técnica, Administrativa, Jurídica, Coordenação, e Financeira.
  • 25. f) Fornecedores externos • Consultores Técnicos, contratados para assuntos específicos, empresas distribuidoras e/ou fabricantes de equipamentos de proteção individual. g) Investimento com Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva • US$ 125.000 (anual) h) Projetos em Andamentos: • Implantação de um Sistema Integrado de Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional do Trabalhador. • Análise Ergonômica de Postos de Trabalho; 1.2 Origem do Trabalho Embora em constante modernização dos conceitos, a Teoria Geral da Administração aborda ainda timidamente a valoração e priorização das questões ambiental e da saúde e segurança no trabalho. Considerar tais fatores no planejamento estratégico da empresa, dentro de um Sistema Integrado de Gestão, também está longe de ser comum na prática das organizações. Só recentemente, com a publicação das normas série ISO 14000 e BS 8800/OHSAS 18001, e com a crescente conscientização da sociedade, centenas de empresas em todo o mundo estão descobrindo que os seus Sistemas de Gestão da Qualidade podem incorporar as importantes questões relativas a Gestão de Segurança e Higiene do Trabalho (SHT). Um bom argumento para que as empresas integrem os processos de Qualidade e de Segurança e Higiene no Trabalho como nova e importante ferramenta no planejamento da organização, é o efeito positivo que a implantação de um Sistema Integrado de Gestão (SIG), pode ter sobre a sua performance. Esse tema será efetivamente estudado neste trabalho, com a finalidade de verificar e sugerir sua aplicabilidade e exeqüibilidade na organização. Tendo em conta que o tema é relativamente novo e desafiante, este trabalho trata-se de um estudo que demonstre a viabilidade para a implantação o referido sistema na ITAIPU Binacional e para isso pretendemos, identificar e levantar as
  • 26. dificuldades enfrentadas para a adoção e implantação de tais práticas modernas de gestão. Como efeito prático e reflexo, pretende-se também produzir uma visão que possa ser voluntariamente conhecida pela empresa, propiciando um norte para que a mesma busque uma nova postura e cultura administrativa, enfatizando a importância da gestão integrada, introduzindo a visão sistêmica na leitura de seu planejamento estratégico. 1.3 Objetivo Geral O objetivo geral deste trabalho consiste em avaliar de uma forma global as necessidades para a implantação de um sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional na ITAIPU Binacional. 1.4 Objetivos Específicos Em termos específicos, esta pesquisa espera alcançar os seguintes resultados: • diagnosticar o estágio atual do conhecimento, compreensão e aplicação das práticas adotada na área de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, preconizadas pelas Normas BS 8800 e OHSAS 18001; • identificar os “requisitos exeqüíveis” de um Sistema Integrado de Gestão para o porte da empresa; 1.5 Limitações do Trabalho Considerando-se o tema do trabalho, as características dos procedimentos e pelos objetivos a serem buscados, bem como as condições em que esta se realizará, este trabalho será elaborado na forma analítica, tendo em vista o envolvimento direto do elaborador do trabalho na gestão da empresa pesquisada, no início do desenvolvimento do projeto uma pesquisa de campo (anexo) foi
  • 27. desenvolvida. A sua delimitação e campo de observação serão marcados pela singularidade da própria empresa estudada, estabelecendo suas fronteiras no ambiente interno da referida organização, universos de clientes, e, partes interessadas. Serão observadas e diagnosticadas as suas práticas atuais e procedimentos, relativamente à aplicação das técnicas de segurança e higiene no trabalho, preconizadas pelas Normas BSS 8800 e OHSAS 18001 respectivamente. 1.6 Justificativa do Trabalho A decisão da escolha do tema para a execução do trabalho se baseia nos seguintes benefícios: • Redução de custos de implantação, certificação, auditoria, documentação e manutenção dos sistemas; • Redução de acidentes, custos demandas judiciais trabalhistas e cíveis; • Racionalização, desenvolvimento e unificação da documentação; • Melhoria contínua em termos a qualidade, meio ambiente, segurança e saúde ocupacional; • Melhoria da imagem pública da empresa; • Melhoria da satisfação dos clientes internos e externos; • Fator diferencial de competitividade e de benchmarking; • Melhoria do desempenho e do ambiente organizacional; • Aproveitamento da infra-estrutura, pessoal, recursos e técnicas disponíveis nas áreas da qualidade, meio ambiente, segurança e saúde ocupacional; • Otimização empresarial; • Melhoria para empresa, funcionários e comunidade; • Atuação responsável da empresa com as partes interessadas (públicos interno e externo); • Comprometimento da alta direção para iniciar o processo de implantação; • Fator de investimento empresarial; • Evitar um acidente de trabalho grave ou acidente ambiental de grandes proporções;
  • 28. • Fator experiência das pessoas que trabalham nas áreas da qualidade, meio ambiente, segurança e saúde ocupacional; • Disponibilizar e otimizar os recursos dos sistemas e das áreas da qualidades, meio ambiente, segurança e saúde ocupacional na empresa prestadora de serviço; • Atividades e procedimentos afins; • Credibilidade e confiabilidade da empresa; Busca contínua da inovação e da sobrevivência empresarial. É importante salientar que, se temos hoje no Brasil pouco mais de sete mil empresas certificadas pela ISO 9000, não passam de duas centenas as certificadas pela ISO 14001. Menos numerosas ainda são aquelas que possuem hoje um sistema integrado de gestão. Tal prática se restringe ainda às grandes corporações, tais como PETROBRÁS, 3M, COPESUL, REFAP, FURNAS e outras, que marcam a vanguarda no país no que se refere a processo de gestão de negócios, nas empresas do setor elétrico não é diferente, poucas são as que possuem ou estão em fase de implantação de sistemas integrados, como CEMIG, CESP, ELETROPAULO. O desafio, neste caso, consiste em avaliar a distância, mesmo que subjetiva, entre a teoria e a sua consolidação, observando as dificuldades enfrentadas pelo setor elétrico brasileiro em adora tais ensinamentos. Este trabalho não pretende ser pioneiro, mas certamente, pode e deve provocar a discussão sobre a eficácia e aplicabilidade de modelos de gestão de Segurança do Trabalho, que via de regra, são formatados para atender os interesses das grandes corporações e porque não dizer um interesse da própria ITAIPU. No campo da apreciação objetiva, representa ainda uma excelente oportunidade de experimento e confrontação: de um lado a limitação de recursos – sejam financeiros, humanos e/ou logísticos - a informalidade e o empirismo, de outro a padronização de processos, a formalização dos procedimentos, a mobilização contínua e a postura pró-ativa na busca da melhoria. No caso dos recursos financeiros a ITAIPU teria uma economia significativa, pois se a mesma utilizar de recursos de capacitação de sua própria equipe os custos girariam em torno de US$ 50.000,00 (cinqüenta mil dólares) 0,5% do investimento orçado por uma empresa especializada no assunto. O prazo de implantação e os procedimentos são os mesmos, pois as etapas a
  • 29. nível de implantação é uma tarefa ardual, pois requer uma mudança de mentalidade em todos os níveis da organização. 1.7 Metodologia A metodologia utilizada caracteriza a pesquisa e a empresa pesquisada. A aplicação prática da metodologia, com descrição e detalhamento da estrutura organizacional e do seu macroprocesso. São efetuados e analisados os levantamentos, com a coleta dos dados e respectiva interpretação e análise. Após esses passos, procede-se a uma conclusão sobre os resultados obtidos, sempre focalizados no contexto da organização estudada. 1.8 Estrutura do Trabalho A estrutura do trabalho está definida de modo que seja evidenciada uma problemática objeto do estudo, destacando as múltiplas variáveis que influenciam o desempenho e a sustentabilidade da organização. Apresenta-se também a origem do trabalho, sua importância, objetivos, e limitações. A origem e conceituação de sistemas, bem como os modelos. Detalha-se a evolução dos modelos de sistemas de gestão da qualidade, meio ambiente e saúde e segurança. Procuramos destacar os conceitos de gestão consolidados, evoluindo para os entendimentos mais recentes sobre sistemas ligados a Segurança do Trabalho. Devido o curto período de tempo, limitamos aos aspectos ligados a algumas experiências empresariais na implementação do SMS, desta forma iremos ater aos aspectos globais da própria Empresa estudada.
  • 30. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Origem e Constituição do Sistema Na década de 1950 o biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy elaborou uma teoria que previa o caráter interdisciplinar dos problemas. Essa teoria foi denominada Teoria Geral de Sistemas (TGS). Ela demonstra o isomorfismo das ciências, eliminando as lacunas entre elas. Chiavenatto (2000, p.495) ao escrever sobre a abordagem sistêmica, registra: “(...) todo fenômeno é parte de um fenômeno maior. O desempenho de um sistema depende de como ele se relaciona com o todo maior que o envolve e do qual faz parte”. Ainda CHIAVENATTO (1999, p.740), conceitua que: “a palavra sistema denota um conjunto de elementos interdependentes, cujo resultado final é maior do que a soma dos resultados que esses elementos teriam caso operassem de maneira isolada”. Para esse autor, para garantir sua sobrevivência, os sistemas devem reajustar-se constantemente às condições do meio, numa interação recíproca. Sua estrutura é otimizada quando o conjunto de elementos do sistema se organiza, através de uma operação adaptativa. A adaptabilidade deve ser um contínuo processo de aprendizagem e auto-organização. A dinâmica de um sistema aberto pode ser visualizada na Figura 2, a seguir: Figura 2 - Modelo genérico de sistema aberto Chiavenato (1999). Adaptado para este trabalho. O conceito de sistema aberto apesar de complexo é perfeitamente aplicável, mesmo tornando-se necessário o conhecimento de algumas características dos sistemas – propósito, globalismo, entropia e homeostasia – bem como dos tipos AmbienteAmbiente Informação Energia Recursos Materiais Entrada Transformação ou processamento Informação Energia Recursos Materiais Saídas Retroação
  • 31. possíveis de parâmetros dos sistemas – entrada, saída, processo, saída, retroação e ambiente. A organização é um sistema criado pelo homem e mantém uma dinâmica interação com o seu meio ambiente, sejam clientes, fornecedores, concorrentes, entidades sindicais, órgãos governamentais e outros agentes externos. Influi sobre o ambiente e dele recebe influencia. Além disso, é um sistema integrado por diversas partes ou unidades relacionadas entre si, que devem trabalhar em harmonia, com a finalidade de alcançar uma série de objetivos, tanto da organização como de seus participantes. 2.2 Sistema de Gestão da Qualidade Este Grupo de assunto tratará das considerações gerais sobre SGQ e das experiências empresariais (ramo de atividades – refrigerantes, de geração de energia elétrica, fabricante de equipamentos médicos e indústrias agroalimentares) na implantação do SGQ. 2.2.1 Considerações gerais sobre SGQ De acordo com a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas (2000) na ISO 9000 versão 2000, o sistema de gestão da qualidade é definido como um “sistema de gestão para dirigir e controlar uma organização, no que diz respeito à qualidade”. MARQUES (2000) comenta que existem quatro premissas verdadeiras detectadas em estudos em 100.000 empresas mundiais: • A implantação, desenvolvimento e manutenção do SGQ proporciona níveis cada vez mais altos de excelência empresarial; • SGQ visa como foco ilimitado a satisfação dos clientes. Processo de implantação do SGQ depende dos seguintes fatores: • Esforço permanente das pessoas; • Comprometimento de todos os funcionários; • Valorização do desejo do cliente; • Delegação de competência e habilidades, visando sugestões e melhorias; • Todo trabalho por menor que seja, colabora como um todo e obedece a um processo de melhoria contínua.
  • 32. Por sua vez, GODFREY (2000) destaca que as tendências para a administração da qualidade moderna são as seguintes: • Divulgação dos conceitos da administração da qualidade, métodos e ferramentas abrangendo todas as empresas; • Implantação de melhorias da qualidade a níveis progressistas dentro da empresa; • Participação ativa dos parceiros das empresas nas questões de melhorias, planejamento e controle da qualidade; • Realização de investimento em educação e treinamento para todos os funcionários da empresa, parceiros e clientes; • Utilização de times de trabalho com poder de decisão e de controle da administração da qualidade; • Utilização de sistema de informação e análise para a qualidade como uma ferramenta decisiva na infra-estrutura para o gerenciamento da qualidade; • Utilização da área de engenharia de processos da empresa, visando desenvolver novos produtos e lançar os mesmos no mercado consumidor; • As empresas devem enfocar o cliente como prioridade na administração da qualidade, fazendo com que o cliente seja o centro das atenções de tudo que as empresas fazem, tentando superar todas as expectativas do cliente; • Utilização de benchmarking visando melhorar a administração da qualidade nas empresas; • Implantação da administração da qualidade de maneira estratégica com planejamento adequado. Segundo ROBUSTELLI (2000) as maiores tendências futuras para organizações são as seguintes: • Estabelecimento de sistemas da qualidade com envolvimento e eficácia; • Elevada participação e abrangência das equipes de atendimento a clientes, exigindo o desenvolvimento e investimento das equipes em treinamentos, desempenhos e tecnologias; • Enfoque contínuo na satisfação dos clientes com os produtos e serviços atuais e futuros.
  • 33. Num processo de melhoria contínua o Ciclo do PDCA (Ciclo de Shewhart ou Ciclo de Deming) prevê a melhoria contínua do sistema, através das seguintes fases conforme a Figura 3. Figura 3 - Ciclo SGQ. No SGQ é possível observar que existem alguns pontos importantes: • Cliente deve estar sempre em 1º lugar; • SGQ proporciona que as organizações desenvolvam um processo de melhoria contínua; • Treinamento com funcionários e clientes é um investimento e não simplesmente uma despesa feita pelas empresas; • SGQ deve ser utilizado pelas organizações como um fator diferenciado de excelência empresarial e de benchmarking. 2.2.2 Experiências empresariais na implantação do SGQ Em um estudo realizado sobre a implantação de um SGQ numa empresa de refrigerantes do Rio Grande do Sul, apresentou as seguintes características: • Implantação do sistema num único sentido, isto é, de cima (diretoria) para baixo (chão de fábrica) – 1º erro organizacional; • Pressa da diretoria da empresa em obter resultados imediatos – 2º erro organizacional; CLIENTE Realização do produto Produto Gestão de recursos Medição análise e melhoria Responsabilidade da administração Melhoria contínua do sistema de gestão da qualidade CLIENTE Entrada Saída Legenda: agregação de valor inform ação Requisitos Satisfação
  • 34. Os erros detectados na implantação do SGQ ocasionaram uma reversão no processo de gestão, proporcionando o surgimento de equipes espontâneas que começaram a inverter o processo de implantação, ou seja, o sentido passou de baixo (chão de fábrica) para cima (diretoria). O SGQ implantado na empresa Furnas Centrais Elétricas S. A. (RJ/2000) apresentou os seguintes fatores: • Comprometimento de todos os empregados através de um programa de conscientização permanente; • Metodologia padronizada baseada nos critérios de excelência da Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade; • Acompanhamento sistematizado das ações através do monitoramento (Plano Anual da Qualidade), visando a melhoria contínua do sistema. Em pesquisa realizada na RESPIRONICS (USA) identificou importantes princípios da qualidade: • Processo de melhoria contínua para os funcionários e a empresa; • Monitoramento da satisfação dos clientes; • Os funcionários foram considerados como clientes da empresa; • Participação dos funcionários com o surgimento de oportunidades de melhorias; • Discussão e colaboração com o processo de planejamento estratégico. Através de pesquisa exploratória realizada em 34 empresas integrantes da indústria agroalimentar de bebidas, biscoitos, chocolate, carne bovina, conservas de tomates e laticínios, foram constatados os seguintes fatores da gestão da qualidade: • Preocupação constante com a segurança alimentar dentro da rede agroalimentar; • Preocupação direcionada basicamente para o controle, inspeção e padronização de matérias-primas, produtos e processos; • Promoção de treinamentos visando a formação, habilitação e desenvolvimento dos funcionários; • Pequena divulgação das ferramentas utilizadas na gestão da qualidade; • Grande disseminação das técnicas de pesquisa de mercado.
  • 35. • Na implementação do SGQ numa empresa é possível observar alguns fatores relevantes: • É muito importante o envolvimento e participação de todos os funcionários da organização na implantação, desenvolvimento e manutenção do SGQ; • Estabelecer um plano de ações visando o cumprimento das melhorias a serem incrementadas no SGQ, isto é, ter um controle sistemático das atividades da qualidade dentro da organização; • Planejar adequadamente quando e como implantar o SGQ. 2.3 Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional Este grupo de assunto tratará dos aspectos gerais do SGO, das considerações técnicas da experiência empresarial (ramo de atividades – alumínio, alumina, transporte de ferro e aço e distribuição de energia elétrica) na implantação do SGO. 2.3.1 Aspectos gerais sobre SGO De acordo com a CESG (2000, p. 21), o Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional é conceituado como: • Aquela parte do sistema de gestão global que inclui a estrutura organizacional, as atividades de planejamento, as responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, atualizar e manter uma política da Segurança e Saúde Ocupacional, e, deste modo gerenciar os riscos da Segurança e Saúde Ocupacional associados aos negócios da organização. Segundo DIAS e CURADO (1996) um obstáculo relevante para as companhias de construção para atingir a excelência na gestão de segurança do trabalho está centrado na mudança de cultura das organizações. Por sua vez, LAPA (2001) considera a gestão de segurança e saúde, através da garantia da integridade física e da saúde dos funcionários, como fator de desempenho que deve ser incorporado à gestão do negócio empresarial.
  • 36. De acordo com estudos da APAU (1992) existem diversos fatores pelos quais justifica uma empresa ter um sistema de gestão da segurança e saúde: • Redução dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais; • Redução de custos com acidentes e doenças profissionais; • Maior rigor no cumprimento da legislação de segurança e saúde; • Melhoria das condições nos ambientes de trabalho; • Melhoria das relações trabalhistas; • Melhoria da qualidade e produtividade; • Melhoria da imagem pública da empresa. A APAU (1992) destaca ainda as limitações de um sistema de gestão da segurança e saúde: • Investigação de acidentes e incidentes de forma detalhada; • Auditoria eficaz de segurança e saúde. Por sua vez, FATURETO (2000) considera os seguintes fatores para a implantação da gestão da segurança e saúde visando a sobrevivência empresarial: • Realização de diagnóstico (auditoria) da situação da segurança e saúde na empresa; • Estabelecimento de uma política de segurança e saúde; • Realização uma análise de custo-benefício em segurança e saúde; • Adoção de um programa de prevenção e controle de perdas como instrumento de gestão da melhoria contínua; • Adoção de maneira permanente programas de prevenção regulamentados pelo Ministério do Trabalho, como, por exemplo, Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional; • Análise custo benefício em segurança e saúde do trabalho. FATURETO (2000) destaca ainda, entre outros, os seguintes benefícios esperados com a implantação do modelo de gestão da segurança: • Redução nas perdas e custos de produção, sem afetar lucros; • Aperfeiçoamento da gerência de riscos;
  • 37. • Melhoria da imagem pública da empresa; • Melhoria da motivação dos empregados; • Melhoria das condições de segurança e saúde; • Introdução de sistemática de técnicas de análise de acidentes, • Incidentes danos nas propriedades e perdas no processo industrial; • Valorização da implantação do sistema de gestão e saúde; • Melhoria da qualidade e produtividade; • Implantação de procedimentos operacionais padrão e de práticas seguras de prevenção no trabalho. BARREIROS (2000), destaca que os grandes acidentes, como por exemplo, os ocorridos em Seveso (1978), Bophal (1984) e Chernobyl (1986), obrigou as empresas a se preocuparem no aperfeiçoamento da gestão da segurança e saúde, de modo que as investigações fossem mais transparentes em suas ações prevencionistas e comunicando as partes interessadas. Segundo BARREIROS (2000) comenta ainda que existem 03 elementos para a manutenção de um sistema de segurança e saúde, visando a melhoria contínua das organizações: • Estabelecimento de uma filosofia organizacional de compromisso e comprometimento da alta direção com o sistema de gestão da segurança e saúde; • Criação de uma sistemática de participação, responsabilidade dos empregados e gestores; Incorporação do sistema de gestão da segurança e saúde à cultura organizacional. 2.3.2 Experiências empresariais na implantação do SGO Segundo PIZA (2001) o sistema de gestão de segurança e saúde desenvolvida na Albras Alumínio Brasileiro S. A. (PA) apresenta os seguintes
  • 38. parâmetros: • Sistema de gestão está sustentado em: liderança, processos, tecnologia e pessoas; • Os princípios estão focados na prevenção de acidentes, responsabilidade gerencial pelo sistema de gestão e integração de todos os funcionários com as gerências e vice-versa; • Os indicadores estatísticos de desempenho são: taxas de freqüência de acidentes com danos pessoais graves e com danos materiais graves; • Existência de um comitê de segurança e saúde e de um grupo setorial de segurança do trabalho; • Programa de risco zero de acidentes. De acordo com PIZA (2001), o sistema de gestão de segurança e saúde desenvolvida na Alunorte – Alumina do Norte do Brasil S. A. (PA) apresenta as seguintes características: • O sistema de gestão está alicerçado em: planejamento, realização, auditoria e correção; • Os princípios também estão direcionados na prevenção de acidentes, responsabilidade gerencial pelo sistema de gestão e integração de todos os funcionários com as gerências e vice-versa; Os indicadores desempenho são: • Reativas - taxas de freqüência de acidentes com danos pessoais e materiais; • Pró-ativos – análise de quase acidentes, análise de riscos de acidentes, relatório de anomalias de segurança, diálogos diários de segurança, eliminação de condições inseguras e reuniões mensais de segurança do trabalho; • Análise crítica do sistema de gestão. • Existência de um comitê de segurança e saúde e de um grupo de facilitadores de segurança do trabalho; • Programa de análise de riscos.
  • 39. Segundo ALVES (2001), a Rios Unidos Transporte de Ferro e Aço Ltda (SP), implantou um sistema de gestão da segurança e saúde considerando os seguintes parâmetros: • Elaboração e divulgação do manual de segurança e saúde; • Criação e divulgação das instruções de segurança (em nº de 17); • Treinamento de funcionários – palestras, reuniões, cursos, concursos, programas, etc; • Divulgação da política de segurança da empresa; • Auditorias d e segurança do trabalho; • Utilização do método de Árvore de Causas; • Programa Zero Acidente; • Orientações prevencionistas através de palestras e campanhas para os motoristas que trabalham fora da empresa; • Emprego dos coeficientes de freqüência e de gravidade referenciados pela Organização Internacional do Trabalho; • Sistema de gestão da segurança e saúde foi fundamentado a partir das experiências de implantação do sistema de gestão da qualidade; • A empresa considera o sistema de gestão da segurança e saúde como um fator de investimento e não um custo. A RGE (2000) que desenvolve atividades na área de energia elétrica no Rio Grande do Sul possui um sistema de gestão de segurança e controle de perdas, que utiliza os seguintes indicadores de controle: • Liderança e administração – Política de segurança e saúde; • Treinamento de gerentes e lideranças em controle de perdas; • Controle de inspeções gerais planejadas e manutenção; • Análise e procedimento de tarefas críticas – Tarefas perigosas; • Investigação de acidentes e incidentes – Causas; • Observação de tarefas – Comparação com o procedimento correto descrito; • Preparação de emergências – Contingência para atendimento a emergências; • Regras e permissão de trabalhos –Trabalhos especiais (pessoal
  • 40. qualificado e treinado); • Análise de acidentes e incidentes – Causas mais freqüentes (medidas preventivas); • Treinamento de conhecimentos e habilidades – Controle e necessidade de treinamento dos funcionários; • Equipamento de proteção individual – Gerenciamento do processo de uso dos equipamentos; • Controle de saúde e higiene – Gerenciamento dos riscos à saúde dos funcionários; • Avaliação do sistema – Padrões desejados e ações a serem tomadas; • Gerenciamento de engenharia e mudanças – Revisão dos procedimentos adotados; • Comunicações pessoais – Técnicas de comunicação pessoal (expressão oral); • Comunicações em grupo – Reuniões periódicas; • Promoção geral – Quadros de avisos de controle de perdas, estatísticas de acidentes/incidentes, ordem e limpeza, prêmios de reconhecimento individual e coletivo, etc. • Contratação e colocação – Requisitos físicos e de saúde e exames médicos; • Administração de materiais e serviços - Aspectos de segurança; • Segurança fora do trabalho – Orientações prevencionistas. Na implantação do SGO numa empresa é possível destacar alguns aspectos importantes: • Estabelecimento de um SGO propicia a identificação e o gerenciamento adequado dos riscos de segurança e saúde ocupacional; • A implementação do SGO torna possível que se atinja o máximo de segurança dentro da organização, gerando em conseqüência uma maior qualidade e produtividade dos empregados e dos processos fabris; • Melhoria da imagem pública da organização com a redução ou eliminação de acidentes do trabalho perante a comunidade, imprensa e governo.
  • 41. 2.4 Sistema de Gestão de Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional Este grupo de assunto tratará dos aspectos gerais sobre Sistema de Gestão de Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional e das experiências empresariais (ramo de atividades – alumínio e petróleo) na implantação do Sistema de Gestão de Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional. 2.5 Sistema Integrado de Gestão Este grupo de assunto tratará das generalidades sobre SIG e das experiências empresariais (ramo de atividades – petróleo, geração de energia elétrica, petroquímica, químico, industrial, mineração e têxtil) na implantação do SIG. 2.5.1 Generalidades sobre SIG RODRIGUES (2000) considera que um SIG deve seguir algumas características: • Centralização de recursos no fator humano da empresa; • Preferência de promoção da saúde e segurança do empregado; • As influências sobre o ser humano são através de ferramentas e recursos (hardware), software; pessoas e ambiente meio. Segundo CASTRO (2000) considera que na implantação de um SIG numa empresa existe como fator primordial, a determinação de uma estrutura para geração de conhecimento organizacional, que se expressa através do conhecimento explicito que está presente nos processos de: • Documentação e divulgação da política, objetivos e metas; • Elaboração e revisão de documentos. De acordo com DE CICCO (2000a) o SIG apresenta os seguintes benefícios: • Diminuição de custos com a implantação, evolução e manutenção de um sistema de gestão único e integrado em vez de 03 sistemas de gestão distintos;
  • 42. • Utilização de procedimentos integrados para os processos de planejamento, treinamento, documentação, análises críticas, auditorias internas, etc; • Participação e comprometimento dos empregados com um único sistema de gestão do que com 03 sistemas distintos; Sistematização e vinculação de programas legais e corporativos com um único sistema de gestão. Por sua vez, CURADO e DIAS (1995) comentam a disposição no Reino Unido para a geração de sistemas integrados de gestão, abrangendo os sistemas de gestão da qualidade, meio ambiente e segurança, aproveitando as semelhanças (paralelismo) e ações simultâneas (sinergia) da gestão integrada. Segundo CASTRO (2000) considera que na implantação de um SIG numa empresa existe como fator primordial, a determinação de uma estrutura para geração de conhecimento organizacional, que se expressa através do conhecimento explicito que está presente nos processos de: • Documentação e divulgação da política, objetivos e metas; • Elaboração e revisão de documentos. De acordo com DE CICCO (2000a) o SIG apresenta os seguintes benefícios: • Diminuição de custos com a implantação, evolução e manutenção de um sistema de gestão único e integrado em vez de 03 sistemas de gestão distintos; • Utilização de procedimentos integrados para os processos de planejamento, treinamento, documentação, análises críticas, auditorias internas, etc; • Participação e comprometimento dos empregados com um único sistema de gestão do que com 03 sistemas distintos; • Sistematização e vinculação de programas legais e corporativos com um único sistema de gestão. De acordo com CARVALHO (2000) o fator primordial para a integração dos sistemas de gestão é o alinhamento dos processos, metodologias e prática em relação aos elementos que compõem os sistemas da qualidade, meio ambiente e de
  • 43. saúde e segurança que participarão da integração. CARVALHO (2000) considera ainda que a empresa para garantir o alinhamento dos sistemas de gestão deve considerar os seguintes aspectos: • Estimular o comprometimento e a liderança; • Promover o planejamento e a implementação; • Proporcionar a demonstração e a retribuição; • Dispor, adequar e sistematizar os recursos necessários; • Procurar, alcançar e divulgar certificações do sistema integrado. • Qualidade ampla (produto, ambiente e condições de trabalho). BARRETT e CURADO (1996) defendem o processo de aproximação das áreas da qualidade, meio ambiente e de segurança e saúde, devido às exigências que são impostas a essas áreas. A seguir os Quadros abaixo mostram, respectivamente, a relação entre os elementos gestão da qualidade, meio ambiente e segurança e saúde entre si e a relação com as classes de custos. Quadro 1 - Qualidade, Segurança e Saúde Nº QUALIDADE SEGURANÇA E SAÚDE 1 Identificação sistemática das necessidades dos clientes existentes e potenciais Pesquisa e demandas de Segurança e saúde das partes interessadas 2 Identificação, acesso, avaliação e controle de requisitos extrínsecos para o ciclo de vida do negócio. Identificação, acesso, avaliação e controle de Legislação da segurança e Saúde e de outros regulamentos e acordos subscritos. 3 Planejamento estratégico Análise crítica inicial, identificação de fontes de perigos e análise de risco, 4 Política da qualidade. Política de segurança e Saúde. 5 Definição e gestão de indicadores de desempenho da qualidade. Definição e gestão de indicadores de desempenho 6 Estabelecimentos de objetivos e metas da qualidade. Estabelecimentos de objetivos e metas de segurança e saúde. 7 Planejamento do ciclo de vida e gestão de contatos e do projeto e desenvolvimento do produto e serviço. Arranjos gerenciais e programas de segurança e saúde. 8 Controle operacional: Aquisição, produtos e serviços de terceiros, processos e manutenção, manuseio, embalagem, armazenamento, preservação, expedição, instalação e serviços pós – venda. Controle operacional dos perigos e riscos para a segurança e saúde.
  • 44. 9 Segurança do produto e serviço e responsabilidade civil pelo fato destes. Arranjos para a prontidão e resposta a situações de emergência para a segurança e saúde. 10 Confirmação metrologia, medição, monitoração, inspeção e ensaios e identificação da situação da qualidade. Confirmação metrologia, medição, monitoração, inspeção e ensaios da segurança e saúde. 12 Tratamento de não conformes e de reclamações de clientes Planos de contingência. Medidas reativas em face de acidentes, incidentes e reclamações de segurança e saúde. Planos de contingência. 13 Melhoria incremental: ações corretivas e preventivas. Programas da qualidade voltados para a melhoria contínua de processos, produtos e serviços. Melhoria incremental: ações corretivas e preventivas. Médias pró-ativas para prevenção de injúrias, doenças e danos à Propriedade 14 Melhoria radical: acesso tecnológico, benchmarking e equipes multifuncionais de inovação da qualidade de processos, produtos e serviços. Melhoria radical: acesso tecnológico, benchmarking e equipes multifuncionais de inovação de meios de proteção da propriedade e da integridade física e saúde das pessoas. 15 Pesquisa e satisfação dos clientes. Comunicação sistemática com todas as partes interessadas. 16 Economia e custos da qualidade. Gestão de recursos. Economia e custeio da segurança e saúde. Gestão de recursos. 17 Educação, treinamento e capacitação para a qualidade. Educação, treinamento e capacitação para a segurança e saúde. 18 Conscientização e compromisso com a qualidade. Conscientização e compromisso com a segurança e saúde. 19 Técnicas estatísticas e ferramentas de planejamento e de análises gerenciais e operacionais. Técnicas estatísticas e ferramentas de planejamento e de análises gerenciais e operacionais. 20 Aprendizado, avaliação e orientação sobre a excelência do desempenho pessoal e comunitário. Aprendizado, avaliação e orientação sobre a excelência do desempenho pessoal e comunitário. 21 Gestão da informação: preparação e controle de procedimentos e registros e registros da qualidade. Gestão da configuração Gestão da informação: preparação e controle de procedimentos e registros e registros da segurança e saúde. 22 Auditorias do sistema de gestão da qualidade. Auditorias do sistema de gestão da segurança e saúde. 23 Liderança e exemplo da gestão superior: análise crítica regular e reafirmação do compromisso com a qualidade Liderança e exemplo da gestão superior: análise crítica regular e reafirmação do compromisso com a segurança e saúde. Fonte: VIEIRA, CHRISTO e CARVALHO (1996).
  • 45. Quadro 2 - Classe do Custo, Qualidade, Segurança e Saúde CLASSE DO CUSTO QUALIDADE SEGURANÇA E SAÚDE Custos de Prevenção Aqueles atribuíveis ao planejamento para identificar necessidades e expectativas de mercado, bem como prevenir falhas e outras não conformidades. Aqueles atribuíveis ao planejamento para identificar aspectos ambientais e para prevenir, reduzir, eliminar ou reduzir riscos e outras situações indesejáveis à segurança e à saúde, bem como ao processo de melhoria contínua da segurança e saúde. Custos de Avaliação e Controle Aqueles atribuíveis a todo o tipo de monitoramento e medição para avaliar e controlar a qualidade de produtos e serviços por todo o ciclo de vida. Aqueles atribuíveis a todo o tipo de monitoramento e medição para avaliar e controlar da segurança e saúde, bem como para assegurar proteção contra riscos identificados. Custos de Perdas Aqueles atribuíveis a todo o tipo de falhas e não conformidades, tanto de natureza interna como externa. Aqueles atribuíveis a todo o tipo de conseqüências materiais e humanas, decorrentes de acidentes, de incidentes e de situações de emergência. Fonte: VIEIRA, CHRISTO e CARVALHO (1996). Segundo VIEIRA, CHRISTO e CARVALHO (1996) o QUADRO 1 apresenta para cada elemento, uma semelhante correspondência de exigências indispensáveis, sem se restringir a escopos de normas; e o QUADRO 2 evidencia um direcionamento para a integração dos sistemas de gestão da qualidade, meio ambiente, segurança e saúde ocupacional, fundamentada nas classes de custos de prevenção, de avaliação e controle e de perdas. Correspondência entre as Normas ISO 9001 e BS 8800 . Quadro 3 - ISSO 9001 e BS 8800 ISO 9001 BS 8800 4.14 Ações Corretivas e Preventiva 4.4.2 Ações Corretivas 4.3.7 Prontidão e Resposta a Emergências. 4.15 Manuseio, Armazenamento, Embalagem, Preservação e Entrega. 4.3.6 Controle Operacional 4.16 Controle de Registros da Qualidade 4.4.3 Registros
  • 46. 4.17 Auditorias Internas da Qualidade 4.4.4 Auditoria 4.18 Treinamento 4.3.2 Treinamento, Conscientização e Competências. 4.19 Serviços Associados 4.3.6 Controle Operacional 4.3.3 Comunicação. Fonte: DE CICCO (2000a). Segundo DE CICCO (2000a) o QUADRO 3 demonstra a relação mútua existente entre as normas ISO 9001 e BS 8800 e destaca que a determinação de uma política, documentação e auditorias integradas nos sistemas da qualidade, meio ambiente, segurança e saúde ocupacional, facilita a integração da metodologia de treinamento e resulta em melhoria dos processos e redução dos custos. O QUADRO 4 a seguir mostra a vinculação entre as gestões da qualidade e segurança e saúde ocupacional. Quadro 4 - Gestão de Qualidade e Segurança e Saúde Ocupacional Causa Potencial Fato Efeito Qualidade Falha potencial Não conformidade. Perdas (exemplo: refugos, insatisfação de clientes, etc). Segurança e Saúde Ocupacional Risco/perigo, Acidentes e doenças Profissionais lesões, intoxicações. Perdas (exemplo: morte, etc). Fonte: DE CICCO (2000a).
  • 47. 3. DESENVOLVIMENTO 3.1 Análise Situacional A ITAIPU Binacional não possui nenhum tipo de sistema de gestão. Atualmente vem trabalhando nas questões relacionadas a Gestão Ambiental, Gestão de Recursos Humanos e Gestão de Marketing e Publicidade em virtude das duas novas unidades geradoras que estão sendo instaladas Gestão do Conhecimento, acredita-se na necessidade de uma política que guarde os conhecimentos adquiridos no decorrer da construção, montagem e operação da mesma. Em quaisquer instalações de trabalho sempre há algum nível de conscientização sobre SSO, ainda que a empresa não tenha estabelecido claramente a importância disso para a organização. Para uniformização da evolução desta consciência e melhorar os padrões de SSO, uma política própria precisa ser estabelecida e aplicada diariamente por todos os membros da força de trabalho, seja gerente, supervisor ou operador ou contratada. No caso de ITAIPU uma política foi estabelecida, mas esta ainda não é suficiente, pois a alta gerência não estabeleceu quando da sua implantação a política da companhia, que definiria claramente os princípios que irão governar as decisões concernentes a SSO. A política existente é a “RDE 033/1997” - Resolução da Diretoria Executiva, trata-se das Diretrizes Internas de Segurança e Saúde no Trabalho, hoje obsoleta não sofreu nenhum tipo de modificação nos últimos anos e nem é utilizada como parâmetro político para o trabalho e com isso, a gestão de SSO tende a ser colocada de lado quando as outras preocupações de negócios se tornarem prementes. É importante que esta política seja eficientemente divulgada e comunicada através da linha organizacional e que exista continuamente um processo de avaliação de alinhamento/ adesão e entendimento. No caso de ITAIPU a mesma criou uma Comissão Multidisciplinar para APR – Análise Preliminar de Risco, que tem por objetivo revisar todos os procedimentos de trabalho contidos na empresa, dando sistema existente maior eficácia no
  • 48. gerenciamento de SSO, o mesmo possui uma completa e adequada, pois utilizam uma metodologia para classificar, relatar, investigar e analisar de forma minuciosa e abrangente as perdas na forma de desvios, quase acidentes, incidentes de processo, acidentes pessoais, ambientais e materiais. O Comitê de estudos tem autonomia para conduzir o processo, o mesmo determina as causas raízes das perdas, prevenindo assim a sua recorrência. Após a análise completa e minuciosa do procedimento de trabalho o mesmo passa por um processo de divulgação e comunicação a toda equipe que desenvolve ou que tem ligação com aquele procedimento, mas o mesmo não é disseminado a todos os níveis e unidades. A importância das perdas não deve ser avaliada somente pela gravidade da conseqüência, mas sim pelo seu potencial de gravidade, efeito, severidade e freqüência. Perdas reincidentes atestam a fragilidade da administração de SSO e deveriam ser tratadas com austeridade na forma de uma imediata reavaliação do sistema, mas isso não ocorre. A operacionalização deste processo utiliza as seguintes ferramentas: • Procedimento específico para classificação, investigação, análise e divulgação de desvios, perdas reais e potenciais; • Participação efetiva nas análises e investigações; • Processo de comunicação e divulgação Processo de estabelecimento de medidas imediatas de controle de riscos. • Processo de acompanhamento das recomendações Sub-comitê de análise e investigação de desvios, perdas reais e potenciais. Os custos de um SSO são relativamente muito elevados, no caso de ITAIPU a previsão para a implantação do Sistema, gira em torno de U$ 10.000.000 (Dez milhões de Dólares Americanos), diluídos no prazo de 60 meses e a sensibilização da Direção é fundamental, ela deverá prover os recursos essenciais à implementação, controle e melhoria do Sistema de Gestão, incluindo-se recursos humanos, financeiros, qualificações específicas e tecnologia. Com responsabilidade máxima pela segurança e saúde ocupacional à alta administração da ITAIPU irá garantir que o sistema de gestão de SSO está adequadamente implementado e executado de acordo com os requisitos em todos
  • 49. os locais e esferas de operação dentro da organização. O representante indicado pela alta administração deve ter definidas funções, responsabilidades e autoridade para assegurar que os requisitos do sistema de gerenciamento de SSO sejam estabelecidos, implementados e mantidos de acordo com esta. 3.2 Elementos Básicos de um Programa de Gestão de SSO - BS 8.800 e OSHAS 18.001 A norma britânica BS 8.800 (British Standard) foi a primeira tentativa de se estabelecer uma referência normativa para implementação de um sistema de gestão de segurança, saúde e meio ambiente. Esta norma vinha sendo utilizada na implementação de um sistema de gestão de segurança, saúde visando a melhoria continua das condições do ambiente de trabalho. Os princípios desta norma estão alinhados com os conceitos e diretrizes das normas da série ISO 9.000 (Sistema da Qualidade) e série ISO 14.000 (Gestão Ambiental). A norma britânica BS 8.800, que continua válida, motivou diversas entidades normativas a elaborar em 1998 um conjunto de normas entituladas de OHSAS - Occupational, Health and Safety Management Systems, visando a realização de auditorias e a certificação de programas de gestão de segurança, saúde e meio ambiente. Foram elaboradas as seguintes normas até o momento: a) OHSAS 18.001 - Specification for OH&S Management Systems; b) OHSAS 18.002 - Guidance for OH&S Management Systems. Encontra-se em fase de elaboração e ainda sem prazo para implementação, a OHSAS 18.003 – Critéria for Auditors of OH&S Management System. A norma OHSAS 18.001 apresenta requisitos para a implementação de um sistema de gerenciamento capaz de capacitar a organização implementar o programa de melhoria continua das condições e redução dos riscos no ambiente de trabalho. O princípio básico de um sistema de gestão baseado em aspectos normativos envolve a necessidade de determinar parâmetros de avaliação que incorporem não só os aspectos operacionais, mas também, a política, o gerenciamento e o comprometimento da alta administração, com o processo de mudança e melhoria
  • 50. contínua das condições de segurança, saúde e das condições de trabalho. Este aspecto é de fundamental importância, pois na maioria das vezes, estas melhorias exigem além do comprometimento, investimentos que necessitam de planejamento no curto, médio e longo prazo para a sua execução. Este princípio, que poderíamos chamar de responsabilidade solidária, desmistifica a idéia, de que a responsabilidade única de segurança dentro de uma fábrica deve ficar a critério dos profissionais do SESMT. Com esta nova visão, que muitas empresas já vem adotando, todos dentro do processo produtivo são responsáveis no mesmo nível de importância, principalmente os gerentes e os supervisores. A administração deve identificar os riscos e orientar os trabalhadores com ações e atitudes pró-ativas, dando o exemplo a ser seguido dentro da organização, mesmo por que, não são todas as empresas que são obrigadas pela legislação a possuir em seus quadros um profissional de segurança. Um dos aspectos importantes em um sistema de gestão é monitorar e acompanhar o desempenho das ações estabelecidas pelo programa de segurança. Para isto é necessário para a definição dos indicadores e a forma de acompanhar a evolução de cada um deles e divulgar para toda a empresa os resultados objetivos, por exemplo: • Determinar a evolução dos programas de Segurança, Saúde e Meio Ambiente tem sido implementados e os objetivos atingidos; • Verificar a eficácia de controles tem sido implementados e são eficazes; • Identificar as não conformidades do sistema de gestão; • Implementar planos e controles de riscos, fornecendo re-alimentação para todas as áreas; • Fornecer informações que possam ser usadas para a análise crítica e quando necessário, melhorar os aspectos do sistema de gestão da SST; Estes objetivos visam principalmente: • Monitoramento pró-ativo e reativo; • Seleção de indicadores de desempenho; • Definir os princípios que permitam mensurar desempenho; • Estabelecer técnicas de medição; • Investigar acidentes e incidentes.
  • 51. Embora não seja o objetivo principal desta publicação aprofundar as diretrizes sob a gestão apresentados pela BS 8.800, fica aqui, uma orientação sobre a tendência moderna da administração que exige uma abordagem de forma sistemática e com o mesmo nível de importância para as questões de qualidade, segurança, saúde e meio ambiente, pois são elas que determinarão o aumento da produtividade para os empresários, diminuição do custo social para o governo e a melhoria da qualidade de vida para os trabalhadores e sociedade de uma forma geral. 3.3. Elementos do Sistema de Gestão de SSO - OHSAS 18.001 A Especificação OHSAS 18001 - Specification for Ocupational and Health Management Systems embora ainda não pertença ao sistema de normas internacional ISO, foi desenvolvida por diversas entidades normativas e empresas certificadoras internacionais para ser compatível com as normas de sistema de gestão ISO 9001 e 14001 de modo a facilitar a integração dos sistemas de qualidade, meio ambiente e saúde no trabalho. Embora a norma BS 8.800 seja mais conhecida, utilizaremos a OHSAS 18.000 como referência mais atual para identificar as evidências importantes relacionadas implementação do Programa de Higiene e Saúde Ocupacional. A Norma OHSAS 18.001 não estabelece um procedimento obrigatório para implementação; devendo ser adaptado às características e realidades de cada organização no sistema de gestão SSO encontra-se fundamentado nos seguintes aspectos: a) Planejamento • Identificação de perigos, controle de riscos e impactos. • Atendimento aos requisitos técnicos e legais; • Objetivos e metas • Programa de Gestão de SSO b) Implementação e operação • Estrutura e responsabilidade • Treinamento, conscientização e competência.
  • 52. • Consulta e comunicação • Controle de documentos e de dados • Controle operacional • Preparação e atendimento a emergências c) Verificação e ação corretiva • Monitoramento e mensuração do desempenho • Identificação e registro de acidentes, incidentes não-conformidades e ações corretivas e preventivas. • Controle dos registros • Auditoria • Análise crítica pela administração A seguir abaixo faremos uma breve discussão dos elementos estruturais de um sistema de gestão de SSO baseado na OHSAS 18.001. Sugerimos a necessidade de a consulta da OHSAS 18.002 - Guidance for OH&S Management Systems. 3.4 Análise Crítica Inicial da Situação de SSO A OHSAS 18.001 recomenda que as organizações considerem a execução de uma avaliação inicial dos dispositivos existentes para a gestão de SSO. Esta análise crítica proporciona informações que influenciam as decisões sobre o escopo, adequação e implementação do sistema integrado, provendo um ponto de partida (referência) cujos parâmetros serão avaliados durante o processo de implantação e melhoria continua. Os seguintes tópicos Relativos à gestão de SSO devem ser observados: Os requisitos da legislação aplicáveis à norma de gestão; Adequação e aplicação das práticas existentes de gestão de SSO; Acompanhamento de desempenho de SSO do setor ao qual pertence a organização; Acompanhamento dos indicadores de eficiência e eficácia.
  • 53. Epitemeniação da Política item 4.2, a norma OHSAS 18.001 estabelece que a alta gerência deve definir a política de segurança e saúde ocupacional da organização assegurando: • Adequação à natureza e intensidade dos impactos relativos às atividades, produtos e serviços; • Compromisso com a melhoria contínua das condições de trabalho; • Atender a legislação, normas técnicas e outros requisitos de SSO; • Elaboração de documentos escritos, implementados e atualizados; • Divulgação aos trabalhadores para que estejam conscientes de suas responsabilidades com a implementação dos requisitos de SSO. 3.5 Planejamento para Identificar os Perigos, Análise e Controle dos Riscos O sub-item 4.3.1 explicita que a organização deve estabelecer e manter procedimentos para identificar os perigos e implementar as medidas de controle adequadas. Este sub-item deve ser implementado utilizando-se técnicas sistemáticas de avaliação de riscos e perigos que podem incluir desde as mais simples como a Análise de Risco do Trabalho (ART), até as técnicas mais complexas de gerenciamento de risco como, por exemplo, a Análise Preliminar de Riscos (APR), HAZOP, FEMEA, entre outros. Os estudos de Identificação de Aspectos e Impactos sugeridos pela IS0.14.001 (Gestão Ambiental) também podem ser utilizados, desde que abordem aspectos específicos da proteção ao trabalhador. Muitas empresas possuem programas de gerenciamento de risco, Independentemente da técnica ou conjunto delas a serem utilizadas, o mais importante é que elas apresentem uma abordagem detalhada das operações incluindo: a) Atividades rotineiras e não rotineiras; b) Operações desenvolvidas pelos trabalhadores e contratadas e/ou que
  • 54. possam afetar visitantes e comunidade; c) Identificação das instalações e os riscos existentes. A organização deve garantir que os resultados das avaliações e as medidas de controles propostas sejam considerados nos objetivos e metas de SSO. Este planejamento deve ser documentado e mantido atualizado. A metodologia para identificar os perigos e avaliação dos riscos deve garantir: a) Identificação do conteúdo, natureza e tempo de análise com ênfase nas ações pró-ativas ao invés de reativas; b) Identificação dos riscos que precisam ser eliminados ou controlados através de sistemas de engenharia; c) Adequação e consistência das medidas de controle dos riscos com a operação; d) Informações para determinar as necessidades de treinamento e medidas de controle operacional; e) Levantamento das informações para o monitoramento das ações requeridas visando garantir a eficiência e o tempo necessário para as implementações. 3.5.1 Prevenção de perdas A prevenção de acidentes do trabalho em todo o mundo tomou um outro rumo após a instituição da chamada prevenção de perdas. Fala-se neste termo desde o final dos anos 70 e início dos anos 80, e ao contrário dos modismos comuns em administração ele recursos humanos, a prevenção de perdas veio para ficar, pois na ocasião em que foi lançada, foi capaz de dar respostas firmes e seguras para a avaliação crítica da causa básica dos acidentes, eliminando o argumento até então usado de que 90% dos acidentes do trabalho eram causados por ato inseguro dos trabalhadores; atualmente, a prevenção de perdas continua dando respostas aos desafios organizacionais atuais, situando-se como uma filosofia administrativa perfeitamente compatível com os programas atuais de qualidade total. Alguns conceitos importantes relacionados à prevenção de perdas: • Perde-se tempo quando se procura estruturar um Programa preventivo baseado na prevenção de acidentes humanos; vai-se muito mais longe se pensarem prevenir todo e qualquer tipo de perda (dano ao equipamento,
  • 55. perdas de produção, refugos e outros); uma das conseqüências naturais é a prevenção dos acidentes humanos; • A causa básica do Acidente do trabalho não é o ato inseguro do trabalhador; ao contrário, o ato inseguro (ou melhor, o ato inadequado), é, na grande maioria das vezes, uma das conseqüências de falhas no gerenciamento administrativo da área; • Mais do que isso, o ato inseguro passa a ser denominado ato inadequado; não se trata de urna pequena diferença semântica, mas uma profunda diferença na forma de pensar e administrar, pois passa-se a falar na antítese do ato inadequado, ou seja, o ato adequado, a forma correta de trabalhar; • A causa básica dos acidentes com lesão humana ou com danos materiais é a mesma: na quase totalidade dos casos, uma forma de falha administrativa; • A identificação correta das falhas administrativas envolvidas nos acidentes e perdas orientam a empresa para a adoção de instrumentos corretos de prevenção de novas perdas; • De nada adiantaria esta forma de pensar se não houvesse instrumentos: e a prevenção de perdas fornece instrumentos práticos para a empresa; estes instrumentos não são nada de panacéia, nem varinha mágica: representam trabalho sério, consciente e organizado, que resultam, sem qualquer dúvida , em reduções brilhantes no número de acidentes e perdas e na melhoria geral do resultado operacional. Esta filosofia de prevenção de perdas é simples e fácil de ser assimilada pelos dois principais níveis executantes dos instrumentos: a média gerência e a supervisão.
  • 56. 3.5.2 Os 12 valores relacionados à prevenção de perdas 1. Acidentes são eventos não programados (embora em geral possam ser previstos), em que o ser humano ou o equipamento sofrem dano devido a haver sobre eles a ação de uma forma de energia acima de seus limites de tolerância. Perda é todo e qualquer prejuízo no resultado da empresa, qualquer deterioração ou interferência no resultado esperado; 2. A principal causa das perdas é alguma forma de falha administrativa; 3. As conseqüências das falhas administrativas não são apenas acidentes humanos, mas também perdas materiais, perdas no processo, aumento do custo e quase-acidentes; 4. Deve-se trabalhar preferencialmente para que se consiga eliminar as situações de risco e os quase-acidentes; 5. A chefia é a principal responsável pela atividade de prevenção de acidentes em sua área; esta responsabilidade é inerente ao cargo de chefe (ou de gerente); 6. Para reduzir o número de acidentes e perdas, a atividade prioritária em termos de treinamento, é preparar as chefias para que elas, em seus diversos níveis, administrem melhor; 7. É inerentes ao bom processo administrativo a conscientização do trabalhador e a cobrança de sua responsabilidade profissional; 8. As normas de trabalho e práticas-padrão, para serem corretas, têm que incluir os aspectos de segurança e higiene; 9. Para toda tarefa é sempre possível determinar a prática correta (atos adequados); logo, um ato inseguro cometido é, antes de tudo, um ato inadequado; 10. A punição é um instrumento administrativo normal. 11. Há instrumentos administrativos capazes de evitar as perdas. 12. O papel da área de Segurança dentro do modelo de Prevenção de Perdas: - Assessoria às áreas - "Olho" - Consciência - Coordenação das atividades.
  • 57. 3.5.3 Os 10 instrumentos da prevenção de perdas Os principais instrumentos de prevenção de perdas são também as principais ferramentas necessárias para a qualidade, e são basicamente os seguintes: 1. Análise dos Acidentes e Perdas Ocorridos Trata-se dele investigar e analisar os eventos indesejados, procurando as causas básicas dos mesmos (as falhas administrativas), não se contentando em ficar na superficialidade da análise (ato inseguro do trabalhador) e traçando um plano de ação para que aquele tipo de acidente/perda não mais aconteça. 2. Inspeção Periódica Planejada Formal Todas as áreas da empresa devem ser vistoriadas pelo menos uma vez por mês, identificando-se o que está incorreto, principalmente no que se refere as condições do equipamento e da área; são traçadas as prioridades e as medidas corretivas são adotadas. 3. Regras de Trabalho Como dizem os modernos programas de qualidade total, não existe qualidade sem padronização. As regras de trabalho representam um conjunto de cuidados importantes (para determinada tarefa ou em determinada área), que todos elevem conhecer, saber da importância, e naturalmente, cumprir. 4. Praticas - padrão As tarefas ele alto potencial de perdas, em que muitas vezes diversas pessoas estão envolvidas, devem ser executadas segundo determinado padrão, com análise criteriosa de cada passo e estabelecendo-se com os executantes a forma correta. 5. Orientação a novos/novos na função Com isto garante-se que todas as informações necessárias sejam passadas, de forma a não Haver erros por falta de informação; e através deste "investimento de tempo no empregado novo" garante-se
  • 58. uma motivação adequada do mesmo para as atitudes corretas, necessárias no trabalho. 6. Habilitação Formal para Tarefas Críticas Todas as tarefas críticas devem ser desenvolvidas não só por pessoas capacitadas, mas, nos casos necessários, por pessoas também habilitadas. Segundo a filosofia de prevenção de perdas, a chance de erro é muito menor quando se garante que os executantes possuem além da capacidade, um documento de habilitação. Esta habilitação é cobrada nas auditorias periódicas. 7. Permissão para Trabalhos Especiais Tarefas de alto potencial de perdas ou de alto risco de acidente humano passam por um processo em que se faz um “check-list” dos pré-requisitos para que a mesma seja realizada. 8. Revisão Periódica de Regras, Práticas e Treinamentos Quando se parte da premissa de que o normal do ser humano é se esquecer, reforça-se a necessidade de se fazer a reciclagem dos treinamentos, regras e normas, segundo uma periodicidade pré- estabelecida. 9. Análise de Desempenho Uma a duas vezes por ano é fundamental que todos os trabalhadores tenham seu desempenho analisado, a partir de uma lista de itens fundamentais de desempenho daquela categoria profissional; os itens não atendidos são analisados em profundidade e gerentes e subordinados contratam todo plano de ação para a melhoria do desempenho. 10. Reuniões Periódicas da Equipe Uma vez por mês, durante duas horas, chefe e subordinados se reúnem para conversar. As reuniões servem para a troca de informações, para melhorar o grau de confiança recíproca, e para
  • 59. solucionar os conflitos inerentes a qualquer relacionamento humano. Resultam numa melhoria impressionante na atitude do trabalhador, reduzindo-se o erro humano por motivação incorreta. 3.6 Atualização dos Requisitos Legais O subitem 4.3.2 diz que cabe à organização estabelecer e manter mecanismos de acesso à legislação de SSO atualizados. Todos os envolvidos devem ser mantidos atualizados quanto aos requisitos legais. 3.7 Objetivos e Metas De acordo com o sub-item 4.3.3, a organização deve estabelecer e manter os objetivos e metas de SSO para cada nível organizacional envolvido. Ao estabelecer os objetivos, a organização deve considerar o atendimento à legislação, normas técnicas e outros requisitos: de SSO, bem como, as boas práticas operacionais. Deve ser dada atenção especial para a identificação e avaliação dos riscos ambientais alternativas de controle adequado à realidade econômica, operacional e tecnologia disponíveis no mercado. Os objetivos e metas devem ser consistentes com a política de SSO e incluir compromisso com a melhoria contínua. Programa de Gestão de SSO. Segundo o sub-item 4.3.4, (a organização deve estabelecer e manter programas) para o atendimento de seus objetivos e metas relacionados a SSO com atenção para: • Estabelecer responsabilidades individuais em todos os níveis para que o atendimento aos objetivos e metas; • Elaborar planejamento e recursos disponíveis para que objetivos e metas sejam alcançados; • Revisar periodicamente o programa de SSO de modo a corrigir e redirecionar as ações em função das possíveis mudanças nas atividades, produtos, serviços ou condições operacionais.
  • 60. 3.8 Estrutura de Responsabilidade O sub-item 4.4.1 especifica que as funções, responsabilidades e autoridades do pessoal que gerencia, desempenha e verifica atividades que tenham algum efeito sobre os riscos de SSO das atividades, instalações e processos da organização devem ser definidas, documentadas e comunicadas de forma a facilitar o gerenciamento de SSO: a) Especificação de SSO; b) Garantir que os relatórios sobre o desempenho do sistema de gerenciamento de SSO são apresentados para a alta gerência para análise crítica e como uma base para o aprimoramento e melhoria do SSO. c) Todos aqueles com responsabilidades gerenciais devem demonstrar seu comprometimento com a melhoria contínua do desempenho de SSO. 3.9 Treinamento, Conscientização e Competência. O sub-item 4.4.2 estabelece que todo o pessoal deve ser qualificado, treinado e familiarizado com as tarefas que possam impactar o desempenho de SSO. A formação educacional e profissional dos trabalhadores deve prever o repasse da experiência profissional adquiridas para trabalhadores mais experientes através de treinamentos teóricos e práticos adequados. Os treinamentos devem levar em conta os diferentes níveis de responsabilidade, habilidade e instrução e risco. A organização deve estabelecer e manter procedimentos para garantir que seus colaboradores e contratados, em cada função e nível pertinente, sejam conscientes quanto: a) Importância da conformidade com a política de SSO e procedimentos, bem como com os requisitos do sistema de gerenciamento de SSO; b) Conseqüências de SSO, reais ou potenciais, de suas atividades de trabalho e dos benefícios de SSO da melhoria do desempenho pessoal; c) Suas funções e responsabilidades em obter a conformidade com a política de SSO, com os procedimentos e com os requisitos do sistema de gerenciamento de SSO;
  • 61. d) Conseqüências potenciais do não atendimento a procedimentos operacionais específicos. Ter pessoal com treinamento adequado é uma exigência para manter as instalações e os equipamentos de processo em condições seguras de operação. Treinamento adequado é aquele que leva à melhoria de desempenho individual e das equipes. Como parte importante deste elemento deve-se considerar o processo de seleção da força de trabalho baseado em análise profissiográfica, garantindo que os empregados sejam também fisicamente aptos e mentalmente alertas para tomar decisões adequadas e seguir as práticas prescritas e reagir nas situações de emergência. Além disso, um treinamento contínuo de SSO deve ser direcionado para: • Novos funcionários; • Funcionários que vieram transferidos de uma outra unidade/organização; • Funcionários que foram transferidos para um outro setor; • Supervisão; • Funcionário antigo (treinamento de reciclagem); • Os funcionários contratados (quando apropriado); • A substituição temporária (ausência do titular, cobertura de férias etc.); • Matriz de treinamento por atividade com base no perfil profissiográfico dos colaboradores em seus postos de trabalho (ambiente, ergonomia, processo, aspectos sensoriais, cognitivos e administrativos); • Programas de treinamento atendem as necessidades reais, levando à melhoria de desempenho; • Programas e planos de re-treinamento; • Registros de treinamento são devidamente mantidos; • Instrutores são devidamente qualificados para a condução dos treinamentos; • Programas de treinamento são atendidos em sua plenitude; • Utilização de reuniões e Diálogo de Segurança como veículo de treinamento;
  • 62. 3.10 Consulta e Comunicação O sub-item 4.4.3 orienta sobre a necessidade de se ter procedimentos para garantir que as informações pertinentes de SSO são comunicadas de e para os empregados e outras partes interessadas. É necessário o envolvimento do empregado bem como os arranjos/ providências/recursos para consulta devem estar documentados e as partes interessadas informadas, bem como os empregados devem ser: a) Envolvidos no desenvolvimento e na análise crítica de políticas e procedimentos para gerenciar os riscos; b) Consultados onde existirem quaisquer mudanças que afetem a segurança e a saúde do ambiente de trabalho; c) Representados em assuntos referentes a SSO; d) Informados sobre quem é o representante de SSO dos empregados e o representante indicado pela alta administração. Assegurar confiabilidade de qualquer sistema, que é parte intrínseca da disciplina operacional. Portanto, um alto nível de comunicação facilita a administração dos sistemas de gestão de SSO. A comunicação inclui: • Desenvolver uma mensagem com o real significado que se quer expressar. • Transmitir a mensagem. • Assegurar-se de que a mensagem foi recebida e compreendida. A gerência sênior desempenha um importante papel no desenvolvimento da mensagem. A liderança transmite a mensagem e assegura-se de que ela é compreendida. Para ser completa, a comunicação precisa fluir nas duas direções: • Dos funcionários em direção à alta gerência e... • Da alta gerência em direção aos funcionários e terceiros. Utilizando as seguintes ferramentas: • Processo de comunicação formal e efetivo; • Processo formal de comunicação de análises e investigações;