1) O documento discute a importância de se desenvolver uma cosmovisão cristã ao invés de restringir o cristianismo apenas à fé pessoal e devoção.
2) Uma cosmovisão cristã envolve compreender questões filosóficas e religiosas de acordo com a perspectiva bíblica sobre a natureza da verdade, do homem, do universo e da vida.
3) Historicamente, houve visões que separavam a fé do trabalho e da vida cotidiana, mas a Reforma e o Renascimento passaram a valorizar
2. "Perdemos a cultura" e continuamos
perdendo nossos filhos. A história trágica
e repetitiva é que os jovens crentes,
criados em lares cristãos, vão para a
faculdade e abandonam a fé. Por que
este padrão é tão comum? Em grande
parte, porque eles não foram ensinados
a desenvolver uma cosmovisão bíblica.
Em vez disso, o cristianismo é restrito a
uma área especializada de crença
religiosa e devoção pessoal.
–Nancy Pearce
3. cosmovisão cristã refere-se ao conjunto das distinções filosóficas e religiosas
que caracterizam o Cristianismo em relação a questões como a natureza da
verdade, a existência do homem, o sentido do universo e da vida, os
problemas da sociedade, dentre outros.
Todos nós somos guiados por uma cosmovisão, mesmo aqueles que acham que
não tem, vivem de acordo com conjunto de valores intrínsecos. A cosmovisão
verdadeira foi criada por Deus, mas depois do pecado sugiram outras, na qual
Deus deixa de ser o centro. Lemos que existiam os filhos de Deus e os filhos do
homem, ou seja, eram cosmovisões diferentes. Isso faz toda diferencia na forma
de vê e viver a vida!
Antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração. Estejam sempre
preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança
que há em vocês.
1 Pedro 3:15
4. O credo dos apostólico
Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra.
Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi
concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria;
padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e
sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu;
está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de
vir para julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na
Santa Igreja Universal; na comunhão dos santos; na remissão
dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.
6. Teísmo
O teísta é a pessoa que acredita num Deus pessoal criador do Universo,
mas que não é parte do Universo. Isso seria mais ou menos equivalente
ao pintor e à pintura. Deus é o pintor, e sua criação é a pintura. Deus fez
a pintura, e seus atributos estão expressos nela, mas Deus não é a
pintura. As principais religiões teístas são o cristianismo, o judaísmo e o
islamismo.
7. Panteísmo
Em contraste, uma pessoa panteísta é alguém que acredita num Deus impessoal que
literalmente é o Universo. Assim, em vez de fazer a pintura, os panteístas acreditam
que Deus é a pintura. O fato é que os panteístas acreditam que é tudo o que existe:
Deus é a grama, Deus é o céu, Deus é a árvore, Deus é você, Deus sou eu etc. As
principais religiões panteístas são orientais, tais como o hinduísmo, algumas
formas de budismo e muitas formas da "Nova Era".
8. Ateísmo
Um ateu, naturalmente, é alguém que não acredita em nenhum tipo de Deus. Seguindo nossa
analogia, os ateus acreditam que aquilo que se parece com uma pintura sempre existiu e ninguém a
pintou. Os humanistas encaixam-se nessa categoria.
9. Materialismo:
é a cosmovisão que tem base na crença de
que a matéria é tudo que existe. O materialismo
crê que o homem vive em um universo fechado
de causa e efeito. Assim, tudo o que existe é
mero produto da matéria, acrescida de tempo
mais acaso. O materialismo alimenta o
cientificismo moderno, que pressupõe que a
única coisa que interessa à humanidade é aquilo
que é sujeito à verificação empírica e à
observação do homem. Portanto, o Deus cristão
nem pode entrar em suas considerações. O
evolucionismo tem tido um papel importante
na validação desse sistema de pensamento,
propondo uma origem para a vida e até para o
universo a partir da própria matéria.
10. Dualismo:
Nós a denominaremos dualismo,
que é a cosmo visão que vê a
realidade por dois prismas
distintos: sagrado e profano.
Apesar de ser aceita por muitos
cristãos, o dualismo não é uma
expressão coerente de
cosmovisão cristã- justamente por
não formar uma visão unificada do
mundo. Aqui, a fé cristã diz
respeito a áreas como oração e
valores morais; mas não tem
relação com a carreira profissional
e as artes, por exemplo.
11. O problema do dualismo
Para Agostinho (354 430 d.C.), por exemplo, a vida se dividia entre a vida
contemplativa (reflexão, meditação e oração) e vida ativa, que incluía toda sorte de
trabalhos manuais que, embora necessários, eram considerados de uma esfera
inferior.
Na Idade Média, Tomás de Aquino (1225 1274 d.C.) defendeu que a razão e o labor
humanos são importantes em si mesmos, mas careciam de uma porção da graça
divina para serem elevados a um nivel de bondade supe ior.
A partir de fins do século 15, a Europa mudou drasticamente: o Renascimento nas
artes, o Humanismo na Filosofia, o descobri mento de novas terras e culturas e a
Revolução Científica trouxeram uma nova confiança no potencial de realização da
humanidade.
12. A visão grega do trabalho
Serve apenas para roubar o tempo que
deve ser aproveitado com amizades e
prazeres;
Foi criado pela deusa da discórdia, Eris;
O labor veio da caixa de Pandora.
Segundo a mitologia grega, Pandora foi a
primeira mulher criada por Zeus. Ele lhe
deu uma caixa e a ordem para jamais
abri-la...
O trabalho é próprio dos escravos e dos
animais, não dos homens livres.
13. A visão medieval do trabalho
trabalho não tem valor em si mesmo;
Se a pessoa tem com o que se alimentar,
não precisa trabalhar. Mostre como essa
ideia está presente hoje. Muitos filhos
adultos, às vezes até com filhos, recusam-
se a trabalhar porque são sustentados
pelos pais.
Os cristãos não conseguiam enxergam a
relação que o trabalho tem com sua fé, por
que criam na separação entre o sagrado e
o profano, de modo que a fé pertence à
esfera do sagrado e o trabalho, à esfera do
profano.
14. As visões renascentistas e reformada
sobre o trabalho
Os cristãos do Renascimento
perceberam que havia uma relação entre
o trabalho e a fé crista;
Chamavam Deus de artesão do universo
(Deus passou a ser visto como alguém
que trabalha);
Deram mais valor à habilidade
profissional, ao empenho, ao lucro e ao
próprio trabalho;
Perceberam que há um sentido em que
nosso trabalho é um reflexo do fato de
termos sido criados à imagem e
semelhança de Deus.
Reforma
É Deus quem nos chama e nos capacita para o
exercício de nossa atividade profissional;
Ao cumprirmos o chamado de Deus, nos
tornamos agentes do cuidado amoroso e
providencial de Deus;
Calvino e os puritanos concordam que os
homens agradam a Deus quando se ocupam de
vocações honestas
Calvino acrescentou que a sociedade como um
todo pode ser reformada.
Eles exploraram bastante a ideia de vocação:
somos chamados e capacitados por Deus para
um determinado exercício profissional que só
deve ser bênção não para nós, mas para a
sociedade na qual estamos inseridos.
15. Visão contemporânea do trabalho
Em nossa sociedade, pessoas que têm
ocupações com mais status são mais bem vistas,
enquanto pessoas que têm ocupações mais
modestas são tratadas com descaso.
“O fazendeiro removendo esterco e a criada
tirando leite da vaca agradam a Deus na mesma
intensidade que o pastor que prega ou ora, se
todos estiverem fazendo seu trabalho fielmente.”
-Lutero
O trabalho é algo cansativo e que provoca
imenso desgaste físico e emocional...isso faz
parte do "suor" com que o trabalho deve ser
realizado.
trabalhos que não são remunerados, mas são de
grande importância e precisam ser vistos com o
devido valor (domestica, estudante, Etc...)
16. Conclusão
O cristianismo não é uma série
de verdades no plural, mas é a
Verdade escrita com V
maiúsculo. É a Verdade sobre
a realidade total, não apenas
sobre assuntos religiosos. O
cristianismo bíblico é a
Verdade concernente à
realidade total; é a propriedade
intelectual dessa Verdade total,
e então vive segundo essa
Verdade.
-FRANCIS SCHAEFFER