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RELAÇÕES INTERPESSOAIS
APRESENTAÇÃO DOS ALUNOS E INSTRUTOR
GRUPO DE EMPATIA
Tema: Se lhe ocorresse uma idéia importante e você quisesse transmiti-la a um número
muito grande de pessoas, como você procederia?
Você Sabe Ouvir?
01 — Para ouvir, você vira-se na direção de quem fala e olha diretamente para ele?
( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente
02 - Ao ouvir, você observa a pessoa que está falando?
( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente
03 Pela aparência e maneira de falar do interlocutor, você sabe se o que ele tem a dizer
deve ser considerado?
( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente
04 - Você costuma ajudar o outro a se expressar, completando o que ele tem a dizer?
( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente
05 - Enquanto ouve, você examina seus próprios pontos de vista e prepara sua contra
argumentação?
( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente
06 - Você concentra sua atenção em quem está lhe falando, evitando distrair-se ou pensar
em outra coisa?
( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente
07 - Ouvindo uma opinião com a qual não concorda, você interrompe imediatamente quem
lhe fala?
( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente
08 -Antes de emitir sua opinião sobre alguma coisa que ouviu, você procura certificar-se de
que compreendeu o que lhe foi dito?
( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente
09 -Mesmo sentindo que as suas convicções estão sendo abaladas pelo que o outro está
dizendo, você continua atento à mensagem?
( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente
10 -Você fica especialmente atento para as “deixas” do Outro, visando reforçar sua contra
argumentação?
( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS
COMO OUVIR
1- Uma pesquisa sobre interação interpessoal revelou que, do tempo que passamos
acordados, gastamos em média 75% em comunicações verbais: 40% falando, 60%
ouvindo. Assim, por exemplo, das 16 horas que uma pessoa passa acordada, utilizará,
doze, em média, interagindo com outras pessoas. Dessas doze, ela falará cerca de cinco
horas ouvirá durante aproximadamente sete horas. E, no entanto, a maior parte das
pessoas não sabe ouvir!
2- Na verdade, ouvir é muito mais complexo do que escutar. Enquanto escutar pode ser
descrito como processo neurofisiológico, ouvir envolve também aspectos intelectuais e
emocionais. Um microfone, por exemplo, escuta mais não ouve.
3-
O Hagar escuta muito bem! Será que ele ouve tão bem quanto escuta?
4- Ouvir, pois, é mais do que deixar entrar ondas de som pelos ouvidos, bem como ler é
mais do que olhar a palavra impressa. Não existe conexão direta entre acuidade auditiva
e o ato de ouvir. Às vezes, os que escutam melhor se mostram os piores ouvintes.
5- A qualidade pessoal prontidão para ouvir pode ser melhorada através de exercícios;
existem, no entanto, alguns obstáculos a vencer. Um deles é normalmente não
reconhecemos nossas deficiências nesse aspecto. O outro é que pensamos muito mais
rapidamente do que falamos: durante um minuto, pensamos aproximadamente o
equivalente a 500 palavras, embora não consigamos emitir mais do que 125. Isso
significa que, para cada minuto que alguém fala conosco, dispomos normalmente de um
tempo para pensar correspondente a 400 palavras.
6- O bom ouvinte tira proveito da rapidez com que pensa, aplicando o tempo disponível para
refletir sobre as idéias que estão sendo apresentadas. Já o mau ouvinte torna-se logo
impaciente, dispersivo, desatento, prejudicando completamente a conversa.
7- Além disso, como temos maior propensão a falar do que a ouvir, interrompemos
freqüentemente nossos interlocutores. Um dos resultados desse costume é termos
pessoas falando ao mesmo tempo ou levantando suas vozes para tentar se fazer ouvir.
8- Interromper a fala significa violar uma das regras fundamentais da comunicação humana,
ou seja, a que permite a livre expressão de sentimentos e opiniões. Devemos, portanto,
guardar nossos comentários para o final da fala, quando teremos então oportunidade
para esclarecer as dúvidas.
SENAI - 3
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
9- A natureza, sabiamente, atribuiu a cada homem dois ouvidos e uma língua, procurando
mostrar-lhe que deve ouvir mais e falar menos. Logo, “ que seja cada um de vós pronto
pra ouvir, mas tardio para falar....” (Tg 1,19).
10- Ouvir é difícil; trata-se, na verdade, de um ato voluntário e consciente. Vivemos
mergulhados em cogitações pessoais, não conseguindo ficar, mesmo por alguns
segundos, sem pensar em nós mesmos. Já ouvir implica renunciar aos nossos problemas
em favor do próximo. Essa talvez seja a principal razão de ouvirmos tão mal os outros!
11-Assim como o pior cego é aquele que não quer ver, o pior surdo é que não quer ouvir.
Podemos, a qualquer momento, deixar de ouvir e continuar dando a impressão de
estarmos atentos, interessados e concentrados.
12-
Todas as pessoas (não só as mulheres ) gostam de bons ouvintes!
13-Concentração é uma qualidade essencial do bom ouvinte. Entende-se por capacidade de
concentração a dedicação intelectual a um trabalho de maneira tão intensa que as
condições ambientais não prejudiquem o ato de ouvir. O mau ouvinte tende a distrair-se
com facilidade; o bom ouvinte, por sua vez, combate a distração, desligando-se do
ambiente, aproximando-se mais da pessoa que fala, olhando-a atentamente nos olhos e
só a interrompendo quando for necessário esclarecer um ponto antes de passar a outro.
14-
15- Dois psicólogos famosos, estudiosos dos processos de ensino e aprendizagem, já
manifestaram suas opiniões a respeito do tema abordado por Calvim. O primeiro afirmou:
“você pode levar um cavalo até a fonte mas não pode obrigá-lo a beber água!” O
segundo, então, contra-argumentou : “antes de tudo, é necessário deixar o cavalo
sedento. Depois pode-se levá-lo à fonte, onde ele certamente beberá a água!”
16-Os posicionamentos assumidos por esses psicólogos indicam, respectivamente, o
respeito às pessoas e a influencia do ambiente sobre elas. Trata-se na verdade, de
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS
questões para reflexão ; não podemos esquecer-nos, no entanto, de que o instrutor deve
conseguir e manter a atenção e seus alunos, uma vez que, sem ela, dificilmente
ocorrerão as aprendizagens pretendidas. É possível que os alunos prestem atenção sem
estarem interessados no assunto, mas é bastante improvável que se interessem por um
determinado tema se não estiverem atentos
17-Ninguém fala durante um bom tempo sem tocar em algum preconceito ou convicção
especial de seu interlocutor. O mau ouvinte, preocupado em revidar o suposto ataque,
pára automaticamente de ouvir. O bom ouvinte, no entanto, continua a prestar atenção
aos argumentos, aguardando o final da fala para manifestar-se.
18- Todos os estudos sobre a prontidão para ouvir enfatizam a importância do interesse.
Dessa forma, ouvimos melhor quando o assunto nos interessa particularmente ou quando
nossa curiosidade é por ele despertada. O mau ouvinte, diante de um assunto que não
lhe interessa, considera-o imediatamente pobre, deixando em seguida de prestar atenção
a ele. O bom ouvinte, ao contrário, procura sempre descobrir no que está sendo exposta
alguma coisa interessante e aproveitável.
19-
20-Devemos acostumar-nos a “ouvir nas entrelinhas”. Quem fala nem sempre traduz seus
pensamentos apenas em palavras. Assim, variação de tom e volume de voz, as
expressões fisionômicas, os gestos,...pode afetar de forma significativa a mensagem que
está sendo transmitida oralmente.
21- Saber ouvir tem suas compensações. O bom ouvinte adquire prestígio junto às pessoas,
conquistando a simpatia de todos. Ouvir é aceitar o outro socialmente; daí o nosso apego
às pessoas que nos ouvem com atenção!
22-
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS
23-
24-O bom ouvinte conta, ainda, com outras vantagens: tem acesso a informações mais
completas, economiza tempo, avalia melhor se suas opiniões estão sendo entendidas,
estimula seu interlocutor falar e previne mal- entendidos.
25-Ouvir é, ainda, essencial para a promoção da empatia. Essa qualidade consiste em saber
lidar compreensivamente com opiniões e posições alheias, o que só ocorre se
conseguirmos ouvir atentamente o que os outros têm a dizer.
26-A empatia pertence à mesma família da simpatia mas, enquanto empatia quer dizer “eu
sinto como você”, simpatia significa “eu sei como você está sentindo”. Qualquer pessoa
poderia dizer a segunda frase, mas somente um bom ouvinte seria capaz de dizer a
primeira!
ATITUDES DO BOM OUVINTE
Falamos muito e ouvimos pouco. Nossa capacidade de ouvir em geral é pouco
desenvolvida, apesar de estarmos na era da palavra falada, do diálogo, da comunicação.
Ao ouvir alguém:
 Coloque-se em frente do interlocutor e olhe para ele enquanto você o ouve.Isso
facilita a comunicação;
 Ouça sem interromper, mesmo quando esteja em desacordo. Dê ao outro a
oportunidade de expressar-se até o fim;
 Enquanto ouve, não faça outra coisa. Evite distrair-se com sons ou acontecimentos do
ambiente. Concentre-se totalmente ao ouvir a pessoa. Todos estão ávidos de atenção.
Quem não gosta de ser ouvido?
 Manifeste desejo de conhecer como pensam os outros. Todos gostam de ser
objeto de interesse;
 Não prepare a resposta enquanto o outro fala. Se você assim faz, não
compreenderá ou apreenderá em parte o que o outro tem a dizer e, conseqüentemente, sua
resposta poderá não ser adequada ao que o outro disse. Daí, surgem os desentendimentos,
discussões inúteis, os diálogos de surdos;
 Antes de dar a sua opinião ou falar alguma coisa, certifique-se de que compreendeu,
repetindo o que ouviu. Faça isso principalmente quando o seu modo de pensar difere do
de seu interlocutor, pois talvez esse seja o momento mais difícil de se escutar o outro com
atenção;
 Ouça para compreender e não para responder. Isso significa que seu primeiro
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS
objetivo ao ouvir alguém deverá ser tentar compreender exatamente o que ele pretende
comunicar-lhe. A resposta virá depois;
 Muitas vezes, a aparência engana. Não julgue o outro pelo modo de se vestir, de
falar, pela expressão, “pelo jeitão” ou se o que a pessoa tem a falar vale ou não ser ouvido,
O que uma pessoa fala é importante para ela. Ultrapasse a “casca”. Por que não lhe dar um
pouco de atenção?
 Não antecipe o que o outro vai dizer, mesmo que você tenha a certeza do fim. A
pessoa sente-se desrespeitada, desvalorizada, podendo agredir e adeus comunicação
eficiente;
 Tome cuidado para que as suas preocupações e preconceitos não se integrem à
mensagem e criem em você o hábito da distorção;
 Procure não se deixar levar pelas emoções, selecionando, isto é, ouvindo só o que
lhe convém ou adaptando o que ouve às próprias conveniências;
 Não se desligue, mesmo que suas convicções estejam abaladas. A opinião do outro
pode abrir-lhe novas perspectivas, O espírito aberto enriquece-se mais. “O pior surdo á
aquele que não quer ouvir”;
 Tente descobrir os fatos que o levam a selecionar o que ouve e a desligar-se;
preconceito, tabus, inveja, insegurança, sentimento de inferioridade ou de superioridade,
hostilidade, desejo de dominar, rivalidade, etc.;
 Quando ouvir, distinga fatos de opiniões e impressões. Muitos desentendimentos
surgem porque confundimos fatos, acontecimentos, com impressões, opinião ou inferências;
 Abra seu espírito para ouvir tudo o que o outro diz. Evite registrar apenas os pontos
discutíveis ou falhos;
 Enquanto ouve esforce-se para compreender o ponto de vista do outro; procure
“entrar na pele do outro”. Tente perceber como o outro percebe. Tal atitude é a fina flor da
capacidade de ouvir. E como é gostoso ser ouvido com atenção. interesse, receptividade,
carinho. Eu, você, todos precisamos ser ouvidos para nos sentirmos mais valorizados, para
nos sentirmos mais gente!
DEFINIÇÃO DAS QUALIDADES PESSOAIS
Foram elaboradas definições para as palavras e expressões que representam qualidades
pessoais.
1 - Organização e execução do trabalho
Esta qualificação-chave tem como campos de aplicação o planejamento, a execução e a
avaliação do trabalho.
Auto-suficiência: execução e avaliação de um trabalho pelo aluno a partir de critérios e
procedimentos por ele próprio estabelecidos.
Capacidade de auto-avaliação: avaliação realizada e justificada pelo próprio aluno em
relação ao trabalho por ele desenvolvido, de acordo com objetivos e critérios por ele mesmo
estabelecidos.
SENAI - 7
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Capacidade de planejamento: tomada de decisões sobre a realização de um trabalho
pelo próprio aluno; execução e avaliação de acordo com os procedimentos planejados.
Coordenação: organização metódica das atividades planejadas, dentro do tempo
previsto, para conseguir desenvolver o trabalho sem dificuldades.
Determinação: desenvolvimento, com firmeza e sem vacilação, de ações planejadas
que levem ao alcance dos objetivos pretendidos.
Precisão: execução de um trabalho de acordo com as especificações técnicas definidas
no projeto.
Racionalização: planejamento e execução de tarefas, de forma objetiva e econômica,
tendo em vista um processo mais eficiente de trabalho.
Zelo: execução cuidadosa de um trabalho, com dedicação e responsabilidade.
2 - Comunicação interpessoal
Esta qualificação-chave tem como campos de aplicação relacionamento entre
pessoas e o comportamento grupal.
Cooperação: disposição de trabalhar eficazmente com outras pessoas em um grupo;
prontidão de oferecer espontaneamente ajuda aos outros, sem tirar proveito da situação.
Empatia: tendência de colocar-se no lugar dos outros”, ou seja, saber lidar
compreensivamente com opiniões e posições alheias.
Imparcialidade: adoção de um comportamento aberto, honesto e justo em relação a
outras pessoas.
Integração: adaptação de uma pessoa a um grupo e vice-versa.
Liderança emergencial: tendência a “tomar as rédeas” do trabalho em grupo quando o
assunto tratado pertencer á sua área de competência.
Manutenção do diálogo: esforço do participante de um grupo no sentido de trocar idéias
e opiniões sobre um assunto até que se alcance consenso.
Objetividade na argumentação: apresentação e defesa objetiva de opiniões pessoais,
durante o desenvolvimento de trabalhos em grupo, sem envolvimento emocional.
Participação: disposição de oferecer contribuições ao grupo; prontidão para ouvir as
opiniões alheias.
Receptividade: prontidão de aceitar posicionamentos expressos por outras pessoas, de
maneira aberta, atenta e interessada.
3 - Autodesenvolvimento
Esta qualificação-chave tem como campos de aplicação a utilização de técnicas de
aprendizagem e a prática da transferência e resolução de problemas pelo próprio aluno.
Capacidade de pesquisa: habilidade de localizar e selecionar informações necessárias
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS
ao desenvolvimento do seu trabalho.
Capacidade de resolução de problemas: combinação de conhecimentos, habilidades e
técnicas de trabalho já aprendidos, de forma criativa, que levem à descoberta de novos
princípios, subsidiando o aluno na resolução de problemas.
Capacidade de transferência: aplicação ou adaptação, por conta própria, de
conhecimentos, habilidades e técnicas de trabalho já aprendidos a situações novas ou
modificadas que lhe são atribuídas.
Expressão oral e escrita: descrição oral e ou escrita de fatos e pensamentos de forma
clara, compreensível e adequada.
Generalização: estabelecimento de conclusões gerais a partir de informações parciais.
Leitura e interpretação de desenhos e circuitos: habilidade de visualizar o produto final
de um o produto final de um projeto e seu funcionamento a partir da análise de sua
representação gráfico-técnica.
Leitura e interpretação de textos: compreensão das idéias veiculadas numa
comunicação escrita.
Prontidão para aprender: disposição de aperfeiçoar seus conhecimentos, habilidades e
atitudes para atender a carências identificadas em si mesmo.
Utilização de técnicas de aprendizagem: aplicação, por conta própria, de técnicas de
ensino e de aprendizagem, já apresentadas pelo instrutor, para desenvolver um projeto
individualmente ou em grupo.
4 - Autonomia e responsabilidade
Esta qualificação-chave tem como campos de aplicação a independência e o
compromisso do aluno, respectivamente, enquanto pessoa e participante de um grupo.
Consciência de qualidade: vontade de melhorar cada vez mais o produto final do seu
trabalho, controlando tanto as próprias ações como as dos outros.
Consciência de segurança: manutenção de postura preventiva, por iniciativa própria,
durante o desenvolvimento do seu trabalho.
Disciplina: disposição para cumprir obrigações, regras e papéis estabelecidos tanto
pela própria pessoa, quanto pelo grupo, empresa ou Sociedade.
Envolvimento: disposição para “vestir a camisa”; prontidão de responsabilizar-se,
individualmente ou em grupo, pelos resultados obtidos no trabalho.
Iniciativa: disposição para assumir e desenvolver um trabalho de forma espontânea e
rápida.
Julgamento: apresentação de opinião favorável ou desfavorável, acompanhada de
justificativa de seu ponto de vista, sobre idéias de outras pessoas.
Reconhecimento das próprias limitações: avaliação de seu próprio desempenho,
mesmo quando desfavorável.
SENAI - 9
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
5 - Resistência à pressão
Esta qualificação-chave tem como campo de aplicação os esforços físicos e mentais
despendidos pela pessoa quando diante de condições desfavoráveis.
Atenção: vontade de dirigir os seus sentidos para situações de aprendizagem ou de
trabalho, durante um certo período.
Capacidade de concentração: dedicação intelectual a um trabalho de maneira tão
intensa que as condições ambientais não interfiram nos pensamentos e ações.
Compensação de posturas físicas: execução de movimentos compensatórios, por
iniciativa própria, durante o desenvolvimento trabalho.
Flexibilidade: adaptação, consciente e rápida, de ações e atitudes planejadas diante de
situações que se modificam
Perseverança: manutenção, num mesmo nível, da capacidade de trabalho durante um
longo período, mesmo diante de situações monótonas e repetitivas.
Prontidão para ouvir: disposição para assumir conscientemente o papel de ouvinte
quando alguém estiver falando.
A PARÁBOLA DE KUAN TZU E O PAPEL DO INSTRUTOR
Um dos objetivos dos modelos atuais de formação profissional é fazer com que as
pessoas se. tornem cada vez mais independentes, ou seja, que elas consigam - com o
tempo - resolver sem ajuda os problemas com os quais se defrontam. Na verdade, esse é
também um dos objetivos do PETRA, que prevê a realização de uma série de atividades
pelos próprios alunos: estudar, pesquisar, resolver problemas, trabalhar em grupo, transferir
aprendizagens,...
O instrutor, em geral, não esta preparado para promover em seus alunos a desejada
autonomia. Assim, por exemplo, quando pretende que seus alunos pesquisem sozinhos um
determinado tema, ele normalmente adota dois procedimentos distintos. Num deles, ele
simplesmente solicita a realização da tarefa, deixando os alunos, em sua grande maioria,
frustrados por não se sentirem capazes de resolver o problema. Noutro, ele mesmo faz a
pesquisa e dá uma aula sobre o tema, negando aos alunos a oportunidade de aprender a
buscar informações por conta própria. Em ambos os casos, os alunos dificilmente
aprenderão a habilidade pretendida, tornando-se cada vez mais dependentes.
Já o instrutor devidamente preparado para lidar com essa situação, apresenta
inicialmente um roteiro de pesquisa e orienta os alunos no sentido de reproduzi-lo e
reorganizá-lo. Posteriormente, ele cria situações novas ou modificadas para que os alunos
transfiram aprendizagens e resolvam todo e qualquer problema de busca de informações,
com a maior autonomia possível.
Kuan Tzu, filósofo chinês que viveu no século III a. C., já manifestava em sua
época preocupações com a educação do homem para a autonomia. Assim
expressava-se ele:
SENAI - 10
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
“Se você pretende plantar para um ano, semeie o grão! Se você pretende plantar
para uma década, plante uma árvore! Se você, porém, pretende plantar para
toda a vida, eduque o homem!”.
Se você der a um homem um peixe, ele se alimentara uma vez. Se, no entanto,
você o ensinar á pescar, ele se alimentara a vida inteira!”
Na década de 70, foi veiculado pela televisão um anúncio que, por meio de um
desenho animado, apresentava de forma criativa as idéias de Kuan Tzu. O
trabalho do desenhista foi tão feliz que merece ser aqui reproduzido e
analisado.
0 primeiro segmento do filme, resumido nos seis quadros abaixo, apresenta um
homem faminto tentando conseguir, sem, sucesso, alimento por seus próprios
meios.
Observando-Se a seqüência, torna-se evidente a falta experiência desse homem para
resolver problemas dessa natureza.
Nesse contexto, conseguir alimento pode ser entendido como buscar informações,
trabalhar em grupo, resolver problemas,... Os alunos, no entanto, não nascem sabendo lidar
com essas situações e, diante dos primeiros insucessos, podem sentir-se desencorajados e
desistir de realizar essas tarefas.
O segundo segmento, resumido nos cinco quadros abaixo, apresenta o homem faminto
resolvendo aparentemente seu problema, ou seja, conseguindo junto a um amigo um peixe.
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Observando-se o último quadro da seqüência, torna-se claro que o problema foi apenas
momentaneamente resolvido.
Nesse contexto, dar o peixe pode ser entendido como dar informações, modelos,
soluções,... E importante ressaltar que o amigo, ao dar o alimento, não agiu errado, embora
pudesse ter aproveitado a oportunidade para fazer algo mais.
O terceiro e ultimo segmento, resumido nos nove quadros abaixo, apresenta o homem
faminto resolvendo definitivamente seu problema, ou seja, conseguindo que um amigo o
ensine a pescar.
Nesse contexto, ensinar a pescar pode ser entendido como ensinar a buscar
informações, trabalhar em grupo, resolver problemas,... importante ressaltar que esse
SENAI - 12
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
amigo;
 ouve atentamente o homem faminto para descobrir qual é definitivamente o
problema;
 apresenta ou relembra informações necessárias para resolver a situação, sem
dar no entanto a solução;
 mostra o caminho a ser percorrido para solucionar o problema;
 observa e reforça os desempenhos apresentados pelo homem;
 avalia o desempenho do novo pescador; e
demonstra satisfação por tê-lo ensinado a pescar.
COMO VOCÊ ESTUDA?
QUE ORIENTAÇÕES VOCÊ SEGUE AO RESUMIR UM TEXTO?
Considerações Sobre o Resumo de Textos
1. O resumo tem por objetivo apresentar, com fidelidade e em forma compacta, idéias
ou fatos essenciais contidos num texto. Resumo, pois, não se confunde com cópia
integral de textos, nem com atividade de corte e colagem.
2. A ordem em que as idéias ou fatos são apresentados dever ser respeitada no esforço
de reproduzir as articulações lógicas do texto, mantendo sua estrutura e seus pontos
essenciais. Na verdade, a maior dificuldade em se resumir reside na busca do
essencial e no cuidado com a fidelidade.
3. Os resumos, dependendo de sua extensão, podem receber muitas denominações:
abstracts, compilações, esquemas, fichas de leitura, resenhas, sinopses, sínteses,
4. o autor de um texto coloca, normalmente, seu objetivo no primeiro parágrafo e sua
conclusão no último. Numa dissertação, é fundamental separar a parte teórica dos
exemplos e aplicações. A parte teórica deverá figurar sempre no resumo, ao passo
que os exemplos e, mesmo as explicações longas, poderão ser abreviadas ou até
suprimidas.
5. Numa dissertação, os parágrafos – em geral – marcam as partes da estrutura do
raciocínio global. Cada parágrafo tem a parte teórica e o desenvolvimento (exemplos,
explicações). Assim, faça o resumo de cada parágrafo e, até mesmo, o resumo deste
resumo, a fim de encontrar a maneira mais econômica de expressar as idéias.
6. Use sempre frases curtas e diretas; seja conciso, breve e claro. Utilize parênteses
para indicar autor, fontes e outras alusões.
7. Não opine nem critique; você está fazendo um resumo, não um comentário ou
interpretação. Assim, não empregue expressões do tipo: o autor diz que..., é difícil
concordar com as idéias do autor, o autor continua afirmando que...; vá direto às
idéias, sem essas considerações.
SENAI - 13
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
8. Reduza os exemplos citados no texto para confirmar ou explicar a parte teórica ao
mínimo indispensável à compreensão do raciocínio exposto.
9. Conserve os traços de estilo do texto original como, por exemplo, nível de linguagem,
ironia, humor,...
10.Defina a extensão de seu resumo em função dos objetivos da pesquisa, tempo
disponível para exposição, grau exigido de aprofundamento do assunto,...
11.Habitue-se a ler resumos feitos pelos próprios autores, abstracts, resenhas de livros e
sínteses de filmes, vídeos, romances, telenovelas com a finalidade de obter modelos
de como resumir.
12. Acostume-se a indicar, da maneira mais correta possível, a bibliografia utilizada para
sua pesquisa, para que os leitores de seu resumo possam aprofundar-se nos
conteúdos abordados. As informações básicas sobre uma obra são: o sobrenome do
autor, o nome da editora e a data da publicação. A análise dos exemplos abaixo
deverá esclarecer melhor como se faz corretamente essa atividade.
No caso de livros:
DEESE, J. e DEESE, E. K. Como estudar. Livraria Freitas Bastos S.ª, Rio de Janeiro, 1990
No caso de artigos e revistas:
GAGNÉ, R. M.: WAGNER, W. E ROJAS, A, Planning na authoring computer – assisted struction lessons. In: Educational
Technology, setembro, 1981.
EXERCÍCIO DE ANÁLISE DE TEXTO E ELABORAÇÃO DE RESUMOS.
Resuma o texto abaixo, seguindo as orientações de como resumir um texto
É bem provável que grande parte dos freqüentadores de museus no Brasil não procure
voluntariamente essa instituição cultural. Ao contrário, as visitas a museus, no Brasil,
parecem estar invariavelmente associadas a trabalhos e obrigações escolares, em
excursões “protegidas” por uma escolta de professores e funcionários em missa obrigatória.
É compreensível, então, que nessas circunstâncias reste pouca simpatia de parte do
estudante para com o acervo dos museus; o resto desta disposição vai ser pulverizado por
todo um aparato que sugere quais devem ser as atitudes e comportamentos adequados ao
ambiente. Ao visitante dos museus é transmitida a noção de que neste local carregado de
respeitabilidade o melhor a ser feito é observar “muito respeito”, “pouca conversa” e lembrar
que “esse é um lugar de contemplação”. Atitude semelhante à que se tem numa igreja, só
que nesse caso esse conjunto de normas vai contribuir decisivamente para estabelecer
preconceitos em relação à obra de arte que dificilmente serão eliminados.
Com a autoridade institucional de que foi investido, o museu de arte representou, pela
sua condição privilegiada, uma oportunidade única para sacralizar os objetos selecionados
segundo os sonhos e fantasias de uma classe dominante. O museu, em sua forma
tradicional, serviu como elemento mistificador da criação artística, além de local em que as
pessoas vão a procura de obras “consagradas” feitas por uma elite da qual a maioria da
população se sente afastada.
Tornou-se, então, uma tarefa obrigatória do museus de arte a luta para desmistificar
certos conceitos que distanciam o trabalho artístico do “homem comum”. É o que vem sendo
feito, de várias formas, por várias instituições brasileiras, entre as quais o Museu de Arte
SENAI - 14
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Moderna (do Rio de Janeiro), o Museu de Arte Contemporânea da USP (SP) e o Museu
Lagar Segal (SP) .
“Lasar Segall: um museu de portas abertas” (Fragmento) . Movimento n° 93, 11/04/77,p.14.
DESCRIÇÃO
Descrição é a apresentação de um ser, de um processo ou local, através de palavras,
com indicação do que lhes é característico.
DESCRIÇÃO TÉCNICA
A descrição técnica apresenta muita das características gerais da descrição literária,
porém nela se sublinha mais a precisão de vocabulário, a exatidão dos pormenores
significativos, a linguagem objetiva com frases diretas.
A descrição técnica deve esclarecer, convencendo, a literária deve impressionar,
agradando, a primeira é predominante denotativa, a segunda, predominantemente
conotativa.
Enfim, o que a distingue da descrição literária é a FINALIDADE.
Por exemplo: uma flor pode ser descrita por um poeta para compará-la artisticamente à
sua amada-descrição literária;
Ou ser descrita por um botânico para um estudo de suas características – descrição
técnica.
Suponhamos, ainda, a descrição de uma sala onde houvesse ocorrido um crime de
morte. A abordagem feita, por um escritor seria bem diferente da que faria um policial
encarregado de descrevê-la num relatório.
De acordo com a FINALIDADE, assim se descreve. É diferente a descrição de um
aparelho para que um leigo saiba como usá-lo ou para que um técnico tenha as indicações
necessárias a fim de poder montá-lo ou colocá-lo em funcionamento ou fazer-lhe um
conserto.
Convém ressaltar, ainda, que a partir da finalidade, escolhe-se o enfoque – objetivo ou
subjetivo. Assim seleciona-se o que deve ser apresentado com destaque, que pormenores
devem ser escolhidos, em que ordem se deve escrever (lógica ou cronológica).
O enfoque é tão importante quanto à finalidade, pois dele dependem a forma verbal e a
estrutura lógica da descrição:
 qual é o objetivo a ser descrito –(definição denotativa)?
 que parte dele deve ser ressaltada?
 de que ângulo deve ser enforcado?
 que pormenores devem ser valorizados?
 a quem, a que espécie de leitor se destina – a um leigo ou a um técnico?
Assim, uma máquina de lavar roupas, por exemplo, pode ser descrita do ponto de
vista:
 do possível comprador (texto para propaganda).
 do usuário (manual de funcionamento)
 do encarregado d sua instalação (manual de instalação)
 do técnico que terá de montá-la ou consertá-la (manuais de montagem ou de reparo).
SENAI - 15
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Esses são fatores que devem ser considerados, pois deles dependem a extensão
e o estilo da descrição.
A descrição caracteriza-se pela seguinte estrutura:
 introdução: observações de caráter geral.
 desenvolvimento: detalhamento
 conclusão: observação de caráter geral que conclui a descrição.
A descrição técnica pode aplicar-se a:
 instrumentos, ferramentas, aparelhos, equipamentos – DESCRIÇÃO DE OBJETO
 funcionamento de mecanismos, processo de fabricação, procedimentos, fases de
pesquisas, fatos eventos (* ) – DESCRIÇAO DE PROCESSO;
 lugares – DESCRIÇAO DE AMBIENTE.
(*) – Não confundir Descrição técnica de processos (de fatos e eventos) na Narração, pois nesta, a
estrutura, por meio de ações reais ou imaginarias, caracteriza-se pela presença de: apresentação,
complicação, clímax e desfecho, partes essas que não estarão presentes numa descrição técnica.
A descrição de objeto define,
 apresenta características,
 mostra as partes e funções,
 indica finalidade.
Nesse caso são abordados os aspectos relativos a:
 partes que compõem o objeto,
 forma,
 aparência,
 dimensões,
 peso,
 cor,
 material de que é feito,
 para que é utilizado, etc.
A descrição de processo caracteriza-se pela ação, pelos movimentos próprios de todo
e qualquer processo.
Apresenta seu desenvolvimento em ordem cronológica (estágios sucessivos do
processo), com indicação clara das fases e dos resultados.
É oportuno, ainda, ressaltar que a separação entre as descrições de objetos e de
processo é meramente didática, uma vez que, na descrição de um objeto qualquer, pode
ser abordado também o seu funcionamento.
A descrição de ambiente apresenta as características de determinado local, como por
exemplo, descrição de oficinas, disposição de maquinas, ferramentas, equipamentos em
oficinas e ou laboratórios, descrição de indústrias.
Portanto, a partir desses elementos básicos – estruturas, características, finalidade e
enfoque, podem ser esboçados planos – padrões para a descrição técnica.
COMO VOCÊ PESQUISA?
COMO VOCÊ PLANEJA O SEU TRABALHO?
TEXTO: COMO PLANEJAR
1- O homem provavelmente planeja suas ações desde a época em que ele descobriu ser
capaz de pensar antes de agir. Pensar antes de agir caracteriza planejamento como algo
contrário à improvisação. Uma ação planejada é uma ação não-improvisada e vice-versa.
SENAI - 16
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
2- Planejar não é uma atividade realizada apenas por algumas pessoas. Todos planejam,
com maior ou menor grau de complexidade, suas ações. Uma viagem, uma festa, um vôo,
um assunto a ser apresentado a alunos, a demonstração de uma operação nova, um
telefonema, uma carta são exemplos de ações que devem ser precedidas por planejamento.
3- Por ocasião de um planejamento, três perguntas devem ser sempre respondidas: Para
onde vou?; Como chegarei lá?; Como vou saber se cheguei? A primeira resposta indicará
quais são os objetivos da pessoa durante a realização da tarefa. A segunda resposta
especificará os meios disponíveis e viáveis para alcançar os objetivos pretendidos.
Finalmente, a terceira resposta mostrará como se dará a avaliação do trabalho e
estabelecerá claramente se os objetivos foram realmente atingidos. Existe uma relação
estreita entre a primeira questão e as duas seguintes. Na verdade, se uma pessoa não
consegue saber claramente para onde vai, ou seja, se não possui objetivos, as outras duas
questões ficam automaticamente prejudicadas. Por isso é que ocorrem improvisações.
4- No planejamento de uma atividade qualquer, oito orientações devem estar presente:
Intenções Orientações
Pensar antes de agir
 Delimite claramente a tarefa,
problema, exercício ou projeto.
 Levante todas as informações
necessárias para o desenvolvimento do
trabalho.
 Defina os objetivos que você pretende
atingir.
 Selecione as atividades e meios
adequados para alcançar os objetivos
 Estabeleça a forma como o seu
trabalho será avaliado
Registrar os resultados do ato
de pensar
 Preencha um plano de trabalho.
Agir conforme o pensamento  Execute seu trabalho de acordo com
seu plano.
 Avalie os resultados obtidos.
5- Delimite claramente a tarefa, problema, exercício ou projeto. A primeira coisa que você
deve fazer é tentar entender exatamente o que o docente solicitou.
Essa orientação é extremamente importante, pois impedirá que você gaste energias
inutilmente, realizando atividades desnecessárias, ou nem mesmo consiga encontrar o
caminho para realizar a tarefa. Você precisa obter respostas às seguintes questões: Qual é
a profundidade de abordagem da tarefa? O que pode e o que não pode ser usado no
decorrer do trabalho? Existe um modelo do resultado esperado?
6- Levante todas as informações necessárias para o desenvolvimento do trabalho. Você
precisará responder quatro questões básicas para obter informações relevantes: Que
conhecimentos, habilidades e atitudes, já adquiridos por você no desenvolvimento de outras
atividades, poderão ser agora utilizados? Essa primeira pergunta tem a ver com a qualidade
SENAI - 17
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
pessoal Capacidade de transferência. Que conhecimentos, habilidades e atitudes lhe faltam
e você precisará aprender para desenvolver a presente tarefa? Essa pergunta tem a ver com
as qualidades pessoais Reconhecimento das próprias limitações e Prontidão para aprender.
Onde você pode conseguir as informações que lhe faltam? Em livros técnicos, tabelas,
filmes, vídeos, manuais, catálogos, diretamente com o docente? Essas duas perguntas têm
a ver com as qualidades pessoal Capacidade de pesquisa, Expressão escrita, Leitura e
interpretação de desenhos e circuitos e Leitura e interpretação de textos. Você deve ler,
nesse momento, a definição de cada uma dessas qualidades, buscando entender seus
significados.
7- Defina os objetivos que você pretende atingir. Seus objetivos estão intimamente
relacionados com os objetivos do docente. Você precisa saber, então, o que o docente
pretende que vocês aprendam. Ele deseja que vocês aprendam informações? Que
informações são essas? Ou quer que vocês aprendam qualidades pessoais? Nesse caso,
que qualidades pessoais são essas? Trata-se de atitudes ou habilidades intelectuais? Se
sua tarefa exigir que você construa um aparelho, equipamento ou brinquedo, faça antes uma
descrição de seu funcionamento, o que o ajudará, também, a esclarecer os objetivos. Essa
orientação tem a ver com as qualidades pessoas Capacidade de pesquisa e Expressão oral
e escrita. Você deve ler, nesse momento, a definição de cada uma dessas qualidades,
buscando entender seus significados.
8- Selecione as atividades e meios adequados para alcançar os objetivos. Você deve
escrever e ordenar todas as atividades que você deverá realizar para alcançar seus
objetivos. Para cada uma das atividades, você terá que responder às seguintes perguntas:
De quanto tempo você precisará? Que meios serão necessários (computador, impressora,
calculadora, instrumentos de medida, equipamentos,...)? Que cuidados você precisará tomar
com relação à sua segurança pessoal e á qualidade do resultado do trabalho? Essa
orientação tem a ver com as qualidades pessoais Auto-suficiência, Capacidade de
planejamento, Consciência de qualidade, Consciência de segurança, Coordenação,
Determinação, Precisão, Racionalização e Zelo. Você deve ler, nesse momento, a definição
de cada uma dessas qualidades, buscando entender seus significados.
9- Estabeleça a forma como o seu trabalho será avaliado. Esse é um momento crucial de
seu planejamento: você irá planejar de que maneira você avaliará seu próprio trabalho. Para
isso, você precisa ler cada um dos objetivos definidos e cada uma das atividades já
estabelecidas. Só então, você decidirá sobre os instrumentos e critérios de avaliação que
serão utilizados para você verificar se os objetivos pretendidos foram realmente alcançados.
Essa orientação tem a ver com a qualidade pessoal Auto-suficiência, Capacidade de auto-
avaliação, Capacidade de planejamento, Consciência de qualidade, Determinação e
Precisão. Você deve ler, nesse momento, a definição de cada uma dessas qualidades,
buscando entender seus significados.
10- Preencha um plano de trabalho. Você deverá registrar num plano todas as decisões que
você tomou até o momento. E importante que você apresente seu plano ao docente, discuta
com ele seu conteúdo e faça os ajustes necessários. Essa orientação tem a ver basicamente
com as qualidades pessoais: Capacidade de planejamento, Prontidão para ouvir e
Reconhecimento das próprias limitações. Você deve ler, nesse momento, a definição de
cada uma dessas qualidades, buscando entender seus significados.
SENAI - 18
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
11- Execute seu trabalho de acordo com seu plano. Essa orientação parece simples, mas
não é: seguir um plano - mesmo que ele represente as decisões tomadas pela pessoa - é
quase impossível. Você deve, pois, ser disciplinado e esforçar-se ao máximo para executar
seu trabalho de acordo com o plano. Quando isso não for possível, você precisa replanejar
seu trabalho, não se esquecendo porém de registrar essas alterações em seu plano. Essa
orientação tem a ver basicamente com as qualidades pessoais: Capacidade de
planejamento ,Disciplina e Flexibilidade. Você deve ler, nesse momento, a definição de cada
uma dessas qualidades, buscando entender seus significados.
12- Avalie os resultados obtidos. Você deve realizar uma auto-avaliação de seu trabalho.
Verifique se os objetivos por você definidos foram alcançados; se as atividades e meios
selecionados foram úteis para o atendimento dos objetivos; se a qualidade do produto final
está de acordo com os critérios por você estabelecidos; e se os prazos foram cumpridos. Se
você elaborou uma descrição de funcionamento, compare-a com o resultado final de seu
projeto. Você deve apresentar os resultados de seu trabalho ao docente e solicitar que ele
proceda também a uma avaliação. Essa orientação tem a ver basicamente com as
qualidades pessoais Auto-suficiência, Capacidade de auto-avaliação, Capacidade de
planejamento, Coordenação, Determinação, Precisão, Prontidão para ouvir e
Reconhecimento das próprias limitações. Você deve ler, nesse momento, a definição de
cada uma dessas qualidades, buscando entender seus significados.
TEXTO: Robinson Crusóe e a construção de um barco
Aquilo me fez refletir durante um bom tempo a respeito do seguinte problema: será que
eu conseguiria construir uma canoa (ou piroga, como a chamam os nativos dessas regiões),
sem ferramentas e sem conhecer a técnica apropriada, a partir do tronco grosso de uma
árvore? Não só achei possível, mas também fácil; a idéia de construí-la me agradou
bastante. Na verdade, essa canoa seria muito mais útil para mim do que para os negros ou
índios, embora eu não tenha pensado nos inconvenientes que ela acarretaria: uma vez
pronta, ninguém poderia ajudar-me a levá-la ate o rio. E essa dificuldade suplantava em
muito a falta de ferramentas dos índios. Senão, vejamos; de que adiantava todo a trabalho
de escolher uma grande árvore no mato, abatê-la com muito custo, cortar e aparar sua parte
externa para fazê-la tomar a forma própria de um barco e queimar a parte interna para
deixá-la oca, se depois de terminar meu trabalho, eu tivesse que deixá-la exatamente onde a
encontrei, devido à impossibilidade de levá-la à água?
Pode-se dizer que não pensei absolutamente - enquanto fazia esse barco - nas
dificuldades que enfrentaria posteriormente; eu deveria, num primeiro momento, ter
imaginado como o colocaria no mar. Mas eu estava tão preocupado em viajar com esse
barco pelo mar que, nem por um instante, pensei em como o levaria do lugar onde me
encontrava até a praia. Na realidade, seria mais simples para mim conduzir a barco por 45
milhas em alto mar do que por 45 braças de terra para fazê-lo flutuar na água.
Comecei a trabalhar nesse barco com menos possibilidade de êxito do que uma
pessoa que só tivesse um dos seus órgãos de sentido ativado. O projeto de construção do
barco me divertia muita e eu não me preocupava se seria capaz de construí-lo ou não.
Quando a dificuldade de Iançá-lo à água me vinha à cabeça, eu a afastava com uma
justificativa boba:
- Vou primeiro construí-la; depois, garanto que vou descobrir uma forma de transportá-
lo até à água quando ele estiver pronto.
Esse procedimento era totalmente fora de propósito: a ansiedade provocada peia
fantasia de sair da ilha. no entanto, foi mais forte e pus mãos a obra. Primeiramente, abati
SENAI - 19
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
um cedro. Duvido que o rei Salomão tenha encontrado um cedro desse porte para construir
O Templo em Jerusalém: tinha 1,90 m de diâmetro na base. próximo à raiz e 1,50 rn de
diâmetro a uma altura de sete metros. A partir daí, ele se afinava ligeiramente e se dividia
em galhos. Abater esse cedro me deu um trabalho enorme. Demorei 20 vinte dias para
cortar e entalhar a base e mais quatorze dias para extrair galhos, tocos e a vasta copa
espalhada, utilizando apenas um machado e uma machadinha - um trabalho indescritível.
Depois disso, Ievei um mês para desbastá-lo de modo a fazê-lo adquirir as
proporções necessárias de profundidade e espessura para ele pudesse flutuar aprumado.
Demorei quase três meses para escavá-lo por dentro até tomá-lo propriamente um barco. E
isso foi feito na verdade sem fogo, usando apenas marreta, formão e muito esforço físico,
até que consegui transformá-lo numa linda piroga, bastante grande para carregar de seis a
vinte homens e, portanto, mais do que suficiente pare transportar a mim e a toda a minha
carga.
Quando completei o trabalho, fiquei contentíssimo. O barco era na verdade muito maior
do que qualquer canoa ou piroga, construída a partir de uma árvore, que eu já vira em minha
vida. Com certeza, sua construção, golpe a golpe, me deixara muito cansado. Agora, só
faltava levá-lo à água. E se, na ocasião, eu tivesse conseguido colocá-lo na água, não
tenham dúvida de que eu teria partido para a viagem mais louca e improvável que alguém já
empreendeu.
Todos os meus esforços, porém, para levá-lo à água foram em vão. Ele não estava,
seguramente, a mais de 100 metros da água. O primeiro inconveniente, no entanto, é que o
riacho que conduzia ao mar estava morro acima. Para lidar com essa dificuldade, resolvi
cavar a terra, para formar um declive.
Cheguei a começar, o que provocou dores terríveis em meu corpo. Mas, quem liga
para dores, quando existe a perspectiva de liberdade? Mas, depois de pronto esse trabalho
e resolvida essa dificuldade, eu teria um problema adicional, pois não conseguiria empurrar
a canoa.
Então. medi a distância e resolvi construir um canal, para trazer a água até à canoa. já
que não conseguia levá-la até lá Comecei a realizar esse novo trabalho mas, quando
calculei a profundidade e a largura que eu teria de escavar e a quantidade de detritos que
teria de retirar, constatei que, trabalhando sozinho, levaria uns dez ou doze anos pare
completá-lo. Uma vez que a praia estava no alto, a extremidade superior do canal precisaria
ter pelo menos seis metros de profundidade. Não havia jeito: com grande relutância, desisti
também dessa tentativa.
Isso me deu uma grande tristeza. Percebia, agora, tardiamente, a loucura que era
iniciar um trabalho sem calcular antes o custo e sem julgar corretamente se teria forças
suficientes para executá-lo.
PERCEPÇÃO
Teste de percepção e observação e Você sabe seguir instruções.
TEXTO: PERCEPÇÃO
CONCEITO: é a maneira como cada um de nós capta os fatos ou adquire
conhecimentos, com o auxilio de todos os sentidos (audição, visão, tato, olfato e paladar).
FORMA DE PERCEBER O MUNDO: nós nos relacionamos com o mundo de acordo
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS
com a forma como o percebemos. esta forma de perceber e de ver depende de como fomos
criados e educados, os conceitos, critérios e valores que aprendemos como verdadeiros
com os pais, os amigos, nas escolas, uns com os outros.
FATORES QUE INFLUENCIAM A PERCEPÇÃO:
a) INTERNOS b) EXTERNO
- EXPERIÊNCIA
- CRENÇAS
- PRECONCEITOS
- VALORES
- INTERESSES
- JULGAMENTOS
- AVALIAÇÕES
-IDADE
- SEXO
- RELIGIÃO
- RAÇA
- NÍVEL SOCIAL
- ESPORTE
- LAZER
- PROFISSÃO
E dai ? O que é que isto tem a ver com nosso trabalho?
É preciso perceber que cada pessoa que convive com a gente é um ser único,
especial, que merece todo o nosso respeito e cuidado. e é preciso conhecer as
caracterÍsticas de cada uma para podermos melhor nos relacionar com ela
É necessário que ampliemos a nossa forma de perceber para melhor conhecer.
Dinâmica: ENCONTRO O BICHO
Objetivo: Exercitar a crítica e a autocrítica.
Disposição no espaço: Duplas, frente a frente.
Recurso: Material em anexo.
Que somos animais, sabemos. A ciência classificou-nos como “racionais”, mas nosso
modo de relacionarmo-nos com os outros demonstra claramente que mantemos certas
semelhanças com os “irracionais”. Não é sem motivo que a própria sociedade criou clichês
para nos rotular de acordo com estas similitudes. Entretanto, Darwin consola-nos ao afirmar
que as espécies não são imutáveis. Se hoje somos “espírito de porco”, amanhã
poderemos ser um “pai coruja”.
Foi tomando por base uma matéria jornalística do Correio Brazíliense, no suplemento
Correio da Galera de 11/2/1996, que passei a realizar esta atividade. Transcreva as
expressões mostradas mais adiante, sem as conceituações, coloque-as numa caixinha e
peça que o grupo redivida-se em duplas.
Peça para cada dupla retirar para si um dos papeizinhos e, sentando-se um à frente do
outro, buscar descobrir:
1. Que definição pode-se atribuir à expressão;
2. Que eventuais semelhanças individuais há em relação à expressão;
3. Eventuais semelhanças da expressão com algum colega do grupo.
Passados cinco minutos, refaça o círculo inicial. Cada dupla deverá expor aqueles três
SENAI - 21
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
pontos. Solicite ao grupo que observe o objetivo pretendido pela atividade e que, acima de
tudo, faça valer a maturidade e a capacidade de absorver a crítica ou o elogio.
Às duplas que porventura não conseguirem definir a expressão ou, a seu ver, fugirem ao
contexto, leia a(s) definição(ões) proposta(s) no texto original. Verbalize a experiência vivida
e encerre o Encontro.
Material para o Encontro
 Espírito de porco: Indivíduo que fala o que não deve, faz piadinha na hora errada e apronta confusão.
 Mosca de padaria: Está em todas as festas, em todas as sorveterias. Quando o clima começa a ficar
doce aparece, não se sabe de onde, aquele monte de mosca insuportável.
 Abelhudo: Odeia ficar de fora.
 Gavião: Quer todas as namoradas ao mesmo tempo.
 Macaquice: Coisa de quem não fica quieto.
 Lesma: Quem anda devagar, demora para fazer as coisas.
 Memória de elefante: Não precisa fazer esforço para memorizar as coisas.
 Mão-de-vaca: Não paga um simples cafezinho.
 Dinossauro: Quem está fora de moda, mas mesmo assim sobrevive no tempo.
 Abraço de urso: Abraça com tanta força que só falta quebrar os ossos.
 Olho de águia: Nada escapa ás suas observações.
 Cobra criada: Esperteza é com ela.
 Gatinhos e gatinhas: Gostam de shoppings, de moda e uns dos outros.
 Lágrimas de crocodilo: cuidado com elas, são fingidas.
 Amigo-da-onça: Neste não se deve confiar.
 Pai coruja: Não consegue enxergar defeito no filho.
 Pavão: Adora exibir roupas da moda, mas pode ser também gente que gosta de aparecer por qualquer
coisinha.
 Pagar o mico: Dar vexame.
PONTOS PARA REFLEXÃO
Obs: responder as perguntas numa folha a parte
1 - Cite as características do seu comportamento que facilitam o seu relacionamento com as
pessoas.
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2 - Cite as características do seu comportamento que dificultam o seu relacionamento com
as pessoas.
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3 - De que forma você pode melhorar seu relacionamento com as pessoas?
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS
4 - Como é sua participação no grupo?
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5 - Quais suas dificuldades no trabalho em grupo?
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6 - Quais mudanças você pode fazer em seu comportamento para melhorar seu
desempenho no grupo?
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COMO VOCÊ TRABALHO EM GRUPO?
Texto: Como trabalhar em grupo
1. Disponha as cadeiras em circulo para que todos se vejam. Dessa forma, todos os
participantes ficarão em condição de igualdade, ou seja, ninguém dominará as discussões.
2. Tente obter do instrutor orientações detalhadas a respeito da tarefa a ser realizada pelo
seu grupo, a fim de evitar a dispersão de idéias.
3. Procure informar-se sobre as técnicas de trabalho em grupo aplicadas pelo instrutor,
pois você terá que utiliza-las no futuro para o desenvolvimento de projetos.
4. “Tome as rédeas” do trabalho em grupo quando o assunto tratado pertencer à sua área
de competência (liderança emergencial).
5. Diga sempre, nunca ou vocês . Envolva-se profundamente com os objetivos
estabelecidos e resultados obtidos pelo grupo (envolvimento).
6. Evite conversas paralelas. Falando em voz baixa com o companheiro, você dará a
impressão de não estar “vestindo a camisa” do grupo. Dirija-se, pois, a todos sempre em voz
alta.
7. Não forme subgrupos sentando-se junto a seus amigos; procure sentar-se ao lado de
pessoas que lhe são pouco familiares. Dê oportunidade para que todos se conheçam:
apresente-se e permita também que os outros o façam (empatia).
8. Ouça com atenção os seus colegas. Essa habilidade, constantemente desempenhada,
dará base ao exercício de diversas atitudes, tais como: lidar compreensivamente com
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS
posições alheias (empatia); trocar idéias sobre um assunto até que se obtenha consenso
(manutenção do diálogo); aceitar posicionamentos expressos por outras pessoas
(receptividade); e apresentar opinião favorável ou desfavorável sobre as idéias dos outros,
justificando seu ponto de vista (julgamento).
9. Comprometa-se, no trabalho em grupo, a dar e receber informações (participação). Ao
intervir, refira-se sempre às idéias anteriormente expostas, mesmo que você discorde delas
(manutenção do diálogo, julgamento).
10. Preocupe-se com o tamanho do seu grupo, não permitindo que ele exceda a sete
pessoas; em grupos maiores, ninguém consegue participar adequadamente.
11. Acostume-se a avaliar e justificar tanto suas opiniões, quanto as de seus colegas,
evitando porém envolver-se emocionalmente nas discussões (julgamento, objetividade na
argumentação).
12. Jamais diga: “não concordo”. Essa expressão cria um clima emocional desfavorável
ao trabalho em grupo. Assim, discorde sem dizer que está discordando; pelos argumentos
utilizados, todos perceberão seu posicionamento. Quando alguém disser algo que
corresponda a seu ponto de vista, expresse de alguma forma essa concordância, que será
percebida como um elogio. Esses procedimentos aumentam a coesão do grupo, fazendo-o
progredir (empatia).
13. Reconheça suas lacunas de conhecimento e falta de domínio de certos assuntos,
dirigindo perguntas ao grupo com a finalidade de informar-se (reconhecimento das próprias
limitações). Esse questionamento contribui freqüentemente para melhorar a competência
grupal (cooperação, participação).
14. Promova a participação de todos, permitindo a livre expressão das opiniões e
solicitando também contribuição dos mais calados. Se você perceber que algumas pessoas
tiveram dificuldade em compreender determinadas afirmações, peça maiores
esclarecimentos ao expositor (cooperação, empatia, participação).
15. Obedeça, como se estivesse participando de um jogo, a todas as regras e normas
estabelecidas pelo instrutor ou pelo grupo (disciplina).
16. Procure assumir espontaneamente as tarefas necessárias ao bom andamento dos
trabalhos (iniciativa, liderança emergencial).
17. Apresente suas opiniões em relação aos desempenhos dos outros, mas aceite
também as que forem dirigidas especificamente à sua pessoa (cooperação, participação,
reconhecimento das próprias limitações).
TEXTO: BANDO X GRUPO X EQUIPE
Toda organização comporta, potencial ou ativamente, três itens para a sua
sobrevivência: a cultura da empresa, a tecnologia que ela elegeu e o trabalho de equipe.
A cultura da empresa pode ser caracterizada por suas crenças, valores e filosofia. No Brasil,
SENAI - 24
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
a maioria das organizações tem como proposta existencial o lucro. Lucrar a qualquer preço
e, se possível, não repassar nada para a sociedade — esse é o lema da relação capital x
trabalho.
E O TRABALHO DE EQUIPE?
E interessante observarmos que a palavra equipe está sendo puxada pela palavra
trabalho. Talvez equipe seja o nível de excelência dos agrupamentos humanos,
diferenciando-se em muito dos bandos e grupos. Analisemos, então, cada um desses
agrupamentos e suas características.
O BANDO
O bando pode ser considerado como um ajuntamento de pessoas ou de animais. Nele,
não há definição clara de objetivos e a individualidade é maior que a preocupação com os
outros “O bando é um aberto em todas as partes e em todas as direções”.
Com a mesma rapidez com a qual se formou, ele se desintegra”. Quem vive em bando
é ameaçado coletivamente.
O medo em bandos resulta em sacrifícios. Um leão perseguindo um bando de gazelas,
cessa a sua perseguição assim que consegue agarrar um dos animais. Essa gazela é
oferenda no sentido mais amplo da palavra. Ela proporciona tranqüilidade aos demais
companheiros do bando. O bando estará durante um período, com a sensação de
segurança até a próxima investida do inimigo.
O bando, em estudo de medo, quer permanecer junto. No auge do seu período, seus
elementos sentem-se protegidos apenas quando constatam a proximidade dos outros.
Quando a fuga é deflagrada, ela se transforma em pânico - cada animal procura salvar-se a
si próprio e atrapalha o outro. “O bando é a ordenação forçada do individuo para a produção
coletiva”
O GRUPO
Ele é a reunião de pessoas ligadas por um fim comum. Há uma tentativa de
organização mas o grupo continua sendo uma cena dispersa. A grupalidade não está
garantida pela freqüência e continuidade de seus componentes e, sim, pela marca do igual.
As idéias, neste contexto, são monopolizadas e a liderança está orientada pelo poder.
Existem algumas condições para um trabalho em grupos;
a) Deve ter um coordenador, supervisor (alguma pessoa que represente a
autoridade), O grupo guia-se pelo chefe.
b) A decisão do grupo é feito por votação, persuasão ou barganha. Quando o grupo
decide alguma coisa, alguns de seus elementos tem o sentimento de que participaram do
processo decisório.
c) Se os problemas emocionais do grupo não forem mais dominantes do que os
problemas em discussão, a reunião será considerada sem êxito. A afetividade do grupo
sobrepõe o trabalho.
TEXTO: VIDA EM EQUIPE
1. VIDA EM EQUIPE TEM:
 Alegria, riso aberto, contentamento, folia, concentração.
 Medo, dor, choro, conflito, perdição, desequilíbrio, hipótese falsa, pânico.
SENAI - 25
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
 Entendimentos, diferenças, desentendimento, briga, busca, conforto.
 Silêncios, fala escondida, berro, fala oca, grito, fala mansa.
 Generosidade, escuta, olhar atento, pedido de colo.
 Ódio, decepção, raiva, recusa, desilusão.
 Amor, bem-querer, gratidão, afago, gesto amigo de oferta.
2. VIDA EM EQUIPE TEM VÁRIOS SABORES:
 Quente, frio, no ponto.
 Doce? Melado? Cheiro de hortelã?
 Castanha, chocolate, perfume de canela
 Salgado? Gelado? Cheiro de maçã?
 Palmito, frango, damasco.
 Perfumes vindos da janela, lembrando o cheiro da vida vivida, gosto de hortelã.
3. VIDA EM EQUIPE DÁ MUITA ANSIEDADE
Quando não recebo o produto do conhecimento mastigado (pronto) pelo outro. Ele faz
mediações com o objeto a conhecer e se eu, saindo com meu rebuliço, meu furação interno
minhas frustrações, ansiedades, POSSO CONSTRUIR no meu silencio , minha
sistematização. Depois novamente voltando ao grupo posso checá-lo, provocando
aprofundamento da mesma, ou não.
4. VIDA EM EQUIPE DÁ MUITA FRUSTRAÇÃO
Porque enquanto educando tenho de romper com meu acomodamento quieto,
autoritário.. .esperando “as ordens” do outro e quando elas não vêm, descubro que SÓ EU
posso LUTAR CONQUISTAR, CONSTRUIR, meu ESPAÇO...
O outro pode possibilitar o rompimento da quietude mas NÃO A AÇÃO DO CONSTRUIR,
do conhecer. Essa, só eu posso
5. VIDA EM EQUIPE DÁ MUITO MEDO
Porque através do outro constato que sou “dono” do meu saber (e do meu não saber).
Sou dono de minha incompetência, e portanto RESPONSÁVEL pela minha BUSCA-
PROCURA de conhecer, de construir minha competência.
6. VIDA EM EQUIPE DÁ DESANIMO
Porque em muitas situações nos confrontamos com o caos: acúmulo de temas,
processos de adaptação, hipóteses heterogêneas.
Caos criador que nos demanda nova procura da forma original própria e única adequada ao
novo momento
7. VIDA EM EQUIPE DÁ MUITO TRABALHO E MUITO PRAZER
Porque eu não construo nada sozinho, tropeço a cada instante com os limites do outro e
os meus próprios, na construção da vida, do conhecimento, da nossa história.
AUTORA MADALENA FREIRE
TEXTO: A LIÇÃO DOS GANSOS
1) “Quando um ganso bate as asas, cria um “vácuo” para o pássaro seguinte. Voando
numa formação em V, o bando inteiro tem o seu desempenho 71% melhor do que se a ave
voasse sozinha”.
1) Lição: Pessoas que compartilham uma direção comum e senso de comunidade
SENAI - 26
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
podem atingir seus objetivos mais rápidos e facilmente.
2) “Sempre que um ganso sai da formação, sente subitamente a resistência por tentar
voar sozinho”. Rapidamente, volta para a formação, aproveitando a “aspiração” da ave
imediatamente à sua frente.
2) Lição: Se tivermos tanta sensibilidade quanto um ganso, permaneceremos em
formação com aqueles que se dirigem para onde pretendemos ir e nos disporemos a
aceitar a sua ajuda, assim como prestar a nossa aos outros.
3) “Quando o ganso líder se cansa, muda para trás na formação e, imediatamente, um
outro ganso assume o lugar, voando para a posição de ponta”.
3) Lição: É preciso acontecer um revezamento das tarefas pesadas e dividir a
liderança. As pessoas, assim como os gansos, são dependentes umas das outras.
4) “Os gansos de trás, na formação, grasnam para incentivar e encorajar os da frente e
aumentar a velocidade”.
4) Lição: Precisamos nos assegurar de que o nosso “grasno” seja encorajador para
que a nossa equipe aumente o seu desempenho.
5) “Quando um ganso fica doente, ferido, ou é abatidos, dois gansos saem da formação e
seguem-no para ajudá-lo e protegê-lo”. Ficam com ele até que esteja apto a voar de novo ou
morra. Só assim, eles voltam ao procedimento normal, com outra formação, ou vão atrás de
um outro bando”.
5) Lição; Se nós tivermos bom senso tanto quanto os gansos, também estaremos
ao lado dos outros nos momentos difíceis.
Gostaria que você pensasse bem nestas lições dos gansos. Leia com atenção, reflita
sobre cada item, transponha-os para a sua realidade, mostre ao seu pessoal e discuta com
ele.
Até com os gansos podemos aprender! Sucesso!
Dinâmica: O JOGO DA NASA
Orientações para o trabalho individual:
Na segunda coluna (suas) do quadro anterior, escreva 1 para o item mais importante, 2
para o segundo mais importante, 3 para o terceiro,... 15 para o menos importante.
Orientações para o trabalho em grupo:
Na quarta coluna (grupo), após consenso grupal, ordenem novamente os itens em
função de sua importância. Isso significa que, antes de registrar cada número, todos os
participantes devem concordar com a prioridade dada ao item. No entanto, é difícil obter
durante as discussões o consenso grupal: é necessário ser paciente, bom ouvinte e
convincente. Além disso, não se deve recorrer jamais à decisão pelo voto da maioria.
SENAI - 27
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Situação problema:
A nave espacial sob o seu comando acaba de realizar na Lua, do lado iluminado pelo
Sol, um pouso de emergência. A sua tarefa consiste em chegar até a nave-mãe, que se
encontra a aproximadamente 100 km de distancia. O pouso forçado destruiu sua nave e os
demais equipamentos de bordo. Na verdade, só restaram os quinze itens abaixo
relacionados.
Prioridades
Itens NASA suas diferença grupo diferença
Água (20 litros)
Alimento concentrado
Aquecedor portátil
Barco inflável de borracha
Bússola
Caixa de fósforos
Corda de náilon (20 metros)
Estojo de Primeiros socorros
Foguetes de sinalização
Leite em pó (três quilos)
mapa estelar (visto da Lua)
“Oxigênio” (dois tanques de 50 quilos cada um)
Pára- quedas
Pistola automática calibre 45 (duas)
Transmissor/receptor FM (energia solar)
Soma: Soma:
Conceito individual: _______ Conceito grupal: ________
Você deve, pois, colocar os itens em ordem de importância, tendo em vista a
necessidade de sobrevivência de todos durante o trajeto até a nave-mãe.
PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
DESCRIÇÃO DO ANIMAL
1- Aardvark
“O corpo é atarracado, com o dorso arqueado; membros curtos e vigorosos, armado
de garras fortes e rombudas; orelhas longas; cauda grossa na base que se afina
gradativamente. A cabeça alongada se assenta sobre um pescoço curto e grosso. Na
extremidade do focinho, existe um disco na qual se abre as narinas. A boca é pequena e
tubular, a língua, longa e extensível. De cor areia ou amarela, possui pelo ralo, que deixa
SENAI - 28
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
aparecer a pele. Um exemplar grande desse animal pode medir aproximadamente dois
metros.”
2 – Feneco
“O corpo é esbelto, sobre pernas finas e longa cauda tufosa. Apresenta cinco dedos
nas patas, focinho pontudo e alongado, olhos e orelhas muito grandes. Sua pelagem é fulva
e abundante. Um exemplar adulto desse animal não ultrapassa 65 cm de comprimento e 20
cm de altura.”
3 - Ornitorrinco
“O corpo é atarracado, com pernas muito curtas, os pés – com cinco dedos – são
ligados por uma membrana natatória. A cauda, de mais ou menos 15 cm, é larga, chata e
truncada. A cabeça, pequena e achatada, termina num bico largo. Suas narinas se situam
na parte superior do bico, perto de sua extremidade e seus olhos pequenos localizam-se
com os ouvidos, sem orelhas, em dois sulcos laterais de cada lado do crânio. A pelagem é
densa, grosseira, geralmente castanho-escura com reflexos prateados. Um exemplar adulto
mede aproximadamente 50 cm.”
Ditado de figuras (comunicação em uma e duas vias)
TEXTO: Processo da comunicação: conceitos básicos
Processo de Comunicação: Conceitos Básicos
Numa situação de aprendizagem, em sala de aula, laboratório ou oficina, o processo
básico é o da comunicação entre pessoas.Assim o conhecimento desse processo permite
aperfeiçoar a comunicação interpessoal. Isso deve ser levado em consideração por todos
aqueles que pretendem comunicar-se com eficácia, especialmente por instrutores e alunos.
Componentes do Processo de Comunicação
Em toda e qualquer situação de comunicação podem ser identificados quatro
componentes básicos: fonte, receptor, mensagem e veículo.
Fonte (também conhecida como emissor ou fonte-codificador): é o componente do
processo que emite as mensagens e inicia o ciclo de comunicação. A comunicação, por sua
vez, é um processo circular ou cíclico e não linear, como pode sugerir à primeira vista a
ilustração apresentada acima. A fonte pode ser uma pessoa (o instrutor, o aluno,.....) um
grupo de pessoas (alunos, trabalhadores,....) ou uma instituição (a Escola, a Empresa,....),
SENAI - 29
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
que codifica seus pensamentos, idéias e sentimentos em mensagens, com o objetivo de
mudar o desempenho de outras pessoas. É importante ressaltar que as mensagens emitidas
pela fonte resultam sempre de sua experiência anterior.
Receptor ( também conhecido como recebedor ou receptor-decodificador): é o
componente que recebe as mensagens, interpreta-as e pode conseqüentemente modificar
seus desempenhos. Assim, a eficácia da comunicação pode ser medida pela mudança de
desempenho apresentada pelo receptor, de acordo com os objetivos da fonte. O receptor
pode ser uma pessoa ( o instrutor, o aluno,....), um grupo de pessoas ( alunos,
trabalhadores,....), ou uma instituição ( a Escola, a Empresa,....). A interpretação das
mensagens pelo receptor também é resultante de sua experiência anterior.
Tudo isso nos leva a um princípio fundamental da comunicação: os significados não
estão nas mensagens e sim nos receptores. Assim como a fonte é o nascedouro das
mensagens, o receptor é a fonte dos significados. Os significados estão contidos na pessoa
do receptor e não em palavras, gestos ou expressões da fonte.
Mensagem: é o conjunto organizado de idéias – transmitido pela fonte ao receptor –
cujo significado torna-se claro a partir da modificação do desempenho do receptor. Como os
significados residem nos receptores e não nas mensagens, dificilmente se observa uma
única mensagem num processo de comunicação. Uma mensagem, em dado momento, pode
resultar em tantas mensagens quantos forem os seus receptores, uma vez que cada um
deles poderá interpretá-la diferentemente a partir de suas experiências anteriores.
Veículo: é o meio ou conjunto de meios através do qual a mensagem é transmitida.
Assim como as mercadorias podem chegar a seu destino por vários meios de transporte, as
mensagens podem alcançar o receptor através de vários veículos de comunicação. No
entanto, os veículos de comunicação apresentam uma diferença fundamental quando
comparados aos meios de transporte: eles afetam a mensagem, tornando-se parte
integrante dela. Assim, veiculo e mensagem são inseparáveis.
A comunicação é cíclica: a informação gerada pela fonte passa através do receptor e
retorna, de forma alterada, à sua origem, completando um ciclo. Dessa forma, o processo de
comunicação entre pessoas pode ser melhor representado pela ilustração abaixo:
Na ilustração acima, A e B são duas pessoas.
A deseja comunicar-se com B a fim de modificar seu desempenho.
A tem uma idéia, interpreta-a, codifica-a e envia a mensagem resultante por meio de
um veiculo previamente selecionado ( A é fonte e não ocorreu ainda a comunicação, apenas
a transmissão de uma mensagem).
SENAI - 30
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
B recebe a mensagem, decodifica-a e a interpreta de acordo com sua experiência
anterior (B é receptor, não havendo ainda propriamente comunicação, apenas transmissão e
recepção de mensagens).
B tem uma nova idéia a partir da mensagem recebida de A. Em seguida, interpreta
essa idéia, codifica-a devidamente e envia a sua mensagem através de um veiculo (B torna-
se fonte e fornecedor de retroalimentação ou feedback ).
A recebe a mensagem de B, decodifica e interpreta (A passa, então, a ser receptor).
Nesse momento, estabelece-se o primeiro ciclo de comunicação de A com B.
A tem outra idéia... Inicia-se, assim um novo ciclo. Ocorrerão, pois, tantos ciclos
quantos forem necessários para que os objetivos de comunicação, não só da fonte, mas
também do receptor, sejam alcançados.
A retroalimentação permite que a fonte verifique a eficácia de sua comunicação.
Portanto, o objetivo da fonte, ou seja, influenciar o desempenho do receptor, só pode ser
verificado após a análise da retroalimentação.
Toda situação de comunicação está sujeita à ocorrência de erros devido a presença de
ruído ou interferência. Ruído é todo e qualquer fator que interfira no processo de
comunicação, podendo exercer sua ação sobre qualquer um de seus componentes. Assim,
quanto menor for a taxa de ruído, maior será a taxa de fidelidade da comunicação. O
significado do ruído, bem como o da mensagem, resultam da interpretação do receptor.
Fatores que afetam os componentes da comunicação
Fonte e receptor
Tendo em vista o aumento da taxa de fidelidade da comunicação, são três os fatores a
serem destacados: conhecimentos, habilidades comunicativas e atitude. O primeiro fator
refere-se aos conhecimentos que tanto a fonte quanto o receptor devem possuir.
Em relação à fonte, esses conhecimentos são muito importantes, uma vez que
ninguém consegue comunicar, com razoável fidelidade, conteúdos que não domina. Por
outro lado, quando a fonte é superespecializada, ela deverá adequar-se às características
de seu receptor, diminuindo dessa forma a taxa de ruído no processo de comunicação.
Argumentam alguns que a fonte, por exemplo, um instrutor, não necessita ter domínio de
muitos conhecimentos; o importante é saber ensina-los aos seus receptores. Outros, no
entanto, afirmam não ser necessário saber ensinar; se a fonte dominar profundamente os
conteúdos, conseguirá de algum modo passar esses conhecimentos aos alunos. Na
verdade, não se deve adotar nenhuma dessas posições extremas; a fonte precisa conhecer
o assunto e também saber comunica-lo com eficácia.
Em relação ao receptor, a comunicação será mais eficaz se ele conseguir relacionar os
novos conhecimentos com os que já possui. Portanto, quando a fonte relembra e recupera
conteúdos já aprendidos, antes de apresentar novas informações, aumenta a taxa de
fidelidade da comunicação. Se, por outro lado, o conteúdo a ser desenvolvido for inédito
para o receptor, a fonte deverá iniciar sua comunicação por uma apresentação global e
complexa do assunto, passando, em seguida, aos seus detalhes.
O segundo fator refere-se às habilidades comunicativas de codificação (falar e
escrever), de decodificação (ouvir e ler) e de ambas ( raciocinar logicamente). Essas
habilidades devem ser demonstradas tanto pela fonte quanto pelo receptor.
SENAI - 31
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Antes de se iniciar qualquer processo de comunicação, é conveniente, para diminuir o
ruído e aumentar a fidelidade, verificar o nível de desempenho das pessoas envolvidas
(fonte e receptor) em habilidades comunicativas.
O terceiro fator refere-se às atitudes da fonte e do receptor. Existem atitudes
relacionadas com a pessoa que comunica (fonte), com a pessoa que recebe a comunicação
(receptor) e com os próprios conteúdos transmitidos (mensagem). Assim, para que a
comunicação ocorra de maneira eficaz, a fonte deverá acreditar na sua capacidade de
codificar e emitir a mensagem, no conteúdo que está sendo transmitido e na possibilidade
de o receptor entender a mensagem e modificar seu desempenho. Do mesmo modo, o
receptor deverá acreditar na sua capacidade de receber e decodificar a mensagem, no
conteúdo que lhe está sendo transmitido e na competência da fonte.
Mensagem
Tendo em vista aumentar a fidelidade da comunicação, são dois os fatores a serem
destacados: código e redundância.
Nesse contexto, mensagem é o produto da fonte: quando alguém fala, a mensagem é o
discurso; quando escreve, é escrita. Além disso, gestos e expressões corporais também são
mensagens.
O primeiro fator refere-se ao código, aqui definido como um conjunto ordenado de
símbolos que, por convenção, tenha o mesmo significado tanto para a fonte quanto para o
receptor como, por exemplo, os idiomas. Conseqüentemente, a fonte deve preocupar-se em
utilizar um código que seja comum a ela e ao receptor.
O segundo fator refere-se à redundância, aqui entendida como a repetição da
mensagem, ou seja, a transmissão da mesma informação mais de uma vez e de maneiras
diferentes para conferir à comunicação um maior coeficiente de segurança.
Veículo
Para influenciar o desempenho do receptor e aperfeiçoar a comunicação, o fator
essencial é a seleção dos veículos mais adequados pela fonte.
Como já foi visto, veículo é o meio ou conjunto de meios através do qual a mensagem
é transmitida. Pode ser uma aula expositiva, uma conversa, o estudo de um texto seguido de
um trabalho em grupo.
Na verdade, a mensagem é melhor entendida quando os veículos selecionados são da
preferência dos receptores, agem sobre diversos órgãos dos sentidos e envolvem diferentes
habilidades comunicativas. Assim, um receptor que ouve, vê, lê e discute a mensagem,
provavelmente poderá interpreta-la melhor do que aquele que simplesmente a ouve.
Situações de comunicação
Em sala de aula, no laboratório e na oficina de aprendizagem, o instrutor tem à sua
disposição três situações típicas de comunicação:
 Instrutor-aluno (ouvindo, vendo e aprendendo);
 Texto-aluno (lendo e aprendendo); e
 Aluno-aluno (aprendendo com o grupo).
Dinâmica: Telefone sem fio
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS
QUE PASSOS VOCÊ SEGUE PARA RESOLVER PROBLEMAS?
Dinâmica: Jogo de Palitos
TEXTO: Transferência de aprendizagem X Resolução de problemas
1 .Os educadores encontram-se atualmente empenhados em desenvolver um processo
educacional que resulte em desempenhos criativos, raciocínio crítico e resolução efetiva de
problemas por parte do aluno.
2. Pesquisas sobre transferência de aprendizagem indicam que a essência da criatividade e
resolução de problemas encontra-se na habilidade do aluno de transferir aprendizagens
anteriores para a solução de problemas novos. Essa habilidade de aplicar a situações
presentes experiências anteriores é um dos fatores mais relevantes para aperfeiçoar e
facilitar as percepções, insights, raciocínios e a criatividade.
3. A transferência de aprendizagem não representa uma questão nova para docentes e
alunos: há muito tempo que os docentes demonstram interesse por esse tema. Por que os
alunos têm o cuidado de escrever com clareza nas aulas de Português, mas o fazem de
maneira praticamente ininteligível nos trabalhos de Matemática? Como é que os alunos
conseguem resolver problemas de Matemática, mas se mostram, em Geografia, incapazes
de calcular a média de freqüência das chuvas?
4. Essas são apenas duas das muitas questões que incomodam os docentes; os alunos
possuem realmente conhecimentos e habilidades, mas não conseguem aplicá-los ás
situações novas que os exigem.
5. Os docentes necessitam, pois, planejar atividades por meio das quais os alunos
aprendam realmente a utilizar experiências anteriores relevantes para resolver situações
novas dentro de cinco minutos, amanhã, a semana que vem ou em qualquer ponto do futuro.
6. A essa habilidade intelectual, que consiste em aprender em uma determinada situação e,
posteriormente, utilizar essa aprendizagem - possivelmente de forma modificada ou
generalizada - em outras situações a que seja apropriada, dá-se o nome de transferência de
aprendizagem.
7. O fenômeno de transferência de aprendizagem é extremamente importante por duas
razões:
 a transferência é a essência da resolução de problemas, do pensamento criador e de
todos os outros processos mentais superiores, bem como de invenções e produções
artísticas;
 a transferência de aprendizagem pode ser uma verdadeira fonte de economia de
tempo e energia uma vez que a aprendizagem anterior facilita a nova aprendizagem. E
importante ressaltar que os efeitos desse fenômeno não são sempre positivos, podendo
aumentar o tempo necessário para se alcançar uma aprendizagem nova.
8. A transferência nem sempre ocorre de forma automática e eficaz, uma vez que ela
envolve a aprendizagem da própria capacidade de transferência. Assim, a transferência
significativa e eficaz só ocorre de forma previsível quando se planeja o ensino com o objetivo
de alcançá-la.
9. O processo de transferência fica muito claro quando se trata de desempenhos
observáveis. Um violinista pode aprender a tocar violoncelo mais rapidamente e com maior
facilidade do que um flautista. Um lingüista é capaz de aprender uma outra língua com maior
SENAI - 33
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
rapidez do que um professor de Matemática. Um piloto de aviação comercial consegue
aprender a dirigir um novo tipo de avião mais facilmente do que um motorista de ônibus.
10. Nesses casos, o violinista, o lingüista e o piloto já possuem algumas habilidades e
conhecimentos que podem ser transferidos para a nova aprendizagem e, assim, acelerá-la.
O flautista, o professor de Matemática e o motorista de ônibus, no entanto, são obrigados a
começar da estaca zero. Na verdade, possuir aprendizagens que possam ser transferidas
garante muito mais o sucesso da nova aprendizagem do que a idade ou o quociente de
inteligência da pessoa.
11. A transferência prejudica, ás vezes, novas aprendizagens: os conhecimentos ou
habilidades que o aluno já possui podem interferir na aquisição da nova aprendizagem. Se
uma pessoa aprendeu a dirigir carros com transmissão automática, será difícil lembrar-se de
usar o pedal da embreagem num carro com troca de marchas manual. Se ela aprendeu a
cozinhar num fogão a gás, será difícil não queimar a comida quando utilizar um fogão
elétrico pela primeira vez. Se ela está acostumado a dar marcha-ré num carro sem reboque,
será difícil lembrar-se de virar a roda no sentido contrário quando houver um reboque
atrelado a seu carro.
12. A transferência de aprendizagem é muito evidente nos casos acima descritos. Embora
seja, às vezes, difícil de perceber, a transferência pode estar presente, facilitando ou
dificultando a aprendizagem de fatos, conceitos, processos, crenças, atitudes e interesses
pelos quais os docentes são responsáveis.
13. Exemplos da aprendizagem de uma língua estrangeira podem esclarecer melhor a
facilidade ou dificuldade provocada pela transferência. A aprendizagem do significado de
palavras é facilitada quando as semelhanças entre elas produzem transferências adequadas
como, por exemplo, em mucho para muito; non para não; difficile para difícil; si para sim;
ambassador para embaixador. Do mesmo modo, a ordem das palavras nas diferentes
línguas pode produzir transferências inadequadas, uma vez que, por exemplo, white horse
quer dizer cavalo branco e não branco cavalo e 1 have not significa eu não tenho e não eu
tenho não.
14. A transferência também ocorre com relação a atitudes. Assim, por exemplo. uma pessoa
pode não simpatizar com outra, que lhe era até então desconhecida. porque lhe faz lembrar
alguém que a prejudicou no passado ou, então, uma pessoa pode rejeitar uma comida
porque lhe faz lembrar de alguma coisa desagradável.
15. Sempre que aprendizagens anteriores contribuem para a aquisição de uma nova
aprendizagem, essa facilitação é chamada transferência positiva. Quando, no entanto,
aprendizagens anteriores interferem com a aquisição de uma nova aprendizagem, essa
interferência é chamada transferência negativa.
16. Não há discordância entre os psicólogos sobre a ocorrência ou importância da
transferência, O ponto essencial consiste em como os docentes podem utilizar melhor a
transferência para facilitar a nova aprendizagem. E fundamental, portanto, para a eficácia
dos processos de ensino e aprendizagem, que seja estimulada, tanto quanto possível, a
transferência positiva, e minimizada ou eliminada qualquer transferência negativa.
17. Como se consegue melhorar a eficácia e a economia de aprendizagens que resultam do
processo de transferência? Primeiro, é necessário identificar os fatores que produzem a
transferência, positiva ou negativa. Segundo, deve-se aprender a reconhecer esses fatores
numa situação de ensino. Terceiro, ao planejar e ensinar, devem-se tais fatores em
consideração a fim de que funcionem em benefício do aluno.
SENAI - 34
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
18. São quatro os fatores que produzem a transferência positiva ou negativa:
 a semelhança entre a situação em que algo é aprendido e a situação para a qual essa
aprendizagem pode ser transferida;
 a associação que o aluno faz entre a aprendizagem nova e as anteriores;
 o grau de eficácia da aprendizagem original; e
 a percepção de elementos essenciais que existem tanto nas novas aprendizagens
quanto nas anteriores.
19. Existem algumas orientações que podem ajudar tanto os docentes quanto seus alunos
na aplicação de experiências anteriores à solução de situações novas ou modificadas:
 procure sempre levantar conhecimentos, habilidades e atitudes ligados a experiências
anteriores que são relevantes para as novas aprendizagens pretendidas;
 identifique e classifique as semelhanças e diferenças entre a aprendizagem anterior e a
nova que poderiam ser utilizadas para facilitar a transferência;
 relembre associações anteriores agradáveis, relacionadas com outras aprendizagens, e
as associe à situação atual de forma produtiva, mesmo que as novas aprendizagens sejam
diferentes;
 crie condições para que as transferências ocorram de forma natural;
 certifique-se de que a transferência de aprendizagem ocorreu no nível de desempenho
pretendido: e
 pratique, sempre que possível, o processo de transferência de aprendizagem, sem
esquecer-se que a própria transferência pode ser também transferida.
20. Capacidade de transferência (aplicação ou adaptação, por conta própria, de
conhecimentos, habilidades e atitudes já aprendidas a situações novas ou modificadas) e
Capacidade de resolução de problemas (combinação de conhecimentos e habilidades já
aprendidos, de forma criativa, que levem à descoberta de novos princípios, subsidiando o
aluno na resolução de problemas) são duas habilidades intelectuais que podem ser
ensinadas e aprendidas.
Dinâmica: A CORRIDA DE CARROS
Oito carros. de marcas e cores diferentes. estão alinhados, lado a lado, para uma
corrida. Estabeleça a ordem em que os carros estão dispostos. baseando-se nas seguintes
informações:
1.O Ferrari está entre os carros vermelhos e cinza.
2.O carro cinza está à esquerda do Lotus.
3.O Mclaren é o segundo carro à esquerda do Ferrari e o primeiro à direita do carro azul.
4.O Tyrrell não tem carro à sua direita e está logo depois do carro preto.
5. O carro preto está entre o Tyrrell e o carro amarelo.
6. O Shadow não tem carro algum à esquerda: está à esquerda do carro verde.
7. A direita do carro verde está o March.
8.O Lotus é o segundo carro à direita do carro creme e o segundo à esquerda do carro
marrom.
9. O LoIa é o segundo carro à esquerda do Iso.
SENAI - 35
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Dinâmica: Caça ao Conde Drácula (situação-problema e orientações)
Recentemente ocorreu na Transilvânta um terremoto que não teve grandes
repercussões internacionais devido à sua baixa intensidade. Esse terremoto no entanto,
atingiu o castelo do Conde Drácula, fazendo com que a estaca de carvalho, que fora usado
para matá-lo, se deslocasse dos seus restos mortais e lhe devolvesse a vida. Criou-se, pois,
uma situação dramática: algo deve ser feito urgentemente para que o Senhor das Trevas
não volte a instalar seu reinado de terror. A tarefa do grupo é matá-lo o quanto antes,
aproveitando os momentos em que ele ainda se encontra em seu castelo, fazendo planos
para seu retorno triunfal. Para tanto, o grupo deverá descobrir, a partir deste instante, em
que dia e em que hora se dará a primeira oportunidade para eliminar Drácula, tendo como
base as seguintes orientações:
 O Conde Drácula é um vampiro.
 O Conde Drácula dorme em seu caixão.
 O caixão de Drácula fica na cripta do seu castelo.
 Vocês estão em Londres, na Inglaterra.
 Não há vôo direto da Inglaterra para a Transilvânia.
 Hoje é segunda-feira.
 O próximo vôo para Budapeste sai hoje, às 18 horas.
 O vôo de Londres a Budapeste dura cinco horas.
 Só é possível matar o vampiro cravando uma estaca de carvalho em seu coração.
 Não existem carvalhos na Transilvânia.
 Só é possível comprar estacas de carvalho em uma loja do aeroporto de Budapeste.
 Devido a um feriado local, a loja do aeroporto de Budapeste estará fechada hoje e
amanhã.
 O vôo de Budapeste para a Transilvânia sai às terças e quintas-feiras, às catorze
horas, e a viagem dura uma hora.
 A estação de trem mais próxima do castelo é Novahuny.
 O trem que vai do aeroporto da Transilvânia até Novahuny parte às segundas,
quartas e sextas-feiras, ao meio dia, e a viagem dura seis horas.
 A chave que abre a cripta do castelo de Drácula está pendurada num prego, na
sacristia da Igreja de Novahuny, localizada ao lado da estação ferroviária.
 Os vampiros só podem ser mortos à luz do dia.
 A Igreja de Novahuny fica aberta do nascer ao pôr-do-sol.
 Na Transilvânia, o sol nasce às nove horas e se põe às 17 horas e 30 minutos.
 A Igreja de Novahuny está a 81 quilômetros do castelo de Drácula.
 Nove quilômetros por hora é o mais rápido que vocês conseguem caminhar da Igreja
até o castelo, uma vez que o terreno é rochoso e escarpado:
Não se esqueçam de levar uma corrente de ouro com uma cruz e um colar de dentes
de alho para pendurar no pescoço, caso tenham que dormir no castelo.
Dinâmica: Jogo dos casais (situação-problema e orientações)
Três casais foram a um restaurante jantar para comemorar o aniversário de casamento
de um deles. Sentaram-se à volta de uma mesa redonda e, conscientemente, cada marido
acabou ficando em frente de sua respectiva esposa. Vocês devem descobrir o nome de
cada um deles, o sobrenome do casal e a profissão dos maridos, tendo como base as
seguintes orientações:
SENAI - 36
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
 Lourdes sentou-se na cadeira número 1, à direita do marido de Silene e à
esquerda do professor.
 O artista gráfico ficou à direita da esposa de Ernesto.
 O advogado sentou-se à direita da Sra. Bandeira.
 Susy Cardoso ficou sentada entre lvan e o Sr. Matos.
Para facilitar a tarefa, preencham o quadro abaixo, à medida que vocês forem
identificando os dados.
Marido Esposa Sobrenome do casal Profissão do marido
Baseando-se nos resultados obtidos, responda à seguinte pergunta: Qual é o nome da
esposa de Odeval?
Dinâmica: Jogo dos Quadrados
Dinâmica: Calendário diferente ou jogo da torre ou o Rei Bondoso
BLOQUEIO DA CRIATIVIDADE
CRIATIVIDADE
QUALIDADES DO PENSAMENTO CRIATIVO
1 – Efetividade:
Os problemas podem ser revolvidos, basta que tenhamos uma atitude criativa ao lidar
com eles.
PROBLEMA é um termo relacionado a qualquer preocupação, desejo ou aspiração que
possamos ter, não envolvendo necessariamente aspectos negativos.
RESOLUÇÃO tem o sentido de modificação ou adaptação de nós mesmos ou de uma
situação, significando, portanto, mudanças para um novo comportamento.
2 – Flexibilidade:
É o processo de mobilidade, de poder ir e vir durante a elaboração do pensamento.
3 – Pensamento Divergente e Pensamento Convergente:
SENAI - 37
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
 Divergente – é aquele que explora possibilidade, procura múltiplas respostas, não
busca soluções certas, evita julgamentos e aceita todas as idéias.
Quando do uso do pensamento divergente o sujeito deve adotar algumas atitudes que
facilitem o seu fluir: adiar o julgamento; procurar muitas idéias; aceitar todas as idéias
(nesse caso a quantidade é mais importante que a qualidade); “espichar” os conceitos;
deixar em fogo lento; fazer muitas combinações.
 Convergente – é aquele que procura a melhor solução, usa critérios avaliadores,
busca objetividade, examina prós e contras, julga e critica as respostas.
Quando em uso do pensamento convergente, o agente criativo deve Ter as seguintes
atitudes, dentre outras: ser explicito; evitar fechamentos prematuros; examinar os pontos
difíceis; usar julgamentos afirmativos, Ter sempre em vista o objetivo.
O pensamento divergente, sem dúvida, deve ir em primeiro lugar, quando se busca
resolver um problema de forma criativa. Entretanto, ele deve ser seguido pelo
pensamento convergente. Em outras palavras, é o pensamento divergente que vai na
ajudar a buscar novas idéias, novas possibilidades para se resolver o problema.
Entretanto, é o pensamento convergente que vai ajudar a avaliar, dentro de uma enorme
gama de possibilidades, a solução que vai ajudar a colocar em prática a melhor idéia
encontrada.
Dinâmica: Tempestade de Idéias – Brainstorming
Dinâmica: Discussão Circular (bate-bola)
TEXTO: MANTENHA-SE MOTIVADO
Mesmo gostando de seu emprego, você se sente às vezes, meio “cansado” do que faz e
acha que está caindo na rotina? Pode ser sinal de que está na hora de trocar de trabalho ou
simplesmente um sintoma de falta de motivação. Veja como o profissional pode adotar
técnicas de automotivação, como investir em um novo curso de aprimoramento.
Tenha entusiasmo – Não espere o sucesso chegar para se motivar. O entusiasmo e o
otimismo, características de quem transforma as situações, são os fatores que costumam
atrair ainda o sucesso.
Esteja sintonizado – Tente acompanhar as transformações tecnológicas, na medida do
possível. A ansiedade de querer aprender tudo certamente leva à desistência rápida e à
aversão às inovações.
Dedique-se – Com inteligência, o profissional é capaz de discernir, distinguir e decidir no
trabalho. Mas somente a inteligência e a vontade levam à ação. Uma sem a outra não faz
sentido.
Pare de reclamar – Não dixe que acontecimentos sem importância criem um clima de
insatisfação ao seu redor. Há emprego que só reconhece as qualidades de uma empresa
após ser dispensado.
Invista na carreira – Não reclame de que a empresa não dá oportunidade de
aperfeiçoamento profissional, como cursos e seminários. A primeira pessoa que deve
investir em você é você mesmo.
SENAI - 38
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Fale e ouça mais – Comunique-se mais com seu chefe e subordinados. A comunicação é
capaz de resolver muitos que, às vezes , são superdimensionados pelos dirigentes das
empresas.
Dê e peça autonomia – Quem melhor pode resolver um problema, muitas vezes, é quem
está em contato com ele no dia-a-dia. Por isso, Ter autonomia pode ser o caminho mais
curto para diagnosticar falhas.
Engaje-se – Em certos casos, a falta de comprometimento da equipe é culpa dos próprios
chefes, que, ao dar autonomia, não costumam permitir os erros. Abra espaço para a
liberdade de criar.
PENSAMENTO
“Quanto mais aumenta nosso conhecimento, mais evidente fica nossa ignorância” John F. Kennedy
MUDANÇAS E PARADIGMAS
TEXTO: MUDANÇA
A mudança é normal e natural em cada organização. Ocorre porque o mundo tanto
dentro como fora da organização é dinâmico, não estático. Não há maneira pela qual os
administradores e os empregados possam fugir à mudança.
Visto que uma organização é um sistema complexo, no qual todas as partes se afetam
mutuamente, uma importante mudança em qualquer ponto da organização geralmente afeta
um outro.
É provável que todas as mudanças produzam alguns custos. Precisamos administrar a
mudança de um modo que aumente seus benefícios e reduza seus custos. A abordagem é
mais pró-ativa do que reativa, a fim de ser feita uma contribuição positiva para a situação.
O objetivo da mudança é aumentar os benefícios potenciais, ao mesmo tempo em que
reduz custos, de modo que sejam aumentados os benefícios líquidos humanos e
organizacionais.
Uma dificuldade na introdução da mudança é que diferentes pessoas são afetadas por
ela de maneiras diferentes. Algumas podem beneficiar-se, ao passo que outras podem ter
prejuízo.
CUSTOS PSÍQUICOS DA MUDANÇA
As pessoas submetidas à mudança em geral também são submetidas a custos
psíquicos, que são tensão, esforço e ansiedade que afetam o seu intimo durante um período
de mudança. Devidamente, uma mudança indesejável, perturbadora, pode produzir tensão;
mas do mesmo modo uma mudança desejável, como uma promoção, também pode ser
estressante. Uma promoção pode exigir que uma pessoa aprenda novas aptidões, que
desenvolva novos contatos, que forme novas amizades; e estes requisitos podem ser
estressantes.
BARREIRAS À MUDANÇA
Barreiras à mudança são fatores ambientais que interferem na aceitação e implantação
da mudança. Entre eles encontram-se custos econômicos, dificuldades em obter
financiamento, problemas com nova tecnologia e falta de recursos. Contudo, a barreira mais
difícil é a freqüente oposição do empregado à mudança. A isto se dá o nome de resistência
à mudança. Algumas vezes as pessoas permanecem como uma muralha contra a mudança.
SENAI - 39
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
A resistência do empregado à mudança é de três tipos diferentes: lógico, psicológico e
sociológico.
SENAI - 40
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
 Lógica; racional.
 tempo necessário para ajustamento;
 esforço extra para reaprender;
 possíveis condições menos desejáveis, como degradação de aptidões;
 custos da mudança;
 diferente avaliação da mudança.
 Psicológica; emocional.
 medo do desconhecido
 baixa tolerância à mudança
 desgosto em relação à gerência ou outro iniciador de mudança
 falta de confiança nos outros
 necessidade de segurança; desejo de status quo
 Sociológica; interesses grupais.
 Coalizações políticas
 valores grupais opostos
 perspectiva estreita, provinciana.
 interesses supostamente adquiridos
 desejo de reter as amizades existentes
A resistência interfere nos esforços da administração de implantar mudança,
usualmente é considerada como indesejável. Por outro lado, tem alguns possíveis
benefícios. Por exemplo, a resistência pode encorajar a administração a reexaminar suas
propostas de mudança, para que esteja mais certa de sua adequação. Desta maneira, os
empregados operam como uma verificação e equilíbrio a fim de assegurar que a
administração planeje e implante apropriadamente uma mudança.
IMPLANTAÇÃO DA MUDANÇA
O planejamento cuidadoso é fundamental para o sucesso de uma mudança e é
importante o envolvimento de todos desde o início. Quando a mudança é introduzida
apressadamente sem que se pense o suficiente nas pessoas, a mudança fracassa.
A participação é a prática-chave que encoraja os empregados a discutir, comunicar,
fazer sugestões e interessar-se pela mudança. Ela encoraja compromisso, em lugar de mero
cumprimento da mudança. Compromisso implica motivação para apoiar uma mudança e
trabalhar para garantir que ela funcione efetivamente.
À medida que a participação aumenta, a resistência à mudança tende a diminuir. A
resistência declina porque os empregados têm menos motivo para resistir. Suas
necessidades estão sendo consideradas, e por isso eles se sentem garantidos em uma
situação de mudança. A participação alcança profundamente as nascentes da natureza
humana para produzir segurança, cooperação e sentimentos de valor pessoal.
A administração procura envolver os que apoiam à mudança e os que se opõem a ela,
porque o envolvimento tende a reduzir a oposição. Ocasionalmente a administração escolhe
um líder da oposição para presidir um grupo de trabalho que implanta a mudança.
A comunicação freqüente e aberta encoraja o entendimento. É improvável que os
empregados dêem seu apoio a qualquer mudança que não compreendam. É preciso garantir
que os supervisores, gerentes, pessoal de assessoria e especialistas de pessoal estejam se
comunicando totalmente a respeito de qualquer mudança iminente.
Apostila de relações interpessoais.doc
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  • 1. SENAI - 1 RELAÇÕES INTERPESSOAIS APRESENTAÇÃO DOS ALUNOS E INSTRUTOR GRUPO DE EMPATIA Tema: Se lhe ocorresse uma idéia importante e você quisesse transmiti-la a um número muito grande de pessoas, como você procederia? Você Sabe Ouvir? 01 — Para ouvir, você vira-se na direção de quem fala e olha diretamente para ele? ( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente 02 - Ao ouvir, você observa a pessoa que está falando? ( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente 03 Pela aparência e maneira de falar do interlocutor, você sabe se o que ele tem a dizer deve ser considerado? ( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente 04 - Você costuma ajudar o outro a se expressar, completando o que ele tem a dizer? ( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente 05 - Enquanto ouve, você examina seus próprios pontos de vista e prepara sua contra argumentação? ( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente 06 - Você concentra sua atenção em quem está lhe falando, evitando distrair-se ou pensar em outra coisa? ( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente 07 - Ouvindo uma opinião com a qual não concorda, você interrompe imediatamente quem lhe fala? ( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente 08 -Antes de emitir sua opinião sobre alguma coisa que ouviu, você procura certificar-se de que compreendeu o que lhe foi dito? ( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente 09 -Mesmo sentindo que as suas convicções estão sendo abaladas pelo que o outro está dizendo, você continua atento à mensagem? ( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente 10 -Você fica especialmente atento para as “deixas” do Outro, visando reforçar sua contra argumentação? ( ) Geralmente ( ) Ás vezes ( ) Raramente
  • 2. SENAI - 2 RELAÇÕES INTERPESSOAIS COMO OUVIR 1- Uma pesquisa sobre interação interpessoal revelou que, do tempo que passamos acordados, gastamos em média 75% em comunicações verbais: 40% falando, 60% ouvindo. Assim, por exemplo, das 16 horas que uma pessoa passa acordada, utilizará, doze, em média, interagindo com outras pessoas. Dessas doze, ela falará cerca de cinco horas ouvirá durante aproximadamente sete horas. E, no entanto, a maior parte das pessoas não sabe ouvir! 2- Na verdade, ouvir é muito mais complexo do que escutar. Enquanto escutar pode ser descrito como processo neurofisiológico, ouvir envolve também aspectos intelectuais e emocionais. Um microfone, por exemplo, escuta mais não ouve. 3- O Hagar escuta muito bem! Será que ele ouve tão bem quanto escuta? 4- Ouvir, pois, é mais do que deixar entrar ondas de som pelos ouvidos, bem como ler é mais do que olhar a palavra impressa. Não existe conexão direta entre acuidade auditiva e o ato de ouvir. Às vezes, os que escutam melhor se mostram os piores ouvintes. 5- A qualidade pessoal prontidão para ouvir pode ser melhorada através de exercícios; existem, no entanto, alguns obstáculos a vencer. Um deles é normalmente não reconhecemos nossas deficiências nesse aspecto. O outro é que pensamos muito mais rapidamente do que falamos: durante um minuto, pensamos aproximadamente o equivalente a 500 palavras, embora não consigamos emitir mais do que 125. Isso significa que, para cada minuto que alguém fala conosco, dispomos normalmente de um tempo para pensar correspondente a 400 palavras. 6- O bom ouvinte tira proveito da rapidez com que pensa, aplicando o tempo disponível para refletir sobre as idéias que estão sendo apresentadas. Já o mau ouvinte torna-se logo impaciente, dispersivo, desatento, prejudicando completamente a conversa. 7- Além disso, como temos maior propensão a falar do que a ouvir, interrompemos freqüentemente nossos interlocutores. Um dos resultados desse costume é termos pessoas falando ao mesmo tempo ou levantando suas vozes para tentar se fazer ouvir. 8- Interromper a fala significa violar uma das regras fundamentais da comunicação humana, ou seja, a que permite a livre expressão de sentimentos e opiniões. Devemos, portanto, guardar nossos comentários para o final da fala, quando teremos então oportunidade para esclarecer as dúvidas.
  • 3. SENAI - 3 RELAÇÕES INTERPESSOAIS 9- A natureza, sabiamente, atribuiu a cada homem dois ouvidos e uma língua, procurando mostrar-lhe que deve ouvir mais e falar menos. Logo, “ que seja cada um de vós pronto pra ouvir, mas tardio para falar....” (Tg 1,19). 10- Ouvir é difícil; trata-se, na verdade, de um ato voluntário e consciente. Vivemos mergulhados em cogitações pessoais, não conseguindo ficar, mesmo por alguns segundos, sem pensar em nós mesmos. Já ouvir implica renunciar aos nossos problemas em favor do próximo. Essa talvez seja a principal razão de ouvirmos tão mal os outros! 11-Assim como o pior cego é aquele que não quer ver, o pior surdo é que não quer ouvir. Podemos, a qualquer momento, deixar de ouvir e continuar dando a impressão de estarmos atentos, interessados e concentrados. 12- Todas as pessoas (não só as mulheres ) gostam de bons ouvintes! 13-Concentração é uma qualidade essencial do bom ouvinte. Entende-se por capacidade de concentração a dedicação intelectual a um trabalho de maneira tão intensa que as condições ambientais não prejudiquem o ato de ouvir. O mau ouvinte tende a distrair-se com facilidade; o bom ouvinte, por sua vez, combate a distração, desligando-se do ambiente, aproximando-se mais da pessoa que fala, olhando-a atentamente nos olhos e só a interrompendo quando for necessário esclarecer um ponto antes de passar a outro. 14- 15- Dois psicólogos famosos, estudiosos dos processos de ensino e aprendizagem, já manifestaram suas opiniões a respeito do tema abordado por Calvim. O primeiro afirmou: “você pode levar um cavalo até a fonte mas não pode obrigá-lo a beber água!” O segundo, então, contra-argumentou : “antes de tudo, é necessário deixar o cavalo sedento. Depois pode-se levá-lo à fonte, onde ele certamente beberá a água!” 16-Os posicionamentos assumidos por esses psicólogos indicam, respectivamente, o respeito às pessoas e a influencia do ambiente sobre elas. Trata-se na verdade, de
  • 4. SENAI - 4 RELAÇÕES INTERPESSOAIS questões para reflexão ; não podemos esquecer-nos, no entanto, de que o instrutor deve conseguir e manter a atenção e seus alunos, uma vez que, sem ela, dificilmente ocorrerão as aprendizagens pretendidas. É possível que os alunos prestem atenção sem estarem interessados no assunto, mas é bastante improvável que se interessem por um determinado tema se não estiverem atentos 17-Ninguém fala durante um bom tempo sem tocar em algum preconceito ou convicção especial de seu interlocutor. O mau ouvinte, preocupado em revidar o suposto ataque, pára automaticamente de ouvir. O bom ouvinte, no entanto, continua a prestar atenção aos argumentos, aguardando o final da fala para manifestar-se. 18- Todos os estudos sobre a prontidão para ouvir enfatizam a importância do interesse. Dessa forma, ouvimos melhor quando o assunto nos interessa particularmente ou quando nossa curiosidade é por ele despertada. O mau ouvinte, diante de um assunto que não lhe interessa, considera-o imediatamente pobre, deixando em seguida de prestar atenção a ele. O bom ouvinte, ao contrário, procura sempre descobrir no que está sendo exposta alguma coisa interessante e aproveitável. 19- 20-Devemos acostumar-nos a “ouvir nas entrelinhas”. Quem fala nem sempre traduz seus pensamentos apenas em palavras. Assim, variação de tom e volume de voz, as expressões fisionômicas, os gestos,...pode afetar de forma significativa a mensagem que está sendo transmitida oralmente. 21- Saber ouvir tem suas compensações. O bom ouvinte adquire prestígio junto às pessoas, conquistando a simpatia de todos. Ouvir é aceitar o outro socialmente; daí o nosso apego às pessoas que nos ouvem com atenção! 22-
  • 5. SENAI - 5 RELAÇÕES INTERPESSOAIS 23- 24-O bom ouvinte conta, ainda, com outras vantagens: tem acesso a informações mais completas, economiza tempo, avalia melhor se suas opiniões estão sendo entendidas, estimula seu interlocutor falar e previne mal- entendidos. 25-Ouvir é, ainda, essencial para a promoção da empatia. Essa qualidade consiste em saber lidar compreensivamente com opiniões e posições alheias, o que só ocorre se conseguirmos ouvir atentamente o que os outros têm a dizer. 26-A empatia pertence à mesma família da simpatia mas, enquanto empatia quer dizer “eu sinto como você”, simpatia significa “eu sei como você está sentindo”. Qualquer pessoa poderia dizer a segunda frase, mas somente um bom ouvinte seria capaz de dizer a primeira! ATITUDES DO BOM OUVINTE Falamos muito e ouvimos pouco. Nossa capacidade de ouvir em geral é pouco desenvolvida, apesar de estarmos na era da palavra falada, do diálogo, da comunicação. Ao ouvir alguém:  Coloque-se em frente do interlocutor e olhe para ele enquanto você o ouve.Isso facilita a comunicação;  Ouça sem interromper, mesmo quando esteja em desacordo. Dê ao outro a oportunidade de expressar-se até o fim;  Enquanto ouve, não faça outra coisa. Evite distrair-se com sons ou acontecimentos do ambiente. Concentre-se totalmente ao ouvir a pessoa. Todos estão ávidos de atenção. Quem não gosta de ser ouvido?  Manifeste desejo de conhecer como pensam os outros. Todos gostam de ser objeto de interesse;  Não prepare a resposta enquanto o outro fala. Se você assim faz, não compreenderá ou apreenderá em parte o que o outro tem a dizer e, conseqüentemente, sua resposta poderá não ser adequada ao que o outro disse. Daí, surgem os desentendimentos, discussões inúteis, os diálogos de surdos;  Antes de dar a sua opinião ou falar alguma coisa, certifique-se de que compreendeu, repetindo o que ouviu. Faça isso principalmente quando o seu modo de pensar difere do de seu interlocutor, pois talvez esse seja o momento mais difícil de se escutar o outro com atenção;  Ouça para compreender e não para responder. Isso significa que seu primeiro
  • 6. SENAI - 6 RELAÇÕES INTERPESSOAIS objetivo ao ouvir alguém deverá ser tentar compreender exatamente o que ele pretende comunicar-lhe. A resposta virá depois;  Muitas vezes, a aparência engana. Não julgue o outro pelo modo de se vestir, de falar, pela expressão, “pelo jeitão” ou se o que a pessoa tem a falar vale ou não ser ouvido, O que uma pessoa fala é importante para ela. Ultrapasse a “casca”. Por que não lhe dar um pouco de atenção?  Não antecipe o que o outro vai dizer, mesmo que você tenha a certeza do fim. A pessoa sente-se desrespeitada, desvalorizada, podendo agredir e adeus comunicação eficiente;  Tome cuidado para que as suas preocupações e preconceitos não se integrem à mensagem e criem em você o hábito da distorção;  Procure não se deixar levar pelas emoções, selecionando, isto é, ouvindo só o que lhe convém ou adaptando o que ouve às próprias conveniências;  Não se desligue, mesmo que suas convicções estejam abaladas. A opinião do outro pode abrir-lhe novas perspectivas, O espírito aberto enriquece-se mais. “O pior surdo á aquele que não quer ouvir”;  Tente descobrir os fatos que o levam a selecionar o que ouve e a desligar-se; preconceito, tabus, inveja, insegurança, sentimento de inferioridade ou de superioridade, hostilidade, desejo de dominar, rivalidade, etc.;  Quando ouvir, distinga fatos de opiniões e impressões. Muitos desentendimentos surgem porque confundimos fatos, acontecimentos, com impressões, opinião ou inferências;  Abra seu espírito para ouvir tudo o que o outro diz. Evite registrar apenas os pontos discutíveis ou falhos;  Enquanto ouve esforce-se para compreender o ponto de vista do outro; procure “entrar na pele do outro”. Tente perceber como o outro percebe. Tal atitude é a fina flor da capacidade de ouvir. E como é gostoso ser ouvido com atenção. interesse, receptividade, carinho. Eu, você, todos precisamos ser ouvidos para nos sentirmos mais valorizados, para nos sentirmos mais gente! DEFINIÇÃO DAS QUALIDADES PESSOAIS Foram elaboradas definições para as palavras e expressões que representam qualidades pessoais. 1 - Organização e execução do trabalho Esta qualificação-chave tem como campos de aplicação o planejamento, a execução e a avaliação do trabalho. Auto-suficiência: execução e avaliação de um trabalho pelo aluno a partir de critérios e procedimentos por ele próprio estabelecidos. Capacidade de auto-avaliação: avaliação realizada e justificada pelo próprio aluno em relação ao trabalho por ele desenvolvido, de acordo com objetivos e critérios por ele mesmo estabelecidos.
  • 7. SENAI - 7 RELAÇÕES INTERPESSOAIS Capacidade de planejamento: tomada de decisões sobre a realização de um trabalho pelo próprio aluno; execução e avaliação de acordo com os procedimentos planejados. Coordenação: organização metódica das atividades planejadas, dentro do tempo previsto, para conseguir desenvolver o trabalho sem dificuldades. Determinação: desenvolvimento, com firmeza e sem vacilação, de ações planejadas que levem ao alcance dos objetivos pretendidos. Precisão: execução de um trabalho de acordo com as especificações técnicas definidas no projeto. Racionalização: planejamento e execução de tarefas, de forma objetiva e econômica, tendo em vista um processo mais eficiente de trabalho. Zelo: execução cuidadosa de um trabalho, com dedicação e responsabilidade. 2 - Comunicação interpessoal Esta qualificação-chave tem como campos de aplicação relacionamento entre pessoas e o comportamento grupal. Cooperação: disposição de trabalhar eficazmente com outras pessoas em um grupo; prontidão de oferecer espontaneamente ajuda aos outros, sem tirar proveito da situação. Empatia: tendência de colocar-se no lugar dos outros”, ou seja, saber lidar compreensivamente com opiniões e posições alheias. Imparcialidade: adoção de um comportamento aberto, honesto e justo em relação a outras pessoas. Integração: adaptação de uma pessoa a um grupo e vice-versa. Liderança emergencial: tendência a “tomar as rédeas” do trabalho em grupo quando o assunto tratado pertencer á sua área de competência. Manutenção do diálogo: esforço do participante de um grupo no sentido de trocar idéias e opiniões sobre um assunto até que se alcance consenso. Objetividade na argumentação: apresentação e defesa objetiva de opiniões pessoais, durante o desenvolvimento de trabalhos em grupo, sem envolvimento emocional. Participação: disposição de oferecer contribuições ao grupo; prontidão para ouvir as opiniões alheias. Receptividade: prontidão de aceitar posicionamentos expressos por outras pessoas, de maneira aberta, atenta e interessada. 3 - Autodesenvolvimento Esta qualificação-chave tem como campos de aplicação a utilização de técnicas de aprendizagem e a prática da transferência e resolução de problemas pelo próprio aluno. Capacidade de pesquisa: habilidade de localizar e selecionar informações necessárias
  • 8. SENAI - 8 RELAÇÕES INTERPESSOAIS ao desenvolvimento do seu trabalho. Capacidade de resolução de problemas: combinação de conhecimentos, habilidades e técnicas de trabalho já aprendidos, de forma criativa, que levem à descoberta de novos princípios, subsidiando o aluno na resolução de problemas. Capacidade de transferência: aplicação ou adaptação, por conta própria, de conhecimentos, habilidades e técnicas de trabalho já aprendidos a situações novas ou modificadas que lhe são atribuídas. Expressão oral e escrita: descrição oral e ou escrita de fatos e pensamentos de forma clara, compreensível e adequada. Generalização: estabelecimento de conclusões gerais a partir de informações parciais. Leitura e interpretação de desenhos e circuitos: habilidade de visualizar o produto final de um o produto final de um projeto e seu funcionamento a partir da análise de sua representação gráfico-técnica. Leitura e interpretação de textos: compreensão das idéias veiculadas numa comunicação escrita. Prontidão para aprender: disposição de aperfeiçoar seus conhecimentos, habilidades e atitudes para atender a carências identificadas em si mesmo. Utilização de técnicas de aprendizagem: aplicação, por conta própria, de técnicas de ensino e de aprendizagem, já apresentadas pelo instrutor, para desenvolver um projeto individualmente ou em grupo. 4 - Autonomia e responsabilidade Esta qualificação-chave tem como campos de aplicação a independência e o compromisso do aluno, respectivamente, enquanto pessoa e participante de um grupo. Consciência de qualidade: vontade de melhorar cada vez mais o produto final do seu trabalho, controlando tanto as próprias ações como as dos outros. Consciência de segurança: manutenção de postura preventiva, por iniciativa própria, durante o desenvolvimento do seu trabalho. Disciplina: disposição para cumprir obrigações, regras e papéis estabelecidos tanto pela própria pessoa, quanto pelo grupo, empresa ou Sociedade. Envolvimento: disposição para “vestir a camisa”; prontidão de responsabilizar-se, individualmente ou em grupo, pelos resultados obtidos no trabalho. Iniciativa: disposição para assumir e desenvolver um trabalho de forma espontânea e rápida. Julgamento: apresentação de opinião favorável ou desfavorável, acompanhada de justificativa de seu ponto de vista, sobre idéias de outras pessoas. Reconhecimento das próprias limitações: avaliação de seu próprio desempenho, mesmo quando desfavorável.
  • 9. SENAI - 9 RELAÇÕES INTERPESSOAIS 5 - Resistência à pressão Esta qualificação-chave tem como campo de aplicação os esforços físicos e mentais despendidos pela pessoa quando diante de condições desfavoráveis. Atenção: vontade de dirigir os seus sentidos para situações de aprendizagem ou de trabalho, durante um certo período. Capacidade de concentração: dedicação intelectual a um trabalho de maneira tão intensa que as condições ambientais não interfiram nos pensamentos e ações. Compensação de posturas físicas: execução de movimentos compensatórios, por iniciativa própria, durante o desenvolvimento trabalho. Flexibilidade: adaptação, consciente e rápida, de ações e atitudes planejadas diante de situações que se modificam Perseverança: manutenção, num mesmo nível, da capacidade de trabalho durante um longo período, mesmo diante de situações monótonas e repetitivas. Prontidão para ouvir: disposição para assumir conscientemente o papel de ouvinte quando alguém estiver falando. A PARÁBOLA DE KUAN TZU E O PAPEL DO INSTRUTOR Um dos objetivos dos modelos atuais de formação profissional é fazer com que as pessoas se. tornem cada vez mais independentes, ou seja, que elas consigam - com o tempo - resolver sem ajuda os problemas com os quais se defrontam. Na verdade, esse é também um dos objetivos do PETRA, que prevê a realização de uma série de atividades pelos próprios alunos: estudar, pesquisar, resolver problemas, trabalhar em grupo, transferir aprendizagens,... O instrutor, em geral, não esta preparado para promover em seus alunos a desejada autonomia. Assim, por exemplo, quando pretende que seus alunos pesquisem sozinhos um determinado tema, ele normalmente adota dois procedimentos distintos. Num deles, ele simplesmente solicita a realização da tarefa, deixando os alunos, em sua grande maioria, frustrados por não se sentirem capazes de resolver o problema. Noutro, ele mesmo faz a pesquisa e dá uma aula sobre o tema, negando aos alunos a oportunidade de aprender a buscar informações por conta própria. Em ambos os casos, os alunos dificilmente aprenderão a habilidade pretendida, tornando-se cada vez mais dependentes. Já o instrutor devidamente preparado para lidar com essa situação, apresenta inicialmente um roteiro de pesquisa e orienta os alunos no sentido de reproduzi-lo e reorganizá-lo. Posteriormente, ele cria situações novas ou modificadas para que os alunos transfiram aprendizagens e resolvam todo e qualquer problema de busca de informações, com a maior autonomia possível. Kuan Tzu, filósofo chinês que viveu no século III a. C., já manifestava em sua época preocupações com a educação do homem para a autonomia. Assim expressava-se ele:
  • 10. SENAI - 10 RELAÇÕES INTERPESSOAIS “Se você pretende plantar para um ano, semeie o grão! Se você pretende plantar para uma década, plante uma árvore! Se você, porém, pretende plantar para toda a vida, eduque o homem!”. Se você der a um homem um peixe, ele se alimentara uma vez. Se, no entanto, você o ensinar á pescar, ele se alimentara a vida inteira!” Na década de 70, foi veiculado pela televisão um anúncio que, por meio de um desenho animado, apresentava de forma criativa as idéias de Kuan Tzu. O trabalho do desenhista foi tão feliz que merece ser aqui reproduzido e analisado. 0 primeiro segmento do filme, resumido nos seis quadros abaixo, apresenta um homem faminto tentando conseguir, sem, sucesso, alimento por seus próprios meios. Observando-Se a seqüência, torna-se evidente a falta experiência desse homem para resolver problemas dessa natureza. Nesse contexto, conseguir alimento pode ser entendido como buscar informações, trabalhar em grupo, resolver problemas,... Os alunos, no entanto, não nascem sabendo lidar com essas situações e, diante dos primeiros insucessos, podem sentir-se desencorajados e desistir de realizar essas tarefas. O segundo segmento, resumido nos cinco quadros abaixo, apresenta o homem faminto resolvendo aparentemente seu problema, ou seja, conseguindo junto a um amigo um peixe.
  • 11. SENAI - 11 RELAÇÕES INTERPESSOAIS Observando-se o último quadro da seqüência, torna-se claro que o problema foi apenas momentaneamente resolvido. Nesse contexto, dar o peixe pode ser entendido como dar informações, modelos, soluções,... E importante ressaltar que o amigo, ao dar o alimento, não agiu errado, embora pudesse ter aproveitado a oportunidade para fazer algo mais. O terceiro e ultimo segmento, resumido nos nove quadros abaixo, apresenta o homem faminto resolvendo definitivamente seu problema, ou seja, conseguindo que um amigo o ensine a pescar. Nesse contexto, ensinar a pescar pode ser entendido como ensinar a buscar informações, trabalhar em grupo, resolver problemas,... importante ressaltar que esse
  • 12. SENAI - 12 RELAÇÕES INTERPESSOAIS amigo;  ouve atentamente o homem faminto para descobrir qual é definitivamente o problema;  apresenta ou relembra informações necessárias para resolver a situação, sem dar no entanto a solução;  mostra o caminho a ser percorrido para solucionar o problema;  observa e reforça os desempenhos apresentados pelo homem;  avalia o desempenho do novo pescador; e demonstra satisfação por tê-lo ensinado a pescar. COMO VOCÊ ESTUDA? QUE ORIENTAÇÕES VOCÊ SEGUE AO RESUMIR UM TEXTO? Considerações Sobre o Resumo de Textos 1. O resumo tem por objetivo apresentar, com fidelidade e em forma compacta, idéias ou fatos essenciais contidos num texto. Resumo, pois, não se confunde com cópia integral de textos, nem com atividade de corte e colagem. 2. A ordem em que as idéias ou fatos são apresentados dever ser respeitada no esforço de reproduzir as articulações lógicas do texto, mantendo sua estrutura e seus pontos essenciais. Na verdade, a maior dificuldade em se resumir reside na busca do essencial e no cuidado com a fidelidade. 3. Os resumos, dependendo de sua extensão, podem receber muitas denominações: abstracts, compilações, esquemas, fichas de leitura, resenhas, sinopses, sínteses, 4. o autor de um texto coloca, normalmente, seu objetivo no primeiro parágrafo e sua conclusão no último. Numa dissertação, é fundamental separar a parte teórica dos exemplos e aplicações. A parte teórica deverá figurar sempre no resumo, ao passo que os exemplos e, mesmo as explicações longas, poderão ser abreviadas ou até suprimidas. 5. Numa dissertação, os parágrafos – em geral – marcam as partes da estrutura do raciocínio global. Cada parágrafo tem a parte teórica e o desenvolvimento (exemplos, explicações). Assim, faça o resumo de cada parágrafo e, até mesmo, o resumo deste resumo, a fim de encontrar a maneira mais econômica de expressar as idéias. 6. Use sempre frases curtas e diretas; seja conciso, breve e claro. Utilize parênteses para indicar autor, fontes e outras alusões. 7. Não opine nem critique; você está fazendo um resumo, não um comentário ou interpretação. Assim, não empregue expressões do tipo: o autor diz que..., é difícil concordar com as idéias do autor, o autor continua afirmando que...; vá direto às idéias, sem essas considerações.
  • 13. SENAI - 13 RELAÇÕES INTERPESSOAIS 8. Reduza os exemplos citados no texto para confirmar ou explicar a parte teórica ao mínimo indispensável à compreensão do raciocínio exposto. 9. Conserve os traços de estilo do texto original como, por exemplo, nível de linguagem, ironia, humor,... 10.Defina a extensão de seu resumo em função dos objetivos da pesquisa, tempo disponível para exposição, grau exigido de aprofundamento do assunto,... 11.Habitue-se a ler resumos feitos pelos próprios autores, abstracts, resenhas de livros e sínteses de filmes, vídeos, romances, telenovelas com a finalidade de obter modelos de como resumir. 12. Acostume-se a indicar, da maneira mais correta possível, a bibliografia utilizada para sua pesquisa, para que os leitores de seu resumo possam aprofundar-se nos conteúdos abordados. As informações básicas sobre uma obra são: o sobrenome do autor, o nome da editora e a data da publicação. A análise dos exemplos abaixo deverá esclarecer melhor como se faz corretamente essa atividade. No caso de livros: DEESE, J. e DEESE, E. K. Como estudar. Livraria Freitas Bastos S.ª, Rio de Janeiro, 1990 No caso de artigos e revistas: GAGNÉ, R. M.: WAGNER, W. E ROJAS, A, Planning na authoring computer – assisted struction lessons. In: Educational Technology, setembro, 1981. EXERCÍCIO DE ANÁLISE DE TEXTO E ELABORAÇÃO DE RESUMOS. Resuma o texto abaixo, seguindo as orientações de como resumir um texto É bem provável que grande parte dos freqüentadores de museus no Brasil não procure voluntariamente essa instituição cultural. Ao contrário, as visitas a museus, no Brasil, parecem estar invariavelmente associadas a trabalhos e obrigações escolares, em excursões “protegidas” por uma escolta de professores e funcionários em missa obrigatória. É compreensível, então, que nessas circunstâncias reste pouca simpatia de parte do estudante para com o acervo dos museus; o resto desta disposição vai ser pulverizado por todo um aparato que sugere quais devem ser as atitudes e comportamentos adequados ao ambiente. Ao visitante dos museus é transmitida a noção de que neste local carregado de respeitabilidade o melhor a ser feito é observar “muito respeito”, “pouca conversa” e lembrar que “esse é um lugar de contemplação”. Atitude semelhante à que se tem numa igreja, só que nesse caso esse conjunto de normas vai contribuir decisivamente para estabelecer preconceitos em relação à obra de arte que dificilmente serão eliminados. Com a autoridade institucional de que foi investido, o museu de arte representou, pela sua condição privilegiada, uma oportunidade única para sacralizar os objetos selecionados segundo os sonhos e fantasias de uma classe dominante. O museu, em sua forma tradicional, serviu como elemento mistificador da criação artística, além de local em que as pessoas vão a procura de obras “consagradas” feitas por uma elite da qual a maioria da população se sente afastada. Tornou-se, então, uma tarefa obrigatória do museus de arte a luta para desmistificar certos conceitos que distanciam o trabalho artístico do “homem comum”. É o que vem sendo feito, de várias formas, por várias instituições brasileiras, entre as quais o Museu de Arte
  • 14. SENAI - 14 RELAÇÕES INTERPESSOAIS Moderna (do Rio de Janeiro), o Museu de Arte Contemporânea da USP (SP) e o Museu Lagar Segal (SP) . “Lasar Segall: um museu de portas abertas” (Fragmento) . Movimento n° 93, 11/04/77,p.14. DESCRIÇÃO Descrição é a apresentação de um ser, de um processo ou local, através de palavras, com indicação do que lhes é característico. DESCRIÇÃO TÉCNICA A descrição técnica apresenta muita das características gerais da descrição literária, porém nela se sublinha mais a precisão de vocabulário, a exatidão dos pormenores significativos, a linguagem objetiva com frases diretas. A descrição técnica deve esclarecer, convencendo, a literária deve impressionar, agradando, a primeira é predominante denotativa, a segunda, predominantemente conotativa. Enfim, o que a distingue da descrição literária é a FINALIDADE. Por exemplo: uma flor pode ser descrita por um poeta para compará-la artisticamente à sua amada-descrição literária; Ou ser descrita por um botânico para um estudo de suas características – descrição técnica. Suponhamos, ainda, a descrição de uma sala onde houvesse ocorrido um crime de morte. A abordagem feita, por um escritor seria bem diferente da que faria um policial encarregado de descrevê-la num relatório. De acordo com a FINALIDADE, assim se descreve. É diferente a descrição de um aparelho para que um leigo saiba como usá-lo ou para que um técnico tenha as indicações necessárias a fim de poder montá-lo ou colocá-lo em funcionamento ou fazer-lhe um conserto. Convém ressaltar, ainda, que a partir da finalidade, escolhe-se o enfoque – objetivo ou subjetivo. Assim seleciona-se o que deve ser apresentado com destaque, que pormenores devem ser escolhidos, em que ordem se deve escrever (lógica ou cronológica). O enfoque é tão importante quanto à finalidade, pois dele dependem a forma verbal e a estrutura lógica da descrição:  qual é o objetivo a ser descrito –(definição denotativa)?  que parte dele deve ser ressaltada?  de que ângulo deve ser enforcado?  que pormenores devem ser valorizados?  a quem, a que espécie de leitor se destina – a um leigo ou a um técnico? Assim, uma máquina de lavar roupas, por exemplo, pode ser descrita do ponto de vista:  do possível comprador (texto para propaganda).  do usuário (manual de funcionamento)  do encarregado d sua instalação (manual de instalação)  do técnico que terá de montá-la ou consertá-la (manuais de montagem ou de reparo).
  • 15. SENAI - 15 RELAÇÕES INTERPESSOAIS Esses são fatores que devem ser considerados, pois deles dependem a extensão e o estilo da descrição. A descrição caracteriza-se pela seguinte estrutura:  introdução: observações de caráter geral.  desenvolvimento: detalhamento  conclusão: observação de caráter geral que conclui a descrição. A descrição técnica pode aplicar-se a:  instrumentos, ferramentas, aparelhos, equipamentos – DESCRIÇÃO DE OBJETO  funcionamento de mecanismos, processo de fabricação, procedimentos, fases de pesquisas, fatos eventos (* ) – DESCRIÇAO DE PROCESSO;  lugares – DESCRIÇAO DE AMBIENTE. (*) – Não confundir Descrição técnica de processos (de fatos e eventos) na Narração, pois nesta, a estrutura, por meio de ações reais ou imaginarias, caracteriza-se pela presença de: apresentação, complicação, clímax e desfecho, partes essas que não estarão presentes numa descrição técnica. A descrição de objeto define,  apresenta características,  mostra as partes e funções,  indica finalidade. Nesse caso são abordados os aspectos relativos a:  partes que compõem o objeto,  forma,  aparência,  dimensões,  peso,  cor,  material de que é feito,  para que é utilizado, etc. A descrição de processo caracteriza-se pela ação, pelos movimentos próprios de todo e qualquer processo. Apresenta seu desenvolvimento em ordem cronológica (estágios sucessivos do processo), com indicação clara das fases e dos resultados. É oportuno, ainda, ressaltar que a separação entre as descrições de objetos e de processo é meramente didática, uma vez que, na descrição de um objeto qualquer, pode ser abordado também o seu funcionamento. A descrição de ambiente apresenta as características de determinado local, como por exemplo, descrição de oficinas, disposição de maquinas, ferramentas, equipamentos em oficinas e ou laboratórios, descrição de indústrias. Portanto, a partir desses elementos básicos – estruturas, características, finalidade e enfoque, podem ser esboçados planos – padrões para a descrição técnica. COMO VOCÊ PESQUISA? COMO VOCÊ PLANEJA O SEU TRABALHO? TEXTO: COMO PLANEJAR 1- O homem provavelmente planeja suas ações desde a época em que ele descobriu ser capaz de pensar antes de agir. Pensar antes de agir caracteriza planejamento como algo contrário à improvisação. Uma ação planejada é uma ação não-improvisada e vice-versa.
  • 16. SENAI - 16 RELAÇÕES INTERPESSOAIS 2- Planejar não é uma atividade realizada apenas por algumas pessoas. Todos planejam, com maior ou menor grau de complexidade, suas ações. Uma viagem, uma festa, um vôo, um assunto a ser apresentado a alunos, a demonstração de uma operação nova, um telefonema, uma carta são exemplos de ações que devem ser precedidas por planejamento. 3- Por ocasião de um planejamento, três perguntas devem ser sempre respondidas: Para onde vou?; Como chegarei lá?; Como vou saber se cheguei? A primeira resposta indicará quais são os objetivos da pessoa durante a realização da tarefa. A segunda resposta especificará os meios disponíveis e viáveis para alcançar os objetivos pretendidos. Finalmente, a terceira resposta mostrará como se dará a avaliação do trabalho e estabelecerá claramente se os objetivos foram realmente atingidos. Existe uma relação estreita entre a primeira questão e as duas seguintes. Na verdade, se uma pessoa não consegue saber claramente para onde vai, ou seja, se não possui objetivos, as outras duas questões ficam automaticamente prejudicadas. Por isso é que ocorrem improvisações. 4- No planejamento de uma atividade qualquer, oito orientações devem estar presente: Intenções Orientações Pensar antes de agir  Delimite claramente a tarefa, problema, exercício ou projeto.  Levante todas as informações necessárias para o desenvolvimento do trabalho.  Defina os objetivos que você pretende atingir.  Selecione as atividades e meios adequados para alcançar os objetivos  Estabeleça a forma como o seu trabalho será avaliado Registrar os resultados do ato de pensar  Preencha um plano de trabalho. Agir conforme o pensamento  Execute seu trabalho de acordo com seu plano.  Avalie os resultados obtidos. 5- Delimite claramente a tarefa, problema, exercício ou projeto. A primeira coisa que você deve fazer é tentar entender exatamente o que o docente solicitou. Essa orientação é extremamente importante, pois impedirá que você gaste energias inutilmente, realizando atividades desnecessárias, ou nem mesmo consiga encontrar o caminho para realizar a tarefa. Você precisa obter respostas às seguintes questões: Qual é a profundidade de abordagem da tarefa? O que pode e o que não pode ser usado no decorrer do trabalho? Existe um modelo do resultado esperado? 6- Levante todas as informações necessárias para o desenvolvimento do trabalho. Você precisará responder quatro questões básicas para obter informações relevantes: Que conhecimentos, habilidades e atitudes, já adquiridos por você no desenvolvimento de outras atividades, poderão ser agora utilizados? Essa primeira pergunta tem a ver com a qualidade
  • 17. SENAI - 17 RELAÇÕES INTERPESSOAIS pessoal Capacidade de transferência. Que conhecimentos, habilidades e atitudes lhe faltam e você precisará aprender para desenvolver a presente tarefa? Essa pergunta tem a ver com as qualidades pessoais Reconhecimento das próprias limitações e Prontidão para aprender. Onde você pode conseguir as informações que lhe faltam? Em livros técnicos, tabelas, filmes, vídeos, manuais, catálogos, diretamente com o docente? Essas duas perguntas têm a ver com as qualidades pessoal Capacidade de pesquisa, Expressão escrita, Leitura e interpretação de desenhos e circuitos e Leitura e interpretação de textos. Você deve ler, nesse momento, a definição de cada uma dessas qualidades, buscando entender seus significados. 7- Defina os objetivos que você pretende atingir. Seus objetivos estão intimamente relacionados com os objetivos do docente. Você precisa saber, então, o que o docente pretende que vocês aprendam. Ele deseja que vocês aprendam informações? Que informações são essas? Ou quer que vocês aprendam qualidades pessoais? Nesse caso, que qualidades pessoais são essas? Trata-se de atitudes ou habilidades intelectuais? Se sua tarefa exigir que você construa um aparelho, equipamento ou brinquedo, faça antes uma descrição de seu funcionamento, o que o ajudará, também, a esclarecer os objetivos. Essa orientação tem a ver com as qualidades pessoas Capacidade de pesquisa e Expressão oral e escrita. Você deve ler, nesse momento, a definição de cada uma dessas qualidades, buscando entender seus significados. 8- Selecione as atividades e meios adequados para alcançar os objetivos. Você deve escrever e ordenar todas as atividades que você deverá realizar para alcançar seus objetivos. Para cada uma das atividades, você terá que responder às seguintes perguntas: De quanto tempo você precisará? Que meios serão necessários (computador, impressora, calculadora, instrumentos de medida, equipamentos,...)? Que cuidados você precisará tomar com relação à sua segurança pessoal e á qualidade do resultado do trabalho? Essa orientação tem a ver com as qualidades pessoais Auto-suficiência, Capacidade de planejamento, Consciência de qualidade, Consciência de segurança, Coordenação, Determinação, Precisão, Racionalização e Zelo. Você deve ler, nesse momento, a definição de cada uma dessas qualidades, buscando entender seus significados. 9- Estabeleça a forma como o seu trabalho será avaliado. Esse é um momento crucial de seu planejamento: você irá planejar de que maneira você avaliará seu próprio trabalho. Para isso, você precisa ler cada um dos objetivos definidos e cada uma das atividades já estabelecidas. Só então, você decidirá sobre os instrumentos e critérios de avaliação que serão utilizados para você verificar se os objetivos pretendidos foram realmente alcançados. Essa orientação tem a ver com a qualidade pessoal Auto-suficiência, Capacidade de auto- avaliação, Capacidade de planejamento, Consciência de qualidade, Determinação e Precisão. Você deve ler, nesse momento, a definição de cada uma dessas qualidades, buscando entender seus significados. 10- Preencha um plano de trabalho. Você deverá registrar num plano todas as decisões que você tomou até o momento. E importante que você apresente seu plano ao docente, discuta com ele seu conteúdo e faça os ajustes necessários. Essa orientação tem a ver basicamente com as qualidades pessoais: Capacidade de planejamento, Prontidão para ouvir e Reconhecimento das próprias limitações. Você deve ler, nesse momento, a definição de cada uma dessas qualidades, buscando entender seus significados.
  • 18. SENAI - 18 RELAÇÕES INTERPESSOAIS 11- Execute seu trabalho de acordo com seu plano. Essa orientação parece simples, mas não é: seguir um plano - mesmo que ele represente as decisões tomadas pela pessoa - é quase impossível. Você deve, pois, ser disciplinado e esforçar-se ao máximo para executar seu trabalho de acordo com o plano. Quando isso não for possível, você precisa replanejar seu trabalho, não se esquecendo porém de registrar essas alterações em seu plano. Essa orientação tem a ver basicamente com as qualidades pessoais: Capacidade de planejamento ,Disciplina e Flexibilidade. Você deve ler, nesse momento, a definição de cada uma dessas qualidades, buscando entender seus significados. 12- Avalie os resultados obtidos. Você deve realizar uma auto-avaliação de seu trabalho. Verifique se os objetivos por você definidos foram alcançados; se as atividades e meios selecionados foram úteis para o atendimento dos objetivos; se a qualidade do produto final está de acordo com os critérios por você estabelecidos; e se os prazos foram cumpridos. Se você elaborou uma descrição de funcionamento, compare-a com o resultado final de seu projeto. Você deve apresentar os resultados de seu trabalho ao docente e solicitar que ele proceda também a uma avaliação. Essa orientação tem a ver basicamente com as qualidades pessoais Auto-suficiência, Capacidade de auto-avaliação, Capacidade de planejamento, Coordenação, Determinação, Precisão, Prontidão para ouvir e Reconhecimento das próprias limitações. Você deve ler, nesse momento, a definição de cada uma dessas qualidades, buscando entender seus significados. TEXTO: Robinson Crusóe e a construção de um barco Aquilo me fez refletir durante um bom tempo a respeito do seguinte problema: será que eu conseguiria construir uma canoa (ou piroga, como a chamam os nativos dessas regiões), sem ferramentas e sem conhecer a técnica apropriada, a partir do tronco grosso de uma árvore? Não só achei possível, mas também fácil; a idéia de construí-la me agradou bastante. Na verdade, essa canoa seria muito mais útil para mim do que para os negros ou índios, embora eu não tenha pensado nos inconvenientes que ela acarretaria: uma vez pronta, ninguém poderia ajudar-me a levá-la ate o rio. E essa dificuldade suplantava em muito a falta de ferramentas dos índios. Senão, vejamos; de que adiantava todo a trabalho de escolher uma grande árvore no mato, abatê-la com muito custo, cortar e aparar sua parte externa para fazê-la tomar a forma própria de um barco e queimar a parte interna para deixá-la oca, se depois de terminar meu trabalho, eu tivesse que deixá-la exatamente onde a encontrei, devido à impossibilidade de levá-la à água? Pode-se dizer que não pensei absolutamente - enquanto fazia esse barco - nas dificuldades que enfrentaria posteriormente; eu deveria, num primeiro momento, ter imaginado como o colocaria no mar. Mas eu estava tão preocupado em viajar com esse barco pelo mar que, nem por um instante, pensei em como o levaria do lugar onde me encontrava até a praia. Na realidade, seria mais simples para mim conduzir a barco por 45 milhas em alto mar do que por 45 braças de terra para fazê-lo flutuar na água. Comecei a trabalhar nesse barco com menos possibilidade de êxito do que uma pessoa que só tivesse um dos seus órgãos de sentido ativado. O projeto de construção do barco me divertia muita e eu não me preocupava se seria capaz de construí-lo ou não. Quando a dificuldade de Iançá-lo à água me vinha à cabeça, eu a afastava com uma justificativa boba: - Vou primeiro construí-la; depois, garanto que vou descobrir uma forma de transportá- lo até à água quando ele estiver pronto. Esse procedimento era totalmente fora de propósito: a ansiedade provocada peia fantasia de sair da ilha. no entanto, foi mais forte e pus mãos a obra. Primeiramente, abati
  • 19. SENAI - 19 RELAÇÕES INTERPESSOAIS um cedro. Duvido que o rei Salomão tenha encontrado um cedro desse porte para construir O Templo em Jerusalém: tinha 1,90 m de diâmetro na base. próximo à raiz e 1,50 rn de diâmetro a uma altura de sete metros. A partir daí, ele se afinava ligeiramente e se dividia em galhos. Abater esse cedro me deu um trabalho enorme. Demorei 20 vinte dias para cortar e entalhar a base e mais quatorze dias para extrair galhos, tocos e a vasta copa espalhada, utilizando apenas um machado e uma machadinha - um trabalho indescritível. Depois disso, Ievei um mês para desbastá-lo de modo a fazê-lo adquirir as proporções necessárias de profundidade e espessura para ele pudesse flutuar aprumado. Demorei quase três meses para escavá-lo por dentro até tomá-lo propriamente um barco. E isso foi feito na verdade sem fogo, usando apenas marreta, formão e muito esforço físico, até que consegui transformá-lo numa linda piroga, bastante grande para carregar de seis a vinte homens e, portanto, mais do que suficiente pare transportar a mim e a toda a minha carga. Quando completei o trabalho, fiquei contentíssimo. O barco era na verdade muito maior do que qualquer canoa ou piroga, construída a partir de uma árvore, que eu já vira em minha vida. Com certeza, sua construção, golpe a golpe, me deixara muito cansado. Agora, só faltava levá-lo à água. E se, na ocasião, eu tivesse conseguido colocá-lo na água, não tenham dúvida de que eu teria partido para a viagem mais louca e improvável que alguém já empreendeu. Todos os meus esforços, porém, para levá-lo à água foram em vão. Ele não estava, seguramente, a mais de 100 metros da água. O primeiro inconveniente, no entanto, é que o riacho que conduzia ao mar estava morro acima. Para lidar com essa dificuldade, resolvi cavar a terra, para formar um declive. Cheguei a começar, o que provocou dores terríveis em meu corpo. Mas, quem liga para dores, quando existe a perspectiva de liberdade? Mas, depois de pronto esse trabalho e resolvida essa dificuldade, eu teria um problema adicional, pois não conseguiria empurrar a canoa. Então. medi a distância e resolvi construir um canal, para trazer a água até à canoa. já que não conseguia levá-la até lá Comecei a realizar esse novo trabalho mas, quando calculei a profundidade e a largura que eu teria de escavar e a quantidade de detritos que teria de retirar, constatei que, trabalhando sozinho, levaria uns dez ou doze anos pare completá-lo. Uma vez que a praia estava no alto, a extremidade superior do canal precisaria ter pelo menos seis metros de profundidade. Não havia jeito: com grande relutância, desisti também dessa tentativa. Isso me deu uma grande tristeza. Percebia, agora, tardiamente, a loucura que era iniciar um trabalho sem calcular antes o custo e sem julgar corretamente se teria forças suficientes para executá-lo. PERCEPÇÃO Teste de percepção e observação e Você sabe seguir instruções. TEXTO: PERCEPÇÃO CONCEITO: é a maneira como cada um de nós capta os fatos ou adquire conhecimentos, com o auxilio de todos os sentidos (audição, visão, tato, olfato e paladar). FORMA DE PERCEBER O MUNDO: nós nos relacionamos com o mundo de acordo
  • 20. SENAI - 20 RELAÇÕES INTERPESSOAIS com a forma como o percebemos. esta forma de perceber e de ver depende de como fomos criados e educados, os conceitos, critérios e valores que aprendemos como verdadeiros com os pais, os amigos, nas escolas, uns com os outros. FATORES QUE INFLUENCIAM A PERCEPÇÃO: a) INTERNOS b) EXTERNO - EXPERIÊNCIA - CRENÇAS - PRECONCEITOS - VALORES - INTERESSES - JULGAMENTOS - AVALIAÇÕES -IDADE - SEXO - RELIGIÃO - RAÇA - NÍVEL SOCIAL - ESPORTE - LAZER - PROFISSÃO E dai ? O que é que isto tem a ver com nosso trabalho? É preciso perceber que cada pessoa que convive com a gente é um ser único, especial, que merece todo o nosso respeito e cuidado. e é preciso conhecer as caracterÍsticas de cada uma para podermos melhor nos relacionar com ela É necessário que ampliemos a nossa forma de perceber para melhor conhecer. Dinâmica: ENCONTRO O BICHO Objetivo: Exercitar a crítica e a autocrítica. Disposição no espaço: Duplas, frente a frente. Recurso: Material em anexo. Que somos animais, sabemos. A ciência classificou-nos como “racionais”, mas nosso modo de relacionarmo-nos com os outros demonstra claramente que mantemos certas semelhanças com os “irracionais”. Não é sem motivo que a própria sociedade criou clichês para nos rotular de acordo com estas similitudes. Entretanto, Darwin consola-nos ao afirmar que as espécies não são imutáveis. Se hoje somos “espírito de porco”, amanhã poderemos ser um “pai coruja”. Foi tomando por base uma matéria jornalística do Correio Brazíliense, no suplemento Correio da Galera de 11/2/1996, que passei a realizar esta atividade. Transcreva as expressões mostradas mais adiante, sem as conceituações, coloque-as numa caixinha e peça que o grupo redivida-se em duplas. Peça para cada dupla retirar para si um dos papeizinhos e, sentando-se um à frente do outro, buscar descobrir: 1. Que definição pode-se atribuir à expressão; 2. Que eventuais semelhanças individuais há em relação à expressão; 3. Eventuais semelhanças da expressão com algum colega do grupo. Passados cinco minutos, refaça o círculo inicial. Cada dupla deverá expor aqueles três
  • 21. SENAI - 21 RELAÇÕES INTERPESSOAIS pontos. Solicite ao grupo que observe o objetivo pretendido pela atividade e que, acima de tudo, faça valer a maturidade e a capacidade de absorver a crítica ou o elogio. Às duplas que porventura não conseguirem definir a expressão ou, a seu ver, fugirem ao contexto, leia a(s) definição(ões) proposta(s) no texto original. Verbalize a experiência vivida e encerre o Encontro. Material para o Encontro  Espírito de porco: Indivíduo que fala o que não deve, faz piadinha na hora errada e apronta confusão.  Mosca de padaria: Está em todas as festas, em todas as sorveterias. Quando o clima começa a ficar doce aparece, não se sabe de onde, aquele monte de mosca insuportável.  Abelhudo: Odeia ficar de fora.  Gavião: Quer todas as namoradas ao mesmo tempo.  Macaquice: Coisa de quem não fica quieto.  Lesma: Quem anda devagar, demora para fazer as coisas.  Memória de elefante: Não precisa fazer esforço para memorizar as coisas.  Mão-de-vaca: Não paga um simples cafezinho.  Dinossauro: Quem está fora de moda, mas mesmo assim sobrevive no tempo.  Abraço de urso: Abraça com tanta força que só falta quebrar os ossos.  Olho de águia: Nada escapa ás suas observações.  Cobra criada: Esperteza é com ela.  Gatinhos e gatinhas: Gostam de shoppings, de moda e uns dos outros.  Lágrimas de crocodilo: cuidado com elas, são fingidas.  Amigo-da-onça: Neste não se deve confiar.  Pai coruja: Não consegue enxergar defeito no filho.  Pavão: Adora exibir roupas da moda, mas pode ser também gente que gosta de aparecer por qualquer coisinha.  Pagar o mico: Dar vexame. PONTOS PARA REFLEXÃO Obs: responder as perguntas numa folha a parte 1 - Cite as características do seu comportamento que facilitam o seu relacionamento com as pessoas. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 2 - Cite as características do seu comportamento que dificultam o seu relacionamento com as pessoas. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 3 - De que forma você pode melhorar seu relacionamento com as pessoas? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________
  • 22. SENAI - 22 RELAÇÕES INTERPESSOAIS 4 - Como é sua participação no grupo? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 5 - Quais suas dificuldades no trabalho em grupo? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 6 - Quais mudanças você pode fazer em seu comportamento para melhorar seu desempenho no grupo? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________ COMO VOCÊ TRABALHO EM GRUPO? Texto: Como trabalhar em grupo 1. Disponha as cadeiras em circulo para que todos se vejam. Dessa forma, todos os participantes ficarão em condição de igualdade, ou seja, ninguém dominará as discussões. 2. Tente obter do instrutor orientações detalhadas a respeito da tarefa a ser realizada pelo seu grupo, a fim de evitar a dispersão de idéias. 3. Procure informar-se sobre as técnicas de trabalho em grupo aplicadas pelo instrutor, pois você terá que utiliza-las no futuro para o desenvolvimento de projetos. 4. “Tome as rédeas” do trabalho em grupo quando o assunto tratado pertencer à sua área de competência (liderança emergencial). 5. Diga sempre, nunca ou vocês . Envolva-se profundamente com os objetivos estabelecidos e resultados obtidos pelo grupo (envolvimento). 6. Evite conversas paralelas. Falando em voz baixa com o companheiro, você dará a impressão de não estar “vestindo a camisa” do grupo. Dirija-se, pois, a todos sempre em voz alta. 7. Não forme subgrupos sentando-se junto a seus amigos; procure sentar-se ao lado de pessoas que lhe são pouco familiares. Dê oportunidade para que todos se conheçam: apresente-se e permita também que os outros o façam (empatia). 8. Ouça com atenção os seus colegas. Essa habilidade, constantemente desempenhada, dará base ao exercício de diversas atitudes, tais como: lidar compreensivamente com
  • 23. SENAI - 23 RELAÇÕES INTERPESSOAIS posições alheias (empatia); trocar idéias sobre um assunto até que se obtenha consenso (manutenção do diálogo); aceitar posicionamentos expressos por outras pessoas (receptividade); e apresentar opinião favorável ou desfavorável sobre as idéias dos outros, justificando seu ponto de vista (julgamento). 9. Comprometa-se, no trabalho em grupo, a dar e receber informações (participação). Ao intervir, refira-se sempre às idéias anteriormente expostas, mesmo que você discorde delas (manutenção do diálogo, julgamento). 10. Preocupe-se com o tamanho do seu grupo, não permitindo que ele exceda a sete pessoas; em grupos maiores, ninguém consegue participar adequadamente. 11. Acostume-se a avaliar e justificar tanto suas opiniões, quanto as de seus colegas, evitando porém envolver-se emocionalmente nas discussões (julgamento, objetividade na argumentação). 12. Jamais diga: “não concordo”. Essa expressão cria um clima emocional desfavorável ao trabalho em grupo. Assim, discorde sem dizer que está discordando; pelos argumentos utilizados, todos perceberão seu posicionamento. Quando alguém disser algo que corresponda a seu ponto de vista, expresse de alguma forma essa concordância, que será percebida como um elogio. Esses procedimentos aumentam a coesão do grupo, fazendo-o progredir (empatia). 13. Reconheça suas lacunas de conhecimento e falta de domínio de certos assuntos, dirigindo perguntas ao grupo com a finalidade de informar-se (reconhecimento das próprias limitações). Esse questionamento contribui freqüentemente para melhorar a competência grupal (cooperação, participação). 14. Promova a participação de todos, permitindo a livre expressão das opiniões e solicitando também contribuição dos mais calados. Se você perceber que algumas pessoas tiveram dificuldade em compreender determinadas afirmações, peça maiores esclarecimentos ao expositor (cooperação, empatia, participação). 15. Obedeça, como se estivesse participando de um jogo, a todas as regras e normas estabelecidas pelo instrutor ou pelo grupo (disciplina). 16. Procure assumir espontaneamente as tarefas necessárias ao bom andamento dos trabalhos (iniciativa, liderança emergencial). 17. Apresente suas opiniões em relação aos desempenhos dos outros, mas aceite também as que forem dirigidas especificamente à sua pessoa (cooperação, participação, reconhecimento das próprias limitações). TEXTO: BANDO X GRUPO X EQUIPE Toda organização comporta, potencial ou ativamente, três itens para a sua sobrevivência: a cultura da empresa, a tecnologia que ela elegeu e o trabalho de equipe. A cultura da empresa pode ser caracterizada por suas crenças, valores e filosofia. No Brasil,
  • 24. SENAI - 24 RELAÇÕES INTERPESSOAIS a maioria das organizações tem como proposta existencial o lucro. Lucrar a qualquer preço e, se possível, não repassar nada para a sociedade — esse é o lema da relação capital x trabalho. E O TRABALHO DE EQUIPE? E interessante observarmos que a palavra equipe está sendo puxada pela palavra trabalho. Talvez equipe seja o nível de excelência dos agrupamentos humanos, diferenciando-se em muito dos bandos e grupos. Analisemos, então, cada um desses agrupamentos e suas características. O BANDO O bando pode ser considerado como um ajuntamento de pessoas ou de animais. Nele, não há definição clara de objetivos e a individualidade é maior que a preocupação com os outros “O bando é um aberto em todas as partes e em todas as direções”. Com a mesma rapidez com a qual se formou, ele se desintegra”. Quem vive em bando é ameaçado coletivamente. O medo em bandos resulta em sacrifícios. Um leão perseguindo um bando de gazelas, cessa a sua perseguição assim que consegue agarrar um dos animais. Essa gazela é oferenda no sentido mais amplo da palavra. Ela proporciona tranqüilidade aos demais companheiros do bando. O bando estará durante um período, com a sensação de segurança até a próxima investida do inimigo. O bando, em estudo de medo, quer permanecer junto. No auge do seu período, seus elementos sentem-se protegidos apenas quando constatam a proximidade dos outros. Quando a fuga é deflagrada, ela se transforma em pânico - cada animal procura salvar-se a si próprio e atrapalha o outro. “O bando é a ordenação forçada do individuo para a produção coletiva” O GRUPO Ele é a reunião de pessoas ligadas por um fim comum. Há uma tentativa de organização mas o grupo continua sendo uma cena dispersa. A grupalidade não está garantida pela freqüência e continuidade de seus componentes e, sim, pela marca do igual. As idéias, neste contexto, são monopolizadas e a liderança está orientada pelo poder. Existem algumas condições para um trabalho em grupos; a) Deve ter um coordenador, supervisor (alguma pessoa que represente a autoridade), O grupo guia-se pelo chefe. b) A decisão do grupo é feito por votação, persuasão ou barganha. Quando o grupo decide alguma coisa, alguns de seus elementos tem o sentimento de que participaram do processo decisório. c) Se os problemas emocionais do grupo não forem mais dominantes do que os problemas em discussão, a reunião será considerada sem êxito. A afetividade do grupo sobrepõe o trabalho. TEXTO: VIDA EM EQUIPE 1. VIDA EM EQUIPE TEM:  Alegria, riso aberto, contentamento, folia, concentração.  Medo, dor, choro, conflito, perdição, desequilíbrio, hipótese falsa, pânico.
  • 25. SENAI - 25 RELAÇÕES INTERPESSOAIS  Entendimentos, diferenças, desentendimento, briga, busca, conforto.  Silêncios, fala escondida, berro, fala oca, grito, fala mansa.  Generosidade, escuta, olhar atento, pedido de colo.  Ódio, decepção, raiva, recusa, desilusão.  Amor, bem-querer, gratidão, afago, gesto amigo de oferta. 2. VIDA EM EQUIPE TEM VÁRIOS SABORES:  Quente, frio, no ponto.  Doce? Melado? Cheiro de hortelã?  Castanha, chocolate, perfume de canela  Salgado? Gelado? Cheiro de maçã?  Palmito, frango, damasco.  Perfumes vindos da janela, lembrando o cheiro da vida vivida, gosto de hortelã. 3. VIDA EM EQUIPE DÁ MUITA ANSIEDADE Quando não recebo o produto do conhecimento mastigado (pronto) pelo outro. Ele faz mediações com o objeto a conhecer e se eu, saindo com meu rebuliço, meu furação interno minhas frustrações, ansiedades, POSSO CONSTRUIR no meu silencio , minha sistematização. Depois novamente voltando ao grupo posso checá-lo, provocando aprofundamento da mesma, ou não. 4. VIDA EM EQUIPE DÁ MUITA FRUSTRAÇÃO Porque enquanto educando tenho de romper com meu acomodamento quieto, autoritário.. .esperando “as ordens” do outro e quando elas não vêm, descubro que SÓ EU posso LUTAR CONQUISTAR, CONSTRUIR, meu ESPAÇO... O outro pode possibilitar o rompimento da quietude mas NÃO A AÇÃO DO CONSTRUIR, do conhecer. Essa, só eu posso 5. VIDA EM EQUIPE DÁ MUITO MEDO Porque através do outro constato que sou “dono” do meu saber (e do meu não saber). Sou dono de minha incompetência, e portanto RESPONSÁVEL pela minha BUSCA- PROCURA de conhecer, de construir minha competência. 6. VIDA EM EQUIPE DÁ DESANIMO Porque em muitas situações nos confrontamos com o caos: acúmulo de temas, processos de adaptação, hipóteses heterogêneas. Caos criador que nos demanda nova procura da forma original própria e única adequada ao novo momento 7. VIDA EM EQUIPE DÁ MUITO TRABALHO E MUITO PRAZER Porque eu não construo nada sozinho, tropeço a cada instante com os limites do outro e os meus próprios, na construção da vida, do conhecimento, da nossa história. AUTORA MADALENA FREIRE TEXTO: A LIÇÃO DOS GANSOS 1) “Quando um ganso bate as asas, cria um “vácuo” para o pássaro seguinte. Voando numa formação em V, o bando inteiro tem o seu desempenho 71% melhor do que se a ave voasse sozinha”. 1) Lição: Pessoas que compartilham uma direção comum e senso de comunidade
  • 26. SENAI - 26 RELAÇÕES INTERPESSOAIS podem atingir seus objetivos mais rápidos e facilmente. 2) “Sempre que um ganso sai da formação, sente subitamente a resistência por tentar voar sozinho”. Rapidamente, volta para a formação, aproveitando a “aspiração” da ave imediatamente à sua frente. 2) Lição: Se tivermos tanta sensibilidade quanto um ganso, permaneceremos em formação com aqueles que se dirigem para onde pretendemos ir e nos disporemos a aceitar a sua ajuda, assim como prestar a nossa aos outros. 3) “Quando o ganso líder se cansa, muda para trás na formação e, imediatamente, um outro ganso assume o lugar, voando para a posição de ponta”. 3) Lição: É preciso acontecer um revezamento das tarefas pesadas e dividir a liderança. As pessoas, assim como os gansos, são dependentes umas das outras. 4) “Os gansos de trás, na formação, grasnam para incentivar e encorajar os da frente e aumentar a velocidade”. 4) Lição: Precisamos nos assegurar de que o nosso “grasno” seja encorajador para que a nossa equipe aumente o seu desempenho. 5) “Quando um ganso fica doente, ferido, ou é abatidos, dois gansos saem da formação e seguem-no para ajudá-lo e protegê-lo”. Ficam com ele até que esteja apto a voar de novo ou morra. Só assim, eles voltam ao procedimento normal, com outra formação, ou vão atrás de um outro bando”. 5) Lição; Se nós tivermos bom senso tanto quanto os gansos, também estaremos ao lado dos outros nos momentos difíceis. Gostaria que você pensasse bem nestas lições dos gansos. Leia com atenção, reflita sobre cada item, transponha-os para a sua realidade, mostre ao seu pessoal e discuta com ele. Até com os gansos podemos aprender! Sucesso! Dinâmica: O JOGO DA NASA Orientações para o trabalho individual: Na segunda coluna (suas) do quadro anterior, escreva 1 para o item mais importante, 2 para o segundo mais importante, 3 para o terceiro,... 15 para o menos importante. Orientações para o trabalho em grupo: Na quarta coluna (grupo), após consenso grupal, ordenem novamente os itens em função de sua importância. Isso significa que, antes de registrar cada número, todos os participantes devem concordar com a prioridade dada ao item. No entanto, é difícil obter durante as discussões o consenso grupal: é necessário ser paciente, bom ouvinte e convincente. Além disso, não se deve recorrer jamais à decisão pelo voto da maioria.
  • 27. SENAI - 27 RELAÇÕES INTERPESSOAIS Situação problema: A nave espacial sob o seu comando acaba de realizar na Lua, do lado iluminado pelo Sol, um pouso de emergência. A sua tarefa consiste em chegar até a nave-mãe, que se encontra a aproximadamente 100 km de distancia. O pouso forçado destruiu sua nave e os demais equipamentos de bordo. Na verdade, só restaram os quinze itens abaixo relacionados. Prioridades Itens NASA suas diferença grupo diferença Água (20 litros) Alimento concentrado Aquecedor portátil Barco inflável de borracha Bússola Caixa de fósforos Corda de náilon (20 metros) Estojo de Primeiros socorros Foguetes de sinalização Leite em pó (três quilos) mapa estelar (visto da Lua) “Oxigênio” (dois tanques de 50 quilos cada um) Pára- quedas Pistola automática calibre 45 (duas) Transmissor/receptor FM (energia solar) Soma: Soma: Conceito individual: _______ Conceito grupal: ________ Você deve, pois, colocar os itens em ordem de importância, tendo em vista a necessidade de sobrevivência de todos durante o trajeto até a nave-mãe. PROCESSO DA COMUNICAÇÃO DESCRIÇÃO DO ANIMAL 1- Aardvark “O corpo é atarracado, com o dorso arqueado; membros curtos e vigorosos, armado de garras fortes e rombudas; orelhas longas; cauda grossa na base que se afina gradativamente. A cabeça alongada se assenta sobre um pescoço curto e grosso. Na extremidade do focinho, existe um disco na qual se abre as narinas. A boca é pequena e tubular, a língua, longa e extensível. De cor areia ou amarela, possui pelo ralo, que deixa
  • 28. SENAI - 28 RELAÇÕES INTERPESSOAIS aparecer a pele. Um exemplar grande desse animal pode medir aproximadamente dois metros.” 2 – Feneco “O corpo é esbelto, sobre pernas finas e longa cauda tufosa. Apresenta cinco dedos nas patas, focinho pontudo e alongado, olhos e orelhas muito grandes. Sua pelagem é fulva e abundante. Um exemplar adulto desse animal não ultrapassa 65 cm de comprimento e 20 cm de altura.” 3 - Ornitorrinco “O corpo é atarracado, com pernas muito curtas, os pés – com cinco dedos – são ligados por uma membrana natatória. A cauda, de mais ou menos 15 cm, é larga, chata e truncada. A cabeça, pequena e achatada, termina num bico largo. Suas narinas se situam na parte superior do bico, perto de sua extremidade e seus olhos pequenos localizam-se com os ouvidos, sem orelhas, em dois sulcos laterais de cada lado do crânio. A pelagem é densa, grosseira, geralmente castanho-escura com reflexos prateados. Um exemplar adulto mede aproximadamente 50 cm.” Ditado de figuras (comunicação em uma e duas vias) TEXTO: Processo da comunicação: conceitos básicos Processo de Comunicação: Conceitos Básicos Numa situação de aprendizagem, em sala de aula, laboratório ou oficina, o processo básico é o da comunicação entre pessoas.Assim o conhecimento desse processo permite aperfeiçoar a comunicação interpessoal. Isso deve ser levado em consideração por todos aqueles que pretendem comunicar-se com eficácia, especialmente por instrutores e alunos. Componentes do Processo de Comunicação Em toda e qualquer situação de comunicação podem ser identificados quatro componentes básicos: fonte, receptor, mensagem e veículo. Fonte (também conhecida como emissor ou fonte-codificador): é o componente do processo que emite as mensagens e inicia o ciclo de comunicação. A comunicação, por sua vez, é um processo circular ou cíclico e não linear, como pode sugerir à primeira vista a ilustração apresentada acima. A fonte pode ser uma pessoa (o instrutor, o aluno,.....) um grupo de pessoas (alunos, trabalhadores,....) ou uma instituição (a Escola, a Empresa,....),
  • 29. SENAI - 29 RELAÇÕES INTERPESSOAIS que codifica seus pensamentos, idéias e sentimentos em mensagens, com o objetivo de mudar o desempenho de outras pessoas. É importante ressaltar que as mensagens emitidas pela fonte resultam sempre de sua experiência anterior. Receptor ( também conhecido como recebedor ou receptor-decodificador): é o componente que recebe as mensagens, interpreta-as e pode conseqüentemente modificar seus desempenhos. Assim, a eficácia da comunicação pode ser medida pela mudança de desempenho apresentada pelo receptor, de acordo com os objetivos da fonte. O receptor pode ser uma pessoa ( o instrutor, o aluno,....), um grupo de pessoas ( alunos, trabalhadores,....), ou uma instituição ( a Escola, a Empresa,....). A interpretação das mensagens pelo receptor também é resultante de sua experiência anterior. Tudo isso nos leva a um princípio fundamental da comunicação: os significados não estão nas mensagens e sim nos receptores. Assim como a fonte é o nascedouro das mensagens, o receptor é a fonte dos significados. Os significados estão contidos na pessoa do receptor e não em palavras, gestos ou expressões da fonte. Mensagem: é o conjunto organizado de idéias – transmitido pela fonte ao receptor – cujo significado torna-se claro a partir da modificação do desempenho do receptor. Como os significados residem nos receptores e não nas mensagens, dificilmente se observa uma única mensagem num processo de comunicação. Uma mensagem, em dado momento, pode resultar em tantas mensagens quantos forem os seus receptores, uma vez que cada um deles poderá interpretá-la diferentemente a partir de suas experiências anteriores. Veículo: é o meio ou conjunto de meios através do qual a mensagem é transmitida. Assim como as mercadorias podem chegar a seu destino por vários meios de transporte, as mensagens podem alcançar o receptor através de vários veículos de comunicação. No entanto, os veículos de comunicação apresentam uma diferença fundamental quando comparados aos meios de transporte: eles afetam a mensagem, tornando-se parte integrante dela. Assim, veiculo e mensagem são inseparáveis. A comunicação é cíclica: a informação gerada pela fonte passa através do receptor e retorna, de forma alterada, à sua origem, completando um ciclo. Dessa forma, o processo de comunicação entre pessoas pode ser melhor representado pela ilustração abaixo: Na ilustração acima, A e B são duas pessoas. A deseja comunicar-se com B a fim de modificar seu desempenho. A tem uma idéia, interpreta-a, codifica-a e envia a mensagem resultante por meio de um veiculo previamente selecionado ( A é fonte e não ocorreu ainda a comunicação, apenas a transmissão de uma mensagem).
  • 30. SENAI - 30 RELAÇÕES INTERPESSOAIS B recebe a mensagem, decodifica-a e a interpreta de acordo com sua experiência anterior (B é receptor, não havendo ainda propriamente comunicação, apenas transmissão e recepção de mensagens). B tem uma nova idéia a partir da mensagem recebida de A. Em seguida, interpreta essa idéia, codifica-a devidamente e envia a sua mensagem através de um veiculo (B torna- se fonte e fornecedor de retroalimentação ou feedback ). A recebe a mensagem de B, decodifica e interpreta (A passa, então, a ser receptor). Nesse momento, estabelece-se o primeiro ciclo de comunicação de A com B. A tem outra idéia... Inicia-se, assim um novo ciclo. Ocorrerão, pois, tantos ciclos quantos forem necessários para que os objetivos de comunicação, não só da fonte, mas também do receptor, sejam alcançados. A retroalimentação permite que a fonte verifique a eficácia de sua comunicação. Portanto, o objetivo da fonte, ou seja, influenciar o desempenho do receptor, só pode ser verificado após a análise da retroalimentação. Toda situação de comunicação está sujeita à ocorrência de erros devido a presença de ruído ou interferência. Ruído é todo e qualquer fator que interfira no processo de comunicação, podendo exercer sua ação sobre qualquer um de seus componentes. Assim, quanto menor for a taxa de ruído, maior será a taxa de fidelidade da comunicação. O significado do ruído, bem como o da mensagem, resultam da interpretação do receptor. Fatores que afetam os componentes da comunicação Fonte e receptor Tendo em vista o aumento da taxa de fidelidade da comunicação, são três os fatores a serem destacados: conhecimentos, habilidades comunicativas e atitude. O primeiro fator refere-se aos conhecimentos que tanto a fonte quanto o receptor devem possuir. Em relação à fonte, esses conhecimentos são muito importantes, uma vez que ninguém consegue comunicar, com razoável fidelidade, conteúdos que não domina. Por outro lado, quando a fonte é superespecializada, ela deverá adequar-se às características de seu receptor, diminuindo dessa forma a taxa de ruído no processo de comunicação. Argumentam alguns que a fonte, por exemplo, um instrutor, não necessita ter domínio de muitos conhecimentos; o importante é saber ensina-los aos seus receptores. Outros, no entanto, afirmam não ser necessário saber ensinar; se a fonte dominar profundamente os conteúdos, conseguirá de algum modo passar esses conhecimentos aos alunos. Na verdade, não se deve adotar nenhuma dessas posições extremas; a fonte precisa conhecer o assunto e também saber comunica-lo com eficácia. Em relação ao receptor, a comunicação será mais eficaz se ele conseguir relacionar os novos conhecimentos com os que já possui. Portanto, quando a fonte relembra e recupera conteúdos já aprendidos, antes de apresentar novas informações, aumenta a taxa de fidelidade da comunicação. Se, por outro lado, o conteúdo a ser desenvolvido for inédito para o receptor, a fonte deverá iniciar sua comunicação por uma apresentação global e complexa do assunto, passando, em seguida, aos seus detalhes. O segundo fator refere-se às habilidades comunicativas de codificação (falar e escrever), de decodificação (ouvir e ler) e de ambas ( raciocinar logicamente). Essas habilidades devem ser demonstradas tanto pela fonte quanto pelo receptor.
  • 31. SENAI - 31 RELAÇÕES INTERPESSOAIS Antes de se iniciar qualquer processo de comunicação, é conveniente, para diminuir o ruído e aumentar a fidelidade, verificar o nível de desempenho das pessoas envolvidas (fonte e receptor) em habilidades comunicativas. O terceiro fator refere-se às atitudes da fonte e do receptor. Existem atitudes relacionadas com a pessoa que comunica (fonte), com a pessoa que recebe a comunicação (receptor) e com os próprios conteúdos transmitidos (mensagem). Assim, para que a comunicação ocorra de maneira eficaz, a fonte deverá acreditar na sua capacidade de codificar e emitir a mensagem, no conteúdo que está sendo transmitido e na possibilidade de o receptor entender a mensagem e modificar seu desempenho. Do mesmo modo, o receptor deverá acreditar na sua capacidade de receber e decodificar a mensagem, no conteúdo que lhe está sendo transmitido e na competência da fonte. Mensagem Tendo em vista aumentar a fidelidade da comunicação, são dois os fatores a serem destacados: código e redundância. Nesse contexto, mensagem é o produto da fonte: quando alguém fala, a mensagem é o discurso; quando escreve, é escrita. Além disso, gestos e expressões corporais também são mensagens. O primeiro fator refere-se ao código, aqui definido como um conjunto ordenado de símbolos que, por convenção, tenha o mesmo significado tanto para a fonte quanto para o receptor como, por exemplo, os idiomas. Conseqüentemente, a fonte deve preocupar-se em utilizar um código que seja comum a ela e ao receptor. O segundo fator refere-se à redundância, aqui entendida como a repetição da mensagem, ou seja, a transmissão da mesma informação mais de uma vez e de maneiras diferentes para conferir à comunicação um maior coeficiente de segurança. Veículo Para influenciar o desempenho do receptor e aperfeiçoar a comunicação, o fator essencial é a seleção dos veículos mais adequados pela fonte. Como já foi visto, veículo é o meio ou conjunto de meios através do qual a mensagem é transmitida. Pode ser uma aula expositiva, uma conversa, o estudo de um texto seguido de um trabalho em grupo. Na verdade, a mensagem é melhor entendida quando os veículos selecionados são da preferência dos receptores, agem sobre diversos órgãos dos sentidos e envolvem diferentes habilidades comunicativas. Assim, um receptor que ouve, vê, lê e discute a mensagem, provavelmente poderá interpreta-la melhor do que aquele que simplesmente a ouve. Situações de comunicação Em sala de aula, no laboratório e na oficina de aprendizagem, o instrutor tem à sua disposição três situações típicas de comunicação:  Instrutor-aluno (ouvindo, vendo e aprendendo);  Texto-aluno (lendo e aprendendo); e  Aluno-aluno (aprendendo com o grupo). Dinâmica: Telefone sem fio
  • 32. SENAI - 32 RELAÇÕES INTERPESSOAIS QUE PASSOS VOCÊ SEGUE PARA RESOLVER PROBLEMAS? Dinâmica: Jogo de Palitos TEXTO: Transferência de aprendizagem X Resolução de problemas 1 .Os educadores encontram-se atualmente empenhados em desenvolver um processo educacional que resulte em desempenhos criativos, raciocínio crítico e resolução efetiva de problemas por parte do aluno. 2. Pesquisas sobre transferência de aprendizagem indicam que a essência da criatividade e resolução de problemas encontra-se na habilidade do aluno de transferir aprendizagens anteriores para a solução de problemas novos. Essa habilidade de aplicar a situações presentes experiências anteriores é um dos fatores mais relevantes para aperfeiçoar e facilitar as percepções, insights, raciocínios e a criatividade. 3. A transferência de aprendizagem não representa uma questão nova para docentes e alunos: há muito tempo que os docentes demonstram interesse por esse tema. Por que os alunos têm o cuidado de escrever com clareza nas aulas de Português, mas o fazem de maneira praticamente ininteligível nos trabalhos de Matemática? Como é que os alunos conseguem resolver problemas de Matemática, mas se mostram, em Geografia, incapazes de calcular a média de freqüência das chuvas? 4. Essas são apenas duas das muitas questões que incomodam os docentes; os alunos possuem realmente conhecimentos e habilidades, mas não conseguem aplicá-los ás situações novas que os exigem. 5. Os docentes necessitam, pois, planejar atividades por meio das quais os alunos aprendam realmente a utilizar experiências anteriores relevantes para resolver situações novas dentro de cinco minutos, amanhã, a semana que vem ou em qualquer ponto do futuro. 6. A essa habilidade intelectual, que consiste em aprender em uma determinada situação e, posteriormente, utilizar essa aprendizagem - possivelmente de forma modificada ou generalizada - em outras situações a que seja apropriada, dá-se o nome de transferência de aprendizagem. 7. O fenômeno de transferência de aprendizagem é extremamente importante por duas razões:  a transferência é a essência da resolução de problemas, do pensamento criador e de todos os outros processos mentais superiores, bem como de invenções e produções artísticas;  a transferência de aprendizagem pode ser uma verdadeira fonte de economia de tempo e energia uma vez que a aprendizagem anterior facilita a nova aprendizagem. E importante ressaltar que os efeitos desse fenômeno não são sempre positivos, podendo aumentar o tempo necessário para se alcançar uma aprendizagem nova. 8. A transferência nem sempre ocorre de forma automática e eficaz, uma vez que ela envolve a aprendizagem da própria capacidade de transferência. Assim, a transferência significativa e eficaz só ocorre de forma previsível quando se planeja o ensino com o objetivo de alcançá-la. 9. O processo de transferência fica muito claro quando se trata de desempenhos observáveis. Um violinista pode aprender a tocar violoncelo mais rapidamente e com maior facilidade do que um flautista. Um lingüista é capaz de aprender uma outra língua com maior
  • 33. SENAI - 33 RELAÇÕES INTERPESSOAIS rapidez do que um professor de Matemática. Um piloto de aviação comercial consegue aprender a dirigir um novo tipo de avião mais facilmente do que um motorista de ônibus. 10. Nesses casos, o violinista, o lingüista e o piloto já possuem algumas habilidades e conhecimentos que podem ser transferidos para a nova aprendizagem e, assim, acelerá-la. O flautista, o professor de Matemática e o motorista de ônibus, no entanto, são obrigados a começar da estaca zero. Na verdade, possuir aprendizagens que possam ser transferidas garante muito mais o sucesso da nova aprendizagem do que a idade ou o quociente de inteligência da pessoa. 11. A transferência prejudica, ás vezes, novas aprendizagens: os conhecimentos ou habilidades que o aluno já possui podem interferir na aquisição da nova aprendizagem. Se uma pessoa aprendeu a dirigir carros com transmissão automática, será difícil lembrar-se de usar o pedal da embreagem num carro com troca de marchas manual. Se ela aprendeu a cozinhar num fogão a gás, será difícil não queimar a comida quando utilizar um fogão elétrico pela primeira vez. Se ela está acostumado a dar marcha-ré num carro sem reboque, será difícil lembrar-se de virar a roda no sentido contrário quando houver um reboque atrelado a seu carro. 12. A transferência de aprendizagem é muito evidente nos casos acima descritos. Embora seja, às vezes, difícil de perceber, a transferência pode estar presente, facilitando ou dificultando a aprendizagem de fatos, conceitos, processos, crenças, atitudes e interesses pelos quais os docentes são responsáveis. 13. Exemplos da aprendizagem de uma língua estrangeira podem esclarecer melhor a facilidade ou dificuldade provocada pela transferência. A aprendizagem do significado de palavras é facilitada quando as semelhanças entre elas produzem transferências adequadas como, por exemplo, em mucho para muito; non para não; difficile para difícil; si para sim; ambassador para embaixador. Do mesmo modo, a ordem das palavras nas diferentes línguas pode produzir transferências inadequadas, uma vez que, por exemplo, white horse quer dizer cavalo branco e não branco cavalo e 1 have not significa eu não tenho e não eu tenho não. 14. A transferência também ocorre com relação a atitudes. Assim, por exemplo. uma pessoa pode não simpatizar com outra, que lhe era até então desconhecida. porque lhe faz lembrar alguém que a prejudicou no passado ou, então, uma pessoa pode rejeitar uma comida porque lhe faz lembrar de alguma coisa desagradável. 15. Sempre que aprendizagens anteriores contribuem para a aquisição de uma nova aprendizagem, essa facilitação é chamada transferência positiva. Quando, no entanto, aprendizagens anteriores interferem com a aquisição de uma nova aprendizagem, essa interferência é chamada transferência negativa. 16. Não há discordância entre os psicólogos sobre a ocorrência ou importância da transferência, O ponto essencial consiste em como os docentes podem utilizar melhor a transferência para facilitar a nova aprendizagem. E fundamental, portanto, para a eficácia dos processos de ensino e aprendizagem, que seja estimulada, tanto quanto possível, a transferência positiva, e minimizada ou eliminada qualquer transferência negativa. 17. Como se consegue melhorar a eficácia e a economia de aprendizagens que resultam do processo de transferência? Primeiro, é necessário identificar os fatores que produzem a transferência, positiva ou negativa. Segundo, deve-se aprender a reconhecer esses fatores numa situação de ensino. Terceiro, ao planejar e ensinar, devem-se tais fatores em consideração a fim de que funcionem em benefício do aluno.
  • 34. SENAI - 34 RELAÇÕES INTERPESSOAIS 18. São quatro os fatores que produzem a transferência positiva ou negativa:  a semelhança entre a situação em que algo é aprendido e a situação para a qual essa aprendizagem pode ser transferida;  a associação que o aluno faz entre a aprendizagem nova e as anteriores;  o grau de eficácia da aprendizagem original; e  a percepção de elementos essenciais que existem tanto nas novas aprendizagens quanto nas anteriores. 19. Existem algumas orientações que podem ajudar tanto os docentes quanto seus alunos na aplicação de experiências anteriores à solução de situações novas ou modificadas:  procure sempre levantar conhecimentos, habilidades e atitudes ligados a experiências anteriores que são relevantes para as novas aprendizagens pretendidas;  identifique e classifique as semelhanças e diferenças entre a aprendizagem anterior e a nova que poderiam ser utilizadas para facilitar a transferência;  relembre associações anteriores agradáveis, relacionadas com outras aprendizagens, e as associe à situação atual de forma produtiva, mesmo que as novas aprendizagens sejam diferentes;  crie condições para que as transferências ocorram de forma natural;  certifique-se de que a transferência de aprendizagem ocorreu no nível de desempenho pretendido: e  pratique, sempre que possível, o processo de transferência de aprendizagem, sem esquecer-se que a própria transferência pode ser também transferida. 20. Capacidade de transferência (aplicação ou adaptação, por conta própria, de conhecimentos, habilidades e atitudes já aprendidas a situações novas ou modificadas) e Capacidade de resolução de problemas (combinação de conhecimentos e habilidades já aprendidos, de forma criativa, que levem à descoberta de novos princípios, subsidiando o aluno na resolução de problemas) são duas habilidades intelectuais que podem ser ensinadas e aprendidas. Dinâmica: A CORRIDA DE CARROS Oito carros. de marcas e cores diferentes. estão alinhados, lado a lado, para uma corrida. Estabeleça a ordem em que os carros estão dispostos. baseando-se nas seguintes informações: 1.O Ferrari está entre os carros vermelhos e cinza. 2.O carro cinza está à esquerda do Lotus. 3.O Mclaren é o segundo carro à esquerda do Ferrari e o primeiro à direita do carro azul. 4.O Tyrrell não tem carro à sua direita e está logo depois do carro preto. 5. O carro preto está entre o Tyrrell e o carro amarelo. 6. O Shadow não tem carro algum à esquerda: está à esquerda do carro verde. 7. A direita do carro verde está o March. 8.O Lotus é o segundo carro à direita do carro creme e o segundo à esquerda do carro marrom. 9. O LoIa é o segundo carro à esquerda do Iso.
  • 35. SENAI - 35 RELAÇÕES INTERPESSOAIS Dinâmica: Caça ao Conde Drácula (situação-problema e orientações) Recentemente ocorreu na Transilvânta um terremoto que não teve grandes repercussões internacionais devido à sua baixa intensidade. Esse terremoto no entanto, atingiu o castelo do Conde Drácula, fazendo com que a estaca de carvalho, que fora usado para matá-lo, se deslocasse dos seus restos mortais e lhe devolvesse a vida. Criou-se, pois, uma situação dramática: algo deve ser feito urgentemente para que o Senhor das Trevas não volte a instalar seu reinado de terror. A tarefa do grupo é matá-lo o quanto antes, aproveitando os momentos em que ele ainda se encontra em seu castelo, fazendo planos para seu retorno triunfal. Para tanto, o grupo deverá descobrir, a partir deste instante, em que dia e em que hora se dará a primeira oportunidade para eliminar Drácula, tendo como base as seguintes orientações:  O Conde Drácula é um vampiro.  O Conde Drácula dorme em seu caixão.  O caixão de Drácula fica na cripta do seu castelo.  Vocês estão em Londres, na Inglaterra.  Não há vôo direto da Inglaterra para a Transilvânia.  Hoje é segunda-feira.  O próximo vôo para Budapeste sai hoje, às 18 horas.  O vôo de Londres a Budapeste dura cinco horas.  Só é possível matar o vampiro cravando uma estaca de carvalho em seu coração.  Não existem carvalhos na Transilvânia.  Só é possível comprar estacas de carvalho em uma loja do aeroporto de Budapeste.  Devido a um feriado local, a loja do aeroporto de Budapeste estará fechada hoje e amanhã.  O vôo de Budapeste para a Transilvânia sai às terças e quintas-feiras, às catorze horas, e a viagem dura uma hora.  A estação de trem mais próxima do castelo é Novahuny.  O trem que vai do aeroporto da Transilvânia até Novahuny parte às segundas, quartas e sextas-feiras, ao meio dia, e a viagem dura seis horas.  A chave que abre a cripta do castelo de Drácula está pendurada num prego, na sacristia da Igreja de Novahuny, localizada ao lado da estação ferroviária.  Os vampiros só podem ser mortos à luz do dia.  A Igreja de Novahuny fica aberta do nascer ao pôr-do-sol.  Na Transilvânia, o sol nasce às nove horas e se põe às 17 horas e 30 minutos.  A Igreja de Novahuny está a 81 quilômetros do castelo de Drácula.  Nove quilômetros por hora é o mais rápido que vocês conseguem caminhar da Igreja até o castelo, uma vez que o terreno é rochoso e escarpado: Não se esqueçam de levar uma corrente de ouro com uma cruz e um colar de dentes de alho para pendurar no pescoço, caso tenham que dormir no castelo. Dinâmica: Jogo dos casais (situação-problema e orientações) Três casais foram a um restaurante jantar para comemorar o aniversário de casamento de um deles. Sentaram-se à volta de uma mesa redonda e, conscientemente, cada marido acabou ficando em frente de sua respectiva esposa. Vocês devem descobrir o nome de cada um deles, o sobrenome do casal e a profissão dos maridos, tendo como base as seguintes orientações:
  • 36. SENAI - 36 RELAÇÕES INTERPESSOAIS  Lourdes sentou-se na cadeira número 1, à direita do marido de Silene e à esquerda do professor.  O artista gráfico ficou à direita da esposa de Ernesto.  O advogado sentou-se à direita da Sra. Bandeira.  Susy Cardoso ficou sentada entre lvan e o Sr. Matos. Para facilitar a tarefa, preencham o quadro abaixo, à medida que vocês forem identificando os dados. Marido Esposa Sobrenome do casal Profissão do marido Baseando-se nos resultados obtidos, responda à seguinte pergunta: Qual é o nome da esposa de Odeval? Dinâmica: Jogo dos Quadrados Dinâmica: Calendário diferente ou jogo da torre ou o Rei Bondoso BLOQUEIO DA CRIATIVIDADE CRIATIVIDADE QUALIDADES DO PENSAMENTO CRIATIVO 1 – Efetividade: Os problemas podem ser revolvidos, basta que tenhamos uma atitude criativa ao lidar com eles. PROBLEMA é um termo relacionado a qualquer preocupação, desejo ou aspiração que possamos ter, não envolvendo necessariamente aspectos negativos. RESOLUÇÃO tem o sentido de modificação ou adaptação de nós mesmos ou de uma situação, significando, portanto, mudanças para um novo comportamento. 2 – Flexibilidade: É o processo de mobilidade, de poder ir e vir durante a elaboração do pensamento. 3 – Pensamento Divergente e Pensamento Convergente:
  • 37. SENAI - 37 RELAÇÕES INTERPESSOAIS  Divergente – é aquele que explora possibilidade, procura múltiplas respostas, não busca soluções certas, evita julgamentos e aceita todas as idéias. Quando do uso do pensamento divergente o sujeito deve adotar algumas atitudes que facilitem o seu fluir: adiar o julgamento; procurar muitas idéias; aceitar todas as idéias (nesse caso a quantidade é mais importante que a qualidade); “espichar” os conceitos; deixar em fogo lento; fazer muitas combinações.  Convergente – é aquele que procura a melhor solução, usa critérios avaliadores, busca objetividade, examina prós e contras, julga e critica as respostas. Quando em uso do pensamento convergente, o agente criativo deve Ter as seguintes atitudes, dentre outras: ser explicito; evitar fechamentos prematuros; examinar os pontos difíceis; usar julgamentos afirmativos, Ter sempre em vista o objetivo. O pensamento divergente, sem dúvida, deve ir em primeiro lugar, quando se busca resolver um problema de forma criativa. Entretanto, ele deve ser seguido pelo pensamento convergente. Em outras palavras, é o pensamento divergente que vai na ajudar a buscar novas idéias, novas possibilidades para se resolver o problema. Entretanto, é o pensamento convergente que vai ajudar a avaliar, dentro de uma enorme gama de possibilidades, a solução que vai ajudar a colocar em prática a melhor idéia encontrada. Dinâmica: Tempestade de Idéias – Brainstorming Dinâmica: Discussão Circular (bate-bola) TEXTO: MANTENHA-SE MOTIVADO Mesmo gostando de seu emprego, você se sente às vezes, meio “cansado” do que faz e acha que está caindo na rotina? Pode ser sinal de que está na hora de trocar de trabalho ou simplesmente um sintoma de falta de motivação. Veja como o profissional pode adotar técnicas de automotivação, como investir em um novo curso de aprimoramento. Tenha entusiasmo – Não espere o sucesso chegar para se motivar. O entusiasmo e o otimismo, características de quem transforma as situações, são os fatores que costumam atrair ainda o sucesso. Esteja sintonizado – Tente acompanhar as transformações tecnológicas, na medida do possível. A ansiedade de querer aprender tudo certamente leva à desistência rápida e à aversão às inovações. Dedique-se – Com inteligência, o profissional é capaz de discernir, distinguir e decidir no trabalho. Mas somente a inteligência e a vontade levam à ação. Uma sem a outra não faz sentido. Pare de reclamar – Não dixe que acontecimentos sem importância criem um clima de insatisfação ao seu redor. Há emprego que só reconhece as qualidades de uma empresa após ser dispensado. Invista na carreira – Não reclame de que a empresa não dá oportunidade de aperfeiçoamento profissional, como cursos e seminários. A primeira pessoa que deve investir em você é você mesmo.
  • 38. SENAI - 38 RELAÇÕES INTERPESSOAIS Fale e ouça mais – Comunique-se mais com seu chefe e subordinados. A comunicação é capaz de resolver muitos que, às vezes , são superdimensionados pelos dirigentes das empresas. Dê e peça autonomia – Quem melhor pode resolver um problema, muitas vezes, é quem está em contato com ele no dia-a-dia. Por isso, Ter autonomia pode ser o caminho mais curto para diagnosticar falhas. Engaje-se – Em certos casos, a falta de comprometimento da equipe é culpa dos próprios chefes, que, ao dar autonomia, não costumam permitir os erros. Abra espaço para a liberdade de criar. PENSAMENTO “Quanto mais aumenta nosso conhecimento, mais evidente fica nossa ignorância” John F. Kennedy MUDANÇAS E PARADIGMAS TEXTO: MUDANÇA A mudança é normal e natural em cada organização. Ocorre porque o mundo tanto dentro como fora da organização é dinâmico, não estático. Não há maneira pela qual os administradores e os empregados possam fugir à mudança. Visto que uma organização é um sistema complexo, no qual todas as partes se afetam mutuamente, uma importante mudança em qualquer ponto da organização geralmente afeta um outro. É provável que todas as mudanças produzam alguns custos. Precisamos administrar a mudança de um modo que aumente seus benefícios e reduza seus custos. A abordagem é mais pró-ativa do que reativa, a fim de ser feita uma contribuição positiva para a situação. O objetivo da mudança é aumentar os benefícios potenciais, ao mesmo tempo em que reduz custos, de modo que sejam aumentados os benefícios líquidos humanos e organizacionais. Uma dificuldade na introdução da mudança é que diferentes pessoas são afetadas por ela de maneiras diferentes. Algumas podem beneficiar-se, ao passo que outras podem ter prejuízo. CUSTOS PSÍQUICOS DA MUDANÇA As pessoas submetidas à mudança em geral também são submetidas a custos psíquicos, que são tensão, esforço e ansiedade que afetam o seu intimo durante um período de mudança. Devidamente, uma mudança indesejável, perturbadora, pode produzir tensão; mas do mesmo modo uma mudança desejável, como uma promoção, também pode ser estressante. Uma promoção pode exigir que uma pessoa aprenda novas aptidões, que desenvolva novos contatos, que forme novas amizades; e estes requisitos podem ser estressantes. BARREIRAS À MUDANÇA Barreiras à mudança são fatores ambientais que interferem na aceitação e implantação da mudança. Entre eles encontram-se custos econômicos, dificuldades em obter financiamento, problemas com nova tecnologia e falta de recursos. Contudo, a barreira mais difícil é a freqüente oposição do empregado à mudança. A isto se dá o nome de resistência à mudança. Algumas vezes as pessoas permanecem como uma muralha contra a mudança.
  • 39. SENAI - 39 RELAÇÕES INTERPESSOAIS A resistência do empregado à mudança é de três tipos diferentes: lógico, psicológico e sociológico.
  • 40. SENAI - 40 RELAÇÕES INTERPESSOAIS  Lógica; racional.  tempo necessário para ajustamento;  esforço extra para reaprender;  possíveis condições menos desejáveis, como degradação de aptidões;  custos da mudança;  diferente avaliação da mudança.  Psicológica; emocional.  medo do desconhecido  baixa tolerância à mudança  desgosto em relação à gerência ou outro iniciador de mudança  falta de confiança nos outros  necessidade de segurança; desejo de status quo  Sociológica; interesses grupais.  Coalizações políticas  valores grupais opostos  perspectiva estreita, provinciana.  interesses supostamente adquiridos  desejo de reter as amizades existentes A resistência interfere nos esforços da administração de implantar mudança, usualmente é considerada como indesejável. Por outro lado, tem alguns possíveis benefícios. Por exemplo, a resistência pode encorajar a administração a reexaminar suas propostas de mudança, para que esteja mais certa de sua adequação. Desta maneira, os empregados operam como uma verificação e equilíbrio a fim de assegurar que a administração planeje e implante apropriadamente uma mudança. IMPLANTAÇÃO DA MUDANÇA O planejamento cuidadoso é fundamental para o sucesso de uma mudança e é importante o envolvimento de todos desde o início. Quando a mudança é introduzida apressadamente sem que se pense o suficiente nas pessoas, a mudança fracassa. A participação é a prática-chave que encoraja os empregados a discutir, comunicar, fazer sugestões e interessar-se pela mudança. Ela encoraja compromisso, em lugar de mero cumprimento da mudança. Compromisso implica motivação para apoiar uma mudança e trabalhar para garantir que ela funcione efetivamente. À medida que a participação aumenta, a resistência à mudança tende a diminuir. A resistência declina porque os empregados têm menos motivo para resistir. Suas necessidades estão sendo consideradas, e por isso eles se sentem garantidos em uma situação de mudança. A participação alcança profundamente as nascentes da natureza humana para produzir segurança, cooperação e sentimentos de valor pessoal. A administração procura envolver os que apoiam à mudança e os que se opõem a ela, porque o envolvimento tende a reduzir a oposição. Ocasionalmente a administração escolhe um líder da oposição para presidir um grupo de trabalho que implanta a mudança. A comunicação freqüente e aberta encoraja o entendimento. É improvável que os empregados dêem seu apoio a qualquer mudança que não compreendam. É preciso garantir que os supervisores, gerentes, pessoal de assessoria e especialistas de pessoal estejam se comunicando totalmente a respeito de qualquer mudança iminente.