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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS – DCHL
Curso de Letras – Campus Jequié
Língua Portuguesa V – Dr. Rosana
Moisés da Silva Santos Filho1
Rafael Moraes Sampaio2
Resenha31
Referência: CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática. 37. ed. São Paulo:
Nacional, 1994.
Domingos Paschoal Cegalla foi um professor, poeta, gramático, escritor e tradutor brasileiro.
Ele nasceu em São João Batista, distrito de Tijucas. Aos 10 anos foi a Curitiba para estudar no
seminário dos Irmãos Maristas. Estudou grego, latim, francês e italiano. Cegalla graduou-se
pelo Departamento de Filosofia, Ciências e Literatura Clássica da Literatura do Estado do
Paraná. Lecionou português, literatura e latim em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, e viveu
de 1953 até sua morte em 2013.
É autor dos livros "Dicionário de Dificuldades do Português", "Novíssima Gramática do
Português" (1964), "Dicionário da Escola: Português" e "Mini Gramática da Língua
Portuguesa", trabalhos de ensino bastante conhecidos. Publicou também "Canção de Eurídice",
"Um brado no deserto" (poesia) e "Triângulo amoroso" (romântico). Traduziu diretamente do
grego Antígona, Electra e Édipo Rei, este último com o Prêmio Jabuti.
A novíssima gramática portuguesa tornou-se uma obra indispensável, desde a sua introdução
em 1964, graças ao seu amplo reconhecimento entre professores e alunos no decurso dos anos.
Até 2004, a conceituada gramática foi retrabalhada seis vezes para manter-se atualizada. Nessa
linha de pensamento, a nova gramática do português é uma ótima ferramenta, principalmente
para alunos do ensino médio e todos aqueles que precisam esclarecer dúvidas sobre o português.
Ao longo da gramática, Cegalla vai abordar diversos assuntos, que envolvem a semântica, a
sintaxe e a morfologia. E dentre esses assuntos abordados no decorrer da gramática, o tema
verbo será o tópico dessa resenha. Visto que esse tema é amplamente explorado pelo gramático.
1 Discentedo VI semestre do Curso de Letras, UESB – Campus Jequié.
2 Discente do III semestre do Curso de Letras, UESB – Campus Jequié.
3 Atividaderequisitada pela docenteRosana.
O autor define o verbo, considerando-o como uma classe morfológica, e, explicita os três
critérios que o envolve. Inicialmente, o autor (CEGALLA, 1994) apresenta o critério semântico :
“Verbo é uma palavra que exprime ação, estado, fato ou fenômeno”. Caso o autor apresentasse
apenas essa definição, a qual estabelece tipos de significado como base para atribuição de
vocábulos e classes, estaria incompleta, visto que definir essa classe morfológica exige também
mencionar a vasta gama de variações flexionais. Segundo o gramático (CEGALLA, 1994), o
verbo é palavra mais rica em flexão, caso seja comparada com as outras classes de palavras.
Dessa maneira, a definição de verbo se torna mais ampla. No entanto, ao abordar o critério
sintático o autor deixa algumas lacunas que são imprescindíveis para compreensão totalitária
do que é o verbo. Pois, Cegalla (1994) salienta que o “verbo é uma palavra indispensável na
organização do período.”, ignorando as funções de predicador verbal ou cópula que o verbo
realiza nos períodos.
Cegalla (1994), em um segundo momento, discorre sobre as variações do verbo em pessoa e
número. Apresentando, assim, as pessoas do singular e plural que sofrem variações. Ele também
discute os tempos verbais que situam o fato ou a ação dentro de determinado momento,
retratando o presente como uma ação que ocorre no momento, o pretérito ou passado como uma
ação que fora realizada e o futuro que é uma ação que virá a processar-se.
O autor ainda afirma que os modos do verbo indicam as diferentes formas de um fato se realizar,
ou seja, o modo indicativo exprime um fato certo, positivo; o modo imperativo exprime ordem,
proibição, conselho, pedido; modo subjuntivo enuncia um fato possível, duvidoso, hipotético.
Nessa linha de pensamento, segundo Cegalla (1994) além dos três modos, existem as formas
nominais do verbo que são classificadas em três, sendo o infinitivo, gerúndio e particípio. Essas
formas enunciam um fato, de maneira vaga, imprecisa, impessoal.
Outro complemento defendido pelo gramático, é quanto a menção das vozes verbais,
classificadas em ativa, passiva e reflexiva. O autor apresenta alguns exemplos, mas não se
detém nesse ponto. Dessa maneira, ele destaca os verbos auxiliares que são os que se unem a
forma nominal de outro verbo para constituir a passiva os tempos compostos e as locuções
verbais. Paschoal enfatiza que os principais verbos auxiliares são ter, haver, ser, estar.
Nessa perspectiva, Cegalla (1994) afirma que os verbos da língua portuguesa se agrupam em
três conjugações. Os verbos da primeira conjugação são os únicos prolíficos, pois possui uma
quantidade vasta, tendo em vista que nossa língua possui aproximadamente onze mil verbos,
dentre esses mais de dez mil fazem parte da primeira conjugação. Nesse contexto, os verbos da
primeira conjugação terminam em -AR, no entanto os da segunda conjugação terminam em -
ER e os da terceira terminam em -IR. Dessa maneira, podemos observar que cada conjugação
é caracterizada por uma vogal temática.
Cegalla (1994), nessa mesma direção, afirma que os verbos são divididos em regulares,
irregulares e defectivos quando levamos em conta a conjugação. Os verbos regulares mantêm
os radicais invariáveis, seguindo, assim, um modelo ou paradigma comum de conjugação. Em
contrapartida, os verbos irregulares sofrem alterações no radical e/ou nas terminações,
afastando-se do paradigma. E os verbos defectivos não possuem conjugação completa, não
sendo usado em certos modos, tempos ou pessoas.
Em outro tópico, o autor explica e define as vozes do verbo, afirmando que a voz do verbo é a
forma que este assume para indicar que a ação verbal é praticada ou sofrida pelo sujeito.
Podemos classifica-las em três, sendo a voz ativa quando o sujeito é agente, ou seja, comete a
ação expressa pelo verbo; a voz passiva é formada quando o sujeito é paciente, em outras
palavras, quando sofre, recebe ou desfruta a ação expressa pelo verbo. Temos de enfatizar que
apenas os verbos transitivos podem ser utilizados na voz passiva. Nessa linha de raciocínio, a
voz passiva é formada, frequentemente pelo verbo auxiliar ser seguido do particípio do verbo
principal e com o pronome apassivador se associado a um verbo ativo da 3° pessoa; na voz
reflexiva o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, praticando uma ação cujos efeitos ele
mesmo sofre ou recebe.
Conforme exposto, fora possível verificar de que maneira Cegalla conduziu o estudo sobre essa
classe morfológica que é de suma importância para gramática brasileira. Ele também anexou
diversas formas de conjugações, tempos e modos que o verbo pode assumir de acordo a
necessidade sintática. Esse capítulo da Novíssima Gramática é extremamente explicativo,
possibilitando a ampla compreensão do tema, tornando possível indicar para alunos do ensino
fundamental, médio, graduação e professores que possuam interesse em conhecer as formas,
normas e uso do verbo.

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Resenha verbo

  • 1. DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS – DCHL Curso de Letras – Campus Jequié Língua Portuguesa V – Dr. Rosana Moisés da Silva Santos Filho1 Rafael Moraes Sampaio2 Resenha31 Referência: CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática. 37. ed. São Paulo: Nacional, 1994. Domingos Paschoal Cegalla foi um professor, poeta, gramático, escritor e tradutor brasileiro. Ele nasceu em São João Batista, distrito de Tijucas. Aos 10 anos foi a Curitiba para estudar no seminário dos Irmãos Maristas. Estudou grego, latim, francês e italiano. Cegalla graduou-se pelo Departamento de Filosofia, Ciências e Literatura Clássica da Literatura do Estado do Paraná. Lecionou português, literatura e latim em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, e viveu de 1953 até sua morte em 2013. É autor dos livros "Dicionário de Dificuldades do Português", "Novíssima Gramática do Português" (1964), "Dicionário da Escola: Português" e "Mini Gramática da Língua Portuguesa", trabalhos de ensino bastante conhecidos. Publicou também "Canção de Eurídice", "Um brado no deserto" (poesia) e "Triângulo amoroso" (romântico). Traduziu diretamente do grego Antígona, Electra e Édipo Rei, este último com o Prêmio Jabuti. A novíssima gramática portuguesa tornou-se uma obra indispensável, desde a sua introdução em 1964, graças ao seu amplo reconhecimento entre professores e alunos no decurso dos anos. Até 2004, a conceituada gramática foi retrabalhada seis vezes para manter-se atualizada. Nessa linha de pensamento, a nova gramática do português é uma ótima ferramenta, principalmente para alunos do ensino médio e todos aqueles que precisam esclarecer dúvidas sobre o português. Ao longo da gramática, Cegalla vai abordar diversos assuntos, que envolvem a semântica, a sintaxe e a morfologia. E dentre esses assuntos abordados no decorrer da gramática, o tema verbo será o tópico dessa resenha. Visto que esse tema é amplamente explorado pelo gramático. 1 Discentedo VI semestre do Curso de Letras, UESB – Campus Jequié. 2 Discente do III semestre do Curso de Letras, UESB – Campus Jequié. 3 Atividaderequisitada pela docenteRosana.
  • 2. O autor define o verbo, considerando-o como uma classe morfológica, e, explicita os três critérios que o envolve. Inicialmente, o autor (CEGALLA, 1994) apresenta o critério semântico : “Verbo é uma palavra que exprime ação, estado, fato ou fenômeno”. Caso o autor apresentasse apenas essa definição, a qual estabelece tipos de significado como base para atribuição de vocábulos e classes, estaria incompleta, visto que definir essa classe morfológica exige também mencionar a vasta gama de variações flexionais. Segundo o gramático (CEGALLA, 1994), o verbo é palavra mais rica em flexão, caso seja comparada com as outras classes de palavras. Dessa maneira, a definição de verbo se torna mais ampla. No entanto, ao abordar o critério sintático o autor deixa algumas lacunas que são imprescindíveis para compreensão totalitária do que é o verbo. Pois, Cegalla (1994) salienta que o “verbo é uma palavra indispensável na organização do período.”, ignorando as funções de predicador verbal ou cópula que o verbo realiza nos períodos. Cegalla (1994), em um segundo momento, discorre sobre as variações do verbo em pessoa e número. Apresentando, assim, as pessoas do singular e plural que sofrem variações. Ele também discute os tempos verbais que situam o fato ou a ação dentro de determinado momento, retratando o presente como uma ação que ocorre no momento, o pretérito ou passado como uma ação que fora realizada e o futuro que é uma ação que virá a processar-se. O autor ainda afirma que os modos do verbo indicam as diferentes formas de um fato se realizar, ou seja, o modo indicativo exprime um fato certo, positivo; o modo imperativo exprime ordem, proibição, conselho, pedido; modo subjuntivo enuncia um fato possível, duvidoso, hipotético. Nessa linha de pensamento, segundo Cegalla (1994) além dos três modos, existem as formas nominais do verbo que são classificadas em três, sendo o infinitivo, gerúndio e particípio. Essas formas enunciam um fato, de maneira vaga, imprecisa, impessoal. Outro complemento defendido pelo gramático, é quanto a menção das vozes verbais, classificadas em ativa, passiva e reflexiva. O autor apresenta alguns exemplos, mas não se detém nesse ponto. Dessa maneira, ele destaca os verbos auxiliares que são os que se unem a forma nominal de outro verbo para constituir a passiva os tempos compostos e as locuções verbais. Paschoal enfatiza que os principais verbos auxiliares são ter, haver, ser, estar. Nessa perspectiva, Cegalla (1994) afirma que os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações. Os verbos da primeira conjugação são os únicos prolíficos, pois possui uma quantidade vasta, tendo em vista que nossa língua possui aproximadamente onze mil verbos, dentre esses mais de dez mil fazem parte da primeira conjugação. Nesse contexto, os verbos da primeira conjugação terminam em -AR, no entanto os da segunda conjugação terminam em -
  • 3. ER e os da terceira terminam em -IR. Dessa maneira, podemos observar que cada conjugação é caracterizada por uma vogal temática. Cegalla (1994), nessa mesma direção, afirma que os verbos são divididos em regulares, irregulares e defectivos quando levamos em conta a conjugação. Os verbos regulares mantêm os radicais invariáveis, seguindo, assim, um modelo ou paradigma comum de conjugação. Em contrapartida, os verbos irregulares sofrem alterações no radical e/ou nas terminações, afastando-se do paradigma. E os verbos defectivos não possuem conjugação completa, não sendo usado em certos modos, tempos ou pessoas. Em outro tópico, o autor explica e define as vozes do verbo, afirmando que a voz do verbo é a forma que este assume para indicar que a ação verbal é praticada ou sofrida pelo sujeito. Podemos classifica-las em três, sendo a voz ativa quando o sujeito é agente, ou seja, comete a ação expressa pelo verbo; a voz passiva é formada quando o sujeito é paciente, em outras palavras, quando sofre, recebe ou desfruta a ação expressa pelo verbo. Temos de enfatizar que apenas os verbos transitivos podem ser utilizados na voz passiva. Nessa linha de raciocínio, a voz passiva é formada, frequentemente pelo verbo auxiliar ser seguido do particípio do verbo principal e com o pronome apassivador se associado a um verbo ativo da 3° pessoa; na voz reflexiva o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, praticando uma ação cujos efeitos ele mesmo sofre ou recebe. Conforme exposto, fora possível verificar de que maneira Cegalla conduziu o estudo sobre essa classe morfológica que é de suma importância para gramática brasileira. Ele também anexou diversas formas de conjugações, tempos e modos que o verbo pode assumir de acordo a necessidade sintática. Esse capítulo da Novíssima Gramática é extremamente explicativo, possibilitando a ampla compreensão do tema, tornando possível indicar para alunos do ensino fundamental, médio, graduação e professores que possuam interesse em conhecer as formas, normas e uso do verbo.