O documento descreve a teoria psicanalítica de Freud sobre a estrutura da personalidade e os mecanismos de defesa do ego. A personalidade é estruturada em três níveis de consciência (consciente, pré-consciente, inconsciente) e três instâncias (id, ego, superego). O ego utiliza mecanismos como repressão, racionalização e sublimação para defender a mente de conteúdos inconscientes perturbadores.
2. PERSONALIDADE Sigmund Freud (1866-1939) Estruturou
a personalidade em:
3 níveis de consciência: Consciente, Pré-consciente,
Inconsciente.3 tipos de conteúdo: Id, Ego, Superego.
A PRIMEIRA TÓPICA DO APARELHO PSÍQUICO
Refere-se à existência de três instâncias psíquicas:
inconsciente, pré-consciente e consciente.
3. A PRIMEIRA TÓPICA DO APARELHO
PSÍQUICO
INCONSCIENTE: conjunto de conteúdos não presentes no
campo atual da consciência. Conteúdos reprimidos, não têm
acesso ao pré-consciente/consciente, pela ação de censura
interna. Estão armazenadas as ideias, desejos e sentimentos
recalcados, assim como todos os fatos traumáticos que a
pessoa não consegue recordar, porque os esqueceu, como
defesa contra o sofrimento que a lembrança do fato traz como
os: sentimentos bom sou ruins, pensamentos positivos ou
negativos, acidentes, raiva, ódio, castigo, vergonha. O conteúdo
inconsciente permanece agindo sobre o nosso comportamento
atual. Ex.: fatos acontecidos na infância (traumas, castigos,
acidentes, dores) são armazenados no inconsciente, que no
campo atual criam medos, ressentimentos, angústias,
sentimentos ruins.
4. PRÉ-CONSCIENTE: conteúdos que não estão na
consciência neste momento, mas no momento seguinte
podem estar. São fatos armazenados que exigem um maior
esforço introspectivo para serem chamados à consciência e,
muitas vezes, não conservam a mesma nitidez dos fatos
armazenados em nível consciente.
CONSCIENTE: é o sistema que recebe informações do
mundo exterior e interior. Acontece principalmente o
fenômeno da percepção (consciência que o indivíduo possui
frente ao estímulo sensorial - 5 sentidos), principalmente do
mundo exterior. É o nível que armazena os fatos ocorridos,
considerados como atuais pela facilidade que se tem de
lembrá-los como por exemplo: que dia é, que mês é, em que
dia da semana estamos e assim por diante. Quando
esquecemos esses dados recentes e/ou atuais pode estar
ocorrendo uma patologia.
5. SEGUNDA TÓPICA DO APARELHO
PSÍQUICO
Entre 1920/1924 Freud reformula a teoria do aparelho
psíquico e introduz: ID: instância estruturalmente
inconsciente. É responsável pelos processo primários:
fome, sede, sexo ou seja, o conjunto de impulsos inatos
(sexuais e agressivos) e de desejos recalcados. Esses
conteúdos não são estáticos. São dinâmicos e sempre
buscam a satisfação de seus desejos, impulsos e instintos.
EGO: é a parte do psiquismo que faz o contato com a
realidade, pois estabelece a relação com o meio em que
vivemos, através da percepção consciente, do pensamento
e da ação. O ego tem o controle de todas as funções
cognitivas.
6. SUPEREGO: é o representante interno das normas e valores
sociais que foram transmitidos pelos pais através do sistema de
castigo e recompensas imposto à criança. Com a formação do
superego, o controle dos pais é substituído pelo autocontrole.
Suas principais funções são: inibir os impulsos do id e lutar pela
perfeição, o que se faz necessário para a convivência em grupo
e na sociedade. É o último sistema da personalidade a
desenvolver-se. Representante interno dos valores morais e
ideais da sociedade, transmitidos e reforçados pelo sistema de
recompensas e castigos impostos à criança. É a arma moral
(certo e errado) da personalidade. Sua preocupação principal é
decidir se alguma coisa é certa ou errada, de modo que a
pessoa possa se comportar em harmonia com os padrões
morais autorizados pela sociedade gerando sentimentos de
culpa por erros ou falhas.
7. MECANISMOS DE DEFESA DO EGO
O ego utiliza para se defender da realidade. São todos
inconscientes e podem ocorrer ao mesmo tempo, por isso
são dinâmicos. Visam proteger a autoestima do indivíduo e
eliminar o excesso de tensão e ansiedade. Sua principal
função é manter a ansiedade e a tensão em níveis que não
sejam tão dolorosos para nós. Evitam o desgaste advindo
das tensões intrapsíquicas causadas pela situação de
frustração e conflito.
8. MECANISMOS DE DEFESA DO EGO
1 - REPRESSÃO: fundamenta todos os outros
mecanismos de defesa. Tira da consciência a percepção
de acontecimentos cuja dor o indivíduo não pode suportar.
2 - CISÃO OU DIVISÃO: um objeto ou imagem com o qual
nos relacionamos podem ter simultaneamente
características que despertam nosso amor e nosso ódio.
3 - NEGAÇÃO: não perceber aspectos que magoam ou
são perigosos.
9. 4 - PROJEÇÃO: consiste em atribuir aos outros as ideias e
tendências que o sujeito não pode admitir como suas. Sem
que percebemos, muitas vezes vemos nos outros defeitos
que nos são próprios.
5 - RACIONALIZAÇÃO: abstraímos as vivências afetivas e
em cima de premissas lógicas, tentamos justificar nossas
atitudes.
6 - FORMAÇÃO REATIVA: caracteriza-se por uma atitude
ou hábito psicológico com sentido oposto ao desejo
recalcado.
10. 7 - IDENTIFICAÇÃO: diante de sentimentos inadequados,
o sujeito internaliza características de alguém valorizado,
passando a sentir-se como ele.
8 - REGRESSÃO: volta aos níveis anteriores de
desenvolvimento que em geral caracterizam por repostas
menos maduras de uma frustração.
9 - ISOLAMENTO: consiste em isolar um pensamento,
atitude ou comportamento das conexões que teria com o
resto da elaboração mental.
11. 10 - DESLOCAMENTO: através dele descarregamos
sentimentos acumulados, sentimentos regressivos em
pessoas ou objeto.
11 - SUBLIMAÇÃO: um deseja passa a ser canalizado em
outro local.
12 - ANULAÇÃO( REPARAÇÃO): consiste na realização
de uma toda determinado, com fim de anular ou reparar o
significado do ato anterior.
13 - SOMATIZAÇÃO: conflito manifesto através do
sintoma. Há uma predisposição orgânica para o uso da
função corporal eleita para a descarga psíquica.
12. 14 - INTELECTUALIZAÇÃO: controle dos afetos e
impulsos por pensar sobre eles ao invés de vivenciá-lo.
15 - CONVERSÃO: há uma ideia penosa ligada a um
conflito e se configura em um estado afetivo. Tem sintoma
mas não tem nada.
16 - DISSOCIAÇÃO: modificação temporária, mas
drástica, do caráter ou do senso de identidade, a fim de
evitar a angústia.