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Disciplina: Teologia Sistemática
Tema: O pecado
Explicação e Base Bíblica
A. Definição de pecado
O termo pecado aparece na história da raça humana por meio das escrituras sagradas que
descreve a história do homem num estado de pecado e rebelião contra Deus (Deuteronômio
9.7; Josué 1.18) e do plano redentor de Deus para levar o homem de volta a ele.
O pecado é definido como: Deixar de se conformar à lei moral de Deus (l Jo 3.4), seja em ato,
seja em atitude, seja em natureza.
Essa definição mostra que nossa própria natureza, o caráter íntimo que é a essência daquilo
que somos, pode ser pecaminosa. Por isso Paulo disse que “Cristo [... morreu] por nós, sendo
nós ainda pecadores” (Rm5.8) eque antes “éramos, por natureza, filhos da ira, como também
os demais” (Ef 2.3).
Paulo procurando demonstra a pecaminosidade universal da humanidade, recorre à lei de
Deus, seja a lei escrita dada aos judeus (Rm 2.17-29), seja a lei não escrita que atua na
consciência dos gentios que, pela sua conduta, “mostram a norma da lei gravada no seu
coração” (Rm 2.15). Em ambos os casos, sua pecaminosidade se evidencia na inconformidade
à lei moral de Deus.
Deus detesta o pecado. É em essência, a contradição da excelência do caráter moral de Deus.
Contradiz a sua santidade, e, portanto, ele tem de detestá-lo.
B. A origem do pecado:
Primeiro se faz necessário deixar claro que Deus não pecou e não deve ser culpado pelo
pecado. Culpar a Deus pelo pecado seria blasfemar contra o caráter de Deus. “Suas obras são
perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça;
é justo e reto” (Dt.32.4).
A bíblia não explica em detalhes a origem do pecado, mas relata como ele entrou na
humanidade. O primeiro pecado cometido pela raça humana foi o de Adão e Eva, no jardim
do Eden (Gn 3.1-9), mas antes da desobediência de Adão e Eva, o pecado se fez presente no
mundo angélico como a queda de satanás e dos demônios.
C. A doutrina do pecado herdado
As escrituras ensinam que herdamos o pecado de Adão de dois modos
1. Culpa herdada: somos considerados culpados por causa do pecado de Adão.
2. Corrupção herdada: temos uma natureza pecaminosa por causa do pecado.
D. Pecados reais que cometemos
1. Todas as pessoas são pecadoras perante Deus. As escrituras dão testemunho
da pecaminosidade universal da humanidade. “Todos se extraviaram e juntamente se
corromperam; não há quem faça o bem, não há nenhum se quer” (Sl 14.3)
2. Será que nossa capacidade limita a nossa responsabilidade? A verdadeira
medida da nossa responsabilidade e da nossa culpa não é a nossa capacidade de obedecer a
Deus, mas antes a perfeição absoluta da lei moral de Deus e a sua própria santidade.
“Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai Celeste” (Mt 5.48)
3. Será que as crianças são culpadas mesmo antes de pecar efetivamente?
Segundo alguns, as Escrituras pregam determinada “idade da imputabilidade”, antes da qual
as crianças pequenas não são responsáveis pelo pecado nem tidas como culpadas perante
Deus.
Precisamos compreender que a natureza pecaminosa da criança se manifesta bem
cedo, certamente nos primeiros 2 anos de vida. Se as crianças forem salvas, será combase na
obra redentora de Cristo e suaregeneração, como a de João Batistaantes do nascimento, será
pela misericórdia e graça de Deus.
4. Existem graus de pecado?
a) Culpa Legal: No tocante à nossa posição legal perante Deus, qualquer pecado,
mesmo aquilo que nos pareça m pecado livre, torna-os legalmente culpados
perante Deus e, portanto, dignos de castigo eterno. Adão e Eva aprenderam isso no
jardim do Éden, onde Deus lhes disse que um só ato de desobediência resultaria na
pena de morte (Gn 2.17).
b) Consequências na vida e no relacionamento com Deus: Por outro lado, alguns
pecados são piores do que os outros, pois trazem consequências mais danosas para
nós e para os outros e, no tocante ao nosso relacionamento pessoal com Deus Pai,
provocam-lhe desprazer e geram ruptura mais grave na nossa comunhão com ele.
5. O que acontece quando um cristão peca?
a) Nossa posição legal perante Deus fica inalterada: Mas ainda assim somos
perdoados.
b) Nossa comunhão com Deus se interrompe e nossa vida cristã se prejudica: Quando
pecamos lhe causamos pesar e Ele se desgosta conosco.
Quando nos afastamos da comunhão com Cristo, por causa do pecado, diminui a
intensidade com que permanecemos em Cristo.
c) O perigo dos “ evangélicos não convertidos”: embora o cristão genuíno que peca
não perca a sua justificação ou adoção perante Deus, convém deixar bem claro que
a mera associação a uma igreja evangélica, a mera conformidade exterior aos
parâmetros “ cristãos” de conduta esperados, não garanta a salvação.
6. Qual é o pecado imperdoável? Várias passagens bíblicas falamde um pecado que não
será perdoado.
Jesus diz: Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens;
mas a blasfêmia contra o espirito santo não será perdoada. Se alguémproferir alguma
palavra contra o filho do homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra
o espirito santo não lhe seráissoperdoado, nemneste mundo nem no porvir (Mt 12.31-
32)
Em Hebreus 6.4-6, traz a compreensão do pecado imperdoável. Ali as pessoas que
cometem apostasia têm todo o conhecimento e toda a convicção da verdade: eles
“foram iluminados” e “ provaram o dom celestial”; participaramem certos aspectos da
obra do Espírito Santo e “provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo
vindouro”, mas depois deliberadamente se afastam de Cristo e o expuseram “à
ignomínia”(Hb 6.6). Eles também se colocaram fora do alcance dos meios normais que
Deus usa para levar as pessoas ao arrependimento e à fé. Conhecendo a verdade e dela
convencidos, deliberadamente a rejeitaram.
E. O castigo do pecado
O castigo divino do pecado realmente funciona como alerta aqueles que o
testemunham. É que ajustiçade Deus o exige,para que elesejaglorificadono universo
que criou. Ele é o senhor que pratica “misericórdia, juízo e justiça na terra; porque
destas coisas me agrada diz o Senhor”. (Jr 9.24)
Na cruz, temos uma clara demonstração da razão pela qual Deus castiga o pecado: se
ele não castigasse o pecado, não seria um Deus justo e não haveria justiça suprema no
universo.

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O pecado: definição, origem e castigo

  • 1. Disciplina: Teologia Sistemática Tema: O pecado Explicação e Base Bíblica A. Definição de pecado O termo pecado aparece na história da raça humana por meio das escrituras sagradas que descreve a história do homem num estado de pecado e rebelião contra Deus (Deuteronômio 9.7; Josué 1.18) e do plano redentor de Deus para levar o homem de volta a ele. O pecado é definido como: Deixar de se conformar à lei moral de Deus (l Jo 3.4), seja em ato, seja em atitude, seja em natureza. Essa definição mostra que nossa própria natureza, o caráter íntimo que é a essência daquilo que somos, pode ser pecaminosa. Por isso Paulo disse que “Cristo [... morreu] por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm5.8) eque antes “éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (Ef 2.3). Paulo procurando demonstra a pecaminosidade universal da humanidade, recorre à lei de Deus, seja a lei escrita dada aos judeus (Rm 2.17-29), seja a lei não escrita que atua na consciência dos gentios que, pela sua conduta, “mostram a norma da lei gravada no seu coração” (Rm 2.15). Em ambos os casos, sua pecaminosidade se evidencia na inconformidade à lei moral de Deus. Deus detesta o pecado. É em essência, a contradição da excelência do caráter moral de Deus. Contradiz a sua santidade, e, portanto, ele tem de detestá-lo. B. A origem do pecado: Primeiro se faz necessário deixar claro que Deus não pecou e não deve ser culpado pelo pecado. Culpar a Deus pelo pecado seria blasfemar contra o caráter de Deus. “Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto” (Dt.32.4). A bíblia não explica em detalhes a origem do pecado, mas relata como ele entrou na humanidade. O primeiro pecado cometido pela raça humana foi o de Adão e Eva, no jardim do Eden (Gn 3.1-9), mas antes da desobediência de Adão e Eva, o pecado se fez presente no mundo angélico como a queda de satanás e dos demônios. C. A doutrina do pecado herdado As escrituras ensinam que herdamos o pecado de Adão de dois modos 1. Culpa herdada: somos considerados culpados por causa do pecado de Adão. 2. Corrupção herdada: temos uma natureza pecaminosa por causa do pecado. D. Pecados reais que cometemos 1. Todas as pessoas são pecadoras perante Deus. As escrituras dão testemunho
  • 2. da pecaminosidade universal da humanidade. “Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nenhum se quer” (Sl 14.3) 2. Será que nossa capacidade limita a nossa responsabilidade? A verdadeira medida da nossa responsabilidade e da nossa culpa não é a nossa capacidade de obedecer a Deus, mas antes a perfeição absoluta da lei moral de Deus e a sua própria santidade. “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai Celeste” (Mt 5.48) 3. Será que as crianças são culpadas mesmo antes de pecar efetivamente? Segundo alguns, as Escrituras pregam determinada “idade da imputabilidade”, antes da qual as crianças pequenas não são responsáveis pelo pecado nem tidas como culpadas perante Deus. Precisamos compreender que a natureza pecaminosa da criança se manifesta bem cedo, certamente nos primeiros 2 anos de vida. Se as crianças forem salvas, será combase na obra redentora de Cristo e suaregeneração, como a de João Batistaantes do nascimento, será pela misericórdia e graça de Deus. 4. Existem graus de pecado? a) Culpa Legal: No tocante à nossa posição legal perante Deus, qualquer pecado, mesmo aquilo que nos pareça m pecado livre, torna-os legalmente culpados perante Deus e, portanto, dignos de castigo eterno. Adão e Eva aprenderam isso no jardim do Éden, onde Deus lhes disse que um só ato de desobediência resultaria na pena de morte (Gn 2.17). b) Consequências na vida e no relacionamento com Deus: Por outro lado, alguns pecados são piores do que os outros, pois trazem consequências mais danosas para nós e para os outros e, no tocante ao nosso relacionamento pessoal com Deus Pai, provocam-lhe desprazer e geram ruptura mais grave na nossa comunhão com ele. 5. O que acontece quando um cristão peca? a) Nossa posição legal perante Deus fica inalterada: Mas ainda assim somos perdoados. b) Nossa comunhão com Deus se interrompe e nossa vida cristã se prejudica: Quando pecamos lhe causamos pesar e Ele se desgosta conosco. Quando nos afastamos da comunhão com Cristo, por causa do pecado, diminui a intensidade com que permanecemos em Cristo. c) O perigo dos “ evangélicos não convertidos”: embora o cristão genuíno que peca não perca a sua justificação ou adoção perante Deus, convém deixar bem claro que a mera associação a uma igreja evangélica, a mera conformidade exterior aos parâmetros “ cristãos” de conduta esperados, não garanta a salvação. 6. Qual é o pecado imperdoável? Várias passagens bíblicas falamde um pecado que não será perdoado. Jesus diz: Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o espirito santo não será perdoada. Se alguémproferir alguma palavra contra o filho do homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o espirito santo não lhe seráissoperdoado, nemneste mundo nem no porvir (Mt 12.31- 32) Em Hebreus 6.4-6, traz a compreensão do pecado imperdoável. Ali as pessoas que cometem apostasia têm todo o conhecimento e toda a convicção da verdade: eles
  • 3. “foram iluminados” e “ provaram o dom celestial”; participaramem certos aspectos da obra do Espírito Santo e “provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro”, mas depois deliberadamente se afastam de Cristo e o expuseram “à ignomínia”(Hb 6.6). Eles também se colocaram fora do alcance dos meios normais que Deus usa para levar as pessoas ao arrependimento e à fé. Conhecendo a verdade e dela convencidos, deliberadamente a rejeitaram. E. O castigo do pecado O castigo divino do pecado realmente funciona como alerta aqueles que o testemunham. É que ajustiçade Deus o exige,para que elesejaglorificadono universo que criou. Ele é o senhor que pratica “misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrada diz o Senhor”. (Jr 9.24) Na cruz, temos uma clara demonstração da razão pela qual Deus castiga o pecado: se ele não castigasse o pecado, não seria um Deus justo e não haveria justiça suprema no universo.