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Revolução
Francesa
Ana Carolina, Isadora, Isabel e Laura
Tópicos
Antecedentes
01
Etapas
03
Causas
02
Consequências
04
Antecedentes
Até o século XVIII, a França era um
estado em que vigia o modelo do
absolutismo monárquico. O então rei
francês, Luís XVI, personificava o
Estado, reunindo em sua pessoa os
poderes legislativo, executivo e
judiciário. Os franceses então não
eram cidadãos de um Estado
Democrático Constitucional, como
hoje é comum em todo o mundo
ocidental, mas eram súditos do rei.
Dentro da estrutura do Estado Absolutista, havia três diferentes estados nos quais a
população se enquadrava:
Primeiro Estado - era
representado pelos bispos
do Alto Clero;
Segundo Estado - tinha
como representantes a
nobreza, ou a aristocracia
francesa – que
desempenhava funções
militares (nobreza de
espada) ou funções
jurídicas (nobreza de toga);
Terceiro Estado - por sua
vez, era representado
pela burguesia, que se
dividia entre membros do
Baixo Clero,
comerciantes,
banqueiros, empresários,
os sans-cullotes (“sem
calções”), trabalhadores
urbanos e os camponeses,
totalizando cerca de 97%
da população.
A França se envolveu em inúmeras guerras, como a Guerra do Sete Anos e o auxílio dado
aos Estados Unidos na Guerra de Independência (1776). Ao mesmo tempo, a Corte possuía
um alto custo de vida e era financiada pelo Estado, que, por sua vez, já gastava seu
orçamento com a burocracia que o mantinha em funcionamento.
Assim, as crises que a França teria que enfrentar:
1 - uma crise no campo, em razão das péssimas
colheitas das décadas de 1770 e 1780, o que gerou
uma inflação 62%; e
2 - uma crise financeira, derivada da dívida pública
que se acumulava, sobretudo pela falta de
modernização econômica – principalmente a falta de
investimento no setor industrial.
Os membros do Terceiro Estado passaram a ser os
mais afetados pela crise.
Causas
No fim da década de 1780, a burguesia,
os trabalhadores urbanos e os
camponeses começaram a exigir uma
resposta do rei e da Corte à crise que os
afetava e também queriam reivindicar
direitos mais amplos.
Em julho de 1788, houve uma reunião
(convocação dos Estados Gerais) para
deliberação sobre assuntos relacionados
à situação política da França. Nessa
convocação, o conflito entre os
interesses do Terceiro Estado e os da
nobreza e do Alto Clero, que apoiavam o
rei, se acirraram.
O rei então estabeleceu a Assembleia dos
Estados Gerais em 5 de maio de 1789, com o
objetivo de decidir pelo voto os rumos do país.
Entretanto, os votos eram por representação de
Estado, assim, o resultado seria : Primeiro e
Segundo Estados contra o Terceiro. Fato que
despertou a indignação de burgueses e
trabalhadores.
A burguesia, que liderava o Terceiro
Estado, propôs em 10 de junho uma
assembleia para se formular uma nova
Constituição. Essa proposta não obteve
resposta por parte do rei, da nobreza e
do Alto Clero. Em 17 de junho,
burgueses, trabalhadores e demais
membros do Terceiro Estado se
declararam em reunião para formulação
de uma Constituição, mesmo sem a
resposta do Primeiro e do Segundo
Estados. Ao mesmo tempo, começava
um levante popular em Paris e outro
entre os camponeses.
A Revolução se iniciou.
Etapas
A queda da Bastilha foi o assalto popular à
Bastilha, antiga prisão símbolo da opressão do
Antigo Regime francês.
A queda da Bastilha foi considerada um
grande marco na época, pois simbolizou o
início da queda do Antigo Regime e contribuiu
para difundir o sentimento revolucionário.
A Revolução Francesa pode ser dividida
dentro do período das instituições políticas
que atuaram no país:
CREDITS: This presentation template was
created by Slidesgo, including icons by Flaticon
and infographics & images by Freepik.
Em 4 de agosto, a Assembleia Nacional
instituiu uma série de decretos que, dentre
outras coisas, cortava os privilégios da
nobreza, como a isenção de impostos e o
monopólio sobre terras cultiváveis.
A Assembleia instituiu a Declaração de
Direitos do Homem e do Cidadão, que
reivindicava a condição de cidadãos aos
franceses e não mais de súditos do rei. Em
setembro de 1791, foi promulgada a nova
Constituição francesa, assegurando a
cidadania para todos e pressionando o
monarca Luís XVI a aceitar os seus
critérios.
Assembleia Nacional
Constituinte
A partir desse momento, a
França revolucionária esboçou
o seu primeiro tipo de novo
governo, a Monarquia
Constitucional, que durou de
1791 a 1792.
Convenção
A ala mais radical da Revolução, os
jacobinos, defendia a proposta de não se
submeter às decisões da alta burguesia,
que se articulava com a nobreza e o
monarca. Os jacobinos queriam
radicalizar a pressão contra os nobres e o
clero, e instituir uma República
Revolucionária, sem nenhum resquício da
Monarquia.
Prevendo a ameaça, o rei Luís XVI articulou
um levante contrarrevolucionário com o
apoio das monarquias austríaca e
prussiana. Em 1792, a Áustria invadiu a
França e esta declarou guerra àquela. A
população parisiense, após saber dos
planos do rei, invadiu o palácio real de
Tulleries e prendeu o rei e sua família.
O rei e sua esposa, Maria Antonieta, tiveram suas
cabeças decepadas pela guilhotina em 1793, e a
Monarquia Constitucional chegou ao seu fim no
mesmo ano.
Com o fim da Monarquia Constitucional, houve a
dissolução da Assembleia Constituinte e a
Convenção Nacional de um novo parlamento.
O radicalismo jacobino se
tornou conhecido como a Fase
do Terror, por conta do uso
indiscriminado da guilhotina
como máquina da morte.
Em 1795, a burguesia conseguiu retomar o
poder e, através de uma nova Constituição,
instituir uma nova fase à Revolução, chamada
o Diretório, órgão composto por cinco
membros indicados pelos deputados. Mas a
partir desse mesmo ano a crise social se
tornou muito ampla na França, o que exigiu
um contorno político mais eficaz, sob pena da
volta da radicalização jacobina.
Napoleão Bonaparte, um dos mais jovens e
destacados generais da Revolução, era o
nome esperado pela burguesia para dar
ordem à situação política francesa.
Diretório
Consequências
A Revolução estendeu-se por dez anos e,
transformações trazidas não se mantiveram
apenas na França, espalharam-se pelo mundo.
Elas foram:
- Fim dos privilégios da aristocracia na
França;
- Fim dos resquícios do feudalismo e início
da consolidação do capitalismo;
- Queda do absolutismo em toda a Europa;
- Inspirou os movimentos de independência
na América, sobretudo das nações
colonizadas pela Espanha;
- Popularizou a república como
forma de governo;
- Popularizou a ideia de
separação dos poderes;
- Garantiu a aplicação dos ideais
liberais de liberdade individual
do lema “todos os homens são
iguais perante a lei”;
- Consolidou o nacionalismo
enquanto ideologia de
reconhecimento do dever
patriótico.
Império
Napoleônico
Iniciou no dia 18 de maio de 1804 e
terminou em 14 de abril de 1814. O
Império Napoleônico representou na
história mundial a consolidação das
conquistas burguesas iniciadas com a
Revolução de 1789. Foi a ascensão de
Napoleão Bonaparte ao trono da
França que consolidou a instituição da
burguesia na França.
Esse período foi caracterizado por :
- Desenvolvimento de uma política
expansionista, baseada em conquistas
territoriais.
- As conquistas territoriais foram obtidas,
principalmente, através de guerras (Guerras
Napoleônicas).
- Forte concentração política nas mãos de
Napoleão I, imperador da França.
- Apoio político da burguesia francesa ao
regime imperial napoleônico.
- Divulgação dos princípios liberais franceses
aos países conquistados, combatendo assim as
estruturas políticas aristocráticas.
A expansão do império napoleônico, contudo,
encontrou forte resistência dos russos e
Napoleão foi derrotado às portas de Moscou,
em 1812.
O Imperador dos Franceses não conseguiu
conter as rebeliões que apareciam em
diferentes partes do seu domínio. Assim, em 6
de abril de 1814, Bonaparte abdica do trono.
Vai para a ilha de Elba, na costa italiana, mas
rapidamente consegue fugir e voltar à França
liderando um grande exército.
No entanto, sofre a derrocada final na Batalha
de Waterloo, em junho de 1815, sendo preso e
exilado na ilha de Santa Helena, uma possessão
inglesa.
Na França, foram consolidadas as instituições já
estabelecidas durante o Consulado: ensino
público, Banco da França, Código Civil e o Código
de Comércio. Igualmente, o país foi dividido
territorialmente em departamentos.
As guerras napoleônicas provocaram o fim do
feudalismo e cooperaram para o nascimento do
nacionalismo em regiões como a Bélgica, Itália e
Alemanha. Estes, surgiriam como países
independentes ao longo do século XIX.
Para Portugal, provocou a invasão do país pelos
franceses e a consequente a transferência da
Corte para o Brasil. As ideias liberais
influenciariam diretamente a Revolução do Porto,
de 1820.
Consequências
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  • 3. Antecedentes Até o século XVIII, a França era um estado em que vigia o modelo do absolutismo monárquico. O então rei francês, Luís XVI, personificava o Estado, reunindo em sua pessoa os poderes legislativo, executivo e judiciário. Os franceses então não eram cidadãos de um Estado Democrático Constitucional, como hoje é comum em todo o mundo ocidental, mas eram súditos do rei.
  • 4. Dentro da estrutura do Estado Absolutista, havia três diferentes estados nos quais a população se enquadrava: Primeiro Estado - era representado pelos bispos do Alto Clero; Segundo Estado - tinha como representantes a nobreza, ou a aristocracia francesa – que desempenhava funções militares (nobreza de espada) ou funções jurídicas (nobreza de toga); Terceiro Estado - por sua vez, era representado pela burguesia, que se dividia entre membros do Baixo Clero, comerciantes, banqueiros, empresários, os sans-cullotes (“sem calções”), trabalhadores urbanos e os camponeses, totalizando cerca de 97% da população.
  • 5. A França se envolveu em inúmeras guerras, como a Guerra do Sete Anos e o auxílio dado aos Estados Unidos na Guerra de Independência (1776). Ao mesmo tempo, a Corte possuía um alto custo de vida e era financiada pelo Estado, que, por sua vez, já gastava seu orçamento com a burocracia que o mantinha em funcionamento. Assim, as crises que a França teria que enfrentar: 1 - uma crise no campo, em razão das péssimas colheitas das décadas de 1770 e 1780, o que gerou uma inflação 62%; e 2 - uma crise financeira, derivada da dívida pública que se acumulava, sobretudo pela falta de modernização econômica – principalmente a falta de investimento no setor industrial. Os membros do Terceiro Estado passaram a ser os mais afetados pela crise.
  • 6.
  • 7. Causas No fim da década de 1780, a burguesia, os trabalhadores urbanos e os camponeses começaram a exigir uma resposta do rei e da Corte à crise que os afetava e também queriam reivindicar direitos mais amplos. Em julho de 1788, houve uma reunião (convocação dos Estados Gerais) para deliberação sobre assuntos relacionados à situação política da França. Nessa convocação, o conflito entre os interesses do Terceiro Estado e os da nobreza e do Alto Clero, que apoiavam o rei, se acirraram.
  • 8. O rei então estabeleceu a Assembleia dos Estados Gerais em 5 de maio de 1789, com o objetivo de decidir pelo voto os rumos do país. Entretanto, os votos eram por representação de Estado, assim, o resultado seria : Primeiro e Segundo Estados contra o Terceiro. Fato que despertou a indignação de burgueses e trabalhadores.
  • 9. A burguesia, que liderava o Terceiro Estado, propôs em 10 de junho uma assembleia para se formular uma nova Constituição. Essa proposta não obteve resposta por parte do rei, da nobreza e do Alto Clero. Em 17 de junho, burgueses, trabalhadores e demais membros do Terceiro Estado se declararam em reunião para formulação de uma Constituição, mesmo sem a resposta do Primeiro e do Segundo Estados. Ao mesmo tempo, começava um levante popular em Paris e outro entre os camponeses. A Revolução se iniciou.
  • 10. Etapas A queda da Bastilha foi o assalto popular à Bastilha, antiga prisão símbolo da opressão do Antigo Regime francês. A queda da Bastilha foi considerada um grande marco na época, pois simbolizou o início da queda do Antigo Regime e contribuiu para difundir o sentimento revolucionário. A Revolução Francesa pode ser dividida dentro do período das instituições políticas que atuaram no país:
  • 11. CREDITS: This presentation template was created by Slidesgo, including icons by Flaticon and infographics & images by Freepik. Em 4 de agosto, a Assembleia Nacional instituiu uma série de decretos que, dentre outras coisas, cortava os privilégios da nobreza, como a isenção de impostos e o monopólio sobre terras cultiváveis. A Assembleia instituiu a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, que reivindicava a condição de cidadãos aos franceses e não mais de súditos do rei. Em setembro de 1791, foi promulgada a nova Constituição francesa, assegurando a cidadania para todos e pressionando o monarca Luís XVI a aceitar os seus critérios. Assembleia Nacional Constituinte A partir desse momento, a França revolucionária esboçou o seu primeiro tipo de novo governo, a Monarquia Constitucional, que durou de 1791 a 1792.
  • 12. Convenção A ala mais radical da Revolução, os jacobinos, defendia a proposta de não se submeter às decisões da alta burguesia, que se articulava com a nobreza e o monarca. Os jacobinos queriam radicalizar a pressão contra os nobres e o clero, e instituir uma República Revolucionária, sem nenhum resquício da Monarquia. Prevendo a ameaça, o rei Luís XVI articulou um levante contrarrevolucionário com o apoio das monarquias austríaca e prussiana. Em 1792, a Áustria invadiu a França e esta declarou guerra àquela. A população parisiense, após saber dos planos do rei, invadiu o palácio real de Tulleries e prendeu o rei e sua família.
  • 13. O rei e sua esposa, Maria Antonieta, tiveram suas cabeças decepadas pela guilhotina em 1793, e a Monarquia Constitucional chegou ao seu fim no mesmo ano. Com o fim da Monarquia Constitucional, houve a dissolução da Assembleia Constituinte e a Convenção Nacional de um novo parlamento. O radicalismo jacobino se tornou conhecido como a Fase do Terror, por conta do uso indiscriminado da guilhotina como máquina da morte.
  • 14. Em 1795, a burguesia conseguiu retomar o poder e, através de uma nova Constituição, instituir uma nova fase à Revolução, chamada o Diretório, órgão composto por cinco membros indicados pelos deputados. Mas a partir desse mesmo ano a crise social se tornou muito ampla na França, o que exigiu um contorno político mais eficaz, sob pena da volta da radicalização jacobina. Napoleão Bonaparte, um dos mais jovens e destacados generais da Revolução, era o nome esperado pela burguesia para dar ordem à situação política francesa. Diretório
  • 15. Consequências A Revolução estendeu-se por dez anos e, transformações trazidas não se mantiveram apenas na França, espalharam-se pelo mundo. Elas foram: - Fim dos privilégios da aristocracia na França; - Fim dos resquícios do feudalismo e início da consolidação do capitalismo; - Queda do absolutismo em toda a Europa; - Inspirou os movimentos de independência na América, sobretudo das nações colonizadas pela Espanha;
  • 16. - Popularizou a república como forma de governo; - Popularizou a ideia de separação dos poderes; - Garantiu a aplicação dos ideais liberais de liberdade individual do lema “todos os homens são iguais perante a lei”; - Consolidou o nacionalismo enquanto ideologia de reconhecimento do dever patriótico.
  • 17. Império Napoleônico Iniciou no dia 18 de maio de 1804 e terminou em 14 de abril de 1814. O Império Napoleônico representou na história mundial a consolidação das conquistas burguesas iniciadas com a Revolução de 1789. Foi a ascensão de Napoleão Bonaparte ao trono da França que consolidou a instituição da burguesia na França.
  • 18. Esse período foi caracterizado por : - Desenvolvimento de uma política expansionista, baseada em conquistas territoriais. - As conquistas territoriais foram obtidas, principalmente, através de guerras (Guerras Napoleônicas). - Forte concentração política nas mãos de Napoleão I, imperador da França. - Apoio político da burguesia francesa ao regime imperial napoleônico. - Divulgação dos princípios liberais franceses aos países conquistados, combatendo assim as estruturas políticas aristocráticas.
  • 19. A expansão do império napoleônico, contudo, encontrou forte resistência dos russos e Napoleão foi derrotado às portas de Moscou, em 1812. O Imperador dos Franceses não conseguiu conter as rebeliões que apareciam em diferentes partes do seu domínio. Assim, em 6 de abril de 1814, Bonaparte abdica do trono. Vai para a ilha de Elba, na costa italiana, mas rapidamente consegue fugir e voltar à França liderando um grande exército. No entanto, sofre a derrocada final na Batalha de Waterloo, em junho de 1815, sendo preso e exilado na ilha de Santa Helena, uma possessão inglesa.
  • 20. Na França, foram consolidadas as instituições já estabelecidas durante o Consulado: ensino público, Banco da França, Código Civil e o Código de Comércio. Igualmente, o país foi dividido territorialmente em departamentos. As guerras napoleônicas provocaram o fim do feudalismo e cooperaram para o nascimento do nacionalismo em regiões como a Bélgica, Itália e Alemanha. Estes, surgiriam como países independentes ao longo do século XIX. Para Portugal, provocou a invasão do país pelos franceses e a consequente a transferência da Corte para o Brasil. As ideias liberais influenciariam diretamente a Revolução do Porto, de 1820. Consequências