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Educar é corrigir, guiar, limitar…
Que benção seria se, quando saíssem da maternidade, os pais levassem consigo uma cartilha com todos
os passos para educar o filho que acabara de nascer! Infelizmente, não há uma receita. Muito menos um
manual pronto. No máximo há os conselhos da avó. Mas uma coisa é certa: os pais precisam educar
os filhos. E por educar entenda-se corrigir, guiar, limitar, ensinar, impor regras. Não adianta
colocar a culpa no amor: “ah, se for muito firme com meu filho ele vai achar que não o amo, já que fico
o dia todo fora de casa”. Educar não é compensar e sim sinonimo de amar. Porque se a criança for
criada assim, sem limites, não sabendo obedecer, vai ficar teimosa, agressiva, irritada. E se já na
infância não suportamos a companhia de uma criança sem limites, imagina quando adulto. “Os colegas
não gostam porque sabem que esta criança não vai obedecer às regras de uma brincadeira. E vai ser um
adulto desajustado socialmente. Porque se pode bater na mãe quando pequeno, vai bater no chefe? Por
isso educar hoje significa evitar sofrimento no futuro”, explica a pedagoga Janaína da Costa.
Que é preciso educar, todos sabemos. Como, é que é o problema. Apesar de não haver uma fórmula, há
sim algumas dicas valiosas. Mas antes de ir a elas, primeiro é preciso os pais entenderem que as
crianças não nascem desobedientes. Muito pelo contrário, estão ávidas por alguém que as ensine o que
é certo ou errado. Vivem perguntando se podem ou não fazer algo. Querem aprender. Por isso é
obrigação da família disciplinar. E por disciplinar não entenda só punir, mas sim ensinar. Aos seis
meses, por exemplo, se seu bebê chuta, esperneia, vira pra se trocar, experimente conversar come ele.
“A partir desta idade eles já entendem se você explicar: agora vou te trocar, pode ficar quietinho que a
mamã não te vai magoar. Geralmente, nesta pouca idade as regras são para segurança e por isso
essenciais: não suba na mesa, não abra o portão, não desça a escada. É aí que os pais começam a definir
as regras”, ensina a pedagoga.
Mas de nada adianta afastar o filho todas as vezes que ele se aproxima do portão sem nada falar. É
preciso sempre explicar que, se abrir e sair para a rua, pode vir um carro e o magoar. Que se descer a
escada correndo, pode cair. Que subir na mesa pode significar uma queda. Os pais precisam também
ignorar comportamentos menores, não brigar tanto só porque o filho gosta de brincar de bater o pé na
cadeirinha enquanto come. O que interessa é a criança aprender a sentar e comer alimentos saudáveis.
O ideal, é ir trabalhando de duas a três regras de cada vez, de acordo com a idade e, à medida que a
criança for superando, vai passando para outras. “Porque, passado um tempo, a criança simplesmente
incorpora a regra como algo natural. Vai formar o hábito com relação a essa conduta. Aí é a hora de
passar a outros ensinamentos”, conta.
Outra dica: o castigo é sim uma boa estratégia, mas se for impô-lo, que seja por um curto período de
tempo e explicando o porquê de a criança ficar, por exemplo, três dias sem assistir ao programa
predilecto na TV. E sempre deve tirar algo que a criança goste, que vá sentir falta. “É bom deixar
claro que o castigo foi por mau comportamento, não porque o filho é uma má pessoa. Muito pelo
contrário, é para ela se tornar uma pessoa melhor que está recebendo o castigo. Assim a criança vai
saber o porquê, como e que dia vai ter o brinquedo preferido de volta.
E o mais importante: não voltar atrás. Ser firme no castigo ou em qualquer imposição é essencial
para a criança perceber que os pais não estão mentindo. É bom também não esquecer de elogiar
quando a criança tem um bom comportamento ou vai bem na escola. Nunca dizer que ela não é
capaz. É claro que são apenas dicas, mas que podem dar certo. De resto é dar muitos beijos,
abraços e amor.
(pedagoga Janaína da Costa)

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