O documento descreve os componentes e tipos de bombas de engrenagem, incluindo suas vantagens, desvantagens, aplicações e manutenção. Detalha bombas volumétricas, dinâmicas e rotativas, com foco em bombas de engrenagem externa e interna. Discorre sobre componentes como retentores, gaxetas, selos mecânicos e mancais, além de causas de falhas e a importância da manutenção preventiva.
5. Bomba rotativa:
● Essa bomba se caracteriza pelo movimento de rotação que é transfere
energia de pressão ao líquido. Ocorre por meio de uma ou mais peças
giratórias que ficam instaladas no interior da carcaça e são genericamente
conhecidas como rotores ou elementos bombeadores que por sua vez.
Figura - 4
6. Bomba rotativa:
● Considera-se deslocamento volumétrico, o volume de líquido deslocado
entre as cavidades dos rotores durante uma rotação completa e logo
temos:
(Q = V. n) Onde;
Q = vazão teórica;
V = deslocamento volumétrico teórico;
n = velocidade angular.
8. Bomba rotativa:
● Com relação a pressão, é necessário considerar que no caso de um
escoamento laminar, as fugas variam linearmente enquanto que em um
escoamento turbulento, elas variam com a raiz quadrada do diferencial de
pressão.
● Para obter a eficiência real de uma bomba volumétrica, usamos a razão
entre a vazão real e a vazão teórica.
9. Bomba de engrenagem:
● Bomba de deslocamento
positivo e rotativa.
Existem as bombas de
engrenagens externas,
internas com meia-lua,
internas sem meia-lua.
Figura - 5
11. Bombas de engrenagem externa:
Tipo mais comum;
Podem bombear ar ou gás dissolvidos no líquido;
Há um aumento gradativo de pressão do líquido sobre os dentes das
engrenagens da sucção para a descarga, no caso de dentes retos.
Existência de vários caminhos de fuga da região de maior pressão para de
menor pressão.
13. Bomba de engrenagem interna:
Possui ampla aplicação para processos, bombeando produtos com sólidos,
abrasivos de alta viscosidade, corrosivos tóxicos, etc. :
Comparadas a bomba de engrenagem externa:
*Rendimento superior;
*Maior confiabilidade e vida útil.
17. Retentor
Auxilia no vedamento entre duas peaças que tenham movimento relativo,
com o intuito de não deixar vazar fluido e não deixar entrar sujeira no
sistema.
Figura - 12
18. Gaxeta
Consiste basicamente na compressão de um material resistente, macio e
lubrificante dentro do espaço formado pelo eixo e a caixa de vedação do
equipamento e é conhecido como um tipo de vedador automático pela
força que exerce contra o material.
Figura - 13
19. Selo mecânico
Evita a passagem de líquidos e gases entre o rotativo e a carcaça fixa da
bomba. É composto basicamente, de um conjunto rotativo solidário ao
movimento do eixo do equipamento e um conjunto estacionário.
Figura - 14
20. Mancais
São elementos de máquinas que servem de apoios fixos aos elementos
dotados de movimentos giratórios e são destinados a suportar a
solicitação de peso e rotação dos eixos.
Figura - 15
21. Carcaça
É o corpo da bomba e a estrutura que envolve os demais componentes.
Figura - 16
22. Eixo- Tem a função de transmitir do torque do acionador ao rotor.
Engrenagem motora- É a engrenagem que sofre rotações por estar acoplada
ao eixo/rotor por meio de buchas, anéis e mancais.
Engrenagem movida- É a engrenagem que “aproveita” o giro da engrenagem
motora para empurrar o fluido.
Figura - 17
23. Vantagens:
Compacta e leve para a sua capacidade;
Eficiente à alta pressão de operação;
Resistente aos efeitos de cavitação;
Alta tolerância a contaminação dos sistemas;
Resistente em operações a baixas temperaturas;
Compatibilidade com vários fluidos.
24. Desvantagens:
Capacidade limitada de pressão, gerando resultados desequilibrados no
rolamento e causando ruídos devido ao deslocamento constante;
Rápido desgaste no bombeio de líquidos com abrasivos;
A pressão é proporcional e dependente da velocidade do motor, logo
para manter uma alta pressão, é necessário utilizá-lo em plena potência.
25. Aplicações
Na indústria Petroquímica: em refinarias, bombeamento de óleo diesel, biodiesel,
óleo BPF, óleo cru, graxas, asfalto, querosene, gasolina, óleos em geral, etc.;
Na indústria Química: tintas, vernizes, esmaltes, solventes, resinas, fertilizantes,
pesticidas, acetonas, ácidos, cosméticos, detergentes, sabões, bases,etc.;
Na indústria Alimentícia: leite, xaropes, melaços, chocolate, geléias, gelatina,
glicose, óleo vegetal, críticos, refrigerantes, cervejaria, etc.;
Na indústria Metalúrgica: máquinas e equipamentos hidráulicos, filtros, prensa,
sistemas de lubrificação, queimadores de óleo, caldeiraria, bombeamento de chumbo,
mercúrio,etc.;
Na indústria de Papel e Celulos, indústria Farmacêutica, indústria Gráfica,
indústria Têxtil, ou qualquer transferência de líquidos viscosos em geral.
26. Aplicações:
Lubrificação de Equipamentos
● Robustez, confiabilidade, durabilidade e maior rendimento;
● Redutores de velocidade;
● Pré-lubrificação de motores estacionários em usinas termelétricas;
● Turbinas e motores a explosão em geral;
● Secadores, calcinadores e moinhos na indústria da mineração;
● Moinhos na indústria de fertilizantes;
● Compressores de amônia tipo parafuso;
● Compressores alternativos de grande porte para HDS em refinarias;
28. Causas
Falha no Manuseio / Uso Inadequado
Defeito de Acionamento
Mau Assentamento do Cone
Força Axial e/ou Radial
Entrada de Corpo Estranho
Contaminação do Óleo Hidráulico
Sobrecarga do Sistema
Picos de Pressão
Excesso de Temperatura do Óleo Hidráulico
Cavitação
Carcaça Trincada
Figura - 21
29. Manutenção
Para maior durabilidade das bombas de engrenagem deve-se observar algumas condições
máximas de funcionamento (determinado pelo fabricante do equipamento). Uma prática de
manutenção preventiva resultará em um sistema confiável e evitará manutenções corretivas
repetitivas.
Análise de óleo frequente;
Análise de vibração periodicamente;
Constatação de não existência de ar no sistema;
Checagem de alinhamento de motor x bomba;
Verificação da fixação do conjunto;
Checagem da amperagem do motor;
Análise da curva do processo;
Avaliação da válvula de sobre capacidade;
Figura - 22
30. Manutenção
Estabelecer ciclos de manutenção
• Preditiva;
• Preventiva;
• Corretiva;
Abertura do equipamento para identificação de componentes defeituosos
Fechamento do equipamento
• Limpeza de todos componentes;
• Aferição dos componentes;
Instalação na área
• Alinhamento entre bomba e motor;
• Torqueamento do acoplamento;
• Testes de performance de processo;
• Análise de vibração;
31. Referencia
BOSCH, Rexroth Group . <Disponível em http://dc-
america.resource.bosch.com/media/br/produtos/materiais_t_cnicos_2012_a
_2015/Causas_de_Falhas_em_Bombas_de_Engrenagem.pdf>. Acesso em: 12
de outubro 2015
INFORMATIVO TÉCNICO INDÚSTRIAS MARRUCCI
AMORIM, J. L. S. Seminário técnico sobre manutenção preditica e proativa
de equipamentos hidráulicos. TCT - Treinamento e consultoria técnica,
2004. 178p. (Apostila do seminário).
PROCEL INDÚSTRIA, Edição seriada. CNI – Confederação Nacional da
Indústria IEL – Núcleo Central ELETROBRÁS – Centrais Elétricas Brasileiras
S.A, 2008.