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Emprego com carteira tem alta forte e eleva
formalização do mercado de trabalho
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De janeiro a abril foram criadas 705 mil vagas, com destaque para
setores como construção, educação e saúde
Por Marcelo Osakabe e Erica Polo — De São Paulo
21/06/2023 05h00 Atualizado há 3 dias
A recuperação do mercado de trabalho tem sido puxada pela criação de vagas no setor
formal, em linha com o crescimento mais forte da economia brasileira registrado desde o
começo do ano. De acordo com o Novo Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), houve a abertura de 1,9 milhão de postos de trabalho com
carteira assinada no setor privado nos 12 meses até abril. Desse total, foram 705 mil
apenas nos quatro primeiros meses de 2023.
O desempenho contribuiu para a taxa de formalização alcançar 61,1% no trimestre
encerrado em abril, segundo outra base de dados, a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílio Contínua (Pnad Contínua). Com exceção de 2020, quando esse número teve
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um salto em meio à onda de demissões ocorridas na pandemia, afetando sobretudo as
camadas de renda mais baixa, esse nível não é visto desde o começo da série, em 2016.
“Tanto o Caged quanto a Pnad vêm mostrando aumento da oferta de vagas formais. O
que tem surpreendido é a magnitude da melhora do setor formal”, resume o economista
da LCA Consultores Bruno Imaizumi.
Emprego formal surpreende e analistas já reveem projeções
Agro e setores com perdas na pandemia lideram contratação
A Tendências Consultoria projeta uma abertura de 1,2 milhão de vagas no Caged em
2023, enquanto Imaizumi espera um saldo de 1,5 milhão de postos de trabalho. Segundo
ele, é uma projeção maior que a da média dos economistas, mas abaixo dos 2 milhões
criados em 2022 e condizente com um crescimento do PIB menor neste ano. No ano
passado, a economia cresceu 2,9%; em 2023, deve avançar entre 2% e 2,5%, com um
grande peso da agropecuária. Já o rendimento se recupera, mas segue abaixo dos
níveis anteriores à pandemia. O salário médio de admissão chegou a R$ 2.015,58, ainda
8% abaixo do número de janeiro de 2020, atualizado pela inflação.
A forte criação de empregos com carteira assinada neste ano é explicada pela
recomposição de quadros por setores que perderam postos de trabalho em meio à
pandemia, segundo levantamento do FGV Ibre. Entre janeiro e abril, os principais
destaques de geração de vagas foram construção, indústria de alimentos, serviços de
transporte e administrativos, além de educação e saúde.
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