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Didáxis Vale S. Cosme




                                                  12º Ano

         Os Ciclos Economicos




Trabalho realizado por:
-Diana Matos 12º3
-Helena Cruz 12º3




   Economia C              Os Ciclos Económicos
ÍNDICE
  Introdução……………………………………………………………………………………………………………………….......3
  Desenvolvimento…………………………………………………………………………………………………………….......4
     Conceitos relacionados com os ciclos económicos…………………………………………………………….......4

     O que é um ciclo económico?...................................................................................................6

     Classificação dos ciclos económicos..........................................................................................7

        Duração ………………………………………………………………………………………………………………………........7

            Ciclo de Kitchin……..………………………………………….…………………..….……………….……………..…....8

            Ciclo de Juglar.…………………………………………………………………….………………….….……….……......9

            Ciclo de Kuznets………………………………………………………………….…………………………….…...…....10

            Ciclo de Kondratieff……………………………………………………………………..………………..…..……..…..10

     Políticas anticiclo ou contra-ciclo………………………………………………………………….....………....…….….11

         O que são as políticas anticiclo ou contra-ciclo?.................................................................11

         Qual o papel das políticas de anticiclo ou contra-ciclo?......................................................11

     CASE STUDIES...........................................................................................................................12

      Schumpeter ...........................................................................................................................12

         Dados Biográficos….....………………………………………………………………………………………………..…....12

         Schumpeter e a teoria dos ciclos de Negócios, Tecnologia e Inovação.....…….………………....13

     Kondratieff...............................................................................................................................16

        Dados biográficos..............................................................................................................................16

         Kondratieff e o seu ciclo económico longo........................................................................................17

           Teoria dos ciclos............................................................................................................................17

           Os ciclos.........................................................................................................................................19

            Validade da teoria.........................................................................................................................20

      Considerações do grupo perante a temática dos ciclos económicos/Conclusão....................21

  Bibliografia / Webgrafia....................................................................................................................22




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                                                                                                                                                                  2
INTRODUÇÃO



  A economia ou atividade económica tende a crescer ao longo do tempo ainda que de forma
irregular e sendo que, esta assenta-se na produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
Conjuntamente é uma ciência social que estuda a atividade económica, através do
desenvolvimento da teoria económica, e que tem na administração o seu emprego. Os modelos
atualmente usados na economia evoluíram da economia política dos finais do século XIX. Podem
representar, a situação económica de um país ou região; isto é, a sua situação relativamente aos
ciclos da economia.

  Desta forma, com o intuito de esclarecer melhor todos os conceitos relacionados com ciclos
económicos, achamos necessário a realização de este trabalho, bem como uma exploração mais
aprofundada sobre os ciclos de Kondratieff e de Schumpeter, no entanto abordaremos também de
uma forma mais simples todos os ciclos económicos existentes.




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DESENVOLVIMENTO




              CONCEITOS RELACIONADOS COM OS CICLOS ECONÓMICOS



   Quando falamos de ciclos económicos utilizamos vários conceitos necessários para os explicar,
no entanto, para que seja totalmente perceptível as explicação dos ciclos económicos, é necessário
primeiramente esclarecer alguns desses conceitos.




   Crise económica  pode definir-se uma crise económica como uma ruptura entre o equilíbrio
entre a oferta e a procura de bens e serviços que provoca uma depressão da conjuntura
económica. A manifestação mais gritante da crise é a queda da produção ou, pelo menos, uma
forte redução da sua taxa de crescimento.




   Desenvolvimento económico  é um processo onde a receita nacional concreta de uma
qualquer economia aumenta durante um longo período de tempo. A receita nacional concreta é o
produto total de bens e serviços, expresso não em termos monetários mas em termos reais: a
receita nacional concreta é rectificada por um índice ajustado de preços de bens, consumo e bens
de capital.




   Produto interno bruto (PIB)  O PIB é um indicador muito utilizado na macroeconomia com o
intuito de medir a actividade económica de uma região. É a soma de todos os bens e serviços finais
produzidos numa determinada região (por exemplo: países, estados, cidades), durante um
determinado período (por exemplo: mês, trimestre, ano).




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Crescimento económico  representa o aumento sustentado, a longo prazo, da produção numa
certa economia e prevê a reunião de vários fatores, por exemplo: o aumento da dimensão dos
mercados interno e externo, o investimento de capital físico e humano e o progresso técnico.




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O QUE É UM CICLO ECONÓMICO?



  Os ciclos económicos são oscilações da atividade económica (produto interno bruto), num longo
espaço de tempo e com uma regularidade que possa ser observada.

  Desta forma, e segundo a definição dada pelo dicionário de Economia Verbo, os ciclos
económicos são o conjunto de “oscilações regulares no nível da actividade económica durante um
determinado número de anos”.

  Desta forma, é possível afirmar que os ciclos económicos se dividem em 4 fases: a prosperidade,
a crise ou recessão, a depressão e a retoma. A prosperidade e a retoma são parte do ciclo
económico onde se dá um crescimento do mesmo, da mesma forma, a crise e a depressão
representam a parte do ciclo económico onde se dá um declínio do mesmo.


               Período de Crescimento

                                                    Período de Estagnação e Declínio


                              Prosperidade



                                                    Crise ou
             Retoma
                                                    Recessão




                                                               Depressão


  Embora os ciclos económicos se repitam, estes não são necessariamente periódicos. Por sua vez,
os ciclos económicos são um fenómeno que ocorrem nas economias de mercado. Da mesma forma,
é possível afirmar que embora existam ciclos económicos com uma duração muito semelhante, isto
não significa que existam ciclos económicos iguais, teoria defendida por Samuelson que afirma que
“nunca se verificam dois ciclos económicos iguais, se bem que posso ter muito em comum.”




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CLASSIFICAÇÃO DOS CICLOS ECONÓMICOS



  Foram muitos os economistas que a terem estudado o evoluir das economias, encontraram
períodos regulares em que a actividade económica percorria um ciclo, ciclo esse que possuía um
período ascendente e um período descendente. Esses ciclos eram identificados como ciclos de
longo, médio e curto prazo, sendo que estes últimos encontram-se relacionados com desequilíbrios
usuais da actividade de certos sectores.




                                            DURAÇÃO



                                            Os Ciclos
                                           Económicos
                                           podem ser:

                                               Ciclo de
                                            Kitchin (3 a 5
                                                anos)


                                            Ciclo de Juglar
                                             (6 a 10 anos)


                                              Ciclo de
                                            Kuznets ( 20 a
                                              30 anos)

                                               Ciclo de
                                              Kondratieff
                                            (60 a 80 anos)




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CICLO DE KITCHIN



  O ciclo de Kitchin é caracterizado por possuir uma duração de 3 a 5 anos.

  Joseph Kitchin foi o primeiro economista a identificar ciclos de curta duração, sendo que este
afirma que os ciclos económicos se devem a causas conjunturais aleatórias, próprias da evolução da
atividade económica, como por exemplo a variação da procura. Consequentemente, no ciclo
descrito por Kitchin, quando se dá uma fase de grande procura, segue-se um rápido aumento do
stock do produto em questão o que leva a uma produção elevada, esta fase no ciclo designa-se de
fase ascendente. Seguidamente, segundo este economista, existe também uma fase onde se
verifica uma quebra na procura, o que leva a uma redução de encomendas e á utilização dos stocks
o que leva uma baixa do crescimento da produção, esta fase é designada por fase descendente.

  Foram observados nos EUA, onde se verificou um ciclo de stocks de 3 a 5 anos




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CICLO DE JUGLAR



   O ciclo de Juglar possui uma duração média, de 6 a 10 anos, sendo que este ciclo se inteira nos
ciclos longos.

   Clement Juglar para além de ser economista era também um médico francês, facto que
influenciou o seu trabalho na economia. Assim sendo, Juglar associou o termo de crise da economia
ao da crise da saúde, ou seja, uma crise patológica resultava de um amontoado de actos que eram
acumulados em período saudável. Traduzindo esta teoria para o campo da economia, a crise na
economia dava-se após um conjunto de situações vividas num período de retoma e/ou expansão
que acabariam por levar a uma crise na economia devido ao excesso verificado durante a fase
saudável da economia.

   Os ciclos de Juglar são dependentes das variações de procura e afiguram-se a ciclos de
investimento em consequências sobre o PIB, o emprego e a inflação. Neste ciclo, as fases de
recessão são menos graves e mais curtas, as fases expansionistas são mais activas.

   No século XIX, o ciclo de Juglar era um padrão associado ao Reino Unido.




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CICLO DE KUZNETS

  O ciclo de Kuznets tem uma duração de cerca de 20 a 25 anos, sendo que este se relaciona com
as variações da actividade de construção habitacional e de infra-estruturas. Este ciclo é também
conhecido como ciclo de transporte. Neste ciclo, as variações entre fases verificam-se nas variações
existentes nas actividades de construção e transporte.




                                     CICLO DE KONDRAT IE FF

  O ciclo de Kondratieff tem uma duração de 60 a 80 anos, sendo que este ciclo se liga as
mudanças tecnológicas. O ciclo de Kondratieff é dividido em duas fases em que se verifica uma fase
ascendente e uma faz descendente. Estas flutuações de longo prazo são características da
economia capitalista. Para Nikolai Kondratieff são a duração e o tempo de maturação dos
equipamentos de capital que explicam a duração do ciclo económico. Nikolai Kondratieff procurou
computar os ciclos de longo prazo, destacando as suas características cíclicas. A Revolução
Industrial de 1787 a 1842 constitui uma importante ferramenta na construção do seu ciclo
económico.




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POLÍTICAS ANTICICLO OU CONTRA-CICLO



                  O QUE SÃO AS POLÍTICAS ANTICICLO OU CONTRA-CICLO?



  Uma política económica de contra-ciclo é um conjunto de acções assentes pelo governo e com a
intenção de impedir ou minimizar, os efeitos da fase do ciclo económico em questão.

  Os ciclos económicos resultam da superprodução, as quais são seguidas de fases de declínio na
taxa de lucro, o que leva a uma redução dos investimentos e leva também a uma redução do nível
de atividade.




             QUAL O PAPEL DAS POLÍTICAS DE ANTICICLO OU CONTRA-CICLO?



  As políticas anticíclicas são sustentadas pelos keynesianos, que dizem que o ciclo económico não
se regula por si mesmo, ao contrário do que pensavam os neoclássicos. Segundo a escola
keynesiana o défice público é o principal instrumento para uma política económica que pretenda
abrandar os efeitos da fase de um certo ciclo.

  Assim, durante a fase de crescimento do ciclo: nos períodos de prosperidade, o Estado deve
aumentar os impostos, formando um fundo de reserva que possa ser utilizado durante os períodos
de recessão (ou depressão). Da mesma forma, na fase de recessão ou depressão o governo deve
intervir, reduzindo os impostos, o que irá provocar a expansão do crédito e dos gastos, sendo que
estes investimentos são capazes de estimular a economia. Desta forma, durante a recessão, o
défice público deve se expandir de modo a restabelecer o equilíbrio.




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CASE STUDIES




                                        SCHUMPETER



                                       DADOS BIOGRÁFICOS



  Joseph Alois Schumpeter foi um dos economistas mais importantes do século XX.

  Nasceu na cidade de Triesch. Começou a ensinar antropologia em 1909 na Universidade de
Czernorvitz e três anos mais tarde, na Universidade de Graz.

  Em Março de 1919, ocupou o posto de ministro das Finanças da Republica Austríaca,
permanecendo por pouco tempo no mesmo. De seguida assumiu a presidência de um banco
privado, o Bidermannbank de Viena, que faliu em 1924. A experiencia custou a Schumpeter toda a
sua fortuna pessoal e deixou-o endividado durante alguns anos. Depois desta passagem ruinosa
pela administração pública e pelo sector privado, decidiu voltar a leccionar, desta vez na
Universidade de Bonn, Alemanha, de 1925 a 1932.Com a ascensão do Nazismo, teve que deixara
Europa, o que o levou a viajar pelos Estados Unidos e pelo Japão, mudando-se, em 1932 para
Cambridge, onde assumiu a posição de professor na Universidade de Harvard. Permaneceu neste
local até ao dia da sua morte a 08 de Janeiro de 1950.

  Schumpeter é uma das figuras que mais se destacou na teoria economia moderna. Depois de
estudar Direito em Viena (1901-1906), trabalhou como advogado no Tribunal Constitucional do
Cairo. Em 1909, diplomou-se em Viena com o estudo sobre metodologia sistemática da ciência
económica. Ficou famoso em 1912 com a sua “teoria do desenvolvimento económico”. Schumpeter
considerava que as crises conjunturais não obedeciam apenas a factores externos (guerras, más
colheitas), mas estavam igualmente relacionadas com a actividade empresarial, com o sistema de




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crédito e com a tecnologia, que na sua opinião, eram causas directas do desenvolvimento
económico.




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SCHUMPETER E A TEORIA DOS CICLOS DE NEGÓCIOS, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO



  Joseph Schumpeter foi um grande encorajador para todos os jovens economistas matemáticos,
tendo sido também o presidente/fundador da Econometric Society no ano de 1933; Schumpeter
não foi um matemático, mas sim um economista que foi um admirador da integração com a
Sociologia para uma melhor noção de suas teorias económicas.

  Schumpeter esclareceu que o impulso essencial que inicia e mantém o movimento da máquina
capitalista decorre de novos bens de consumo, dos novos processos de produção ou transporte,
dos novos mercados, das novas formas de organização industrial que a empresa capitalista cria.

  Este economista defendia que o capitalismo se desenvolvia através do aparecimento de
empreendedores, isto é, inventores extraordinariamente criativos (os inovadores) que eram os
responsáveis por todas as ondas de prosperidade que o sistema conhecia.

  No entanto, as inovações para serem úteis necessitam de se tornarem reais, para que possam de
alguma forma alterar a evolução económica, e para que isto aconteça é necessário que o primeiro
empreendedor, que criou e introduziu essa mesma inovação seja seguido por muitos outros
empreendedores, para que se possa dizer que esta inovação teve sucesso.

  Desta forma aparecem muitos projectos inovadores, devido á facilidade da obtenção de crédito
no sector económico emergente, o que leva a que os sectores tradicionais sejam penalizados. Após
esta fase dá-se uma expansão económica, que traz um aumento de novas empresas, do crédito e
investimento, das receitas e do emprego. A disputa feita pelos êxitos acabar por conduzir ao
abrandamento do investimento; isto acontece devido a uma previsão de sucesso muito desconfiada
sendo que as oportunidades oferecidas ao sector inovador esgotam-se e a taxa de juro sobe.
Desencadeia -se então uma outra fase do ciclo económico, a recessão. Nesta fase, factores
imparciais actuam naquela que irá designar falência das empresas; isto leva a que o investimento e
as receitas diminuam, a poupança e o crédito restringem-se, e dá-se o aumento do desemprego.
Entra-se assim na depressão. A depressão existe enquanto houver investimento mal realizado e
capacidade excessiva face ao nível de procura e continua a existir até que uma reaproximação ao
estado de equilíbrio se inicie, a recuperação ou crescimento económico.



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                                                                                                     14
Em Schumpeter o ciclo longo é caracterizado pela concorrência ou acumulação das inovações
que iniciaram a fase inicial de prosperidade; cada ciclo tem uma característica própria e o sistema
económico no fim de um determinado ciclo é qualitativamente diferente do que era no fim do ciclo
que o antecedeu, ou seja, podemos afirmar que este ciclos não se trata de processos repetitivos na
economia.

Segundo este, uma inovação tem sucesso se possuir três condições muito importantes:
-que, num período de tempo, existam novas e mais vantajosas possibilidades do ponto de vista
económico privado ou num ramo da indústria;
-que exista acesso limitado a essas mesmas possibilidades, seja em razão nas qualificações pessoais
necessárias, seja por causa de circunstâncias externas;
-que a situação económica permita o cálculo de custos e uma premeditação razoavelmente fiável,
isto é, que haja uma situação de equilíbrio económico.


  Schumpeter identificou três ciclos longos: a revolução industrial (1787-1842, algodão, têxteis,
ferro e maquina a vapor), o ciclo burguês (1842-1897, caminhos de ferro, vapores marítimos) e o
ciclo neo-mercantilista (1897-1950, industrias químicas, electrificação, veículos automóveis).

  É importante referir que este economista diz que a inovação não é um facto económico
associado a um campo particular de uma causa, mas sim uma atitude que assume várias formas de
actuação e que pode aparecer em vários domínios da vida social, assim sendo têm-se que a
adequada explicação dos fenómenos económicos deverá ser procurada pensando até que se
chegue a causas não económicas.

  Segundo os desenvolvimentos teóricos posteriores, os ciclos de Kondratieff têm dimensão
mundial, sendo mais nítidos na produção mundial (embora observáveis nas produções nacionais
predominantes) e no comércio mundial (em sectores predominantes também).

  É também importante referir que na ideologia de Schumpeter quando se fala de lucro não se
refere ao pagamento do capital investido mas sim ao lucro extraordinário, ou seja, o lucro acima da
média do mercado que poderia ser utilizado em novos investimentos ou em diferentes sectores da
economia.




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KONDRATIEFF




                                       DADOS BIOGRÁFICOS



  Nikolai Dmitrijewitsch Kondratieff (1892/1938), nasceu numa província (Kostroma) situada ao
norte de Moscou, foi um economista que deixou como herança para o mundo uma das teorias mais
controversas e discutidas entre as nações: a ideia de que haveria ciclos com duração de
aproximadamente 40 a 60 anos nas actividades económicas que regiam o capitalismo industrial.
  Depois da Revolução Russa, passou a dedicar-se exclusivamente a actividades académicas. Em
1924, publicou o seu primeiro livro, “As Ondas Longas da Conjuntura”, livro este que trazia no seu
interior a teoria dos ciclos económicos.
  Durante a NEP (Nova Política Económica), incentivou com sustentação teórica a produção de
produtos agrícolas e bens de consumo sobre a indústria pesada (de base).
  Contudo, com a mudança de mentalidade ocorrida no governo de Stálin, em 1928, passa a
incentivar a rápida industrialização e colectivização forçada, Kondratieff caiu em desgraça. Ainda no
mesmo ano, é afastado da direcção do Instituto de Conjuntura. Finalmente, em 1930 é julgado,
preso e condenado, sendo fuzilado na prisão em 1938.
  Segundo Nikolai Kondratieff, o capitalismo desenvolve-se em ciclos de aproximadamente 40 a 60
anos. A ideia contraria tanto as premissas leninistas da crise geral quanto a posição dos liberais, de
prosperidade indefinida da economia. Esses ciclos longos estão intimamente relacionados com os
processos de inovação tecnológica.




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KONDRATIEFF E O SEU CICLO ECONÓMICO LONGO




                                     TEORIA DOS CICLOS



  Os ciclos económicos de Kondratieff podem ser divididos em quatro fases: Primavera, Verão,
Outono e Inverno.
  Na primavera ocorre investimento, crescimento e a criação de riqueza. No Verão dá-se o limite
do crescimento exponencial. No Outono ocorre um estagnamento da prosperidade e, finalmente,
no Inverno dá-se a depressão e o declínio da economia. Cada ciclo tem como motor, no seu período
de crescimento, o aparecimento de uma inovação tecnológica.




Economia C                     Os Ciclos Económicos
                                                                                                   17
Segundo Nikolai Kondratieff, o capitalismo desenvolve-se em ciclos de aproximadamente 40 a 60
anos. A ideia contraria tanto as premissas leninistas da crise geral quanto a posição dos liberais, de
prosperidade indefinida da economia. Esses ciclos longos estão intimamente relacionados com os
processos de inovação tecnológica.




Economia C                       Os Ciclos Económicos
                                                                                                         18
OS CICLOS

  Os três primeiros ciclos são definidos:


  -Ciclo 1) 1800-1848 (a máquina à vapor) crise de 1848.


  -Ciclo 2) 1848-1896 (o caminho de ferro) compreendendo o período da grande

  Depressão: 1873 à 1896.


  -Ciclo 3) 1896-1940 (motor à explosão, electricidade), crise de 1929.


  -Ciclo 4) 1940 - não têm um final definido (Indústria petroleira, electrónica, petróleo fonte de
energia); desta forma, podemos concluir que ainda não terminou o quarto ciclo de Kondratieff. No
entanto, existem mesmo assim várias hipóteses sobre o final deste ciclo.


    Os três pontos de vista sobre este assunto:


   1. Os ciclos de Kondratieff já não existem. Eram válidos para o século 19 e inícios do 20, mas já
não o são nos dias de hoje.


   2. O ciclo número 4 já terminou e a crise (o inverno) teve lugar nos anos 1970 com o choque
petrolífero. Estamos num novo ciclo (ciclo numero cinco) que deveria conduzir a um novo inverno a
partir de 2010-2020.

  3. O ciclo número 4 não terminou.


  Um período de grande crescimento baseado na utilização do petróleo a baixos preços e as
intervenções dos bancos centrais no mundo económico deslocou o inverno de Kondratieff, mas não
o fez de desaparecer.




Economia C                       Os Ciclos Económicos
                                                                                                       19
VALIDADE DA TEORIA



   A teoria é valida até certo ponto: já ficou claro que o capitalismo vive de fases, de ciclos, onde
geralmente, no inicio de outro ciclo há o aparecimento de uma inovação tecnológica, seguida por
uma politica económica que é o reflexo da época. Há diversos exemplos na História que podem
provar isto. No entanto, não se pode ser tão rigoroso a ponto de estabelecer datas exactas paro o
acontecimento de uma crise, haverá um tempo maior ou menor para o mundo recuperar.

   A teoria e a crise - de acordo com a teoria de Nikolai Kondratieff, esta crise económica que
estamos a enfrentar seria o inverno do quinto ciclo, e já existem suposições sobre o processo de
recuperação mundial. Foi criada a sigla BRIC, países que, segundo estudos são emergentes e
possuem economias suficientemente fortes e sólidas para, futuramente, suceder as potências
actuais.




Economia C                        Os Ciclos Económicos
                                                                                                        20
CONSIDERAÇÕES DO GRUPO PERANTE A TEMÁTICA DOS CICLOS ECONÓMICOS /
                             CONCLUSÃO




  Depois de este breve trabalho, podemos afirmar que as teorias acerca da duração e das
caracteriísticas dos ciclos económicos são muito varidadas e complexas, nomeadamente a de
Schumpeter e a de Kondratieff , teorias a que nós nos proposemos a explicar e anlisar, sendo que
nos apercebemos que algumas teorias possuem diversas falhas.

  Desta forma, admitimos que na sociedade actual existe um grande prblema, o facto de todas as
pessoas quererem encontrar a fase do ciclo económico em que nos encontramos e a possivel
duração desse mesmo ciclo económico, mas esta visão perante a sociedade e a nossa economia
está errada uma vez que, quando pensamos desta forma limitamo-nos a encontrar resoluções
quando não possuimos as totais certezas da fase em que a economia se encontra.

  Consequentementee como não é possivel deixar de verificar, o pensamento de schumpeter não
esta incorrecto quando este afirma que são as inovações que trazem um novo ciclo á economia de
um pais, se verificarmos na história de todos países, encontramos uma fase de prosperação que se
deve a uma inovação por eles construida e que interessa a um grande número de países. Se isto se
verifica, é lógico que ao vender essa mesma inovação o país vao adquirir muito dinheiro devido á
mesma, e vai encontrar-se numa fase de prosperidade, no entanto quando a procura de essa
inovação cessar o país pode entar num colapso da economia e pode sofrer uma crise económica,
dando origem a um novo ciclo.




Economia C                      Os Ciclos Económicos
                                                                                                   21
BIBLIOGRAFIA / WEBGRAFIA



  http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_econ%C3%B4mico




  http://en.wikipedia.org/wiki/Nikolai_Kondratiev



  http://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Schumpeter




  http://www.ihu.unisinos.br/uploads/publicacoes/edicoes/1158329722.22pdf.pdf




  http://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=ciclos%20economicos&source=web&cd=1&sqi=2&ved=0
CB8QFjAA&url=http%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FCiclo_econ%25C3%25B4mico&ei=Gqr
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  http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/cicloeconomico.htm




  http://www.janelanaweb.com/digitais/rui_rosa4.html




  http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_econ%C3%B4mico




  http://www.google.pt/search?hl=pt-
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Economia C                     Os Ciclos Económicos
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  • 1. Didáxis Vale S. Cosme 12º Ano Os Ciclos Economicos Trabalho realizado por: -Diana Matos 12º3 -Helena Cruz 12º3 Economia C Os Ciclos Económicos
  • 2. ÍNDICE Introdução……………………………………………………………………………………………………………………….......3 Desenvolvimento…………………………………………………………………………………………………………….......4 Conceitos relacionados com os ciclos económicos…………………………………………………………….......4 O que é um ciclo económico?...................................................................................................6 Classificação dos ciclos económicos..........................................................................................7 Duração ………………………………………………………………………………………………………………………........7 Ciclo de Kitchin……..………………………………………….…………………..….……………….……………..…....8 Ciclo de Juglar.…………………………………………………………………….………………….….……….……......9 Ciclo de Kuznets………………………………………………………………….…………………………….…...…....10 Ciclo de Kondratieff……………………………………………………………………..………………..…..……..…..10 Políticas anticiclo ou contra-ciclo………………………………………………………………….....………....…….….11 O que são as políticas anticiclo ou contra-ciclo?.................................................................11 Qual o papel das políticas de anticiclo ou contra-ciclo?......................................................11 CASE STUDIES...........................................................................................................................12 Schumpeter ...........................................................................................................................12 Dados Biográficos….....………………………………………………………………………………………………..…....12 Schumpeter e a teoria dos ciclos de Negócios, Tecnologia e Inovação.....…….………………....13 Kondratieff...............................................................................................................................16 Dados biográficos..............................................................................................................................16 Kondratieff e o seu ciclo económico longo........................................................................................17 Teoria dos ciclos............................................................................................................................17 Os ciclos.........................................................................................................................................19 Validade da teoria.........................................................................................................................20 Considerações do grupo perante a temática dos ciclos económicos/Conclusão....................21 Bibliografia / Webgrafia....................................................................................................................22 Economia C Os Ciclos Económicos 2
  • 3. INTRODUÇÃO A economia ou atividade económica tende a crescer ao longo do tempo ainda que de forma irregular e sendo que, esta assenta-se na produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Conjuntamente é uma ciência social que estuda a atividade económica, através do desenvolvimento da teoria económica, e que tem na administração o seu emprego. Os modelos atualmente usados na economia evoluíram da economia política dos finais do século XIX. Podem representar, a situação económica de um país ou região; isto é, a sua situação relativamente aos ciclos da economia. Desta forma, com o intuito de esclarecer melhor todos os conceitos relacionados com ciclos económicos, achamos necessário a realização de este trabalho, bem como uma exploração mais aprofundada sobre os ciclos de Kondratieff e de Schumpeter, no entanto abordaremos também de uma forma mais simples todos os ciclos económicos existentes. Economia C Os Ciclos Económicos 3
  • 4. DESENVOLVIMENTO CONCEITOS RELACIONADOS COM OS CICLOS ECONÓMICOS Quando falamos de ciclos económicos utilizamos vários conceitos necessários para os explicar, no entanto, para que seja totalmente perceptível as explicação dos ciclos económicos, é necessário primeiramente esclarecer alguns desses conceitos. Crise económica  pode definir-se uma crise económica como uma ruptura entre o equilíbrio entre a oferta e a procura de bens e serviços que provoca uma depressão da conjuntura económica. A manifestação mais gritante da crise é a queda da produção ou, pelo menos, uma forte redução da sua taxa de crescimento. Desenvolvimento económico  é um processo onde a receita nacional concreta de uma qualquer economia aumenta durante um longo período de tempo. A receita nacional concreta é o produto total de bens e serviços, expresso não em termos monetários mas em termos reais: a receita nacional concreta é rectificada por um índice ajustado de preços de bens, consumo e bens de capital. Produto interno bruto (PIB)  O PIB é um indicador muito utilizado na macroeconomia com o intuito de medir a actividade económica de uma região. É a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (por exemplo: países, estados, cidades), durante um determinado período (por exemplo: mês, trimestre, ano). Economia C Os Ciclos Económicos 4
  • 5. Crescimento económico  representa o aumento sustentado, a longo prazo, da produção numa certa economia e prevê a reunião de vários fatores, por exemplo: o aumento da dimensão dos mercados interno e externo, o investimento de capital físico e humano e o progresso técnico. Economia C Os Ciclos Económicos 5
  • 6. O QUE É UM CICLO ECONÓMICO? Os ciclos económicos são oscilações da atividade económica (produto interno bruto), num longo espaço de tempo e com uma regularidade que possa ser observada. Desta forma, e segundo a definição dada pelo dicionário de Economia Verbo, os ciclos económicos são o conjunto de “oscilações regulares no nível da actividade económica durante um determinado número de anos”. Desta forma, é possível afirmar que os ciclos económicos se dividem em 4 fases: a prosperidade, a crise ou recessão, a depressão e a retoma. A prosperidade e a retoma são parte do ciclo económico onde se dá um crescimento do mesmo, da mesma forma, a crise e a depressão representam a parte do ciclo económico onde se dá um declínio do mesmo. Período de Crescimento Período de Estagnação e Declínio Prosperidade Crise ou Retoma Recessão Depressão Embora os ciclos económicos se repitam, estes não são necessariamente periódicos. Por sua vez, os ciclos económicos são um fenómeno que ocorrem nas economias de mercado. Da mesma forma, é possível afirmar que embora existam ciclos económicos com uma duração muito semelhante, isto não significa que existam ciclos económicos iguais, teoria defendida por Samuelson que afirma que “nunca se verificam dois ciclos económicos iguais, se bem que posso ter muito em comum.” Economia C Os Ciclos Económicos 6
  • 7. CLASSIFICAÇÃO DOS CICLOS ECONÓMICOS Foram muitos os economistas que a terem estudado o evoluir das economias, encontraram períodos regulares em que a actividade económica percorria um ciclo, ciclo esse que possuía um período ascendente e um período descendente. Esses ciclos eram identificados como ciclos de longo, médio e curto prazo, sendo que estes últimos encontram-se relacionados com desequilíbrios usuais da actividade de certos sectores. DURAÇÃO Os Ciclos Económicos podem ser: Ciclo de Kitchin (3 a 5 anos) Ciclo de Juglar (6 a 10 anos) Ciclo de Kuznets ( 20 a 30 anos) Ciclo de Kondratieff (60 a 80 anos) Economia C Os Ciclos Económicos 7
  • 8. CICLO DE KITCHIN O ciclo de Kitchin é caracterizado por possuir uma duração de 3 a 5 anos. Joseph Kitchin foi o primeiro economista a identificar ciclos de curta duração, sendo que este afirma que os ciclos económicos se devem a causas conjunturais aleatórias, próprias da evolução da atividade económica, como por exemplo a variação da procura. Consequentemente, no ciclo descrito por Kitchin, quando se dá uma fase de grande procura, segue-se um rápido aumento do stock do produto em questão o que leva a uma produção elevada, esta fase no ciclo designa-se de fase ascendente. Seguidamente, segundo este economista, existe também uma fase onde se verifica uma quebra na procura, o que leva a uma redução de encomendas e á utilização dos stocks o que leva uma baixa do crescimento da produção, esta fase é designada por fase descendente. Foram observados nos EUA, onde se verificou um ciclo de stocks de 3 a 5 anos Economia C Os Ciclos Económicos 8
  • 9. CICLO DE JUGLAR O ciclo de Juglar possui uma duração média, de 6 a 10 anos, sendo que este ciclo se inteira nos ciclos longos. Clement Juglar para além de ser economista era também um médico francês, facto que influenciou o seu trabalho na economia. Assim sendo, Juglar associou o termo de crise da economia ao da crise da saúde, ou seja, uma crise patológica resultava de um amontoado de actos que eram acumulados em período saudável. Traduzindo esta teoria para o campo da economia, a crise na economia dava-se após um conjunto de situações vividas num período de retoma e/ou expansão que acabariam por levar a uma crise na economia devido ao excesso verificado durante a fase saudável da economia. Os ciclos de Juglar são dependentes das variações de procura e afiguram-se a ciclos de investimento em consequências sobre o PIB, o emprego e a inflação. Neste ciclo, as fases de recessão são menos graves e mais curtas, as fases expansionistas são mais activas. No século XIX, o ciclo de Juglar era um padrão associado ao Reino Unido. Economia C Os Ciclos Económicos 9
  • 10. CICLO DE KUZNETS O ciclo de Kuznets tem uma duração de cerca de 20 a 25 anos, sendo que este se relaciona com as variações da actividade de construção habitacional e de infra-estruturas. Este ciclo é também conhecido como ciclo de transporte. Neste ciclo, as variações entre fases verificam-se nas variações existentes nas actividades de construção e transporte. CICLO DE KONDRAT IE FF O ciclo de Kondratieff tem uma duração de 60 a 80 anos, sendo que este ciclo se liga as mudanças tecnológicas. O ciclo de Kondratieff é dividido em duas fases em que se verifica uma fase ascendente e uma faz descendente. Estas flutuações de longo prazo são características da economia capitalista. Para Nikolai Kondratieff são a duração e o tempo de maturação dos equipamentos de capital que explicam a duração do ciclo económico. Nikolai Kondratieff procurou computar os ciclos de longo prazo, destacando as suas características cíclicas. A Revolução Industrial de 1787 a 1842 constitui uma importante ferramenta na construção do seu ciclo económico. Economia C Os Ciclos Económicos 10
  • 11. POLÍTICAS ANTICICLO OU CONTRA-CICLO O QUE SÃO AS POLÍTICAS ANTICICLO OU CONTRA-CICLO? Uma política económica de contra-ciclo é um conjunto de acções assentes pelo governo e com a intenção de impedir ou minimizar, os efeitos da fase do ciclo económico em questão. Os ciclos económicos resultam da superprodução, as quais são seguidas de fases de declínio na taxa de lucro, o que leva a uma redução dos investimentos e leva também a uma redução do nível de atividade. QUAL O PAPEL DAS POLÍTICAS DE ANTICICLO OU CONTRA-CICLO? As políticas anticíclicas são sustentadas pelos keynesianos, que dizem que o ciclo económico não se regula por si mesmo, ao contrário do que pensavam os neoclássicos. Segundo a escola keynesiana o défice público é o principal instrumento para uma política económica que pretenda abrandar os efeitos da fase de um certo ciclo. Assim, durante a fase de crescimento do ciclo: nos períodos de prosperidade, o Estado deve aumentar os impostos, formando um fundo de reserva que possa ser utilizado durante os períodos de recessão (ou depressão). Da mesma forma, na fase de recessão ou depressão o governo deve intervir, reduzindo os impostos, o que irá provocar a expansão do crédito e dos gastos, sendo que estes investimentos são capazes de estimular a economia. Desta forma, durante a recessão, o défice público deve se expandir de modo a restabelecer o equilíbrio. Economia C Os Ciclos Económicos 11
  • 12. CASE STUDIES SCHUMPETER DADOS BIOGRÁFICOS Joseph Alois Schumpeter foi um dos economistas mais importantes do século XX. Nasceu na cidade de Triesch. Começou a ensinar antropologia em 1909 na Universidade de Czernorvitz e três anos mais tarde, na Universidade de Graz. Em Março de 1919, ocupou o posto de ministro das Finanças da Republica Austríaca, permanecendo por pouco tempo no mesmo. De seguida assumiu a presidência de um banco privado, o Bidermannbank de Viena, que faliu em 1924. A experiencia custou a Schumpeter toda a sua fortuna pessoal e deixou-o endividado durante alguns anos. Depois desta passagem ruinosa pela administração pública e pelo sector privado, decidiu voltar a leccionar, desta vez na Universidade de Bonn, Alemanha, de 1925 a 1932.Com a ascensão do Nazismo, teve que deixara Europa, o que o levou a viajar pelos Estados Unidos e pelo Japão, mudando-se, em 1932 para Cambridge, onde assumiu a posição de professor na Universidade de Harvard. Permaneceu neste local até ao dia da sua morte a 08 de Janeiro de 1950. Schumpeter é uma das figuras que mais se destacou na teoria economia moderna. Depois de estudar Direito em Viena (1901-1906), trabalhou como advogado no Tribunal Constitucional do Cairo. Em 1909, diplomou-se em Viena com o estudo sobre metodologia sistemática da ciência económica. Ficou famoso em 1912 com a sua “teoria do desenvolvimento económico”. Schumpeter considerava que as crises conjunturais não obedeciam apenas a factores externos (guerras, más colheitas), mas estavam igualmente relacionadas com a actividade empresarial, com o sistema de Economia C Os Ciclos Económicos 12
  • 13. crédito e com a tecnologia, que na sua opinião, eram causas directas do desenvolvimento económico. Economia C Os Ciclos Económicos 13
  • 14. SCHUMPETER E A TEORIA DOS CICLOS DE NEGÓCIOS, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Joseph Schumpeter foi um grande encorajador para todos os jovens economistas matemáticos, tendo sido também o presidente/fundador da Econometric Society no ano de 1933; Schumpeter não foi um matemático, mas sim um economista que foi um admirador da integração com a Sociologia para uma melhor noção de suas teorias económicas. Schumpeter esclareceu que o impulso essencial que inicia e mantém o movimento da máquina capitalista decorre de novos bens de consumo, dos novos processos de produção ou transporte, dos novos mercados, das novas formas de organização industrial que a empresa capitalista cria. Este economista defendia que o capitalismo se desenvolvia através do aparecimento de empreendedores, isto é, inventores extraordinariamente criativos (os inovadores) que eram os responsáveis por todas as ondas de prosperidade que o sistema conhecia. No entanto, as inovações para serem úteis necessitam de se tornarem reais, para que possam de alguma forma alterar a evolução económica, e para que isto aconteça é necessário que o primeiro empreendedor, que criou e introduziu essa mesma inovação seja seguido por muitos outros empreendedores, para que se possa dizer que esta inovação teve sucesso. Desta forma aparecem muitos projectos inovadores, devido á facilidade da obtenção de crédito no sector económico emergente, o que leva a que os sectores tradicionais sejam penalizados. Após esta fase dá-se uma expansão económica, que traz um aumento de novas empresas, do crédito e investimento, das receitas e do emprego. A disputa feita pelos êxitos acabar por conduzir ao abrandamento do investimento; isto acontece devido a uma previsão de sucesso muito desconfiada sendo que as oportunidades oferecidas ao sector inovador esgotam-se e a taxa de juro sobe. Desencadeia -se então uma outra fase do ciclo económico, a recessão. Nesta fase, factores imparciais actuam naquela que irá designar falência das empresas; isto leva a que o investimento e as receitas diminuam, a poupança e o crédito restringem-se, e dá-se o aumento do desemprego. Entra-se assim na depressão. A depressão existe enquanto houver investimento mal realizado e capacidade excessiva face ao nível de procura e continua a existir até que uma reaproximação ao estado de equilíbrio se inicie, a recuperação ou crescimento económico. Economia C Os Ciclos Económicos 14
  • 15. Em Schumpeter o ciclo longo é caracterizado pela concorrência ou acumulação das inovações que iniciaram a fase inicial de prosperidade; cada ciclo tem uma característica própria e o sistema económico no fim de um determinado ciclo é qualitativamente diferente do que era no fim do ciclo que o antecedeu, ou seja, podemos afirmar que este ciclos não se trata de processos repetitivos na economia. Segundo este, uma inovação tem sucesso se possuir três condições muito importantes: -que, num período de tempo, existam novas e mais vantajosas possibilidades do ponto de vista económico privado ou num ramo da indústria; -que exista acesso limitado a essas mesmas possibilidades, seja em razão nas qualificações pessoais necessárias, seja por causa de circunstâncias externas; -que a situação económica permita o cálculo de custos e uma premeditação razoavelmente fiável, isto é, que haja uma situação de equilíbrio económico. Schumpeter identificou três ciclos longos: a revolução industrial (1787-1842, algodão, têxteis, ferro e maquina a vapor), o ciclo burguês (1842-1897, caminhos de ferro, vapores marítimos) e o ciclo neo-mercantilista (1897-1950, industrias químicas, electrificação, veículos automóveis). É importante referir que este economista diz que a inovação não é um facto económico associado a um campo particular de uma causa, mas sim uma atitude que assume várias formas de actuação e que pode aparecer em vários domínios da vida social, assim sendo têm-se que a adequada explicação dos fenómenos económicos deverá ser procurada pensando até que se chegue a causas não económicas. Segundo os desenvolvimentos teóricos posteriores, os ciclos de Kondratieff têm dimensão mundial, sendo mais nítidos na produção mundial (embora observáveis nas produções nacionais predominantes) e no comércio mundial (em sectores predominantes também). É também importante referir que na ideologia de Schumpeter quando se fala de lucro não se refere ao pagamento do capital investido mas sim ao lucro extraordinário, ou seja, o lucro acima da média do mercado que poderia ser utilizado em novos investimentos ou em diferentes sectores da economia. Economia C Os Ciclos Económicos 15
  • 16. KONDRATIEFF DADOS BIOGRÁFICOS Nikolai Dmitrijewitsch Kondratieff (1892/1938), nasceu numa província (Kostroma) situada ao norte de Moscou, foi um economista que deixou como herança para o mundo uma das teorias mais controversas e discutidas entre as nações: a ideia de que haveria ciclos com duração de aproximadamente 40 a 60 anos nas actividades económicas que regiam o capitalismo industrial. Depois da Revolução Russa, passou a dedicar-se exclusivamente a actividades académicas. Em 1924, publicou o seu primeiro livro, “As Ondas Longas da Conjuntura”, livro este que trazia no seu interior a teoria dos ciclos económicos. Durante a NEP (Nova Política Económica), incentivou com sustentação teórica a produção de produtos agrícolas e bens de consumo sobre a indústria pesada (de base). Contudo, com a mudança de mentalidade ocorrida no governo de Stálin, em 1928, passa a incentivar a rápida industrialização e colectivização forçada, Kondratieff caiu em desgraça. Ainda no mesmo ano, é afastado da direcção do Instituto de Conjuntura. Finalmente, em 1930 é julgado, preso e condenado, sendo fuzilado na prisão em 1938. Segundo Nikolai Kondratieff, o capitalismo desenvolve-se em ciclos de aproximadamente 40 a 60 anos. A ideia contraria tanto as premissas leninistas da crise geral quanto a posição dos liberais, de prosperidade indefinida da economia. Esses ciclos longos estão intimamente relacionados com os processos de inovação tecnológica. Economia C Os Ciclos Económicos 16
  • 17. KONDRATIEFF E O SEU CICLO ECONÓMICO LONGO TEORIA DOS CICLOS Os ciclos económicos de Kondratieff podem ser divididos em quatro fases: Primavera, Verão, Outono e Inverno. Na primavera ocorre investimento, crescimento e a criação de riqueza. No Verão dá-se o limite do crescimento exponencial. No Outono ocorre um estagnamento da prosperidade e, finalmente, no Inverno dá-se a depressão e o declínio da economia. Cada ciclo tem como motor, no seu período de crescimento, o aparecimento de uma inovação tecnológica. Economia C Os Ciclos Económicos 17
  • 18. Segundo Nikolai Kondratieff, o capitalismo desenvolve-se em ciclos de aproximadamente 40 a 60 anos. A ideia contraria tanto as premissas leninistas da crise geral quanto a posição dos liberais, de prosperidade indefinida da economia. Esses ciclos longos estão intimamente relacionados com os processos de inovação tecnológica. Economia C Os Ciclos Económicos 18
  • 19. OS CICLOS Os três primeiros ciclos são definidos: -Ciclo 1) 1800-1848 (a máquina à vapor) crise de 1848. -Ciclo 2) 1848-1896 (o caminho de ferro) compreendendo o período da grande Depressão: 1873 à 1896. -Ciclo 3) 1896-1940 (motor à explosão, electricidade), crise de 1929. -Ciclo 4) 1940 - não têm um final definido (Indústria petroleira, electrónica, petróleo fonte de energia); desta forma, podemos concluir que ainda não terminou o quarto ciclo de Kondratieff. No entanto, existem mesmo assim várias hipóteses sobre o final deste ciclo. Os três pontos de vista sobre este assunto: 1. Os ciclos de Kondratieff já não existem. Eram válidos para o século 19 e inícios do 20, mas já não o são nos dias de hoje. 2. O ciclo número 4 já terminou e a crise (o inverno) teve lugar nos anos 1970 com o choque petrolífero. Estamos num novo ciclo (ciclo numero cinco) que deveria conduzir a um novo inverno a partir de 2010-2020. 3. O ciclo número 4 não terminou. Um período de grande crescimento baseado na utilização do petróleo a baixos preços e as intervenções dos bancos centrais no mundo económico deslocou o inverno de Kondratieff, mas não o fez de desaparecer. Economia C Os Ciclos Económicos 19
  • 20. VALIDADE DA TEORIA A teoria é valida até certo ponto: já ficou claro que o capitalismo vive de fases, de ciclos, onde geralmente, no inicio de outro ciclo há o aparecimento de uma inovação tecnológica, seguida por uma politica económica que é o reflexo da época. Há diversos exemplos na História que podem provar isto. No entanto, não se pode ser tão rigoroso a ponto de estabelecer datas exactas paro o acontecimento de uma crise, haverá um tempo maior ou menor para o mundo recuperar. A teoria e a crise - de acordo com a teoria de Nikolai Kondratieff, esta crise económica que estamos a enfrentar seria o inverno do quinto ciclo, e já existem suposições sobre o processo de recuperação mundial. Foi criada a sigla BRIC, países que, segundo estudos são emergentes e possuem economias suficientemente fortes e sólidas para, futuramente, suceder as potências actuais. Economia C Os Ciclos Económicos 20
  • 21. CONSIDERAÇÕES DO GRUPO PERANTE A TEMÁTICA DOS CICLOS ECONÓMICOS / CONCLUSÃO Depois de este breve trabalho, podemos afirmar que as teorias acerca da duração e das caracteriísticas dos ciclos económicos são muito varidadas e complexas, nomeadamente a de Schumpeter e a de Kondratieff , teorias a que nós nos proposemos a explicar e anlisar, sendo que nos apercebemos que algumas teorias possuem diversas falhas. Desta forma, admitimos que na sociedade actual existe um grande prblema, o facto de todas as pessoas quererem encontrar a fase do ciclo económico em que nos encontramos e a possivel duração desse mesmo ciclo económico, mas esta visão perante a sociedade e a nossa economia está errada uma vez que, quando pensamos desta forma limitamo-nos a encontrar resoluções quando não possuimos as totais certezas da fase em que a economia se encontra. Consequentementee como não é possivel deixar de verificar, o pensamento de schumpeter não esta incorrecto quando este afirma que são as inovações que trazem um novo ciclo á economia de um pais, se verificarmos na história de todos países, encontramos uma fase de prosperação que se deve a uma inovação por eles construida e que interessa a um grande número de países. Se isto se verifica, é lógico que ao vender essa mesma inovação o país vao adquirir muito dinheiro devido á mesma, e vai encontrar-se numa fase de prosperidade, no entanto quando a procura de essa inovação cessar o país pode entar num colapso da economia e pode sofrer uma crise económica, dando origem a um novo ciclo. Economia C Os Ciclos Económicos 21
  • 22. BIBLIOGRAFIA / WEBGRAFIA http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_econ%C3%B4mico http://en.wikipedia.org/wiki/Nikolai_Kondratiev http://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Schumpeter http://www.ihu.unisinos.br/uploads/publicacoes/edicoes/1158329722.22pdf.pdf http://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=ciclos%20economicos&source=web&cd=1&sqi=2&ved=0 CB8QFjAA&url=http%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FCiclo_econ%25C3%25B4mico&ei=Gqr TTtHRDM7t8QOx5P2FBg&usg=AFQjCNGUvwubbD9B8UYQ_jPE1GvW-RNBFA http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/cicloeconomico.htm http://www.janelanaweb.com/digitais/rui_rosa4.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_econ%C3%B4mico http://www.google.pt/search?hl=pt- PT&cp=8&gs_id=2o&xhr=t&q=ciclos+economicos&pq=schumpeter&gs_sm=&gs_upl=&bav=on.2,or.r_gc. r_pw.,cf.osb&biw=1280&bih=655&um=1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi Economia C Os Ciclos Económicos 22