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Manoel Neves
Intertextualidades noENEM
MICHELANGELO.Pietá.
VICENTE DO REGO MONTEIRO. Pietá.
QUESTÃO 01
segunda aplicação do ENEM-2011
Vicente do Rego Monteiro foi um dos pintores cujas telas foram expostas durante a
Semana de Arte Moderna. Tal como Michelângelo, ele se inspirou em temas
bíblicos, porém com um estilo peculiar. Considerando-se as obras apresentadas, o
artista brasileiro.
a) estava preocupado em retratar detalhes da cena.
b) demonstrou irreverência ao retratar a cena bíblica.
c) optou por fazer uma escultura minimalista, diferentemente de Michelângelo.
dj) deu aos personagens traços cubistas, em vez dos traços europeus, típicos de
Michelângelo.
e) reproduziu o estilo da famosa obra de Michelângelo, uma vez que retratou a
mesma cena bíblica.
SOLUÇÃO COMENTADA
segunda aplicação do ENEM-2012
A pintura do artista brasileiro apresenta muitas formas geométricas – linhas,
círculos, retas e ângulos. Além disso, é conveniente destacar a ausência de
preocupação com a proporção [comparem-se os braços e as pernas do Cristo]. Os
traços apontados anteriormente são, sabidamente, cubistas. Marque-se, pois, a
letra “d”.
Na busca constante pela sua evolução, o ser humano vem alternando a sua maneira
de pensar, de sentir e de criar. Nas últimas décadas do século XVIII e no início do
século XIX, os artistas criaram obras em que predominam o equilíbrio e a simetria
de formas e cores, imprimindo um estilo caracterizado pela imagem da
respeitabilidade, da sobriedade, do concreto e do civismo. Esses artistas
misturaram o passado ao presente, retratando os personagens da nobreza e da
burguesia, além de cenas míticas e histórias cheias de vigor.
RAZOUK, J. J. (Org.). Histórias reais e belas nas telas. Posigraf: 2003.
Atualmente, os artistas apropriam-se de desenhos, charges, grafismo e até de
ilustrações de livros para compor obras em que se misturam personagens de
diferentes épocas, como na seguinte imagem:
QUESTÃO 02
ENEM-2010
Romero Brito. Gisele e Tom
Andy Wahrol. Michael Jackson
Funny Filez. Mona Bean
Andy Wahrol. Marilyn Monroe
Pablo Picasso. Retrato de Jaqueline Roque com as mãos cruzadas
SOLUÇÃO COMENTADA
ENEM-2010
O quadro em que há personagens de diferentes épocas é Mona Bean, em que se
fundem as imagens da Mona Lisa, do renascentista Leonardo Da Vinci com a do
comediante Rowan Atkinson no papel da personagem Mister Bean. Assinale-se,
pois, a alternativa “c”.
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra [...]
ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2000. (fragmento).
DAVIS, J. Garfiel, um charme de gato, 7. Trad. da Agência Internacional Press. Porto Alegre: L & PM, 2000.
QUESTÃO 03
ENEM-2009
A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois textos revela
que
a)o texto 1 perde suas características de gênero poético ao ser vulgarizado por
histórias em quadrinho.
b)o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as escolhas linguísticas o tornam
uma réplica do texto 1.
c)a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-os como
pertencentes ao mesmo gênero.
d)os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da intertextualidade, foram
elaborados com finalidades distintas.
e)as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem classificá-los
como pertencentes ao mesmo gênero.
SOLUÇÃO COMENTADA
ENEM-2009
Esta questão envolve dois assuntos, a saber gênero textual e intertextualidade. O
primeiro texto é claramente um poema, pois se estrutura em versos, faz uma
reflexão metafísica acerca do mundo e ainda dialoga com dois outros textos [da
tradição clássica] – o poema “Nel mezzo del camin”, de Olavo Bilac, e a Divina
comédia, de Dante Alighieri. O segundo texto em análise, por sua vez, é uma
história em quadrinhos na qual se retoma o conhecido poema de Carlos
Drummond de Andrade, referido anteriormente.
O fato de o texto dois se apropriar intertextualmente de fragmentos do texto um
não faz dele um poema. A intencionalidade, a estrutura, os desenhos e o lugar
onde foi publicado fazem do texto dois uma história em quadrinhos. Sendo assim,
assinale-se a alternativa “d”.
Ora, (direis) ouvir estrelas! Certo
perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
que, para ouvi-las, muita vez desperto
e abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda noite, enquanto
a Via-Láctea, como um pálio aberto,
cintila. E, ao vir o Sol, saudoso e em pranto,
inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas?” Que sentido
tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”
BILAC, Olavo. Ouvir estrelas. In: Tarde, 1919.
Ora, direis, ouvir estrelas! Vejo
que estás beirando a maluquice extrema.
No entanto o certo é que não perco o ensejo
De ouvi-las nos programas de cinema.
Não perco fita; e dir-vos-ei sem pejo
que mais eu gozo se escabroso é o tema.
Uma boca de estrela dando beijo
é, meu amigo, assunto p’ra um poema.
Direis agora: Mas, enfim, meu caro,
As estrelas que dizem? Que sentido
têm suas frases de sabor tão raro?
Amigo, aprende inglês para entendê-las,
Pois só sabendo inglês se tem ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.
TIGRE, Bastos. Ouvir estrelas. In: Becker, I. Humor e humorismo: Antologia. São Paulo: Brasiliense, 1961.
QUESTÃO 04
ENEM-2009
A partir da comparação entre os poemas, verifica-se que,
a)no texto de Bilac, a construção do eixo temático se deu em linguagem denotativa,
enquanto no de Tigre, em linguagem conotativa.
b)no texto de Bilac, as estrelas são inacessíveis, distantes, e no texto de Tigre, são
próximas, acessíveis aos que as ouvem e as entendem.
c)no texto de Tigre, a linguagem é mais formal, mais trabalhada, como se observa
no uso de estruturas como “dir-vos-ei sem pejo” e “entendê-las”.
d)no texto de Tigre, percebe-se o uso da linguagem metalinguística no trecho
“Uma boca de estrela dando beijo/é, meu amigo, assunto p’ra um poema.”
e)no texto de Tigre, a visão romântica apresentada para alcançar as estrelas é
enfatizada na última estrofe de seu poema com a recomendação de compreensão
de outras línguas.
SOLUÇÃO COMENTADA
ENEM-2009
O texto de Bilac trata do diálogo entre o eu lírico e as estrelas do céu, possível de se
estabelecer apenas por pessoas apaixonadas, e o de Bastos Tigre, humorístico, do
diálogo com as estrelas de cinema, que só acontece se o eu lírico aprender o inglês,
a língua falada por tais estrelas. Quando o eu lírico, no texto de Bastos Tigre,
menciona “uma boca de estrela dando beijo” como um assunto propício para
compor um poema, está fazendo um comentário sobre o seu próprio texto, já que o
poema aborda justamente essa temática. Esse procedimento exemplifica a função
metalinguística da linguagem. Marque-se, pois, a alternativa “d”.
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores. [...]
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras
Onde canta o Sabiá.
DIAS, G. Canção do exílio. In.: Melhores poemas de Gonçalves Dias. São Paulo: Global, 2001.
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo
ANDRADE, O. Canto de regresso à pátria. In.: Pau-Brasil. São Paulo: Globo, 2001.
QUESTÃO 05
ENEM-2009
Os textos 1 e 2, escritos em contextos históricos e culturais diversos, enfocam o
mesmo motivo poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. Analisando-os,
conclui-se que
a)o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente do país em que nasceu,
é o tom de que se revestem os dois textos.
b)a exaltação da natureza é a principal característica do texto 2, que valoriza a
paisagem tropical realçada no texto 1.
c)o texto 2 aborda o tema da nação, como o texto 1, mas sem perder a visão crítica
da realidade brasileira.
d)o texto 1, em oposição ao texto 2, revela distanciamento geográfico do poeta em
relação à pátria.
e) ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira.
SOLUÇÃO COMENTADA
ENEM-2009
O diálogo entre os textos é uma relação de intertextualidade. O texto 1, do poeta
romântico Gonçalves Dias, fala da nação numa perspectiva nacionalista, ufanista,
exaltando a pátria a partir de sua natureza exuberante, figurativizada pelas
palmeiras e os sabiás. O texto 2, do poeta modernista Oswald de Andrade, inscreve-
se numa outra estética, tendo uma perspectiva mais crítica do que o primeiro: a
troca de “palmeiras” por “palmares” confere ao texto um tom de denúncia. Em vez
de tratar com inocência e ingenuidade de uma nação idílica, mostra que o país no
passado escravizou os negros, e que estes se organizaram, resistiram, lutaram (o
Quilombo dos Palmares, por exemplo, foi um importante núcleo de resistência dos
negros). Assinale-se, pois, a alternativa “c”.
Mundo mundo vasto mundo,
Se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo
mais vasto é o meu coração.
ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2001. (fragmento)
Ó vida, triste vida!
Se eu me chamasse Aparecida
dava na mesma.
FONTELA, O. CDA (imitado). In.: Poesia reunida. Rio de Janeiro: 7Letras, 2008.
QUESTÃO 06
segunda aplicação do ENEM-2012
Orides Fontela intitula seu poema CDA, sigla de Carlos Drummond de Andrade, e
entre parênteses indica “imitado” porque, como nos versos de Drummond,
a) apresenta o receio de colocar os dramas pessoais no mundo vasto.
b) expõe o egocentrismo de sentir o coração maior que o mundo.
c) aponta a insuficiência da poesia para solucionar os problemas da vida.
d) adota tom melancólico para evidenciar a desesperança coma vida.
e) invoca a triste da vida par potencializar a ineficácia da rima.
SOLUÇÃO COMENTADA
segunda aplicação do ENEM-2012
Marque-se a alternativa “c”.
Negócio seguinte. Três reis magrinhos ouviram um piá de que tinha nascido um
Guri. viram o cometo no Oriente e tal e se flagraram que o Guri tinha pintado por
lá. Os profetas, que não eram de dar cascata, já tinham dicado o troço: em Belém,
da Judeia, vai nascer o Salvador, e tá falado. Os três magrinhos se mandaram. Mas
deram o maior fora. Em vez de irem direto para Belém, como mandava o catálogo,
resolveram dar uma inverta no velho Herodes, em Jerusalém. Pra quê! Chegaram lá
de boca aberta e entregaram toda a trama. Perguntaram: Onde está o rei que acaba
de nascer? Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo. Quer dizer, pegou mal.
Muito mal. O velho Herodes, que era um oligão, ficou grilado. Que rei era aquele?
Ele é que era o dono da praça. Mas comeu em boca e disse: Joia. Onde é que esse
guri vai se apresentar? Em que canal? Quem é o empresário? Tem baixo elétrico?
Quero saber tudo. Os magrinhos disseram que iam flagrar o Guri e na volta dicavam
tudo para o coroa.
A HISTÓRIA, MAIS OU MENOS
VERISSIMO, L. F. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994.
QUESTÃO 07
primeira aplicação do ENEM-2014
Na crônica de Verissimo, a estratégia para gerar o efeito de humor decorre do(a)
a) linguagem rebuscada utilizada pelo narrador no tratamento do assunto.
b) inserção de perguntas diretas acerca do acontecimento narrado.
c) caracterização dos lugares onde se passa a história.
d) emprego de termos bíblicos de forma descontextualizada.
e) contraste entre o tema abordado e a linguagem utilizada.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2014
Na crônica em análise, nota-se nitidamente uma intertextualidade com o texto
bíblico que trata do nascimento de Jesus.
Nela, o cronista reconstrói a história sagrada valendo-se de gíria e de inúmeros
traços da linguagem informal.
Ao verter um acontecimento solene para uma linguagem tão simplória, entrevê-se
uma postura irreverente, irônica. Posto isso, deve-se assinalar a alternativa “e”.
LISBOA: AVENTURAS
tomei um expresso
cheguei de foguete
subi num bonde
desci de um elétrico
pedi um cafezinho
serviram-me uma bica
quis comprar meias
só vendiam peúgas
fui dar descarga
disparei um autoclismo
gritei ‘ó cara!”
responderam-me “ó pá”
positivamente
as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá.
PAES, J. P
. A poesia está morta, mas juro que não fui eu. São Paulo: Duas cidades, 1988.
QUESTÃO 08
terceira aplicação do ENEM-2016
No texto, a diversidade linguística é apresentada pela ótica de um observador que
entra em contato com uma comunidade linguística diferente da sua. Esse
observador é um
a)falante do português brasileiro relatando o seu contato na Europa com o
português lusitano.
b)imigrante em Lisboa com domínio dos registros formal e informal do português
europeu.
c)turista europeu com domínio de duas variedades linguísticas no português em
visita a Lisboa.
d) português com domínio da variedade coloquial da língua falada no Brasil.
e) poeta brasileiro defensor do uso padrão da língua falada em Portugal.
SOLUÇÃO COMENTADA
terceira aplicação do ENEM-2016
Mesmo que o leitor não saiba em que sentido foram usados os termos “foguete”,
“elétrico”, “bica”, “peúgas”, “autoclismo” e “pá”, a presença da palavra “Lisboa” no
título do poema, a disposição dos versos e o diálogo intertextual com o poema
“Canção do exílio”, de Gonçalves Dias, permite inferir que o locutor está fazendo
um paralelo entre o português falado no Brasil e o falado em Portugal. Posto isso,
deve-se assinalar a alternativa “a”.

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  • 3. VICENTE DO REGO MONTEIRO. Pietá.
  • 4. QUESTÃO 01 segunda aplicação do ENEM-2011 Vicente do Rego Monteiro foi um dos pintores cujas telas foram expostas durante a Semana de Arte Moderna. Tal como Michelângelo, ele se inspirou em temas bíblicos, porém com um estilo peculiar. Considerando-se as obras apresentadas, o artista brasileiro. a) estava preocupado em retratar detalhes da cena. b) demonstrou irreverência ao retratar a cena bíblica. c) optou por fazer uma escultura minimalista, diferentemente de Michelângelo. dj) deu aos personagens traços cubistas, em vez dos traços europeus, típicos de Michelângelo. e) reproduziu o estilo da famosa obra de Michelângelo, uma vez que retratou a mesma cena bíblica.
  • 5. SOLUÇÃO COMENTADA segunda aplicação do ENEM-2012 A pintura do artista brasileiro apresenta muitas formas geométricas – linhas, círculos, retas e ângulos. Além disso, é conveniente destacar a ausência de preocupação com a proporção [comparem-se os braços e as pernas do Cristo]. Os traços apontados anteriormente são, sabidamente, cubistas. Marque-se, pois, a letra “d”.
  • 6. Na busca constante pela sua evolução, o ser humano vem alternando a sua maneira de pensar, de sentir e de criar. Nas últimas décadas do século XVIII e no início do século XIX, os artistas criaram obras em que predominam o equilíbrio e a simetria de formas e cores, imprimindo um estilo caracterizado pela imagem da respeitabilidade, da sobriedade, do concreto e do civismo. Esses artistas misturaram o passado ao presente, retratando os personagens da nobreza e da burguesia, além de cenas míticas e histórias cheias de vigor. RAZOUK, J. J. (Org.). Histórias reais e belas nas telas. Posigraf: 2003.
  • 7. Atualmente, os artistas apropriam-se de desenhos, charges, grafismo e até de ilustrações de livros para compor obras em que se misturam personagens de diferentes épocas, como na seguinte imagem: QUESTÃO 02 ENEM-2010
  • 12. Pablo Picasso. Retrato de Jaqueline Roque com as mãos cruzadas
  • 13. SOLUÇÃO COMENTADA ENEM-2010 O quadro em que há personagens de diferentes épocas é Mona Bean, em que se fundem as imagens da Mona Lisa, do renascentista Leonardo Da Vinci com a do comediante Rowan Atkinson no papel da personagem Mister Bean. Assinale-se, pois, a alternativa “c”.
  • 14. No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra [...] ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2000. (fragmento).
  • 15. DAVIS, J. Garfiel, um charme de gato, 7. Trad. da Agência Internacional Press. Porto Alegre: L & PM, 2000.
  • 16. QUESTÃO 03 ENEM-2009 A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois textos revela que a)o texto 1 perde suas características de gênero poético ao ser vulgarizado por histórias em quadrinho. b)o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as escolhas linguísticas o tornam uma réplica do texto 1. c)a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-os como pertencentes ao mesmo gênero. d)os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da intertextualidade, foram elaborados com finalidades distintas. e)as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem classificá-los como pertencentes ao mesmo gênero.
  • 17. SOLUÇÃO COMENTADA ENEM-2009 Esta questão envolve dois assuntos, a saber gênero textual e intertextualidade. O primeiro texto é claramente um poema, pois se estrutura em versos, faz uma reflexão metafísica acerca do mundo e ainda dialoga com dois outros textos [da tradição clássica] – o poema “Nel mezzo del camin”, de Olavo Bilac, e a Divina comédia, de Dante Alighieri. O segundo texto em análise, por sua vez, é uma história em quadrinhos na qual se retoma o conhecido poema de Carlos Drummond de Andrade, referido anteriormente. O fato de o texto dois se apropriar intertextualmente de fragmentos do texto um não faz dele um poema. A intencionalidade, a estrutura, os desenhos e o lugar onde foi publicado fazem do texto dois uma história em quadrinhos. Sendo assim, assinale-se a alternativa “d”.
  • 18. Ora, (direis) ouvir estrelas! Certo perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto, que, para ouvi-las, muita vez desperto e abro as janelas, pálido de espanto... E conversamos toda noite, enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto, cintila. E, ao vir o Sol, saudoso e em pranto, inda as procuro pelo céu deserto. Direis agora: “Tresloucado amigo! Que conversas com elas?” Que sentido tem o que dizem, quando estão contigo?” E eu vos direi: “Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas.” BILAC, Olavo. Ouvir estrelas. In: Tarde, 1919.
  • 19. Ora, direis, ouvir estrelas! Vejo que estás beirando a maluquice extrema. No entanto o certo é que não perco o ensejo De ouvi-las nos programas de cinema. Não perco fita; e dir-vos-ei sem pejo que mais eu gozo se escabroso é o tema. Uma boca de estrela dando beijo é, meu amigo, assunto p’ra um poema. Direis agora: Mas, enfim, meu caro, As estrelas que dizem? Que sentido têm suas frases de sabor tão raro? Amigo, aprende inglês para entendê-las, Pois só sabendo inglês se tem ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas. TIGRE, Bastos. Ouvir estrelas. In: Becker, I. Humor e humorismo: Antologia. São Paulo: Brasiliense, 1961.
  • 20. QUESTÃO 04 ENEM-2009 A partir da comparação entre os poemas, verifica-se que, a)no texto de Bilac, a construção do eixo temático se deu em linguagem denotativa, enquanto no de Tigre, em linguagem conotativa. b)no texto de Bilac, as estrelas são inacessíveis, distantes, e no texto de Tigre, são próximas, acessíveis aos que as ouvem e as entendem. c)no texto de Tigre, a linguagem é mais formal, mais trabalhada, como se observa no uso de estruturas como “dir-vos-ei sem pejo” e “entendê-las”. d)no texto de Tigre, percebe-se o uso da linguagem metalinguística no trecho “Uma boca de estrela dando beijo/é, meu amigo, assunto p’ra um poema.” e)no texto de Tigre, a visão romântica apresentada para alcançar as estrelas é enfatizada na última estrofe de seu poema com a recomendação de compreensão de outras línguas.
  • 21. SOLUÇÃO COMENTADA ENEM-2009 O texto de Bilac trata do diálogo entre o eu lírico e as estrelas do céu, possível de se estabelecer apenas por pessoas apaixonadas, e o de Bastos Tigre, humorístico, do diálogo com as estrelas de cinema, que só acontece se o eu lírico aprender o inglês, a língua falada por tais estrelas. Quando o eu lírico, no texto de Bastos Tigre, menciona “uma boca de estrela dando beijo” como um assunto propício para compor um poema, está fazendo um comentário sobre o seu próprio texto, já que o poema aborda justamente essa temática. Esse procedimento exemplifica a função metalinguística da linguagem. Marque-se, pois, a alternativa “d”.
  • 22. Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. [...] Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar — sozinho, à noite — Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras Onde canta o Sabiá. DIAS, G. Canção do exílio. In.: Melhores poemas de Gonçalves Dias. São Paulo: Global, 2001.
  • 23. Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá Minha terra tem mais rosas E quase tem mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra Ouro terra amor e rosas Eu quero tudo de lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte para lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte pra São Paulo Sem que eu veja a rua 15 E o progresso de São Paulo ANDRADE, O. Canto de regresso à pátria. In.: Pau-Brasil. São Paulo: Globo, 2001.
  • 24. QUESTÃO 05 ENEM-2009 Os textos 1 e 2, escritos em contextos históricos e culturais diversos, enfocam o mesmo motivo poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. Analisando-os, conclui-se que a)o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente do país em que nasceu, é o tom de que se revestem os dois textos. b)a exaltação da natureza é a principal característica do texto 2, que valoriza a paisagem tropical realçada no texto 1. c)o texto 2 aborda o tema da nação, como o texto 1, mas sem perder a visão crítica da realidade brasileira. d)o texto 1, em oposição ao texto 2, revela distanciamento geográfico do poeta em relação à pátria. e) ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira.
  • 25. SOLUÇÃO COMENTADA ENEM-2009 O diálogo entre os textos é uma relação de intertextualidade. O texto 1, do poeta romântico Gonçalves Dias, fala da nação numa perspectiva nacionalista, ufanista, exaltando a pátria a partir de sua natureza exuberante, figurativizada pelas palmeiras e os sabiás. O texto 2, do poeta modernista Oswald de Andrade, inscreve- se numa outra estética, tendo uma perspectiva mais crítica do que o primeiro: a troca de “palmeiras” por “palmares” confere ao texto um tom de denúncia. Em vez de tratar com inocência e ingenuidade de uma nação idílica, mostra que o país no passado escravizou os negros, e que estes se organizaram, resistiram, lutaram (o Quilombo dos Palmares, por exemplo, foi um importante núcleo de resistência dos negros). Assinale-se, pois, a alternativa “c”.
  • 26. Mundo mundo vasto mundo, Se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução. Mundo mundo vasto mundo mais vasto é o meu coração. ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2001. (fragmento)
  • 27. Ó vida, triste vida! Se eu me chamasse Aparecida dava na mesma. FONTELA, O. CDA (imitado). In.: Poesia reunida. Rio de Janeiro: 7Letras, 2008.
  • 28. QUESTÃO 06 segunda aplicação do ENEM-2012 Orides Fontela intitula seu poema CDA, sigla de Carlos Drummond de Andrade, e entre parênteses indica “imitado” porque, como nos versos de Drummond, a) apresenta o receio de colocar os dramas pessoais no mundo vasto. b) expõe o egocentrismo de sentir o coração maior que o mundo. c) aponta a insuficiência da poesia para solucionar os problemas da vida. d) adota tom melancólico para evidenciar a desesperança coma vida. e) invoca a triste da vida par potencializar a ineficácia da rima.
  • 29. SOLUÇÃO COMENTADA segunda aplicação do ENEM-2012 Marque-se a alternativa “c”.
  • 30. Negócio seguinte. Três reis magrinhos ouviram um piá de que tinha nascido um Guri. viram o cometo no Oriente e tal e se flagraram que o Guri tinha pintado por lá. Os profetas, que não eram de dar cascata, já tinham dicado o troço: em Belém, da Judeia, vai nascer o Salvador, e tá falado. Os três magrinhos se mandaram. Mas deram o maior fora. Em vez de irem direto para Belém, como mandava o catálogo, resolveram dar uma inverta no velho Herodes, em Jerusalém. Pra quê! Chegaram lá de boca aberta e entregaram toda a trama. Perguntaram: Onde está o rei que acaba de nascer? Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo. Quer dizer, pegou mal. Muito mal. O velho Herodes, que era um oligão, ficou grilado. Que rei era aquele? Ele é que era o dono da praça. Mas comeu em boca e disse: Joia. Onde é que esse guri vai se apresentar? Em que canal? Quem é o empresário? Tem baixo elétrico? Quero saber tudo. Os magrinhos disseram que iam flagrar o Guri e na volta dicavam tudo para o coroa. A HISTÓRIA, MAIS OU MENOS VERISSIMO, L. F. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994.
  • 31. QUESTÃO 07 primeira aplicação do ENEM-2014 Na crônica de Verissimo, a estratégia para gerar o efeito de humor decorre do(a) a) linguagem rebuscada utilizada pelo narrador no tratamento do assunto. b) inserção de perguntas diretas acerca do acontecimento narrado. c) caracterização dos lugares onde se passa a história. d) emprego de termos bíblicos de forma descontextualizada. e) contraste entre o tema abordado e a linguagem utilizada.
  • 32. SOLUÇÃO COMENTADA primeira aplicação do ENEM-2014 Na crônica em análise, nota-se nitidamente uma intertextualidade com o texto bíblico que trata do nascimento de Jesus. Nela, o cronista reconstrói a história sagrada valendo-se de gíria e de inúmeros traços da linguagem informal. Ao verter um acontecimento solene para uma linguagem tão simplória, entrevê-se uma postura irreverente, irônica. Posto isso, deve-se assinalar a alternativa “e”.
  • 33. LISBOA: AVENTURAS tomei um expresso cheguei de foguete subi num bonde desci de um elétrico pedi um cafezinho serviram-me uma bica quis comprar meias só vendiam peúgas fui dar descarga disparei um autoclismo gritei ‘ó cara!” responderam-me “ó pá” positivamente as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá. PAES, J. P . A poesia está morta, mas juro que não fui eu. São Paulo: Duas cidades, 1988.
  • 34. QUESTÃO 08 terceira aplicação do ENEM-2016 No texto, a diversidade linguística é apresentada pela ótica de um observador que entra em contato com uma comunidade linguística diferente da sua. Esse observador é um a)falante do português brasileiro relatando o seu contato na Europa com o português lusitano. b)imigrante em Lisboa com domínio dos registros formal e informal do português europeu. c)turista europeu com domínio de duas variedades linguísticas no português em visita a Lisboa. d) português com domínio da variedade coloquial da língua falada no Brasil. e) poeta brasileiro defensor do uso padrão da língua falada em Portugal.
  • 35. SOLUÇÃO COMENTADA terceira aplicação do ENEM-2016 Mesmo que o leitor não saiba em que sentido foram usados os termos “foguete”, “elétrico”, “bica”, “peúgas”, “autoclismo” e “pá”, a presença da palavra “Lisboa” no título do poema, a disposição dos versos e o diálogo intertextual com o poema “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias, permite inferir que o locutor está fazendo um paralelo entre o português falado no Brasil e o falado em Portugal. Posto isso, deve-se assinalar a alternativa “a”.