2. É o fenômeno em que ocorre a
diferenciação entre pessoas no
contexto de uma mesma
sociedade, colocando alguns
indivíduos em condições
estruturalmente mais vantajosas
do que outros. Ela manifesta-se
em todos os aspectos: cultura,
cotidiano, política, espaço
geográfico e muitos outros, mas é
no plano econômico a sua face
mais conhecida, em que boa
parte da população não dispõe de
renda suficiente para gozar de
mínimas condições de vida.
A Desigualdade social
3. A Desigualdade Social no Brasil é um problema que afeta
grande parte da população brasileira, embora nos últimos
anos ela tem diminuído.
O crescente estado de miséria, as disparidades sociais, a
extrema concentração de renda, os salários baixos, o
desemprego, a fome que atinge milhões de brasileiros, a
desnutrição, a mortalidade infantil, a marginalidade, a
violência, etc, são expressões do grau a que chegaram as
desigualdades sociais no Brasil.
Desigualdade Social no Brasil
4. As desigualdades sociais não são acidentais, e sim
produzidas por um conjunto de relações que abrangem as
esferas da vida social. Na economia existem relações que
levam a exploração do trabalho e a concentração da
riqueza nas mão de poucos. Na política, a população é
excluída das decisões governamentais
5. Observou-se anteriormente que mais de 50% da
população ativa brasileira ganha até 2 salários
mínimos. Os índices apontados visam chamar a
atenção sobre os indivíduos miseráveis no Brasil.
Mas não existem somente pobres no Brasil, pois cerca
de 4% da população é muito rica. O que prova a
concentração maciça da renda nas mãos de poucas
pessoas.
A extrema desigualdade
6. Além dos elementos já apontados, é importante
destacar que a reprodução do capital, o
desenvolvimento de alguns setores e a pouca
organização dos sindicatos para tentar reivindicar
melhores salários, são pontos esclarecedores da
geração de desigualdades.
Quanto aos bens de consumo duráveis (carros,
geladeiras, televisores, etc), são destinados a uma
pequena parcela da população. A sofisticação desses
produtos, prova o quanto o processo de
industrialização beneficiou apenas uma pequena
parcela da população.
7. Geraldo Muller, no livro Introdução à economia mundial
contemporânea, mostra como a concentração de capital,
combinado com a miserabilidade, é responsável pelo
surgimento de um novo bloco econômico, onde estão
Brasil, México, Coréia do Sul, África do Sul, são os
chamados “países subdesenvolvidos industrializados”, em
que ocorre uma boa industrialização e um quadro dos
enormes problemas sociais.
O setor informal é outro fator indicador de condições de
reprodução capitalista no Brasil. Os camelôs, vendedores
ambulantes, marreteiros, etc, são trabalhadores que não
estão juridicamente regulamentados, mas que revelam a
especificidade da economia brasileira e de se
desenvolvimento industrial.
8. O levantamento do Pnud utiliza os indicadores
pesquisados para revelar outro aspecto da
desigualdade entre brancos e negros no Brasil.
Em 2002, o Brasil ficou em 73° lugar no ranking do IDH
(índice de desenvolvimento humano, elaborado pela
ONU). Mas o estudo indica que, se as populações
brancas e negras representassem países diferentes, a
distância entre os dois grupos seria de 61 posições.
Desenvolvimento humano
9. O relatório diz que o ‘Brasil branco’ ficaria em 44°
lugar no ranking, junto a países como a Costa Rica e à
frente da Croácia, por exemplo. Já o ‘Brasil negro’
seria o 105° colocado, com o mesmo índice de El
Salvador e atrás de países como o Paraguai.
O estudo também afirma que as desigualdades raciais
se combinam às desigualdades regionais. Um grupo
formado apenas pelos brancos do Sudeste ficaria na
37ª posição, com índice semelhante ao da Polônia. Já
os negros do Nordeste teriam condições de vida
semelhantes às da Bolívia e ocupariam o 115° lugar.
10. De acordo com o relatório, a taxa de homicídios para
a população negra é de 46,3 para cada 100 mil. O
índice é quase o dobro do registrado para brancos.
O estudo afirma ainda que os negros são também as
maiores vítimas da violência policial no Brasil.
“Revelar a relação existente entre racismo, pobreza e
violência é um passo fundamental para compreender
a forma singular que a manifestação do racismo
adquire na sociedade brasileira”.
Violência
11. Na área de educação, o Pnud afirma que o percentual de
brasileiros negros com diploma universitário em 2000 (2,7%) era
menor do que o de brancos com nível universitário em 1960 (3%).
Outro indicador revela que a taxa de analfabetismo dos negros
em 2000 era maior que a dos brancos de 1980. O relatório
aponta ainda que a expectativa de vida da população branca do
Brasil é de 71,5 anos. Entre os negros, no entanto, esse número
cai para 66,2.
“O racismo brasileiro há muitos séculos coloca a população
brasileira em situação de flagrante desigualdade em todas as
dimensões pesquisadas”, afirma Lopes, que foi representante
do Pnud e da ONU no Brasil até outubro deste ano.
“Isso exige um esforço conjunto de Estado e sociedade, e não
será superado sem a implementação de ações afirmativas e
políticas que contemplem a diversidade cultural”.
Educação, saúde e habitação
12. Colégio estadual presidente Castelo
Branco
Disciplina: Sociologia
Profª: Jussara C. Souza
Alunos :Alice , Douglas ,Leiliane e Rita.